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Imunização: Anticorpos e Soros

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Imunização significa induzir proteção, mas não só contra infecções (vírus e bactérias), 
mas sim pra outras doenças (como a doença hemolítica do recém-nascido). 
Quando falamos de imunização, estamos falando de anticorpos. 
- Imunização Passiva = dar os anticorpos prontos para o indivíduo. Geralmente, 
espera-se acontecer alguma coisa pra ser feita essa imunização, mas pode ser apenas 
profilática também. 
- Imunização Ativa = faz o corpo produzir os anticorpos depois do antígeno ser 
administrado. Geralmente, é profilática. 
 
- Passiva Natural = é quando a mãe transfere anticorpos pro feto, no caso do IgG 
(único anticorpo que atravessa a placenta). Depois que nasce, a mãe continua passando 
Imunização 
Giovanna Lopes 
anticorpos pro bebê, mas agora é IgA, através do leite materno. Ocorre de forma natural 
e fisiológica. 
- Passiva Artificial = aqui tem que ter algum acontecimento, como uma picada de 
cobra ou de aranha (soro anti-ofídico), infecção com o sangue de alguém que tenha 
hepatite B (soro anti-hepatite B). São anticorpos prontos que vão ser administrados 
depois de algum evento (acidentes). 
 Anticorpos heterólogos = significa que foi produzido em outros animais. 
 Anticorpos homólogos = significa que são anticorpos humanos. Foi produzido 
em outro humano e está passando pro indivíduo afetado. 
Nesses dois casos de imunização passiva (natural e artificial), o indivíduo não vai 
formar memória porque aqueles anticorpos não foram produzidos por ele, são de 
outros animais ou outras pessoas. 
 
Exemplo de Passiva Natural: leite materno (IgA) e via transplacentária da mãe para o 
feto principalmente no último trimestre da gestação (IgG). 
Exemplo de Passiva Artificial: tem que acontecer um acidente, como acidente ofídico 
(jararaca e cascavel são as 2 cobras que possuem veneno, uma atua na cascata de 
coagulação, gerando hemorragias internas, e a outra atua na paralisia muscular – o soro 
é dado de acordo com a descrição da cobra e epidemiologia do local), infecção pela 
bactéria do tétano, a qual é muito resistente no meio ambiente por ser esporulado (se 
furar com uma superfície enferrujada – existe soro anti-tétano) e a doença hemolítica do 
recém-nascido (a explicação está na outra transcrição), doença grave e pode levar à 
óbito. 
 
Venenos de cobras, aranhas, escorpião... 
Toxinas bacterianas como o tétano, difteriana, botulínica... 
Neutralização viral, como o soro da raiva humana, soro da hepatite B... 
- Imunodeficiência humoral grave = algumas pessoas nascem sem a produção de 
anticorpos (imunoglobulinas), geralmente é o IgA. Essa criança tem que ir de 2 em 2 
meses no hospital e receber de forma artificial uma infusão de anticorpos que estão 
faltando no organismo. 
 
São heterólogos porque são produzidos em outros animais. 
São policlonais porque os anticorpos não consegue ser 100% purificados (na separação 
sempre vem outros tipos de anticorpos – que não seja o alvo – e podem se ligar em 
outros locais também, não só no local-alvo / o anticorpo também pode vir com baixa 
afinidade, se ligando a sítios diferentes e em mais de um alvo), então não são 
altamente específicos. Então, podemos ter nesse meio outros anticorpos em pequenas 
quantidades ou o próprio anticorpo que era pra ser pode não ser apto e baixa avidez, 
tendo reações cruzadas, se ligando em outros locais. 
Como esses soros são produzidos? 
No exemplo acima, temos um cavalo que será uma injeção de veneno da cobra (ou do 
escorpião, o que for) em doses não letais. O cavalo vai receber o antígeno do veneno e 
depois de alguns dias ele passa a produzir os anticorpos. Esses anticorpos estão no soro 
sanguíneo, então vai ser coletado o sangue do cavalo e vai ser separado o soro (parte 
líquida do sangue) das células sanguíneas. Após isso, esses anticorpos são purificados. 
A maioria dos nossos soros são heterólogos. Mas geralmente não se usa mais cavalos 
porque são grandes, requerem espaço maior, comem mais... Então, são usados animais 
menores, como os coelhos, carneiros e cabras. 
O cachorro, o gato e o morcego são os 3 principais animais que transmitem a raiva 
(estão sempre com o vírus no organismo e transmissão é por mordida, arranhão ou 
lambida). Houve vários casos de crianças com raiva em Minas Gerais, com óbitos (a 
raiva é um vírus muito letal). Existe soro e vacina contra a raiva. Quem toma vacina são 
os veterinários e pessoas que trabalham com morcegos, mas a população em geral só 
toma a vacina após o acidente com o morcego, pois ela não consta no calendário vacinal 
brasileiro. Após o acidente, se toma a vacina e o soro juntos, obtendo os mecanismos 
ativo e passivo (pelo soro anti-rábico, feito em animais ou humano) para a imunização. 
Não existe remédio pra raiva. Nessa doença a pessoa não consegue nem engolir em 
razão da paralisia muscular causada. Não engolem a saliva e ficam com ela escorrendo 
da boca. O vírus da raiva ataca o cérebro (é neurotrópico), com intensas alterações de 
humor (pode estar apática em um momento e agitada em outro, subitamente). Os 
cachorros e gatos geralmente tomam a vacina da raiva, então a maioria dos casos é de 
animais silvestres, como o macaco, o morcego (morde muito, então a pessoa toma o 
soro e a vacina). 
 
Outro meio de conseguir soros heterólogos, dessa em camundongos: é mais fácil, são 
menores, ocupam menos espaço, mas é mais caro, porque só são usados uma vez. 
O veneno é injetado e o camundongo produz linfócitos B com produção de anticorpos. 
Os linfócitos B que produzem anticorpos contra o veneno é fundido com as células do 
mieloma (é um câncer de linfócito B). A característica desse câncer é que ele é imortal, 
se divide várias vezes. O objetivo é conseguir um linfócito B que produza um anticorpo 
específico para o antígeno e que nunca mais morra. 
O linfócito B do camundongo e as células do mieloma fundidos formam um hibridoma 
(“duas coisas juntas”). Mas, vai acontecer de um não prestar, outro não ser específico, 
até ser encontrado um específico e que tenha a capacidade de se perpetuar 
(imortalidade). Esse vai ser trazido para o meio de cultura e não vai mais ser necessário 
o uso do camundongo, é só alimentar o meio de cultura e vão ficar produzindo apenas 
um tipo de anticorpo, por isso vão ser chamados de monoclonais (não tem a influência 
de outros anticorpos, são altamente específicos, se ligam só em um alvo). 
Como hoje em dia, os cientistas estão sendo pressionados a não trabalhar mais em 
animais, provavelmente só haverão anticorpos monoclonais no futuro. Embora sejam 
mais caros, são melhores e mais eficazes. 
O Rituximab é um anticorpo contra o linfócito B presente na célula CD20. 
O Infliximab é contra a toxina TNF (tumor de necrose tumoral). É oferecido pelo SUS, 
pode ser tomado por pacientes com artrite reumatoide em quadro agudo. 
Todos esses anticorpos terminam com o sufixo “-mab”, que significa Monoclonal 
Anti-Body. 
No COVID, também foram usados um anticorpo monoclonal contra a toxina IL6 
altamente inflamatória, e foi usado justamente pra diminuir essa inflamação severa. 
 
Vem de humano para humano = “homo” 
São selecionados de humanos e são mais difíceis de ter porque é necessário um doador 
que fique fornecendo isso. 
No COVID, algumas pessoas que convalesceram (que melhoraram da doença) doavam 
seu sangue, era separado em soro, e esse soro era administrado em pessoas que ainda 
estavam doentes. Não houve melhora significativa. 
O SUS oferece todos do exemplo. 
A vantagem desse tipo de soro é a diminuição do fator alótipo (diferença entre um 
anticorpo e outro). 
 
Existem também 2 meios: pegar a doença ou tomar a vacina. 
- Ativa Natural = a pessoa pega a doença e se imuniza sozinha, afinal ela irá começar a 
produzir anticorpos. Dependendo da doença, você pode tomar vacina se já tiver pegado 
ela (Hepatite B, COVID...) 
- Ativa Artificial = geralmente a vacina é de caráter preventivo, pra quando a pessoa 
pegar a doença, não ficar doente ou não fazera forma grave da doença. 
 
História da vacina. 
Existe uma doença chamada varíola, que afeta principalmente crianças e as levava a 
óbito. Era uma doença altamente infecciosa e tinha uma mortalidade significativa. 
A varíola dava umas pústulas na pele. Então, os chineses pegavam essas pústulas, 
maceravam, esquentavam e sopravam nas narinas das crianças que não tinham varíola. 
Fazendo isso, já se tinha uma atenuação da doença, com o risco de morte sendo 
diminuído significativamente. 
Ainda não temos vacina nasal, ainda está sendo desenvolvida e será um spray nasal e 
vai induzir IgA. 
 
Durante muitos séculos a varíola ficou dominante, causando óbitos de muitas crianças. 
 
Um médico inglês percebeu que crianças de uma certa idade pegavam muito varíola, era 
endêmico na cidade, mas as crianças que viviam no campo e lidavam com o gado 
tinham muito mais resistência para pegar ou tinham quadros mais leves quando 
pegavam. Essas crianças tinham contato com o gado que tinham pústulas de uma 
doença muito parecidas com a varíola humana. 
A criança tomou o leite da vaca com essa doença e desenvolveu os anticorpos IgA, 
imunizando passivamente a criança, mesmo que não traga memória. Nesse caso, o vírus 
foi disperso da pústula, a criança respira esse vírus, fazendo uma infecção 
primariamente nos pulmões e depois se espalhando pelo resto do corpo. Essa infecção 
faz com que a criança produza IgG, obtendo os anticorpos de memória finalmente. 
 
Um médico britânico injetou em uma criança um pouquinho da pústula bovina, e o 
colocou em contato com as crianças da cidade depois de alguns dias. Essa criança não 
adquiriu a doença. 
 
Depois de um tempo, a comunidade começou a ser vacinada, mesmo que nem todos 
aderissem a isso, por ser algo novo e causar medo. 
 
O vírus cowpox (vaca) e smallpox (humano, pequeno) possuem alguns epítopos iguais e 
outros diferentes. O cowpox não faz infecção em humanos, a pessoa pode respirar ele e 
fazer anticorpo contra ele, mas ele não tem infecções de sinal e sintomas, não entram na 
nossa célula. Mas, os anticorpos que o organismo faz pro cowpox uma parte deles vai 
funcionar para o smallpox (contra a varíola humana, por exemplo. A pessoa faz 
anticorpos contra a varíola da vaca e uma parte desses anticorpos são usados contra a 
varíola humana). 
Existe a vacina da BCG que é contra a tuberculose, mas não é administrado o 
Mycobacterium tuberculosis, e sim o bacilo que é mais parecido com o da tuberculose, 
pois possuem epítopos parecidos e é possível fazer uma reação cruzada também. 
 
A criança vacinada pega a doença, mas tem poucas pústulas, e o não vacinado apresenta 
várias pústulas. Isso mostra que a vacina tem a capacidade de reduzir a infecção. 
Hoje em dia não existe mais varíola no mundo graças à vacina. 
O sarampo e a paralisia infantil estavam quase erradicados, mas voltaram a ter surtos de 
sarampo no Brasil por conta da queda da adesão da vacinação. A vacina do sarampo é 
tida como esterilizante, sendo muito raro a pessoa pegar sarampo depois de tomar a 
vacina. É diferente da vacina do COVID, que geralmente se pega a doença ainda, mas 
não de forma severa. 
 
A população aprende de maneira errada que a vacina só serve pra não se pegar aquela 
doença. 
A vacina do sarampo evita fortemente infecções sintomáticas. 
A vacina da paralisia infantil e do COVID evita sequelas. 
A vacina da gripe, do tétano, da difteria e contra pneumonias e meningites evita 
internações e mortes. 
É mais barato vacinar a população inteira do que ficar pagando hospital pra pessoa, o 
custo do SUS com esses pacientes. 
Geralmente, os vírus e bactérias que são eleitas pra virarem vacina causam muita 
internação, morte e sequelas. 
Geralmente, as vacinas são sempre só contra vírus e bactérias, quase nunca contra 
protozoários porque estes não induzem uma boa resposta imune no organismo (como a 
malária ou a doença de Chagas). 
 
Lembrando que os adjuvantes potencializam a inflamação. Se o antígeno da vacina é 
apresentado em um meio hiperinflamatório, o linfócito T é ajudado a se ativar contra 
esse antígeno. 
No conservante pode estar presente um pouco de antibiótico ou antifúngico. Servem 
pra eliminar qualquer microrganismo que queira contaminar a substância. 
Os estabilizantes ajudam o antígeno a não se degradar. Pode ser usado mercúrio (em 
doses muito pequenas) e outros. Servem para estabilizar e não deixar a fórmula 
molecular da proteína sair da sua composição ativa quaternária ou terciária (é a forma 
que ela potencialmente ativa melhor o sistema imune) e diminua para a secundária ou 
primária. 
 
Por enquanto, só existe esses 2 tipos de administração de vacinas. 
- Via oral = é a “gotinha”. Já consegue neutralizar o patógeno na sua entrada, porque 
muitos deles entram por via oral. Geralmente, essas vacinas são para vírus e bactérias 
que fazem infecção intestinal (rotavírus, poliomielite – vírus é transmitido por água e 
alimentos contaminados). A desvantagem é que a maioria dos antígenos são quebrados 
no estômago, onde ocorre a quebra de proteínas, por isso não são todas as vacinas que 
conseguem ser administradas por via oral. Como a mucosa é um local muito anti-
inflamatório, o organismo pode acabar induzindo tolerância a esses antígenos (presença 
de muitos linfócitos Treg, muitas citocinas anti-inflamatórias – IL-10, TGF beta). Não é 
das melhores vacinas, embora tenha vacinas que possam funcionar muito bem, como a 
do rotavírus e cólera (a pessoa morria de desidratação de tanta diarreia – a vacina só é 
usada em casos de endemia). 
- Via intramusculares = é a principal via de administração de vacinas. Por necessitar 
de adjuvantes, é uma vacina que pode doer e dar uma febrícula, mas faz parte do 
processo da vacinação. 
Existe uma 3ª via que ainda está em desenvolvimento que é a via nasal, onde será usado 
um spray nasal, que desenvolverá IgA principalmente pra área da mucosa nasal. A USP 
e nos outros continentes estão desenvolvendo a vacina por via nasal para o COVID. O 
objetivo é ser usada principalmente em crianças pequenas. 
 
No exemplo, temos um vírus. O cientista pode fazer com que esse vírus perca a 
capacidade virulenta dele. Assim, pode ser administrado no paciente o vírus vivo, mas 
não virulento. O vírus também pode ser morto e ser administrado apenas a forma dele. 
Também pode ser tirado um pedaço da estrutura do vírus e administrar isso. 
O cientista também pode pegar o ácido nucleico desse vírus (DNA ou RNA) e colocar 
em um adenovírus, injetar na célula e deixar ela produzir o antígeno. Ou também pode 
ser injetado o ácido nucleico direto e a célula vai produzir o antígeno. 
No caso do ácido nucleico ser injetado, a célula do corpo humano vai produzir o 
antígeno sozinha. Depois disso, o sistema imune vai responder com os anticorpos. 
Nesse caso, o organismo produz tanto o antígeno quanto o anticorpo. 
No caso de ser partes do vírus, o antígeno já é administrado normalmente na 
vacina, o corpo não precisa produzir. 
 
São vacinas com microrganismos vivos, porém atenuados (perdeu o poder de causar 
infecção). 
Os epítopos imunodominantes são aqueles que eu consigo formar uma boa resposta 
imune. 
 
No exemplo, há um vírus infectante. O vírus possui a chave pra entrar nas nossas 
células, de forma bem passiva, a célula “deixa” ele entrar, se replicar, depois ele rompe 
essa célula e vai infectar outras. 
Em laboratório, retira-se esse vírus do corpo humano e o coloca no meio de cultura 
celular. Então, troca-se a “fechadura” de uma célula. O vírus ainda conseguirá entrar, 
mas de forma mais lenta. Quanto mais tempo o vírus ficar do lado de fora da célula, 
mais chances tem de o sistema imune pegar ele. Quanto mais rápido o vírus entrar na 
célula, mais ele se protege do sistema imune. 
Não é vantajoso para o vírus perder tempo tentando girar a chave na célula, então ele 
vai sofrer uma mutação. Com isso, o vírus muda seu receptor, conseguindo entrar 
naquela célulamodificada com mais rapidez novamente, se tornando mais 
infeccioso para essa célula. 
Depois disso, esse vírus do laboratório é injetado em uma célula humana, onde ele não 
vai conseguir girar a chave e não vai entrar, ficando do lado de fora esperando ser 
capturado pelo sistema imune, o qual também formará anticorpos contra esse vírus. 
Esse é um dos mecanismos. 
 
Outro mecanismo é o seguinte: a parte vermelha do exemplo é a “chave” do vírus, o 
mecanismo de virulência dele. A parte virulenta do vírus é retirada do DNA dele ou é 
feita uma mutação (mudou a parte virulenta por outra). Então, esse gene é inserido na 
vacina, assim caso esse vírus tente infectar o corpo humano, não conseguirá entrar e 
causar infecções. 
Esses são os 2 meios de administrar o vírus vivo, mas não virulento. 
 
Um outro exemplo é o da vacina da BCG, que é contra a tuberculose. A vacina é 
administrada na 1ª semana de vida da criança e deixa uma marquinha no braço. Isso é 
feito ao nascer porque uma criança que pega a tuberculose nos primeiros meses de vida 
tem risco de desenvolver a tuberculose miliar (aquela que é extrapulmonar e se espalha 
para o corpo todo), com risco de morte muito alto. 
Assim, é preconizado que, ao nascer, a primeira vacina a ser administrada na criança é a 
da BCG e a da hepatite B (se a criança pegar hepatite B nos primeiros meses de vida, 
pode evolui pra forma grave muito mais rápido e acentuado do que um adulto). 
Na vacina BCG não é administrado o bacilo da tuberculose, e sim o bacilo de 
Calmette-Guérrin, o qual compartilha epítopos com o bacilo da tuberculose, como 
no caso da varíola. Esse compartilhamento de epítopos vai servir então para responder 
e conter o bacilo da tuberculose. 
 
- Vantagens = esse tipo de vacina tem uma ótima eficácia porque ela mimetiza (imita) 
uma infecção natural (o vírus está vivo, está tentando entrar na célula, se move, etc.), 
como se fosse um vírus normal, mas sem o poder de causar a doença. 
Induz uma excelente resposta imune de memória celular (linfócitos TCD4 e TCD8) e 
humoral (anticorpos de memória – linfócitos B). 
- Desvantagens = pessoas com alguma doença que imunocomprometem seu organismo 
não pode tomar essa vacina porque o vírus vai ficar muito tempo tentando abrir a célula 
e entrar, vai ter tempo pra fazer uma mutação sem muito risco de ser destruído, pois o 
sistema imune dessa pessoa está comprometido. Nesses casos, pode ocorrer uma 
reversão da patogenicidade (foi administrado um vírus não patogênico, mas como a 
pessoa tinha um distúrbio imunológico, esse vírus teve uma reversão). 
As gestantes possuem aquela imunossupressão fisiológica, pessoas fazendo 
quimioterapia tomam altas doses de corticoide... 
A vacina da febre amarela é uma vacina aplicada com o microrganismo atenuado. Com 
o surto em Minas Gerais e em São Paulo, começaram a injetar ela em todo mundo. 
Algumas pessoas que tinha doenças de base não podiam receber essa vacina e elas 
tiveram febre amarela devido a reversão do vírus na vacina. 
Assim, existe um critério rigoroso para a administração dessa vacina. 
 
Antigamente, a catapora não estava no calendário vacinal brasileiro, mas percebeu-se 
que as pessoas que pegavam a catapora faziam uma meningite e encefalite, então passou 
a fazer parte da vacinação das crianças. 
O rotavírus é a gotinha. 
A vacina da dengue não tem no SUS e é pra quem nunca teve nenhum tipo de dengue. 
 
Nesse caso, vai-se ter a estrutura, o capsídeo do vírus, mas ele vai estar morto, vai ficar 
só a carcaça mesmo. 
O vírus pode ser morto por calor ou por agentes químicos (formaldeídos). O vírus ou a 
bactéria é inserida no formaldeído, morre, mas é preservado seus epítopos 
imunodominantes. 
O exemplo acima mostra o caso do coronavírus, onde seus genes são inativados através 
da beta-propiolactona, que quebra o ácido nucleico do vírus e fica só a carcaça. Esse 
processo é feito na Coronavac. 
 
Como o vírus está morto, todos podem receber essa vacina (inclusive grávidas, pessoas 
em tratamento de quimioterapias, pessoas imunossuprimidas...) 
A resposta favorecida é a de anticorpos (humoral) 
É preciso sempre adicionar os adjuvantes, que vão causar dor, edema e irritabilidade no 
local 
 
Exemplos de vacina com microrganismos inativados 
- Poliomelite = tem na forma de gotinha – via oral (com vírus vivo) e via intramuscular 
(com vírus morto – tipo Salk) 
- Raiva = é a única vacina que é administrada depois de um acidente, mas é considerada 
profilática, porque o vírus é de alta letalidade e a vacina evita a morte da pessoa. 
Vacina com microrganismo morto é a mesma coisa que vacina com microrganismo 
inativados. 
Vacinas atenuadas é a mesma coisa que vacina com microrganismos vivos. 
 
Antigamente, só era administrada a vacina do tipo Sabin (gotinha – via oral), a qual 
induz IgA e possui 3 tipos de vírus vivos, mas pouco virulentos = vacina atenuada 
Aconteceu que algumas crianças que tomavam a vacina no tipo Sabin (gotinha), elas 
desenvolviam a poliomielite, devido a algum distúrbio imunológico a criança não 
conseguia eliminar o vírus, o qual fazia uma mutação dentro do organismo e causava a 
poliomielite. Isso aconteceu na década de 1980, sendo exceção da exceção. 
O Ministério da Saúde não podia deixar de vacinar a população, então ficaram 
disponíveis tanto a vacina por via oral (gotinha) que é a do tipo Sabin, quanto a por 
via intramuscular que é do tipo Salk). 
A vacina do tipo Salk (intramuscular) possui 3 sorotipos de vírus mortos por 
formalina. 
Isso foi bom porque se a criança tiver dificuldade de eliminar o vírus da poliomielite do 
intestino dela, quando o vírus passar pra corrente sanguínea, já vai estar ali o IgG que 
vai capturar esse vírus. 
Na vacina Sabin se faz uma imunidade de mucosa e na vacina Salk se faz uma 
imunidade sistêmica (não é possível ter IgG no lúmen do intestino, mas assim que o 
vírus adentrar na corrente sanguínea, o IgG já vai estar lá pra eliminá-lo). 
A vacina Salk tem uma proteção um pouco menor do que a eficácia vacina Sabin. Como 
a Sabin tem o vírus vivo, vai se produzir muito mais IgA do que se produz IgG, já que a 
Salk tem o vírus morto. 
Isso é o suficiente, não houve mais casos de reversão de patogenicidade depois disso. 
Por isso é importante fazer o esquema vacinal completo na criança: administrar os dois 
tipos da vacina no 1º, 3º e 5º mês de vida. 
 
O Brasil tinha muitos casos principalmente na década de 1980, que foram diminuindo 
conforme os dois tipos de vacina foram sendo administradas. Hoje em dia, não se tem 
mais notícias de casos de transmissão de poliomielite dentro do Brasil, mas teve casos 
fora do país. 
O vírus se multiplica no intestino, onde ele faz uma doença menor. 
O vírus também pode se multiplicar sistemicamente, onde ele pode causar paralisia 
simétrica das pernas e fraqueza muscular, inclusive fraqueza pulmonar. As crianças com 
poliomielite tinham que ficar na respiração artificial, dentro de umas cápsulas que eram 
chamadas de “pulmões de ferro”. Hoje em dia não acontece mais isso por conta da 
vacinação. 
 
Primeiro, é visto quais foram os 3 vírus que mais internaram pacientes no ano 
passado. No exemplo tem dois tipos de Influenza A e um tipo de Influenza B. 
Baseado nesses dados, se começa a formular a vacina desse ano para a Influenza. 
O vírus da Influenza é injetado no ovo, onde o vírus irá se replicar, depois é 
retirado o vírus do ovo, é purificado, e depois vira vacina. 
Por isso, existem algumas vacinas que quem tem alergia a ovo não pode tomar, como a 
da Influenza e a da Febre Amarela (são as duas vacinas que são produzidas em ovos). 
Existem muitas vacinas sendo produzidas em ovos no Brasil. 
 
Tem algumas bactérias que sozinhas não vão fazer mal pro organismo, mas sim as 
toxinas que a bactéria produz. Existem duas: a diftérica e a antitetânica. 
Aqui é feito uma vacina contra a exotoxina (toxina que a bactéria vai expelir). 
Ocorre então a inativação da exotoxinaem sua porção tóxica (gerando o toxoide), 
como se fosse uma desfragmentação. Essas vacinas induzem uma excelente 
imunidade, tanto de resposta celular quanto humoral. 
Se a pessoa pisa no prego enferrujado e ela já tem tomado a vacina antitetânica, vai ser 
administrado somente um soro e uma dose de reforço da vacina. Se a pessoa não sabe se 
tomou, vai ser administrado todas as doses da vacina no calendário vacinal e o soro. 
 
Hoje em dia é difícil de ver as pessoas chegando nesse estado, mas o tétano apresenta 
uma tríade. 
“Tétano” significa “contrair e esticar”. Conforme a pessoa vai se contraindo, ela vai se 
encurvando, tendo vários espasmos até formar uma curva com a coluna (Opstótono). 
A outra ponta da tríade são alguns espasmos na face, gerando o risus sardonicus, 
deixando a boca trancada, com dificuldade de abrir a boca, o trismos. 
O tétano pode ser transmitido da mãe pro feto, mas não nascem apresentando a tríade do 
tétano, mas pode passar a apresentar os sinais e sintomas depois do 7º dia de 
nascimento. Antes se achava que se pagava tétano na rua, então não deixavam o bebê 
sair de casa nos primeiros dias de vida. Por isso a importância da vacinação no 
calendário da gestante. 
No exemplo temos o toxoide, a toxina que não faz efeito na gente, é administrado na 
vacinação e o organismo vai produzir um pouco de anticorpos. Quando a pessoa entra 
em contato com a toxina do tétano mesmo, a resposta de memória secundária vai ser 
muito mais robusta, fazendo um boom de anticorpos contra o tétano também em razão 
do soro e a dose de reforço da vacina que será administrada em casos de acidente, por 
isso é difícil as pessoas chegarem na fase da tríade do tétano hoje em dia. 
 
São vacinas produzidas contra bactérias que são capsuladas. Essa cápsula é uma forma 
de escapar do sistema imune, pois ele gosta de proteína, então com uma cápsula 
polissacarídica e lipídica é uma forma de evasão. 
A cápsula das bactérias é feita de carboidratos e lipídeos, que não são bons indutores 
de resposta imune. 
Se apenas a cápsula polissacarídica fosse administrada na vacina, o organismo só ia 
induzir uma resposta de linfócito B inato (produzem o IgM que não é legal porque não é 
de memória, não tem alta afinidade...), sem atingir o objetivo da vacinação que é 
produzir anticorpos de memória. 
Assim, a cápsula polissacarídica da bactéria é conjugada com uma proteína 
carreadora. A cápsula acaba virando um hapteno, e geralmente a proteína carreadora 
que usam é o toxoide (induz uma boa resposta imune), mas será um coadjuvante na 
vacina. 
Então ocorre a fagocitose, a apresentação de antígenos, sendo formados anticorpos de 
memória contra o polissacarídeo da bactéria. 
Também é possível fazer anticorpos adaptativos contra o polissacarídeo da bactéria, mas 
não são muito bons porque não serão de memória muito longas, são mais curtas. 
Não produz os melhores anticorpos em termos de tempo de vida, mas mesmo assim 
serve pra proteger principalmente crianças. 
 
- Haemophilus ingluenza tipo B = não é o vírus da Influenza, é uma bactéria que causa 
meningite. 
- Bactérias meningococos = causam meningite (a maioria é do tipo C – tem no SUS) 
 
É quando é escolhido uma proteína da bactéria ou do vírus e é fabricada no 
laboratório, depois será administrada como vacina. 
Primeiro, se escolhe o alvo. No exemplo, é um receptor da proteína Spike do COVID. 
O ácido nucleio que traduz esse receptor e vira proteína é inserido em um meio de 
cultura, onde tem fungos e bactérias que vão produzir esses receptores. Depois é feito 
lise e purificação desse receptor, sendo administrado na pessoa para o seu organismo 
começar a produzir os anticorpos. 
 
A vacina da hepatite B também é assim. 
No exemplo, a bolinha verde é o Anti-Hbs (antígeno de superfície da hepatite B). O 
DNA da hepatite B é inserido dentro de uma levedura que irá produzir um anti-Hbs 
igualzinho. Depois é feito uma lise e purificação, ficando com o HbsAg purificado. 
A prefeitura de Manaus paga para que meninos e meninas sejam vacinados contra o 
HPV (sorotipo 18 e 16 – contra o câncer) devido ao enorme número de casos de câncer 
de colo de útero. No particular se consegue mais dois sorotipos (6 e 11 contra o 
condiloma culminado). 
 
São vacinas novas, só entraram agora com o COVID. Antes do COVID, a única vacina 
com ácido nucleico era a do Ebola e era pouquíssimo usada. 
- DNA = Os ácidos nucleicos de DNA podem ser administrados diretamente ou um 
adenovírus pode transportar esse DNA até a célula-alvo, como se fosse um carteiro, 
entregando o DNA na célula que é pra ser. O adenovírus não faz infecção, mas o 
organismo pode sim fazer uma resposta imune contra o adenovírus só por conta de ele 
ser um vírus, mas ele não agride. 
- RNA = Trabalhar com essa molécula não é fácil porque ela se destrói por qualquer 
coisa. Para conservar a molécula, desenvolveram o RNA dentro de uma partícula 
lipídica, tendo que se manter refrigerado entre -20 a -70ºC, sendo necessária uma rede 
de refrigeração que não possui no SUS, pois 99% das vacinas são refrigeradas em 
geladeiras, e no caso do RNA é necessária uma refrigeração melhor que a do freezer. 
Hoje em dia, a própria fabricante desse tipo de vacina vai ajudar dando um mini-freezer 
pra ajudar no transporte até onde tem que chegar com -70ºC. Se não estiver nessa 
temperatura específica, o RNA se degrada e a vacina não fará efeito, não produzindo o 
antígeno necessário. 
 
Basicamente, as duas funcionam do mesmo jeito. 
- Vacina de RNA = irá para o citoplasma e vai direto no ribossomo, que produzirá a 
proteína Spike. Essa proteína é jogada pra fora da célula e será fagocitada pela APC. 
- Vacina de DNA = já existem fabricantes que fazem a vacina injetando o DNA direto. 
A maioria das vacinas, principalmente as do Brasil, usam o adenovírus pra jogar esse 
DNA dentro da célula primeiramente. Como a molécula é DNA, ela vai pro núcleo, 
depois ela vira RNA, depois ela passa nos ribossomos e produz as proteínas Spikes. 
Nesse tipo, irá demorar um pouco mais pra produção de proteínas Spike, mas nos dois 
tipos as nossas células vão conseguir produzir a proteína. 
A proteína Spike então é fagocitada pela APC, que apresentará para o linfócito T, que 
vai induzir uma excelente resposta de linfócito T citotóxico (DNA) ou resposta 
humoral com os linfócitos B (RNA). 
Por conta desse processo, o tempo de intervalo de vacinação entre doses é um pouco 
maior. Isso ocorre porque é preciso dar tempo de produzir (demora dias), apresentar, 
ativar a resposta imune. Enquanto que nas outras vacinas já tem o produto pronto, 
nas vacinas de ácido nucleico o corpo ainda vai produzir esse produto. 
A Pfizer é utilizada no Brasil e a Moderna é nos EUA. 
Na Johnson-Johnson é feita em uma única dose, onde o adenovírus leva, entrega e o 
organismo produz. 
Na Astrazeneca, são 2 doses utilizando o mesmo adenovírus, e só pelo fato de ser um 
vírus, o corpo pode produzir resposta contra ele. 
Na Sputnik Z, são 2 doses, mas na 1ª dose é um tipo de adenovírus, e na 2ª dose é outro 
tipo de adenovírus, justamente pra evitar que a pessoa faça uma resposta contra o 
adenovírus da 1ª dose. Não é aplicada no Brasil. 
A vacina Ebola também é de adenovírus, usada só em profissionais da saúde e pessoas 
expostas ao vírus, sendo uma vacina bem restrita. 
 
- Efeitos esperados = são aqueles que normalmente ocorrem depois da vacina. Febre 
(geralmente é uma febrícula), dor e edema no local... 
- Efeitos graves = convulsões febris geralmente em crianças são mais graves, choque 
anafilático acontece muito em pessoas que já são alérgicas (nos testes da vacina do 
COVID, algumas pessoas tiveram essa reação), fenômeno de Arthus (acontece 
principalmente em pessoas que já tiveram COVID. Essas pessoas ainda tinham muito 
anticorpo presente e foram se vacinar. Onde os anticorpos se depositaram houve 
inflamação, no caso foi no local da aplicação. Então, se tiver muito anticorpo no sangue, 
apessoa deve esperar eles diminuírem antes de se vacinar) e a Síndrome de Guillain-
Barré (a mielina dos neurônios é atacada e acaba-se tendo paralisia muscular e paralisia 
respiratória, de acordo com a evolução. É reversível). São efeitos raros. 
- Efeitos inesperados = acontece de um em um milhão. 
 
- Fatores relacionados ao hospedeiro: 
 Se o hospedeiro não tiver com boa imunidade (lembrando que a boa 
imunidade tem 4 pilares: alimentação, exercício físico, sono e boas relações 
interpessoais), ele não terá uma eficácia tão alta na vacina. Por exemplo, a 
vacina da Pfizer tem 94% de eficácia, mas nas pessoas com baixa imunidade terá 
64% de eficácia. 
 No caso da idade, as crianças possuem poucos anticorpos de memória, mas 
possuem muito linfócitos T naive para formar memória. Geralmente, a eficácia 
da vacina é muito maior na criança do que no idoso, no qual tem perca de 
eficácia da vacina, sendo obrigado a tomar todas as doses e as de reforço da 
vacina. 
 Se o indivíduo estiver com alguma infecção por outros agentes infecciosos, 
onde ele terá que compartilhar o sistema imune dele, fazendo uma imunidade 
contra a vacina. Por exemplo, se a pessoa estiver gripada não poderá se vacinar. 
 Algumas pessoas não respondem a um dos componentes da vacina. Um 
exemplo é a Hepatite B, onde algumas pessoas que recebem o HBsAg não 
conseguem encaixar eles no HLA delas, tendo anergia a essa vacina, já tomaram 
5 doses e não conseguem formar anticorpos contra o vírus da Hepatite B. 
- Fatores relacionados à vacina: 
 Por exemple, se a vacina do vírus da gripe foi escolhida errada, onde um vírus 
do ano passado foi escolhido, mas não será esse vírus que causará infecções 
nesse ano, haverá uma falha na cobertura. 
 Pouca ou muita dose administrada. 
 Se era pra ter tomado 3 doses e a pessoa só tomou 2. Dependendo do que for, a 
pessoa tem que refazer o esquema vacinal desde o início ou só completa (dose 
dada é dose realizada – então, se conta a partir da 2ª ou 3ª dose). 
 A vacina deve sair refrigerada da fábrica e deve chegar refrigerada no braço da 
pessoa. Os frascos da vacina não podem ficar fora do isopor ou em cima da 
bancada. No Brasil, nós temos uma boa rede de frios, podendo ser 
disponibilizadas vacinas para o interior sem perder a eficácia. 
 
Por exemplo, uma pessoa da China pegou o COVID e transmitiu pra muitas outras 
pessoas. Sempre vai ter uma pessoa que não vai pegar COVID (pode ser que tenha o 
HLA muito bom ou fazer uma resposta T muito protetora), não vai ter nem sinais nem 
sintomas, graças ao HLA da nossa população. 
Se caso só os profissionais da saúde fossem vacinados e o restante da população não 
for, o SUS ainda ficará sobrecarregado. Toda campanha de vacinação tem uma meta a 
ser atingida, que é vacinar 80% da população. Se essa meta não for atingida, o SUS fica 
sobrecarregado. Na China ainda não bateram a meta de vacinação, ainda estão tendo 
ondas de casos, ainda em estado de alerta. 
A imunidade de rebanho é quando se tem a maioria das pessoas imunizadas. Quando 
alcançada, a espalhabilidade da doença é muito diminuída. 
Por exemplo, a pessoa em vermelho no 3º exemplo pegou o COVID (pode ter sido 
imunizado também e ter tido uma anergia, ou ter tido uma recusa vacinal). Essa pessoa 
está cercada de pessoas vacinadas, as quais quebram o ciclo da doença, não deixando a 
doença se espalhar. 
Essa imunidade de rebanho só se acontece por meio da vacina. 
Quando a 2ª onda de COVID passou (sem vacina), a 3ª onda veio com um número 
muito maior de casos, mas com poucas mortes (com vacina). Também se tinha mais 
testes de farmácia, mais acessibilidade ao teste. 
 
1 – O mercúrio presente nas vacinas causa autismo. 
2 – Vacinas provocam desmaios. Isso poderia acontecer com adolescentes, mas por 
causa da ansiedade e do medo da picada. 
3 – Vacinas causam esclerose múltipla. 
4 – Vacina da gripe causa gripe. Idosos acreditam muito nisso. 
5 – Gestantes não devem tomar vacinas. As gestantes só não podem tomar as vacinas 
com vírus atenuados. 
6 – A mulher lactante não pode receber vacina. Não há contraindicações. 
7 – Tomar mais de um tipo de vacina é prejudicial. Não tem problema nenhum, se 
pode sim tomar vacinas concomitantes. 
 
A vacina da dengue é pra quem nunca teve dengue apenas. Se a pessoa já tem um 
sorotipo de dengue, não pode tomar essa vacina. Quando a pessoa pega dengue tipo 2, 
ela vai fazer anticorpos pra esse tipo. Quando ela pega um novo sorotipo, a dengue tipo 
3, os anticorpos existentes de ligam na dengue tipo 3, mas não neutraliza esse tipo. 
Quando ocorre a opsonização e a fagocitose, o vírus consegue se desligar do anticorpo e 
fazer a infecção dentro do macrófago/monócito que fez a fagocitose, sendo um 
mecanismo que o vírus usa pra entrar nas nossas células. Então, se a pessoas já tem 
anticorpos pra dengue e toma essa vacina, ela pode vir a ter a dengue hemorrágica. 
A vacina da gripe do SUS tem 3 sorotipos (2 Influenzas A e 1 Influenza B) e a paga 
tem 4 sorotipos (2 Influenzas A e 2 Influenzas B).

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