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Fichamento sobre Suicídio

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CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO
CURSO DE PSICOLOGIA
 
 
 
 
Fichamento Disciplina de Métodos de Pesquisa
 
 
 
 Alunas: Jéssica de Moraes 
 Ana Rosa Marques de Araújo
 
 
 
 
Docente: Prof. Camila 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ribeirão Preto 
2022 
Referências:
BRAGA, Luiza de Lima; DELL'AGLIO, Débora Dalbosco. Suicídio na adolescência: fatores de risco, depressão e gênero. Contextos Clínic,  São Leopoldo ,  v. 6, n. 1, p. 2-14, jun.  2013 .   Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1983-34822013000100002&lng=pt&nrm=iso>. acessos em  01  jun.  2022.  http://dx.doi.org/10.4013/ctc.2013.61.01.
Introdução - Página 2.
"De acordo com a Organização Mundialda Saúde (World Health Organization - WHO,
2010), o suicídio constitui-se, atualmente, em um problema de saúde pública mundial, pois está, em muitos países, entre as três principais causas de morte entre indivíduos de 15 a 44
anos e é a segunda principal causa de morte entre indivíduos de 10 a 24 anos. A cada ano,
aproximadamente um milhão de pessoas morrem devido ao suicídio, o que representa uma
morte a cada 40 segundos. O índice mundial de suicídio é estimado em torno de 16 a cada 100mil habitantes, variando de acordo com o sexo,a idade e o país. Nos últimos 45 anos, as taxas de suicídio aumentaram cerca de 60% em todo o mundo."
" A literatura demonstra que as estatísticas de suicídio se distribuem de maneira desigual
nos diferentes países, entre os sexos e entre os grupos etários. As taxas mais altas são observadas em idosos do sexo masculino – no Brasil, as taxas de suicídio nessa população são o dobro daquelas observadas na população geral (Minayo e Cavalcante, 2010). Apesar disso,o suicídio vem aumentando entre a população jovem nas últimas décadas, sendo que osjovens representam, atualmente, o grupo demaior risco (WHO, 2010)."
Comentário em geral de ambos os textos:
Podemos observar o quanto o aumento de jovens, adultos e até mesmo pré adolescentes cometem Suicídio no Brasil e em vários outros países também, mas infelizmente esse aumento representa mais a população mais nova. Hoje em dia ficamos muito em redes sociais, e se comparando principalmente com alguém na rede social, podendo ser um famoso(a), blogueiro (a) Influencer digital, Youtubers e etc. Essas pessoas aos olhos daquele adolescente ou adulto que está com uma baixa autoestima, depressão ou outros tipos de problemas e acaba vendo fotos ou vídeos daquele famoso(a) ou acompanhando o mesmo no perfil, acaba identificando que aquela pessoa se encaixa em um padrão de beleza que ele mesmo "não se encaixa" na sociedade, contudo isso acaba abalando o emocional daquele sujeito, afetando sua autoestima e principalmente se sentindo inferior em relação a outra pessoa. Então, podemos compreender melhor que a rede social também pode ser um alto fator para que aquele jovem cometa suicídio. Podendo ser nesses casos específicos ou mesmo se ele estiver passando por algo mais intenso em sua realidade, como: Bullying, preconceito com a sua cor da pele, etnia ou gênero (se caso ele for homossexual por exemplo) isso tudo acaba acarretando que a pessoa tome uma decisão impulsivamente de tirar sua própria vida por está passando por esses problemas e fatores em sua vida pessoal.
Continuação da página 2 e início da página 3.
"Além disso, Avanci et al. (2005) consideram que entre as famílias de classe mé-
dia e alta há uma grande omissão dos casos detentativa de suicídio e até mesmo de suicídio consumado. É possível supor que jovens de classe média e alta busquem ajuda em consultórios ou clínicas particulares em vez de hopitais e/ou postos de saúde, o que dificultariaa notificação de casos de suicídio em adolescentes desses níveis socioeconômicos (Avanciet al., 2005)."
"A análise dos estudos mais recentes ampliao entendimento acerca dos fatores que predis-
põem ao comportamento suicida, indicando que, para que se possa atuar de maneira preventiva diante dos comportamentos suicidas, é preciso estar ciente e alerta para os diversos fatores de risco e de proteção (Borges et al., 2008)."
Comentário geral de ambos os textos:
No texto 1 podemos compreender que em questão da classe econômica interfere muito também quando o indivíduo ou mesmo os pais vão procurar ajuda para os seus filhos em caso de tentativas de suicídio, porém a maioria busca consultórios e clínicas particulares nessas situações em vez de relaterem o caso em hospitais ou mesmo em postos de saúde por conta do nível socioeconômico teria uma dificuldade maior nesses outros lugares do que nas clínicas particulares. Já no texto 2, é muito importante sabermos quando aquele sujeito está dando índice de prática suicidas, observar o modo de como ele está se comportando, se em redes sociais escreve como se tivesse pedindo "ajuda" se está muito inquieto, postando vídeos ou imagens que relatam algum alerta de risco, ou seja, temos que está sempre observando e alertos ao comportamento do jovem adolescente ou adulto.
Suicídio na adolescência - continuação página 3 e início da página 4.
"O suicídio refere-se ao desejo consciente de morrer e à noção clara do que o ato executado pode gerar (Araújo et al., 2010). O comportamento suicida pode ser dividido em três categorias: ideação suicida (pensamentos, ideias, planejamento e desejo de se matar), tentativa de suicídio e suicídio consumado. A ideação suicida é um importante preditor de risco para o suicídio, sendo considerada o primeiro “passo” para sua efetivação (Werlang et al.,2005). Assim, a decisão de cometer suicídio não ocorre de maneira rápida, sendo que com frequência o indivíduo que comete o suicídio manifestou anteriormente alguma advertência ou sinal com relação à ideia de atentar contra a própria vida."
"O maior aumento no número de casos de suicídio por grupo etário foi observado nas adolescentes do sexo feminino de 11 a 19 anos (de 0,8 por cem mil habitantes em 1990 para 2,27 em 2001). Nesse grupo, o suicídio constitui-se na segunda causa de morte, somente inferior à mortalidade por acidentes de trânsito. No grupo dos homens, o maior aumento observado também foi em adolescentes entre 11 a 19 anos (de 2,6 por cem mil habitantes em 1990 para ,5 em 2001). Os pesquisadores concluíram que houve um aumento acelerado de casos de suicídio, principalmente em homens e mulheres jovens (Puentes-Rosas et al., 2004)."
Comentário geral de ambos os textos:
No texto 1 é frisado quando aquele jovem, adulto ou mesmo pessoas mais velhas tem um desejo de tirar sua própria vida, que seria o ato também de suicídio consumado que é o ato intencional de uma autoagressão que resulta em morte, ou seja, é a tentava que aquele indivíduo tem de tirar sua vida e fazer algo consigo mesmo. Mas na maioria das vezes aquele jovem vai dando "índices" para cometer algo com ele mesmo, aos poucos, então a pessoa dependendo da situação e em cada caso também, não cometem suicídio de imediato.
Já no segundo texto é mostrado que o maior número de autoagressão contra si mesmo é com o sexo feminino na faixa etária de 11 a 19 anos como é citado acima, mas infelizmente não só mulheres mas sim ambos os sexos e gêmeos tem casos de suicídio também e maioria são adolescentes, o aumento dessas mortes é inferior ao número de casos de acidentes de trânsito que ocorre em nosso país.
Página 5.
"Os elevados números de suicídio na adolescência apontados pelos estudos podem ser
explicados, em parte, pela dificuldade de muitos jovens de enfrentar as exigências sociais e
psicológicas impostas pelo período da adolescência. Nessa etapa, o jovem pode experiên-
ciar grandes mudanças, adquirir novas habilidades e enfrentar diversos desafios (Steinberg,
2000), que podem impulsionar muitos jovens desenvolverem pensamentos e comportamentos suicidas."
Comentário:
Teve um aumento muito grande de casos de suicídio com o passar dos anos, reportagens de cantores que tiraram sua própria vida, adolescentes eadultos, mas esse número aumentou pelo fato também de muitos jovens enfrentar muita pressão psicológica, seja de família, pessoas ao seu redor, enfrentar dificuldades socioeconômicas ou afins, ter depressão e ansiedade e não fazer um acompanhamento profissional e com isso o comportamento daquele sujeito vai mudando cada vez mais com todas essas dificuldades, as mudanças vai acontecendo em seu comportamento também e cada vez mais o mesmo tendo pensamentos suicidas.
Fatores de risco ao suicídio na adolescência - Continuação da página 5.
"De acordo com a Organização Mundial da Saúde (WHO, 2010), a vulnerabilidade associa-
da à doença mental, à depressão, a desordens relacionadas ao álcool (alcoolismo), ao abuso, à violência, a perdas, à história de tentativa de suicídio, bem como à “bagagem” cultural e social representam os maiores fatores de risco ao suicídio. É importante considerar que esses aspectos, isoladamente, não são preditores do suicídio, mas as consequências deles derivadas podem aumentar a vulnerabilidade dos indivíduos ao comportamento suicida."
Comentário:
Como o texto frisa acima os fatores que mais aumentam também o número de casos de suicídio é o abuso de drogas, álcool, doenças mentais como por exemplo a depressão. Todos esses fatores são os causadores também para a pessoa cometer um suicídio. Adolescentes que gostam muito de ficar sozinhos e isolados acabam que o sujeito fica cada vez mais vulnerável e o seu comportamento e atitudes vai mudando e com isso trazendo consequências ainda maiores.
Fatores de risco ao suicídio na adolescência – Continuação página 5
“Especificamente com relação ao suicídio adolescente, alguns estudos destacam os seguintes fatores que podem constituir-se como risco: isolamento social, abandono, exposição à violência intrafamiliar, história de abuso físico ou sexual, transtornos de humor e personalidade, doença mental, impulsividade, estresse, uso de álcool e outras drogas, presença de eventos estressores ao longo da vida, suporte social deficitário, sentimentos de solidão, desespero e incapacidade, suicídio de um membro da família, pobreza, decepção amorosa, homossexualismo, bullying, locus de controle externo, oposição familiar a relacionamentos sexuais, condições de saúde desfavoráveis, baixa autoestima, rendimento escolar deficiente, dificuldade de aprendizagem, dentre outros (Avanci et al., 2005; Baptista, 2004; Borges e Werlang, 2006; Cassorla, 1991; Dutra, 2002; Espinoza-Gomez et al., 2010; Kokkevi et al., 2010; Meneghel et al., 2004; Prieto e Tavares, 2005; Toro et al., 2009;”
Comentário: Os fatores de risco de risco para o suicídio são principalmente doenças mentais, como a depressão, violência, e até mesmo a bagagem cultural do indivíduo, e ao contexto que está inserido. Há inúmeros motivos, e todos são alertas para que medidas e tratamentos sejam feitos.
Página 6
“Outros fatores têm sido considerados como riscos ao comportamento suicida. Dentre eles, a vulnerabilidade gerada pelas situações de pobreza é uma situação social que pode predispor ao suicídio, uma vez que o desemprego, o estresse econômico e a instabilidade familiar aumentam os patamares de ansiedade dos indivíduos (Meneghel et al., 2004). Além disso, pessoas com histórico de suicídio na família possuem maior vulnerabilidade para repetir o comportamento, verificando-se, assim, a transgeracionalidade do comportamento suicida (Araújo et al., 2010). Em adolescentes, as tentativas prévias de suicídio e a perda recente de uma pessoa amada aumentam consideravelmente a probabilidade de suicídio (Toro et al., 2009). No estudo de Bella et al. (2010), as tentativas prévias de suicídio foram identificadas como o fator de risco mais importante para predizer novos comportamentos suicidas em adolescentes”
Comentário: A venerabilidade e o contexto social que o indivíduo se encontra também é um fator de risco. A pobreza, o desemprego, as diferenças entre classes sociais, todas são fatores que podem levar ao suicídio. Além disso, em adolescentes uma perda de uma pessoa amada aumenta o fator de risco, qual deve ser sempre investigado.
Página 7
“Para Benda e Corwyn (2002), o suicídio esteve positivamente relacionado com a frequência da exposição à violência em adolescentes com 15 anos ou menos, enquanto, para os adolescentes mais velhos, a exposição à violência associou-se com outras variáveis, como o desenvolvimento de comportamentos violentos e antissociais.”
Comentário: Adolescentes mais novos tem maior probabilidade de cometer suicídios relacionado a violência, do que aquelas que são mais velhos, que por consequência irão desenvolver comportamentos agressivos e de isolamento.
Página 8
“Para Dutra (2002), devido a tabus e preconceitos, muitos dos profissionais da área da saúde podem sentir-se despreparados para lidar com tentativas de suicídio, não apenas devido à falta de treinamento técnico, mas também pelo fato de a tentativa de suicídio, provavelmente, acionar sentimentos, crenças e valores pessoais que os deixem receosos e confusos, sem saber como agir junto ao jovem que tentou o suicídio”
Comentário: Ainda existem tabus que norteiam as tentativas de suicídios. Existem crenças, falta de treinamento, e ainda, falta de saber o que fazer efetivamente para lidar com a situação.
Características epidemiológicas: Página 9
“As diferenças de gênero e depressão os estudos que investigam as características epidemiológicas das pessoas que tentam ou cometem suicídio têm destacado a importância da associação desse ato com as variáveis gênero e depressão. Quanto ao gênero, Dutra (2002) aponta que, em diferentes culturas, as características de pessoas que cometem suicídio são semelhantes, dentre as quais podem ser destacadas: indivíduos do sexo masculino, adultos e solteiros, verificando-se que poucos países se diferem desse padrão, dentre eles Índia e China, onde as ocorrências de morte voluntária predominam no sexo feminino. Em contrapartida, as tentativas de suicídio são epidemiologicamente diferentes do suicídio consumado não apenas no Brasil, mas também em muitos outros países, sendo que, de maneira geral, as mulheres cometem maior número de tentativas (Abasse et al., 2009; Kinyanda et al., 2011; Toro et al., 2009). O maior número de tentativas entre adolescentes do sexo feminino pode estar relacionado ao maior índice de depressão desse grupo, já que a literatura aponta que a depressão desempenha um importante papel no comportamento suicida (Bahls e Bahls, 2002). As mulheres que tentam o suicídio comumente são jovens e solteiras e as tentativas geralmente ocorrem por meio da ingestão excessiva de medicamentos ou venenos (Baptista, 2004; Dutra, 2002)”
Comentário: As diferenças culturais de cada país. No Brasil, estudos mostram que as maiores tentativas de suicídios vêm de mulheres e pode ter relação com a depressão nesse grupo. A maioria entre elas são jovens, e solteiras.
Características epidemiológicas: diferenças de gênero e depressão.
Devemos nos atentar a importância da associação de atos suicidas com as variáveis: gênero e depressão.
Quanto ao gênero, Dutra (2002)” ...aponta que em diferentes culturas, as características de pessoas que cometem suicídio são semelhantes, dentre as quais podem ser destacadas indivíduos do sexo masculino, adultos e solteiros... poucos países diferem deste padrão, Índia e China, onde as ocorrências de morte voluntária, predominam do sexo feminino.
As tentativas de suicídio são epidemiológicas, diferente do suicídio consumado, tanto no Brasil como em outros países e é no sexo feminino que ocorrem o maior número de tentativas.
Segundo Bahse Balhs, 202... o maior número de tentativas entre adolescentes do sexo feminino está relacionado ao maior índice de depressão... a depressão desempenha um importante papel no comportamento suicida. Para Baptista, 2004. Dutra, 2002... “as mulheres que tentam suicídio são jovens e solteiras e as tentativas ocorrem por ingestão excessiva de medicamentos e venenos.
Meneghel (2004) destaca alguns fatores relacionados amenor ocorrência de suicídio consumado entre as mulheres: baixo alcoolismo, religiosidade e ou espiritualidade.
E ainda que as mulheres ao identificar precocemente os sinais de depressão ou outras doenças mentais buscam ajuda em momentos de apoio social e afetivo, enquanto os homens não.
“... os papeis atribuídos a masculinidade envolvem aspectos que podem predispor os homens comportamentos suicidas, tais como: a competitividade, a impulsividade, maior acesso a tecnologias letais e ainda mais sensíveis a aspectos relacionados ao trabalho, ao desempenho e ao empobrecimento.
Nos estudos de Werlang (2005) em Porto Alegre, nos de Avaria em Ribeirão Preto também nos de Frher e Vausar também e ribeirão preto, com jovens entre 10 e 24 anos houveram as seguintes constatações:
- As mulheres são as mais propensas às tentativas de suicídio;
- os homens o suicídio consumado;
- Adolescentes depressivos com amigo que tentou suicídio, pode desenvolver ideias suicidas mais que os outros adolescentes.
- Sexo feminino, solteira com baixo nível sócio econômico.
Métodos usados: uso abusivo de medicamentos, substâncias químicas, e nos homens métodos mais violentos, como pular de local alto, arma de fogo, arma branca, enforcamento para o objetivo do ato suicida.
Os aspectos culturais são considerados nas diferenças de gênero, pois meninos e meninas são educados diferentes, a sociedade é mais permissiva com o sexo masculino por permitirem comportamento mais agressivos, logo a escolha por métodos mais agressivos na escolha do método de suicídio variam.
E ainda, os estudos de Fuher e Vansam verificou... que as histórias clínicas dos adolescentes demonstram que a maioria era de família de pais separados e a tentativa de suicídio havia ocorrido após a discussão com pessoas significativas do núcleo familiar.
A depressão tem sido um dos fatores que mais tem se relacionado com o suicídio da adolescência.
Desde a década de 70, a depressão nesta faixa etária já começou a ser considerada. Ela pode se manifestar-se por longos períodos e afeta múltiplas funções e causa prejuízo psicossociais principalmente o sexo feminino.
Adolescentes depressivos são geralmente mal humorados, facilmente irritáveis, instáveis e com frequentes episódios de explosão e raiva.
...apresentam perda de energia, apatia, desinteresse, retardo psicomotor, isolamento dificuldade de concentração, sentimentos de desesperança, uso e abuso de drogas e casos extremos ideação de comportamento suicida, segundo Bahes e Bahes, 2002.
Logo a depressão é uma ferramenta que pode e deve ser usada, na prevenção ao desenvolvimento de pensamentos e comportamentos suicidas.

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