Buscar

Etica e Legis Prof_GRAD__UN04

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 36 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 36 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 36 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Ética e 
LegislaçÃo 
ProfissionalU4
Objetivo do estudo
Após a conclusão desta unidade o aluno será capaz de:
- Identificar valores, direitos e deveres que permeiam a profissão e os 
princípios que norteiam a prática da Engenharia;
- Conhecer os procedimentos para instauração, instrução e julgamento 
dos processos de infração ao Código de Ética Profissional;
- Refletir sobre os significados dos princípios e valores éticos profissionais;
- Conhecer a Política Nacional de Resíduos Sólidos;
- Conhecer a Política de Educação Ambiental.
Código de ética 
profissional e 
as políticas
de resíduos sólidos e educação ambiental
Registro e Exercício Profissional Ética e Legislação Profissioal | UNISUAM 
2
4 T1 Código de ética profi ssional 
(Resolução nº 1002/02)
Deveres, condutas vedadas e direitos no desempenho 
das atividades profi ssionais
 
A Resolução nº 1.002, de 26 de novembro de 2002, adota o código de ética profi ssional 
da engenharia, da agronomia, da geologia, da geografi a e da meteorologia e dá outras 
providências.
Resolução 1002/02: http://normativos.confea.org.br/
ementas/visualiza.asp?idEmenta=542
saiba mais?
Registro e Exercício Profi ssional Ética e Legislação Profi ssioal | UNISUAM
3
Dos deveres
De acordo com o Art.9° são deveres do profissional:
I) ante o ser humano e seus valores: 
1. Oferecer seu saber para o bem da humanidade;
2. Harmonizar os interesses pessoais aos coletivos; 
3. Contribuir para a preservação da incolumidade pública;
4. Divulgar os conhecimentos científicos, artísticos e tecnológicos inerentes à profissão.
II) ante a profissão: 
1. Identificar-se e dedicar-se com zelo à profissão;
2. Conservar e desenvolver a cultura da profissão; 
3. Preservar o bom conceito e o apreço social da profissão;
4. Desempenhar sua profissão ou função nos limites de suas atribuições e de sua 
capacidade pessoal de realização;
5. Empenhar-se junto aos organismos profissionais para a consolidação da cidadania e 
da solidariedade profissional, e da coibição das transgressões éticas.
III) nas relações com os clientes, empregadores e colaboradores: 
1. Dispensar tratamento justo a terceiros, observando o princípio da equidade;
2. Resguardar o sigilo profissional quando do interesse de seu cliente ou empregador, 
salvo em havendo a obrigação legal da divulgação ou da informação;
3. Fornecer informação certa, precisa e objetiva em publicidade e propaganda pessoal; 
4. Atuar com imparcialidade e impessoalidade em atos arbitrais e periciais; 
5. Considerar o direito de escolha do destinatário dos serviços, ofertando-lhe, sempre que 
possível, alternativas viáveis e adequadas às demandas em suas propostas;
6. Alertar sobre os riscos e responsabilidades relativos às prescrições técnicas e às 
consequências presumíveis de sua inobservância; 
7. Adequar sua forma de expressão técnica às necessidades do cliente e às normas 
vigentes aplicáveis.
IV) nas relações com os demais profissionais:
1. Atuar com lealdade no mercado de trabalho, observando o princípio da igualdade de 
condições;
2. Manter-se informado sobre as normas que regulamentam o exercício da profissão;
3. Preservar e defender os direitos profissionais.
V) ante o meio:
1. Orientar o exercício das atividades profissionais pelos preceitos do desenvolvi- mento 
sustentável;
2. Atender, quando da elaboração de projetos, execução de obras ou criação de 
novos produtos, aos princípios e recomendações de conservação de energia e de 
minimização dos impactos ambientais;
3. Considerar em todos os planos, projetos e serviços as diretrizes e disposições 
concernentes à preservação e ao desenvolvimento dos patrimônios sociocultural e 
ambiental.
Registro e Exercício Profissional Ética e Legislação Profissioal | UNISUAM 
4
Das condutas vedadas 
O Art. 10 da Resolução nº 1.002, de 26 de novembro de 2002, deixa claro que, no exercício 
da profissão são condutas vedadas ao profissional:
I) ante o ser humano e seus valores: 
1. Descumprir voluntária e injustificadamente com os deveres do ofício; 
2. Usar de privilégio profissional ou faculdade decorrente de função de forma abusiva, 
para fins discriminatórios ou para auferir vantagens pessoais; 
3. Prestar de má fé orientação, proposta, prescrição técnica ou qualquer ato profissional 
que possa resultar em danos às pessoas ou a seus bens patrimoniais.
II) ante a profissão: 
1. Aceitar trabalho, contrato, emprego, função ou tarefa para os quais não tenha efetiva 
qualificação;
2. Utilizar indevida ou abusivamente do privilégio de exclusividade de direito profissional; 
3. Omitir ou ocultar fato de seu conhecimento que transgrida à ética profissional.
III) nas relações com os clientes, empregadores e colaboradores: 
1. Formular proposta de salários inferiores ao mínimo profissional legal; 
2. Apresentar proposta de honorários com valores vis ou extorsivos ou desrespeitando 
tabelas de honorários mínimos aplicáveis;
3. Usar de artifícios ou expedientes enganosos para a obtenção de vantagens indevidas, 
ganhos marginais ou conquista de contratos;
4. Usar de artifícios ou expedientes enganosos que impeçam o legítimo acesso dos 
colaboradores às devidas promoções ou ao desenvolvimento profissional;
5. Descuidar com as medidas de segurança e saúde do trabalho sob sua coordenação;
6. Suspender serviços contratados, de forma injustificada e sem prévia comunicação; 
7. Impor ritmo de trabalho excessivo ou exercer pressão psicológica ou assédio moral 
sobre os colaboradores.
IV) nas relações com os demais profissionais:
1. Intervir em trabalho de outro profissional sem a devida autorização de seu titular, 
salvo no exercício do dever legal;
2. Referir-se preconceituosamente a outro profissional ou profissão; 
3. Agir discriminatoriamente em detrimento de outro profissional ou profissão; 
4. Atentar contra a liberdade do exercício da profissão ou contra os direitos de outro 
profissional.
V) ante o meio:
1. Prestar de má fé orientação, proposta, prescrição técnica ou qualquer ato profissional 
que possa resultar em dano ao ambiente natural, à saúde humana ou ao patrimônio 
cultural.
Registro e Exercício Profissional Ética e Legislação Profissioal | UNISUAM
5
T2
Dos direitos
I) O Art. 11 reconhece os direitos coletivos universais inerentes às profissões, suas 
modalidades e especializações, destacadamente: 
1. À livre associação e organização em corporações profissionais; 
2. Ao gozo da exclusividade do exercício profissional;
3. Ao reconhecimento legal;
4. À representação institucional. 
II) O Art. 12 reconhece os direitos individuais universais inerentes aos profissionais, 
facultados para o pleno exercício de sua profissão, destacadamente: 
1. À liberdade de escolha de especialização; 
2. À liberdade de escolha de métodos, procedimentos e formas de expressão; 
3. Ao uso do título profissional;
4. À exclusividade do ato de ofício a que se dedicar;
5. À justa remuneração proporcional à sua capacidade e dedicação e aos graus de 
complexidade, risco, experiência e especialização requeridos por sua tarefa;
6. Ao provimento de meios e condições de trabalho dignos, eficazes e seguros; 
7. À recusa ou interrupção de trabalho, contrato, emprego, função ou tarefa quando julgar 
incompatível com sua titulação, capacidade ou dignidade pessoais; 
8. À proteção do seu título, de seus contratos e de seu trabalho; 
9. À proteção da propriedade intelectual sobre sua criação; 
10. À competição honesta no mercado de trabalho;
11. À liberdade de associar-se a corporações profissionais;
12. À propriedade de seu acervo técnico profissional.
Condução do processo 
ético disciplinar 
(Resolução nº 1004/03. 
Lei nº 9795/99. 
Decreto nº 4281/02)
Procedimento para instauração, instrução e 
julgamento das infrações do Código de Ética 
Profissional
Registro e Exercício Profissional Ética e Legislação Profissioal | UNISUAM 
6
Resolução 1004/03: http://normativos.confea.org.br/
ementas/visualiza.asp?idEmenta=544&idTiposEmen
tas=5&Numero=1004&AnoIni=&AnoFim=&PalavraChave=&buscarem=conteudo
saiba mais?
De acordo com Artigo 13 da Resolução nº 1.002, de 26 de novembro de 2002, a infração 
ética é constituída por todo ato cometido pelo profi ssional que atente contra os princípios 
éticos, descumpra os deveres do ofício, pratique condutas expressamente vedadas ou lese 
direitos reconhecidos de outrem. 
A Resolução n° 1.004, de 27 de junho de 2003, aprova o regulamento para a condução 
do processo ético disciplinar.
Do início do processo 
O processo será instaurado após ser protocolado pelo setor 
competente do CREA em cuja jurisdição ocorreu a infração, 
decorrente de denúncia formulada por escrito e apresentada.
Caberá à câmara especializada da modalidade do denunciado 
proceder a análise preliminar da denúncia, no prazo máximo 
de trinta dias, encaminhando cópia ao denunciado, para 
conhecimento e informando-lhe da remessa do processo à 
Comissão de Ética Profi ssional. 
A Comissão de Ética Profi ssional deverá proceder instrução 
do processo no prazo máximo de noventa dias, contados da 
data da sua instauração.
Acatada a denúncia:
A Comissão de Ética Profissional dará conhecimento 
ao denunciado da instauração de processo disciplinar, 
juntando cópia da denúncia, por meio de correspondência 
encaminhada pelo correio com aviso de recebimento, ou 
outro meio legalmente admitido, cujo recibo de entrega será 
anexado ao processo.
Não acatada a denúncia:
O processo será encaminhado à câmara especializada 
da modalidade do profi ssional, que decidirá quanto aos 
procedimentos a serem adotados. 
Registro e Exercício Profi ssional Ética e Legislação Profi ssioal | UNISUAM
7
O Art. 10 da Resolução n° 1.004, de 27 de junho de 2003 afirma que duas ou mais pessoas 
poderão demandar questão no mesmo processo. 
O processo instaurado será constituído de tantos quantos forem necessários, contendo até 
duzentas folhas cada, numeradas ordenadamente e rubricadas por servidor credenciado do 
Crea, devidamente identificado pela sua matrícula. 
Todos os atos e termos processuais – a denúncia, a defesa e os recursos – serão feitos por 
escrito, utilizando-se o vernáculo, com a data e o local de sua realização e a assinatura do 
responsável. 
O Artigo 12 diz que os processos de apuração de infração ao Código de Ética Profissional 
correrão em caráter reservado. Somente as partes envolvidas o denunciante e o denunciado 
– e os advogados legalmente constituídos pelas partes terão acesso aos autos do processo.
Da instrução do processo 
As atividades de instrução, destinadas a apurar os fatos, consistem na tomada de depoimento 
do denunciante, do denunciado e suas respectivas testemunhas, obtenção de todas as provas 
não proibidas em lei e na adoção de quaisquer diligências que se façam necessárias para o 
esclarecimento da denúncia. 
Como é feito o depoimento? 
O depoimento será tomado verbalmente ou mediante questionário, se requerido pela parte 
e autorizado pela Comissão de Ética Profissional, salvo no caso dos surdos-mudos, que 
poderão fazer uso de intérprete da Linguagem Brasileira de Sinais.
• A prova documental deverá ser apresentada em original ou cópia autenticada em cartório, 
ou ainda, cópia autenticada por servidor credenciado do Crea.
• As reproduções fotográficas serão aceitas como prova desde que acompanhadas dos 
respectivos negativos.
Registro e Exercício Profissional Ética e Legislação Profissioal | UNISUAM 
8
O denunciado poderá, na fase de instrução e antes da tomada da decisão, juntar documentos 
e pareceres, bem como apresentar alegações referentes à denúncia objeto do processo. 
No caso de tomada de depoimento ou quando for necessária a ciência do denunciado, 
a prestação de informações ou a apresentação de provas propostas pelas partes, serão 
expedidas intimações para esse fim, mencionando-se data, prazo, forma e condições para 
atendimento do requerido.
As testemunhas deverão ser apresentadas no prazo de até quinze dias antes da audiência 
de instrução. Elas falarão sob palavra de honra, declarando seu nome, profissão, estado 
civil e residência; se é parente de alguma das partes e em que grau; quais suas relações 
com quaisquer delas e seu interesse no caso, se houver; relatará o que souber, explicando 
sempre as razões da sua ciência. 
Durante a audiência de instrução a Comissão de Ética Profissional ouvirá em primeiro lugar o 
denunciante, em segundo o denunciado, e, em separado e sucessivamente, as testemunhas 
do denunciante e do denunciado. Cabe ressaltar que quem ainda não depôs, não pode 
assistir ao interrogatório da outra parte.
A audiência de instrução é una e contínua, sendo os interrogatórios efetuados num mesmo 
dia ou em datas aproximadas. A Comissão de Ética Profissional elaborará relatório contendo 
o nome das partes, sumário sobre o fato imputado, a sua apuração, o registro das principais 
ocorrências havidas no andamento do processo, os fundamentos de fato e de direito que 
nortearam a análise do processo e a conclusão, que será submetido à câmara especializada 
da modalidade do denunciado.
O relatório será submetido à aprovação da Comissão de Ética em pleno, na mesma sessão 
de sua leitura. A Comissão de Ética aprovará o relatório por votação em maioria simples, 
estando presentes metade mais um de seus membros. 
• No caso de haver rejeição do relatório, o coordenador designará novo relator para 
apresentar relatório substitutivo, na mesma sessão.
• Caso o relatório manifeste-se pela culpa do denunciado, deverá indicar a autoria, efetiva 
ocorrência dos fatos e a capitulação da infração no Código de Ética Profissional.
• Caso o relatório manifeste-se pela improcedência da denúncia, deverá sugerir o 
arquivamento do processo.
a Comissão de Ética 
Profissional ouvirá 
em primeiro lugar 
o denunciante, em 
segundo o denunciado
Registro e Exercício Profissional Ética e Legislação Profissioal | UNISUAM
9
Do julgamento
O relatório encaminhado pela Comissão de Ética Profissional será apreciado pela câmara 
especializada da modalidade do denunciado, que lavrará decisão sobre o assunto, anexando-a 
ao processo. 
• A decisão proferida pela câmara especializada e uma cópia do relatório da Comissão 
de Ética Profissional serão levados ao conhecimento das partes, por meio de 
correspondência encaminhada pelo correio com aviso de recebimento, ou por outro 
meio legalmente admitido, cujo recibo de entrega será anexado ao processo. 
• A decisão, se desfavorável ao denunciado, informará as disposições legais e éticas 
infringidas e a penalidade correspondente.
T3 Política Nacional de 
Resíduos Sólidos 
(Lei nº 12305/10)
Registro e Exercício Profissional Ética e Legislação Profissioal | UNISUAM 
10
Resíduos Sólidos
A Lei nº 12.305, de 2 de Agosto de 2010, institui a política 
nacional de resíduos sólidos; altera a lei no 9.605, de 12 de 
fevereiro de 1998; e dá outras providências. 
Lei 12305/10: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_
ato2007-2010/2007/lei/l11445.htm
saiba mais?
A Política Nacional de Resíduos Sólidos é responsável pela 
gestão integrada e o gerenciamento de resíduos sólidos, 
incluídos os perigosos, às responsabilidades dos geradores e 
do poder público e aos instrumentos econômicos aplicáveis. 
Quem está sujeito a Lei? 
As pessoas físicas ou jurídicas, de direito público ou privado, 
responsáveis, direta ou indiretamente, pela geração de 
resíduos sólidos e as que desenvolvam ações relacionadas 
à gestão integrada ou ao gerenciamento de resíduos sólidos.
Esta Lei não se aplica aos rejeitos radioativos, que são 
regulados por legislação específi ca. 
A Política Nacional de Resíduos Sólidos reúne o conjunto de 
princípios, objetivos, instrumentos, diretrizes, metas e ações 
adotados pelo Governo Federal, isoladamente ou em regime 
de cooperação com Estados, Distrito Federal, Municípios ou 
particulares, com vistas à gestão integrada e ao gerenciamento 
ambientalmente adequado dos resíduos sólidos.
PNRS - Política Nacional de Resíduos Sólidos
https://www.youtube.com/watch?v=Qx5Q-HuGmxgimportante!
Registro e Exercício Profi ssional Ética e Legislação Profi ssioal | UNISUAM
11
De acordo com o Art. 6° são princípios da Política Nacional de Resíduos Sólidos: 
I. A prevenção e a precaução; 
II. O poluidor-pagador e o protetor-recebedor; 
III. A visão sistêmica, na gestão dos resíduos sólidos, que considere as variáveis 
ambiental, social, cultural, econômica, tecnológica e de saúde pública; 
IV. O desenvolvimento sustentável; 
V. A eco eficiência, mediante a compatibilização entre o fornecimento, a preços 
competitivos, de bens e serviços qualificados que satisfaçam as necessidades 
humanas e tragam qualidade de vida e a redução do impacto ambiental e do 
consumo de recursos naturais a um nível, no mínimo, equivalente à capacidade 
de sustentação estimada do planeta; 
VI. A cooperação entre as diferentes esferas do poder público, o setor empresarial e 
demais segmentos da sociedade; 
VII. A responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos; 
VIII. O reconhecimento do resíduo sólido reutilizável e reciclável como um bem 
econômico e de valor social, gerador de trabalho e renda e promotor de cidadania; 
IX. O respeito às diversidades locais e regionais; 
X. O direito da sociedade à informação e ao controle social; 
XI. A razoabilidade e a proporcionalidade. 
Já o Art. 7° apresenta os objetivos da Política Nacional de Resíduos Sólidos: 
I. Proteger a saúde pública e a qualidade ambiental; 
II. Não gerar, reduzir, reutilizar, reciclar e tratar os resíduos sólidos, bem como 
disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos; 
III. Estimular a adoção de padrões sustentáveis de produção e consumo de bens e 
serviços;
IV. Adotar, desenvolver e aprimorar as tecnologias limpas como forma de minimizar 
impactos ambientais;
V. Reduzir o volume e a periculosidade dos resíduos perigosos; 
VI. Incentivar a indústria da reciclagem, tendo em vista fomentar o uso de matérias-
primas e insumos derivados de materiais recicláveis e reciclados; 
VII. Gestão integrada de resíduos sólidos; 
VIII. Articular as diferentes esferas do poder público
IX. Capacitação técnica continuada na área de resíduos sólidos; 
X. Regularidade, continuidade, funcionalidade e universalização da prestação dos 
serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos, com adoção 
de mecanismos gerenciais e econômicos que assegurem a recuperação dos custos 
dos serviços prestados, como forma de garantir sua sustentabilidade operacional 
e financeira, observada a Lei nº 11.445, de 2007; 
XI. Priorizar as aquisições e contratações governamentais para produtos reciclados 
e recicláveis, e ainda para bens, serviços e obras que considerem critérios 
compatíveis com padrões de consumo social e ambientalmente sustentáveis;
XII. Integrar os catadores de materias reutilizáveis e recicláveis nas ações que 
envolvam a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos;
XIII. Estimular a implementação da avaliação do ciclo de vida do produto; 
XIV. Incentivar o desenvolvimento de sistemas de gestão ambiental e empresarial 
voltados para a melhoria dos processos produtivos e ao reaproveitamento dos 
resíduos sólidos, incluídos a recuperação e o aproveitamento energético; 
XV. Estimular a rotulagem ambiental e o consumo sustentável. 
Registro e Exercício Profissional Ética e Legislação Profissioal | UNISUAM 
12
São instrumentos da Política Nacional de Resíduos Sólidos, entre outros: 
I. Planos de resíduos sólidos; 
II. Os inventários e o sistema declaratório anual de resíduos sólidos; 
III. A coleta seletiva, os sistemas de logística reversa e outras ferramentas 
relacionadas à implementação da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de 
vida dos produtos; 
IV. O incentivo à criação e ao desenvolvimento de cooperativas ou de outras formas 
de associação de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis; 
V. O monitoramento e a fi scalização ambiental, sanitária e agropecuária;
VI. A cooperação técnica e fi nanceira entre os setores público e privado para 
o desenvolvimento de pesquisas de novos produtos, métodos, processos 
e tecnologias de gestão, reciclagem, reutilização, tratamento de resíduos e 
disposição fi nal ambientalmente adequada de rejeitos; 
VII. A pesquisa científi ca e tecnológica; 
VIII. A educação ambiental; 
IX. Os incentivos fi scais, fi nanceiros e creditícios; 
X. O Fundo Nacional do Meio Ambiente e o Fundo Nacional de Desenvolvimento 
Científi co e Tecnológico; 
XI. O Sistema Nacional de Informações sobre a Gestão dos Resíduos Sólidos (Sinir); 
XII. O Sistema Nacional de Informações em Saneamento Básico (Sinisa); 
XIII. Os conselhos de meio ambiente e, no que couber, os de saúde; 
XIV. Os órgãos colegiados municipais destinados ao controle social dos serviços de 
resíduos sólidos urbanos; 
XV. O Cadastro Nacional de Operadores de Resíduos Perigosos; 
XVI. Os acordos setoriais; 
XVII. Os termos de compromisso e os termos de ajustamento de conduta;
XVIII. O incentivo à adoção de consórcios ou de outras formas de cooperação entre 
os entes federados, com vistas à elevação das escalas de aproveitamento e à 
redução dos custos envolvidos. 
Das diretrizes aplicáveis aos resíduos sólidos 
1 - Não geração
2 - Redução
3 - Reutilização
4 - Reciclagem
5 - Tratamento
6 - Disposição Final
Ordem de prioridade na 
gestão e no gerenciamento 
de resíduos sólidos
Lei 12305/10 art. 9º
Registro e Exercício Profi ssional Ética e Legislação Profi ssioal | UNISUAM
13
Ordem de prioridade: não geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento dos 
resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos. 
As tecnologias que visam a recuperação energética só poderão ser utilizadas se forem 
comprovadas as suas viabilidades técnicas e ambientais e com a implantação de programa 
de monitoramento de emissão de gases tóxicos aprovado pelo órgão ambiental.
O Art.10 declara que: Incumbe ao Distrito Federal e aos Municípios a gestão 
integrada dos resíduos sólidos gerados nos respectivos territórios, sem prejuízo 
das competências de controle e fiscalização dos órgãos federais e estaduais do 
Sisnama, do SNVS e do Suasa, bem como da responsabilidade do gerador pelo 
gerenciamento de resíduos, consoante o estabelecido nesta Lei. 
Incumbe aos Estados: 
I - promover a integração da organização, do planejamento e da execução das 
funções públicas de interesse comum relacionadas à gestão dos resíduos sólidos 
nas regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões.
II - controlar e fiscalizar as atividades dos geradores sujeitas a licenciamento 
ambiental pelo órgão estadual do Sisnama. 
A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão e manterão, de forma 
conjunta, o Sistema Nacional de Informações sobre a Gestão dos Resíduos Sólidos (Sinir), 
articulado com o Sinisa e o Sinima. 
Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios devem fornecer ao órgão federal responsável 
pela coordenação do Sinir, todas as informações necessárias sobre os resíduos sob sua esfera 
de competência, na forma e na periodicidade estabelecidas em regulamento.
Registro e Exercício Profissional Ética e Legislação Profissioal | UNISUAM 
14
Classificação dos resíduos sólidos
I - Quanto à origem: 
• Resíduos domiciliares: os originários de atividades domésticas em residências urbanas.
• Resíduos de limpeza urbana: os originários da varrição, limpeza de logradouros e vias 
públicas e outros serviços de limpeza urbana
• Resíduos sólidos urbanos: são os resíduos domiciliares+ os resíduos de limpeza urbana. 
• Resíduos de estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços: os gerados 
nessas atividades.
• Resíduos dos serviços públicos de saneamento básico: os gerados nessas atividades, 
exceto resíduos sólidos urbanos.
• Resíduos industriais: os gerados nos processos produtivos e instalações industriais; 
• Resíduos de serviços de saúde: os gerados nos serviços de saúde, conforme definido 
em regulamento ou em normas estabelecidaspelos órgãos do Sisnama e do SNVS; 
• Resíduos da construção civil: os gerados nas construções, reformas, reparos e 
demolições de obras de construção civil, incluídos os resultantes da preparação e 
escavação de terrenos para obras civis; 
• Resíduos agrossilvopastoris: os gerados nas atividades agropecuárias e silviculturais, 
incluídos os relacionados a insumos utilizados nessas atividades; 
• Resíduos de serviços de transportes: os originários de portos, aeroportos, terminais 
alfandegários, rodoviários e ferroviários e passagens de fronteira; 
• Resíduos de mineração: os gerados na atividade de pesquisa, extração ou 
beneficiamento de minérios.
II - Quanto à periculosidade: 
• Resíduos perigosos: aqueles que, em razão de suas características de inflamabilidade, 
corrosividade, reatividade, toxicidade, patogenicidade, carcinogenicidade, 
teratogenicidade e mutagenicidade, apresentam significativo risco à saúde pública ou 
à qualidade ambiental, de acordo com lei, regulamento ou norma técnica.
• Resíduos não perigosos: aqueles que não estão classificados como resíduos perigosos.
Registro e Exercício Profissional Ética e Legislação Profissioal | UNISUAM
15
T4 Os Planos Nacionais, Estaduais e Municipais 
de Resíduos Sólidos 
(Lei nº 12305/10)
PLANO NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS
Planos Estaduais de Resíduos Sólidos
Planos municipaisPlanos Intermunicipais
Planos de Gerenciamento de RS
Planos microregionais e 
de regiões Metropolitanas
Registro e Exercício Profi ssional Ética e Legislação Profi ssioal | UNISUAM 
16
Do Plano Nacional de Resíduos Sólidos 
A União elaborará, sob a coordenação do Ministério do Meio Ambiente, o Plano Nacional 
de Resíduos Sólidos, com vigência por prazo indeterminado e horizonte de 20 (vinte) anos, 
a ser atualizado a cada 4 (quatro) anos, tendo como conteúdo mínimo: 
I - Diagnóstico da situação atual dos resíduos sólidos; 
II - Proposição de cenários, incluindo tendências internacionais e macroeconômicas; 
III - Metas de redução, reutilização, reciclagem, entre outras, com vistas a 
reduzir a quantidade de resíduos e rejeitos encaminhados para disposição final 
ambientalmente adequada; 
IV - Metas para o aproveitamento energético dos gases gerados nas unidades de 
disposição final de resíduos sólidos; 
V - Metas para a eliminação e recuperação de lixões, associadas à inclusão social 
e à emancipação econômica de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis; 
VI - Programas, projetos e ações para o atendimento das metas previstas; 
VII - Normas e condicionantes técnicas para o acesso a recursos da União, para 
a obtenção de seu aval ou para o acesso a recursos administrados, direta ou 
indiretamente, por entidade federal, quando destinados a ações e programas de 
interesse dos resíduos sólidos; 
VIII - Medidas para incentivar e viabilizar a gestão regionalizada dos resíduos 
sólidos; 
IX - Diretrizes para o planejamento e demais atividades de gestão de resíduos 
sólidos das regiões integradas de desenvolvimento instituídas por lei complementar, 
bem como para as áreas de especial interesse turístico; 
X - Normas e diretrizes para a disposição final de rejeitos e, quando couber, de 
resíduos; 
XI - Meios a serem utilizados para o controle e a fiscalização, no âmbito nacional, 
de sua implementação e operacionalização, assegurado o controle social. 
Dos Planos Estaduais de Resíduos Sólidos 
A elaboração de plano estadual de resíduos sólidos é condição para os Estados terem acesso 
a recursos da União, ou por ela controlados, destinados a empreendimentos e serviços 
relacionados à gestão de resíduos sólidos, ou para serem beneficiados por incentivos ou 
financiamentos de entidades federais de crédito ou fomento para tal finalidade.
Serão priorizados no acesso aos recursos da União os Estados que instituírem microrregiões, 
para integrar a organização, o planejamento e a execução das ações a cargo de Municípios 
limítrofes na gestão dos resíduos sólidos. 
As microrregiões instituídas abrangem atividades de coleta seletiva, recuperação e 
reciclagem, tratamento e destinação final dos resíduos sólidos urbanos, a gestão de resíduos 
de construção civil, de serviços de transporte, de serviços de saúde, agrossilvopastoris ou 
outros resíduos, de acordo com as peculiaridades microrregionais. 
Registro e Exercício Profissional Ética e Legislação Profissioal | UNISUAM
17
O plano estadual de resíduos sólidos será elaborado para vigência por prazo indeterminado, 
abrangendo todo o território do Estado, com horizonte de atuação de 20 (vinte) anos e revisões 
a cada 4 (quatro) anos, e tendo como conteúdo mínimo: 
I - Diagnóstico, incluída a identifi cação dos principais fl uxos de resíduos no Estado 
e seus impactos socioeconômicos e ambientais; 
II - Proposição de cenários; 
III - Metas de redução, reutilização, reciclagem, entre outras, com vistas a 
reduzir a quantidade de resíduos e rejeitos encaminhados para disposição fi nal 
ambientalmente adequada; 
IV - Metas para o aproveitamento energético dos gases gerados nas unidades de 
disposição fi nal de resíduos sólidos; 
V - Metas para a eliminação e recuperação de lixões, associadas à inclusão social 
e à emancipação econômica de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis; 
VI - Programas, projetos e ações para o atendimento das metas previstas; 
VII - Normas e condicionantes técnicas para o acesso a recursos do Estado, para 
a obtenção de seu aval ou para o acesso de recursos administrados, direta ou 
indiretamente, por entidade estadual, quando destinados às ações e programas 
de interesse dos resíduos sólidos; 
VIII - Medidas para incentivar e viabilizar a gestão consorciada ou compartilhada 
dos resíduos sólidos; 
IX - Diretrizes para o planejamento e demais atividades de gestão de resíduos 
sólidos de regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões; 
X - Normas e diretrizes para a disposição fi nal de rejeitos e, quando couber, de 
resíduos, respeitadas as disposições estabelecidas em âmbito nacional; 
XI - Previsão, em conformidade com os demais instrumentos de planejamento 
territorial, especialmente o zoneamento ecológico-econômico e o zoneamento 
costeiro, de: 
a) Zonas favoráveis para a localização de unidades de tratamento de resíduos 
sólidos ou de disposição fi nal de rejeitos; 
b) Áreas degradadas em razão de disposição inadequada de resíduos sólidos ou 
rejeitos a serem objeto de recuperação ambiental; 
XII - Meios a serem utilizados para o controle e a fi scalização, no âmbito estadual, 
de sua implementação e operacionalização, assegurado o controle social. 
Além do plano estadual de resíduos sólidos, os Estados poderão elaborar planos 
microrregionais de resíduos sólidos, bem como planos específi cos direcionados às regiões 
metropolitanas ou às aglomerações urbanas.
Registro e Exercício Profi ssional Ética e Legislação Profi ssioal | UNISUAM 
18
Dos Planos Municipais de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos 
A elaboração de plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos, é condição para o 
Distrito Federal e os Municípios terem acesso a recursos da União, ou por ela controlados, 
destinados a empreendimentos e serviços relacionados à limpeza urbana e ao manejo de 
resíduos sólidos, ou para serem beneficiados por incentivos ou financiamentos de entidades 
federais de crédito ou fomento para tal finalidade. 
Serão priorizados no acesso aos recursos da União os Municípios que: 
I - Optarem por soluções consorciadas intermunicipais para a gestão dos resíduos 
sólidos, incluída a elaboração e implementação de plano intermunicipal, ou que 
se inserirem de forma voluntária nos planos microrregionais de resíduos sólidos 
referidos no § 1o do art. 16; 
II - Implantarem a coleta seletiva com a participação de cooperativas ou outras 
formas de associação de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis formadas 
por pessoas físicas de baixa renda. 
O plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos tem o seguinteconteúdo mínimo: 
I - Diagnóstico da situação dos resíduos sólidos gerados no respectivo território, 
contendo a origem, o volume, a caracterização dos resíduos e as formas de 
destinação e disposição final adotadas; 
II - Identificação de áreas favoráveis para disposição final ambientalmente 
adequada de rejeitos, observado o plano diretor de que trata o § 1o do art. 182 da 
Constituição Federal e o zoneamento ambiental, se houver; 
III - Identificação das possibilidades de implantação de soluções consorciadas ou 
compartilhadas com outros Municípios, considerando, nos critérios de economia 
de escala, a proximidade dos locais estabelecidos e as formas de prevenção dos 
riscos ambientais; 
IV - Identificação dos resíduos sólidos e dos geradores sujeitos a plano de 
gerenciamento específico nos termos do art. 20 ou a sistema de logística reversa 
na forma do art. 33, observadas as disposições desta Lei e de seu regulamento, 
bem como as normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama e do SNVS; 
V - Procedimentos operacionais e especificações mínimas a serem adotados nos 
serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos, incluída 
a disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos e observada a Lei nº 
11.445, de 2007; 
VI - Indicadores de desempenho operacional e ambiental dos serviços públicos 
de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos; 
VII - Regras para o transporte e outras etapas do gerenciamento de resíduos 
sólidos de que trata o art. 20, observadas as normas estabelecidas pelos órgãos 
do Sisnama e do SNVS e demais disposições pertinentes da legislação federal 
e estadual; 
VIII - Definição das responsabilidades quanto à sua implementação e 
operacionalização, incluídas as etapas do plano de gerenciamento de resíduos 
sólidos a que se refere o art. 20 a cargo do poder público; 
IX - Programas e ações de capacitação técnica voltados para sua implementação 
e operacionalização; 
X - Programas e ações de educação ambiental que promovam a não geração, a 
redução, a reutilização e a reciclagem de resíduos sólidos; 
XI - Programas e ações para a participação dos grupos interessados, em especial 
das cooperativas ou outras formas de associação de catadores de materiais 
reutilizáveis e recicláveis formadas por pessoas físicas de baixa renda, se houver; 
Registro e Exercício Profissional Ética e Legislação Profissioal | UNISUAM
19
XII - Mecanismos para a criação de fontes 
de negócios, emprego e renda, mediante a 
valorização dos resíduos sólidos; 
XIII – Sistema de cálculo dos custos da prestação 
dos serviços públicos de limpeza urbana e de 
manejo de resíduos sólidos, bem como a forma 
de cobrança desses serviços, observada a Lei nº 
11.445, de 2007; 
XIV - Metas de redução, reutilização, coleta 
seletiva e reciclagem, entre outras, com vistas a 
reduzir a quantidade de rejeitos encaminhados 
para disposição fi nal ambientalmente adequada; 
XV - Descrição das formas e dos limites da 
participação do poder público local na coleta 
seletiva e na logística reversa, respeitado o 
disposto no art. 33, e de outras ações relativas 
à responsabilidade compartilhada pelo ciclo de 
vida dos produtos; 
XVI - Meios a serem utilizados para o controle e a 
fi scalização, no âmbito local, da implementação e 
operacionalização dos planos de gerenciamento 
de resíduos sólidos de que trata o art. 20 e dos 
sistemas de logística reversa previstos no art. 33; 
XVII - Ações preventivas e corretivas a serem 
praticadas, incluindo programa de monitoramento; 
XVIII - Identifi cação dos passivos ambientais 
relacionados aos resíduos sólidos, incluindo 
áreas contaminadas, e respectivas medidas 
saneadoras; 
XIX - Periodicidade de sua revisão, observado 
prioritariamente o período de vigência do plano 
plurianual municipal. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-
2010/2007/lei/l11445.htm
aprofundando>
Registro e Exercício Profi ssional Ética e Legislação Profi ssioal | UNISUAM 
20
Para Municípios com menos de 20.000 (vinte mil) habitantes, o plano municipal de gestão 
integrada de resíduos sólidos terá conteúdo simplificado, na forma do regulamento. 
O disposto acima não se aplica a Municípios: 
I - Integrantes de áreas de especial interesse turístico; 
II - Inseridos na área de influência de empreendimentos ou atividades com 
significativo impacto ambiental de âmbito regional ou nacional; 
III - Cujo território abranja, total ou parcialmente, Unidades de Conservação. 
A existência de plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos não exime o 
Município ou o Distrito Federal do licenciamento ambiental de aterros sanitários e de outras 
infraestruturas e instalações operacionais integrantes do serviço público de limpeza urbana 
e de manejo de resíduos sólidos pelo órgão competente do Sisnama.
É vedado atribuir ao serviço público de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos a 
realização de etapas do gerenciamento dos resíduos em desacordo com a respectiva licença 
ambiental ou com normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama e, se couber, do SNVS. 
A inexistência do plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos não pode ser 
utilizada para impedir a instalação ou a operação de empreendimentos ou atividades 
devidamente licenciadas pelos órgãos competentes.
Do Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos 
Estão sujeitos à elaboração de plano de gerenciamento de resíduos sólidos: 
I - Os geradores de resíduos sólidos 
II - Os estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços que: 
a) gerem resíduos perigosos; 
b) gerem resíduos que, mesmo caracterizados como não perigosos, por sua 
natureza, composição ou volume, não sejam equiparados aos resíduos domiciliares 
pelo poder público municipal; 
III - As empresas de construção civil, nos termos do regulamento ou de normas 
estabelecidas pelos órgãos do Sisnama; 
IV - Os responsáveis pelos terminais e outras instalações referidas na alínea “j” 
do inciso I do art. 13 e, nos termos do regulamento ou de normas estabelecidas 
pelos órgãos do Sisnama e, se couber, do SNVS, as empresas de transporte; 
V - Os responsáveis por atividades agrossilvopastoris, se exigido pelo órgão 
competente do Sisnama, do SNVS ou do Suasa. 
Registro e Exercício Profissional Ética e Legislação Profissioal | UNISUAM
21
O plano de gerenciamento de resíduos sólidos tem o seguinte conteúdo mínimo: 
I - Descrição do empreendimento ou atividade; 
II- Diagnóstico dos resíduos sólidos gerados ou administrados, contendo a origem, 
o volume e a caracterização dos resíduos, incluindo os passivos ambientais a 
eles relacionados; 
III - Observadas as normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama, do SNVS e 
do Suasa e, se houver, o plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos: 
a) explicitação dos responsáveis por cada etapa do gerenciamento de resíduos 
sólidos; 
b) definição dos procedimentos operacionais relativos às etapas do gerenciamento 
de resíduos sólidos sob responsabilidade do gerador; 
IV - Identificação das soluções consorciadas ou compartilhadas com outros 
geradores; 
V - Ações preventivas e corretivas a serem executadas em situações de 
gerenciamento incorreto ou acidentes; 
VI - Metas e procedimentos relacionados à minimização da geração de resíduos 
sólidos e, observadas as normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama, do 
SNVS e do Suasa, à reutilização e reciclagem; 
VII - Se couber, ações relativas à responsabilidade compartilhada pelo ciclo de 
vida dos produtos, na forma do art. 31; 
VIII - Medidas saneadoras dos passivos ambientais relacionados aos resíduos sólidos; 
IX - Periodicidade de sua revisão, observado, se couber, o prazo de vigência da 
respectiva licença de operação a cargo dos órgãos do Sisnama. 
O plano de gerenciamento de resíduos sólidos atenderá ao disposto no plano municipal 
de gestão integrada de resíduos sólidos do respectivo Município, sem prejuízo das normas 
estabelecidas pelos órgãos do Sisnama, do SNVS e do Suasa. 
A inexistênciado plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos não obsta a elaboração, 
a implementação ou a operacionalização do plano de gerenciamento de resíduos sólidos. 
Para a elaboração, implementação, operacionalização e monitoramento de todas as etapas do plano 
de gerenciamento de resíduos sólidos, nelas incluído o controle da disposição final ambientalmente 
adequada dos rejeitos, será designado responsável técnico devidamente habilitado. 
Os responsáveis por plano de gerenciamento de resíduos sólidos manterão atualizadas e 
disponíveis ao órgão municipal competente, ao órgão licenciador do Sisnama e a outras 
autoridades, informações completas sobre a implementação e a operacionalização do 
plano sob sua responsabilidade. Para isso, será implementado sistema declaratório com 
periodicidade, no mínimo, anual, na forma do regulamento.
O plano de gerenciamento de resíduos sólidos é parte integrante do processo de licenciamento 
ambiental do empreendimento ou atividade pelo órgão competente do Sisnama. 
Nos empreendimentos e atividades não sujeitos a licenciamento ambiental, a aprovação 
do plano de gerenciamento de resíduos sólidos cabe à autoridade municipal competente.
Registro e Exercício Profissional Ética e Legislação Profissioal | UNISUAM 
22
Das responsabilidades dos geradores e do poder público 
De acordo com o Art. 25, da Lei nº 12.305, de 2 de Agosto de 2010, o poder público, o setor 
empresarial e a coletividade são responsáveis pela efetividade das ações voltadas para 
assegurar a observância da Política Nacional de Resíduos Sólidos e das diretrizes e demais 
determinações estabelecidas nesta Lei e em seu regulamento.
Lei 12305/10: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_
ato2007-2010/2010/lei/l12305.htm
saiba mais?
O titular dos serviços públicos de limpeza urbana e de 
manejo de resíduos sólidos é responsável pela organização 
e prestação direta ou indireta desses serviços, observados o 
respectivo plano municipal de gestão integrada de resíduos 
sólidos, a Lei nº 11.445, de 2007, e as disposições desta Lei 
e seu regulamento. 
As pessoas físicas ou jurídicas são responsáveis pela 
implementação e operacionalização integral do plano de 
gerenciamento de resíduos sólidos.
A contratação de serviços de coleta, armazenamento, 
transporte, transbordo, tratamento ou destinação fi nal de 
resíduos sólidos, ou de disposição fi nal de rejeitos, não 
isenta as pessoas físicas ou jurídicas da responsabilidade 
por danos que vierem a ser provocados pelo gerenciamento 
inadequado dos respectivos resíduos ou rejeitos. 
As etapas sob responsabilidade do gerador que forem 
realizadas pelo poder público serão devidamente remuneradas 
pelas pessoas físicas ou jurídicas responsáveis. 
O gerador de resíduos sólidos domiciliares tem cessada 
sua responsabilidade pelos resíduos com a disponibilização 
adequada para a coleta ou, nos casos abrangidos pelo art. 
33, com a devolução. 
Cabe ao poder público atuar, subsidiariamente, com vistas 
a minimizar ou cessar o dano, logo que tome conhecimento 
de evento lesivo ao meio ambiente ou à saúde pública 
relacionado ao gerenciamento de resíduos sólidos. 
Os responsáveis pelo dano ressarcirão integralmente o poder 
público pelos gastos decorrentes das ações empreendidas.
são 
responsáveis 
pela efetividade 
das ações 
voltadas para 
assegurar a 
observância 
da Política 
Nacional 
de Resíduos 
Sólidos
Registro e Exercício Profi ssional Ética e Legislação Profi ssioal | UNISUAM
23
Da Responsabilidade Compartilhada 
É instituída a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, a ser 
implementada de forma individualizada e encadeada, abrangendo os fabricantes, 
importadores, distribuidores e comerciantes, os consumidores e os titulares dos serviços 
públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos, consoante as atribuições e 
procedimentos previstos nesta Seção. 
A responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos tem por objetivo: 
I - Compatibilizar interesses entre os agentes econômicos e sociais e os 
processos de gestão empresarial e mercadológica com os de gestão ambiental, 
desenvolvendo estratégias sustentáveis; 
II - Promover o aproveitamento de resíduos sólidos, direcionando-os para a sua 
cadeia produtiva ou para outras cadeias produtivas; 
III - Reduzir a geração de resíduos sólidos, o desperdício de materiais, a poluição 
e os danos ambientais; 
IV - Incentivar a utilização de insumos de menor agressividade ao meio ambiente 
e de maior sustentabilidade; 
V - Estimular o desenvolvimento de mercado, a produção e o consumo de produtos 
derivados de materiais reciclados e recicláveis; 
VI - Propiciar que as atividades produtivas alcancem eficiência e sustentabilidade; 
VII - Incentivar as boas práticas de responsabilidade socioambiental. 
Sem prejuízo das obrigações estabelecidas no plano de gerenciamento de resíduos sólidos 
e com vistas a fortalecer a responsabilidade compartilhada e seus objetivos, os fabricantes, 
importadores, distribuidores e comerciantes têm responsabilidade que abrange: 
I - Investimento no desenvolvimento, na fabricação e na colocação no mercado 
de produtos: 
a) que sejam aptos, após o uso pelo consumidor, à reutilização, à reciclagem ou 
a outra forma de destinação ambientalmente adequada; 
b) cuja fabricação e uso gerem a menor quantidade de resíduos sólidos possível; 
II - Divulgação de informações relativas às formas de evitar, reciclar e eliminar os 
resíduos sólidos associados a seus respectivos produtos; 
III - Recolhimento dos produtos e dos resíduos remanescentes após o uso, assim 
como sua subsequente destinação final ambientalmente adequada, no caso de 
produtos objeto de sistema de logística reversa na forma do art. 33; 
IV - Compromisso de, quando firmados acordos ou termos de compromisso com o 
Município, participar das ações previstas no plano municipal de gestão integrada de 
resíduos sólidos, no caso de produtos ainda não inclusos no sistema de logística reversa. 
Registro e Exercício Profissional Ética e Legislação Profissioal | UNISUAM 
24
São obrigados a estruturar e implementar sistemas de logística reversa, mediante retorno 
dos produtos após o uso pelo consumidor, de forma independente do serviço público de 
limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos, os fabricantes, importadores, distribuidores 
e comerciantes de: 
I - Agrotóxicos, seus resíduos e embalagens, assim como outros produtos cuja 
embalagem, após o uso, constitua resíduo perigoso, observadas as regras de 
gerenciamento de resíduos perigosos previstas em lei ou regulamento, em normas 
estabelecidas pelos órgãos do Sisnama, do SNVS e do Suasa, ou em normas 
técnicas; 
II - Pilhas e baterias; 
III - Pneus; 
IV - Óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens; 
V - Lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista; 
VI - produtos eletroeletrônicos e seus componentes. 
De acordo com o Art. 32, da Lei nº 12.305, de 2 de Agosto de 2010, as embalagens devem 
ser fabricadas com materiais que propiciem a reutilização ou a reciclagem. 
Cabe aos respectivos responsáveis assegurar que as embalagens sejam: 
I - Restritas em volume e peso às dimensões requeridas à proteção do conteúdo 
e à comercialização do produto; 
II - Projetadas de forma a serem reutilizadas de maneira tecnicamente viável e 
compatível com as exigências aplicáveis ao produto que contêm; 
III - Recicladas, se a reutilização não for possível. 
Registro e Exercício Profissional Ética e Legislação Profissioal | UNISUAM
25
Serão estendidos a produtos comercializados em embalagens 
plásticas, metálicas ou de vidro, e aos demais produtos e 
embalagens, considerando, prioritariamente, o grau e a 
extensão do impacto à saúde pública e ao meio ambiente 
dos resíduos gerados. 
Os consumidores deverão efetuar a devolução após o uso, 
aos comerciantes ou distribuidores, dos produtos e das 
embalagens citados acima.
Os comerciantes e distribuidores deverão efetuar a 
devoluçãoaos fabricantes ou aos importadores dos produtos 
e embalagens reunidos ou devolvidos.
Os fabricantes e os importadores darão destinação 
ambientalmente adequada aos produtos e às embalagens 
reunidos ou devolvidos, sendo o rejeito encaminhado 
para a disposição fi nal ambientalmente adequada, na 
forma estabelecida pelo órgão competente do Sisnama 
e, se houver, pelo plano municipal de gestão integrada de 
resíduos sólidos. 
Com exceção dos consumidores, todos os participantes 
dos sistemas de logística reversa manterão atualizadas 
e disponíveis ao órgão municipal competente e a outras 
autoridades informações completas sobre a realização das 
ações sob sua responsabilidade. 
O Art. 35 diz: sempre que estabelecido sistema de coleta 
seletiva pelo plano municipal de gestão integrada de resíduos 
sólidos e na aplicação do art. 33, os consumidores são 
obrigados a: 
I - Acondicionar adequadamente e de forma 
diferenciada os resíduos sólidos gerados; 
II - Disponibilizar adequadamente os resíduos 
sólidos reutilizáveis e recicláveis para coleta ou 
devolução. 
No âmbito da responsabilidade compartilhada 
pelo ciclo de vida dos produtos, cabe ao titular 
dos serviços públicos de limpeza urbana e de 
manejo de resíduos sólidos, observado, se 
houver, o plano municipal de gestão integrada 
de resíduos sólidos: 
I - Adotar procedimentos para reaproveitar 
os resíduos sólidos reutilizáveis e recicláveis 
oriundos dos serviços públicos de limpeza urbana 
e de manejo de resíduos sólidos; 
II - Estabelecer sistema de coleta seletiva; 
III - Articular com os agentes econômicos e 
sociais medidas para viabilizar o retorno ao ciclo 
produtivo dos resíduos sólidos reutilizáveis e 
recicláveis oriundos dos serviços de limpeza 
urbana e de manejo de resíduos sólidos; 
Fonte: http://www.skacumuladores.com.br/
participantes 
dos sistemas
de logística 
reversa 
manterão 
atualizadas 
e disponíveis 
ao órgão 
municipal 
competente
Registro e Exercício Profi ssional Ética e Legislação Profi ssioal | UNISUAM 
26
IV - Realizar as atividades definidas por acordo setorial ou termo de compromisso 
na forma do § 7o do art. 33, mediante a devida remuneração pelo setor empresarial; 
V - Implantar sistema de compostagem para resíduos sólidos orgânicos e articular 
com os agentes econômicos e sociais formas de utilização do composto produzido; 
VI - Dar disposição final ambientalmente adequada aos resíduos e rejeitos oriundos 
dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos. 
O titular dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos priorizará 
a organização e o funcionamento de cooperativas ou de outras formas de associação de 
catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis formadas por pessoas físicas de baixa 
renda, bem como sua contratação.
Dos resíduos perigosos 
A instalação e o funcionamento de empreendimento ou atividade que gere ou opere com 
resíduos perigosos somente podem ser autorizados ou licenciados pelas autoridades 
competentes se o responsável comprovar, no mínimo, capacidade técnica e econômica, 
além de condições para prover os cuidados necessários ao gerenciamento desses resíduos. 
As pessoas jurídicas que operam com resíduos perigosos, em qualquer fase do seu 
gerenciamento, são obrigadas a se cadastrar no Cadastro Nacional de Operadores de 
Resíduos Perigosos. 
Registro e Exercício Profissional Ética e Legislação Profissioal | UNISUAM
27
O cadastro previsto será coordenado pelo órgão federal competente do Sisnama e implantado 
de forma conjunta pelas autoridades federais, estaduais e municipais. 
As pessoas jurídicas referidas que operam com resíduos perigosos são obrigadas a elaborar 
plano de gerenciamento de resíduos perigosos e submetê-lo ao órgão competente do Sisnama 
e, se couber, do SNVS.
Sempre que solicitado pelos órgãos competentes do Sisnama e do SNVS, será assegurado 
acesso para inspeção das instalações e dos procedimentos relacionados à implementação 
e à operacionalização do plano de gerenciamento de resíduos perigosos. 
No licenciamento ambiental de empreendimentos ou atividades que operem com resíduos 
perigosos, o órgão licenciador do Sisnama pode exigir a contratação de seguro de 
responsabilidade civil por danos causados ao meio ambiente ou à saúde pública, observadas 
as regras sobre cobertura e os limites máximos de contratação fixados em regulamento. 
Sem prejuízo das iniciativas de outras esferas governamentais, o Governo Federal deve 
estruturar e manter instrumentos e atividades voltados para promover a descontaminação 
de áreas órfãs. 
Se, após descontaminação de sítio órfão realizada com recursos do Governo Federal ou 
de outro ente da Federação, forem identificados os responsáveis pela contaminação, estes 
ressarcirão integralmente o valor empregado ao poder público.
Dos instrumentos econômicos 
De acordo com Art. 42, da Lei nº 12.305, de 2 de Agosto de 2010, o poder público poderá 
instituir medidas indutoras e linhas de financiamento para atender, prioritariamente, às 
iniciativas de: 
I - Prevenção e redução da geração de resíduos sólidos no processo produtivo; 
II - Desenvolvimento de produtos com menores impactos à saúde humana e à 
qualidade ambiental em seu ciclo de vida; 
III - implantação de infraestrutura física e aquisição de equipamentos para 
cooperativas ou outras formas de associação de catadores de materiais reutilizáveis 
e recicláveis formadas por pessoas físicas de baixa renda; 
IV - Desenvolvimento de projetos de gestão dos resíduos sólidos de caráter 
intermunicipal, regional; 
V - Estruturação de sistemas de coleta seletiva e de logística reversa; 
VI - Descontaminação de áreas contaminadas, incluindo as áreas órfãs; 
VII - desenvolvimento de pesquisas voltadas para tecnologias limpas aplicáveis 
aos resíduos sólidos; 
VIII - Desenvolvimento de sistemas de gestão ambiental e empresarial voltados 
para a melhoria dos processos produtivos e ao reaproveitamento dos resíduos.
Registro e Exercício Profissional Ética e Legislação Profissioal | UNISUAM 
28
Das proibições 
São proibidas as seguintes formas de destinação ou disposição final de resíduos sólidos 
ou rejeitos: 
I - Lançamento em praias, no mar ou em quaisquer corpos hídricos; 
II - Lançamento in natura a céu aberto, excetuados os resíduos de mineração; 
III - Queima a céu aberto ou em recipientes, instalações e equipamentos não 
licenciados para essa finalidade; 
IV - Outras formas vedadas pelo poder público. 
Quando decretada emergência sanitária, a queima de resíduos a céu aberto pode 
ser realizada, desde que autorizada e acompanhada pelos órgãos competentes 
do Sisnama, do SNVS e, quando couber, do Suasa. 
Assegurada a devida impermeabilização, as bacias de decantação de resíduos 
ou rejeitos industriais ou de mineração, devidamente licenciadas pelo órgão 
competente do Sisnama, não são consideradas corpos hídricos.
São proibidas, nas áreas de disposição final de resíduos ou rejeitos, as seguintes 
atividades: 
I - Utilização dos rejeitos dispostos como alimentação; 
II - Catação, observado o disposto no inciso V do art. 17; 
III - Criação de animais domésticos; 
IV - Fixação de habitações temporárias ou permanentes; 
V - Outras atividades vedadas pelo poder público. 
É proibida a importação de resíduos sólidos perigosos e rejeitos, bem como de resíduos 
sólidos cujas características causem dano ao meio ambiente, à saúde pública e animal e à 
sanidade vegetal, ainda que para tratamento, reforma, reúso, reutilização ou recuperação.
Registro e Exercício Profissional Ética e Legislação Profissioal | UNISUAM
29
São proibidas as seguintes formas de destinação ou disposição final de resíduos sólidos ou rejeitos: 
I - Lançamento em praias, no mar ou em quaisquer corpos hídricos; 
II - Lançamento in natura a céu aberto, excetuados os resíduos de mineração; 
III - Queima a céu aberto ou em recipientes, instalações e equipamentos não 
licenciados para essa finalidade; 
IV - Outras formasvedadas pelo poder público. 
Quando decretada emergência sanitária, a queima de resíduos a céu aberto pode ser 
realizada, desde que autorizada e acompanhada pelos órgãos competentes do Sisnama, do 
SNVS e, quando couber, do Suasa. 
Assegurada a devida impermeabilização, as bacias de decantação de resíduos ou rejeitos 
industriais ou de mineração, devidamente licenciadas pelo órgão competente do Sisnama, 
não são consideradas corpos hídricos.
São proibidas, nas áreas de disposição final de resíduos ou rejeitos, as seguintes atividades: 
I - Utilização dos rejeitos dispostos como alimentação; 
II - Catação, observado o disposto no inciso V do art. 17; 
III - Criação de animais domésticos; 
IV - Fixação de habitações temporárias ou permanentes; 
V - Outras atividades vedadas pelo poder público. 
É proibida a importação de resíduos sólidos perigosos e rejeitos, bem como de resíduos 
sólidos cujas características causem dano ao meio ambiente, à saúde pública e animal e à 
sanidade vegetal, ainda que para tratamento, reforma, reúso, reutilização ou recuperação.
T4 Políticas de Educação Ambiental (Lei nº 9795/99 
e Decreto nº 4281/02.)
Registro e Exercício Profissional Ética e Legislação Profissioal | UNISUAM 
30
A Lei n° 9.795, de 27 de Abril de 1999, dispõe sobre a 
educação ambiental, institui a política nacional de educação 
ambiental e dá outras providências.
Entendem-se por educação ambiental os processos por 
meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem 
valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes 
e competências voltadas para a conservação do meio 
ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia 
qualidade de vida e sua sustentabilidade. 
A educação ambiental é um componente essencial e 
permanente da educação nacional, devendo estar presente, 
de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do 
processo educativo, em caráter formal e não-formal. 
Como parte do processo educativo mais amplo, todos têm 
direito à educação ambiental, incumbindo:
I - Ao Poder Público, nos termos dos arts. 205 e 225 
da Constituição Federal, defi nir políticas públicas 
que incorporem a dimensão ambiental, promover a 
educação ambiental em todos os níveis de ensino 
e o engajamento da sociedade na conservação, 
recuperação e melhoria do meio ambiente;
II - Às instituições educativas, promover a educação 
ambiental de maneira integrada aos programas 
educacionais que desenvolvem;
III - Aos órgãos integrantes do Sistema Nacional de Meio 
Ambiente - Sisnama, promover ações de educação 
ambiental integradas aos programas de conservação, 
recuperação e melhoria do meio ambiente;
IV - Aos meios de comunicação de massa, colaborar 
de maneira ativa e permanente na disseminação 
de informações e práticas educativas sobre meio 
ambiente e incorporar a dimensão ambiental em 
sua programação;
V - Às empresas, entidades de classe, instituições 
públicas e privadas, promover programas destinados 
à capacitação dos trabalhadores, visando à melhoria 
e ao controle efetivo sobre o ambiente de trabalho, 
bem como sobre as repercussões do processo 
produtivo no meio ambiente;
VI - À sociedade como um todo, manter atenção 
permanente à formação de valores, atitudes e 
habilidades que propiciem a atuação individual e 
coletiva voltada para a prevenção, a identifi cação e 
a solução de problemas ambientais.
Lei 9795/99: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/
L9795.htm
saiba mais?
o indivíduo e a 
coletividade 
constroem 
valores sociais, 
conhecimentos, 
habilidades, 
atitudes e 
competências 
voltadas para a 
conservação do 
meio ambiente
Registro e Exercício Profi ssional Ética e Legislação Profi ssioal | UNISUAM
31
São princípios básicos da educação ambiental:
I - O enfoque humanista, holístico, democrático e participativo;
II - A concepção do meio ambiente em sua totalidade, considerando a 
interdependência entre o meio natural, o sócio-econômico e o cultural, sob o 
enfoque da sustentabilidade;
III - O pluralismo de ideias e concepções pedagógicas, na perspectiva da inter, 
multi e transdisciplinaridade;
IV - A vinculação entre a ética, a educação, o trabalho e as práticas sociais;
V - A garantia de continuidade e permanência do processo educativo;
VI - A permanente avaliação crítica do processo educativo;
VII - A abordagem articulada das questões ambientais locais, regionais, nacionais 
e globais;
VIII - O reconhecimento e o respeito à pluralidade e à diversidade individual e cultural.
 São objetivos fundamentais da educação ambiental:
I - O desenvolvimento de uma compreensão integrada do meio ambiente em suas 
múltiplas e complexas relações, envolvendo aspectos ecológicos, psicológicos, 
legais, políticos, sociais, econômicos, científi cos, culturais e éticos;
II - A garantia de democratização das informações ambientais;
III - O estímulo e o fortalecimento de uma consciência crítica sobre a problemática 
ambiental e social;
IV - O incentivo à participação individual e coletiva, permanente e responsável, na 
preservação do equilíbrio do meio ambiente, entendendo-se a defesa da qualidade 
ambiental como um valor inseparável do exercício da cidadania;
V - O estímulo à cooperação entre as diversas regiões do País, em níveis micro 
e macrorregionais, com vistas à construção de uma sociedade ambientalmente 
equilibrada, fundada nos princípios da liberdade, igualdade, solidariedade, 
democracia, justiça social, responsabilidade e sustentabilidade;
VI - O fomento e o fortalecimento da integração com a ciência e a tecnologia;
VII - O fortalecimento da cidadania, autodeterminação dos povos e solidariedade 
como fundamentos para o futuro da humanidade.
desenvolvimento
de uma compreensão 
integrada do meio 
ambiente
Registro e Exercício Profi ssional Ética e Legislação Profi ssioal | UNISUAM 
32
Da Política Nacional de Educação Ambiental
De acordo com o Art. 7o da Lei n°9.795, de 27 de Abril de 1999, a Política Nacional de 
Educação Ambiental envolve em sua esfera de ação, além dos órgãos e entidades integrantes 
do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama, instituições educacionais públicas e 
privadas dos sistemas de ensino, os órgãos públicos da União, dos Estados, do Distrito Federal 
e dos Municípios, e organizações não-governamentais com atuação em educação ambiental.
As atividades vinculadas à Política Nacional de Educação Ambiental devem ser desenvolvidas 
na educação em geral e na educação escolar, por meio das seguintes linhas de atuação 
inter-relacionadas:
I - Capacitação de recursos humanos;
II - Desenvolvimento de estudos, pesquisas e experimentações;
III - Produção e divulgação de material educativo;
IV - Acompanhamento e avaliação.
 A capacitação de recursos humanos se voltará para:
I - A incorporação da dimensão ambiental na formação, especialização e 
atualização dos educadores de todos os níveis e modalidades de ensino;
II - A incorporação da dimensão ambiental na formação, especialização e 
atualização dos profissionais de todas as áreas;
III - A preparação de profissionais orientados para as atividades de gestão ambiental;
IV - A formação, especialização e atualização de profissionais na área de meio 
ambiente;
V - O atendimento da demanda dos diversos segmentos da sociedade no que diz 
respeito à problemática ambiental.
 As ações de estudos, pesquisas e experimentações se voltarão para:
I - O desenvolvimento de instrumentos e metodologias, visando à incorporação da 
dimensão ambiental, de forma interdisciplinar, nos diferentes níveis e modalidades 
de ensino;
II - A difusão de conhecimentos, tecnologias e informações sobre a questão 
ambiental;
III - O desenvolvimento de instrumentos e metodologias, visando à participação 
dos interessados na formulação e execução de pesquisas relacionadas à 
problemática ambiental;
IV - A busca de alternativas curriculares e metodológicas de capacitação na área 
ambiental;
V - O apoio a iniciativas e experiências locais e regionais, incluindo a produção 
de material educativo;
VI- A montagem de uma rede de banco de dados e imagens, para apoio às ações 
enumeradas nos incisos I a V.
Registro e Exercício Profissional Ética e Legislação Profissioal | UNISUAM
33
Da Educação Ambiental no Ensino Formal
Entende-se por educação ambiental na educação escolar a desenvolvida no âmbito dos 
currículos das instituições de ensino públicas e privadas
Da Educação Ambiental Não-Formal
Entendem-se por educação ambiental não-formal as ações e práticas educativas voltadas à 
sensibilização da coletividade sobre as questões ambientais e à sua organização e participação 
na defesa da qualidade do meio ambiente.
O Poder Público, em níveis federal, estadual e municipal, incentivará:
I - A difusão, por intermédio dos meios de comunicação de massa, em espaços 
nobres, de programas e campanhas educativas, e de informações acerca de temas 
relacionados ao meio ambiente;
II - A ampla participação da escola, da universidade e de organizações não-
governamentais na formulação e execução de programas e atividades vinculadas 
à educação ambiental não-formal;
III - A participação de empresas públicas e privadas no desenvolvimento de 
programas de educação ambiental em parceria com a escola, a universidade e 
as organizações não-governamentais;
IV - A sensibilização da sociedade para a importância das unidades de conservação;
V - A sensibilização ambiental das populações tradicionais ligadas às unidades 
de conservação;
VI - A sensibilização ambiental dos agricultores;
VII - O ecoturismo.
Registro e Exercício Profissional Ética e Legislação Profissioal | UNISUAM 
34
Da execução da política nacional de educação ambiental
A coordenação da Política Nacional de Educação Ambiental ficará a cargo de um órgão 
gestor, na forma definida pela regulamentação desta Lei.
São atribuições do órgão gestor:
I - Definição de diretrizes para implementação em âmbito nacional;
II - Articulação, coordenação e supervisão de planos, programas e projetos na 
área de educação ambiental, em âmbito nacional;
III - Participação na negociação de financiamentos a planos, programas e projetos 
na área de educação ambiental.
Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, na esfera de sua competência e nas áreas de 
sua jurisdição, definirão diretrizes, normas e critérios para a educação ambiental, respeitados 
os princípios e objetivos da Política Nacional de Educação Ambiental.
A eleição de planos e programas, para fins de alocação de recursos públicos vinculados 
à Política Nacional de Educação Ambiental, deve ser realizada levando-se em conta os 
seguintes critérios:
I - Conformidade com os princípios, objetivos e diretrizes da Política Nacional de 
Educação Ambiental;
II - Prioridade dos órgãos integrantes do Sisnama e do Sistema Nacional de 
Educação;
III - economicidade, medida pela relação entre a magnitude dos recursos a alocar 
e o retorno social propiciado pelo plano ou programa proposto.
Na eleição de planos e programas, devem ser contemplados, de forma eqüitativa, os planos, 
programas e projetos das diferentes regiões do País.
Os programas de assistência técnica e financeira relativos a meio ambiente e educação, em 
níveis federal, estadual e municipal, devem alocar recursos às ações de educação ambiental.
Registro e Exercício Profissional Ética e Legislação Profissioal | UNISUAM
35
Conclusão
Chegamos na unidade final do curso! Aqui você conheceu o código de ética da engenharia 
e passou a entender o processo de julgamento ético disciplinar. Outro ponto importante 
tratado neste módulo foi a Política Nacional de Resíduos Sólidos, que contém instrumentos 
importantes para permitir o avanço necessário ao País no enfrentamento dos principais 
problemas ambientais, sociais e econômicos decorrentes do manejo inadequado dos 
resíduos sólidos.
Registro e Exercício Profissional Ética e Legislação Profissioal | UNISUAM 
36

Outros materiais