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LAMI - Medicina Intensiva Monitoração Hemodinâmica: ↳ Introdução: - Coleta de dados fisiológicos para guiar métodos terapêuticos visando à prevenção de disfunções orgânicas no doente ↳ Valores normais das variáveis medidas e calculadas do cateter da A. pulmonar: - P. atrial direita: 0-8 mmHg - P. ventricular esq.: Sist = 15-25; Diast = 0-8 - PA pulmonar: Sist = 15-25; Diast = 6-12 - P. de A. pulmonar ocluída: 4-12mmHg - DC: 4-8L\min - Índice cardíaco: 2,5 - 4,2 L\m2 - Resist. vascular pulmonar: 20-120 dynes\sec\cm - RV pulmonar indexada: 69-177 - RV sistêmica: 770-1500 - RV sistêmica indexada: 1.680-2580 ↳ Metas terapêuticas: → PA: - Medir por métodos invasivos em pacientes instáveis - Valor alvo: - 65mmHg de PAM (na fase aguda de infecção) - meta individualizada para doenças do SNC - ICC descompensada -> PAS de 90mmHg é suficiente, desde que não exista má perfusão tec. - Como atingir o valor alvo - Expansão volêmica: volume -> incremento do DC com a infusão rápida de expansor plasmático (coloide e\ou cristaloide) - Elevação de 15% no DC -> positiva - Predizendo resposta a volume: - P. de enchimento não são bons preditores de resposta a volume. - Variação da PVC: queda da PVC > 1 mmHg na inspiração pode sugerir resposta a volume (não válido para pacientes em VM ou dispneicos) - Variação da PP: pcte sedado, intubado em VM em modo controlado com VC de 8-10 mL\kg. Sem esforços aparentes e em ritmo sinusal. Variação > 13 -> boa resposta ao volume - Elevação passiva de MMII: prova volêmica utilizando o próprio sangue do paciente represado em vasos de capacitância em MMII. Elevação deve ser de 45º por pelo menos 30s. Variações do VS e\ou DC > 15% sugerem boa resposta ao volume - Uso de vasopressores: - preferência pela norepinefrina na maioria das situações - Dopa, Epi e vasopressina são alternativas aceitáveis. → Débito Cardíaco: - Como medir: - Ecocardiografia, com análise do V. sistólico pela integral da velocidade\tempo do fluxo de saída da aorta. - Métodos automatizados de análise de contorno de pulso - Termodiluição pelo cateter de A. pulmonar - Valor alvo: - Não tem provas que um DO2 > 600 mL\min\m2 seja benéfico - Não se recomenda guiar a terapêutica pelo valor isolado do DC - Substitutos do DC: - SvcO2: relação entre oferta e demanda de O2 corporal. Redução -> maior extração periférica de O2 e, talvez, disóxia tecidual. - Diferença venoarterial de gás carbônico (DVAC) aumenta quanto mais lento for o fluxo de sangue pelos tecidos. DVAC aumentada -> estado hipodinâmico. - Avaliação clínica: - pele fria e pegajosa - Análise subjetiva da área embaixo da curva da PA invasiva. - pulso alternante e respiração de Cheyne-Stokes - Ações esperadas do aumento do DC: - Elevação da SvcO2 - Estreitamento da DVAC - Melhora dos sinais clínicos de má perfusão - Como aumentar o DC: - Expansão volêmica - Uso de inotrópicos (dobutamina) - Uso de vasodilatadores (nitroprussiato) Reanimação cardiopulmonar-cerebral ↳ Introdução: → PCR é o evento final comum de todos os processos que determinam a morte do paciente → reversão da PCR -> medidas sistematizadas, priorizando aquelas de impacto para reversão do evento e viabilidade neurológica e hemodinâmica do paciente. ↳ Diagnóstico: → Causas primárias da PCR, paciente arresponsivo, em apneia e sem pulso carotídeo palpável ↳Exames subsidiários: → Auxílio para identificar causas da PCR - Gasometria arterial \ venosa: acidose metabólica e\ou lática grave - ECG: isquemia miocárdica aguda, tamponamento cardíaco, distúrbios eletrolíticos, tromboembolismo pulmonar. - Eletrólitos: hipo\hipercalemia, hipomagnesemia - Glicemia: tratar se tiver > 180mg\dL, cuidado com hipogli. - Ureia e creatinina: avaliar disfunção renal - Rx de tórax: tamponamento cardíaco, tromboembolismo pulmonar, pneumotórax hipertensivo - Ecocardiograma: avaliar derrame pericárdico, discinesia segmentar sugestiva de isquemia miocárdica, disfunção aguda de VD ↳ TTO: → Suporte básico de vida: - Socorrista treinado -> 30 compressões para 2 ventilações → Suporte avançado de vida: → Cuidados após reanimação: - Reavaliar periodicamente todas as medidas aplicadas do paciente - pode ser colocada VM com SatO2 entre 94-96 - Avaliar funcionamento do acesso venoso e checar os dados vitais de PA, FC e ritmo de base - controle da temperatura (32-36ºC) - Evitar hipertermia. hiperóxia e hiperventilação - prever, tratar e prevenir a disfunção de órgãos - controle glicêmico - PAS > 90 e PAM >65 - Esperar 72h para traçar o prognóstico Síndrome do desconforto respiratório agudo - SDRA ↳ Introdução: → Mortalidade pela SDRA está entre 35-60% → Elevada mortalidade, prolongado tempo de internação na UTI e no hospital, e podem permanecer com alterações respiratórias, cognitivas e neuromusculares. → Todas as agressões locais ou sistêmicas que possam atingir a membrana alvéolo-capilar podem causar a SDRA. → Principais causas: - Sepse, Vasculites, capilarites ou hemorragia alveolar - Infecções respiratórias difusas: CMV, clamídia e micoplasma, leptospirose, pneumocistose, tuberculose - Reação a droga: Pneumonia, intoxicação por bleomicina, inalação de cocaína e heroína - Aspiração de conteúdo gástrico, Quadros intersticiais agudos idiopáticos: pneumonias agudas e pneumonite - Pancreatite grave, queimaduras extensas, embolia gordurosa, trauma, uso de circulação extracorpórea múltiplas transfusões, quase afogamento, inalação tóxica ↳ Diagnóstico: ↳ Tratamento: → VM na SDRA tem como principal objetivo restabelecer a troca gasosa, além de evitar a progressão da LPA e alterações hemodinâmicas. → Ajustes ventilatórios apresentam elevado grau de evidência: → Recomendações com menor grau de evidência: - Modo ventilatório. - Manobras de recrutamento alveolar - Pressão distensão - FiO2 - Desmame da ventilação → Estratégias não ventilatórias em SDRA com hipoxemia refratária - Bloqueadores neuromusculares (BNM): melhorar hipoxemia, com risco de aumentar a incidência de miopatia. Por 48h pode reduzir a mortalidade. - Óxido nítrico inalatório: melhora na oxigenação. - Posição prona: SDRA moderado\grave por períodos > 16 horas\dia. - Corticosteróides: SDRA grave ou precoce, antes do dia 14 e em doses moderadas. - Manejo Hídrico conservador - Oxigenação por membrana extracorpórea (ECMO) → Recrutamento e identificação da PEEP ideal: Pneumonia Hospitalar ↳ Introdução: → Ocorre após 48h de internação ou em pacientes com internações recentes (nos últimos 90 dias por mais de 48h) ↳ Etiologia: → Microrganismos mais comuns: - bactérias aeróbias bacilos gram-negativos: Pseudomonas aeruginosa, Acinetobacter baumannii, Enterobacter sp, Klebsiella pneumoniae, Escherichia coli, Serratia marcescens, Haemophilus influenza. - Pode ser causada por Streptococcus pneumoniae, Enterococcus sp., S. aureus. - Raramente é polimicrobiana ou fúngica → Invasão do trato respiratório inferior ocorre por aspiração, inalação de aerossóis contaminados e, menos frequente, por via hematogênica. → Medidas de prevenção como: manutenção do decúbito elevado (30-45º) devem ser lembradas. ↳ Diagnósticos e critérios de gravidade: → Coletar culturas o mais precoce possível e preferencial antes do início do TTO. - Hemocultura periférica (2 amostras): sensib de 30-50% - Culturas quantitativas de secreção de VAI devem ser solicitadas em casos graves, pcet sem melhora clínica, falhas terapêuticas e pctes que necessitam de IOT. - Aspirado traqueal deve ser coletado apenas em pctes intubados. → TC de tórax -> casos que não tem melhora clínica ou em casos de suspeita fúngica, complicações (empiemas, abscessos, pneumotórax, derrame pleural) → Raro: biópsia pulmonar ↳ Tratamento: → ATB inicialmente EV e empírico, direcionado para os agentes mais comuns, avaliando a epidemio local → Tempo do tto -> menor possível, variando de 7-14 dias de acordo com melhora clínica e agente infeccioso: - Possibilidade de suspensão quando há mais de 48h de melhora da febre, contagem de leucócitos, estabilidade hemodinâmica e relaçãoPaO2\FiO2. → Prolongar tto não reduz a recorrência e aumenta a incidência de infecções por resistentes. → Sempre realizar o descalonamento dos ATB de acordo com as culturas escolhidas → Uso de cobertura para anaeróbios em pneumonias aspirativas -> indicado em etilistas ou má condição dentária. → Opções de ATB inicial sem uso prévio de ATB - Ceftriaxona ou quinolona respiratória - Ceftazidima e cefepima ou piperacilina-tazobactam → Opções de ATB inicia com uso prévio de ATB: - Cefepime ou piperacilina-tazobactam ↳ Pneumonia Associada à ventilação mecânica: → PAV se desenvolve após 48h de IOT e VM → Associada ao aumento da permanência hospitalar → Diagnóstico: → Principais diagnósticos diferenciais: → Principais agentes: - Pseudomonas aeruginosas, Acinetobacter baumanii, Klebsiella pneumoniae, MRSA. → Tratamento: - ATB - deve ser reavaliado após 72h do início do tratamento e ATB deve ser escalonada de acordo com o agente. - Duração - 7 dias, 15 dias para Pseudomonas aeruginosas, e até 21 dias para MRSA. - Ceftriaxona, Ampicilina, Levofloxacin, Ertapenem e Cefepime. → ATB inalatória: - PAC e traqueobronquites por multirresistentes - pode utilizar em pacientes em VM, por 7 dias, e com nebulizador ultrassônico ou convencional. - Realizam-se aspiração traqueal e nebulização com broncodilatador 20min antes da adm. do ATB inalatório - Colistina, Amicacina, Gentamicina, Vancomicina. → Principais fatores de risco: Distúrbios acidobásicos ↳ Introdução: → São extremamente comuns em pacientes críticos. → A homeostase acidobásica é definida pelo pH plasmático. - Plasma: solução aquosa com ácidos fixos e ácidos voláteis (CO2) -> pH é determinado pela interação da dissociação de todos os seus componentes na água. ↳ Classificação: → Abordagem de Stewart modificada (predomínio do componente quantitativo físico-químico) - princípios: eletroneutralidade da solução, dissociação da água e as leis de conservação e ação das massas. → pH -> marcador global do equilíbrio AB → PaCO2 -> marcador respiratório → SBE -> marcador metabólico (excesso de bases) - resultante da soma de seus subcomponentes -> determinados pelas concentrações de: Na+ e Cl -, albumina, cátions e ânions não mensuráveis e lactato. - Aumento de ânions e queda de cátions -> queda do SBE - Queda dos ânions e aumento de cátions-> aumento do SBE → SIDa -> reflete a diferença de concentração entre cátions e ânions, utilizada para avaliação de distúrbios metabólicos. → Ânion gap (AG): - Avaliar ânion causador da acidose metabólica - É a soma dos ácidos fracos (albumina e fósforo dissociados), lactato e ânions não mensuráveis; - Acidose Met. por acúmulo de ânions (não Cl-) leva ao aumento do AG. ↳ Causas de Acidose Lática: → Tipo A: choque séptico, choque cardiogênico, choque hipovolêmico, hipoxemia grave, anemia grave, isquemia mesent. → Tipo B: Sepse, insuficiência hepática grave, câncer, DM, biguanidas, estado de mal convulsivo, hipertermia. → Resposta compensatória para distúrbios simples: ↳ Diagnóstico diferencial de acidose metabólica: ↳ Causas da alcalose metabólica: ↳ Causas de acidose respiratória: ↳ Causas de Alcalose respiratória: Transfusão de hemoderivados ↳ Introdução: → Anemia é um achado frequente nos pacientes em UTI e apresenta as seguintes consequências: - Diminuição da expressão da eritropoetina e alteração no metabolismo do ferro - inibição da proliferação e diferenciação dos eritrócitos - Alterações estruturais, vida média mais curta e destruição aumentada dos eritrócitos - Perdas por punções e coletas, sangramentos ocultos → Transfundir para tentar aumentar a oferta de O2 aos tecidos -> aumenta a morbidade e a mortalidade. → Principais riscos das transfusões: - Infecções (⬆risco de PAV e de infecção de ferida cirúrgica) - Reações hemolíticas - Lesão pulmonar aguda - Excesso de fluidos ↳ Transfusão de concentrado de hemácias: → Volume a transfundir: 10-20 ml\kg → Ausência de sangramento ativo -> 1 CH por vez → 1U = eleva 1g\dl de Hb → CH apresenta: 230 - 300 mL, Ht: 60-65% e Hb: 10-22 mg\dl → Quando precisa transfundir? - Hb entre 8-10: raro - Hb < 7: quase sempre precisa ↳ Transfusão de plaquetas: → Concentrado: 0,5-0,7 x 10 elevado a 11, v=50ml, 1U para cada 10kg (grande quantidade de leucócitos) → Plaquetoférese: 3,5 x 10 elevado a 11, V = 200ml, corresponde a 6U de concentrado. Já é leucodepletada. ↳ Transfusão de plasma fresco congelado: → 1U após descongelada deve ser utilizada em até 4h → Dose: 10-15 mL\kg, pode chegar a 20. → Contraindicações: - Expansão volêmica, reposição após transfusão maciça, sangramento sem coagulopatia - reposição proteica em desnutridos, grandes queimados e outras situações de hipoalbuminemia → Indicações: - Deficiência múltipla de fatores de coagulação (doença hepática, CIVD, intoxicação cumarínica) e sangramento ativo - Prevenção em pacientes com deficiência de fatores de coagulação que serão submetidos a procedimentos invasivos - Reversão de sangramento por dicumarínicos - TTO da PTT ↳ Transfusão de crioprecipitado: ↳ Transfusão de concentrado de granulócitos: AVC Isquêmico ↳ Introdução: → Principal causa de morte no BR e principal causa de incapacitação no mundo. → Quadro de déficit neurológico focal súbito ↳ Diagnóstico: → Quadro clínico: → Exames complementares: - Laboratório: hemograma, função renal, eletrólitos, ECG, coagulograma - TC de crânio: Excluir presença de hemorragia, normal ou com área hipodensa (isquemia), A. cerebral média hiperdensa e hipodensidade > 1\3 do hemisfério cerebral = pior prognóstico ↳ Tratamento: ↳ Cuidados com a trombólise: → Inclusão: - Déficit neurológico focal < 3h de duração - Ausência de sangramento ou apagamento de sulcos cerebrais em área > 1\3 do hemisfério cerebral - Idade > 18 anos → Exclusão → Cuidados durante a trombólise: → Suspeita de sangramento: - suspender a infusão, solicitar TC de crânio e coagulograma, solicitar avaliação neurológica. → TTO das complicações hemorrágicas: - 10 U de crioprecipitado para aumentar fator VIII, 6-8U de plaquetas. ↳ Complicações neurológicas: → Edema cerebral: - De 3-5 dias após o AVCi -> piora do quadro neurológico. → Síndrome da A. cerebral média maligna: - Pacientes com infarto extenso do território da A. cerebral média -> evolui com edema em 24h e sinais de herniação cerebral. - Hipodensidade de mais de 50% do território e presença de hipersinal da A. média - Craniectomia descompressiva (controverso) resultado pode ser benéfico em questões de sobrevida e funcionalidade → Transformação neurológica: - Comum - Pequenos sangramentos assintomáticos, não necessitam de conduta. - Deterioração neurológica -> intervenção cirúrgica → Convulsões: - Eventos raros na fase aguda do AVC Traumatismo cranioencefálico ↳ Introdução: → Uma das principais causas de morte em adultos jovens no Brasil e no mundo. → Idade média: 41 anos, 80% sexo masculino. ↳ Classificação: → Glasgow coma score (GCS): - trauma leve: 14-15 - moderado: 9-12 - grave: menor ou igual a 8 → Todos com TCE moderado ou grave devem fazer TC de crânio s\contraste após estabilização inicial. → Classificação topográfica de Marshall: ↳ Tratamento: → TCE moderado e grave -> admitidos em UTI e submetidos a suporte neurointensivo pleno sob vigilância neurológica contínua: - GCS: avaliar pupilas, presença de déficit sensit-motor - Alteração do drive respiratório → Afecção neurocirúrgica de urgência evidenciada na TC inicial -> conduta decidida pela equipe de neurocirurgia. → Pode utilizar USG de bainha do nervo óptico no atendimento inicial para avaliar presença de hipertensão intracraniana. →TCE GRAVE: –> Medidas gerais: - cabeceira elevada a 30º e pescoço em posição neutra - Evitar hipotensão (PAS <90) e hipóxia ( sat <90) - Evitar fluidos hipotônicos -> expansão volêmica = soluções salinas isotônicas - Drogas vasoativas para hipotensão podem ser necessárias - Evitar hiponatremia. - Nutrição precoce (início <24h do trauma), por via enteral, deve atingir as necessidades calóricastotais em até 7 dias - Controle glicêmico rigoroso. - Profilaxia da doença tromboembólica venosa -> HEPARINA aumenta o risco de HEMORRAGIA intracraniana - Sedoanalgesia adequada (evitar Ketamina -> risco de hipertensão intracraniana) - Anticonvulsivantes profiláticos podem ser usados -> fenitoína. Em pacientes de alto risco; GCS < 10, hematomas intracraniano, contusão cortical. - Não usa anticonvulsivante profilático para prevenção de convulsões tardias (>7 dias) - Tratar hipertermia - Não tem indicação para uso de corticoides → Indicações de monitorização invasiva de pressão intracraniana (PIC): - GCS < = 8 e TC de crânio anormal - GCS < = 8 e TC de crânio normal, porém com 2 dos seguintes: - PAS < 90 - Idade > 40a - Posturas motoras patológicas → Monitorizar continuamente as medidas de PIC e pressão de perfusão cerebral (PPC) → Manter pressão de perfusão cerebral entre 50 e 70 mmHg. → PIC abaixo de 20 mmHg. → TCE moderado: → 10-20% dos pacientes podem evoluir com piora neurológica → Hipotensão e hipóxia devem ser evitadas → medidas gerais do TCE grave podem ser aplicadas. Sepse ↳ Prevalência: → 29,6% -> 1\3 dos leitos de UTI do país → Definições: - A princípio entendia-se que Sepse era a junção de SIRS + infecção, mas essa ideia que surgiu em 1992 foi substituída por outra em 2016 (Sepsis-3) ↳ Sepsis-3: → Definições: - Sepse: disfunção orgânica ameaçadora à vida, causada por uma resposta desregulada do hospedeiro à infecção - Choque séptico: sepse com alterações circulatórias e metabólicas graves -> aumento da mortalidade → Critérios: - Sepse: infecção documentada ou presumida e aumento agudo de 2 ou mais pontos no SOFA - Choque séptico: sepse com necessidade de terapia com vasopressores para manutenção da PAM > 65 mmHg e lactato > 2 mmol\L → SOFA: - Sistemas: respiração, coagulação, renal, cardiovascular, SNC, fígado. - quick SOFA (qSOFA) -> não pode dar diagnóstico, mas usa os critérios de: alteração mental, respiração rápida e fraca, PA baixa. - Critérios: (> ou = 2) - Baixa PaO2\FiO2 - Baixa glasgow - Hipotensão ou vasopressores - Alta bilirrubina - Baixa plaquetas - alta creatinina, oligúria ↳ Fisiopatologia: → Bactéria -> pcte frágil -> infecção mais grave que pode levar à sepse -> resposta inflamatória -> libera citocinas -> cascata de respostas -> consequência em cada órgão -> disfunção orgânica -. pode levar à falência dos órgãos. ↳ Quadro clínico: → Clínica da infecção de base: Febre, tosse, disúria, diarréia… → Disfunções orgânicas: - febre - aceleração do coração - respiração rápida - fraqueza - PA baixa - diminuição da urina - sonolência - confusão ↳ Manejo | TTO: → Ressucitação volêmica: - Cristalóides -> soluções balanceadas x salina - SRL -> excelente (cuidado com hipercalemia) - SF 0,9% -> acidose, hiperclorêmica, disfunção renal e aumenta inflamação - Colóides: sem benefício - Albumina: controverso → Drogas vasoativas: - se alvo de PAM não atingido -> vasopressores - Início precoce - Noradrenalina: 1ª escolha -> vasoconstrição por ação alfa adrenérgica, não aumenta muito a FC - Vasopressina -> pode ser associada a nora no choque refratário e em casos de acidemia. - Adrenalina: pode ser associada em casos refratários - Dopamina: mais efeitos colaterais (arritmias) - Inotrópicos: melhora performance da bomba cardíaca -> miocardiopatia da sepse - Dobutamina: ação beta1 (inotropismo) e beta2 (vasodilatação discreta) - Puncionar PAI se possível nos pcets com DVA → ATB: - coletar hemocultura (2 amostras) e iniciar ATB de amplo espectro via IV na 1ª hora. - Terapia combinada no choque séptico - manter por 7-10 dias -> pode prolongar, depende do caso - Avaliar necessidade de abordagem do foco infeccioso - Desescalonar quando culturas disponíveis - PROCALCITONINA -> pode ser usada para descontinuar ATB → Corticoides: - Controverso - citocinas inibem resposta adrenal ao ACTH e competem com cortisol no seus receptores -> insuf. adrenal relativa - benéfico: choque séptico refratário em uso de DVA - Hidrocortisona 200mg\dia em BIC → Suporte: - hemoderivados, ventilação mecânica (SDRA), sedação, hemodiálise, bicarbonato (não se pH > 7,15) - profilaxia de úlcera de estresse - profilaxia de TVP - Dieta: enteral sempre, mínimo na fase inicial - Controle glicêmico: glicemia < 180, disglicemia usa insulina em infusão contínua ↳ BUNDLE: → Sintetizando: Prevenção das infecções em UTI ↳ Projeto saúde em Nossas Mãos. → Triênio (2018-2020): - melhorar a segurança dos pacientes nas UTIs promovendo melhora nas infecções relacionadas a IPCSL, PAV e ITU-AC - IPCSL: infecção primária da corrente sanguínea associada a cateter venoso central - PAV: pneumonia por associada à ventilação mecânica - ITU-AC: infecção do TU associado a cateter de demora → Conseguiu reduzir em 53% as infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS) → Triplo objetivo: - Melhorar a saúde populacional - Melhorar a experiência - Reduzir custo per capita → Porquê essas infecções? - Magnitude epidemiológica e impacto clínico, econômico, social - Relação direta com a qualidade dos cuidados de saúde - Comparabilidade internacional e evitabilidade ↳ IPCSL: → Principais indicações para inserção e manutenção de CVC: → Critérios diagnósticos das infecções: → Mudanças: → Inserção de CVC: → Manutenção de CVC: ↳ Pneumonia (PAV): → PAV definida clinicamente: → Mudanças: ↳ ITU-AC: → Definição: → Mudanças: → Outras mudanças envolvendo a equipe multidisciplinar: - Criar um ambiente de colaboração mútua no planejamento e na prestação dos cuidados → Cultura de qualidade e segurança no controle de infecção: - Desenvolver diálogo aberto - Promover compartilhamento de aprendizados - Tornar a segurança do paciente uma prioridade na organização - demonstrar liderança visível → Integrar pacientes e familiares na equipe de cuidados: - Tornar os cuidados assistenciais em cuidados centrados nos pacientes e famílias - Promover comunicação transparente e aberta entre pacientes, familiares e membros da equipe multidisciplinar.
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