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Todos os direitos reservados para a Febracis Coaching®.
É proibida a reprodução parcial ou total deste 
material sem autorização da empresa.
anticrise | 7 passos para não deixar o medo te paralisar!
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SUMÁRIO
Sobre a autora ............................................................. 7
Introdução ................................................................... 9
Capítulo 1 - O medo constrói realidades .......................11
1.1 O que é o medo para você? ...........................................11
1.2 O Como é o olhar da ciência sobre o medo .....................13
1.3 Mas o que acontece no cérebro humano 
 diante do medo? .........................................................14
1.4 A pandemia da Covid-19 e o medo .................................17
1.5 Existe antídoto para o medo? ......................................18
1.6 Onde o medo encontra a realidade? ............................19
1.7 Crise interna ou externa ............................................24
Ferramenta - 30 características “Eu Sou” ........................25
Capítulo 2 - Contexto de crise: 
desafios e oportunidades ............................................27
2.2 Cases: as empresas, onde estão nisso tudo? ...............32
2.3 Como se desenvolver em meio à crise? ........................35
Ferramenta - Seis leis para a conquista 
da autorresponsabilidade ................................................37
| anticrise7 passos para não deixar o medo te paralisar!
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Capítulo 3 - O fator superação .....................................39
3.1 Mentalidade positiva ..................................................43
3.2 Tomada de decisão e sistemas cerebrais .....................48
3.3 O poder da interrogação .............................................50
Ferramenta - Auto-coaching .............................................54
Capítulo 4 - Revolução pessoal ....................................57
4.1 Hábitos ruins .............................................................58
4.2 Pensamento, foco e propósito .....................................62
4.3 Criando rotinas ..........................................................64
4.4 Mudança de hábitos (O Poder do hábito) .......................67
Ferramenta - Mudança de Comportamento ........................70
Capítulo 5 - Construindo redes de sucesso ...................73
5.1 O papel do coletivo na vida de uma pessoa ...................73
5.2 Contágio Social, o que é? ............................................76
5.4 Criando conexões no mundo contemporâneo ................80
5.4 Como fazer conexões de sucesso .................................81
Ferramenta - Mapa de Modelagem .....................................84
anticrise | 7 passos para não deixar o medo te paralisar!
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Capítulo 6 - Viver o sucesso: felicidade é o caminho para 
a prosperidade ...........................................................85
6.1 Ser feliz é ser bem sucedido? ......................................85
6.2 Pirâmide do sucesso ...................................................88
6.3 Metáfora: a flecha que acerta o alvo ..........................92
O poder das metáforas ....................................................93
6.4 Valores inegociáveis ..................................................95
Ferramenta - Ordenação de Valores ..................................98
Capítulo 7 - Aprendizado sem ação não traz resultado: 
como impedir que a crise te paralise! ..........................99
7.1 O poder da ação ..........................................................99
7.2 Alta Performance .....................................................102
7.3 Gerenciamento de tempo ...........................................105
7.4 Construa suas próprias histórias .............................108
Ferramenta - Agenda Extraordinária ..............................111
Folha da Produtividade ..................................................112
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anticrise | 7 passos para não deixar o medo te paralisar!
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Sobre a autora
Lílian Carmo
Diretora e proprietária da unidade de Campinas da Febracis, a maior institui-
ção de Coaching do mundo, e atua também como palestrante nas áreas de 
liderança, gestão, carreira e desenvolvimento pessoal, além de ser mentora e 
coach de empresários e executivos C-level. 
É mestranda em Neurociência pela Florida Christian University (FCU), master 
trainer do curso Business High Performance e pós-graduada em gestão de 
pessoas, com extensão em finanças, pela FGV. 
Com mais de 18 anos de experiência, principalmente em posições de gestão 
e vendas, atuou como executiva na Johnson & Johnson, AstraZeneca, Sanofi 
Aventis, Banco Itaú e Banco do Brasil.
Lilian participou do board da Johnson & Johnson por ter atuado como res-
ponsável pela implementação da metodologia Growth Accelerator, criada pela 
INSEAD, em unidades de negócio da empresa considerados estratégicos e 
que necessitava alavancagem. 
Além disso, já foi fundadora de outras empresas e de consultorias empre-
sariais com foco em estruturação de planejamento estratégico e projetos de 
reestruturação corporativa. 
Todos os direitos reservados ®
anticrise | 7 passos para não deixar o medo te paralisar!
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Introdução
Refletindo sobre a crise atual, alinhada com o impacto econômico e social que 
ela está causando no mundo, percebi que a vida é dinâmica e a crise pode 
alcançar qualquer pessoa. 
Se há um preparo e uma consciência de que é preciso inteligência emocional 
para superá-la podemos passar bem por esse momento. Caso contrário, po-
deremos agravar ainda mais o quadro. Afinal, somos influenciados o tempo 
todo por estímulos que geram insegurança e medo. 
Quem é especializado em liderar pensamentos pode alterar seu mindset e, ter 
uma visão mais positiva sobre o futuro. É isso que proponho neste livro.
Mas antes queria compartilhar uma vaga lembrança: mais precisamente ao 
iniciar o ano de 2020. 
Quanta alegria, confiança e esperança o mundo estava depositando neste 
novo ciclo. 
Eu mesma costumava dizer “o ano de 2019 me fez forte e 2020 me fará ven-
cedora”, porém, desde 31 de dezembro de 2019, quando a China alertou a 
Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre uma pneumonia de origem des-
conhecida, a vida no planeta não é a mesma! 
Afinal de contas, o cenário em que vivíamos foi alterado. A partir do momento 
que a “quarentena” se tornou vigente, fomos obrigados a nos adaptar a uma 
nova rotina, a de isolamento social, que além de ser estressante vem acompa-
nhada de perdas financeiras, tédio, incertezas quanto ao futuro e, no topo da 
lista vem o medo em suas diferentes faces. 
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“MEDO” uma palavra um tanto quanto assustadora, não é? Entretanto saiba 
que ele é essencial em muitos momentos de nossas vidas, mas pode ser des-
truidor quando nos paralisa.
Porém deixa eu te falar: o mundo já passou por diversas crises, e está passan-
do e ainda vai passar por muitas. 
Se não fosse o Coronavírus (COVID-19), seria por outro motivo: a quebra de 
um grande banco, a bolha dos títulos americanos, o sistema financeiro. A gran-
de lição que temos que tirar de uma crise é: COMO EU SAIO DELA SENDO 
VITORIOSO? 
Momentos bons e ruins estão aí, o que diferencia é como lidar com as dificul-
dades, as encarando como oportunidades de superá-las.
E se você quer superar crises internas e externas, eu tenho um convite espe-
cial: leia este livro e os 7 capítulos que irão lhe ensinar maneiras de vencer a 
paralisia ocasionada pelo MEDO. 
anticrise | 7 passos para não deixar o medo te paralisar!
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Capítulo 1
O medoconstrói realidades
Independente das circunstâncias o medo pode construir sua realidade, eu lhe 
garanto. Ao senti-lo suas supostas convicções são alteradas e consequente-
mente a sua perspectiva pessoal da realidade. 
E para que o medo não te domine, precisamos nos aprofundar conceitualmen-
te sobre o tema. Vou te explicar mais detalhadamente.
1.1 O que é o medo para você?
O medo é uma constante em nosso planeta. Ele se resume 
na falta de confiança em nós mesmos, pois ficamos cegos 
diante de tal situação. Não reconhecendo os recursos que 
estão a nossa disposição para que possamos nos livrar dele. 
Além disso, é responsável por aumentar o nível de adrenalina no sangue que 
prepara o organismo para fugir de situações de perigo, portanto ele é essencial 
em diversos momentos. Entretanto, é fatal quando você se deixa paralisar por 
ele, chegando a um terrorismo psicológico. 
Gostaria de te explicar de uma forma mais simples. Por isso, vale ressaltar que a 
palavra medo tem origem do Latim “METUS” e, para a psicologia ele se trata de um 
estado afetivo causado pela consciência diante de uma situação de grande risco. 
É por isso que ao sentir medo é normal sentir aquele desconforto, frio na bar-
riga, e, logo após UM ESTADO DE PARALISIA.
Talvez você esteja se perguntando: mas como sei quando o medo é real ou 
imaginário? 
A nossa mente, às vezes, pode ser o nosso pior inimigo ao dar vida, como 
uma imagem real, a esses perigos imaginários com os quais todos já sofremos 
alguma vez.
um estado afetivo 
causado pela consciência 
diante de uma situação 
de grande risco
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Quando a sensação de medo nos invade, nosso corpo ativa um circuito para 
nos proteger e preparar para a fuga. 
Por exemplo, o coração bombeia mais rápido para o caso de ser necessário 
correr, se produz mais suor, a respiração acelera, o sistema digestivo e o imu-
nológico deixam de gastar energia para o caso de ser necessário lutar ou fugir, 
e uma grande quantidade de sangue fica concentrada nos membros inferiores 
para o caso de precisarmos sair correndo.
Todas essas reações ocorrem graças a nosso instinto de sobrevivência, um 
sistema preparado para reagir de maneira rápida frente ao perigo. É por causa 
dele que o medo nos põe em alerta e nos mantém ativos.
O problema do medo na sociedade atual é que a maioria das respostas de 
enfrentamento que precisamos dar para neutralizar uma ameaça percebida 
não são respostas físicas.
Um bom exemplo de medo real é você não pular de um carro em movimento 
pois sabe que isso pode te ferir gravemente. No imaginário, a criatividade toma 
conta e abraça possibilidades infinitas de evolução do medo.
Vamos agora a um exemplo prático: pular de um carro em movimento, você 
sabe que não deve pois isso pode te ferir gravemente. No imaginário, a cria-
tividade toma conta e abraça possibilidades infinitas de evolução do medo 
– criando muitas vezes uma nova realidade.
Saindo da Caverna, para entender e superar o medo
Você se lembra do Mito da Caverna de Platão? Recorremos ao livro VII de “A Re-
pública”, em que é relatada a famosa “alegoria da caverna” Pessoas estão acor-
rentadas desde a infância em uma caverna, de tal modo que enxergam sobras, 
que eles pensam ser a realidade. Trata-se, entretanto, da sombra das marionetes 
empunhadas por pessoas atrás de um muro, que também esconde uma fogueira. 
Se um dos indivíduos conseguisse se soltar das correntes para contemplar à luz 
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do dia os verdadeiros objetos, ao regressar à caverna seus antigos companheiros 
o tomariam por louco e não acreditariam em suas palavras. 
E foi exatamente o que aconteceu: certo dia, um dos presos é liberto e, ao 
explorar o interior da caverna, descobre que as sombras eram controladas 
por pessoas atrás da fogueira. Ele encontra uma saída do local e, para sua 
surpresa, há um mundo muito mais amplo do que ele conhecia. Mesmo com 
o incômodo da luz, após um tempo, consegue observar com clareza as cores, 
formas, cheiros e toda a vida de fora da caverna. Ali, conclui que o mundo que 
conhecia era apenas uma parcela da realidade.
Por fim, põe-se o dilema de retornar para a caverna e libertar seus companhei-
ros, mesmo podendo ser taxado como louco. Ou viver a sua própria liberdade 
neste “novo mundo”.
Eu te contei toda essa história para que você entenda qual era a intenção de Platão: 
ele evidencia os graus de conhecimento, sendo que o mais limitado está associado 
ao imaginário, uma vez que o mais amplo permite conhecer novas realidades.
1.2 Como é o olhar da ciência sobre o medo
Muitos cientistas já desenvolveram e continuam suas diversas pesquisas para 
entender o que se para em nosso cérebro diante do medo. 
O que sabemos é que em situações de perigo, real ou imaginário, o corpo 
reage rapidamente: as pupilas se dilatam, os pelos eriçam, os pensamentos 
e os movimentos congelam e há um aumento da frequência dos batimentos 
do coração e do fluxo do sangue. Para alguns, o ar torna-se rarefeito e a 
respiração, ofegante. 
Segundo os cientistas do Laboratório de Psicobiologia 
da Universidade de São Paulo (USP) de Ribeirão Pre-
to, o medo é considerado um dos sentimentos mais 
primitivos do homem. 
O medo é considerado um 
dos sentimentos mais 
primitivos do homem.
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Ele acontece em cadeia, começando com um estímulo de estresse até chegar 
à liberação de compostos neuroquímicos e diversos hormônios. 
Por essa pesquisa foram identificadas evidências de que três estruturas ex-
tremamente primitivas na escala evolutiva do cérebro, presentes em espécies 
animais desde a época dos dinossauros, desempenham tarefas fundamentais 
em situações de risco antes mesmo de ser acionada a amígdala cerebral – 
estrutura surgida posteriormente, com os primeiros mamíferos, e diretamente 
associada nas respostas de defesa do organismo a situações de perigo. 
O estudo levou em consideração o medo em suas manifestações mais primi-
tivas, como o temor instantâneo que uma pessoa sente diante de situações 
interpretadas pelo cérebro como ameaçadoras. Os cientistas dizem que esse 
reflexo condicionado, não racionalizado, trabalha a favor da sobrevivência hu-
mana, pois provoca reações diante do perigo. 
Ou seja, numa savana ao e deparar com um Leão feroz, toda esta descarga 
“adrenal” de hormônios, irá com certeza fazer você agir para se salvar. Correr 
e buscar uma rota de fuga, com velocidade e destreza de quem luta pela so-
brevivência. E isso é bom. Isso é muito bom!
O problema é quando o Leão mora no quarto ao lado, ou quando a ameaça faz 
parte do seu dia a dia, e de maneira crônica, faz você adoecer ou até mesmo 
paralisar diante da vida. Construindo uma crise interna que pode lhe causar 
doenças e levá-lo à morte.
Que antagônico isso, não! O mesmo estímulo cerebral que salva, também pode 
prejudicar e matar. É a dose que distingue, o antídoto, do veneno.
1.3 Mas o que acontece no cérebro humano 
diante do medo?
Entre as inúmeras constatações científicas feitas até hoje, sabe-se que algu-
mas partes do cérebro estão envolvidas com a reação de medo. Inicialmen-
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te, o tálamo capta as informações sensoriais, o córtex 
pré-frontal processa a interpretação dessas captações, 
o hipocampo armazena e busca memórias conscientes, 
a amígdala decodifica e armazena memórias de medo e 
o hipotálamo ativa uma das duas reações: lutar ou fugir.
Não somos neurocientistas, mas essa ciência hoje vem para ajudar a todos, 
para que possamos dar um choque de lucidez e equilíbrio canalizando esse 
medo para uma reação de enfrentamentoe coragem. 
Gostaria de levar você a refletir com mais um exemplo: uma pessoa que está 
sozinha em casa, já deitada e se preparando para dormir. De repente, ouve um 
barulho vindo de outro ambiente da casa onde ela sabe que não tem ninguém. 
Imediatamente o tálamo recebe a informação, mas não identifica se esta é uma 
situação de perigo ou não, então, manda para a amígdala que passa o dado para 
frente, até o hipotálamo que determina a reação. Neste caso, o medo é gerado 
apenas pela incerteza do momento, por ser uma situação fora do comum. 
Outra possibilidade, considerada do mesmo exemplo, é o tálamo enviar a informa-
ção para o córtex que identifica que existem possibilidades e o hipocampo avalia 
quais são a partir de memórias armazenadas. Mais uma vez, a amígdala informa 
o hipotálamo e ele avalia se há necessidade de ativar a reação de luta e/ou fuga. 
Isso porque, o hipocampo é a parte racional do processo, apesar de nem sem-
pre reagir rapidamente ao processo, provocando a sensação de medo. 
O neurocientista Dean Mobbs, do California Institute of Technology, divide o 
medo como sendo de dois tipos. O primeiro, é reativo a ameaças contra a vida e 
o segundo cognitivo, ou seja, que depende que o cérebro tenha tempo para ra-
cionalizar a situação e identificar a ameaça considerando experiências individuais. 
De qualquer forma, lidar com o medo é fator essencial para o ser humano, 
pois a incapacidade de superá-lo pode levar a casos mais graves de doen-
ças, como síndrome do pânico. Há níveis de intensidade deste sentimento que 
podem ir desde o sentimento de prudência e concentração, que provocam 
O medo pode ser 
considerado essencial 
para preservação e 
o desenvolvimento 
da espécie humana.
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desconfiança; o alarme e angústia, que resultam em ansiedade, até chegar ao 
pânico e ao terror.
O seu corpo pode manifestar reações ao medo, como:
 » Aumento da pressão arterial;
 » Aumento da frequência cardíaca;
 » Dilatação das pupilas;
 » Contração das artérias da pele para enviar mais sangue para os grupos 
musculares, ou seja, a sensação de calafrios;
 » Diminuição de glicose no sangue;
 » Enrijecimento dos músculos provocado pela liberação de adrenalina e 
glicose, ou seja, sentimos arrepios;
 » Sistemas imunológicos e digestivos são desligados para guardar ener-
gia para funções essenciais;
 » Diminuição da atenção, pois o cérebro está concentrado na possível ameaça.
E você pode estar se perguntando, qual o lado bom disso?
Se, por um lado, representa o receio diante de uma situação de perigo e pode 
levar a desenvolver doenças, também pode ser considerado essencial para 
preservação e o desenvolvimento da espécie humana. Afinal, ao enfrentar o 
perigo uma pessoa elabora uma estratégia para superar desafios. 
Alguns empresários, por exemplo amam superar desafios para obter sucesso 
no mundo dos negócios. Sente-se estimulados a agir diante da dificuldade. 
Outra prova disso, são os montanhistas que enfrentam seus medos escalando 
rochas ou ainda as pessoas que gostam de filmes de terror, apesar do medo 
que sentem. Em todos estes casos, elas optam em vivenciar as consequências 
químicas provocadas pelo sentimento. 
Quando o sinal de alerta é disparado no cérebro, a dúvida entre lutar e fugir 
surgem e a decisão de lutar promove alívio cognitivo interno. E isso dá prazer.
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1.4 A pandemia da Covid-19 e o medo
O medo não se resume a uma sensação restrita a apenas uma pessoa. Em 
algumas situações, ele ultrapassa fronteiras de países e atinge cidadãos de 
diferentes personalidades e culturas. É o que ocorre durante a pandemia pro-
vocada pelo coronavírus no Brasil e no mundo.
De acordo com a uma pesquisa realizada pela área de Inteligência de Mercado 
do Grupo Abril, em parceria com o instituto de pesquisas digitais MindMi-
ners, a palavra medo compõe a tríade de angústias que afligem os brasileiros. 
Medo, preocupação e insegurança. Isso porque existe um grande temor aos 
impactos sociais e econômicos da doença. 
Para o estudo, divulgado em abril de 2020, foram entrevistadas 4.693 pessoas 
de todas as regiões do país, com idade a partir dos 18 anos e de todas as 
classes sociais. Deste universo, mais da metade revelou estar extremamente 
preocupada com a doença, sendo que 62% das mulheres estão mais tensas 
com a situação, enquanto a fatia de homens mais preocupados é de 45%.
Superlotação de hospitais, aumento do desemprego e segurança de familiares 
e amigos foram as preocupações mais apontadas pelos entrevistados. Eles 
identificam tanto o risco da doença quanto seus efeitos na econômica como 
uma ameaça preocupante. 
Mas foi a palavra medo a mais citada como sentimento para denominar o 
estado mental da pessoa diante da pandemia. Talvez porque essa palavra seja 
a personificação de tudo que nos atemorize. Em um artigo publicado na re-
vista Debates em Psiquiatria, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 
pesquisadores afirmam que “em uma pandemia, o medo aumenta os níveis 
de ansiedade e estresse em indivíduos saudáveis e intensifica os sintomas 
daqueles com transtornos psiquiátricos preexistentes”. 
Além disso, durante as epidemias, o número de pessoas cuja saúde mental é afe-
tada tende a ser maior que o número de pessoas afetadas pela infecção. Apesar 
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do dado ser assustador, à primeira vista, os autores desta pesquisa fazem algumas 
recomendações para garantir saúde mental neste período, entre elas estão cuidar 
de si e dos outros, prestar atenção às suas próprias necessidades, sentimentos e 
pensamentos e comunicar a alguém quando sentir tristeza ou ansiedade. 
Isso reforça a recomendação de um renomado cientificista, Daniel Goleman, 
um psicólogo norte-americano que obteve fama mundial a partir da publicação 
de seu livro Inteligência Emocional em 1995. Que descreve este conceito como 
a capacidade de reconhecer e avaliar os seus próprios sentimentos e os dos 
outros, assim como a capacidade de lidar com eles. Goleman aponta também 
que o famoso Quociente intelectual (QI) contribui com apenas 20% do sucesso 
dos indivíduos e que os outros 80% resultam da inteligência emocional (QE), 
reunindo fatores como a habilidade de se auto motivar, a regulação do humor, 
o controle dos impulsos, empatia e esperança.
É a partir daqui que a consciência sobre a realidade, as atitudes e motivações 
se torna a ferramenta para uma transformação concreta dos seus medos.
1.5 Existe antídoto para o medo?
Posso afirmar que sim e, se chama: INTELIGÊNCIA EMOCIONAL! 
Mas, como conquistar inteligência emocional? 
De acordo com uma estatística de Harvard, Stanford e da Car-
negie Foundation, cerca de 85 a 87% da nossa qualidade de 
vida – sucesso em todas as áreas, provém da inteligência emo-
cional. Mas infelizmente, poucos de nós tem consciência disso.
A melhor maneira de ser mais emocionalmente inteligente é parar e questionar 
seus sentimentos antes de agir.
Conseguir identificar quais são as emoções que estão surgindo e quais gati-
lhos elas estão acionando é importante para que você possa controlar os seus 
sentimentos, e impedir que tudo isso se transforme em um quadro mais grave!
O antídoto para o 
medo tem nome: 
Inteligência Emocional. 
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Posso ficar aqui fazendo inclusive várias citações que embasam esta minha 
conclusão, mas quero citar apenas mais uma última referência e não menos 
importante, na minha opinião: 
No amor não há medo; ao contrário, ele o reprime, porque o medo supõe 
castigo. Aquele que tem medo não está aperfeiçoado no amor. (1 João 4:18)
E respondeuJesus: “...Ame o seu próximo, como a si mesmo. (Matheus 22:39)
Com isso, podemos concluir que a solução para acabar com o medo é o amor. 
Somos nossos próprios amigos e inimigos: quando existe 
medo você é seu próprio inimigo, quando não existe, você é 
seu próprio amigo. 
1.6 Onde o medo encontra a realidade? 
E se na psicologia o medo é um estado emocional, no aspecto social, o 
medo molda suas atitudes entre o sim e o não, entre o que pode e não 
pode, e entre o agir e não agir. É nesta configuração que o medo assume 
um status prejudicial para sua tomada de decisões, pois ele influencia no 
campo das incertezas e da desconfiança e impedem uma visão mais clara 
sobre qualquer aspecto das nossas vidas.
O medo real faz parte da biologia humana e decorre de um processo natural, 
químico e biológico do corpo, como já vimos. Já o medo imaginário que para-
lisa, decorre do aprendizado ao longo da vida, tudo aquilo que vivemos e que 
baseamos as nossas convicções. Por exemplo, existem muitas circunstâncias 
de medo que surgiram a partir de ensinamentos populares e que percorrem 
gerações. Lembra-se da manga com leite? São essas percepções, que são 
passadas, muitas vezes, de pais para filhos, que criam um ambiente hostil para 
promover mudanças.
Segundo o escritor e PhD, Paulo Vieira; meu mentor e atual CEO da Febracis 
(empresa líder no segmento de cursos e treinamento de inteligência emocio-
“Quem ama não teme, 
quem ama confia”.
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nal), todos nós desenvolvemos, a partir experiências vividas, atreladas a, ge-
ralmente, a fortes impactos emocionais, algumas crenças, que nada mais são 
do que sinapses neurais decorrentes do aprendizado obtido durante a vida e 
que fortalecem comportamentos, atitudes, resultados, conquistas e a qualida-
de de vida. Resumindo, elas moldam a nossa percepção da realidade.
Então, é preciso alterar estas crenças para criar um ambiente mais favorável à 
superação de medos imaginários e prejudiciais? Exatamente.
Aquilo que vivemos ao longo de nossas vidas, ou sob forte impacto emocional, 
determina como nos posicionamos no mundo e moldam como enxergamos a 
nós mesmo e as pessoas ao nosso redor, além de orientarem como devemos 
lidar com as situações pelas quais passamos. Essas conexões, especifica-
mente, estão diretamente relacionadas as nossas emoções, e funcionam como 
uma lente para a outras situações.
Desta forma, não se trata do ambiente e nem dos eventos das nossas vidas, 
mas sim o significado que atribuímos a esta realidade. Ou seja, como nós a 
interpretamos, moldamos quem somos e o que nos tornaremos.
Quando falamos do medo que molda a realidade, estamos também afir-
mando que as convicções do passado podem projetar a minha realidade e 
o meu futuro.
O nosso cérebro está buscando encurtar o caminho e poupar energia, com 
isso ele busca referências já vividas em nossas convicções. Fazendo então 
generalizações que pautam a nossa tomada de decisão. Como por exemplo: 
Manga com leite faz mau; Dinheiro não traz felicidade; Para ser feliz é preciso 
ter sucesso; e muitas outras.
Ao identificar um padrão de comportamento, você gera consciência sobre 
ele. Isso te permite a ativamente, criar um novo plano de ação para mudar 
esse comportamento. 
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Para se ter uma noção, Pablo Marçal, em seu livro “Antimedo”, explica que 
a melhor maneira de combater o medo é a dessensibilização sistemática, ou 
seja, o enfrentamento ao medo
Mas de que forma isso pode acontecer?
Originalmente criada pelo psiquiatra Joseph Wolpe, em 1958, a dessensibili-
zação sistemática é um conjunto de técnicas de exposição à experiência trau-
mática. Sendo assim, segundo Marçal, quando alguém se dispõe a enfrentar 
algo que lhe causava algum tipo de bloqueio emocional, passa a ter autoridade 
e domínio sobre a situação.
Falar sobre medo ainda é tabu para a grande maioria das pessoas – que seguem 
preferindo esconder e negligenciar seus traumas e limitações. Por isso, o primeiro 
e mais importante passo é adquirir consciência de suas barreiras e medos.
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Pare e pense por um instante sobre os seus reais medos. Tome consciência 
deles e anote abaixo:
Medo Descrição
1
2
3
4
5
6
7
Feito? Agora, você está preparado para seguir com a leitura.
Criando consciência dos meus medos e como 
eles influenciam a minha realidade
Para o filósofo francês, Sartre, consciência é definida como o conhecimento 
que o ser humano tem sobre seus próprios pensamentos, sentimentos e atos. 
Segundo a metodologia do Coaching Integral Sistêmico, desenvolvida pela 
Febracis, existem três tipos de consciência:
 » Plena: trata-se da consciência perfeita, onde existe a per-
cepção e compreensão de si, do mundo e da relação cau-
sa e efeito.
 » Relativa: onde a compreensão de si e do mundo é limitada, 
situacional, influenciável e precária.
 » Ausência de consciência: aqui, a compreensão de si e do 
mundo ao redor é debilitada ou distorcida.
Segundo o Coaching 
Integral Sistêmico, 
são três os tipos 
de consciência.
anticrise | 7 passos para não deixar o medo te paralisar!
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A metodologia CIS, na dualidade entre razão e emoção, há um diálogo interno 
de vozes que resgatam as crenças e valores de cada pessoa, diante da toma-
da de decisões. São elas:
 » Voz da consciência: que evidencia a lucidez. É cordata, sábia e possi-
bilita boas escolhas.
 » Voz negativa: pessimista, mas sob controle.
 » Voz destrutiva: compulsiva, negativa, desacreditadora e descontrolada.
Mas como é possível, diante de todos esses subsídios, perceber a realidade?
Com a convicção plena das características e da identidade, e com a clareza 
de consciência do que sou bom e do que preciso melhorar, é possível vencer 
qualquer crise externa que alimenta minhas próprias crises internas.
E para o fortalecimento das crenças de identidade é possível utilizar algumas 
ferramentas que trazem a convicção de nossas potencialidades, como exem-
plo, existe a ferramenta “30 Características Eu Sou”. Nesta ferramenta, você 
deve listar 30 características positivas suas, e lê-las ao menos 1 vez ao dia. 
Através do método de repetição, o seu cérebro passa por um processo de 
assimilação e cria caminhos neurais que fortalecem as suas crenças positivas 
de identidade.
Faça um teste! A ferramenta se encontra no final deste capítulo. É possível que 
nas primeiras tentativas você tenha uma certa dificuldade de listar 30 carac-
terísticas, mas conforme vai fortalecendo suas crenças, perceberá que a cada 
repetição deste exercício, você terá mais facilidade pra completar a lista. 
Estou segura que agora o sentimento de autoconfiança toma conta de você. 
Imagine você lendo e verbalizando com convicção todos os dias.
Assim você trará ao seu coração afirmações que lhe trazem esperança. Ne-
nhuma crise, interna ou externa, resiste à segurança de quem sabe o seu valor 
e a sua contribuição. Pense nisso!
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1.7 Crise interna ou externa 
Crises são inesperadas e, por isso, é necessário ter preparo psicológico para 
lidar com essas mudanças na rotina. E não transformar uma crise externa em 
uma crise interna.
Medo, incertezas, negação também reinavam em todas as famílias. Além dis-
so, deixa eu te contar algo das crises: ELAS SÃO INESPERADAS!
Por isso, é necessário ter preparo psicológico para lidar com essas mudanças 
na rotina. E não transformar uma crise externa e uma crise interna.
E se eu te perguntasse hoje: como está o teu pensamento? você está com 
medo do futuro?
Obviamente ter medo é normalem tempos de pandemia, mas ele está te pa-
ralisando? Medo de perder o trabalho e assim, torna-se improdutivo, medo de 
investir em qualificações profissionais e ficar sem dinheiro, medo de sair na rua 
e ser infectado.
A única notícia positiva que podemos tirar das crises é que elas passam. Assim 
como a gripe espanhola declinou ao final do ano de 1918 o coronavírus tam-
bém será apenas uma lição de tempos difíceis. 
O mundo continuará a crescer (mesmo que demore algum tempo para retomar 
suas atividades econômicas).
A crise vem, causa mudanças e nós também devemos ser responsáveis por elas.
Por isso é tão importante instaurar um padrão mental de positividade, de es-
perança e, principalmente, de ação. Este é um momento de você se preparar 
para a retomada.
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Ferramenta
30 características “Eu Sou”
Nesta ferramenta, você deve listar 30 características positivas suas sempre 
começando com a frase “Eu sou (...)”. Leia ao menos uma vez por dia toda a 
lista e repita o exercício semanalmente, acrescentando 30 novas característi-
cas a cada 7 dias. 
1. Eu sou _________________________________________________________
2. Eu sou _________________________________________________________
3. Eu sou _________________________________________________________
4. Eu sou _________________________________________________________
5. Eu sou _________________________________________________________
6. Eu sou _________________________________________________________
7. Eu sou _________________________________________________________
8. Eu sou _________________________________________________________
9. Eu sou _________________________________________________________
10. Eu sou _________________________________________________________
11. Eu sou _________________________________________________________
12. Eu sou _________________________________________________________
13. Eu sou _________________________________________________________
14. Eu sou _________________________________________________________
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15. Eu sou _________________________________________________________
16. Eu sou _________________________________________________________
17. Eu sou _________________________________________________________
18. Eu sou _________________________________________________________
19. Eu sou _________________________________________________________
20. Eu sou _________________________________________________________
21. Eu sou _________________________________________________________
22. Eu sou _________________________________________________________
23. Eu sou _________________________________________________________
24. Eu sou _________________________________________________________
25. Eu sou _________________________________________________________
26. Eu sou _________________________________________________________
27. Eu sou _________________________________________________________
28. Eu sou _________________________________________________________
29. Eu sou _________________________________________________________
30. Eu sou _________________________________________________________
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Capítulo 2 
Contexto de crise: desafios e oportunidades
Não dá para falar de crise e não falarmos do momento 
que o Brasil e o mundo estão passando com a pan-
demia de um novo tipo de coronavírus que demandou 
quarentena e isolamento social. As pessoas saíram das 
ruas, as lojas baixaram suas portas e os parques foram 
fechados. De lá para cá, o que era uma necessidade em 
prol da saúde se tornou uma crise econômica e social 
e que segue preocupando milhares de empresários e 
profissionais como você.
Um levantamento do SEBRAE, realizado em maio, apontou que pelo menos 
600 mil micro e pequenas empresas encerrariam suas atividades durante a 
pandemia. As vidas por trás desses CNPJ’s não estavam preparadas para uma 
mudança tão drástica e tão rápida neste cenário e aí, prevalece o desespero 
sobre como será o futuro. 
É um campo de incertezas e medo. O país também perdeu sua força de consumo 
com mais de 9 milhões de trabalhadores demitidos nesse período, e o Banco 
Mundial prevê uma queda de 8% no PIB brasileiro em 2020. 
Como você enxerga estes números? E quais as oportunidades que podem ser 
observadas para a sua construção pessoal e profissional neste cenário?
Quando nos deparamos com tantos indicadores desfavoráveis, o importante 
é enxergar o copo meio cheio, ao invés de meio vazio. Diante do imprevisível, 
há um percentual de responsabilidade que precisa ser abraçado para seguir 
em frente. Como em uma viagem, onde você precisa retornar o caminho que 
já percorreu para rever as orientações na placa e repensar suas rotas.
O ambiente hostil pode ser encarado como uma mola que vai te ajudar a criar 
oportunidades e não te paralisar na espera de que elas caiam na sua frente, 
pelo menos 600 mil 
micro e pequenas 
empresas encerrariam 
suas atividades 
durante a pandemia.
Sebrae
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como mágica. Entenda que há solução para cada problema que se instala e tal 
solução pode estar bem diante seus olhos, mas disfarçada. 
Mesmo que o medo paralisante te lembre da possibilidade do fracasso, as 
derrotas também são bem-vindas. É o que Napoleon Hill, no livro “Mais esper-
to que o Diabo”, chama de “benção disfarçada”. Ele explica que, para cada 
adversidade causada pelas suas derrotas, há um “benefício correspondente” 
que indica um caminho de sucesso. 
Às vezes, não dá para enxergar com clareza mas, acredite, está lá!
Solo fértil
É preciso criar um ambiente fértil para que as dificuldades te inspirem 
oportunidades, afinal, nenhuma planta cresce sem um bom adubo. Aqui, é 
preciso encarar as mudanças que estão acontecendo ao seu redor, como 
adubo para fertilizar sua terra. 
Mas, sinceramente com você encara mudanças? Nos 
primeiros dias de um emprego novo, tudo é desconfor-
tável e desafiador, mas há um certo desejo de supera-
ção que se instala, quase como um desafio que te atrai. 
Então, se entregue às possibilidades e corra riscos! 
Atravessar um rio com uma forte correnteza pode ser algo difícil e arriscado, 
porém, com a segurança de uma corda, é possível se aventurar e avançar na tra-
vessia. Esse é o conceito de assimetria defendido por Nassim Nicholas Taleb, em 
Antifrágil. Na obra, o autor explica que o equilíbrio não está em se arriscar mais 
onde se sente seguro e menos onde é inseguro. Pelo contrário, ele diz que é a 
assimetria que proporciona equilíbrio, pois aquilo que lhe confere segurança, ser-
virá como âncora para que você possa se arriscar onde tem menos segurança.
É o caso da antiga Blockbuster, se lembra dela? A empresa já esteve na lide-
rança do ramo de aluguéis de DVD’s nos anos 2000. Entretanto, com a explo-
É preciso criar um 
ambiente fértil para 
que as dificuldades te 
inspirem oportunidades.
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são da internet e o surgimento das plataformas de streaming, a marca faliu. 
Mas a pergunta é: qual foi o risco que a empresa não correu? 
Em 2000, a Netflix, que também operava no segmento de aluguel de DVD’s, 
foi oferecida à Blockbuster por US$ 50 milhões. A oferta rejeitada pelo CEO da 
gigante das locações por “não acreditar no poder da internet”. Hoje, a Netflix 
vale mais de US$ 180 bilhões.
Obviamente, ninguém tem bola de cristal, portanto, aqui vale a tentativa e o erro. 
Invista naquilo que tira você da sua zona de segurança e, se não dercerto, tente 
de novo! Nassim Taleb também defende que essa experiência (ou empirismo 
como ele chama), se trata de tentativa e erro. Ele afirma que esse processo 
precisa acontecer e será fundamental para que as oportunidades surjam.
Não reinvente a roda
Não tem solução mirabolante para a realidade de uma crise. As oportunidades 
podem estar muito próximas e, quem sabe, a crise seja a própria solução. Ana-
lise o caso do James Delivery, aplicativo de entregas do Grupo Pão de Açúcar 
(GPA), que registrou crescimento de 800% no primeiro trimestre de 2020, em 
comparação com 2019. E mais: conseguiu aumentar em 130% o ticket médio 
no mesmo período. 
Carlos Domingos, em “Oportunidades Disfarçadas”, explica justamente essa 
possibilidade, defendendo que os negócios podem prosperar “apesar da cri-
se, e por causa dela”. 
Soluções que caminham na contramão do que o mercado tem feito, também 
podem ser uma boa alternativa. Com por exemplo em diversos setores da 
economia que foram impedidos de seguir com suas atividades, seja para evitar 
aglomeração ou por não se enquadrarem como essenciais na pandemia do 
Coronavirus (COVID-19). Qual é a oportunidade que brota nesse vazio? Já se 
fez essa pergunta?
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Em um exemplo apresentado por Carlos Domingos em seu livro, diz que “ace-
lerar enquanto os outros freiam, pode ser uma boa opção”. Ele cita o caso do 
ataque às Torres Gêmeas nos Estados Unidos em 11 de setembro, aconteci-
mento que gerou a maior crise da história no setor de aviação. Sem passagei-
ros, por conta do medo de novos ataques, o setor promoveu demissões em 
massa e rapidamente encolheu. 
Foi então que a Gol Linhas Aéreas, empresa brasileira, optou por medidas mui-
to diferentes das suas concorrentes: aumentou investimentos, negociou bons 
contratos com fabricantes de aeronaves, fez aquisições de equipamentos por 
preços mais atrativos e se preparou para o pós-crise. Nos anos seguintes, o 
crescimento apresentado pela companhia foi surpreendente. 
É em busca desse resultado que seus esforços precisam ser concentrados.
Se você não consegue enxergar as oportunidades que surgem em meio à crise, 
é necessário ampliar seu campo de visão, olhar mais distante. Entenda: a gali-
nha cisca tudo que vê pela frente, com a cabeça abaixada e focada apenas no 
que está próximo a ela. Enquanto isso, a águia, com olhar frontal, mira sua presa 
a 2 quilômetros de distância. Quem é você e o que você quer ser nesse cenário? 
2.1 Seu comportamento molda seus resultados
O seu comportamento diante de qualquer crise pode te ajudar a moldar os 
resultados pelos quais você tem batalhado. Quando você olha pela janela do 
seu quarto, pelo canto direito, o que você vê? Agora, olhe pelo canto esquerdo 
e responda: a paisagem de ambos os lados é igual? A paisagem continua ali, 
estática, mas sabe o que mudou? Você! 
A ideia aqui é te apresentar o entendimento de que não é o ambiente de crise 
que define você, mas a maneira com que você encara e se comporta diante 
dela. Note que restaurantes e empresas do ramo alimentício precisaram se 
moldar para continuar oferecendo refeições via delivery, e sobreviver à crise 
da pandemia COVID-19.
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Anthony Robbins, autor do best-seller “Poder sem limites”, aborda essa questão ao 
explicar a Programação Neurolínguistica (PNL). Ele explica que, por meio da PNL, 
é possível dirigir o cérebro de uma forma favorável para atingir, frequentemente, os 
resultados que deseja - alcançando o que o autor chama de “resultado optimum”. 
Ou seja, se alguém consegue resultados positivos em reuniões de apresenta-
ções de projetos financeiros, por exemplo, é possível “copiar” esta programa-
ção e conduzir o seu sistema nervoso para se comportar da mesma maneira 
em outras situações. Esse processo é chamado de modelagem.
Apesar de tudo isso, seu cérebro não vai funcionar sozinho. Você precisa ter 
convicção de que vai conseguir atingir seus objetivos. Pergunta: a sua auto-
confiança é suficiente para continuar enxergando as oportunidades? Mesmo 
em meio ao caos? Se você não está adequadamente pronto, dificilmente terá 
convicção para percorrer essa estrada. As decisões que você toma ao longo 
da sua jornada, também caracterizam um tipo de aprendizado que te ajuda a 
ter uma visão mais clara das alternativas e possibilidades mais adequadas. 
Veja o caso da Apple, citada por Carlos Domingos como exemplo de convicção e 
obstinação. O fundador da marca, Steve Jobs, foi demitido da empresa em 1985, 
após desentendimentos com o CEO que ele mesmo havia contratado. Desilu-
dido, Jobs vendeu suas ações (menos uma), se recompôs e voltou ao mercado 
com a criação de outra empresa, a NeXT Computers. A nova marca lançou um 
dos computadores mais revolucionários do mercado, cresceu, e em 1990 foi ad-
quirida pela Apple - que passava por problemas financeiros. Steve Jobs retornou 
à companhia em 1997 e lançou grandes sucessos a partir daí: iPod, iPhone, iPad.
Contudo, é importante lembrar: não deposite suas fichas em uma única 
solução! 
Tenha várias opções para cenários variados. Muitas em-
presas estão superando as dificuldades adotando esta 
estratégia. Em “Antifrágil”, Nassim Taleb alerta que é 
preciso abrir seu leque de opções e ter mais “opcionali-
dade” diante dos cenários adversos.
Na Febracis, desde o 
começo do isolamento por 
COVID-19, o crescimento 
foi de 22% graças aos 
cursos à distância que 
a empresa já possuía.
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Na Febracis, desde o começo do isolamento por COVID-19, o crescimento foi 
de 22% graças à adaptação dos cursos para a modalidade à distância. Isso só 
foi possível porque a empresa acreditou em opções além dos cursos presen-
ciais, teve variações de formatos. Saiba que, antes da pandemia, os produtos 
digitais representavam apenas 12% da receita. Foi neste mesmo período que 
o Google registrou aumento de 130% nas buscas por cursos online. Essa foi a 
oportunidade que a Febracis observou para, apesar da crise, seguir alcançando 
seus objetivos. Minha pergunta é: você está esperando o que para se reinventar?
2.2 Cases: as empresas, onde estão nisso tudo? 
Para superar uma crise, é preciso entendê-la como um momento temporário ou 
uma oportunidade disfarçada que lhe servirá para aprimorar sua capacidade 
criativa e suas habilidades. Triunfar na adversidade é possível, pois ela surge 
para despertar nosso olhar para as oportunidades, mas são poucas pessoas 
que conseguem superar estes períodos difíceis. 
É necessário ter muita convicção para prosperar, ganhar dinheiro e desen-
volver-se nas crises. É preciso ter em mente que não são as circunstâncias 
que nos definem e, sim, a maneira como nos comportamos diante delas. Há 
sempre uma oportunidade, mesmo para empresas. 
Aliás, muitas companhias de sucesso de hoje foram criadas em momentos 
adversos. Um exemplo inspirador é o jogo de tabuleiro Monopoly, mais co-
nhecido no Brasil como “Banco Imobiliário”. Ele nasceu no meio de uma das 
maiores crises econômicas que o mundo viveu, a Grande Depressão originada 
com a quebra da Bolsa de Valores de Nova Iorque, ocorrida em 1929. 
Na ocasião, a crise fez muitas empresas fecharem as portas, mesmo aque-
las que sobreviveram precisaram reduzir suas operações, levando mais de 12 
milhões de norte-americanos a perderem seus empregos. Entre eles estava o 
engenheiro Charles Darrow, morador dos arredores da Pensilvânia. 
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Sem nada para fazer, ele ficava em casa, tentando distrair os filhos contando 
histórias e criando brincadeiras. Certo dia, resolveu ensinar aos pequenos um 
jogo quehavia conhecido no trabalho e que simulava a negociação de imóveis 
por valores fictícios. Charles desenhou na toalha de mesa uma cidadezinha 
com casas e prédios parecidos que as construções da vizinhança. Para facili-
tar, ele mesmo estabeleceu as regras e começou a diversão. 
Primeiro foram os filhos, depois os vizinhos e amigos. Em efeito cascata, todos 
ficaram contagiados pelo jogo. Não demorou para Charles vislumbrar naquele 
passatempo para os momentos difíceis, a solução que buscava para resolver 
os problemas econômicos da família. O termômetro que ele usou era o interes-
se dos adultos e das crianças diante do jogo. 
Foi então que Charles resolveu procurar o principal fabricante de jogos da 
região, a Parker Brothers. Ele foi recebido pelos diretores da companhia que 
não se animaram em investir no negócio. O motivo era o jogo ser lento e com 
regras complicadas e isso poderia não refletir em sucesso de venda. 
Convicto de sua invenção, o engenheiro resolveu produzir ele mesmo as pri-
meiras unidades. Para isso, reuniu familiares e amigos desempregados e ini-
ciou a produção. O primeiro lote foi de cinco mil unidades, negociadas para 
uma loja de departamentos local. 
Os primeiros clientes foram os vizinhos de Charles que conheciam a novidade. 
Logo todo o estoque foi consumido, garantindo ao engenheiro a continuidade 
da fábrica. Impulsionado pela propaganda de boca em boca. Desta forma, o 
Monopoly virou a sensação da região e voltou a chamar a atenção dos execu-
tivos da Parker Brothers. 
Em uma nova reunião, os diretores elogiaram o jogo e propuseram a produção 
industrial. Em pouco tempo o Monopoly ganhou o mundo e transformou Char-
les no primeiro criador de jogos milionário da história. Provando que mentes 
criativas conseguem vencer a adversidade, enxergando, mesmo nos piores 
momentos uma grande oportunidade. 
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Ao completar 90 anos de existência em 2020, o Monopoly ganhou nova edi-
ção, com a figura do banqueiro sendo substituída por um dispositivo inteli-
gente ativado por voz e que faz todas as transações financeiras do jogo. Isso 
mesmo, agora a Inteligência Artificial (IA) está fazendo parte da diversão criada 
por Charles em plena crise financeira dos anos de 1930 nos Estados Unidos. 
Muitas vezes é a crise impulsiona um negócio ou se transforma na ocasião ideal 
para lançamento de um novo empreendimento. Para o editor do The New You-
rker, James Surowiecki, quando o cenário econômico está bom surgem mais 
empresas, há mais crédito e o volume de venda é maior. Porém, é mais difícil 
manter o crescimento sustentável do negócio, pois a concorrência é acirrada. 
Com a economia aquecida o que alguns estudiosos chamam de “efeito mana-
da” e, ao menor sinal de dificuldades, os empresários recuam. Mais uma vez, 
todos juntos. No mundo dos negócios, como na nossa vida, ao menor sinal de 
adversidade, as empresas congelam ou recuam. A crise gera impotência e se 
a empresa ou a pessoa achar que fracassará, acredite, isso irá acontecer. 
São poucas as empresas que conseguem tirar proveito de uma crise e crescer. 
Mais recentemente, outra crise mundial impactou nos hábitos das pessoas, 
fazendo surgir novos negócios. Foi em 2008, quando muitos passaram a re-
pensar o consumo por conta da recessão global. Desta vez, a tecnologia e 
as redes sociais deram novo sentido para o termo compartilhar, que deixou o 
mundo virtual e se transformou em negócio real e inovador. 
Para baratear serviços de hospedagem, Brian Chesky, Joe Gebbia e Nathan 
Blecharczyk criaram naquele ano o Airbnb, em São Francisco (Estados Uni-
dos). O negócio começou quando os três jovens estavam sem dinheiro para 
pagar o aluguel do apartamento onde moravam e em busca de uma ideia para 
iniciar um empreendimento e sair da crise na qual viviam. Como ia acontecer 
uma conferência de designers na cidade, lotando os hotéis da região, eles 
decidiram alugar espaços do apartamento, inclusive um colchão inflável.
Foi assim que eles desenvolveram a primeira versão do site de hospedagens 
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e alugaram os colchões para uma mulher de meia idade, um indiano e um pai 
de família. O trio formava o mais improvável público que eles podiam imaginar. 
Hoje a startup é avaliada em mais de 31 bilhões de dólares e se tornou a maior 
plataforma de economia compartilhada no mundo. 
Outra empresa que surgiu no pós-crise de 2008 foi a Uber. Nos Estados Unidos 
e em boa parte dos países da Europa a economia enfrentava um estágio lento 
de recuperação, fazendo seus cidadãos buscarem alternativas para comple-
mentar a renda. Foi então que Travis Kalanick e Garrett Camp, após terem difi-
culdade para pegar um táxi em Paris, tiveram a ideia de criar o serviço facilitar 
o acesso ao transporte. 
Inicialmente, contava apenas com carros de luxo, mas o negócio cresceu, am-
pliou a oferta e hoje se tornou uma opção de renda para muitos brasileiros em 
meio à crise de empregos. Seu valor de mercado chegou a 82,4 bilhões de 
dólares, em 2019. 
2.3 Como se desenvolver em meio à crise?
Se uma crise é uma oportunidade para uma empresa ser criada ou melhorar o 
desempenho, também pode ser replicada esta análise para uma pessoa: VOCÊ. 
Então, a chave para se desenvolver mesmo em meio à crise 
é através da autorresponsabilidade. Assim, mesmo diante de 
uma situação inesperada como a crise externa, a alternativa 
para a superação e para deixar de ser frágil é assumir o con-
trole e buscar a solução de maneira interna e não externa.
Ou, segundo o autor libanês Nassim Nicholas Taleb, ser antifrágil, que acredita 
que é um engano achar que o oposto de fragilidade é robustez ou resistência, 
uma vez que a principal característica de quem é Antifrágil é ser capaz de 
suportar situações extremas sem se alterar. Para o autor, ao buscar apenas 
essas duas características, uma pessoa não melhora o caos, ao contrário, ela 
se mantém no estado. 
assumir o controle 
e buscar a solução 
de maneira interna 
e não externa
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Porém, se o indivíduo decide seguir pelo caminho que ele chama de antifrágil, 
também encontrará obstáculos, mas eles servirão como ferramenta de apri-
moramento pessoal. Para o escritor deste livro Antifrágil, se alguém realmente 
deseja crescer pessoal e profissionalmente, não deve evitar o caos. Afinal fugir 
de mudanças ou se proteger de ataques pode parecer seguro, mas não é a 
melhor opção para o desenvolvimento.
Assim recomenda ainda que cada um analise suas fraquezas e passe a enfren-
tá-las. Se uma companhia área é antifrágil, ela melhora após cada acidente 
aéreo. Parece uma constatação no mínimo estranha, mas depois de acidentes 
com aviões os protocolos de segurança são revisados, assim como equipa-
mentos e as aeronaves, tornando a operação ainda mais segura. 
Outro exemplo de antifrágil, é a natureza. Afinal, algumas florestas se beneficiam 
de pequenas queimadas, pois assim, há redução de material inflamável que pode 
causar um incêndio maior e que, muito provavelmente, será mais difícil de controlar. 
Diante disso, correr riscos menores é uma maneira de superar o caos. 
O enfrentamento de uma situação difícil é a oportunidade, não apenas isso, é 
uma maneira de autorreponsabilização que o indivíduo faz de sua própria vida. 
Este conceito foi desenvolvido por Paulo Vieira, e ele aponta que a autorres-
ponsabilidade é a capacidade racional e emocional de trazer para si toda a 
responsabilidade por tudo o que acontece em sua vida, por mais inexplicável 
que seja, por mais que pareça estar fora do seu controle e das suas mãos.
Cada pessoa, mesmo em um cenário de crise, é responsável pela vida que 
tem levado, uma vez que está nas suas mãos mudar asua realidade, mesmo 
diante do caos. Sendo assim, com atitudes autorresponsavél, eu assumo que 
por ação ou omissão, vou colher os resultados que mereço. E se você busca 
o autodesenvolvimento e torna-se empoderado é capaz de mudar o que deve 
ser mudado para seguir na direção de seus objetivos conscientes. 
Entendendo que todas as suas mudanças que se busca conquistas se iniciam 
após assimilar e passar a viver de acordo com o conceito da autorrespon-
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sabilidade. Assim, se uma pessoa acredita ser a única responsável pela vida 
que tem levado, cabe a ela então construir seus comportamentos a partir dos 
acontecimentos de sua vida. 
Esta maneira de pensar é uma das melhores formas de avaliar e desenvolver o 
nível de maturidade emocional e, consequentemente, aumentar a capacidade de 
realização. Assim, é a certeza de possuir uma crença que valida todas as outras 
crenças fortalecedoras que uma pessoa tem. Isso garante que a pessoa não ape-
nas tenha ideia, mas também a força de agir para construir uma vida feliz e plena.
Ferramenta 
Seis leis para a conquista da
autorresponsabilidade
São seis práticas que devem ser transformadas em hábitos diários. Elas pro-
movem mudanças perceptíveis para você e os outros. É uma nova pessoa 
surgindo, assim como novas oportunidades e possibilidades batendo à porta.
1. Se for criticar as pessoas… cale-se.
2. Se for reclamar das circunstâncias… dê sugestão.
3. Se for buscar culpados… busque a solução.
4. Se for se fazer de vítima… faça-se de vencedor.
5. Se for justificar seus erros… aprenda com eles.
6. Se for julgar alguém… julgue a atitude dessa pessoa.
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Capítulo 3
O fator superação
Existe uma relação direta entre fracasso e sucesso. Na verdade, o mundo tem 
esse equilíbrio entre coisas boas e ruins e aceite que isso é bom para o seu de-
senvolvimento. Isso significa que o fracasso precisa fazer 
parte da sua jornada. É claro que não há uma defesa para 
que o fracasso seja uma opção, mas é preciso aprender 
com o sucesso, mas também, com seus fracassos. Nin-
guém é só sucesso ou só fracasso!
Certa vez uma de minhas lideradas disse: “Eu acho que eu nunca vou ser tão 
boa quanto você na tomada de decisão.” Foi então que eu afirmei: “Sabe o 
que me fez chegar até aqui? Os meus erros e fracassos! Foram eles que me 
fizeram aprender a fazer melhor. Portanto, a única coisa que nos faz ser dife-
rente hoje, é que eu já errei muito mais que você. Certamente, você fará o seu 
caminho, mas apenas se aprender com cada erro”.
Quando alguém te observa na rua e visualiza seu sucesso profissional e pessoal, 
ninguém enxerga os trilhos que te levaram até este estágio e nem os fracassos 
que compuseram essa versão vitoriosa. Outro ponto: nem sempre aquilo que se 
avalia como sucesso em alguém, significa que aquilo é de fato sucesso para ela. 
Quando comentam sobre o carro novo do chefe, muitas pessoas 
julgam aquilo como um indicador de sucesso na carreira, mas 
esse pode ser um julgamento equivocado. Analise outras hipóte-
ses: talvez a família tenha aumentado, esteja viajando mais, tenha 
sido um negócio vantajoso e inúmeras outras possibilidades. O 
conceito de sucesso é pessoal e depende do que cada um en-
tende como conquista para a própria vida.
Costumo dizer que os parâmetros de sucesso são tão individuais que cada 
um tem os seus e, por isso, digo: questione-se o que é ser bem-sucedido para 
você! Tome um tempo para pensar sobre isso e liste a seguir pelo menos 7 
pontos de sucesso e de fracasso de acordo com a sua avaliação. 
o fracasso precisa 
fazer parte da sua 
jornada, ele te ensina 
tanto quanto o sucesso.
nem sempre o que 
é sucesso pro 
outro, é sucesso 
para você também!
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Sucesso
1
2
3
4
5
6
7
Fracasso
1
2
3
4
5
6
7
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Entender o fracasso como um aprendizado é fundamental para superar seus 
medos. É o que Daniel Goleman chama de reaprendizado emocional. Ele ex-
plica que o trauma causado pelas lembranças negativas acaba fixando pontos 
no cérebro que interferem na capacidade de resposta a estes traumas. Isso 
explica muita coisa, como o medo de uma entrevista de emprego ou mesmo 
de aceitar um novo desafio profissional. Esse medo é chamado, na psicologia, 
de “medo condicionado” e ele aparece mesmo que a situação não apresen-
te risco algum. Aceitando o fracasso, você aceita ser vulnerável e isso é um 
passo difícil, mas importante. Quando você aprende a andar de bicicleta leva 
um tombo e outro, se machuca, mas continua assumindo corajosamente a 
decisão de persistir. 
A escritora Bené Brown diz que se entregar a uma vida 
corajosa implica em necessariamente levar tombos e 
será neste momento que você vai precisar do apoio das 
pessoas que te enxergam como você realmente é e te 
amam mesmo assim. Esse degrau eleva sua capacidade 
de aceitação e, por consequência, te mostra que é pos-
sível recomeçar.
Aceite sua vulnerabilidade
Homem ou mulher de aço só existem na ficção. Já entendemos que não há 
sucesso sem fracasso. Se despir das suas armaduras pode te ajudar a ter uma 
melhor consciência de si e dos outros. É comum escolher caminhos errados 
para agradar a outros ou para ser aceito em algum grupo. Ser vulnerável vai 
pelo sentido oposto e, longe de ser algo negativo, te permite experimentar, 
inventar e criar sem essas amarras e com mais amor.
Veja o exemplo de Steve Jobs que mencionamos no capítulo anterior. Ele só 
conseguiu criar o computador mais revolucionário do mundo quando saiu da 
Apple e abriu uma nova empresa do zero. Porque a inventividade é doce, ela 
aguça a imaginação e te permite olhar para os lados sem a repressão do jul-
Vulnerabilidade eleva sua 
capacidade de aceitação 
e, por consequência, 
te mostra que é 
possível recomeçar.
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gamento do outro. Justamente por isso a vulnerabilidade pode te ajudar a 
superar a crise com uma nova oportunidade.
É importante alertar que ser vulnerável não é ser vitimizado. Ficar com pena 
de si mesmo, pode despertar a autocomiseração o desejo inconsciente de ter 
a piedade das pessoas. O que pode lhe trazer o personagem da vítima sofre-
dora que é o oposto do herói aprendiz. Também é diferente de se acomodar, 
apenas reconhecendo a sua vulnerabilidade, sem tentar mudá-la. Assumir as 
vulnerabilidades é o primeiro passo para aprender e buscar novos caminhos. 
Quando me refiro a novos caminhos e sobre o entendimento que, aquilo que eu 
e você percorremos, nos trouxe até aqui. E que são novos aprendizados que 
vão nos levar adiante. E por isso, a consciência de que é necessário persistir 
para a superação de qualquer crise ou desafio da vida. Contudo, persistência é 
diferente de insistência. Persistir, demostra a constância de quem busca novas 
formas de realizar e consequentemente novos aprendizados. Insistir é fazer 
novamente as mesmas coisas, sem nenhum aprendizado. Por exemplo: se 
você vive caindo da bicicleta e continua tentando as mesmas estratégias para 
aprender a pedalar, suas oportunidades vão diminuir e o medo vai aumentar. 
Tenha consciência de que é preciso perder a segurança, tentando novas pos-
sibilidades, que podem gerar fracassos e consequentemente aprendizados até 
que você atinja seus objetivos. 
Em “Desperte seu gigante interior”, Anthony Robbins explica que é necessário 
ter disposição paraperder a segurança, ou seja, sair da zona de conforto exige 
ter atitude. Conquistar algo que é valioso para a sua vida (e que te traga aquele 
sentido de sucesso) vai exigir que você enfrente a programação básica do seu 
sistema nervoso, saindo do conforto e da segurança dos aprendizados atuais, 
para conquistar novos aprendizados através dos erros ou dos acertos.
Caso você decida mudar de carreira porque entende que isso é muito impor-
tante para o seu futuro, você vai precisar enfrentar o medo de ficar sem empre-
go, sem dinheiro e de não conseguir pagar as suas contas. Mas veja, o medo 
é imaginário e você pode transformar esse medo em poder – quando entender 
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que o novo traz novas formas de fazer e para quem tem atitude e não desiste 
(persistência), nunca irá fracassar. Irá tentar novos caminhos até alcançar.
Ressignificar o sucesso passa por não alimentar seus medos. O sofrimento por 
temer o fracasso não está no fracasso em si, mas na avaliação que você faz 
a respeito disso. Quando entende que fracassar é aprender o que não fazer e 
descobrir uma nova maneira de agir. Tudo muda, não é mesmo. 
Geralmente, a nossa avaliação de fracasso está ligada ao que o outro pensa, 
acha e aprova. Então o medo de fracassar não está atrelado a não atingir o 
objetivo, mas sim ao que o outro vai pensar de mim. Esta é a maior limitação 
do aprendizado, porque o não querer errar e consequentemente assumir a 
vulnerabilidade, está ligado a necessidade de ser aceito e amado. Isso afeta a 
sua autoestima e reinicia aquele ciclo miserável que limita a capacidade de se 
arriscar – gerando medo!
Se o seu ponto de vista é fundamental para reconhecer seu potencial, então é 
possível assumir posicionamentos que contribuam para que os seus resultados 
sejam bem-sucedidos. Anthony Robbins defende que existem sete crenças 
que favorecem esse pensamento: 
1. tudo acontece por um razão e fim e isso é útil para você; 
2. não há fracasso, mas sim resultados e aprendizados; 
3. qualquer coisa que aconteça, assuma sua responsabilidade; 
4. não é preciso entender tudo para ser capaz de usar tudo; 
5. as pessoas são o seu maior recurso; 
6. trabalho é prazer; e por último, 
7. não há sucesso permanente sem confiança. 
Sendo assim, tudo começa na maneira como você vê os desafios e crises da 
sua vida. Aprender com o erro, olhar para o novo e para a crise como uma 
oportunidade é um midset de sucesso.
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3.1 Mentalidade positiva
Uma vez que você percebe que é a única pessoa responsável pela vida que 
tem, a busca pela transformação começa. Um dos passos mais importantes 
nesta jornada é alterar seu padrão de emoção e comportamento. Em uma lin-
guagem popular, é preciso virar a chave e trocar o pessimismo pelo otimismo.
Essa atitude é vital para o sucesso pessoal. Se você foca apenas na crise, irá 
mergulhar profundamente nesta situação. A imagem mental, positiva ou nega-
tiva, vista repetidamente ou sobre forte impacto emocional, tende a ser tornar 
uma verdade sináptica, ou seja, uma programação mental. Isso quer dizer que 
os registros neurais produzidos com o ensaio mental gerarão mudanças con-
cretas dentro e fora da pessoa.
No capítulo anterior, contamos as histórias de empresas de sucesso que sur-
giram em meio a cenários turbulentos da economia. Imagine se seus criadores 
tivessem se concentrado apenas na falta de emprego, nas questões financei-
ras que estavam passando? Será que estas empresas teriam existido?
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A questão é que eles ampliaram o olhar, tiraram o foco do problema e bus-
caram soluções. Isso não é fácil, mas a boa notícia, é possível virar a chave. 
Para ter uma mentalidade positiva você precisa se dedicar continuamente à 
mudança de padrão. Assim, vai mudar não só a si mesmo, mas tudo ao redor. 
Quando se vive em um estado de positividade, a sensação que temos é de 
estarmos plenos de recursos e que tudo está ao alcance. Essa energia cer-
tamente irá contagiar a todos. Sabe quando alguém começa a sorrir do seu 
lado? Repare que, mesmo sem entender o motivo, as pessoas à sua volta 
começam a se alegrar também. 
À primeira vista, isso não é fácil, pois o próprio ambiente ao redor da pessoa 
desmotiva. Inclusive, não faltarão sugestões externas de que a mudança que 
você escolheu fazer não será possível. Ou até mesmo seus pensamentos cria-
rão diálogos internos, estabelecendo barreiras para a instalação de uma men-
talidade positiva. Isso mesmo. Nosso cérebro é poderoso e vai tentar blindar as 
mudanças que geram mais trabalho para ele. Afinal, ele já tem um programa, o 
que você está fazendo é mudar o programa do seu computador. O que exige 
muita energia no início.
Novamente é preciso lembrar da responsabilidade que cada um tem em rela-
ção a própria vida. Reconhecer a autossabotagem é o primeiro passo, e o mais 
eficaz, para construir um novo padrão de pensamento. Recursos não faltam 
para trabalhar os pensamentos e conquistar uma mente positiva: 
1. Identifique as fontes de pessimismo: veja as origens de ideias negativas 
e compreenda se são convenientes experiências negativas de aprendiza-
dos, ou crenças limitantes herdadas dos seus pais, medo de perdas etc.
2. Combata os pensamentos ruins: toda vez que aparecer um pensamento 
ruim, substitua por três pensamentos bons acerca da mesma circuns-
tância e coloque no lugar.
3. Seja uma pessoa positiva: procure sempre ver o lado bom das coisas 
e sempre voltado para a solução do problema e para o futuro positivo.
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4. Tenha momentos de descontração: estar sempre com o pensamento 
que algo pode não dar certo nos deixam tensos e mexem bastante com 
nossas emoções, não sofra por coisas que ainda não aconteceram.
5. Todos nós vivemos momentos bons e ruins na vida, mas, quando ultra-
passar a normalidade procure a ajuda de um especialista. Pedir ajuda é 
sinal de humildade para aprender.
6. Quando olhar para um problema, veja como oportunidade: afinal, toda 
solução partiu de um problema.
7. Use sua criatividade para criar mentalmente as possibilidades de su-
cesso: quando você canaliza a criatividade para sair do labirinto, fica 
mais fácil não desistir.
Já pensou que os problemas não podem 
ser tão ruins quanto parecem?
No livro “Desperte seu Gigante Interior”, Anthony Robbins explica que a vida é uma 
balança e que as pessoas não podem se recusar a enxergar os problemas que 
encontram pelo caminho, pois se assim o fizerem, vão criar ilusões que também 
podem destruir. É preciso reconhecer a situação, focar uma solução e, prontamen-
te, fazer o que for necessário para eliminar a influência deste problema na sua vida.
Desta forma, ao começar a sentir um padrão negativo, você tem que deixar de lado 
o desespero para começar a romper com este estado. É o que eu chamo visão de 
helicóptero! Uma visão de fora e do alto, que tira a miopia da decisão a ser tomada.
É preciso observar a questão sem entrar em um estado emocional de extrema 
aridez, para evitar o risco de ficar frustrado ou com medo. Uma das dicas de 
Anthony é mudar as palavras que usa para determinar o problema. 
Assim, se o indivíduo se sente “preocupado”, deve-se dizer “eu estou um pouco 
apreensivo”, ou o que está achando “difícil” passa a ser “desafiador”. Observe 
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como o problema deixa de ter peso na vida da pessoa. Não é preciso ignorá-lo, 
mas sim alterar o estado mental e emocional diante da situação para não apenas 
conseguir encontrar a solução,mas também agir com base nelas. Costumamos 
falar, na Febracis, que é preciso adequar as lentes através das quais você enxerga 
o mundo! Ele pode ser cinza ou multicolorido, depende da lente que você utiliza. 
A mudança de padrão é tão poderosa que, ao voltar a observar a situação, ele 
se tornará menor. Sem a opressão do medo, é mais fácil partir para a ação e 
encontrará soluções, tornando-se uma pessoa mais determinada e alegre. 
Para que a mudança do estado emocional ocorrer de modo eficaz, também 
não é preciso focar apenas na solução e passar horas no esforço de alterar seu 
modo de pensar. A transformação acontece de maneira rápida, quando você 
muda o foco para algo aleatoriamente positivo – isso quebra o estado mental do 
problema. Anthony recomenda dois minutos como tempo suficiente para criar 
a mudança, quando quebramos o estado de negatividade com algo aleatório e 
positivo. Por exemplo: percebo que minhas emoções estão negativas quando as 
pessoas começam a falar das mortes por COVID-19 e das taxas de desemprego 
e fome. Isso pode gerar medo e matar os meus objetivos, por isso ao invés de 
buscar a solução de coisas que não estão no meu controle, quebro o estado 
por dois minutos criando a imagem mental de que depois de toda crise o país 
volta a crescer absurdamente (retomada) e crio a imagem mental deste cenário 
conduzindo as pessoas a enxergarem comigo este futuro. São ferramentas que 
o autor nos ensina para conduzir nossas emoções para o alvo positivo.
Qualquer mudança a que você se proponha precisa estar 
ancorada em alvos/objetivos que te auxiliem nesse processo 
de tomada de decisão. Retornando ao exemplo da bicicleta, 
a motivação engaja a ação. Mas precisa ficar claro que o ob-
jeto desta ação não é a bicicleta, é você. É neste campo que 
as mudanças se tornam verdadeiras e consistentes, desde 
que motivadas pelos seus valores mais impulsionadores.
Onde você foca, expande. 
Sabendo disso, o que 
deseja dar foco: 
problema ou solução?
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Neste sentido, toda a tomada de decisão se resume a uma definição do que acre-
ditamos e do que buscamos como motor propulsor do nosso desenvoldimento.
3.2 Tomada de decisão e sistemas cerebrais
Ao mudar nosso padrão mental para positivo, estamos diretamente influen-
ciando nossa tomada de decisão. É sabido que, sob a ótica da neurociência, 
o comportamento humano é guiado por características 
biológicas. Diante disso, alguns autores estimam que 
95% das decisões diárias de uma pessoa são tomadas de 
maneira inconsciente e, é bem provável, que obedecem 
a estímulos instintivos e emocionais, ou seja, surgem em 
áreas primitivas e não conscientes do cérebro.
De acordo com Daniel Kahneman o cérebro humano conta com duas formas de 
pensamento: o Sistema 1, mais rápido e automático; e Sistema 2, que se concen-
tra e toma decisões mais trabalhosas. Assim, quando uma decisão é tomada pelo 
Sistema 1, ela se dá sem esforço e rapidamente, pois se baseia nas impressões 
que a pessoa carrega, ou seja, seus conhecimentos e experiências acumulados. 
Enquanto no Sistema 2 esta operação ocorre de maneira mais lenta, pois é 
acionado quando as situações demandam por maior atenção e consome mais 
energia do cérebro. De maneira prática, o Sistema um é acionado quando uma 
pessoa quer entender o que é um barulho que ouviu de maneira repentina. 
Rapidamente, o cérebro traz a explicação. 
No caso do Sistema 2, ele entra em ação quando, por exemplo a pessoa 
precisa prestar atenção no que uma pessoa está dizendo em uma sala cheia 
de gente ou com barulho ou, ainda, quando é preciso fazer a declaração do 
imposto de renda. Em ambos os casos, a pessoa entra em um estado de 
atenção para a tomada de decisão. 
Porém, para que o processo decisório ocorra, a pessoa precisa escolher entre 
possibilidades ou caminhos diante de muitas possibilidades. Como vivemos 
95% das decisões 
diárias são tomadas de 
maneira inconsciente e 
obedecem a estímulos 
instintivos e emocionais.
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em um mundo complexo e com muitas possibilidades de escolhas, chegar a 
uma decisão é algo complexo e depende de empenho e análise. Mas como 
o córtex pré-frontal do cérebro o torna uma ferramenta poderosa, a pessoa 
consegue planejar, analisar, organizar e, enfim, chegar à tomada de decisão. 
Por que é preciso entender os sistemas cerebrais? Alguns parágrafos antes, 
foi dito que pessoas com mentalidade positiva conquistam mais sucesso e 
transforma sua vida. Logo, neste processo de decisão orientado pelo cérebro, 
se ela carrega uma bagagem formada por personalidade positiva, competên-
cias desenvolvidas, visão de mundo, todo o processo de tomada de decisão 
rápida 1 passa a ser mais exitosa.
Vale lembrar que autoconhecimento é necessário para a pessoa mudar sua forma 
de agir e conquistar autonomia e segurança na tomada de decisão. Ao aprender 
algo, é normal repetir muitas vezes até aquilo fazer parte da nossa lógica. 
Em uma série de artigos intitulada “A Teoria da Mente”, revisado por Tania Mara 
Sperb e Graciela Inchausti de Jou, é proposta uma relação entre casualidade e 
tomada de decisão. Elas defendem que as decisões que tomamos que, por vezes, 
parecem aleatórias, são baseadas em memórias anteriores. Se ainda não possuí-
mos uma memória idêntica à da situação que estamos vivenciando, iremos utilizar 
memórias similares para optar pela resposta mais próxima da ideal para tal situação.
O estudo do cérebro comprova que a integração entre emoções e tomada de 
decisão se conectam por meio de sentimentos gerados no cérebro primitivo 
ou sistema límbico, onde fica o pensamento consciente. Isso explica por que 
as pessoas assumem posturas e movimentos diferentes em situações de es-
tresse ou diante de problemas.
Diante de cenários complexos, se você não tiver assumido uma mentalidade 
positiva, certamente, irá trilhar pelo caminho mais difícil ou sequer dará um 
passo. Se mudar sua maneira de pensar, seu cérebro receberá a mensagem e 
tomará a melhor decisão para sua vida. Neste momento, o que você deve fazer 
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é celebrar, pois quando manda essa mensagem para o cérebro ele entenderá 
que algo bom aconteceu, mesmo quando as coisas estavam difíceis.
Tudo vai depender da lente que você vai usar para olhar as circunstâncias. 
Como crise? Ou como oportunidade? 
3.3 O poder da interrogação
Ao longo da vida, muitas verdades se apresentam e se instalam como forma 
de conhecimento e noção de vida. Por quantas experiências positivas e nega-
tivas você já passou? O processo de desenvolvimento humano depende, em 
grande parte, das habilidades que você aprende ao longo das fases da sua 
vida, tal qual ilustra o famoso ditado “vivendo e aprendendo”. 
Apesar do processo de aprendizagem estar no campo cognitivo, ou seja, den-
tro da racionalidade humana, encontrar respostas claras é uma tarefa muito 
complexa. Quando você se questiona sobre algo, seu repertório de informa-
ções e de conhecimento já te apresenta uma série de possibilidades, cenários 
e resultados. Isso é um risco, pois, com o bombardeio diário de conteúdo, o 
grande volume de “dados” do seu cérebro pode te apresentar alternativas que 
não condizem com o que você realmente precisa. 
Até mesmo na tecnologia esse problema se instala. Veja o exemplo do aplicati-
vo Waze que, por mais de uma vez, conduziu usuários por rotas perigosas que 
terminaram em violência. Não que o software tenha apenas aquela rota para 
seguir, porém, ele a ofereceu como a mais adequada. Um equívoco que pode 
e deve ser corrigido.
O mundo é muito plural e mutante para que você crie verdades absolutas. No 
“Poder da Ação”, Paulo Vieira chama essas verdades absolutas de “muralhas”,pois se tornam obstáculos na sua jornada para o sucesso. Isso significa que, 
em meio a tantas opções de respostas o que importa é o outro lado: a pergunta. 
Existe uma estratégia muito eficiente (e muito simples) para te ajudar a filtrar 
tudo isso. Se as respostas são as variáveis, saiba fazer perguntas. São as 
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perguntas corretas que possuem o poder de te apresentar as respostas mais 
coerentes com os objetivos que você quer conquistar. O Paulo reafirma isso 
quando diz que as perguntas são ilimitadas e atemporais, enquanto as respos-
tas são limitadas e passageiras.
Como questionar?
Fazer perguntas não é algo tão simples e demanda o entendimento de que as 
pessoas se encaixam em níveis, de acordo com o seu poder de questionamen-
to. Na Febracis acreditamos que existem quatro tipos de questionadores:
1. os que não questionam,
2. os que questionam mal,
3. os bons questionadores,
4. os super questionadores.
No primeiro, se você não ocupa um espaço, alguém vai ocupá-lo por você. 
Deixar de questionar sobre as suas verdades te conduz por um caminho de 
aceitação da verdade de outros. Num cenário de crise, se você não é questio-
nador, aceita verdades do tipo: “a saída para sua empresa é demitir os colabo-
radores e fechar as portas como todo mundo está fazendo”. Veja, essa pode 
ser uma opção a se considerar, porém, é a mais adequada para o momento? 
E a melhor para você e o seu negócio?
Neste sentido, defendemos que você precisa decidir baseado em três pon-
tos: aceitar a ideia integralmente, recusá-la integralmente ou aceitar uma parte 
dessa ideia e recusar outra. Antes disso, questione-se novamente: É o melhor 
para mim? Isso condiz com meus valores e crenças? Serei feliz fazendo isso? 
É o melhor momento?
No segundo nível, dos que questionam mal, há uma escassez de perguntas. 
São as pessoas que fazem as perguntas erradas e de maneira que elas vão 
causar mais prejuízo do que solução. Perguntas como “por que isso aconteceu 
comigo?” ou “será que eu merecia isso?”, são exemplos claros de questiona-
mentos que não contribuem para a tomada de decisão. Trazem o foco para o 
problema e para a vitimização.
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Já o nível três, reúne os bons questionadores. As boas perguntas apresentam 
respostas mais eficientes para essas pessoas, que conseguem se destacar num 
momento de crise. São perguntas que induzem à ação: “Qual o próximo passo”, 
“Qual o caminho a seguir”, “De que recursos preciso para chegar ao meu objeti-
vo”. Elas ajudam na construção de estratégias para as dificuldades apresentadas.
Por fim, estão os super questionadores. São aqueles indivíduos que superam 
as perguntas sobre onde e como chegar, e questionam o porquê deste cami-
nho. “Qual o propósito em continuar atuando neste segmento” ou “Quais as 
razões que me mantém nesse emprego”, são exemplos do quanto este tipo de 
pergunta pode trazer à tona os valores pessoais de cada um. Essas pessoas 
que deixam um legado na Terra.
Agora, se faça alguns questionamentos e avalie onde exatamente está você 
nessa pirâmide. Se provoque ainda mais e responda: qual é o nível de sucesso 
em que você está, de acordo com seu poder de questionamento?
Outro ponto importante para fechar este capítulo é a construção do que aqui 
na Febracis chamamos de PPS’s - Perguntas Poderosas de Sabedoria. Essas 
são as perguntas tipicamente realizadas pelos super questionadores e que 
aprofundam questões como limites, origens e medos. Este é um recurso que 
não pretende apresentar respostas rápidas ou fáceis, mas sim respostas que 
expliquem mais do que você quer saber. Elas contribuem para a sua evolução. 
Mas, observe que as perguntas comuns devem ser diferentes das PPS’s e 
precisam seguir cinco critérios de orientação: para o futuro, para ação e a re-
flexão, para a solução, para metas e objetivos e para a autorresponsabilidade.
Além disso, você pode verificar a qualidade dessas perguntas analisando se 
elas te fazem pensar e repensar, se produzem de fato boas respostas, se te 
propõe um ação real, se te inspiram novas possibilidades, se criam espaço 
para que haja flexibilidade e se as soluções apresentadas são poderosas.
Observe que este é o caminho para atingir uma plenitude muito diferente de 
não se questiona. 
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FERRAMENTA
Auto-coaching
Avalie as orientações acima e se proponha a construir as suas perguntas po-
derosas de sabedoria.
Pergunta 1: com o olhar para o estado atual (cenário hoje):
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
Pergunta 2: com o olhar para o estado desejado (meta e o futuro):
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
Pergunta 3: com o olhar da reflexão (propósito):
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
Pergunta 4: com o olhar da ação (o que, e como):
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
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Pergunta 5: com o olhar da autorresponsabilidade 
(está no seu controle):
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_____________________________________________________________________
Pergunta 6: com o olhar da vulnerabilidade (o que não tenho):
_____________________________________________________________________
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Pergunta 7: com o olhar para o aprendizado (o que preciso):
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Capítulo 4
Revolução pessoal
Refletindo sobre este tema, busquei entender como foram as 
minhas maiores transformações, e concluí que aconteceram 
nos momentos mais desafiadores. Acredito eu que fui “for-
jada” com fogo a 700 graus, uma prensa e marteladas. Isso 
mesmo, o ambiente de caos e desafios me transformou em 
uma profissional e pessoa muito melhor.
Poderia relatar aqui vários períodos de caos e crise que aconteceram comigo, 
mas prefiro me atentar ao mais recente. 
Com a pandemia e o isolamento social, a holding Febracis (empresa de desenvol-
vimento humano e faculdade), e a minha unidade, esteve impossibilitada de en-
tregar os cursos presencialmente. E pensando em honrar os alunos, rapidamente 
adequamos a entrega para o on-line. Isso abriu portas de negócios que nunca 
imaginamos, lançamos vários produtos novos de entrega on-line e reinventamoso nosso modelo de negócios. Estamos crescendo em faturamento apesar da 
crise, e o melhor: estamos transformando os nossos desafios em oportunidades.
Também vivi neste período um desafio pessoal. Eu e toda a minha família posi-
tivamos em COVID-19 e vivemos além dos sintomas, a dúvida do tratamento, 
o pré-conceito das pessoas e até o medo, já que a minha mãe de 71 anos, 
cardiopata e politraumatizada após uma fratura de cervical e fêmur, teve com-
plicações no quadro com pneumonia, herpes zoster e trombose por causa do 
vírus. Ela foi a primeira a se contaminar, ainda no hospital, por causa do período 
de internação para as cirurgias de cervical e fêmur após uma queda de própria 
altura no banheiro da nossa casa. Depois, em função da proximidade para 
cuidarmos dela, veio o meu contágio, do meu irmão, marido, filho e cunhada. 
Neste período, minha fé me sustentou e o meu conhecimento aplicado de in-
teligência emocional e todas as suas ferramentas me fizeram ter iniciativa para 
planejar e buscar o melhor tratamento. 
As maiores 
transformações 
ocorrem nos momentos 
mais desafiadores.
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Poderia contar em detalhes para você como foi toda esta fase crítica e a sua 
superação, porém o meu maior objetivo aqui é mostrar que FUNCIONA. Cada 
maneira de vencer o medo foi estudada com muita profundidade para passar 
para vocês muitas referências científicas, e esse conhecimento de inteligência 
emocional aplicado é algo que já vivemos no Método CIS há muitos anos.
Nesse período também tive a oportunidade de reavaliar a minha rotina e os 
meus hábitos, reintroduzindo momentos de meditação, oração e momentos 
especiais dedicados única e exclusivamente à família. Hábitos que tinham se 
perdido em função da rotina de trabalho e estudo.
Por isso quero me aprofundar nesta temática e no estudo sobre hábitos. 
Vamos comigo?
4.1 Hábitos ruins
Diante de uma crise, realizar uma revolução pessoal, profunda e verdadeira, é 
uma tarefa que te faz olhar para dentro. O nome disso é transformação. 
Ao propor uma mudança necessária para a sua vida, você está agindo no 
campo interno dessas mudanças, naquilo que é mais consciente. Então eu lhe 
pergunto: quantos hábitos ruins (improdutivos) você executa durante um único 
dia? Você consegue ter consciência destas práticas? 
Quando falo de hábitos ruins, me refiro a tarefas diárias que mais lhe afastam 
dos seus objetivos e metas. São distrações, ou tarefas improdutivas.
A transformação convoca uma ruptura com os hábitos ruins 
que já fazem parte da sua vida e do seu dia a dia, desde o 
seu nascimento. Quantos deles você tem cultivado e carre-
gado em sua carreira sem perceber? Vejamos: quantos livros 
você leu nos últimos meses? Revisite a sua lista de objetivos 
criada no Ano Novo e analise quantos foram concretizados.
Além disso, coisas do seu dia a dia passam despercebidas em meio a sua roti-
na, como um exame médico que você vive adiando ou uma atividade física que 
transformação convoca 
uma ruptura com os 
hábitos ruins que já 
fazem parte da sua vida.
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você nunca consegue começar. E tudo isso tem construído um emaranhado de 
hábitos prejudiciais ao seu progresso, que certamente lhe afastam do seu alvo.
Os hábitos que você estabeleceu ao longo da sua vida estão 
presentes de maneira muito forte nas suas ações. Eles são 
alimentados desde a hora que você acorda até a hora em que 
vai dormir - e isso se torna um ciclo, que pode ser virtuoso, 
ou seja, que lhe traz benefícios, ou vicioso, que resultam em 
afastamentos dos seus objetivos e metdas. Você escolhe!
Gandhi disse que “suas crenças se tornam seus pensamentos, seus pensamen-
tos se tornam suas palavras, suas palavras se tornam suas ações, suas ações 
se tornam seus hábitos, seus hábitos se tornam seus valores e seus valores se 
tornam seu destino”. É uma clara explicação do quanto os hábitos ruins são 
cegamente utilizados pelas pessoas e o alto potencial de dano que eles têm.
Contudo, os hábitos estão tão conectados à sua vida 
que acabam influenciando na tomada de decisões es-
tratégicas sem que você perceba. Isso se dá porque 
eles vêm de dentro, foram herdados dos seus pais e/ou 
aprendidos com suas experiências de vida, se construin-
do por anos como uma grande muralha. Como falamos 
no capítulo anterior, são processos neurais que já habi-
tam o Sistema 1 do cérebro, e não necessitam de um grande aporte de energia 
ativado. Portanto, carecem de uma verdadeira transformação para serem supe-
rados, e que vai exigir empenho, tempo, treino e persistência. 
À medida que as experiências de vida se repetem, o cérebro passa a reprodu-
zi-las como hábitos neurais ativados em momentos de provação, frustração e 
dor. É o que Daniel Goleman chama de “aprendizado emocional”.
Mas entenda algo muito importante: se os hábitos foram aprendidos, também 
podem ser desaprendidos. Este livro já te mostrou o quanto é possível criar 
mecanismos para que o ele realize sinapses focando aquilo que realmente 
importa. E acredite, há muito a ser desaprendido! 
Hábitos são alimentados 
desde a hora que você 
acorda até a hora 
em que vai dormir.
 crenças se tornam 
pensamentos, pensamentos 
se tornam palavras, 
palavras se tornam ações, 
ações se tornam hábito
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Zona de conforto
Os hábitos são rotinas que se repetem e, pela própria etimologia da palavra, 
habitam em algum lugar. E sabe onde os hábitos ruins habitam? Na sua zona 
de conforto! É exatamente por isso que são tão difíceis de serem identificados. 
Quem é que não gosta de dormir até tarde, não é mesmo? Mas, quando esse 
hábito ocorre repetidamente, ele se torna prejudicial. O ser humano deveria des-
pertar com o nascer do sol e adormecer com o surgimento da noite – o chamado 
de relógio biológico. Mesmo ciente de que a sua disposição é melhor com esta 
rotina, a zona de conforto fala mais alto e você continua dormindo até tarde. 
Mas é possível identificar qual(is) hábito(s) improdutivo(s) já está(ão) em sua 
zona de conforto? Qualquer mudança a que você se propõe necessita, em 
primeiro lugar, de consciência – e esse assunto já foi abordado aqui também. 
O processo de conscientização passa pelo simples ato de parar e refletir sobre 
o hábito prejudicial, ou seja, desligar o piloto automático. Aplique o recurso 
das perguntas que aprendeu no capítulo anterior e se questione sobre o real 
benefício das ações que fazem parte da sua rotina.
Em seguida, consciente destes pontos, é preciso cuidado para não repeti-
-los. Então, contorne tudo que possa te levar ao comportamento nocivo e, por 
último, seja vigilante de si mesmo, esteja atento ao menor sinal de que eles 
possam ressurgir. 
Assim como é possível eliminar um hábito ruim ou improdutivo, você pode - e 
deve - substituí-lo por outros que lhe aproximam dos seus objetivos e da sua 
visão positiva de futuro. 
Por exemplo: se você é muito conectado às redes sociais, e 
sabe que isso atrapalha a sua produtividade, desligue o ce-
lular durante suas tarefas produtivas e se permita momentos 
de intervalo para acessar seus perfis por um tempo determi-
nado. Selecione também seguir e acompanhar pessoas que 
já alcançaram os objetivos que você busca para si mesmo. 
a consciência sobre 
estes hábitos ruins 
será o grande divisor 
de águas na sua vida.
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Entenda que a consciência sobre estes hábitos ruins será o grande divisor de 
águas na sua vida. 
O pior dos hábitos ruins é a alienação. Ela impede que sua visão seja clara e 
estratégica na busca por oportunidades em meio a uma crise. Existem pessoas 
quenem mesmo questionam seus hábitos e, portanto, vivem alienadas em suas 
próprias rotinas. O diálogo proposto por Napoleon Hill em “Mais Esperto que o 
Diabo” aborda justamente essa alienação como um fator de controle mental. Ele 
diz que a mente é, nada mais, nada menos que a soma de todos os seus hábitos. 
E os seus hábitos ruins, são conscientes ou não?
Quais são as suas desculpas?
Encarar esses hábitos exige uma postura de responsabilidade - relembrando 
que a autorresponsabilidade diz que você é responsável pelas escolhas que 
faz. Mas, diante de uma transformação que mexe diretamente com o seu “eu”, 
é comum dar novas desculpas para justificar velhos (e maus) hábitos.
Elas são criadas para que você possa justificar as suas falhas e insucessos, sem 
se responsabilizar neste contexto. Essas historinhas são estruturas linguísticas, 
verbais e mentais, que podem surgir de maneira disfarçada ou escancarada. 
Enquanto houver historinhas e justificativas, ninguém muda ou aprende.
Um exemplo: ao analisar um profissional que se atrasa constantemente, sofre 
perdas salariais por causa disso e ainda perde uma promoção. Ao invés de as-
sumir sua responsabilidade e consciência sobre o fato, esse profissional culpa 
o despertador, a distância para o trabalho, o trânsito ou o seu próprio chefe. A 
verdade é que ele é o grande protagonista do seu próprio fracasso.
Mas é fato que ninguém gosta de assumir fragilidades. Falamos sobre assumir as 
vulnerabilidades, mas é sabido que, para muitas pessoas, ainda se trata de algo 
desafiador. Mas faça um esforço: reconhecer onde você está sendo negligente 
consigo mesmo é libertador! Porque este é o primeiro passo para a mudança.
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4.2 Pensamento, foco e propósito
Quando você realmente decide parar e refletir sobre algo, está automatica-
mente provocando um estímulo ao pensamento. O pensamento é livre e não 
se pode controlar se é positivo ou negativo, mas é possível escolher em qual 
desses pensamentos você vai se concentrar.
Em “Poder sem Limites”, Anthony Robbins explica que as pessoas organizam 
os pensamentos de maneira sequenciada, chamada de sintaxe mental. É como 
um código, que possui elementos e sequência, onde a combinação correta te 
permite uma ação específica.
O grande dilema é a escolha da combinação errada. Veja, ao analisar um rela-
tório ruim, comumente o profissional fica buscando qual é o problema daquele 
reporte. O foco das ações se dá no campo negativo, do problema em si. O 
oposto seria pensar na solução para aquele problema, nas alternativas, na 
saída mais eficiente.
Para que essa programação (sintaxe mental) seja modificada de modo a prio-
rizar a solução, é preciso mudar o foco que você tem aplicado às situações 
da vida. Olhar por outro prisma ajuda diretamente na aquisição de uma nova 
consciência e de novas alternativas para as dificuldades que surgem à sua 
frente. Aqui, lembra-se do exemplo da janela e das laterais por onde se obser-
va a mesma paisagem em diferentes ângulos. Novamente temos a conclusão 
de que o problema não está na situação em si, mas na maneira com que você 
interpreta ele.
Focar em algo é, deliberadamente, se concentrar sobre determinada situação. A 
inteligência emocional é a grande ponte para conquistar essa habilidade. Focar em 
algo pressupõe aceitar realizar uma atividade com plena atenção, certo? Errado!
A grande sacada para conseguir focar em determinada situação é dizer não 
para tudo aquilo que te distrai. Steve Jobs reforçou essa ideia dizendo que 
“algumas pessoas acham que foco significa dizer sim para o objeto do seu 
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foco. Mas não é nada disso. Significa dizer não às centenas de outras boas 
ideias que existem. Você precisa selecionar cuidadosamente”.
Para isso é preciso ter maturidade emocional na definição dos seus objetivos, 
mirando sempre aquilo que realmente importa. Pessoas imaturas começam 
algo, mas logo se distanciam do que é importante realizar. Isso explica, por 
exemplo, a realização de uma tarefa que deveria ser realizada em 2 horas e 
termina por demorar o dia todo. Aqui, o imaturo encararia como foco a entrega 
da tarefa, enquanto aquele que tem inteligência emocional, como a sua contri-
buição para o resultado que todo o time precisa conquistar.
Este ponto se conecta com o seu propósito. Lembra-se das PPS’s, as Pergun-
tas Poderosas de Sabedoria? São elas que direcionam o seu entendimento 
para o que, de fato, é o seu propósito. A lógica defendida aqui é focar nas 
coisas que contribuam para este propósito.
Com esta programação definida, será possível avaliar com clareza os resul-
tados da sua mudança de atitude. Ao final, olhando para trás, você vai se 
surpreender ao notar que esse caminho te apresentou uma nova realidade e 
uma nova rotina. Contudo, isso não significa que você precisa assumir essa 
nova rotina para sempre. 
Se o resultado não é o que deseja, anote-os, como medida de consciência, e 
mude seu comportamento. 
Segundo Anthony Robbins, é dessa maneira que você desenvolve a habilidade 
de flexibilidade. Contar com essa habilidade será fundamental para avaliar as 
ações tomadas em busca da superação dos seus medos e para agarrar as 
oportunidades que se apresentarem por consequência disso.
4.3 Criando rotinas
Muitas pessoas entendem por rotina como horários determinados para reali-
zação de determinadas ações. Ledo engano. Rotina é sequência e repetição, 
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e isso tem relação direta com a mudança de hábitos que estamos discutindo. 
Se uma empresa não adota uma rotina com seus colaboradores, e estes não 
adotam uma rotina com suas tarefas, o resultado final será no mínimo desas-
troso: fornecedores sem pagamento, clientes sem respaldo, obrigações fiscais 
atrasadas e nenhum futuro que motive todos a continuar.
Mais do que criar rotinas para subsidiar suas mudanças, é preciso adotar um 
estilo de rotina inteligente, que fundamente as ações da maneira mais correta 
possível. O Paulo Vieira chama essa abordagem de “rotina de excelência”. 
Para ele, acrescentar a palavra excelência à sua rotina te proporciona uma 
visão focada no que é mais importante para você, aumentando sua produtivi-
dade de cinco a dez vezes mais do que a média das outras pessoas. 
É uma busca por um fator de diferenciação que vai destacar suas habilidades 
e permitir que você tenha mais tempo para cuidar de outras áreas da sua vida, 
como a sua saúde ou momentos com sua família. Como recurso para atingir 
a rotina de excelência, o Paulo propõe uma ferramenta exclusiva do Método 
CIS, chamada de Agenda da Vida Extraordinária.
Diferente de qualquer outra agenda que define tarefas e horários, a agenda ex-
traordinária vai além e abraça um estilo de vida – conceito muito mais abrangen-
te – que permite percorrer outras áreas da sua vida e não apenas essa ou aquela 
tarefa. Afinal, ninguém vive apenas de tarefas domésticas ou profissionais.
O ser humano possui desejos, aspirações, inspirações, sonhos e propósito de 
vida muito mais amplos. Esse entendimento é chamado de vida abundante e, 
segundo Vieira, contempla ações e comportamentos produtivos em todos os 
pilares da vida humana. 
Diante disso, pense: para quantos pilares da sua vida você está direcionando 
o seu foco? O Paulo Vieira, que possui milhares de horas como coach profis-
sional, aponta que as pessoas dispensam cerca 80% do seu foco para uma ou 
duas áreas de suas vidas, apenas. Com a resposta anterior, você está dentro 
ou fora desse percentual?
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Já se perguntou por que tanta gente usa o final de semana para focar em 
áreas como família (almoçar com os pais), espiritualidade (ir à igreja), praticar 
exercícios físicos ou até mesmo interagir com seus filhos? Mas, e durante a 
semana? Elas não precisam focar nessas áreas também?
O grande debate no entorno disso se dá em como essas “deficiências” podem 
afetar estes indivíduos como um todo - considerando que o mais adequado 
seria que essas áreas também recebessem atenção durante a semana, geran-
do um equilíbrio. 
De volta a agenda extraordinária, a ferramenta proposta por Paulo Vieira no 
Método CIS deve ser construída de segunda à sexta-feira, permitindo que 
você foque em ao menos nove áreas da vida, de um total de onze. São elas:
 » Espiritual
 » Parentes
 » Conjugal
 » Filhos
 » Social
 » Saúde
 » Servir
 » Intelectual
 » Financeiro
 » Profissional 
 » Emocional
Vale lembrar que (você já deve estar se perguntando isso) a agenda não con-
templa o sábado e o domingo pois, com base nas aplicações do CIS, a rotina 
de excelência praticada de segunda à sexta-feira é suficiente para que o sá-
bado e o domingo sejam livres de programação, permitindo que a criatividade 
flua sem amarras. Inclusive já tratamos sobre isso, demonstrando que a criati-
vidade é essencial para que novas soluções aflorem.
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Essa ferramenta é uma proposta e não uma prisão. Ela não pode se tornar um 
símbolo de sofrimento caso você não consiga cumprir suas programações. 
4.4 Mudança de hábitos (O Poder do hábito)
Já vimos no início deste capítulo o quanto hábitos ruins prejudicam a capacidade 
de focar no propósito de vida. Muitos deles são tão automáticos que você nem 
percebe que os possui. Assim como amarrar os sapatos. Você para pra pensar 
se vai amarrar o direito ou o esquerdo primeiro? Ou que tipo de nó vai dar?
Isso ocorre pois o cérebro converte a sequência de ações em rotina automá-
tica, um conceito chamado de “chuncking” (agrupamento), segundo Charles 
Duhigg em “O Poder do Hábito”. Ele explica que, entre os hábitos mais simples 
e os mais complexos, os gânglios basais os identificam e os ativam no cére-
bro, a fim de liberá-lo para outros pensamentos.
Segundo o livro, um hábito possui três fatores que se complementam para que 
a ativação cerebral aconteça: gatilho, rotina e recompensa. Os gatilhos são 
as estruturas que acionam o “piloto automático”; a rotina trata de executar o 
comando que ativou o cérebro; enquanto a recompensa positiva prova para o 
cérebro que vale memorizar tal hábito para o futuro. 
Um exemplo: quando você vai comer, o gatilho é a fome, a recompensa é 
estar saciado e a rotina é o que você vai comer – pode ser uma salada ou uma 
lasanha. É um mecanismo que funciona para não sobrecarregar o cérebro e 
poupar esforços, como um atalho numa estrada. 
Essa explicação é necessária para que você entenda que, quando um hábi-
to surge, o cérebro para de participar integralmente da tomada de decisões, 
criando o que Duhigg chama de “loop do hábito”.
Quando a recompensa é muito positiva, causando a sensação de prazer, o 
gatilho e a recompensa criam uma conexão tão forte que são capazes de gerar 
ansiedade e desejo – como quando você olha para o relógio e faltam poucos 
minutos para o fim do expediente. 
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A ansiedade gerada pelo loop é tão grande que afeta a racionalidade do que 
você precisa fazer. Se estiver em um relatório importante, por exemplo, o es-
forço para se concentrar será ainda maior e mais desgastante. Segundo o 
livro, essa programação mental é tão intensa que os hábitos ruins não podem 
ser eliminados, mas sim modificados.
Segundo a proposta de mudança de hábito de Charles, você precisa manter 
o gatilho, alterar a rotina e preservar a recompensa. Dessa forma, seu cérebro 
continua realizando associações de benefícios para que ocorram as mudanças 
significativas e duradouras nos seus hábitos. 
Mas saiba: este não é um processo mágico, e precisa haver persistência. Re-
tomando o caso de verificar as redes sociais durante o trabalho, se o gatilho 
é a vontade de estar por dentro do que acontece, e a recompensa é estar 
informado, altere a rotina para acessar o celular durante a ida ao banheiro ou 
no intervalo para um café. 
Duhigg diz que a chave para o sucesso é ter clareza na recompensa, ou seja, 
se você não perceber esse “prêmio”, a estratégia vai fracassar.
Bons hábitos e a força de vontade
Para instalar hábitos mais positivos na sua vida, é preciso que as estruturas 
que compõe o hábito sejam entregues prontas ao cérebro. Para isso, é neces-
sário entender corretamente cada um dos três elementos. 
Analisando um cenário de trabalho, como reconhecer a recompensa? Se você 
julgar como benefício o fato de que seu trabalho te permite pagar as contas, vai 
se equivocar. A recompensa do trabalho precisa atingir um propósito que faça 
você se sentir realizado, como o sucesso financeiro. Já o segundo elemento, a 
rotina, precisa incorporar o quando, onde e o como. Seguindo o nosso exem-
plo, você vai trabalhar de segunda à sexta, entre 9h e 18h, na empresa X. Por 
fim, no gatilho, crie referências para ativar o cérebro sobre aquela atividade: 
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programar seu celular ou deixar sua roupa à vista quando acordar. Com a 
repetição desses passos, o cérebro vai criar um loop, automatizar o processo 
e assim você o consolida como um bom hábito.
Além disso, também é possível aproveitar oportunidades para criar hábitos 
que se encaixem em um conjunto. Por exemplo, associar a prática de exercí-
cios físicos ao seu gatilho de acordar para o trabalho. Que também pode ser 
associado a se informar ouvindo um podcast enquanto se exercita. Um bom 
hábito leva a outro, lembre-se disso.
De nada vai adiantar você colocar tudo isso em prática se não tiver força de 
vontade para perseverar nessa rotina. Muitas pessoas desejam a mudança 
de hábitos, mas não se questionam sobre seus valores pessoais, comporta-
mentos e objetivos. Depois de um tempo, tudo isso perde o sentido de ser 
para essas pessoas e elas acabam desistindo destes esforços, abrindo novas 
experiências de fracasso.
O Paulo Vieira alerta que a sociedade tem por desejo primário o “ter” antes 
do “ser”, e que isso torna todo o seu propósito em algo efêmero, ou seja, 
passageiro. Sem essa concretude como principal agente motivador, nenhuma 
mudança de hábito será possível.
Os hábitos possuem um papel tão motivador que podem, inclusive, interferir 
numa mudança coletiva. Analisando a pandemia de COVID-19, nota-se uma 
profunda mudança nos hábitos de pessoas em todo o mundo. Neste caso, o 
gatilho é a própria doença, a recompensa é se manter saudável e a rotina se 
apresenta no uso de máscaras, ao evitar aglomerações e também no uso de 
álcool em gel. Esse exemplo é motivado por um propósito maior, que vai além 
da saúde individual e envolve o cuidado com o próximo.
Agora, faça o exercício de listar quais são os hábitos mais prejudiciais que 
você gostaria de mudar em si mesmo e isole o gatilho, a rotina e recompensa 
que programam eles. Proponha, também, alterações para essas rotinas de 
modo que esses hábitos sejam modificados para favorecer os seus objetivos.
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Ferramenta
Mudança de Comportamento
Com essa ferramenta, e por meio de perguntas certeiras, você estará apto a identifi-
car comportamentos e hábitos nocivos para você mesmo além de identificar o gatilho 
emocional que inicia esse comportamento no seu dia a dia. Assim, consegue criar 
ações para impedir queele venha à tona. 
1. Escreva 01 comportamento que faz mal a você.
2. Agora, detalhe esses comportamentos:
 » Quando ocorre?
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
 » Como você se sente quando age assim?
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
 » Por que ocorre?
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
 » O que as pessoas dizem quando você age assim?
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
 » Por que você o faz?
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
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 » O que você diz para si mesmo quando age assim?
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
 » Quais crenças estão por trás dele?
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
 » O que você ganha quando faz?
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
 » O que ocorreu na infância para fazer você ter esses comportamentos?
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
 » Quais circunstâncias os fazem acontecer?
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
 » Com quem os faz?
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
 » O que faria você parar de agir assim?
_____________________________________________________________________
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3. O que você perde com cada um deles?
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
4. E como será a sua vida se continuar a mantê-lo (dentro de um, dois e 
cinco anos)?
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
5. Escreva: “eu me arrependo do comportamento tal”. Depois, fale isso em 
voz alta, em frente ao espelho.
6. Em voz alta, peça perdão a você e às pessoas a quem você tem causa-
do dor com esse comportamento.
7. Substitua por escrito os comportamentos ruins pelos novos comporta-
mentos descobertos.
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
8. O que você vai fazer para colocar em prática os novos comportamentos?
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Capítulo 5
Construindo redes de sucesso
Falar de redes e relacionamento para mim é muito importante. E 
se eu tivesse que lhe dar apenas um conselho para uma trajetó-
ria de sucesso, seria: tenha uma rede de conexões de sucesso. 
E você deve agora estar se perguntando: afinal, o que é isso?
5.1 O papel do coletivo na vida de uma pessoa
Alguns capítulos atrás, mencionei que o apoio da família é fundamental para o 
sucesso. Isso ocorre pois precisamos de apoio para ter a confiança necessária 
para correr riscos e enfrentar os nossos medos. A forma com que esse apoio 
acontece pode ajudar - ou atrapalhar - a evolução da sua transformação em 
busca de oportunidades para superar seus desafios. 
Além disso, o nosso processo de aprendizado se dá de diversas formas, e uma 
delas é através da análise da experiência de outras pessoas, como, por exemplo, 
quando um amigo adquire um eletrodoméstico e, por meio da experiência dele 
com o produto, concluímos se o produto é bom ou ruim. Situações como essa 
ocorrem a todo o momento, em tudo que fazemos.
Vivemos em sociedade há milênios. Outros animais também se organizam de 
modo coletivo e essa reunião de indivíduos evoluiu ao longo dos anos. Se antes 
esse grupo era necessário para proteção e sobrevivência, hoje ele pressupõe 
também uma necessidade emocional de conexão e senso de pertencimento, 
seja para estabelecer conexões pessoais ou profissionais.
Aristóteles ensina isso ao explicar que viver de maneira coletiva é a única chance 
de sermos humanos. Ele diz que o ser humano é carente de algo que o leva a um 
determinado desejo (desafio) e de alguém que o leve a se associar a grupos (co-
nexão). Isso demonstra que somos incompletos e que necessitamos de outros 
seres humanos, também incompletos, para alcançar uma vida autossuficiente.
tenha uma rede de 
conexões de sucesso.
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A construção de uma comunidade da qual você fará parte, servirá como base 
para estabelecer relações saudáveis em outras áreas da sua vida. Observe 
que um dos pilares que mencionamos no capítulo anterior é o social, e isso 
também precisa ser notado. Você pode ter muito sucesso na vida financeira e 
ainda assim ser carente de relações de amizades e de conexões que te ajudem 
a satisfazer o desejo nata de pertencer a um grupo. 
Quantas pessoas você conheceu que possui muito sucesso numa determina-
da e área e não possuí relações de amizade? Acontece.
Considerando esse peso existente sobre as relações sociais, podemos con-
cluir que a coletividade tem grande poder de influência na sua vida. No livro 
de Ray Dalio “Princípios”, o autor defende exatamente este ponto de vista, de 
que a “cultura da comunidade terá grande influência sobre como os indivíduos 
valorizam as relações e como interagem entre si”. 
Influências que moldam o comportamento
As características dos grupos dos quais fazemos parte são muito semelhantes 
às nossas características. Os amigos que você fez no colégio são um ótimo 
exemplo disso. Note quantas semelhanças em preferência e personalidade 
vocês têm. Se você vai ao estádio com amigos, a semelhança é o gosto por 
futebol. Já no trabalho, se você está em busca de sucesso na carreira, tende 
a se aproximar de pessoas que alcançaram esse patamar. Ao aplicar essa 
lógica para a escolha de grupos, automaticamente eles exercerão algum tipo 
de influência sobre você.
O grande gatilho da influência é a confiança que temos na-
quele grupo de pessoas. Com isso, a opinião delas será 
muito mais importante para você do que a de pessoas des-
conhecidas. É por essa razão que, ao comprar um carro, 
você consulta a sua família ou amigos para tomar a decisão 
e não apenas a do vendedor. Isso acontece porque você 
Relacionamento gera 
confiança, confiança 
gera influência e 
influência muda a sua 
forma de tomar decisões.
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pressupõe que o vendedor, com interesse direto na operação, não será tão sin-
cero quanto alguém do seu círculo de confiança. 
Em “O Poder da Influência”, Jonah Berger aborda isso ao citar um experimento 
onde, em uma situação repleta de incertezas, os participantes recorreram a 
opinião alheia como fonte de informações.
A comunidade onde você cresceu e as normas e regras de cada região afetam 
esse contexto de influência. O geladinho, sacolé, bidu, gelinho, dindim, chope, 
chopp, ou chup-chup é uma espécie de picolé artesanal preparado em saqui-
nho plásticos, mas, recebe um nome diferente em regiões diferentes do Brasil, 
e você carrega essa decodificação por onde você for. Isso explica o porquê 
filhos assumem hábitos dos pais ou como você consegue ficar em silêncio 
numa biblioteca, onde claramente está sendo influenciado pelas outras pes-
soas que estudam quietas e não pela placa de “não faça barulho”. 
Você já está se perguntando o quanto dos seus hábitos têm relação com a 
influência das pessoas com quem se relaciona? A ideia é justamente analisar-
mos isso neste capítulo.
Observe que essa tendência é uma espécie de imitação. A imitação é uma 
característica muito básica e está presente até nos animais. Nós, seres huma-
nos, também o fazemos, principalmente na infância. Já na fase adulta, isso 
acontece de maneira mais involuntária, quando há um 
padrão de conformidade dentro dos seus grupos de 
convívio. Depois que a ciência aprofundou os estudos 
nessa temática, e entendeu o processo de aprendi-
zado pela imitação, criou-se uma metodologia que 
chamamos de modelagem.
Analise como exemplo o padrão de pessoas que trabalham numa startup, com 
ambientes informais, roupas confortáveis e linguagem mais simples. É comum 
que, ao entrar neste convívio, um indivíduo passe a se comportar da mesma 
maneira ou até mesmo altere a sua visão sobre o modelo tradicional de trabalho 
Existem os neurônios 
espelho, estruturas neurais 
próprias para o aprendizado 
através da imitação.
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por causa dessa nova influência. Você se faz valer das experiências deste gru-
po para tomar a decisão de que essas novas práticas são o melhor para você.
Recorrer aos outros para tomar decisões tem justificativa na economia de 
energia – lembre-se que o cérebro faz isso o tempo todo. E, também, nos 
ajuda a cortar caminho para a tomada de decisões. A grande questão aqui é: o 
quanto deste atalho está sendo utilizado com opiniões relevantes para os seus 
objetivos de superação de medos?
5.2 Contágio Social, o que é?
O termo Contágio Social foi construído por meio de inúmeras pesquisas cien-
tíficas realizadas ao redor do mundo. Por meio de longos experimentos, estes 
estudos confirmaram que seus amigos e os amigos dos seus amigos exercem 
forte influência sobre você. Saber como isso funciona pode mudar a sua vida. 
Nos anos de 1960, Stanley Milgram conduziu um estudo que mostrou que 
as pessoas estão conectadas por, em média, seis graus de separação. Eles 
pediram que alguns moradores de Nebraska enviassem uma carta para um 
empresário de Boston. Todas tinham de usar como ponte uma pessoa que 
conheciam pessoalmente. 
O objetivo era medir o número de etapas necessárias para que a carta chegas-
se ao executivo. Em média, o experimento resultou em seis etapas. Tempos 
depois, em 2002, o sociólogo Duncan Watts e dois colegas usaram e-mail em 
escala global, obtendo os mesmos resultados – seis graus de separação. 
Outro estudo que comprovou o quanto estamos conectados foi liderado por 
Stanley Milgram, em 1968. Ele investigou a importância do reforço de múltiplas 
pessoas sobre o comportamento. Para isso, observou 1.242 pedestres que ca-
minhavam por uma calçada e sua reação quando encontravam atores olhando 
fixamente para cima, na direção de uma janela do outro lado da rua. Os pedes-
tres foram filmados para registrar se paravam e se olhavam para cima também. 
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Quando havia apenas 1 ator parado, 4% dos pedestres pararam e 42% olharam 
para cima; quando havia 15 atores, 40% pararam e 86% olharam para cima. 
Por mais de 30 anos, os professores de Harvard e da Universidade da Cali-
fórnia em San Diego, Nicholas A. Christakis e James H. Fowler se dedicaram 
a estudar a influência do círculo social na vida de uma pessoa, comprovando 
cientificamente o que é e como funciona o contágio social. Parte das conclu-
sões do estudo foram publicados no livro “O Poder das Conexões”. 
De acordo com os pesquisadores, é preciso entender os relacionamentos pes-
soais como uma rede social. Ela é composta por todas as conexões e ligações 
num conjunto de indivíduos, definido por um atributo comum. Um exemplo de 
rede social, e aqui não estamos falando das redes virtuais, tão em evidência no 
mundo moderno é, por exemplo, um grupo de advogados que atuam em um 
mesmo escritório ou alunos de uma sala de uma faculdade. 
Christakis e Fowler descobriram que a influência numa rede social segue a regra 
dos 3 graus, ou seja, tudo o que fazemos ou dizemos avança por nossa rede de 
relacionamento impactando inicialmente nossos amigos (1º grau), depois os ami-
gos de nossos amigos (2º grau) até achegar aos amigos, dos amigos de nossos 
amigos (3º grau). Acima destes níveis, a influem deixa de ser tão significativa. 
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E somos, cada um de nós, influenciados pela nossa rede social nestes três 
graus. Logo, se nossos relacionamentos são com pessoas felizes, seremos 
contagiados por este sentimento.
O poder do contágio social, segundo a pesquisa de Christakis e Fowler, é am-
plo e pode se dar nas esferas física e emocional. Pode ser confirmado desde 
o alastramento de um vírus da gripe entre indivíduos; até comportamentos, 
como emoções de felicidade e tristeza; ou ainda no estilo de vida que pode 
gerar magreza ou obesidade entre as pessoas de determinadas redes. 
Basicamente, o contágio social diz respeito a um proces-
so em que os sentimentos, comportamentos, hábitos e 
costumes de uma pessoa se transferem para outra, po-
dendo influenciar, inclusive, aquelas com quem nunca se 
teve convívio, mas que estão ligadas a alguém próximo. 
E, como vivemos conectados às pessoas ao nosso redor, 
tanto influenciamos como somos influenciados. 
Ao refletir mais sobre isso, já pensou na responsabilidade que tem? Seus 
comportamentos e atitudes impactam, mesmo não intencionalmente, outras 
pessoas com quem convive (distantes até 3 graus, ou seja, os amigos, dos 
amigos dos seus amigos). Além disso, neste momento, você está sendo in-
fluenciado pela sua rede social. 
O impacto do contágio social nas suas finanças
Como foi dito acima, o contágio social equivale a um processo em que os sen-
timentos, comportamentos, hábitos e costumes de uma pessoa se transferem 
para outra, podendo influenciar, inclusive, aquelas com quem nunca se teve 
convívio, mas que estão ligadas a alguém próximo. E isso pode acontecer até 
na sua vida financeira. 
O contágio social é tão 
forte que pode influenciar 
pessoas com quem eu nem 
mesmo tenho contato. 
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Você emite influências, negativas ou positivas, em relação ao dinheiro também. Isso 
porque tem crenças (programações neurais) financeiras. Elas determinam como 
você se sente, o que pensa, e como se comporta quando o assunto é sua vida 
financeira e isso alcança também as pessoas que fazem parte da sua rede social. 
Por isso, é importante que você saiba escolher as pessoas com quem se re-
laciona de acordo com as metasque busca para sua vida. Se você pretende 
ter uma vida financeiramente mais próspera, tem de gerenciar melhor suas 
redes de relacionamento. A estratégia efetiva para mudar sua vida é composta 
por crenças (aquilo que cada um acredita), programações mentais (padrões 
de vida) e, finalmente, chega-se ao contágio emocional. Ao atingir estes três 
elementos, certamente, você alcançará o sucesso que busca. 
Provavelmente, algumas pessoas acham este tipo de atitude fria e que repre-
senta uma mudança radical, contando até com rupturas com pessoas de con-
dição social diferente daquela que a pessoa escolhe. Não é isso. Há sempre o 
que trocar entre as pessoas de uma mesma rede social. Uns podem te trazer 
sucesso financeiro, outros, espiritual, por exemplo.
Relacionar-se apenas com pessoas iguais a nós é hipocrisia. A diferença entre 
os seres humanos é saudável e importante. Você pode, porém, trilhar por um 
caminho com pessoas que tenham o mesmo propósito de crescimento de vida 
que os seus. Uma dica é analisar se as pessoas da sua rede social comparti-
lham os mesmos sonhos, ideais e objetivos que você. Na verdade, nem preci-
sam ser os mesmos. Bastam que os princípios e valores sejam semelhantes. 
As características em comum os manterão focados na missão. Lembre-se que 
pessoas que te motivam também irão te fortalecer e agregar em sua vida. Evite 
quem te puxe para trás, não evolui e não têm sonhos. Deixe para ajudá-las no 
futuro, quando você conquistar todos os seus ideais. O processo é gradual e, 
com o tempo, você irá desenvolver novos sentimentos, pensamentos, hábitos 
e mudará suas crenças limitantes. 
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5.4 Criando conexões no mundo contemporâneo
Tenha em mente que sua vida está exposta ao sincronismo e ao equilíbrio. Dian-
te disso, suas redes sociais estão sincronizadas a você. Mesmo convivendo com 
pessoas de diferentes personalidades, as vibrações emocionais são similares. Por-
tanto, quando olhar para a sua meta de vida, selecione pessoas e redes sociais pa-
recidas com as suas. Assim, você alcançará seus objetivos 10 vezes mais rápido. 
Você deve estar se perguntando como fazer isso. A primeira ação é mudar a sua 
comunicação. Por exemplo, se alguém vier com atitudes ruins, responda com 
silêncio e amor, principalmente se for uma pessoa da família. No caso de um 
amigo que reclama muito, afaste-se também. Mas, se for pai, mãe ou cônjuge, 
trate a pessoa com amor, temporalidade e espacialidade. Como o meu mentor 
Paulo Vieira menciona, temporalidade é a quantidade de tempo suficiente para 
comunicar amor e não receber contágio negativo, enquanto espacialidade é o 
distanciamento físico em um determinado período que te permite ficar sem ver 
e conviver com esta pessoa sem que haja prejuízo para ambos.
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No livro “O Poder da Influência: As Forças Invisíveis que Moldam Nosso Com-
portamento”, o autor Jonah Berger, defende que a influência social é uma ca-
racterística inerente à sociedade e se constitui em uma das principais forças 
determinantes das decisões do grupo – e, consequentemente, dos resultados 
alcançados -, podendo afetar todos que a ele pertencem. 
No mundo contemporâneo, a tecnologia ampliou o conceito de rede social na 
vida de cada um, conectando cada um de nós virtualmente e formando uma 
única grande comunidade global. Isso resultou em maior alcance do contágio 
social, afinal, diariamente estamos mais sujeitos a conexões, informações e 
impactos vindos das mais variadas plataformas. 
Se, por um lado, as possibilidades de fazeres se tornou maior, a tomada de decisão 
é mais difícil por conta da quantidade de ofertas. Prova disso é a simples compra de 
um produto. Muito provavelmente você não definirá a compra sem antes consultar 
amigos e fazer uma busca na internet para saber a opinião de outras pessoas. 
De acordo com Jonah, somos todos animais sociais. Quer percebamos ou 
não, os outros exercem impacto sutil e surpreendente em tudo que fazemos. 
Quer prova maior dessa influência do que o sucesso do site Reclame Aqui, dos 
vídeos de “review” e “unboxing” (que fazem análise de um produto novo) e até 
mesmo do mecanismo de pesquisa do Google? Estes são alguns dos milha-
res de canais e contéudos que são procurados para saber opiniões de outras 
pessoas - muitas delas até mesmo desconhecidas - sobre um determinado 
produto ou serviço que estamos pensando em adquirir. Esta influência acaba 
resultando o já conhecido efeito manada. Ao seguir a indicação de alguém, 
você faz uma escolha. Portanto, é vital entender o poder da influência dos 
outros sobre suas escolhas, só assim saberá se sua decisão foi certa ou não. 
5.4 Como fazer conexões de sucesso
As conexões corretas são fundamentais para o seu autodesenvolvimento rumo 
ao triunfo pessoal e profissional. Atletas de alta performance, por exemplo, 
costumam treinar com outros atletas de mesmo nível e não com iniciantes da 
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modalidade. Entender o papel da influência social na sua vida vai te ajudar a 
olhar para esse tema de maneira mais consciente e com muito mais cuidado 
nas relações que você constrói na sua vida. Essa tarefa também ajuda no 
desenvolvimento de habilidades socioemocionais, essenciais para adquirir in-
teligência emocional.
Quando alguém está feliz, aumenta-se em 15% as 
chances de felicidade das pessoas com as quais con-
vive. Isso é o que os pesquisadores Nicholas Chris-
takis e James Fowler apontam no livro “O Poder das 
Conexões”. Os autores ainda pontuam que este esta-
do pode continuar influenciando em 10% as chances 
de felicidade dos amigos dos seus amigos (conexões de 2º grau) e em 6% as 
chances dos amigos dos amigos dos seus amigos (conexões de 3º grau). 
Esse “lastro” fica muito claro quando, durante o dia, você se depara com al-
guém muito simpático e cortês. Esse sentimento se propaga nas suas relações 
ao longo do dia. Por outro lado, o mesmo ocorre com os sentimentos negati-
vos, como de raiva ou fracasso. Ao se deparar com alguém irritado logo pela 
manhã, você pode se contagiar negativamente e reproduzir este padrão.
A importâncias de boas redes sociais
As redes sociais que criamos podem interferir em diversas áreas da sua vida 
como saúde, finanças e profissional. As pessoas com as quais você se rela-
ciona, têm contribuído de que forma para seus objetivos? Considere, nesta 
avaliação, também as conexões virtuais que você mantém. Isso pois o termo 
“mídias sociais” tem origem justamente na construção de redes sociais em um 
ambiente digital. Ainda assim, estes contatos dizem muito sobre você e sobre 
quem você é ou onde quer chegar.
O LinkedIn, por exemplo, trabalha de maneira em que as conexões sejam pau-
tadas por um lastro de importância semelhante ao que vimos na proposta 
de “O Poder das Conexões”. Esse desenho se dá pois criar relacionamentos 
A sua felicidade pode 
aumentar em até 15% a 
felicidade dos seus amigos, 
10% dos amigos deles e 6% 
das suas conexões de 3º grau.
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profissionais, chamados de networking empresarial, fomenta o seu repertório 
de possibilidades. Quem nunca ouviu falar de alguém que conquistou uma 
recolocação profissional por indicação de um colega? São estes tipos de boas 
conexões que você precisa ter nas suas redes.
Segundo Christakis & Fowler, existem dois aspectos fundamentais na cons-
trução das suas redes sociais e que precisam ser levadas em consideração. O 
primeiro trata efetivamente da conexão que as pessoas ao seu redor possuem 
umas com as outras. 
Nessa rede, existe um padrão específico de laços que conectam as pessoas 
quecompõe o grupo – chamado de topologia. Novamente vemos essa cons-
trução no LinkedIn, com a criação destes “mapas” de conexões. Mas, esses 
laços são complicados. Os autores explicam que eles podem ser passageiros 
ou duradouros, pessoais ou virtuais, intensos ou casuais, e tudo isso depende 
do interesse que você possui nesta conexão. 
Note que, quando você seleciona um contato no LinkedIn, existe um interesse 
por trás dessa ação - pode ser a troca de experiências de trabalho ou a iden-
tificação de oportunidades profissionais por meio deste contato. No mundo 
físico, isso se traduz quando você busca por um profissional que vai lhe pres-
tar um serviço em determinada área. Essa conexão passa a fazer parte da sua 
rede e vira referência para você.
O segundo aspecto fundamental é o contágio. Ele diz respeito à troca que 
ocorre entre você e sua conexão – se é que existe um (afinal, existem cone-
xões com as quais não interagimos). O fluxo estabelecido neste contágio pode 
seguir regras próprias e muitas delas têm a ver com aspectos de diversidade 
de escolha. O ditado “diga-me com quem andas e te direis quem és” vem 
exatamente deste entendimento. 
Isso acontece pois, segundo Christakis & Fowler, as conexões tendem, conscien-
te ou inconscientemente, a se associar com pessoas que se pareçam conosco – 
como as conexões que ocorrem entre os amantes de café ou de esportes radicais. 
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2. Agora liste pelo menos 5 pessoas que você entende que podem lhe 
influenciar positivamente nesta área, em função de já terem alcançado 
resultados que você também almeja nesta área.
1. _____________________________________
2. _____________________________________
3. _____________________________________
4. _____________________________________
5. _____________________________________
Busque agora se aproximar/conectar com estas pessoas com frequência. E 
sempre usar o seu tempo para falar a respeito desta área especificamente.
Obs: você pode repetir este exercício para cada área
Analise as pessoas que fazem parte das suas redes de relacionamentos e se 
pergunte: são boas redes sociais? Você é a média das cinco pessoas com as 
quais mais se relaciona, então fica o alerta, principalmente sobre as pessoas 
que mais gosta. Elas exercem uma influência muito forte sobre você.
Ninguém está pedindo que você desista de suas amizades que não contribuem 
positivamente, mas sim que tenha consciência do contágio prejudicial ao qual 
você está suscetível. Com isso em mãos, é possível criar uma blindagem para 
não ser afetado e, ao mesmo tempo, contribuir positivamente no contágio de 
emoções, sentimentos, pensamentos e atitudes mais positivas.
Ferramenta
Mapa de Modelagem
Essa ferramenta vai te ajudar a identificar pessoas que podem te influenciar 
positivamente para que você alcance seus objetivos com mais velocidade. 
1. Selecione uma áreas da sua vida que precisa melhorar o contágio social:
 ⃣ Espiritual
 ⃣ Parentes
 ⃣ Conjugal
 ⃣ Filhos
 ⃣ Social
 ⃣ Saúde
 ⃣ Servir
 ⃣ Intelectual
 ⃣ Financeiro
 ⃣ Profissional
 ⃣ Emocional
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Capítulo 6
Viver o sucesso: felicidade é o caminho para a 
prosperidade 
Sempre tive a curiosidade de modelar as pessoas de sucesso, seus compor-
tamentos, pensamentos e sentimentos. Ficou muito claro na minha percepção 
e vivência empírica, o que vários estudiosos já evidenciaram: a gratidão é a 
precursora da felicidade, e esta é a chave do sucesso. Parece até utópico, 
principalmente no mundo dos negócios, mas trabalho 
para mim nunca foi pesaroso, porque eu sempre vi como 
uma contribuição para o negócio e para outras pessoas.
6.1 Ser feliz é ser bem-sucedido?
Se a sua resposta para a pergunta acima é “sim”, que bom que chegou até este 
ponto da leitura. Afinal, preciso te dizer que você precisa reconsiderar alguns 
valores na sua vida. Principalmente o conceito de ser feliz e qual a posição des-
te sentimento no seu ranking de realizações. Mas não se preocupe, a maioria 
das pessoas pensam como você. Esta é a constatação feita por Shawn Achor, 
no livro “O Jeito Harvard de Ser Feliz”.
Para ele, a maior parte das pessoas acredita que, ao se empenhar, terá suces-
so e, logo, será feliz. Entretanto, após mais de uma década de pesquisas nos 
campos da Psicologia Positiva e da Neurociência, foi comprovada a relação 
entre sucesso e felicidade acontece de maneira inversa: primeiro vem a felici-
dade e ela será o combustível necessário para o sucesso.
Para chegar a esta conclusão, Shawn mergulhou em pesquisas e analisou o 
perfil de mais de 1.600 alunos de Harvard e inúmeras empresas da lista Fortune 
500 em todo mundo. Como foi aluno de Harvard, e anos depois professor, ele 
percebeu que muitos discentes não davam real valor ao privilégio de estudar 
na Universidade. Boa parte deles estava mesmo preocupada em obter boas 
Quer ter sucesso na vida? 
Comece sendo grato.
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notas, completar os estudos e seguir carreira. Desta maneira, viviam em estado 
de estresse alimentado pela competição e o volume de trabalho consumia o 
tempo necessário para mudar o rumo de suas histórias pessoais.
Prova disso foi um levantamento feito pelo Harvard Crimson que evidenciou 
que quatro em cada cinco alunos da universidade sofriam de depressão ao 
menos uma vez no ano letivo e, cerca de metade de todos os alunos era aco-
metida por um estado depressivo tão debilitante que não conseguia desempe-
nhar suas atividades. Esse é um dado alarmante!
Um outro levantamento feito em 2010 pelo instituto de pes-
quisas Conference Board mostrou que, como uma epidemia, 
a infelicidade não era característica presente apenas nos 
alunos de Harvard, mas atingia também 45% dos trabalha-
dores. Mais uma vez, isso é resultado do foco que as pes-
soas dão no lado negativo de suas vidas. 
Faça um recorte da sua vida e perceberá o que realmente tem te motivado 
nos últimos anos. Talvez possa estar pensando em conquistar um aumento de 
salário após alcançar uma meta de vendas, conseguir um novo emprego ao se 
empenhar nas aulas de inglês ou que conquistaria o homem amado se estives-
se mais magra. Há um ponto comum em todas estas afirmações, primeiro vem 
o sucesso, depois a felicidade. 
O que Shawn Achor prova pra gente é que é justamente ao contrário: “a fe-
licidade precede o sucesso, e não resulta dele”. Isso porque a felicidade e o 
otimismo resultam em desempenho e a realização, dando a você a vantagem 
competitiva que o autor chama de Benefício da Felicidade. Para sua surpresa, 
enquanto você espera a felicidade chegar, você limita o potencial do seu cére-
bro para o sucesso, enquanto que, ao cultivar a positividade, aumenta a sua 
motivação, eficiência, criatividade e outras características necessárias para 
melhorar seu desempenho. 
A dica de ouro aqui é praticar o otimismo, sempre, em todos os campos de sua vida. 
Segundo o estudo, 80% 
dos alunos de Harvard 
já tinham tido algum 
episódio depressivo.
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Assim, irá encontrar a motivação necessária para superar todos os obstáculos que 
encontrar. Em seus estudos em psicologia positiva, Shawn Achor identificou sete 
princípios que levam ao sucesso e à realização pessoal em todos os setores da vida. 
Os princípios foram aplicados inicialmente em Harvard e ajudaram os alunos a 
livrarem-se de hábitos errados e que os impediam de alcançar metas mais am-
biciosas. Vejamos quais são e como você pode usá-los a seu favor. Mergulhe 
neste conhecimento para chegar à felicidade: 
1º princípio: o Benefício da Felicidade 
Passe a treinar seu cérebro para que ele transforme asemoções positivas em 
felicidade. Afinal, felicidade é consequência de um estado de espírito positivo 
no presente e que leva a uma perspectiva de futuro melhor. As emoções positi-
vas afetam o cérebro e mudam o comportamento de uma pessoa. 
2º princípio: O ponto de apoio e a alavanca
Sua atitude mental influencia a maneira como você vive. Ajuste sua atitude 
mental (ponto de apoio) para desenvolver o poder (alavanca) de alcançar a rea-
lização e o sucesso. Se suas atitudes forem positivas, eles irão ser a alavanca 
para o cérebro atuar para transformar seus objetivos em metas alcançadas. 
3º princípio: O efeito tétris 
Identifique padrões de possibilidade, assim você pode aproveitar as oportu-
nidades ao longo de seu caminho e que podem contribuir para alcançar suas 
metas. Ao treinar o cérebro, vai se tornar mais fácil encontrar estes padrões, 
tais como os bloquinhos do jogo Tétris, e formar suas conquistas. 
4º princípio: Encontre oportunidades na adversidade
Sempre que estiver vivendo momentos de estresse e de crise, concentre-se 
nas soluções apontadas pelo seu cérebro. Normalmente, ele mapeia caminhos 
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alternativos para vencer as adversidades. Assim, além de encontrar a solução 
você se tornará menos negativo e mais feliz. 
5º princípio: O círculo do zorro 
Nos momentos mais tensos, retome o controle do seu cérebro concentrando 
primeiro nas metas pequenas e possíveis. Depois, amplie o círculo para novos 
objetivos até chegar aos mais desafiadores. Considere as quedas como impul-
so para projetar-se mais além nos seus sonhos. 
6º princípio: A regra dos 20 segundos 
Faça pequenos ajustes de energia para não recair em velhos hábitos que 
possam comprometer no avanço da sua jornada. Se a sua força de vontade 
diminuir, pode ser que você sucumba ao caminho da menor resistência. Man-
tenha o foco em criar hábitos positivos constantemente. Diminua em apenas 
20 segundos da barreira à mudança para mudar seu comportamento. 
7º princípio: Investimento social 
Evite se isolar quando estiver frente a frente com o estresse. Lembre-se do 
conceito de contágio social para investir nos momentos com família e ami-
gos para manter sua evolução. Sua rede social é seu principal ativo e vital 
para seu crescimento. 
6.2 Pirâmide do sucesso
Para tentar entender as causas que levam apenas algumas pessoas a alcan-
çarem o sucesso levou o pesquisador Adam Grant a estudar profundamente 
o assunto, até concluir que os indivíduos bem-sucedidos apresentam três 
coisas em comum:
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 » Motivação
 » Capacidade
 » Oportunidade
O resultado de seu trabalho está reunido no livro “Dar e Receber”. 
No livro, Adam denomina três tipos de pessoas que estão no espectro da 
reciprocidade no trabalho: os tomadores, os doadores e os compensadores.
Agora pare e reflita por um momento: qual posição da pirâmide você ocupa 
atualmente? 
Que aprendizados você tira dessa análise? 
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E que decisões você toma, a partir dos aprendizados?
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Pessoas do primeiro tipo gostam mais de receber do que dar, costumam co-
locar seus interesses à frente das necessidades alheias e acreditam que o 
mundo é um lugar competitivo no qual precisam ser melhores do que os ou-
tros. Este grupo se empenha em exibir seus feitos. Eles não são maldosos, são 
defensivos. 
O segundo tipo é o doador. No ambiente de trabalho, segundo o autor, eles 
são relativamente raros, pois tendem a fazer a reciprocidade pender na direção 
dos outros, preferindo dar mais a receber. Eles também dedicam atenção ao 
que podem oferecer.
Ao comparar estes dois tipos, fica evidente que eles são diferentes em atitu-
des e iniciativas. Enquanto os tomadores ajudam outras pessoas para obter 
alguma recompensa ou conquistar algo, os doadores fazem isso sem esperar 
nada em troca. Mahatma Gandhi, Santa Dulce e madre Teresa de Calcutá são 
exemplos de doadores.
Há ainda um terceiro tipo, os compensadores que atuam em ajudar os outros 
como também tentam se proteger para garantir reciprocidade. Pessoas deste 
tipo praticam o famoso “toma lá, dá cá”, e tudo que fazem é regido por favo-
res. De acordo com os estudos do autor, na pirâmide do sucesso, os doadores 
ocupam a base e estão em desvantagem pois normalmente melhoram a vida 
dos outros enquanto comprometem seu sucesso. 
Pela lógica um dos dois tipos seguintes seriam fortes candidatos a ocupar 
o topo da pirâmide, mas Adam concluiu que isso não acontece. Ao analisar 
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os dados, ele descobriu um padrão surpreendente: os doadores ocupariam 
também o topo. Isso porque eles invertem a lógica comum para conquistar o 
sucesso, primeiro eles doam e consequentemente atingem a realização. 
O autor explica que doadores, tomadores e compensadores têm chances de 
se tornarem bem-sucedidos, mas quando os doadores chegam ao topo o su-
cesso se espalha em efeito cascata, contaminando todos. Enquanto os toma-
dores, ao chegarem ao topo, causam a derrota de alguém. Eles não medem 
esforço para chegar ao topo, mesmo prejudicando alguém. 
Muito provavelmente você esteja perguntando a razão de os doadores pode-
rem tanto ocupar o topo como a base da pirâmide. Na verdade, os doadores 
bem-sucedidos atuam de maneira diferente em cinco área-chave: networking, 
colaboração, influência, negociação e liderança. Em suma, em todas elas o 
doador bem-sucedido compartilha suas atitudes e contagia seus relaciona-
mentos nestes três níveis. 
O jeito doador de ser
 » Preserve seus laços – procure reativar e manter contato com pessoas 
que fizeram parte da sua vida. Em relações de confiança, a troca de 
ideias é facilitada, assim como é simples pedir ajuda. Por outro lado, 
você consegue dar conselhos mais efetivos para pessoas com redes 
diferentes e com outros caminhos que o seu. 
 » Doe 5 minutos – treine a doação prestando favores de 5 minutos para 
pessoas (conhecidas ou novas), mas não espere nada em troca. Este ato 
ajudará a consolidar sua intenção de fazer o bem sem esperar retorno. 
 » Empatia acima de tudo – para conquistar a simpatia das outras pes-
soas, utilize a comunicação não-autoritária, fazendo, por exemplo, 
questionamentos de forma indireta e que transmite transparência e vul-
nerabilidade para conquistar o interlocutor.
 » O bem dos outros acima do seu – seja altruísta e ajude os outros sem 
objetivos pré-definidos. 
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 » Ignore o efeito capacho – ser doador não é ser uma pessoa que co-
mumente é passada para trás. Um doador de verdade sabe até onde ir 
e valoriza pessoas ou situações que precisam.
6.3 Metáfora: a flecha que acerta o alvo
Durante o decorrer do livro usamos muitos exemplos para trazer mais clareza 
sobre as ideias apresentadas pelo livro. Fazer isso permite que você crie co-
nexão com a narrativa e, além de prender sua atenção, transporta seu enten-
dimento para uma realidade mais próxima, mais real.
Quando você diz que está morrendode fome, não está literalmente morrendo, 
mas sim com uma fome muito grande. No trabalho, ao dizer que está carregando 
o departamento nas costas, na verdade está dizendo que está sobrecarregado, 
com muitas reponsabilidades e tarefas. Estes são exemplos de metáforas!
As metáforas são tipos de figuras de linguagem, utilizadas em momentos em 
que uma ideia não pode ser compreendida de maneira literal. Ela serve para, 
através de um exemplo, você conseguir relacionar um sentimento ou um mo-
mento de maneira mais fácil para o outro entender (se lembra quando falamos 
que o aprendizado se dá, entre outras formas, através de assimilação?). Como 
a nossa comunicação segue uma fluidez de criatividade, este recurso pode ser 
mais eficiente na compreensão mais ampla de uma mensagem que não é tão 
palpável para o pensamento. São três os tipos de figuras: de sintaxe, de fonética 
e a que vamos abordar aqui, a de semântica – onde se encontram as metáforas. 
A palavra metáfora tem origem no grego metaphora e quer dizer transpor-
te, ou transferência, para outro. Importante analisar isso pois a metáfora faz 
exatamente isso: ela transporta o sentido de uma expressão para explicar o 
contexto de uma outra, por meio da comparação dos significados. Quando 
você diz que tem um balde de paciência, usa o significado do objeto balde 
(que reúne grande quantidade de alguma coisa) para evidenciar que você “tem 
grande quantidade” de paciência.
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Mas onde as metáforas se aplicam aqui? A todo momento este livro trata de 
superar seus medos por meio de uma mudança de mentalidade, de modo 
que você consiga enxergar as possibilidades que estão à sua volta. Falamos 
que mudar a maneira com que você olha para as adversidades lhe permite 
ter o controle sobre o quanto elas exercem poder sobre você e com as pala-
vras acontece a mesma coisa. As metáforas que repetimos cotidianamente se 
transformam em hábitos com alta carga emocional, capazes de alterar não só 
nossa convicção diante das coisas, mas o nosso corpo.
O poder das metáforas 
As metáforas são símbolos que carregamos em nossas vidas. Anthony Rob-
bins, em “Desperte seu Gigante Interior”, explica os símbolos como associa-
ções muito mais fortes do que as palavras. Ele faz um paralelo com a palavra 
cristão e a cruz, onde a cruz assume uma carga de influência muito mais sig-
nificativa do que a palavra em si. 
Ao longo da nossa história, os símbolos têm sido utiliza-
dos como forma de provocar reações emocionais e mol-
dar a maneira como nos comportamos diante deles. Outro 
exemplo clássico é a Apple, que não confere apenas o 
valor monetário aos que possuem seus produtos. A marca 
também simboliza modernidade, tecnologia e jovialidade 
e, pelo simples fato de seus clientes utilizarem seus produ-
tos, a marca já transfere estes valores para eles.
Os símbolos podem ter origem em objetos, imagens, sons e nas palavras. Por-
tanto, Robbins diz que as metáforas também exercem esse poder de influência 
e, sendo assim, acabam possuindo muito mais intensidade emocional e com 
capacidade de promover transformações instantâneas. 
Se você acha que esse entendimento é surreal, preste atenção nas frases:
 » Desde que que voltamos do almoço o tempo está se arrastando, olha a hora.
 » Desde que voltamos do almoço o tempo está voando, olha a hora.
Símbolos podem 
carregar tanto quanto, 
ou mais, significado 
que a palavra em si.
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Note que elas conduzem você por experiências de significado diferentes, onde 
a primeira é negativa e a segunda é positiva.
O uso da metáfora para criar associações de significado não é novo e tem 
sido adotado por grandes pensadores ao longo da do nosso contexto social. 
Buda, Confúcio e Jesus utilizaram destas figuras de linguagem para transferir 
conceitos de amor e superação. 
As metáforas podem fortalecer a sua experiência de vida ou ajudar a enrai-
zar convicções que limitam seu pensamento sobre poder, conseguir e con-
quistar seus objetivos. E esta lição precisa ser aprendida e compreendida: 
metáforas positivas podem amenizar adversidades e as negativas podem 
engajar seu medo paralisante.
Novamente, convocamos a sua capacidade de tomar consciência das suas atitu-
des. Avalie quais metáforas você tem usado e a favorabilidade delas na sua vida. 
Potencialize as positivas e substitua as negativas. Ao invés de dizer que “não 
encontro luz no fim do túnel para seus problemas”, incorpore “vou abrir novas 
portas para resolver meus problemas”. No lugar de “estou patinando sem sair do 
lugar”, tente “estou escorrendo rumo ao fim da tarefa”. A ação de positivar suas 
metáforas, como já dissemos, vai surtir efeito rápido e muito transformador. 
É preciso selecionar as metáforas que farão parte do seu dia a dia para que 
os outros não as escolha por você. Lembra-se que falamos sobre como somos 
influenciados por outras pessoas no capítulo anterior? Segundo Robbins, as nos-
sas metáforas advém das pessoas ao nosso redor como amigos, pais, professo-
res entre outros. Selecione suas metáforas e comece a aplicar já essa mudança.
6.4 Valores inegociáveis
Agora que você está caminhando para que a suas emoções trabalhem em prol 
da sua vida, é importante estabelecer alguns limites. Claro, afinal, faz parte do 
autodesenvolvimento a aplicação de limites como pontos fundamentais para 
apoiar cada passo dado, servindo de base para sua escalada. 
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As mudanças que você deseja realizar na sua vida não podem conflitar com o 
que você deseja ou necessita. Se esta relação desrespeitar outras coisas que 
você acredita, não haverá uma oportunidade plena de sucesso. É aqui onde 
entram os seus valores.
Os valores são, basicamente, um conjunto de crenças pessoais e individuais 
sobre o que é certo ou errado. Para que você possa produzir um compor-
tamento em prol de seus objetivos, é importante 
estabelecer uma hierarquia para eles. A importância 
destas crenças é tamanha que Anthony Robbins diz 
que elas funcionam como nosso sistema operacional 
– fazendo uma metáfora com computadores.
Com essa hierarquia organizada, é possível determinar quais comportamen-
tos fazem mais sentido com seus objetivos, criando uma compreensão de 
sucesso por estar atendendo-os. Eles governam, segundo o autor, qualquer 
experiência de vida.
Os valores têm origem na sua criação, quando seus pais diziam o que podia 
e não podia fazer e recompensava você pelas ações denominadas corretas. 
Algo como o bom comportamento ser premiado com um doce ou suas boas 
notas na escola resultarem em um passeio no fim de semana. Do contrário, 
sofreria punições – como o castigo por ter desobedecido uma ordem.
Esse sistema de recompensa e punição também se perpetua pela vida adulta, 
misturando nossos valores com os valores das pessoas que compõe a nossa 
rede de relacionamentos (contágio social, mais uma vez). Neste nível, temos 
uma troca onde você aceita os valores de outros por uma recompensa mais 
ligada às suas necessidades emocionais. Por exemplo, quando você aceita os 
valores de seu chefe como maneira de possibilitar uma promoção. Se o chefe 
é um piadista, você adota esta postura como forma de manter essa conexão. 
Mirando sua mudança de comportamento diante de seus medos, é possível 
rever valores para que eles se comuniquem exatamente com essa nova ima-
valores são, basicamente, 
um conjunto de crenças 
pessoais e individuais sobre 
o que é certo ou errado.
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gem que você tem de si mesmo. Essa auto-identificação, termo utilizado por 
Robbins, vai estar refletida em seu comportamento, emsua fala, maneira de 
se vestir e pessoas com quem se relaciona mais intimamente. Veja, quando 
alguém que possui muito dinheiro transita com um automóvel simples, ela co-
munica que o carro não compõe seus valores e que eles podem estar relacio-
nados com economia, por exemplo.
Lembra-se das roupas de Steve Jobs durante as famosas apresentações da 
Apple? Jeans e camiseta entregavam para ele um valor que simbolizava algo 
que fazia sentido para ele. Às vezes, esses valores são inconscientes e não 
sabemos o porquê fazemos determinadas coisas. 
Segundo o autor, grande parte dos conflitos que temos durante a vida ocorrem 
por um desconforto em relação aos valores diferentes de outras pessoas. Por 
isso, é muito importante descobrir o que é importante para você em uma es-
cala de hierarquia. Se nessa escala o trabalho vem antes da família, fatalmente 
você vai deixar sua família de lado durante um jantar para atender uma ligação 
de trabalho. Analisar essa hierarquia de valores explica muito sobre o seu com-
portamento de outras pessoas também.
Para Robbins, uma pessoa pode ter grande dificuldade em compreender as 
motivações ou comportamentos básicos de outras pessoas, a menos que 
compreenda a importância dos valores. Investido dessa compreensão, você 
poderá prever como essas pessoas irão reagir a determinada situação e evitar 
um comportamento conflituoso para sua auto-identificação.
Os valores carregam alta carga emocional e os mais altos da sua lista (hierar-
quia), constituem a melhor ferramenta para conectar pessoas. Veja o exército 
como um exemplo de pessoas que se alinham pelos seus valores mais altos de 
patriotismo e coragem. Por outro lado, criar comportamentos que coloquem 
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valores em conflito é, segundo Robbins, a maneira mais traumática de separar 
pessoas. É justamente nesse ponto em que é necessário mais cuidado, afinal, 
você não deseja que seus valores conflitem com os valores de quem está 
realizando sua entrevista para um emprego, certo?
Robbins é categórico ao dizer que é crucial criar mapas que identifiquem com 
máxima correção os seus valores e os valores das outras pessoas. Assim, será 
possível não só reordenar suas prioridades para cada uma delas, como tomar 
consciência de quais valores você precisa adquirir para se conectar com as 
mesmas pessoas. O mundo muda e as pessoas mudam. 
Os valores também precisam seguir este fluxo a fim de projetar mais possibili-
dades de superar sua situação de medo.
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Ferramenta
Ordenação de Valores
1. Liste na coluna “Valor” tudo que considera mais importante na sua vida 
2. Na coluna “ED” (estado desejado), enumere por ordem de prioridade 
(mais importante para o menos importante). 
3. Na coluna “EA” (estado atual), enumere por ordem de prioridade que 
você da hoje (quanto tempo você está se dedicando a este valor)
Valor Estado Desejado Estado atual
1._______________________________
2._______________________________
3._______________________________
4._______________________________
5._______________________________
4. Agora reflita:
 » Você tem clareza dos valores mais importantes da sua vida? 
 » Hoje você tem priorizado o que é mais importante e tem maior 
significado? 
 » Qual o seu aprendizado desta autoavaliação? 
 » Que decisão você toma?
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Capítulo 7
Aprendizado sem ação não traz resultado: como 
impedir que a crise te paralise!
Chegamos ao final deste livro que tem o objetivo de ajudar a superar seus 
medos durante uma crise e, mais do que identificar oportunidades, criar novas. 
Desde o começo, apresentamos um conceito central em que qualquer mudan-
ça começa por adquirir consciência sobre o que acontece ao seu redor. É 
preciso realizar mudanças internas, para que elas possam ser externalizadas 
em ações e, consequentemente, em resultados. E foi isso que esse livro fez. Te 
apresentamos recursos diversos e o conhecimento necessário para conduzir 
sua vida com foco nos resultados que deseja. Mas o que vem depois?
Todo esse conhecimento adquirido precisa sair da sua cabeça em 
forma de ação. É preciso atitude para colocar em prática todos os 
conceitos aprendidos. Agir é o último passo para o início de qualquer 
mudança real na sua vida. Aqui, o que importa é sair da inércia. Inde-
pendente se será certo ou errado, é preciso se movimentar em direção 
aos seus sonhos. 
7.1 O poder da ação
Ao acordar, se você não se levanta da cama, seu dia jamais vai começar. Se 
deseja entrar em forma, jamais vai conseguir se não começar a se exercitar. No 
trabalho, se não começar uma tarefa longa e exaustiva, jamais vai conseguir 
superá-la. O que importa não é o tamanho do seu objetivo, mas a sua capaci-
dade de ação em busca dele. Paulo Vieira discute esse conceito em “O Poder 
da Ação”, livro referência neste assunto aqui no Brasil. Nele, Paulo explica que 
a quantidade e a qualidade das suas ações é que irão determinar em quanto 
tempo você vai conseguir atingir suas metas. Independentemente do grau 
de dificuldade dos seus objetivos, o que importa são as suas ações. 
Feito é melhor 
que perfeito.
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Quando está determinado a agir em prol dos seus objetivos, é preciso ter um 
entendimento que supere o pensamento cartesiano, defende o autor. Pensa-
mento cartesiano é o pensamento óbvio, simples, e esse nome tem origem no 
filósofo e matemático francês que o criou, Descartes. Portanto, seu pensa-
mento precisa ir além e enxergar mais à frente. 
Num cenário de procura por emprego, o raciocínio simples 
seria responder anúncios de vagas na área em que você bus-
ca. Por outro lado, você poderia fazer um curso novo para 
expandir suas habilidades, aumentando a amostragem de 
vagas que se encaixam com o seu perfil. Também poderia 
fazer novas conexões, criando novas oportunidades com profissionais da área 
e se engajar em discussões que demonstrem seu potencial. As possibilidades 
são muitas e note que todas elas envolvem muitas ações (quantidade), com 
foco e direcionamento correto (qualidade). 
Para nós, da Febracis, “ter sucesso é fácil, o difícil é se preparar 
para ele”, frase do Paulo Vieira. Mas este livro te trouxe muito 
preparo e condicionamento intelectual para atingir o sucesso 
verdadeiro. Todavia, muitas pessoas se agarram nesta etapa 
de preparo e não caminham. São aquelas que entram em uma espiral de busca 
por conhecimentos que nunca são aplicados e que vamos chamar de “obesos 
cerebrais”. Não conseguem agir, pois ocupam suas vidas com fases preparató-
rias que nunca terminam. Note que atletas treinam com foco em uma competi-
ção e é nesse sentido que você tem que caminhar. O preparo pressupõe ação.
Agir com um direcionamento correto, e na maior velocidade possível, requer 
que suas ações e comportamentos tenham esforço e dedicação. Lembra-se 
do piloto automático? Não podemos agir de qualquer maneira sem nos preo-
cupar com os resultados das nossas ações. Se elas estiverem erradas e ne-
cessitarem de uma correção de percurso, só poderá saber disso ao colocar 
o planejamento em ação. Em um concurso público, por exemplo, você só vai 
saber se errou ou acertou determinada questão, se respondê-la. 
É preciso agir certo, 
na direção certa, com 
a velocidade correta.
O preparo 
pressupõe ação.
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Assim, você terá clareza sobre o que dá certo e adquirirá experiência e enten-
dimento do que precisa ser melhorado. Você transfere o poder do seu medo 
para as suas atitudes, como um antídoto.Para que seus comportamentos e ações te levem rumo a direção correta, é 
necessário conhecimento. Pois bem, se você leu todos estes capítulos, já deu 
este primeiro passo e já agiu de maneira correta. Então, quais serão seus pró-
ximos passos? 
Para te ajudar a definir suas próximas ações, é possível utilizar uma ferramenta 
bastante conhecida no mundo empresarial, a 5W2H. Essa ferramenta de ges-
tão surgiu no Japão, criada por profissionais da indústria de automóveis que 
buscavam aprimorar a qualidade de produção. A ferramenta ganhou amplitude 
e tem sido utilizada na elaboração de planos estratégicos com muita eficácia. 
Composta por 5 perguntas dispostas em uma tabela, a ferramenta permite 
detalhar uma ideia em etapas: What (o que será feito); Who (quem fará); When 
(quando será feito); Where (onde será feito); Why (por que será feito) How 
(como será feito); e How Much (quanto custará). Assim, ao destrinchar a sua 
ação nesses 5 verticais, você consegue ter uma visão clara do que (ou quem) 
precisa mobilizar para que aquela determinada etapa do seu planejamento. 
Quebrar ações complexas em pequenos passos é um método extremamente 
eficaz de te aproximar do seu objetivo. 
A ideia principal desta ferramenta é te dar visibilidade de ter tudo o que precisa 
nas suas mãos para que uma determinada ação seja executada sem percalços.
Caso você perceba que algum desses pontos não tem uma resposta, não tem 
problema, você pode deixar em branco. 
Ação O que? Quem? Quando? Onde? Por que? Como?
Ação 1 Descreva a ação
Quem vai 
executá-la?
Até quando 
precisa estar 
pronta?
Tem um local 
determinado para 
ser realizada?
Qual o principal 
objetivo a ser 
alcançado?
O que precisa ser 
feito para alcançar o 
objetivo desta ação?
Ação 2 ... ... ... ... ... ...
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7.2 Alta Performance
Ciente que agir na direção correta depende do conhecimento e saberes dos 
quais você já adquiriu consciência aqui, é preciso entender que a razão em si 
não cria valor. Neste sentido, falamos de acrescentar emoções de maneira fo-
cada e inteligente, oferecendo subsídios para aquela transformação profunda 
que falamos no primeiro capítulo. As emoções fluem 
nos seres humanos a todo momento e já falamos so-
bre o quanto isso afeta nossas decisões. O que nós 
sentimos define nosso estado emocional: triste, ale-
gre, feliz, com raiva e, consequentemente, acabam 
por definir nossos comportamentos. 
Pense num dia de muita alegria onde se sentiu invencível, capaz de grandes feitos. 
Uma positividade tão forte que repercute em outras coisas da sua vida e você aca-
ba concluindo que seu dia está sendo ótimo! Por outro lado, existem momentos 
em que o sentimento de derrota é tão forte que você não consegue tomar um café 
sem derrubar sobre sua própria roupa e concluir, rapidamente, que está tendo um 
dia péssimo. Estes são os estados neurofisiológicos e são eles que ditam o sobe 
e desce das nossas emoções. Anthony Robbins explica, em Poder sem Limites, o 
quanto estes estados interferem na busca por nossos objetivos.
Compreender estes estados faz sentido para que as mudanças necessárias 
em sua vida sejam realizadas em um nível de excelência. Por isso, é de fun-
damental importância assumir o controle destes estados. Numa apresentação 
de projetos, por exemplo, seu desempenho pode ser facilmente afetado pelo 
nervosismo e ansiedade.
Segundo Tonny Robbins, um estado é composto de milhões de processos neu-
rológicos adquiridos com nossas experiências de vida. Alguns são conscientes 
e a grande maioria inconscientes. O ponto em questão, para uma performance 
de excelência, é a capacidade de se colocar num estado mais adequado ao 
comportamento que você precisa ter – e o autor afirma que quase todos os 
nossos desejos possuem um estado possível de ser alcançado.
a razão em si não cria valor, 
é preciso acrescentar 
emoções de maneira 
focada e inteligente.
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Conquistar diferentes estados é factível e depende de dois fatores que o com-
põem. A explicação do autor é bem simples, veja: o primeiro é a nossa repre-
sentação interna, que diz respeito a como interpretamos as situações e isso 
se acontece de acordo com nossas crenças, valores e experiências de vida. O 
segundo fator, a fisiologia, tem relação com o que comemos, a maneira como 
respiramos, postura em que sentamos e todo o equilíbrio bioquímico do corpo. 
Isso faz sentido ao notar uma pessoa irritada por estar com fome e sua queda 
de produtividade no trabalho.
Essas estruturas atuam de maneira conjunta e reproduzem as condições de 
estado em que você está. Retomando o exemplo da apresentação de projetos, 
com ansiedade e nervosismo, a sua representação interna antecipa situações 
de que pode falhar durante a apresentação e seu corpo responde com respi-
ração ofegante, arritmia e náuseas. 
O que Robbins pretende demonstrar com este entendimento é que precisa-
mos condicionar estes fatores de maneira positiva. Seguindo nosso exemplo, 
você poderia internalizar uma representação de sucesso com todos satisfeitos 
e você orgulhoso de seu excelente desempenho. Em seguida o corpo respon-
deria com respiração mais calma, maior oxigenação cerebral e a apresentação 
fluiria com mais clareza.
Quando falamos de fisiologia, e o quanto ela interfe-
re no alcance do seu estado desejado, destacamos 
que a saúde é algo importante para obter seus re-
sultados desejados. Ainda em Poder sem Limites, 
Anthony Robbins diz que “quanto mais alto seu nível 
de energia, mais eficiente é o seu corpo”. Portanto, 
estar saudável é possuir uma fonte importante de energia para impulsionar as 
mudanças de comportamento que você precisa. Mas como atingir um nível de 
energia que possa servir de mola propulsora para suas mudanças?
A fisiologia é parte fundamental de qualquer processo de transformação, e isso 
depende do quanto seu corpo está “limpo” de impurezas. Se um rio poluído 
estar saudável é fundamental 
para impulsionar as 
mudanças de comportamento 
que você precisa.
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não conserva vida dentro da água, nosso corpo também não. É um conceito 
que ele chama de “higiene natural”. Sobre isso, Robbins apresenta seis fato-
res que contribuem para que seu corpo armazene a energia necessária para 
impactar nas suas emoções, no seu físico e no seu intelecto.
O primeiro, a respiração, impacta em sistemas muito importantes do corpo, 
como o linfático, que é responsável pela limpeza de toxinas. Além disso, a res-
piração também “alimenta” as células com oxigênio necessário para absolu-
tamente tudo, especialmente o raciocínio. A recomendação é realizar sessões 
de respiração profunda por dez vezes, em três momentos do dia, na seguinte 
contagem: inspire e conte um, segure o ar em quatro e expire contando dois. 
O segundo é consumir alimentos ricos em água. O corpo é composto por 
80% de água, e por isso ela é essencial para o perfeito funcionamento do nosso 
corpo. Na sua dieta diária, os alimentos ricos em água devem representar 70% 
de tudo o que você consome. No terceiro fator, é que precisa haver combina-
ção efetiva de alimentos, ou seja, o consumo deve seguir combinações que 
auxiliem o corpo na digestão e não oposto. A dica é uma base com alimentos 
ricos em água, além de uma proteína ou de um carboidrato bom.
No quarto, o consumo controlado, por meio da redução nas porções de ali-
mentos consumidos e alerta: evite o consumo de alimentos imediatamente 
antes de dormir. No quinto fator, o consumo de frutas deve ser adotado por 
caracterizarem o melhor alimento para evitar doenças do coração, segundo 
o Dr. William Castillo, chefe de uma clínica de cardiologia em Massachusetts, 
nos Estados Unidos, citado como referênciapor Robbins que também destaca 
o poder desintoxicante deste grupo de alimentos. 
Por fim, o sexto fator que contribui para a saúde é a proteína animal, ou 
melhor, a diminuição dele. O consumo exagerado deste nutriente tem efeitos 
nocivos à saúde, bem como o consumo de produtos lácteos. O autor não 
sugere parar de comer carnes, mas recomenda uma redução considerável na 
sua dieta diária.
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Observar estes fatores no seu contexto de novas percepções é estratégico. 
A construção de uma dieta funcional tem a intenção de criar um ambiente 
adequado para ajudar no seu processo de mudança que é mental, emocional, 
intelectual e, também, físico.
7.3 Gerenciamento de tempo
Se a sua rotina é tão puxada que, ao fim do dia, percebe que não deu conta 
da metade das coisas que tinha se proposto fazer, é bem provável que esteja 
vivendo uma escassez de tempo que os cientistas denominam de “tunnelling”, 
ou em tradução livre, “viver em túnel”. Quando isso acontece, sua atenção e 
cognição se estreitam de maneira a parecer que está em um túnel. 
O problema é que a falta de tempo aumenta o seu estresse, pois seu foco é 
direcionado apenas a questões urgentes e que nem sempre são as mais im-
portantes. Sim, você pode desperdiçar ainda mais um dos itens mais valiosos 
da vida moderna, o tempo! E a falta de tempo pode estar fazendo com que 
você tome decisões erradas. Já pensou nisso? Então vamos entender como 
os cientistas comprovam isso. 
O conceito de escassez de tempo teve suas primeiras citações em pesquisas 
realizadas pela professora de economia comportamental na Escola Blavatnik 
de Governo de Oxford, Anandi Mani e seus colegas acadêmicos. Eles estuda-
ram o motivo que levava coletores de cana de açúcar na Índia a não consegui-
rem gerenciar o dinheiro ganho com o trabalho e, consequentemente, tinham 
de pegar empréstimos com altas taxas de juros. 
O grupo estudado participou de exames cognitivos em dois 
momentos, quando recebiam o pagamento, depois da co-
lheita, e quando já não tinham trabalho e faltava dinheiro. 
E justamente, quando a renda era menor, o QI (quociente 
de inteligência) dos agricultores caía 13 pontos. Ou seja, a 
ação do estresse os impedia de tomar boas decisões. 
O stress te impede de 
tomar boas decisões. 
Mais uma vez, inteligência 
emocional é o atídoto.
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A mesma lógica pode ser aplicada para a falta de tempo. Sem ele, você não 
prioriza as questões que são realmente essenciais e termina o dia muito can-
sado, mas com poucas tarefas executadas. Isso porque você não abre espaço 
na sua vida para pensar em coisas que podem ter maior significado, como 
passar mais tempo com sua família ou amigos. 
A professora de Oxford, Mani, recomenda que é preciso ter consciência do 
problema, depois você deve tentar reduzir sua carga de trabalho ou distribuí-la 
ao longo do tempo. Mas atenção, precisa combinar suas decisões com as 
pessoas com as quais convivem, sem informar sua rede, eles podem prejudi-
car seus planos e você voltar ao padrão anterior. 
Um dos grandes equívocos que as pessoas cometem na 
gestão de tempo é deixar de lado sua vida pessoal em 
prol da profissional. Por isso, alguns cansam muito nos 
finais de semana tentando viver tudo que não conseguiu 
ao longo dos dias de trabalho. Essa equação está errada 
e só vai sobrecarregá-lo ainda mais. Você precisa planejar seus afazeres, as-
sim, manterá foco nos seus compromissos e terá o tempo necessário para o 
convívio social e familiar. 
Para criar um planejamento eficiente, crie uma agenda de tarefas, defina pra-
zos e defina a prioridade de cada coisa, destinando sua atenção para cada 
uma delas, no momento certo. Monte um checklist para poder acompanhar 
em qual sequência cada coisa tem de ser feita. 
Ao adotar essas ações simples, certamente aumentará sua produtividade e terá 
mais tempo para fazer outras coisas na sua vida. Quando você se torna senhor 
do seu tempo, ou melhor, deixa de lado a procrastinação, aprende a fazer boas 
escolhas, não desperdiça sua vida e a torna mais completa e realizada. Ao final 
deste capítulo, disponibilizo duas ferramentas que vão te ajudar neste processo 
de definição e priorização de tarefas.
É preciso viver também de 
segunda a sexta feira, não 
só aos finais de semana. 
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Acabe com o plano B: tenha foco
A procrastinação pode produzir efeitos negativos à sua vida. Além de desper-
diçar tempo com tarefas sem valor, você pode se tornar insatisfeito, ansioso, 
triste e deprimido. Como já vimos, este estado de espírito impede as pessoas 
de conquistarem a plenitude, o sucesso. A boa notícia é que é possível com-
bater este vício (por que não?) de procrastinar. 
Você precisa saber o que realmente quer e precisa. Uma 
das primeiras ações a tomar é estabelecer seu foco. 
Normalmente, as respostas estão dentro de você, então 
procure entender o que busca para sua vida, defina o 
seu propósito e parta para a construção de seus ideais. 
Quando você toma as decisões, manda para o cérebro mensagens tão claras 
que ele começa a reconhecer quais mudanças são necessárias. 
Ter foco é ser capaz de aproveitar a sua própria força natural e direcioná-la 
para suas metas. As pessoas bem-sucedidas posicionaram seu foco no senti-
do de seus planos. Quando a energia é direcionada para um único ponto, leva 
à mudança. Concentre toda a sua energia naquilo que deseja, no seu futuro.
Para que esta prática seja eficiente, você precisa aprender o conceito de foco. 
Quando você tem a visão futura de onde quer chegar, estabelece o Foco Vi-
sionário. Com ele é possível traçar metas e objetivos, mas é necessário con-
tar também com o Foco Comportamental. Este segundo tipo diz respeito à 
quando você tem coerência nos seus comportamentos. Ou seja, você tem um 
objetivo e começa a atuar, com toda sua energia, por ele.
Por fim, precisa ter Foco Consistente, ou seja, dedicar o tempo necessário 
para mudar seus hábitos a fim de que eles tragam resultados. Para atingir 
suas metas, siga a ordem do Foco Múltiplo: primeiro o visionário, depois o 
comportamental e finalmente o consistente. 
Tomar decisões muda o 
padrão neural e te auxilia 
alcançar seus objetivos.
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Não permita distrações que possam comprometer seu foco. Elimine-as o quan-
to antes. Nada de mudar o rumo dos seus sonhos vendo TV, ficar na Internet 
ou conversando nos aplicativos de mensagem instantânea. Mude seus hábitos 
agora. Claro que pode continuar fazendo tudo isso, mas no tempo disponível 
para estas ações. Se o seu foco é ser o melhor aluno da turma, não tem como 
fugir, você precisa ter foco em estudar. Se perder tempo com distrações, muito 
provavelmente não vai atingir sua meta.
7.4 Construa suas próprias histórias
Se você chegou até este ponto da leitura é porque provavelmente está moti-
vado a mudar de vez por todas a sua vida. Acredite, você tem o combustível 
necessário para tornar seus sonhos em realidade. O poder é seu e apenas 
você poderá construir sua história. O autoconhecimento vai te ajudar neste 
processo de entender o que realmente pretende na sua vida. 
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No livro, Desperte o Gigante Interior, Anthony Robbins conta que passou a trans-
formar seus sonhos em realidade ao aprender a utilizar o princípio que chama de 
concentração do poder. Ele explica que boa parte das pessoas não tem ideia da 
capacidade que têm se determinasse toda sua energia para dominar uma área 
de suas vidas. E, se fizessemisso, conseguiriam mudar tudo que quisessem. Isso 
porque elas se especializam em coisas secundárias. Ou seja, perdem o foco. 
No livro, Anthony recomenda a adoção de três passos eficazes para mudar 
sua vida. O melhor é que são ações simples, mas poderosas – quando bem 
aplicados. Aliás, estas alterações também podem ser utilizadas no mundo cor-
porativo, pois podem contribuem para uma retomada nos negócios. 
O primeiro passo é elevar os padrões. Ou seja, deixe de lado tudo que não 
queira que faça mais parte de sua vida e busque o que gostaria de acrescentar. 
Faça uma lista, com as coisas que pretende cortar e outra com o que deseja. 
Não se limite à criação da lista, passe a agir de maneira coerente com o que 
sonha, o que quer. Se busca conseguir um novo emprego, comece a fazer 
contatos e deixe de lado o desemprego. 
Faça isso com convicção, esse é o segundo passo. Esta é a determinação 
que vai atuar como uma espécie de ordem e modelar sua ação, seu pensa-
mentoo e seus sentimentos. Assim você vai criar padrões e eles serão alinha-
dos aos seus desejos. Pode parecer estranho, mas se não acreditar fielmente 
nas coisas que deseja, quem mais poderá agir para torná-las realidade? 
O último passo é mudar a estratégia que costuma ado-
tar para conseguir alcançar os resultados que deseja. Isso 
acontece porque, segundo Anthony, quando você estabe-
lece padrões mais altos, começa a acreditar no que deseja, 
passa a definir estratégias para chegar lá. 
Se o seu sonho é fazer uma viagem de cinco meses pela Europa, por exemplo, 
vai criar a estratégia necessária para ganhar mais dinheiro, comprar as passa-
gens e pagar o roteiro. Se toda sua energia estará direcionada para a viagem 
O que você sabe te 
trouxe até aqui. O que 
você ainda não sabé é 
que vai te levar adiante! 
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dos seus sonhos, certamente ela acontecerá, no prazo que você definir. Lem-
bre-se sempre, a única pessoa responsável pelo seu sucesso é você!
A sua vida é resultado de suas próprias escolhas. Como já dissemos anterior-
mente, a autorresponsabilidade tem que ser praticada sempre. Ela elimina a 
crença de dependência que as pessoas têm umas das outras. Ninguém vai 
cuidar de você tão bem quanto você mesmo. 
Construa sua história da maneira como quiser. Não há tempo para começar, 
há sempre um novo capítulo para escrever. Seja qual for a sua ação, imprimirá 
uma reação na sua vida. De acordo com Paulo Vieira, todos os seus atos são 
como uma plantação, em algum momento, você colherá o que plantou. Se 
começar agora a semear a mudança, em breve vai colher o que deseja. 
Eu também entendo que nunca é tarde para recomeçar, que a cada minuto que 
se passa agora, estamos tendo a oportunidade de recomeçar, de decidir e de 
agir. Com o conhecimento e as ferramentas certas, estou segura de que você 
vai ser quem você quiser ser. 
Dê um passo para trás e observe sua vida até aqui. Seja profundamente since-
ro com você, assim, poderá perceber que construiu sozinho esta estrada. Quer 
tomar outro rumo? Use as ferramentas que encontrou até aqui e comece a agir. 
Quando você assume a responsabilidade sobre sua vida, se torna protagonista 
de sua história. 
Grandes coisas estão por vir!
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Ferramenta
Agenda Extraordinária
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Folha da Produtividade
Como usar:
1. RASTREIE SUAS ATIVIDADES
Preencha o campo “Atividade” com a descrição das tarefas que você realiza ao longo 
do seu dia em uma semana normal. Seja muito atencioso e detalhista nesse momento. É 
preciso identificar quais são os ladrões do seu tempo.
2. USE O “CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO DE ATIVIDADES”
Marque a atividade segundo uma das seguintes categorias: Desnecessária, Delegável, 
Importante ou Urgente. Nessa etapa é necessária muita sinceridade e honestidade. Clas-
sificar a atividade na qual você está dedicando tempo é fazer o diagnóstico de como você 
tem empregado sua atenção e energia.
3. FAÇA A SOMATÓRIA DAS CATEGORIAS DE AVALIAÇÃO
Ao final do dia some as pontuações de cada uma das categorias de avaliação. É nesse 
momento que você vai descobrir onde você está utilizando seu tempo. Esse processo 
também vai revelar quais são as atividades que estão roubando seu precioso tempo.
4. PLANEJE SUA NOVA SEMANA EXTRAORDINÁRIA
Reflita sobre as atividades que você realizou e planeje sua próxima semana com base nas 
suas reflexões. O ideal é que você faça apenas as atividades que são “Importantes”. Plane-
je sua nova semana para garantir que seu tempo vai ser empregado de forma estratégica.
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