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ATIVIDADE CONTEXTUALIZADA- IMUNOLOGIA CLINICA

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ATIVIDADE CONTEXTUALIZADA DE IMUNOLOGIA CLÍNICA
Thamires Holanda Rocha
Matrícula: 01092669
Curso: Especialização em Análises Clínica 
A enfermidade que afeta o paciente no caso clínico é dengue que evolui para a febre hemorrágica da dengue (FHD). A dengue é uma doença originária da África, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, que se desenvolve em água limpa e parada. Segundo dados do Ministério da Saúde, a primeira ocorrência do vírus no país, documentada clínica e laboratorialmente, ocorreu em 1981-1982, em Boa Vista (RR), causada pelos vírus DENV-1 e DENV-4. Alguns anos depois, em 1986, houve epidemias no Rio de Janeiro e em algumas capitais do Nordeste. Desde aquele tempo, a dengue vem ocorrendo no Brasil de forma contínua.
O agente etiológico envolvido é um arbovírus (DENV) do tipo RNA do gênero Flavivirus da família Flaviviridae, que possui quatro sorotipos conhecidos (DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4). A transmissão se faz pela picada do Aedes aegypti, no ciclo homem - Aedes aegypti - homem. Após um repasto de sangue infectado, o mosquito fica apto a transmitir o vírus, depois de 8 a 12 dias de incubação. A transmissão mecânica também é possível, quando o repasto é interrompido e o mosquito, imediatamente, se alimenta num hospedeiro suscetível próximo. Não há transmissão por contato direto de um doente ou de suas secreções com uma pessoa sadia, nem de fontes de água ou alimento.
O quadro clínico pode ser muito variável sendo que a primeira manifestação é a febre alta (39° a 40°), seguida de cefaléia, mialgia, prostração, artralgia, astenia, dor retroorbital, náuseas, vômitos, e prurido cutâneo. Com tudo alguns aspectos clínicos dependem da idade do paciente, como foi o caso do paciente apresentado que de início demonstrou sintomas de uma dengue clássica porém depois do remédio e que sua febre diminuiu ouve a iniciação de sintomas mais graves. Na febre hemorrágica da dengue (FHD) pode conter todos os sintomas da dengue clássica, mas o que as diferencia é que quando a febre termina na hemorrágica, iniciam-se outros sintomas de maior gravidade, como: pequenas manifestações hemorrágicas onde a doença entra para uma fase crítica, nesta fase são observados os sinais de alarme, alguns desses sinais estavam presentes no quadro clínico do paciente.
Sintomas de maior gravidade: dor abdominal intensa e contínua; vômitos persistentes; acúmulo de líquidos (ascite, derrame pleural, derrame pericárdico); letargia e/ou irritabilidade; hepatomegalia; sangramento de mucosa e aumento progressivo do hematócrito.
Na dengue clássica a leucopenia é um achado usual, embora possa ocorrer leucocitose. Pode apresentar também linfocitose com atipia linfocitária. Em certas situações a trombocitopenia é observada ocasionalmente. Na FHD a contagem de leucócitos é variável, podendo ocorrer desde leucopenia até leucocitose leve. A linfocitose com atipia linfocitária é um achado comum. Observa-se a concentração de hematócrito ou trombocitopenia. Ela surge em razão do aumento da permeabilidade dos vasos sanguíneos, facilitando que a parte líquida do sangue vá para os tecidos. O volume sanguíneo total tem um prejuízo, como se houvesse perda de sangue. A parte sólida do sangue constituído pelas células, continua dentro dos vasos aumentando sua concentração sanguínea. Se tem pouco volume dentro dos vasos, há grandes possibilidades de faltar oxigênio nos órgãos, o que pode ocorrer consequências graves.
O sistema imune trabalha com uma reação mediada por citocinas, em que as células adquirem resistência à infecção viral e, na destruição pelas células NK das células infectadas pelo vírus. Os macrófagos são as células alvo principais do vírus da dengue, estando representados no leucograma pelos monócitos. O vírus estimula a resposta imune humoral: IgM inicialmente e igG sorotipoespecífica para o resto da vida. Apesar desta especificidade, a igM pode gerar imunidade cruzada por um curto período de tempo em sorotipos diferentes. 
Algumas medidas sanitárias e de prevenção para o controle da dengue exige um esforço de todos os profissionais de saúde, gestores e população, para diminuir os casos é preciso interromper a cadeia de transmissão. E a única forma para diminuir o número de mosquito é por meio da eliminação de criadouros. Sempre que possível, ou manter os reservatórios e qualquer local que possa acumular água, totalmente cobertos com telas/capas impedindo o acesso das fêmeas grávidas; limpar as calhas e lajes das casas; guardar garrafas vazias de boca para baixo; eliminar a água acumulada em plantas; entregar pneus inutilizados para a equipe de limpeza pública, ou orientar a quem quiser conservá-los que o faça em locais protegidos da água da chuva.
Os exames laboratoriais específicos envolvem testes sorológicos como o ensaio imunoenzimático ELISA, caracterizado pela captura de anticorpos IgM. O método ELISA é mais sensível, específico e rápido. O anticorpo IgM anti- dengue se desenvolve rapidamente após o quarto dia do início da doença. Então o teste a ser feito seria o MAC – ELISA este ensaio utiliza antígenos específicos de todos os quatro sorotipos (DENV 1 - 4) para a captura de anti- dengue IgM anticorpos específicos em amostras de soro.
A imunofluorescência indireta (IFI) é outro método sorológico que pode ser usado para detectar IgM e IgG específicos para dengue. O exame se dá pela caracterização dos antígenos expressos em células ou tecidos que são fixados em uma lâmina. O soro do paciente é adicionado na superfície para que os anticorpos contra o antígeno pesquisado se liguem, formando um sítio de ligação antígeno-anticorpo. Em uma segunda parte, os anticorpos marcados com fluoresceína são direcionados contra os anticorpos do paciente e adicionados a superfície, de modo que se unam aos anticorpos do paciente. A fluoresceína é um fluoróforo que produz uma marcação visível ao se utilizar um microscópio de fluorescência. A intensidade da marcação é adequada a quantidade de anticorpos presentes na amostra do paciente.
O medicamento citado no caso clínico é o cetoprofeno que é um medicamento da classe dos anti-inflamatórios não esteroides (AINE), que apresenta propriedades analgésicas, antitérmicas e anti-inflamatórias. Mas em alguns casos, como no caso do paciente do caso clínico não seria recomendado pois o paciente é idoso e tem maior propensão a reações adversas sendo que uma delas é o sangramento. Além de sofrer de insuficiência cardíaca congestiva, diabetes e hipertensão.
O cetoprofeno é contraindicado em idosos, grávidas, pacientes com hipertensão, pacientes com insuficiência cardíaca, pacientes com insuficiência renal, pacientes com risco de hemorragia, pacientes medicados com varfarina, pessoas que consomem, em média, mais de 3 doses de álcool por dia.
Referências bibliográficas
ARAI, Karina Emy et al. Avaliação do desempenho de kit de imunofluorescência indireta para o diagnóstico sorológico de dengue. Einstein (São Paulo), v. 18, 2020.
DE MATTOS, Nicole Ferreira et al. Dengue: Uma visão imunológica.
ARAÚJO, Fernanda Montenegro de Carvalho. Diagnóstico laboratorial para o vírus dengue em líquido cefalorraquidiano: a detecção do antígeno NS1 como uma nova ferramenta. 2011. 
OLIVEIRA, Éveny Cristine Luna de et al. Alterações hematológicas em pacientes com dengue. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, v. 42, n. 6, p. 682-685, 2009.
FERREIRA, M. F. Interpretação do hemograma frente à suspeita de dengue. Revista Acadêmica Oswaldo Cruz, v. 12, p. 1-11, 2016.
CENTRO ESTADUAL DE VIGILANCIA EM SAUDE. Medidas de Prevenção e Controle. Disponível em: https://www.cevs.rs.gov.br/medidas-de-prevencao-e-controle-591361f217724. Acesso em: 10 mar. 2021.
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MINISTÉRIO DA SAÚDE. O Agente Comunitário de Saúde no controle da dengue. Disponível em: https://mosquito.saude.es.gov.br/Media/dengue/Arquivos/cartilha_acs_dengue_web.pdf. Acesso em: 3 mar. 2021.

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