Buscar

PRÉ PROJETO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1
FACULDADE DE JUSSARA – FAJ
CURSO DE DIREITO
DÁLITE NAVES DA SILVA ISAÍAS
ASSÉDIO MORAL NO SERVIÇO PÚBLICO
JUSSARA
2020
Dálite Naves da Silva Isaías 
ASSÉDIO MORAL NO SERVIÇO PÚBLICO
Projeto de pesquisa apresentado ao Curso de Direito da Faculdade de Jussara, como requisito parcial à obtenção de nota da disciplina Trabalho de Conclusão de Curso I – TCC I.
Orientador: Esp. Victor Henrique Fernandes e Oliveira 
JUSSARA
2020 
SUMÁRIO 
1. ITRODUÇÃO -------------------------------------------------------------------- 3
2. JUSTIFICATIVA E REFERENCIALTEÓRICO ----------------------------- 4
3. OBJETIVOS -------------------------------------------------------------------- 11
3.1 Objetivos gerais ----------------------------------------------------------- 11
3.2 Objetivos específicos ---------------------------------------------------- 11
4. METODOLOGIA -------------------------------------------------------------- 11
5. CRONOGRAMA -------------------------------------------------------------- 11 
6. REFERÊNCIAS ----------------------------------------------------------------12
RESUMO: O assédio moral trata-se da exposição continua de alguém a situações constrangedoras, causando a esta grandes problemas psicológicos diante de tais 
agressões. Vale ressaltar que este projeto tem como objetivo tratar sobre o assédio moral no ambiente de trabalho em âmbito público, o que parece acontecer raramente, porém há bastante incidência não sendo tão conhecida por sua dificuldade em levantar meios de prova, pois boa parte dos colegas de trabalho não estão dispostos a prestar depoimentos para confirmar a versão do agredido pelo temor de sofrer retaliações futuras por isto. De um modo geral as conseqüências vividas por pessoas que passam por assedio moral são principalmente psicológicas uma vez que todo trauma cria em suas vitimas o temor de que se repita. Para a conclusão deste artigo foram utilizados métodos de pesquisa de artigos acadêmicos e livros.
PALAVRAS CHAVE: Agressão psicológica, Assédio moral; Serviço público; Traumas.
1. INTRODUÇÃO 
Atualmente o assédio moral pode ser tratado como um assunto desconhecido para uma boa parte da sociedade, pois percebe-se que quando citado a maioria das pessoas o associam a abusos ligados a sexualidade. Apesar de ser um assunto pouco conhecido, pode-se considerá-lo bastante incidente uma vez que muitos já passaram por tal situação ou tiveram conhecimento de alguém que tenha sido vítima de tal infortúnio.
O assédio moral causa em suas vitimas diversos problemas de saúde, tanto físicos quanto emocionais, por isso torna-se importante a busca pela prevenção de tal ato no ambiente laboral. Destaca-se que boa parte daqueles que passaram por tal situação, desenvolveram doenças psíquicas como ansiedade e depressão.
O assédio moral pode ser definido como:
[...] toda e qualquer conduta abusiva que se manifesta, sobretudo, por comportamentos, palavras, atos, gestos, escritos, que possam trazer dano à personalidade, à dignidade ou integridade física ou psíquica de uma pessoa, pôr em perigo seu emprego ou degradar o ambiente de trabalho (HIRIGOYEN, 2001/2011, p. 17).
Deste modo entende-se que o assédio moral trata-se de uma conduta abusiva, da qual o indivíduo passa por diversas situações de humilhação, uma vez que ao ser agredido psicologicamente este pode desencadear diversas reações como se tornar improdutivo em seu ambiente de trabalho, entre outros.
Vale ressaltar que no ambiente de trabalho público o servidor acredita ser dotado de uma certa estabilidade, e que em seu ambiente de trabalho gozará de independência para desempenhar suas funções e dificilmente passará por tais constrangimentos, pois chegou até ali por esforço e mérito.
Há situações em que a vítima é tão pressionada que se torna aquilo que é dito sobre dela. É notório que uma pessoa assediada não pode fornecer o seu melhor, pois torna-se desatenta, sensível às críticas e ineficaz (FREITAS, 2001, p. 11).
Essa agressão cria no servidor o sentimento de frustração uma vez que suas habilidades e competências são colocadas em cheque, fazendo com que este não desenvolva de forma correta as funções que a ele(a) foram delegadas, comprometendo assim todo seu rendimento no ambiente de trabalho. 
Vale ressaltar que o assédio moral não é um comportamento especifico do ambiente de trabalho, podendo ser identificado no âmbito escolar, matrimonial, familiar, e outros. O que também cria inúmeros desgastes emocionais e psicológicos ao agredido, assim como os que o sofrem no ambiente de trabalho.
Para que houvesse uma maior clareza de onde partia essa agressão no ambiente de trabalho, Hirigoyen (2002) definiu o assédio moral em quatro tipos, sendo eles: Assédio horizontal, assédio vertical descendente, assédio vertical ascendente e assédio misto.
O assédio horizontal parte de um colega para com outro, nesse caso não há hierarquia. O assédio vertical ascendente ocorre do subordinado para o superior, o que acontece com menos freqüência. O assédio vertical descendente parte do superior para o subordinado e por fim o misto praticado por colegas e superior hierárquico ao mesmo tempo.
A partir dessas premissas o presente artigo surge do intuito de levar às pessoas uma perspectiva cientifica sobre o assédio moral e assim trazer a sociedade o conhecimento deste tipo de agressão tão comum, porém desconhecido por uma boa parcela da sociedade, pois há de se falar em combate ao assédio moral quando este for um assunto claro e conhecido por todos.
2. JUSTIFICATIVA E REFERENCIAL TEÓRICO
Diante da problemática enfrentada por servidores públicos que sofrem assédio moral em seu ambiente de trabalho, surge a necessidade de compreender como esta agressão se dá no cotidiano destes trabalhadores, ampliando assim o conhecimento sobre tal tema.
Quando se trata de assédio moral pontua-se que este não ocorre somente entre superiores hierárquicos e seus subordinados, mas também na relação entre colegas onde estes não estão sujeitos um ao outro, e também pode partir do subordinado para com o seu superior como será detalhado neste artigo.
Desse modo, o objeto de pesquisa permitirá perceber dentro da temática estudada as formas com as quais os autores relatam acontecer o problema, as conseqüências que sofrem os assediados e as prováveis soluções para sanar este problema de modo que o assédio moral se torne cada dia mais raro.
É fundamental tratar o assédio moral como um problema já existente na sociedade do qual todos os indivíduos podem ser submetidos, já que não está relacionado a pessoas específicas e nem possui local pré determinado para que ocorra, e que deve ser tratado mais a finco, uma vez que quem lida com este comportamento sofre diversos danos, relacionados tanto a saúde física quanto a saúde psicológica. 
É necessário dizer ainda que tal agressão gera danos em suas vitimas dos quais será necessário algum tempo para que a recuperação seja efetiva. No caso do assédio moral no serviço público devemos ainda ressaltar o quão fica desgastada a relação servidor-estado, uma vez que todo funcionário público é representante do estado, se tornando na maioria das vezes improdutivo, (FREITAS, 2001, p. 11).
De um modo geral, a sociedade nem sempre entende do que se trata essa temática, pois em suma relacionam a palavra assédio a agressões sexuais, pois essa é uma das variantes mais conhecidas da população. Faz-se necessário então levar ao conhecimento dos indivíduos o que seria de um modo geral o assédio.
Para Hirigoyen o assédio trata de toda e qualquer conduta abusiva que possa causar danos a personalidade e integridade física e psíquica do abusado, ou seja, podem-se considerar situações de assédio no ambiente de trabalho ações como: o colega ou chefe refere-se a vítima com tom de desprezo, gritos, xingamentos e até agressões físicas, dentre outros comportamentos desrespeitosos. 
Este projeto de pesquisa tem por objetivo esclarecer do que se trata o tema assédio moral, correlacioná-lo ao ambientede trabalho público, esclarecer as conseqüências sofridas pelo assediado e encontrar as providencias tomadas quanto ao combate de tal abuso.
Fazendo um apanhado pelo Direito, confirma-se que o assédio infringe a Constituição Federal Brasileira, uma vez que em seu art. 5º caput, assegura:
“Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade”.Constituição Federal (BRASIL 1988)
Destaca-se em tal artigo constitucional a igualdade entre as pessoas onde todos, independente de qualquer natureza, serão tratados da mesma forma o que vai totalmente contra a natureza do assédio, uma vez que para que este seja detectado é necessário haver tratamento degradante do profissional que se torna inferior a outro servidor
Além disto, o código civil Brasileiro trata sobre danos a moral da pessoa em seu art. Art. 186: Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Porém não há uma norma especifica que trate o assédio moral, pois infelizmente é muito difícil constatar que este ocorreu, visto que na maioria das vezes as testemunhas tem medo de prestar depoimento e acabar se comprometendo, quando há testemunhas.
Por essa razão, sugere-se que as medidas legislativas busquem compreender o maior número de hipóteses e impor medidas que possam coibir a conduta, bem como amparar as vítimas. Na ausência de previsão normativa que determine que certa conduta deva ser qualificada como “assédio moral”, com vistas ao princípio da legalidade, caberá ao intérprete (gestor responsável por apurar os fatos), a partir das provas colhidas, fazê-lo amparado em normas mais genéricas. Nota-se, aqui, a ampliação do grau de subjetividade do julgador, contribuindo tanto para eventuais impunidades, nos casos em que se deixa de repelir práticas abusivas, quanto para condenações injustas em consequência da classificação de certas condutas como assédio moral de forma banalizada. (NOGUEIRA, Rafael Maia; NUNES,Tiago Soares; NETO, Antonio Carvalho; FERREIRA Raphael Rodrigues; A SISTEMATIZAÇÃO LEGISLATIVA DO ASSÉDIO MORAL NO TRABALHO NO ÂMBITO DAS ADMINISTRAÇÕES PÚBLICAS ESTADUAIS NO BRASIL, 2020)
Dejours (2004) considera que o trabalho não deve ser uma experiência solitária que se limita apenas a relação trabalhador-trabalho mas sim em vínculos que podem ser criados através do ambiente laboral com os colegas que ali exercem suas funções, criando assim um ambiente harmônico e produtivo.
Faz-se necessário ressaltar que um ambiente de serviço público que dê a oportunidade de falar sobre os modos de convivência pode transformar feridas em criatividade, para Dejours (2012). Importante esclarecer isto pois assim as pessoas que tem o interesse em combater o assédio percebem o quão valioso se torna o diálogo nesses casos.
O coletivo mostra-se como importante ferramenta para a manutenção da saúde; relações sócioprofissionais satisfatórias podem promover um lugar de autonomia, criação, negociação, vivências de prazer, saúde mental, poder de resistência, engajamento para mudança (BRUCH & MONTEIRO, 2011)
O oposto da cooperação, o desrespeito, o individualismo e a falta de reconhecimento do outro causam sofrimento, contribuindo para o adoecimento psíquico e físico do trabalhador (CARVALHO, 2011). Quando um colega se dispõe a apoiar o assediado, há a chance de que este consiga se defender de eventuais abusos, pois agora se sente mais seguro e sabe com quem contar.
Hirigoyen aponta que no serviço público o assédio pode se arrastar por anos, por conta da estabilidade tanto da vitima quanto do agressor. Como o trabalho é a forma de sustento tanto da vitima quanto da família (em boa parte das vezes), eles acabam se submetendo a humilhações para não perder sua fonte de renda.
A estabilidade não conota perversidade ao assédio, porém por ser a conduta frequente e podendo durar um tempo maior, onde boa parte dos assediados se encontram ”presos” em um determinado setor do qual não conseguem pedir transferência, poderá causar ao assediado danos maiores (NUNES &TOLFO, 2013) 
Quando o assédio parte de um superior para com um subordinado a situação se torna ainda mais embaraçosa, pois o chefe poderá atrapalhar e extinguir as ações do assediado e ainda impedir com que seus pedidos de socorro cheguem a outras instâncias, estendendo-se o sofrimento do agredido, conforme diz Hirigoyen.
Afirma Hirigoyen (2006, p. 312) que quando uma pessoa procura ajuda médica para tratar seu estado psicológico, é orientada a abandonar o local gera tais problemas, uma vez que nesse caso o ambiente de trabalho tornou-se o terror daquele paciente. Porém mesmo que este procure um novo emprego, continuará em seu psicológico o temor de passar por novas situações parecidas com o já vivido.
Para ela, retirar do ambiente de trabalho uma pessoa que passou por situações de assédio seria o mesmo que desvalorizá-la e fazê-la sentir incapacitada para realizar as funções que a ela eram delegadas
Uma prevenção eficaz deverá agir sobre os diferentes fatores, tanto no nível pessoal quanto nos administrativos e nos contextos que favorecem a ocorrência de assédio. Não existe uma única solução; é preciso agir sobre todos os elementos-chave do sistema. A prevenção do assédio moral deve fazer parte de uma política geral de prevenção de riscos profissionais, pois a saúde no trabalho, inclusiva a saúde psíquica, é um direito fundamental dos empregados. (HIRIGOYEN, 2006,P. 312)
Desta forma, o tratamento vai em busca de arrancar desde as raízes o mal causado por outrem. Camila Pitanga Barreto (2018, p. 101) também diz sobre o assunto:
A prevenção é a maneira mais eficiente de combate ao assédio moral. Portanto, um ambiente laboral saudável e equilibrado, com condições dignas de trabalho, baseada no respeito mútuo, incentivando a criatividade, a produtividade, a qualidade, a motivação e a cooperação entre os profissionais, contribui para que esse mal seja afastado das repartições públicas e das relações trabalhistas.
Freitas (2007) afirma que para que as organizações possam combater o assédio é necessário que primeiramente seja reconhecido que essa agressão ocorre, e após isso investigar de forma justa, encontrar os culpados e assim puní-los corretamente.
Além dos códigos de ética, podem-se criar mecanismos, por meio do departamento de Recursos Humanos da empresa, para dar ao trabalhador agredido o direito de denunciar a agressão de que tenha sido vítima, por escrito e sigilosamente; com esse fim, o indivíduo agredido pode utilizar caixas postais e mesmo “urnas” em dependências isoladas dentro da organização, para que, em tese, possa ter seu anonimato garantido. São passos para amenizar o problema, mas não bastam (Heloani, 2005, p. 105).
Jorge Luiz de Oliveira da Silva, (2012, p. 98) ressalta que, as pessoas que se preocupam muito com a produtividade acabam esquecendo que na essência de um trabalho bem realizado, é necessário haver um estado de espírito tranquilo disposto a executar sua tarefa da melhor forma possível. Pois quando o servidor está infeliz, o serviço prestado por ele também será infeliz.
Barreto (2018,p. 101-102) aponta que para haver o combate desse abuso é necessário auxilio dos setores de recursos humanos, pois dentro da administração pública não há administradores da empresa.
Hirigoyen (2006, p. 320) pontua sobre esse assunto as seguintes observações:
O primeiro passo da prevenção é educar as pessoas para que sejam corretas no cotidiano com seus companheiros de trabalho. Para isto, a empresa deve incutir normas de bom comportamento em seu pessoal e definir o que ela aceita ou não. Ela não deve impor moral a seu pessoal, mas simplesmente estabelecer limites. Deve sobretudo fazer com que cada qual preveja as possíveis consequências de seus atos sobre os outros.
Isto posto, compreende-se que os próprios locais de trabalho devemcomeçar a admitir que há situações de violência psíquica, para que estas possam ser afrontadas (HIRIGOYEN, 2006, p. 319-320).
De modo geral é necessário que haja nexo causal, e seja comprovado dano a moral a vítima, sendo obrigatória a apresentação de provas concretas para que ocorra a caracterização do assédio moral. Porém, como o assedio moral gera em suma, danos psíquicos, torna-se bastante complicado obter tais provas segundo ALKIMIN (2009, p. 113.)
Ocorre que, a mera alegação dos fatos, não é suficiente para a caracterização do dano, razão pela qual, a legislação torna necessária a apresentação de provas contundentes que demonstrem a efetiva conduta (ALKIMIN, 2009, p. 113).
A prova tem a finalidade de transportar, para o processo judicial, a realidade externa dos fatos que geraram a demanda, traduzindo-os para que possam ser conhecidos pelo juiz e para que sirvam de base para os debates entre as partes. Como meio destinado a levar para o processo a reconstrução dos fatos, poderá ter falhas e não cumprir com exatidão esse fim, situação na qual haverá a verdade real (concreta) diferente da realidade formal (imaginária), e esta prevalecerá. De nada adianta ter ocorrido ou não um fato se não pode ser provado. Desse modo, a importância da prova e da sua análise pelas partes e pelo juiz é fundamental para que o processo possa cumprir seus fins.(NASCIMENTO, 1999, p. 614)
Vale ressaltar os tipos de provas admitidas pelo Código Civil Brasileiro em seu art. 212: 
Art. 212. Salvo o negócio a que se impõe forma especial, o fato jurídico pode ser provado mediante:
 I - confissão;
 II - documento;
 III - testemunha; 
IV - presunção;
 V - perícia.
Codigo Civil ( BRASIL 2002)
Para Alkimin (2009, p. 113-114), o agressor raramente confessará sua conduta, pois na maioria dos casos o faz em locais isolados, dos quais não possa se provar tal ato ilícito, sendo essa uma alternativa que pouco vale ao agressor.
Dentre todas as modalidades de prova Renato Ferraz (2015, p. 238) ressalta que as peças chaves para a comprovação do assédio moral sejam as documentais, testemunhais e periciais. Destes o principal é a evidência testemunhal, para os juízes.
A perícia, de acordo com o entendimento de Maria Aparecida Alkimin (2009, p. 113) também se qualifica como dispositivo de convicção do juiz ocorre que, em grandes casos, acaba sendo ignorada, pois as práticas de violência psíquica de dentro do trabalho irão refletir no âmbito familiar, provocando diversos distúrbios, assim, na hora da defesa, o agressor conseguirá confundir o magistrado alegando as reações psicológicas também ocorrem em outro patamar, não podendo culpar ou caracterizar um único agressor
É importante ser destacado que o atestado médico não serve como prova suficiente do assédio, pois, ainda que o médico possa constatar problemas de saúde do assediado ele não pode afirmar a existência do nexo de causalidade, ou seja, que estes problemas de saúde decorrem da relação de trabalho, pois são relatados pelo assediado, segundo o entendimento deste. A não ser que o médico tenha presenciado pessoalmente os fatos, o que é muito difícil! ZANETTI, Robson (2008, p. 120)
Portanto de acordo com o exposto, na maioria dos casos, as provas documentais e periciais, não serão suficientes para a caracterização da evidência de um real abalo emocional (ZANETTI, 2008, p. 120). 
Por outro lado, apesar da prova testemunhal ser bastante influente na decisão do juízo, surge a dificuldade de encontrar pessoas que estejam dispostas a dar o seu depoimento, por estarem também colocando em risco seus trabalhos ou até se tornando vítima do mesmo problema, caso permaneça trabalhando com o assediador.
3. OBJETIVOS 
 3.1 Objetivo Geral
Discorrer sobre as formas com as quais os órgãos lidam com o assédio moral no ambiente de serviço público, e apresentar algumas soluções consideradas pertinentes para autores que tratam sobre o assunto, uma vez que não há lei específica para tratar sobre esta conduta no âmbito público. 
3.2 Objetivos específicos 
3.2.1 - Definir o que é o assédio moral e como ele é tratado no âmbito público.
3.2.2 - Apresentar as classificações de assédio moral.
3.2.3 - Apresentar soluções consideradas pertinentes pelos autores que tratam sobre o assunto.
4. METODOLOGIA
O presente artigo tem como objetivo identificar o assédio moral, de modo geral e destacar como este acontece no âmbito de serviço público, através de pesquisa teórico bibliográfica de cunho analítico-interpretativa. Sendo assim vale ressaltar que para tal resultado é necessário utilizar-se de definições obtidas através da leituras de obras científicas, Constituição Federal Brasileira, Código Civil Brasileiro e artigos científicos. 
Tratar sobre o assédio moral vai além de correlacionar a agressão ao crime, surgindo a necessidade de tratar a vitima de modo que esta se recupere de tal dano, podendo assim desenvolver funções laborativas em outros departamentos, cujo psicológico esteja bem para que o servidor (a) execute suas atividades de forma correta.
5.CRONOGRAMA 
	ATIVIDADES
	Fev
	Mar
	Abr
	Mai
	Jun
	Jul
	Ago
	Set
	Out
	Nov
	Dez
	Levantamento bibliográfico 
	x
	x
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Analisar a bibliografia 
	
	x
	x
	
	
	
	
	
	
	
	
	Redigir projeto de pesquisa 
	
	
	x
	x
	
	
	
	
	
	
	
	Qualificação do projeto de pesquisa 
	
	
	
	
	x
	
	
	
	
	
	
	Coleta de dados 
	
	
	
	
	
	x
	x
	
	
	
	
	Análise dos dados 
	
	
	
	
	
	
	x
	x
	
	
	
	Elaboração do artigo 
	
	
	
	
	
	
	
	x
	x
	
	
	Defesa do artigo 
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	x
	
	Entrega versão final do artigo 
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	x
6.REFERÊNCIAS
ABRANTES JUNIOR, João Bosco; SILVA, Gilvandro Vieira da; Trabalho e Assédio Moral: Rumos de uma Violência a ser Combatida na Administração Pública e Privada. Repositório digital, INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇAO, CIENCIA E TECNOLOGIA DA PARAÍBA. https://repositorio.ifpb.edu.br/handle/177683/530
BARRETO, Camila Pitanga. Assédio Moral na Administração Pública: Procedimentos legais diante do Problema e Responsabilização do Estado. Revista Síntese Trabalhista e Previdenciária. São Paulo, v.29 n. 347, Abril 2018.
BRUCH, V. L. A. & Monteiro, J. K. (2011). Relações entre colegas como manifestações de resistência ao adoecimento no trabalho. In: FERREIRA, M. C.; ARAÚJO, J. N. G.; ALMEIDA, C. P. & MENDES, A. M. (Org.). Dominação e resistência no contexto trabalho-saúde. São Paulo: Universidade Presbiteriana Mackenzie. 
CARVALHO, S. G. (2011). A dimensão ética nas relações de trabalho em hospital: questão de humanização (Dissertação de mestrado). Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO (2002)
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL (1988) 
FREITAS, Maria Ester de. (2007). Quem paga a conta do assédio moral no trabalho?. RAE-eletrônica, 6(1), 1-7.
 FREITAS, Maria Ester.; HELOANI, Roberto., & BARRETO, Margarida. (2008). Assédio moral no trabalho. São Paulo: Cengage Learnin
HIRIGOYEN, Marie-France. Assédio Moral: a violência perversa do cotidiano. 4ª ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2002.
MARQUES, Tamara; A análise da dificuldade de prova em juízo nos casos de assédio moral dentro da Administração Pública Municipal. Repositório UNESC. http://repositorio.unesc.net/handle/1/7122
MONTEIRO, Janine Kieling; RISS, Loren Aita; POOLI Adriana Machado ; HENRICH Patricia; MACHADO Isabel Cristina Kasper ;Prevenção do assédio moral no trabalho na visão de servidores público do judiciário. Psicologia Argumento.https://periodicos.pucpr.br/index.php/psicologiaargumento/article/view/24454
NOGUEIRA,Rafael Maia; NUNES, Thiago Soares; NETO, Antônio Carvalho;FERREIRA,Raphael Rodrigues.A sistematização legislativa do assédio moral no trabalho âmbito das administrações públicas Estaduais no Brasil. Revista Ciencias Admnistrativas journal of ciences https://periodicos.unifor.br/rca/article/view/8011
NUNES, T. S., & Tolfo, S. R. (2013). Assédio moral em universidade: as possíveis consequências em comentar e/ou denunciar a violência. Administração Pública e Gestão Social,5(4), 148-155.
SILVA, Jorge de Oliveira da. Assédio moral no ambiente de trabalho - 2ªed.(2012)

Continue navegando