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Ofidismo INTRODUÇÃO Veneno: toda toxina de origem animal, vegetal ou mineral Peçonha: toxina de origem animal, que o animal tem a capacidade de inocular a peçonha ACIDENTE OFÍDICO Acidentes causados pela inoculação das toxinas, através das presas das serpentes (aparelho inoculador) Família Vipieridae: o Bothrops o Bothriopsis o Bothrocophias o Rhinocerophis o Lachesis o Crotalus Família Elapidae: o Micrurus o Leptomicrurus CARACTERISTICA DAS SERPENTES Presença de fosseta loreal: é um órgão termorreceptor, onde a serpente percebe ondas de calor de um animal homeotérmico. Cabeça triangular: possui pequenas escamas. Pupila vertical Respiração pulmonar: pulmão esquerdo atrofiado ou ausente Ausência de ouvidos externos: detectam vibrações no solo Ausência de apêndices locomotores Língua delgada e bífida: sentido de olfato Pecilotérmicos: dependem de fonte externa de calor para manutenção da temperatura corporal Exceção: coral verdadeira. Não possui fosseta loreal. Cabeça oval. Pupila arredondada. CLASSIFICAÇÃO COM O TIPO DE DENTIÇÃO Áglifa - Todos dentes iguais e maciços - Mordidas dolorosas - Matam por sufocamento jiboias e sucuris (parada cardíaca e respiratória) ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Opstóglifa - Possuem 1 ou mais partes de dentes inoculadores na região posterior das maxilas - Tem dificuldade de inoculação pela posição dos dentes - Raros acidentes – Coral falsa ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Proteróglifa - Os dentes inoculadores ficam na parte inferior da maxila - São perigosas - Coral verdadeira; Naja - Morde, por isso, a maioria dos acidentes são nas mãos --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Solenóglifa - Os dentes inoculadores ficam na parte anterior da maxila e são retrateis para frente - São as mais perigosas - Dá bote, por isso, a maioria dos acidentes são do joelho para baixo - Cascavel e cruzeira ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- HÁBITOS ALIMENTARES Usam a peçonha como mecanismo para se alimentar. PRODUÇÃO DE VENENO Nas glândulas supralabiais (presentes nos dois lados da cabeça, ao longo das maxilas) POSSÍVEIS AÇÕES DOS VENENOS PRODUZIDOS POR SERPENTES Ação proteolítica/ação hemorrágica: Laqueático Botrópico Ação coagulante e anticoagulante: Laqueático Botrópico Crotálico Ação nefrotóxica: Botrópico Crotálico Ação miotóxica: Crotálico Ação neurotóxica: Elapídico ACIDENTE BOTRÓPICO Final da causa lisa Presença de fosseta loreal Dentição solenóglifa Comportamento agressivo Deixa marca no local da picada Bote 30% seu comprimento Encontradas em matas fechadas, campos sujos, locais de água. Preferem o solo invés da vegetação. Veneno botrópico: Todas espécies podem ser atingidas Mais sensíveis: o Equinos o Ovinos o Bovinos o Caprinos o Caninos o Suínos o Felinos Fatores que interferem: o Espécie da serpente o Tamanho do animal acidentado o Local da picada o Tempo decorrido entre o acidente e o tratamento Manifestações clínicas: Pouco tempo após a picada: Bothrops alternatus (cruzeira) o Dor intensa o Edema o Hemorragia Após 6 a 12 horas: o Bolhas o Equimoses o Necrose ACIDENTE CROTÁLICO Final da causa com chocalhou ou guizo Presença de fosseta loreal Dentição solenóglifa Robustas, não agressivas e pouco ágeis Não deixam marca de mordida Bote 30% seu comprimento São encontradas em campos abertos, com área seca, arenosas e pedregosas. Com preferência para locais limpos Veneno crotálico: Os acidentes ocorrem nas primeiras horas da noite, porque é o período de caça das serpentes Mais sensíveis: o Equinos o Ovinos o Bovinos o Caprinos o Caninos o Suínos o Felinos Manifestações clínicas: Cão: o Ataxia Crotalus durissus terrificus (cascavel) o Dispneia o Insuficiência respiratória o Mialgia o Midríase o Oftalmoplegia o Paralisia flácida o Sialorreia o Em casos graves: Depressão neurológica grave Bovino: o Apatia o Decúbito o Desconforto o Edema discreto no local da picada o Incoordenação motora o Inquietação o Letargia o Movimento de pedalagem o Paralisia flácida o Em casos avançados: Dispneia Paralisia do globo ocular Sialorreia Equinos: o Apatia o Decúbito, com dificuldade em levantar o Dificuldade de locomoção o Edema no local da inoculação o Mioclonias o Redução da sensibilidade cutânea, reflexos auriculares, palatal do lábio superior e ameaça o Redução da temperatura retal o Taquicardia o Taquipneia ACIDENTE LAQUÉTICO Podem chegar a 3,5m de comprimento Final da cauda em forma de espinhos Presença de fosseta loreal Dentição solenóglifa Bote 50% o seu comprimento total Não é agressiva Acidentes pouco frequentes Manifestações clínicas: Humanos: o Bolhas com conteúdo sero-hemorrágico o Déficit funcional do membro o Dor acentuada o Edema o Equimose o Edema o Eritema o Necrose o Neurotoxicidade – gravidade do quadro: Bradicardia Cólicas abdominais Diarreia Hipotensão Infecção bacteriana no local da picada Tontura Vômitos o Sangramentos: Equimoses Epistaxes Gengivorragia Hematúria Local da venopunção Animais: o Não são descritas manifestações clínicas Lachesis spp (surucuru) ACIDENTE ELAPÍDICO Tamanho de 30 – 120 cm de comprimento Anéis corporais de coloração pretas, amarelas, brancas e vermelhas Olhos pequenos e pupilas dilatadas Dentição proteróglifa Ausência de fosseta loreal Levantam a cauda quando se sentem ameaçadas Acidentes raros no Brasil TRATAMENTO Cascável: Soro antibotrópico Soro antiprotálico Micrurus spp; Leptomicrurus spp (coral-verdadeira)
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