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3
	
19
FACULDADE DOM BOSCO
NOME DO ALUNO
TÍTULO
CURITIBA
2018
NOME DO ALUNO
TÍTULO
Trabalho apresentado à disciplina de Projeto de Pesquisa como requisito de avaliação.
Prof. Orientador: Nome
CURITIBA
2018
SUMÁRIO
1 TEMA	3
1.1 DELIMITAÇÃO DO TEMA	3
2 PROBLEMATIZAÇÃO	3
3 JUSTIFICATIVA	3
4 OBJETIVOS	5
4.1 OBJETIVO GERAL	5
4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS	5
5 HIPÓTESES	5
6 REFERENCIAL TEÓRICO	6
6.1 DO CRIME DE LAVAGEM DE DINHEIRO	6
6.1.1 Origem histórica	7
6.1.2 Classificação doutrinária e legal	8
6.2 TEORIA DA CEGUEIRA DELIBERADA	10
6.2.1 Origem histórica	10
6.2.2 Conceito	11
6.2.3 Dolo eventual	12
6.2.4 Cegueira Deliberada x Negligência	13
6.2.5 Cegueira Deliberada x Condutas Neutras	14
6.3 APLICAÇÃO DA TEORIA DA CEGUEIRA DELIBERADA NOS CASOS DE LAVAGEM DE DINHEIRO COM HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS	15
7 METODOLOGIA CIENTÍFICA	16
8 CRONOGRAMA	17
REFERÊNCIAS	18
1 TEMA
Teoria da cegueira deliberada e a lavagem de dinheiro nos honorários advocatícios.
1.1 DELIMITAÇÃO DO TEMA
A aplicabilidade da teoria da cegueira deliberada aos advogados que recebem dinheiro a título de honorários advocatícios sabendo ou podendo suspeitar que o cliente não poderia arcar com o valor, ou que o valor procede de fato ilícito. 
2 PROBLEMATIZAÇÃO
O serviço prestado por um advogado pode se dar de forma consultiva ou contenciosa. O primeiro diz respeito àqueles trabalhos nos quais o advogado colabora com seu conhecimento jurídico consolidando operações financeiras, empresariais, etc., no sentido de orientação prévia, enquanto o segundo refere-se a representações em âmbitos judiciais ou extrajudiciais. Tais serviços, por muitas vezes, podem ter fim ilícito, como a lavagem de dinheiro, utilizando-se dos escritórios e advogados para fins de trazer uma aparência lícita a ganhos obtidos pela prática de infrações penais.
Amparado pelo sigilo profissional, inerente a profissão da advocacia, o advogado não é obrigado a prestar informações sobre seus clientes, deixando uma lacuna aberta em relação, inclusive, à origem dos seus honorários.
Nesta seara surge a questão: o que ocorre com o advogado que, deliberadamente, ignora a origem desta prestação?
	
3 JUSTIFICATIVA
A Teoria da Cegueira Deliberada, também chamada de Teoria das Instruções da Avestruz, doutrina sobre o agente que finge não enxergar a proveniência de um bem ou ato ilícito para conseguir qualquer modalidade de vantagem.
Aplicada pela primeira vez na Suprema Corte Norte-Americana, visa acabar com as lacunas possíveis deixadas pela lei em relação ao dolo eventual do acusado.
A lei nº 9.613/1998, alterada pela lei 12.682/2012, tipifica o crime de lavagem de dinheiro como sendo, in verbis: “Ocultar ou dissimular a natureza, origem, localização, disposição, movimentação ou propriedade de bens, direitos ou valores provenientes, direta ou indiretamente, de infração penal”.
Sendo assim, a aplicação da teoria da cegueira deliberada vem de encontro ao crime de lavagem, reforçando a materialidade delitiva da conduta. Inclusive, no caso em questão, busca-se impedir o uso do advogado por agentes criminosos, e pelo próprio advogado, como instrumento de lavagem de dinheiro. 
Conforme julgado da Justiça Federal, pelo juiz Sergio Fernando Moro, entende-se que:
A willful blindness doctrine tem sido aceita pelas Cortes norte-americanas para diversos crimes, não só para o transporte de substâncias ou produtos ilícitos, mas igualmente para o crime de lavagem de dinheiro. Em regra, exige-se: a) que o agente tenha conhecimento da elevada probabilidade de que pratica ou participa de atividade criminal; b) que o agente agiu de modo indiferente a esse conhecimento; e c) que o agente tenha condições de aprofundar seu conhecimento acerca da natureza de sua atividade, mas deliberadamente escolha permanecer ignorante a respeito de todos os fatos envolvidos. (Apelação Criminal nº 5000220-41.2013.404.7005/PR)
No caso de lavagem de dinheiro por meio dos honorários advocatícios, apesar da proteção conferida pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em relação a origem de tais prestações, ainda se tem uma ampla discussão.
Numa situação hipotética, conforme apontado pelo juiz Sérgio Fernando Moro, todas as exigências para a caracterização da teoria estariam presentes diante do recebimento dos honorários. Sendo assim, possível se torna a afirmativa da aplicação da teoria como forma de impedir um possível argumento de não conhecimento acerca do fato. Ademais, fortalece a afirmativa a alteração ocorrida na Lei de Lavagem de Dinheiro no ano de 2012, em que foram incluídas como pessoas sujeitas aos mecanismos de controle: “Art. 9º, XIV - as pessoas físicas ou jurídicas que prestem, mesmo que eventualmente, serviços de assessoria, consultoria, contadoria, auditoria, aconselhamento ou assistência, de qualquer natureza, em operações”.
		
4 OBJETIVOS
4.1 OBJETIVO GERAL
	
Analisar a possibilidade de aplicação da teoria da cegueira deliberada, com o fim de preencher a lacuna da lei, a fim de impedir a lavagem de dinheiro por meio de honorários advocatícios.
4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
· Expor a classificação doutrinária da Lavagem de Dinheiro;
· Analisar a “Teoria da Cegueira Deliberada”;
· Analisar a “Teoria das Condutas Neutras”;
· Confrontar ambas as teorias quando da análise do exercício da advocacia e do recebimento de honorários;
· Analisar julgados referentes a lavagem de dinheiro nos honorários advocatícios;
· Verificar eventual benefício da aplicabilidade da teoria no caso em questão.
5 HIPÓTESES
	Apesar do sigilo profissional estar amparado pelo Código de Ética da Ordem dos Advogados do Brasil, em seu artigo 25 e seguintes, defende-se que tal proteção seja inerente tão somente ao processo em questão ou efetivo exercício da advocacia, não a fatos exteriores.
	Existem duas situações hipotéticas que poderiam vir a ocorrer caso o advogado deliberadamente ignorasse a origem do dinheiro recebido: a primeira seria aquela na qual receberia conscientemente dinheiro ou qualquer outro valor de quem quer que seja, sem defender causa alguma, mas justificando o recebimento como honorários; já a segunda hipótese seria aquela na qual o advogado recebe dinheiro de uma causa que efetivamente tenha defendido, porém sabendo que o cliente não poderia arcar com tal valor, ou que o valor tenha advindo de delito anterior.
	Na primeira situação apresentada, o advogado torna-se coautor do crime de Lavagem de Dinheiro, desde que provado o seu conhecimento acerca da origem ilícita dos valores recebidos. Já no segundo caso, a classificação poderia se dar no artigo 1º, §1º, inciso II, da Lei nº 9.613/1998, pela qual quem recebe quantias provenientes de infração penal incorre em conduta equiparada à Lavagem de dinheiro, in verbis:
Art. 1º Ocultar ou dissimular a natureza, origem, localização, disposição, movimentação ou propriedade de bens, direitos ou valores provenientes, direta ou indiretamente, de infração penal.
Pena: reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos, e multa.
§ 1º Incorre na mesma pena quem, para ocultar ou dissimular a utilização de bens, direitos ou valores provenientes de infração penal:
[...]
II - os adquire, recebe, troca, negocia, dá ou recebe em garantia, guarda, tem em depósito, movimenta ou transfere;
6 REFERENCIAL TEÓRICO
6.1 DO CRIME DE LAVAGEM DE DINHEIRO
Ora tratado como “lavagem de dinheiro”, ora tratado por “branqueamento de capitais”, o referido delito tem previsão legal no artigo 1º da Lei nº 9.613/1998, na qual, aquele que dissimular a natureza, proveniência, localização ou origem de um bem ou ativo, estará cometendo a infração penal, direta ou indiretamente.
Segundo Brito, no livro “Legislação Penal Especial:
A expressão “lavagem” foi escolhida pelos projetistas e ratificada pelo legislador para indicar o processo pelo qual uma pessoa ou organização simula e mesmo realiza transações e operações lícitas para justificar a origem de bens, direitos e valores de origem ilícita. (2010, p. 331)
Trata-se do atode disfarçar a origem de produtos de crime, a fim de dar ar de legalidade e evitar suspeitas advindas da Receita Federal ou da polícia. Tal processo exige 3 fases para que seja totalmente reintegrado com aparência de licitude: a primeira fase denominada placement, a segunda layering, e por fim, integration. Tais fases são utilizadas pelo Banco Central do Brasil no controle as atividades que previnem a lavagem de dinheiro.
Já o Conselho de Controle de Atividades Financeiras[footnoteRef:1], conhecido como COAF, entende que o processo de lavagem de dinheiro requer igualmente três fases, porém com nomenclaturas diferentes: colocação, ocultação, integração. [1: BRASIL. Conselho de Controle de Atividades Financeiras. Fases da Lavagem de Dinheiro. Disponível em: <http://www.coaf.fazenda.gov.br/links-externos/fases-da-lavagem-de-dinheiro> Acesso em 28 abr. 2016] 
Apesar de utilizarem nomenclaturas diferentes, as fases têm o mesmo fim: a primeira fase diz respeito ao ato de dissimular os valores em operações, as quais irão posteriormente torná-los lícitos (ou, ao menos, trazer esta aparência). A segunda fase consiste em criar operações dentro das referidas operações, a fim de que se dificulte o rastreamento da origem do ativo. Por fim, a terceira fase denominada integration ou integração, é o retorno do ativo ao mercado, de forma lícita. 
Conforme afirma Callegari (2014, p. 12), tais fases não necessitam ocorrer de forma simultânea ou sucessiva, a distinção destas facilita a investigação, principalmente da fase mais vulnerável, que segundo o autor é a fase da colocação ou placement.
Deriva-se também da lavagem de dinheiro o termo compliance, que diz respeito ao dever de colaboração antilavagem, com rol específico previsto no artigo 9º da Lei nº 9.613/1998. Para Magalhães (2014, p. 177), o descumprimento advindo de um dos colaboradores dolosamente configura omissão, prevista no art. 13, § 2º, alínea “a”, do Código Penal. 
6.1.1 Origem histórica
A origem da lavagem de dinheiro foi dissipada no século XX, nos Estados Unidos, onde os chefes da máfia se utilizavam de lavanderias de fachada para dar ilusão lícita dos ativos recebidos. Tais atividades ficaram famosas quando empregadas por Al Capone, que tinha dinheiro proveniente do contrabando de bebidas e cigarros, no período da lei seca americana. 
Porém, afirma Conserino, que os primeiros resquícios de lavagem de dinheiro podem ser encontrados na pirataria, quando, apesar de não dispor de meios dissimuladores de valores, os piratas realizavam trocas das mercadorias roubadas, regularizando sua a origem. (2011, p. 1)
O mesmo autor ainda acrescenta:
Refere-se, ainda, a título de informações sobre os primórdios da lavagem de dinheiro, à figura de Meyer Lansky, cujo verdadeiro nome era Suchowlinski Majer, bielo-russo, que aderiu à máfia Nova Iorquina, sendo comparsa de Luck Luciano. Em determinado momento temporal, precisamente na década de 1930, do século passado, encaminhava para bancos europeus significativos valores monetários advindos do jogo em cassinos com o fim de mascarar as suas origens; posteriormente, já na década de 1960, começara a investir dinheiro sujo em negócios de hotéis em Las Vegas, tudo com o objetivo de desvincular a origem inidônea do dinheiro. (CONSERINO, 2011, p. 2).
No Brasil, o primeiro caso de lavagem de dinheiro foi registrado no Acre, derivando os ativos de tráfico de entorpecentes, sendo o caso julgado no ano de 2000, Mandado de Segurança 23.652/DF, pelo Tribunal Pleno do Supremo Tribunal Federal. (CONSERINO, 2011, p.2)
6.1.2 Classificação doutrinária e legal
Faz-se necessário neste momento a classificação do delito em questão, para posterior aprofundamento. Trata-se de crime cujos verbos são “ocultar” e “dissimular”, necessitando do dolo de omitir algo. Para Brito (2011, p. 333), é um tipo penal misto alternativo, pois engloba duas possíveis condutas em um mesmo delito.
Art. 1o Ocultar ou dissimular a natureza, origem, localização, disposição, movimentação ou propriedade de bens, direitos ou valores provenientes, direta ou indiretamente, de infração penal. 
Vale ressaltar que com a lavagem de mais de um bem, apenas ocorrerá um delito. 
O caput do artigo 1º descreve a lavagem direta, já em sequência, o § 1º do mesmo artigo, em seus incisos, traz em seu texto a chamada lavagem secundária. 
O bem jurídico tutelado encontra divergência na doutrina. Uns defendem que seria o patrimônio, outros a administração da justiça, outros a ordem econômica, e por fim, a ordem socioeconômica. 
Nesse sentido, Brito afirma:
Esta última corrente nos parece ser a que melhor configura o Bem Jurídico. São dignos de destaque os aportes e estudos promovidos por PITOMBO, que de forma bem fundamentada entende o bem jurídico como a ordem socioeconômica. Nesta perspectiva, a “lavagem” de bens e valores poderia comprometer o mercado lícito, proporcionando a concorrência desleal, afastando a entrada de capital estrangeiro nos países, promovendo a corrupção das atividades comerciais e financeiras. (2010, p. 333)
As condutas provindas de lavagem de dinheiro são consideradas permanentes enquanto o bem ou valor estiver ocultado pelas práticas, o que possibilitaria uma eventual prisão em flagrante enquanto perdurar a permanência. 
Quanto à tipicidade subjetiva do crime, somente a lavagem dolosa será punida. Existe, porém, na doutrina, discussão acerca da admissibilidade do dolo eventual. Neste sentido, Brito afirma:
...a conduta de ocultar e dissimular pressupõe um conhecimento revestido de fraude, o que leva à conclusão de que não se pode ocultar ou dissimular algo que não se tenha conhecimento de que tem origem ilícita. Em outras palavras, para se “lavar” algo, deve-se saber, desde o início de sua conduta, que o resultado final será ocultar, dissimular ou transformar algo ilícito em lícito. (2010, p. 337)
	Neste ponto, diverge-se com a opinião do autor Conserino, que afirma a possibilidade da aplicação do dolo eventual nos seguintes termos:
...caso o agente não tenha conhecimento direto, mas assume o risco à medida que utiliza o recurso material suspeito, outrossim, se configura a hipótese de lavagem de dinheiro na modalidade do dolo eventual (art. 18, inciso I, CP). Suponhamos que a filha de um singelo funcionário público com ganhos mensais frugais construa um imóvel luxuosíssimo, em bairro nobre, de determinada cidade, com dinheiro proveniente de propina que o pai arrecada no exercício de sua função. A descendente do funcionário pode até não participar da corrupção, mas aquiesceu, concordou, anuiu em receber dinheiro sujo vindo da atividade ilícita de seu pai e investiu na construção da residência ocultando-a em seu nome. (2011, p. 23)
Afirma o mesmo autor que a legislação brasileira não condicionou o delito apenas ao conhecimento de infração penal antecedente, não podendo assim restringir tal crime apenas ao dolo direto.
Em relação ao sujeito ativo, este pode ser qualquer pessoa, configurando-se como crime comum. Porém, há grande falta de consenso da doutrina em relação à possibilidade do sujeito ativo da lavagem ser a mesma pessoa da infração penal antecedente. Uma parte afirma que o autor dos delitos antecedentes também poderia ser o autor da lavagem. Outra parte da doutrina já discorda desta corrente, pela caracterização do bis in idem, onde o autor seria condenado pelo mesmo delito duas vezes. Para quem defende a possibilidade da dupla punição, a justificativa seria a de que os bens jurídicos tutelados seriam diversos.
Por fim, considera-se, por parte majoritária da doutrina, consumado o quando o processo de lavagem de dinheiro é terminado, com os valores e/ou bens dissimulados. A tentativa é admissível, tanto que prevista no art. 1º, § 3º da Lei 9.613/1998.
Com a reforma de 2012, foi excluído o rol de crimes antecedentes, passando a ser necessária somente infração penal de qualquer natureza para caracterizar o delito. 
6.2 TEORIA DA CEGUEIRA DELIBERADA
Neste segundo capítulo, será delineada a teoria da cegueira deliberada propriamentedita e suas aplicações na jurisprudência mundial. Será abordada desde sua origem histórica, nos Estados Unidos, até sua aplicação nos sistemas do Common Law e Civil Law. Por fim, confronta-se a teoria em questão com as hipóteses de negligência e condutas neutras.
6.2.1 Origem histórica
O primeiro caso onde se aplicou a teoria, a fim de equiparar o agente que alegava o não conhecimento da proveniência do bem foi na Inglaterra, no ano de 1861, no caso Regina vs. Sleep. O acusado, Sleep, embarcou em um navio de contêiners com parafusos contendo o símbolo de propriedade do Estado inglês. O júri reconheceu que, apesar da afirmação de não conhecimento, o réu possuía razoáveis meios de reconhecer a proveniência do bem. (KLEIN, 2012, p. 2)
Apesar da primeira decisão do júri, a sentença foi reformada em prol do réu posteriormente. 
Ainda afirma Klein (2012, p. 3) que, no ano de 1875, a teoria foi aplicada novamente em tribunais ingleses no caso Bosley vs. Davies, onde novamente o réu afirmava não saber que em seu estabelecimento estaria sendo praticado jogos ilegais. O júri novamente decidiu que as circunstâncias bastavam para afirmar a conivência de Davies e seus empregados com a prática ilegal.
O grande marco da teoria da cegueira deliberada, porém, foi a aplicação da mesma na Suprema Corte Americana, em específico no caso Spurr vs. United States, em 1899. No caso em questão, Spurr era presidente do Commercial Bank of Nashville, e teria certificado fundos de cheques de um de seus clientes, mesmo o mesmo não podendo arcá-los. Outro precedente foi o caso United States vs. Jewell, em 1976, onde o réu alegava que não sabia que transportava 49kg de maconha em um compartimento falso em seu carro. (MAGALHÃES, 2014, p. 179)
Sobre o caso United States vs Jewell, Klein (2012, p. 4) afirma: “quem é consciente da alta probabilidade da existência de um crime e não faz o necessário para confirmar tal existência, merece o mesmo tratamento de quem tem a plena certeza sobre tal”.
Conforme se observa, a teoria da cegueira deliberada teve origem e aplicação nos países que utilizam o sistema da Common Law.
6.2.2 Conceito
Também conhecida como teoria das instruções do avestruz (ostrich instructions), a teoria da cegueira deliberada assemelha-se ao dolo eventual aplicado no Direito Penal Brasileiro. 
Nesse sentido, Barros e Silva conceituam:
Em termos mais simples, podemos dizer que a teoria da cegueira deliberada constitui uma tese jurídica por meio da qual se busca atribuir responsabilidade penal àquele que, muito embora esteja diante de uma conduta possivelmente ilícita, se autocoloca em situação de ignorância, evitando todo e qualquer mecanismo apto a conceder-lhe maior grau de certeza quanto à potencial antijuridicidade. (2015, p. 231)
Tal teoria é chamada de instruções do avestruz pelo fato figurado de como o agente agiria em relação a situação em que se encontra, “enterrando sua cabeça” com o fim de manter-se sem conhecimento dos atos ilícitos a sua volta praticados.
Vem sendo aplicada em vários Tribunais mundiais como forma de alcance ao agente que “cega-se” à prática da conduta ilícita, sendo que, se mantivesse “de olhos abertos” teria condições de reconhecer a conduta. (KLEIN, 2012, p.1)
No Brasil a teoria ficou conhecida ao ser aplicada ao caso do furto ao Banco Central, em Fortaleza, no ano de 2007. Em primeira instância os sócios dono de uma concessionária foram condenados, por receberem R$ 980.000,00 (novecentos e oitenta mil reais) em notas de R$ 50,00 (cinquenta reais) de um mesmo comprador, logo após o assalto. Em segunda instância foram absolvidos. 
Nestes termos Bottini acrescenta:
Aqui entra a teoria da cegueira deliberada. Seria uma espécie de dolo eventual, onde o agente sabe possível a prática de ilícitos no âmbito em que atua e cria mecanismos que o impedem de aperfeiçoar sua representação dos fatos. É o caso do doleiro que suspeita que alguns de seus clientes possam lhe entregar dinheiro sujo para operações de câmbio e, por isso, toma medidas para não ter ciência de qualquer informação mais precisa sobre os usuários de seus serviços ou sobre a procedência do objeto de câmbio. (2012, s. p.)
Para o autor, os requisitos fundamentais para que seja caracterizada a cegueira deliberada são a criação consciente e voluntária de barreiras que impeçam o conhecimento, e que a motivação para a criação de tais filtros tenha como fim de fato evitar o conhecimento das infrações penais. Vale ressaltar que para a caracterização da cegueira deliberada, também é necessário o intuito de auferir alguma vantagem.
Há grande divergência doutrinária quanto a aplicação da doutrina no Brasil por conta da aceitação ou não do dolo eventual no crime de lavagem de dinheiro, fato que será discutido adiante. 
6.2.3 Dolo eventual
Em um primeiro momento opta-se pela conceituação do que é o dolo eventual, para adiante discorrer sobre ele e a sua equiparação a Teoria da Cegueira Deliberada no Brasil.
Sendo assim, Bitencourt afirma:
Haverá dolo eventual quando o agente não quiser diretamente a realização do tipo, mas aceitá-la como possível ou até provável, assumindo o risco da produção do resultado (art. 18, I, in fine, do CP), isto é, não se importando com sua ocorrência. No dolo eventual o agente prevê o resultado como provável ou, ao menos, como possível, mas, apesar de prevê-lo, age aceitando o risco de produzi-lo. (2015, p. 362)
Tanto para a cegueira deliberada quanto para o dolo eventual é necessária a “escolha” do agente em permanecer inerte diante da situação.
Tal equiparação é bastante criticada pela doutrina, pelo fato de grande parte não considerar possível a aplicação do dolo eventual no crime de Lavagem de Dinheiro, e por consequência, rechaçaram igualmente a aplicação da teoria. 
Outra parte da doutrina defende que após a alteração sofrida pela lei, passou a ser possível a aplicação do dolo eventual no artigo 1º, § 2º. Callegari afirma:
Em apertada síntese, a doutrina referida propõe a equiparação, atribuindo os mesmos efeitos da responsabilidade subjetiva, dos casos em que há o efetivo conhecimento dos elementos objetivos que configuram o tipo e aqueles em que há o “desconhecimento intencional ou construído” de tais elementares. Extrai-se tal conclusão da culpabilidade, que não pode ser em menor grau quando referente àquele que, podendo de devendo conhecer, opta pela ignorância. (2014, p. 92)
O mesmo autor considera que o único impedimento para a aplicação da Teoria da cegueira deliberada seria a aceitação ou não do dolo eventual no crime de lavagem de dinheiro. Países como a Espanha e Argentina, adeptos do sistema civil law, já admitem o dolo eventual em tal delito, restando apenas a inovação doutrinária no Brasil. (CALLEGARI, 2014, p. 93-94)
6.2.4 Cegueira Deliberada x Negligência
A Teoria da Cegueira Deliberada como já exposto equipara-se ao dolo eventual. Trata-se da vontade e consciência de cegar-se diante a uma situação ilegal, aceitando ou assumindo o risco pertinente.
Já a negligência classifica-se como um tipo injusto culposo, ou seja, quando não há a intenção propriamente dita, é o resultado de uma inobservância de cuidado. 
Segundo Damásio (2015, s. p.): “A negligência é a ausência de precaução ou indiferença em relação ao ato realizado. Ex.: deixar arma de fogo ao alcance de uma criança”. 
Completa Bitencourt (2015, p. 380): “Enfim, o autor de um crime cometido por negligência não pensa na possibilidade do resultado; este fica fora do seu pensamento, adequando-se melhor a negligência à denominada culpa inconsciente, isto é, culpa sem previsão”.
Assim, conforme Bottini: 
A desídia ou a negligência na criação de mecanismos de controle de atos de lavagem de dinheiro não é suficiente para o dolo eventual. O diretor de uma instituição financeira não está em cegueira deliberada se deixa de tomar ciência de todas as operações em detalhes do setor se contabilidade a ele subordinada, e se contenta apenas com relatórios gerais. A otimização da organização funcional da instituição não se confunde com a cegueiradeliberada. Da mesma forma, não se reconhece o instituto nos casos em que o mesmo diretor deixa de cumprir com normas administrativas – como a instituição de comitê de compliance – por negligência. A falta de percepção da violação da norma de cuidado afasta o dolo eventual. (2012, s. p.)
Por esta razão, não se confunde negligência com cegueira deliberada. Na negligência, não há intenção do resultado, enquanto na cegueira deliberada a intenção é o não conhecimento da prática ilegal.
6.2.5 Cegueira Deliberada x Condutas Neutras
São consideradas condutas neutras aquelas que não são penalmente reprováveis, ou seja, apesar de provirem de atos de terceiros que visem a lesar outrem, são lícitas, portanto, não puníveis. Assim afirma Lobato (2014, s. p.): “Como neutra entende-se uma contribuição cuja reprovação penal não seja manifestamente exteriorizada pelo injusto penal alheio”. 
Trata-se do caso do vendedor que vende o machado ao assassino, do padeiro que vende o pão que será envenenado por outra pessoa, do advogado que presta consultas criminais. (RIOS, 2010, p. 151)
Rios ainda acrescenta:
Para Frisch, essas condutas envolvem comportamentos de terceiros lesivos de bens jurídicos pela facilitação ou favorecimento à atuação delitiva alheia. Outras hipóteses podem ser inseridas na categoria dos delitos econômicos, expondo uma nítida especificidade fraudulenta na descrição típica. Eis os exemplos: o funcionário do banco ao efetuar uma transferência a uma instituição financeira estrangeira tendo conhecimento da intenção do cliente em fraudar pagamento dos impostos devidos; ou o contador ao lançar como despesas determinados gastos do seu cliente; o fornecedor de carne de uma empresa distribuidora ciente de que seu produto será comercializado sob procedência falsa de qualidade superior; e do advogado ao aconselhar o seu cliente em operações bancárias, dentre outras. (2010, p. 152)
Apesar de muito semelhantes, ambas teorias são diferentes em um ponto: a intenção de auferir vantagem por consequência de sua conduta. No caso de condutas neutras, fica claro o exercício da profissão, sem ter intenção de se obter alguma vantagem a não ser a de prestar o seu serviço. Caso esta fosse alcançada para ser punida, poderia gerar insegurança jurídica. Na cegueira deliberada, o agente cria mecanismos que visem impedir o seu conhecimento, obtendo com isso alguma vantagem posterior. 
6.3 APLICAÇÃO DA TEORIA DA CEGUEIRA DELIBERADA NOS CASOS DE LAVAGEM DE DINHEIRO COM HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS
Com a alteração feita pela Lei nº 12.683/2012 à Lei nº 9.613/1998, surgiu a indagação a respeito do dever ou não do advogado comunicar acerca de eventuais práticas de lavagem de dinheiro por seus clientes.
O artigo 9º, inciso XIV, ampliou o rol de pessoas sujeitas ao dever de colaboração, incluindo pessoas físicas ou jurídicas que prestem serviços de consultoria, assessoria, contadoria, auditoria, aconselhamento ou assistência, de qualquer natureza. Denota-se do referido artigo a discussão acerca do problema apresentado.
Decorre também de tal função o sigilo profissional, garantido pela Ordem dos Advogados do Brasil, somente sendo afastado em casos de grave ameaça ao direito a vida e a honra do advogado.
Ocorre que, infelizmente, em muitos casos utiliza-se a figura do advogado e tal sigilo para ocultar tais operações de lavagem de dinheiro, equiparando tal figura com paraísos fiscais.
Segundo Callegari (2014, p.117): “No que tange à aceitação pelo advogado de honorários maculados, verifica-se que diversas garantias constitucionais parecem estar em enfrentamento, colocando em jogo o direito à ampla defesa contra a legalidade e segurança jurídica”.
Entende-se que o sigilo profissional não é absoluto a todos os casos de prestação de serviços por advogados. Mesmo em casos consultivos ou contenciosos, o caso concreto deverá ser analisado e sopesado. 
Callegari (2014, p. 117) acrescenta que o ordenamento jurídico norte-americano já entende que não há exceções no delito de lavagem de dinheiro, sendo possível nestes casos todos os direitos a defesa previstos em lei.
Dentre tais defesas, podem existir as alegações referentes à sexta emenda, equiparável a ampla defesa prevista no artigo 5º, inciso LV, da Constituição Federal Brasileira. Outro argumento seria o baseamento na própria lei que não teve intuito de punir os honorários. (CALLEGARI, 2014, p. 118)
Por fim, o autor chega ao ponto pertinente apresentado neste trabalho:
Por fim, cabível a alegação de que o advogado não conhecia a origem dos bens, tese esta que pode facilmente fulminada tendo em vista o conhecimento da acusação ao réu imputada. É justamente neste último ponto que se abre a possibilidade da aplicação da teoria da cegueira deliberada e, no nosso caso, o dolo eventual do advogado quando do recebimento dos honorários maculados. (CALLEGARI, 2014, p. 118)
Apesar da aplicação acima se dar no sistema commom law, não há motivos que se demonstrem contrários a aplicação dos mesmos princípios nos casos de recebimento de honorários maculados de má fé, obtendo vantagens provenientes de atos ilícitos. 
É preciso que se regule tal sanção, por haver grandes divergências doutrinárias com a posição da Ordem dos Advogados do Brasil. Com tais questões resolvidas, será possível manter a segurança jurídica inerente a profissão da advocacia e também coibir profissionais de má-fé.
7 METODOLOGIA CIENTÍFICA
O presente trabalho terá como base um estudo doutrinário, legal e jurisprudencial da possível aplicação da Teoria da Cegueira Deliberada nos casos envolvendo a lavagem de dinheiro com o recebimento de honorários advocatícios. Neste caso, optou-se pelo método dedutivo.
Segundo Mezzaroba e Monteiro:
O método dedutivo parte de argumentos gerais para argumentos particulares. Primeiramente, são apresentados os argumentos que se consideram verdadeiros e inquestionáveis para, em seguida, chegar a conclusões formais, já que essas conclusões ficam restritas única e exclusivamente à lógica das premissas estabelecidas. (2014, s. p.)
A técnica utilizada no trabalho foi a pesquisa teórica ou bibliográfica, que consiste na investigação sobre o tema estudado com base em referências bibliográficas, que possibilitem a instrução teórica. (MEZZAROBA. MONTEIRO. s. p.)
Em mesmo sentido Gil dispõe:
[...] é a que se desenvolve tentando explicar um problema, utilizando o conhecimento disponível a partir das teorias publicadas em livros ou obras congêneres. Na pesquisa bibliográfica o investigador irá levantar o conhecimento disponível na área, identificando as teorias produzidas, analisando-as e avaliando sua contribuição para avaliar, compreender ou explicar o problema objeto da investigação. (2002, p. 21)
	Tal técnica admite consulta a livros, artigos, revistas especializadas, CD-ROM e internet em geral. Os principais autores utilizados serão Rodrigo Sanchéz Rios, André Luiz Callegari, Pierpaolo Cruz Bottini, dentre outros. 
	Foram utilizadas também pesquisas a jurisprudência e amparo da legislação pertinente, em especial a Lei Federal nº 9.613/1998.
8 CRONOGRAMA
	ATIVIDADES
	MAR.
	ABR.
	MAIO
	JUN.
	JUL.
	AGO.
	SET.
	OUT.
	NOV.
	Contato com o orientador
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	Elaboração do projeto
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	Análise do projeto
	 
	 
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	Reescrita do projeto
	 
	 
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	Levantamento teórico
	 
	 
	 
	 
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	Análise da monografia
	 
	 
	 
	 
	 
	 
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	Correções ortográficas
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
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	Entrega da versão final
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
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REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei nº 9613, de 3 de março de 1998. Dispõe sobre crimes de “lavagem” ou ocultação de bens. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 4 de mar. 1998. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9613.htm>. Acesso em: 20 abr. 2016.
______. Conselho de Controle de Atividades Financeiras. Fases da Lavagem de Dinheiro. Disponível em: <http://www.coaf.fazenda.gov.br/links-externos/fases-da-lavagem-de-dinheiro> Acesso em 28 abr.2016
______. Código Penal. 53.ed. São Paulo; Saraiva, 2015. 
______. Tribunal Regional Federal – 4. Apelação Criminal Nº 5000220-41.2013.404.7005. Apelante: Fabio Alex Pinto. Apelado: Ministério Público Federal. Estado do Paraná. Relator: João Pedro Gebran Neto. 2013. Disponível em: <http://trf-4.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/112532607/apelacao-criminal-acr-50002204120134047005-pr-5000220-4120134047005/inteiro-teor-112532654>. Acesso em: 30 mar. 2016.
BARROS, Marcos Antonio de. SILVA, Thiago Minetti Apostólico. Lavagem de ativos: dolo direto e a inaplicabilidade da teoria da cegueira deliberada. Revista dos Tribunais, São Paulo, v.104, n.957, p.203-256, jul. 2015.
BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de Direito Penal: Parte geral 1. São Paulo: Saraiva, 2015.
BOTTINI, Pierpaolo Cruz. A tal da cegueira deliberada na lavagem de dinheiro. Disponível em: <http://www.conjur.com.br/2012-set-04/direito-defesa-tal-cegueira-deliberada-lavagem-dinheiro> Acesso em: 02 maio 2016.
BRITO. Alexis Couto de. Crimes de “Lavagem” de Ativos (Lei n. 9.613, de 3-3-1998). In: JUNQUEIRA, Gustavo Octaviano Diniz. FULLER. Paulo Henrique Aranda. Legislação Penal Especial, volume 2. São Paulo: Saraiva, 2010. p. 331-377.
CALLEGARI, André Luis. WEBER, Ariel Barazzetti. Lavagem de Dinheiro. São Paulo: Atlas, 2014.
CONSERINO, Cassio Roberto. Lavagem de Dinheiro. São Paulo: Atlas, 2011.
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas, 2002. 
GRANDIS, Rodrigo. Considerações sobre o dever do advogado de comunicar atividade suspeita de “lavagem” de dinheiro. Instituto Brasileiro de Ciências Criminais, São Paulo, Boletim 237, ago. 2012. Disponível em: <https://www.ibccrim.org.br/boletim_artigo/4673-Consideracoes-sobre-o-dever-do-advogado-de-comunicar-atividade-suspeita-de-lavagem-de-dinheiro> Acesso em: 03 maio 2016.
JESUS, Damásio de. Direito penal: parte geral. São Paulo: Saraiva, 2015.
KLEIN, Ana Luiza. A Doutrina da Cegueira Deliberada Aplicada ao Delito de Lavagem de Capitais no Direito Penal Brasileiro. Anais do III Congresso Internacional de Ciências Criminais, PUCRS, Porto Alegre, 2012. 
LOBATO, José Danilo Tavares. Ações neutras e teoria do abuso de direito – um elo para se compreender a relação entre lavagem de dinheiro e advocacia. Rio de Janeiro: Editora Revista dos Tribunais, 2014. s. p.
MAGALHÃES, Vlamir Costa. Dinheiro: Cegueira Deliberada e Honorários Maculados. Revista da Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro, Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, v. 17, n. 64, p. 164-186, jan./abr. 2014. 
MEZZAROBA, Orides. MONTEIRO, Claudia Servilha. Manual de Metodologia de Pesquisa no Direito. São Paulo: Saraiva, 2014.
ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL. Código de Ética e Disciplina da OAB, Brasília, DF, 13 fev. 1995. Disponível em: <http://www.oab.org.br/visualizador/19/codigo-de-etica-e-disciplina> Acesso em: 30 mar. 2016
RIOS, Rodrigo Sánchez. Direito Penal econômico: advocacia e lavagem de dinheiro: questões dogmáticas jurídico-penal e de política criminal. São Paulo: Saraiva, 2010.

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