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Relevo brasileiro
Apresentação
O relevo consiste no conjunto de formas que modelam a superfície terrestre. As formas do relevo 
brasileiro ocorreram como resultados de dois processos principais: os processos exógenos 
(processos externos associados ao clima: vento, chuva, geleiras e demais agentes que dão forma ao 
relevo a partir de processos erosivos) e os processos endógenos (processos internos decorrentes da 
energia do interior do planeta: tectonismo, vulcanismo, terremotos e demais processos 
relacionados à tectônica de placas).
Diversas classificações do relevo Brasileiro foram elaboradas ao longo dos anos. A classificação 
elaborada pelo geógrafo brasileiro Jurandyr Ross é a mais recente e a mais utilizada atualmente. 
Segundo essa classificação, o Brasil possui três formas principais de relevo: planaltos, depressões e 
planícies. Os planaltos são terrenos relativamente planos, que se situam em áreas de altitude mais 
elevada. As depressões consistem em um conjunto de relevos planos e/ou ondulados, que ficam 
em altitudes mais baixas que as regiões ao seu redor. As planícies são áreas planas ou suavemente 
onduladas, formadas pela deposição de sedimentos.
Nesta Unidade de Aprendizagem você vai aprender a reconhecer, identificar e descrever os três 
tipos principais de relevo existentes no Brasil, quais as características principais de cada um e onde 
se localizam no território brasileiro.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Reconhecer os planaltos brasileiros.•
Identificar as unidades das depressões.•
Descrever as unidades das planícies brasileiras.•
Desafio
O relevo brasileiro se divide em três formas principais: planícies, planaltos e depressões. Além da 
gênese, as formas que cada um desses tipos de relevo apresenta se distinguem entre si e pode ser 
um desafio para o aluno compreender as diferenças entre cada uma dessas formas.
Diante disso, considere que você é um professor do 6o ano do ensino fundamental e vai ministrar 
uma aula sobre as formas do relevo brasileiro. Buscando utilizar materiais de fácil acesso, qual 
recurso didático você vai utilizar para envolver os alunos e para que eles compreendam as 
diferentes formas do relevo?
Infográfico
O território brasileiro possui diversas formas de relevo e é dividido em três formas principais: 
planaltos, planícies e depressões. Cada uma dessas três formas tem características diferentes, que 
resultam da sua gênse ou dos processos erosivos que atuam sobre ela.
Neste Infográfico, você vai ver as diferenças entre cada uma delas, quais são as suas características 
principais e alguns exemplos.
Aponte a câmera para o 
código e acesse o link do 
conteúdo ou clique no 
código para acessar.
https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/59e8912a-c8fe-4595-b4db-49f16fefdada/0a619d0e-4e6e-4035-8185-30f4930374d6.jpg
Conteúdo do livro
O território brasileiro é formado por um relevo muito diversificado. Diversas classificações foram 
elaboradas no decorrer dos anos. Atualmente, a mais utilizada é a classificação elaborada pelo 
Geógrafo Jurandyr Ross, que classifica o relevo em planaltos, planícies e depressões.
No capítulo Relevo brasileiro, base teórica desta Unidade Aprendizagem, você vai reconhecer cada 
uma dessas categorias do relevo: os planaltos brasileiros, as unidades das depressões e as unidades 
das planícies brasileiras.
Boa leitura.
GEOGRAFIA FÍSICA 
DO BRASIL 
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
 > Reconhecer os planaltos brasileiros.
 > Identificar as unidades das depressões.
 > Descrever as unidades das planícies brasileiras. 
Introdução
O território brasileiro possui um relevo bastante diversificado. As estruturas e 
as formações litológicas são antigas, mas as formas do relevo são recentes, pois 
foram produzidas pela erosão, que ainda ocorre. As formas grandes do relevo 
têm como mecanismo genético as formações litológicas e os arranjos estruturais 
antigos. Neste capítulo, você vai estudar os planaltos, as depressões e as planícies 
brasileiras com base na sistematização elaborada por Jurandyr Ross (2011). O 
relevo do Brasil já foi classificado por diversos autores ao longo dos anos, como 
Humboldt (1825), Derby (WAPPÄUS, 1884), Aroldo de Azevedo (1949) e Ab’Saber 
(1970), mas a de Ross é a mais utilizada atualmente.
Planaltos, depressões e planícies
O relevo do Brasil é dividido em planaltos, depressões e planícies. No país, 
estão localizadas onze unidades de planalto, onze de depressões e seis de 
planícies. Observe na Figura 1 o mapa com a classificação do relevo brasileiro.
Relevo brasileiro
Eduardo Samuel Riffel
Figura 1. Classificação do relevo elaborada pelo geógrafo Jurandyr Ross.
Fonte: Fontanailles (2013, documento on-line).
Os planaltos são terrenos antigos, relativamente planos, situados em 
altitudes elevadas. São áreas consideradas residuais, pois ofereceram maior 
resistência à erosão. As depressões são áreas com relevo aplainado, mais 
baixas que o seu entorno, e geralmente circundam os planaltos. Já as planícies 
são as unidades cujo arcabouço consiste em bacias de sedimentação recente, 
formada por deposições, as superfícies apresentam-se aplainadas e ainda 
em consolidação, são as formas de relevo mais recentes no tempo geológico. 
Nas próximas seções, você vai conhecer melhor cada uma dessas formas.
Planaltos brasileiros
Os planaltos brasileiros são classificados em quatro categorias principais: 
planaltos em bacias sedimentares, planaltos em intrusões e coberturas 
residuais de plataforma, planaltos em núcleos cristalinos arqueados e pla-
naltos em cinturões orogênicos. Normalmente, estão cercados por áreas de 
depressões, o que coloca em evidência a sua forma residual, característica 
de formas mais resistentes a processos erosivos (ROSS, 2019).
Relevo brasileiro2
Planaltos em bacias sedimentares
São quase inteiramente circundados por depressões e apresentam relevo 
escarpado do tipo cuesta na sua área de contato (planalto-depressão). Como 
exemplo, temos planalto da bacia amazônica, planalto da bacia do Parnaíba e 
o planalto da bacia do Paraná. O planalto da Amazônia caracteriza-se por um 
modelado de formas de topos planos chamados tabuleiros. Tanto no norte 
quanto no sul, esse planalto tem limites definidos por mudanças bruscas de 
modelado, às vezes em forma de escarpa. O planalto da bacia do Parnaíba 
apresenta um modelado mais complexo. A sul e a oeste, possui escarpas em 
forma de cuestas; a norte possui terrenos baixos da bacia amazônica; e a 
leste, terrenos sedimentares associados ao Paleozóico. O planalto da bacia 
do Paraná, por sua vez, faz contato com as depressões circundantes através 
de escarpas com frentes de cuesta única ou desdobradas em duas ou mais 
frentes. É frequente a presença de extensas superfícies altas e planas que 
atingem entre 900 e 1.000 metros de altitude, denominadas chapadas, como 
a chapada dos Guimarães, por exemplo (Figura 2).
Figura 2. Chapada dos Guimarães.
Fonte: André (2018, documento on-line). 
Planaltos em intrusões e coberturas residuais de 
plataforma 
São constituídos por coberturas sedimentares residuais de diversos ciclos 
erosivos. Os planaltos residuais norte-amazônicos apresentam altitudes 
médias de 600 a 100 metros e máximas que podem atingir 3.000 metros, como 
Relevo brasileiro 3
é o caso do Pico da Neblina. São formados por áreas serranas descontínuas, 
representadas por relevos de aspecto residual interpenetrados pela superfície 
da depressão norte-amazônica. Essas formas possuem diferentes litologias, 
que correspondem a arenitos, rochas vulcânicas ácidas e intrusões graníticas. 
Os planaltos residuais sul-amazônicos estendem-se do sul do Pará até 
Rondônia. Possui morros de topos convexos com distribuição descontínua e 
extensas áreas sedimentares antigas, que frequentemente definem formas 
de relevos residuais de topos nivelados e planos, formando chapadas em 
alguns casos. O planalto dos Parecis vai do leste deMato Grosso até o sudeste 
de Rondônia e apresenta altitudes em torno de 800 metros no trecho das 
chapadas, enquanto no restante as altitudes variam de 450 a 650 metros. 
Corresponde a terrenos sedimentares e está posicionado na porção do divisor 
de águas Amazonas-Paraguai-Guaporé. 
Planaltos em núcleos cristalinos arqueados 
São representados pelo planalto da Borborema, na região Nordeste, e pelo 
planalto sul-rio-grandense, no sudeste do Rio Grande do Sul. Essas unidades 
se comportam como maciços antigos intensamente trabalhados por processos 
erosivos. No reverso de ambos os escudos se formaram extensas depressões. 
O planalto da Borborema encontra-se no leste de Pernambuco. As áreas 
mais elevadas atingem até 1.000 metros de altitude, e o modelado dominante 
na região é de formas convexas esculpidas em rochas intrusivas e metamór-
ficas. Já o planalto sul-rio-grandense possui modelado ligeiramente convexo 
e altitudes máximas de 450 metros.
Planaltos em cinturões orogênicos 
Correspondem a relevos residuais sustentados por litologias diversas, quase 
sempre metamórficas associadas a intrusivas. São representados pelos cintu-
rões Atlântico, Brasília e Paraguai-Araguaia. Nesses planaltos, encontram-se 
diversas serras associadas às estruturas dobradas intensamente. 
Os planaltos e serras do Atlântico leste-sudeste se associam ao cinturão 
do Atlântico. Sua gênese está relacionada a diversos dobramentos acom-
panhados de processos metamórficos regionais. Como resultado desses 
processos, surgiram as serras da Mantiqueira, do Mar e do Espinhaço. O mo-
delado predominante é composto por morros com formas de topos convexos, 
grande densidade de canais de drenagem e vales profundos. Essa área foi 
denominada por Aziz Ab’Saber (1964) de mares de morros.
Relevo brasileiro4
Os planaltos e serras de Goiás-Minas estão associados ao cinturão de 
Brasília e se caracterizam como serras residuais, como é o caso da serra da 
Canastra, da Bocaína, e Dourada. Essas serras são resíduos de antigas dobras, 
sendo frequentes os extensos topos planos em chapadas, como ocorre na 
chapada Cristalina e dos Veadeiros.
As serras residuais do Alto Paraguai estão associadas ao cinturão Paraguai-
-Araguaia. São formas residuais cujos processos erosivos geraram formas de 
relevo em conjunto de serras assimétricas. Atingem até 800 metros de altitude 
e recebem o nome de serra da Bodoquena e província serrana.
Cuesta (Figura 3) consiste numa forma de relevo que possui um lado 
com escarpa abrupta e outro com declive suave. Escarpa (Figura 4) 
consiste num declive acentuado que aparece em bordas de planaltos, com um 
lado de corte abrupto e, na parte superior, relevo plano. 
Figura 3. Cuesta de Botucatu.
Fonte: Psykpta (2010, documento on-line).
Relevo brasileiro 5
Figura 4. Escarpa Devoniana (Paraná e São Paulo).
Fonte: Livre.Jor (2019, documento on-line).
Depressões brasileiras
A maioria das depressões brasileiras foi gerada por processos erosivos com 
grande atuação nas bordas das bacias sedimentares. A alternância de ciclos 
secos e úmidos gerou as depressões periféricas, as marginais e as monoclinais 
que aparecem circundando as bordas das bacias e se interpondo entre elas 
e os maciços antigos do cristalino. Os processos erosivos ocorreram não 
apenas nas atuais depressões, mas também nos planaltos (ROSS, 2019). A 
Figura 5 mostra um exemplo de relevo do tipo depressão.
Figura 5. Relevo do tipo depressão.
Fonte: IBGE (c2021, documento on-line). 
Relevo brasileiro6
Veja a seguir a classificação das depressões brasileiras.
A depressão da Amazônia Ocidental é constituída por vasta área no oeste 
da Amazônia e exibe terrenos baixos em torno dos 200 metros de altitude, que 
são pouco dissecados e em forma de topos planos ou levemente convexos 
esculpidos nos sedimentos da formação Solimões. Sua gênese é distinta 
das demais depressões brasileiras. Trata-se de uma superfície aplainada, 
com processos fluviais de dissecação que deram origem às formas de relevo 
com colinas baixas. Faz contato com as depressões norte-amazônicas e sul-
-amazônicas, e a oeste com a depressão que margeia a cordilheira andina.
As depressões marginais amazônicas são classificadas por Ab’Sáber como 
do tipo marginal com eversão. Ambas margeiam as bordas norte e sul da bacia 
amazônica. Essas depressões foram geradas por processos erosivos antigos, 
anteriores à formação da bacia amazônica (AB’SABER, 1970). A depressão mar-
ginal norte-amazônica possui altitudes entre 200 e 300 metros e se interpõe 
entre as bordas da bacia amazônica, onde o contato se faz por uma frente de 
cuesta bem-marcada e com relevos residuais com intrusões e sedimentos de 
coberturas antigas do planalto residual norte-amazônico. A leste, termina no 
litoral do Amapá; a oeste, avança para Colômbia e Venezuela, nivelando-se 
com o planalto da Amazônia Ocidental. Possui formas de topos convexos, 
com alguns pequenos morros residuais. A depressão marginal sul-amazônica 
possui gênese semelhante, mas é mais extensa. Limita-se com a borda sul 
da bacia amazônica, onde o contato ocorre por alguns patamares. Possui 
relevo de topos levemente convexos, com elevação entre 100 e 400 metros.
A depressão do Araguaia pode ser caracterizada como uma extensão 
mais linear da depressão marginal sul-amazônica. Essa depressão segue o 
vale do Araguaia, tendo na sua parte central a planície do rio Araguaia. Essa 
depressão possui entre 200 e 350 metros de elevação, além de formas de 
relevo quase planos.
A depressão cuiabana localiza-se entre a serra do Alto Paraguai e a borda 
da bacia do Paraná. Possui um modelado levemente convexo, com uma su-
perfície em forma de rampa, que se eleva a 150 metros no contato com o 
pantanal, até 400 metros na porção norte.
As depressões do Alto Paraguai e Guaporé localizam-se entre as bacias 
dos rios Jauru e Guaporé. Essas unidades estão cobertas, em sua maioria, por 
sedimentos arenosos finos de mesma origem dos sedimentos do pantanal 
mato-grossense.
A depressão do Miranda, ao sul do pantanal, é drenada pela bacia do rio 
Miranda. Possui elevação entre 100 e 150 metros e uma superfície baixa e 
aplainada.
Relevo brasileiro 7
A depressão do Tocantins acompanha o rio Tocantins e possui forma 
semelhante à do Araguaia, com um modelado quase plano e fraco grau de 
dissecação, além de altitudes entre 200 e 500 metros.
A depressão sertaneja São Francisco compreende uma extensa área rebai-
xada e aplanada, constituindo superfície de erosão, que secciona uma grande 
diversidade de litologias e arranjos estruturais. Essa depressão apresenta 
diversos trechos com inselbergs. Existem também alguns relevos residuais de 
maior extensão esculpidos em sedimentos do cretáceo, como ocorre com as 
chapadas do Araripe, no interior de Pernambuco, e do Apodi, no Rio Grande 
do Norte. Com altitudes inferiores a 100 metros, essa depressão alonga-se 
para o interior, acompanhando o médio vale do rio São Francisco.
Chapadas (Figura 2) são áreas elevadas de terra e com topos pla-
nos. São formações típicas naturais, localizadas em planaltos. Já 
os inselbergs (Figura 6) são montanhas monolíticas, ou grupos de montanhas 
monolíticas, cuja formação geológica consiste predominantemente de rochas 
graníticas e/ou gnáissicas.
Figura 6. Inselbergs no município de Quixadá, no Ceará. 
Fonte: Barros (2006, documento on-line).
Relevo brasileiro8
A depressão periférica da borda leste da bacia do Paraná ocorre quase 
totalmente em sedimentos paleomesozóicos. Possui modelados e litologias 
diversas. No estado de São Paulo, observa-se a transição de terrenos altos 
para a depressão com ocorrência de sedimentos, onde ocorrem elevações 
de 600 a 700 metros.
A depressão periférica sul-rio-grandense possui características semelhan-
tes à anterior. Está esculpida em sedimentos na borda da bacia sedimentar 
do Paraná, localizada entre o planalto sul-rio-grandense e a escarpa da borda 
da bacia. Possui elevação de cerca de 200 metros e é drenada pelas baciasdos rios Jacuí e Ibicuí.
Planícies brasileiras
Os relevos caracterizados como planícies correspondem às áreas planas 
geradas por deposição de sedimentos de origem marinha, lacustre ou fluvial. 
Com essas características, enquadram-se as planícies dos rios Amazonas, 
Guaporé, Araguaia e Paraguai, as planícies das lagoas dos Patos e Mirim e 
inúmeras outras planícies no litoral brasileiro (ROSS, 2011). Veja a seguir a 
classificação das planícies brasileiras.
A planície do rio Amazonas apresenta cordões mais elevados, margeando o 
leito do rio e formando diques fluviais recobertos por florestas aluviais. Mais 
afastados, encontram-se extensos trechos baixos e planos, onde se observa 
maior permanência da água de inundações com vegetação de gramíneas. A 
área mais ampla dessa planície está na ilha de Marajó, mas sua presença é 
marcante ao longo de todo o rio Amazonas no território brasileiro, bem como 
nos baixos cursos de seus afluentes.
A planície do rio Araguaia situa-se, em grande parte, no trecho do médio 
curso do rio, onde se encontra a ilha do Bananal. Essa unidade é extremamente 
plana, constituída por sedimentos recentes com elevação de 200 metros e 
total recobrimento de vegetação de cerrados abertos e campos limpos.
A planície do rio Guaporé se caracteriza por um pantanal e possui terre-
nos planos de cerca de 200 metros de elevação. Estende-se pelo território 
boliviano e une-se ao pantanal mato-grossense, drenado pelo rio Paraguai.
A planície e o pantanal do rio Paraguai ou mato-grossense (Figura 7) 
correspondem a uma significativa área de deposição de sedimentos aluviais 
recentes que avança em direção à Bolívia e ao Paraguai, com altitudes que 
variam de 100 a 150 metros.
Relevo brasileiro 9
Figura 7. Planície no pantanal.
Fonte: Cowie (2016, documento on-line).
As planícies das lagoas dos Patos e Mirim, geradas pela dinâmica deposi-
cional marinha e lacustre, situam-se em quase todo o litoral do Rio Grande 
do Sul e avançam para o Uruguai. 
As planícies e tabuleiros litorâneos são de pequenas dimensões e situam-
-se na foz dos rios de menor porte, como o Paraíba do Sul e o Doce, nos estados 
do Rio de Janeiro e do Espirito Santo, e a ribeira de Iguape, em São Paulo. 
Em direção ao litoral, no Nordeste, as pequenas planícies se alternam com 
terrenos pouco elevados, mantidos pelas barreiras dos sedimentos terciários.
O Brasil possui diversas áreas de planalto e chapadas inseridas em 
parques de conservação ambiental, pois são áreas sensíveis que 
precisam de atenção especial em relação ao seu patrimônio ambiental. Em 1998, 
a Unesco criou um programa denominado Rede Internacional de Geoparques, com 
o objetivo de demarcar uma área protegida que tem como elemento principal 
seu patrimônio geológico.
Atualmente, o país possui um geoparque cadastrado pela Unesco, o geo-
parque Araripe, onde está localizada a chapada do Araripe, e um geoparque em 
preparação, o geoparque Corumbataí, localizado em São Paulo. A caracterização 
do Relevo e o mapeamento Geomorfológico são processos importantes da 
proposta de instalação de Geoparques. É nesse momento que o profissional de 
geografia vai caracterizar o relevo da região, identificando áreas de planalto, 
planícies ou depressões e caracterizando as feições mais importantes do relevo.
Relevo brasileiro10
Referências
AB’SABER, A. N. O relevo brasileiro e seus problemas. In: AZEVEDO, A. de (coord.). Brasil: 
a terra e o homem. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1964. v. 1, p. 135-250.
AB’SABER, A. N. Províncias geológicas e domínios morfoclimáticos no Brasil. Geomor-
fologia, n. 20, p. 1-26, 1970. 
ANDRÉ, F. Paredões Salgadeiras nas Chapadas dos Guimarães. [S. l.]: Wikimedia Commons, 
2018. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Chapada_dos_Guimar%C3%A3es_
(munic%C3%ADpio)#/media/Ficheiro:Chapada_dos_Guimar%C3%A3es_em_27_de_fe-
vereiro_de_2018.jpg. Acesso em: 23 jan. 2021.
AZEVEDO, A. de. O planalto brasileiro e o problema da classificação de suas formas 
de relevo. Boletim Paulista de Geografia, n. 2, p. 43-50, 1949. Disponível em: https://
agb.org.br/publicacoes/index.php/boletim-paulista/article/view/1417/1275. Acesso 
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BARROS, F. Inselbergs no município de Quixadá, Ceará. [S. l.]: Wikimedia Commons, 2006. 
Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Inselberg#/media/Ficheiro:Inselbergs_qui-
xada.JPG. Acesso em: 23 jan. 2021.
COWIE, S. ‘O Pantanal é patrimônio nacional’: protegendo a maior planície alagável 
do planeta. The Guardian, 12 nov. 2016. Disponível em: https://www.theguardian.com/
global-development-professionals-network/2016/nov/12/pantanal-conservacao-
-planicie-alagavel-paraguai-bolivia. Acesso em: 23 jan. 2021.
FONTANAILLES, G. Relevo: classificação do relevo brasileiro segundo Jurandyr L. S. 
Ross. [S. l.]: Geografalando, 2013. Disponível em: https://geografalando.blogspot.
com/2013/04/relevo-classificacao-do-relevo_28.html. Acesso em: 23 jan. 2021.
HUMBOLDT, A. von. Livre IX: Suite du Chapitre XXVI: Esquisse d'un tableau géognostique 
de l'Amerique méridionale, au nord de la rivière des Amazones et à l'est du méridien 
de la Sierra Nevada de Merida. In: HUMBOLDT, A. von. Voyage aux régions équinoxiales 
du Nouveau Continent. Paris: Smith & Gide, 1825. tome XV.
IBGE. Relevo: unidades de relevo. Rio de Janeiro: IBGE, c2021. Disponível em: https://
atlasescolar.ibge.gov.br/images/atlas/mapas_brasil/brasil_unidades_de_relevo.pdf. 
Acesso em: 23 jan. 2021.
LIVRE.JOR. Cartão-postal do Paraná, reserva da Escarpa Devoniana pode virar areia. 
Curitiba: Plural, 2019. Disponível em: https://www.plural.jor.br/noticias/vizinhanca/
cartao-postal-do-parana-reserva-da-escarpa-devoniana-pode-virar-areia/. Acesso 
em: 23 jan. 2021.
PSYKPTA. Cuesta de Botucatu. [S. l.]: Wikimedia Commons, 2010. Disponível em: https://
pt.wikipedia.org/wiki/Cuesta#/media/Ficheiro:Cuesta_botucatu.jpg. Acesso em: 23 
jan. 2021.
ROSS, J. L. S. Geografia do Brasil. 6. ed. São Paulo: Edusp, 2019.
ROSS, J. L. S. Relevo brasileiro: uma nova proposta de classificação. Revista do Depar-
tamento de Geografia, v. 4, p. 25-39, 2011. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/
rdg/article/view/47094. Acesso em: 23 jan. 2021.
WAPPÄUS, J. E. A geographia physica do Brasil refundida. Rio de Janeiro: Typ. de G. 
Leuzinger, 1884.
Relevo brasileiro 11
Leituras recomendadas
CASSETI, V. Elementos de geomorfologia. Goiânia: UFG, 1994.
GUERRA, A. J. T.; CUNHA, S. B. da (org.). Geomorfologia: uma atualização de bases e 
conceitos. 2. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1995.
VALADÃO, R. C. Geodinâmica de superfícies de aplanamento, desnudação continental e 
tectônica ativa como condicionantes da megageomorfologia do Brasil oriental. Revista 
Brasileira de Geomorfologia, v. 10, n. 2, p. 77-90, 2009. Disponível em: http://www.lsie.
unb.br/rbg/index.php/rbg/article/view/132. Acesso em: 23 jan. 2021.
Os links para sites da web fornecidos neste capítulo foram todos 
testados, e seu funcionamento foi comprovado no momento da 
publicação do material. No entanto, a rede é extremamente dinâmica; suas 
páginas estão constantemente mudando de local e conteúdo. Assim, os editores 
declaram não ter qualquer responsabilidade sobre qualidade, precisão ou 
integralidade das informações referidas em tais links.
Relevo brasileiro12
Dica do professor
Os relevos brasileiros têm diversas feições decorrentes dos agentes formadores do 
relevo. Esses agentes são tanto endógenos, quanto exógenos, e o resultado são feições com 
características diversas.
Na Dica do Professor, você vai ver as características e alguns exemplos dessas feições, tais como 
chapadas, serras, inselbergs, cuestas, escarpas e falésias.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/e4ceb7250b67da5f69c25e4e7f5ed014
Exercícios
1) Os planaltos brasileiros são classificados em categorias de acordo com suas características e 
suas gêneses.Os planaltos em cinturões orogênicos ocorrem nas faixas de orogenia antiga 
(movimento geológico de formação de montanhas) e se constituem de relevos residuais com 
ocorrência de rochas metamórficas e intrusivas. Esses planaltos correspondem a diversas 
serras e chapadas que surgiram devido à orogenia associada a esses cinturões.
Dessa forma, associe os cinturões existentes no Brasil às respectivas formas de relevo.
I. Cinturão do Atlântico
II. Cinturão de Brasília
III. Cinturão do Paraguai-Araguaia
( ) Serra da Mantiqueira, Serra do Mar e Serra do Espinhaço
( ) Serra da Canastra, Serra da Bocaina e Serra Dourada
( ) Serra da Bodoquena e Província Serrana
Selecione a alternativa que mostra a sequência correta da associação:
A) II, I, III.
B) I, III, II.
C) I, II, III.
D) III, I, II.
E) III, II, I.
2) O relevo terrestre é resultado de dois grupos de processos que agem na gênese e na 
modelagem do relevo: os processos internos e os processos externos.
Dessa forma, qual é o nome desses grupos de processos?
A) Intemperismo e erosão.
B) Processos tectônicos e processos vulcânicos.
C) Processos eólicos e processos vulcânicos.
D) Processos endógenos e processos exógenos.
E) Vulcanismo e abalos sísmicos.
3) Conforme Jurandyr Ross, o relevo brasileiro é classificado em planaltos, planícies e 
depressões. Sendo essa última classificada em 11 unidades de depressões.
Diante disso, marque a alternativa correta em relação às unidades de depressões brasileiras:
A) A Depressão do Miranda está esculpida em sedimentos na borda da bacia sedimentar do 
Paraná, localizada entre o Planalto Sul-Rio-Grandense e a escarpa da borda da bacia. Sua 
elevação é em torno de 200 metros e essa depressão é drenada pelas bacias dos rios Jacuí e 
Ibicuí.
B) A Depressão do Araguaia se limita com a borda sul da Bacia Amazônica, onde o contato 
ocorre por meio de alguns patamares. Possui relevo de topos levemente convexos, com 
elevação entre 100 e 400 metros.
C) As Depressões do Alto Paraguai e Guaporé podem ser caracterizadas como uma extensão 
mais linear da Depressão Marginal Sul-Amazônica. Essas depressões seguem o Vale do 
Araguaia, tendo na sua parte central a Planície do Rio Araguaia. Têm entre 200 e 350 metros 
de elevação.
D) As Depressões Sertaneja e do São Francisco acompanham o rio Tocantins e têm formas 
semelhantes à do Araguaia. Possuem um modelado quase plano com fraco grau de dissecação 
e altitudes entre 200 e 500 metros.
E) A Depressão Cuiabana localiza-se entre a Serra do Alto Paraguai e a borda da Bacia do 
Paraná. Tem um modelado levemente convexo, com uma superfície em forma de rampa, que 
se eleva de 150 metros, no contato com o Pantanal, até 400 metros na porção norte.
Os três tipos principais de relevo do Brasil são: planaltos, planícies e depressões. Cada um 
desses tipos de relevo tem características relacionadas à sua forma e à sua gênese, que o 
diferencia dos demais.
Baseado nessas características a respeito dos tipos de relevo, analise as afirmativas a seguir, 
assinalando V para as verdadeiras e F para as falsas.
( ) Os planaltos são classificados em três tipos em relação à sua gênese: planaltos cristalinos, 
planaltos basálticos e planaltos sedimentares.
4) 
( ) As planícies são áreas com baixas altitudes, planas e se caracterizam pelo predomínio do 
processo de acumulação e sedimentação.
( ) Os planaltos são áreas mais ou menos planas, são cercados por escarpas e regiões mais 
altas.
( ) As depressões são de dois tipos: absolutas e relativas. As absolutas estão acima do nível 
do mar e as relativas estão abaixo do nível do mar.
Assinale a alternativa com a sequência correta.
A) F, V, F, V.
B) V, F, V, F.
C) F, F, V, V.
D) V, V, F, F.
E) V, V, V, F.
5) As planícies correspondem a áreas planas que podem ser geradas por deposição de 
sedimentos de origem marinha, lacustre ou fluvial. Entre as diversas planícies existentes no 
Brasil, uma delas possui uma ilha fluviomarítima (cercada por rio e mar).
Diante disso, responda qual é o nome da planície onde essa ilha está situada e qual é o nome 
dessa ilha:
A) Planície do Rio Araguaia e Ilha do Bananal.
B) Planície do Rio Guaporé e Ilha do Guaporé.
C) Planície do Rio Amazonas e Ilha de Marajó.
D) Planície da Lagoa dos Patos e Mirim e Ilha do Machadinho.
E) Planície do Rio Araguaia e Ilha do Marajó.
Na prática
Estudar o relevo proporciona ao aluno de geografia conhecimento sobre características 
geomorfológicas e as diversas interações existentes entre elas. Dessa forma, é importante que o 
professor desenvolva metodologias que possibilitem ao aluno assimilar o conteúdo com maior 
facilidade, aliando teoria à prática.
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trabalhar o estudo do relevo, aliando conceitos teóricos trabalhados em sala de aula à prática, 
visualizando as formas do relevo no entorno da escola.
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Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja a seguir as sugestões do professor:
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Sagah. Traz três capítulos indispensáveis para a compreensão da formação do relevo. Capítulo 12: 
O planeta dinâmico. Capítulo 13: Tectônica, terremotos e vulcanismo. Capítulo 14: Intemperismo, 
paisagem cárstica e movimento de massa.
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IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
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de geomorfologia, que possui diversos exemplos teóricos e práticos relacionadas às formas do relevo 
do Brasil, além do livro Workshop sobre o sistema brasileiro de classificação de relevo, sobre o evento 
que ocorreu em 2019, no Rio de Janeiro.
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