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A Constituição da República de 1988 inovou na história das Constituições brasileiras na medida em que foi reconhecido o multiculturalismo dos povos indígenas

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A Constituição da República de 1988 inovou na história das Constituições brasileiras na medida em que foi reconhecido o multiculturalismo dos povos indígenas. Nesse sentido, a Constituição assegura às comunidades indígenas a posse permanente das terras tradicionalmente ocupadas pelos indígenas. Ao interpretar tais diretrizes, o Supremo Tribunal Federal tem se pronunciado de que forma?
		
	
	O direto à terra ocupada por comunidades indígenas não é reconhecido quando for ocupado por particulares que deem a ela finalidade produtiva maior que os indígenas.
	 
	As terras tradicionalmente ocupadas pelos indígenas tem como marco temporal a promulgação da Constituição, o que não impede que terras em disputa decorrente de esbulho renitente anterior ao marco temporal também sejam reconhecidas.
	 
	O direito à terra é reconhecido apenas se comprovada a presença constante e persistente dos índios na data da promulgação da Constituição de 1988, independentemente de esbulho renitente.
	
	O direito à terra é reconhecido aos indígenas desde que se comprove sua presença constante e persistente após cinco anos contados da promulgação da Constituição de 1988.
	
	O direito à terra é reconhecido aos indígenas independentemente do momento em que foram por eles ocupadas.
	Respondido em 13/04/2023 02:54:07
	
	Explicação:
Historicamente, a maior parte (senão toda) das terras brasileiras foi ocupada por indígenas, expulsos delas desde o processo de colonização portuguesa. No entanto, esta não pareceu ser a reivindicação dos movimentos dos povos indígenas abarcada pela constituinte.
O que se pretendeu, de fato, foi tutelar os povos indígenas que havia em 1988 e que viam suas terras sujeitas a constantes investidas advindas do Estado e de particulares. Ainda assim, foi necessário que o Supremo Tribunal Federal definisse os parâmetros para o reconhecimento do direito a tais terras.
Foi o que ocorreu no caso Raposa Serra do Sol (Petição nº 3.388), em que o Tribunal estabeleceu que a definição de ¿terras tradicionalmente ocupadas¿ pelos indígenas tem como marco temporal a promulgação da Constituição, ou seja, 5 de outubro de 1988. Isso significa que eventuais aldeamentos indígenas que já não existiam à data de promulgação da Constituição não mais teriam reconhecidos direitos às terras que, no passado, ocupavam.
Para o Supremo Tribunal Federal, o chamado ¿esbulho renitente¿ é uma exceção à exigência de que os povos indígenas ocupassem as terras à data da Constituição de 1988.

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