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Rawls e a Justiça Social

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NOME: JOSÉ CARLOS GOMOES DA SILVA JÚNIOR 
CURSO: ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
POLO: CAMPO GRANDE MATRÍCULA: 22213110116 
DISCIPLINA: FILOSOFIA E ÉTICA 
ATIVIDADE AULA 8 
Responder às questões: 
1. Explique a ideia essencial de John Rawls em sua filosofia política. 
2. O que Rawls propõe quanto aos critérios de distribuição de bens, na sociedade, e 
quanto à tolerância religiosa? 
 3. Explique a crítica dos comunitaristas às teorias de Rawls. Como Rawls responde a 
essas críticas? 
RESPOSTAS 
1- Confirmar e priorizar o objetivo de se buscar uma sociedade baseada na justiça e 
livre, com distribuição de bens e direitos, fortalecendo vínculos de justiça e 
democracia. “[...] o objetivo primário da justiça é a estrutura básica da 
sociedade, ou mais exatamente, a maneira pela qual as instituições sociais mais 
importantes distribuem direitos e deveres fundamentais e determinam a divisão 
de vantagens decorrentes da cooperação social” (RAWLS, 2008, p. 8 apud 
RAMOS, 2015, p. 276). As liberdades básicas devem ser direito a todas as 
pessoas; liberdade religiosa, liberdade de expressão, direito de propriedade, 
direito e ir e vir. Numa sociedade justa, não há problema em haver diferenças 
quer elas sejam sociais ou econômicas, caso essas diferenças tragam benefícios 
àqueles que tem menos e hajam benefícios aos que só tem o mínimo. Rawls 
argumenta que que num contrato social não dá para criar regras justas e 
imparciais para as pessoas que já estão inseridas e fazem parte da sociedade, 
mas abstraindo essas pessoas de suas posições sociais para uma posição 
originária, onde estarão cobertas por um véu de ignorância, não sabendo 
sua posição dentro da sociedade, passarão a serem imparciais, podendo formular 
regras imparciais, justas e universais que sirvam para todos (RAMOS et al, 
2015, p.280). 
 
2- Ao se buscar uma sociedade justa, Rawls propõe que a distribuição de bens e 
direitos é que determinam a divisão das vantagens advindas da cooperação 
social, partindo da estrutura básica da sociedade e que fora aplicada por meio 
de princípios substantivos de justiça (RAMOS et al, 2015, p.276). Segundo 
Rawls (RAMOS et al, 2015, p. 283), no que tange ao primeiro princípio de 
justiça, ora princípio da liberdade, o direito individual deve ser igual ao mais 
abrangente sistema de liberdades básicas, igualmente compatível ao direito de 
outrem, com o por exemplo, liberdade de religião e expressão. Já no princípio da 
igualdade, as desigualdades sociais e econômicas não seriam um problema - 
desde que atenda aos princípios da diferença – para que haja distribuição 
igualitária de riquezas, é permitido as desigualdades sociais e econômicas, desde 
que beneficiem os membros mais desfavorecidos na tentativa de equilibrarem as 
diferenças. Para Rawls (RAMOS et al, 2015, p.294), ainda que incompatíveis, 
uma política justa de se organizar com convivência estável das sociedades, já 
numa eventual sociedade dividida por diferentes pensamentos religiosos, 
filosóficos e morais, a única maneira de concebê-la seria identificar a primazia 
da justiça diante do bem comum e da neutralidade do Estado e estas seriam 
aceitáveis desde que as razões compartilhadas fossem mostradas de acordo com 
tempo oportuno. 
 
3- Os comunitaristas criticaram a possibilidade de realização de um acordo entre 
indivíduos racionais, reciprocamente desinteressados e que gozam de igual 
liberdade. Para eles, não existe essa ideia de posição original e véu de 
ignorância, porque as pessoas não conseguem se desvincular dos seus interesses 
e de suas formações intelectuais da sociedade onde vivem (RAMOS et al, 2015, 
p.285). Partem da ideia de descentralização, de que a justiça distributiva tem que 
ser uma justiça sempre local, ou seja, ligada às compreensões compartilhadas 
pelos membros de um determinado grupo e nunca universalista, como propôs 
Rawls, de modo que para eles se opõe a adoção de qualquer critério que seja 
único de distribuição. Sendo assim, uma comunidade política concreta é uma 
unidade livre para estabelecer seus fins e práticas sociais, nunca podendo ter 
essa concepção universalista de bem comum (RAMOS et al, 2015, p.286). 
Rawls defende “[...] sua teoria das objeções comunitaristas de que a justiça 
como equidade permanece cega diante das particularidades das pessoas e da 
diversidade de formas de vida culturais, dos valores, da tradição e do bem 
comum da eticidade democrática realmente existente” (RAMOS et al, 2015, 
p.294).

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