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Planejamento Dietético e Recomendações Nutricionais: 
Radicais Livres: Em suma, um radical livre consiste em um átomo ou uma molécula que teve alteração no número e na distribuição de elétrons em sua orbital externa que circunda o núcleo atômico. Esse desequilíbrio no número de elétrons gera significativa instabilidade no átomo/molécula, o que aumenta sua capacidade de interação com outras moléculas para recuperação do elétron perdido da orbital.
De modo amplo, é comum observar mudanças fisiológicas em sistemas do organismo em idosos. Muitas dessas modificações podem estar associadas ao aumento da demanda de nutrientes. As seguintes condições valem destaque:
· O aumento do estresse oxidativo intensifica a necessidade de antioxidantes como vitamina C, vitamina E, Betacaroteno, Zinco, Selênio, magnésio e fenólicos. 
· A diminuição da densidade mineral óssea associada a redução da biodisponibilidade de cálcio aumenta requerimentos de vitamina D e cálcio dietético.
· A sarcopenia e a perda de massa muscular reduzem a demanda energética total.
· A imunossupressão induz ao aumento da demanda de antioxidantes, vitamina do complexo b e proteínas. 
Aditivamente, é comum identificar fatores clínicos e bioquímicos que interferem no estado nutricional de idosos. O quadro a seguir lista algumas dessas características notáveis:
	AUMENTO
	REDUÇÃO
	pH gástrico 
	Albumina sérica
	Homocisteína sérica
	Água Corporal total
	α1-Glicoproteína ácida
	Massa hepática
	Massa gorda (principalmente no tronco)
	Massa magra total
	Fragilidade neuromuscular
	Função glomerular e renal
	
	Motilidade gastrointestinal
	
	Capacidade absortiva intestinal
	
	Velocidade de esvaziamento gástrico
SÍNDROME DA FRAGILIDADE DO IDOSO: A tríade de redução da densidade mineral óssea, perda de estrutura muscular e diminuição de atividade neural em idosos é denominada síndrome da fragilidade do idoso. Nesse cenário, é comum observar o aumento da incidência ou do risco de fraturas, dores, incômodos, perda de independência ou autonomia de locomoção e, consequentemente, piora de qualidade de vida.
Tecnicamente, a osteoporose consiste na deterioração osteometabólica da microarquitetura do sistema, aumentando a porosidade e, por conseguinte, a incidência da ruptura do tecido ósseo. 
O monitoramento do estado nutricional do idoso é imprescindível, pois a desnutrição associada ao envelhecimento não somente aumenta as possibilidades de acometimento, mas também de agravamento da osteoporose. Para acompanhamento da progressão do distúrbio, recomenda-se vigilância por densitometria, solicitada por médicos, associada à avaliação nutricional dietética, mediante análise de instrumentos de triagem nutricional e de inquéritos dietéticos. Em referência ao acompanhamento bioquímico, é indicada medição de nutrientes relacionados ao metabolismo ósseo, em especial vitamina D, magnésio e cálcio. Além disso, é importante medir valores de fosfatase alcalina sérica (FA) e, eventualmente, osteocalcina.
A deterioração das estruturas proteicas do tecido muscular esquelético é conhecida como sarcopenia, termo derivado do grego que tem origem na frase “pobreza da carne” e notabiliza essa alcunha devido à marcante redução do volume muscular durante a velhice. A sarcopenia pode induzir idosos a quadros de resistência à insulina, obesidade, osteoartrite, osteoporose e até mesmo de depressão.
A avaliação da progressão da sarcopenia passa pela análise de medidas de detecção de força muscular, biomarcadores bioquímicos, exames de imagem e exame físico. Dentre as variáveis para obtenção do nível de força muscular, é possível elencar a capacidade de flexão e extensão de membros inferiores, a pressão palmar e o pinçamento. No que tange às medidas bioquímicas laboratoriais, devem ser observados valores de proteína C reativa (inflamação sistêmica), interleucina 6 (IL-6), miostatina, fator de diferenciação de crescimento (GDF-15) e IGF-1. 
Completando o conjunto que estabelece a fragilidade em idosos, distúrbios neurológicos também são condições inerentes ao envelhecimento. A diminuição da capacidade de transmissão e comunicação de impulsos nervosos na velhice costuma culminar em uma variedade de distúrbios neurológicos, alguns de características mais amenas (como pequena perda de memória, alterações organolépticas e retardo na velocidade de raciocínio lógico) e outros de condições mais graves (como doenças neurodegenerativas).
Nas possibilidades mais preocupantes, as doenças de Parkinson e Alzheimer destacadamente são as degradações neurais mais observadas nessa faixa etária. Ambas diminuem drasticamente a qualidade de vida e a autonomia do indivíduo. Entretanto, cabe ressaltar que a taxa de incidência de acidentes vasculares encefálicos (AVE) ainda é bastante elevada e apresenta grande risco de mortalidade entre idosos.
A deterioração neurológica característica do envelhecimento e parte da síndrome da fragilidade desenvolve sinais e sintomas que podem ser observados nas seguintes capacidades:
· Cognição: diminuição da capacidade processar informações rapidamente e da magnitude da memorização (armazenamento temporário).
· Aprendizagem, intelecto e memorização: diminuição da capacidade de realizar multitarefas simultaneamente, agravo na memória de longo prazo, problemas na resolução de problemas (inteligência fluida) e deterioração da assimilação de novas informações e do raciocínio lógico.
· Acuidade visual: presbiopia e degeneração da adaptação visual em ambientes muito claros ou escuros. Também há perda de campo visual e discernimento de cores.
· Audição: presbiacusia (manifestação que compromete a distinção de sons e de falas, com perda auditiva relevante no idoso).
· Percepção gustativa: depleção de acuidade de captação de sabores, especialmente salgados (reduzida) e amargos (aumentada), resultado em elevação de processos de desinteresse alimentar.
· Percepção olfativa: hiposmia, isto é, redução da sensibilidade e distinção de aromas, cheiros e odores outrora característicos para o indivíduo.
· Sensibilidade tátil: diminuição do fluxo sanguíneo em direção aos receptores sensoriais associados à desidratação da pele.
DISTÚRBIOS PATOLÓGICOS COMUNS NA TERCEIRA IDADE: Idosos costumam apresentar desvios patológicos que se estabelecem em função do legado de estilo de vida e de cuidados pessoais, da latrogenia, do estresse oxidativo avançado e da imunodepressão, todos característicos desse ciclo da vida. Dentre as principais doenças ou acometimentos clínicos, destacam-se: hipertensão arterial sistêmica (HAS), diabetes mellitus (DM), doenças cárdio-cerebrovasculares, osteoporose, incontinência urinária, pneumonia, nefropatias, neoplasias, quedas e fraturas, depressão, demência, confusão mental e problemas de ordem dentária.
A combinação de distúrbios clínicos comuns e destacados na velhice, como a latrogenia, a incontinência urinária, a degradação osteomuscular, as doenças neuropsiquiátricas e a síndrome da imobilidade, são popularmente conhecidas como “os gigantes da geriatria”. É muito comum que idosos, de diferentes idades, apresentem no mínimo um dos integrantes desse complexo de doenças, sinais e sintomas. A vigilância sobre essas condições é fundamental no anseio da melhor oferta de qualidade de vida para idosos de ambos os sexos.
RELEVÂNCIAS CLÍNICAS E DISTÚRBIOS NUTRICIONAIS NA VELHICE
Em idosos, a desnutrição costuma estar associada à degeneração da recuperação cicatricial e à depleção da cognição e das funções respiratória e muscular, além de aumentar o risco de infecções em diversos tecidos, provocar a diminuição de imunoproteção e, consequentemente, aumentar o risco de mortalidade.
Na investigação clínica, diversos fatores de risco estão associados ao desenvolvimento de desnutrição no envelhecimento, inclusive com indivíduo já em curso da velhice. Dentre as condições clínicas para origem da desnutrição em idosos, destacam-se:
· Perda de apetite.
· Problemas dentários, como perda ou amolecimento de dentes.
· Disfagia.
· Perda de sensação de olfato e paladar.
· Problemasno trato gastrointestinal, como redução absortiva da mucosa intestinal.
· Incapacidade física.
· Desordens endócrinas, como diabetes e alterações tireoidianas.
· Infecções, como do trato urinário.
· Interações medicamentosas.
· Distúrbios ou desordens neurológicas, como doença de Parkinson ou Alzheimer.
· Sinais de magreza.
· Perda de peso mensal a partir de 2% da massa corporal.
Verificando o Aprendizado
1. A incidência de radicais livres no organismo humano pode acelerar os processos naturais de envelhecimento celular e o aparecimento de doenças crônicas não transmissíveis. A formação de radicais livres pode ocorrer tanto dentro quanto fora do corpo humano, propiciando condições perigosas para longevidade associada à boa qualidade de vida.
Assinale a única alternativa que descreve adequadamente a definição de moléculas/espécies conhecidas como radicais livres.
R: Átomos/moléculas que têm alteração no número de elétrons e se tornam instáveis, agredindo as células humanas.
· O radical livre é uma molécula instável. Dessa forma, interage com células e moléculas humanas, ocasionando lesões oxidativas por meio da oxidação das membranas fosfolipídicas, o que por sua vez contribui para as células se tornarem mais suscetíveis a disfunções, doenças ou agressões por patógenos.
2. Com o envelhecimento, ocorre a deterioração neurológica que faz parte da síndrome da fragilidade, e alguns sinais e sintomas podem ser observados, tais como:
R: diminuição da capacidade de processar informações velozmente e da magnitude da memorização (armazenamento temporário).
· O envelhecimento ocasiona diversas alterações neurológicas, entre elas a diminuição da capacidade de processar informações velozmente, assim como diminuição da memorização.

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