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estagio educação infantil Raquel da Costa

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3
GRUPO SER EDUCACIONAL
UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA (UNAMA)
DISCIPLINA: ESTÁGIO SUPERVISIONADO I - PEDAGOGIA
RAQUEL LISBOA DA COSTA
RELATÓRIO PARCIAL DO ESTÁGIO I-
EDUCAÇÃO INFANTIL
BRAGANÇA/PA
2022
RAQUEL LISBOA DA COSTA
RELATÓRIO PARCIAL DO ESTÁGIO I-
EDUCAÇÃO INFANTIL
Relatório Parcial apresentado ao Curso de Graduação em Pedagogia da Universidade da Amazônia (UNAMA), como requisito parcial para aprovação na disciplina de Estágio Supervisionado I.
Bragança/Pa
2022
1. INTRODUÇÃO	4
2. A ANÁLISE DOCUMENTAL COMO POSSIBILIDADE DE REFLEXÃO DA IDENTIDADE DA ESCOLA	4
3. OBSERVAÇÃO DA PRÁTICA PEDAGÓGICA NA ESCOLA	4
3.1. OBSERVAÇÃO DA PRÁTICA DOCENTE	4
4. CONCLUSÃO	4
5. REFERÊNCIAS	4
6. ANEXO	5
1. INTRODUÇÃO 
 Este trabalho é fruto das experiências vivenciadas na atividade de estágio supervisionado na modalidade Educação Infantil, realizado pela graduanda Raquel Lisboa da Costa, aluna do curso de Licenciatura em Pedagogia peça Universidade da Amazônia (UNAMA). O Objetivo deste relatório é apresentar os resultados das pesquisas e da prática a partir das observações realizadas durante o estágio, buscando conhecer e compreender os diferentes personagens que atuam ativamente no processo educacional, como professores e pedagogos, alunos, famílias, tendo como foco principal a reflexão de ações significativas durante a atividade. O estágio supervisionado tem como objetivo geral proporcionar ao aluno estagiário uma análise crítica das vivências de aprendizagens na educação infantil, dos programas de ensino do curso, promovendo, a partir de uma visão geral, condições para este futuro profissional está inserido na realidade local de seu futuro ambiente de trabalho, pois tudo será importante para a formação do futuro pedagogo, além de reflexões sobre as intervenções realizadas por esses sujeitos (se surtiram efeitos positivos ou negativos na vida daqueles que foram alvos de suas ações). Para a realização deste relatório foram feitas atividades de observação e participação em uma sala de aula do nível I na Escola M. E. F. Cristiano J.M. Rosa, localizado na rua João Batista, no bairro da Vila Sinhá, em Bragança Pará, entre os dias 04 a 11 de Abril de 2022, a escola foi criada em 12 de janeiro 2002, no intuito de atender a educação infantil e ensino fundamental I (até o quinto ano/regime nove anos) com alunos dos bairros da Vila Sinhá, Taira e Perpétuo Socorro I e II. A escola é de mantenedora Pública, criada na gestão do prefeito José Joaquim Diogo, e tem um público de alunos de classe econômica baixa e média. Este ano possui 281 alunos matriculados, dentre esses 127 alunos no turno da manhã e 154 alunos no período da tarde. Para atender a demanda , a escola conta com 16 funcionários, que trabalham tanto pela manhã quanto a tarde na escola, são eles: gestora e vice gestora, secretária e coordenadora pedagógica, um porteiro, uma professora de informática e nove professoras de salas de aulas, dentre elas duas professoras auxiliares da educação infantil.
 A instituição possui nove salas de aulas, uma sala de informática, um parquinho com brinquedos, uma quadra de educação física para o ensino fundamental, sala da direção e coordenação, banheiros para funcionários e banheiros adaptados para os alunos da educação infantil e fundamental. 
 Por conceder uma gestão democrática, a escola possui conselhos de classes que ajudam a escolher a direção da escola, são votações que ocorrem dois em dois anos, além disso a comunidade participa ativamente pois a escola promove diversas oficinas pedagógicas para a comunidade escolar. Sobre os recursos tecnológicos, a instituição possui duas televisões que são móveis e são utilizadas em algumas atividades dentro das salas , um Datashow, um notebook que fica na sala da direção e uma caixinha de som para uso dos professores.
 Foram feitas reflexões das experiências vivenciadas e depois leituras de autores que trabalham com o tema educação infantil. O relatório foi dividido dessa forma: De início a introdução apresentando o tema do estágio e seus objetivos, em seguida o desenvolvimento apresentando os resultados das observações e buscou-se descrever alguns momentos interessantes das atividade de estágio realizadas e suas possíveis reflexões e logo após serão apresentadas as considerações finais em que são relatadas as experiências que as atividades de estágios deixaram como marca para a formação acadêmica em pedagogia. Finalizando com as referências bibliográficas utilizadas para fundamentar esta pesquisa. 
2. A ANÁLISE DOCUMENTAL COMO POSSIBILIDADE DE REFLEXÃO DA IDENTIDADE DA ESCOLA 
O projeto político pedagógico, também conhecido como PPP, é um documento que aborda a base do que será trabalhado quanto ao ensino, quais métodos e sobre o que se é pensado de temas que estão ligados ao ensino e educação. Ao consultar o Projeto Político Pedagógico da escola, observou-se alguns aspectos importantes que envolvem sua missão em cumprimento com a educação de todos , sem distinção por raça, cor, faixa econômica ou religião. Na missão da escola pretende uma educação integral, vendo o aluno como um todo, capaz de perceber e atuar na realidade, considerando a sua formação cidadã. Para a instituição, (PPP, p.7)
A sociedade precisa urgente de transformações. A partir disso, temos como princípios filosóficos: educar para a justiça, para que se desenvolva o espírito crítico, próprio da verdadeira educação e cidadania, procurando regenerar permanentemente os princípios científicos, políticos, culturais e sociais do contexto histórico no qual vivemos; educar para o espírito de família, despertar o espírito de solidariedade em todos os segmentos de nossa comunidade escolar; proporcionar um ambiente favorável à auto-realização tornando-se um agente transformador da sociedade; solidificar a prática da cidadania, da formação humana, da liberdade de expressão e do respeito ao próximo; vivenciar um bom relacionamento com a Comunidade Escolar; promover o conhecimento científico sem deixar de acolher e transformar o do senso comum .
 Ao se tratar da concepção de educação ideal para a escola, é pensada numa proposta emancipadora, ajudando o aluno a construir a sua autonomia, que ele possa estar sendo inserido dentro da sociedade, mesmo que ele tenha alguma dificuldade ou deficiência, sendo trabalhadas suas habilidades dentro e fora da escola. Segundo o PPP (p.7)
 Os princípios norteadores da educação ofertada por este estabelecimento de ensino estão em consonância com os princípios estabelecidos pela LDBEN 9394/96 e são os seguintes: igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber; pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas; respeito à liberdade e apreço à tolerância; valorização do profissional da educação.
Sobre o Planejamento anual das atividades escolares , e como está dividida as séries. Segundo o PPP (p.13)
A organização curricular utilizada pelo nosso estabelecimento de ensino se dá por disciplinas e por anos, ou seja, cada ano da Educação infantil ou Ensino Fundamental ofertada tem uma matriz pertinente às necessidades e anseios de toda a comunidade inserida nesta escola.
Em análise ao projeto político pedagógico, a matriz curricular da Educação Infantil está dividida da seguinte forma: Língua Portuguesa, Matemática, Natureza e Sociedade e Ensino de Artes. Outras atividades deverão permear o tempo escolar, como: Jogos Colegiais, Festas Culturais, Avaliações Externas, Projetos de Integração da Família na Escola, entre outros. A escola trabalha com o projeto mercadinho (educação financeira).
Sobre a inclusão de alunos com deficiência ou transtornos educacionais, a escola procura trabalhar as potencialidades destes, buscando sua interação e socialização dentro e fora do ambiente escolar e busca parceria com a família para juntos daremmelhor qualidade de ensino e aprendizagem para os alunos e evitar a evasão escolar. Segundo o PPP (p. 12)
Incluir pessoas, mais do que atender suas necessidades especiais, é garantir que seus direitos como cidadãos, sejam assegurados e cumpridos. A equidade de igualdades entre os alunos deve ser oportunizada pela escola, bem como suas singularidades, fazendo com que a permanência dos alunos com necessidades educacionais especiais sejam uma realidade e o seu sucesso nos estudos também. Para os alunos com necessidades especiais, após as descobertas, são proporcionados aos mesmos, metodologias diferenciadas, flexibilização e adaptação do currículo, vários instrumentos de avaliação, conscientização dos colegas para com os alunos com necessidades especiais, preparação dos professores com os especialistas que atendem os alunos. A Escola sempre busca auxílio daqueles (especialistas) que podem oportunizar aos alunos e professores esclarecimentos e uma melhor adaptação das condições especiais de cada um. A escola tem procurado ajudar esses alunos do jeito que pode, analisando não somente a somatória de notas, mas vai além disso, busca processos avaliativos que contribuam para o aprendizado deles.
Dessa forma a escola assegura uma educação de qualidade para todos independente de como e onde se encontra, tornando o ensino universal.
 3. OBSERVAÇÃO DA PRÁTICA PEDAGÓGICA NA ESCOLA 
3.1. OBSERVAÇÃO DA PRÁTICA DOCENTE
1ª Observação – Espaço e Rotina
 A sala estagiada é referente a turma do Nivel I da educação Infantil, que possui alunos entre 4 e 5 anos, na sala possuem a professora Regente e professora auxiliar. Elas atendem 15 alunos, não há registro de alunos com necessidades especiais e educacionais nessa turma.
 Dentro da sala de aula existem cartazes pedagógicos como: numerais, alfabeto, ajudantes do dia, chamadinha e janela do tempo. Possui também cantinho da leitura e uma estante com jogos pedagógicos, também um mural de atividades onde ficam expostas as atividades que as crianças realizam em folha solta. Percebi também um cartaz sobre o comportamento dos alunos, onde ao final de cada aula a professora avalia os alunos de acordo como se comportou durante a aula. Um fato que chamou minha atenção foi sobre os cartazes que estão na sala, pois eles trazem imagens de crianças loiras, indígenas e negras além de crianças cadeirantes e sem visão, isso demonstrou a preocupação em tratar sobre as diferenças dentro da sala. 
 As mesas e cadeiras que são para a altura dos alunos e estão dispostas no centro da sala, eles sentam em conjunto, sendo três mesas e em cada uma sentam cinco alunos. A sala é pequena, dessa forma quando as professoras fazem a rodinha de interação no inicio e após o recreio, sempre afastam mesas e cadeiras para os cantos e paredes para que tenham maior espaço de realizar as atividades.
 A sala de aula possui uma boa acústica de som, uma boa iluminação, porém não é muito ventilada, pois não possui janelas, somente dois ventiladores de teto. Não há espelhos dentro da sala e a estante é pregada na parede para segurança das crianças.
 A entrada das crianças acontece no horário de 13:30 hrs, os responsáveis levam as crianças para a sala de aula. A saída delas acontece no horário das 17:30 hrs, e novamente os responsáveis vão buscar as crianças na sala de aula e aproveitam para conversar com as professoras. A rotina diária dos alunos dentro da sala de aula é dividida por momentos: no primeiro acontece a rodinha de interação onde as professoras e as crianças socializam cantando e dançando musicas infantis, em seguida conversam sobre o que será trabalhado na aula, também fazem a chamada dos alunos através da contagem destes e o ajudante do dia, que é um aluno que a professora escolhe, ajuda a colocar os nomes no cartaz da chamadinha. Após esse momento as crianças sentam e as professoras apresentam o conteúdo, através de explicações, vídeos, imagens ou mesmo brincadeiras e em seguida elas fazem a tarefa no livro ou caderno. No quarto momento acontece o lanche, mas antes as crianças saem em fila para lavar as mãos e voltam para sala para lanchar. Após isso, as crianças são divididas em três grupos e são levadas para escovar os dentes. Após esse momento a professora continua com o conteúdo ou começa o conteúdo da outra disciplina. Nos dias de parquinho ou informática, as crianças vão após o lanche. No final das aulas a professora sempre faz rodinha para contar histórias e ás 17:30 hrs os alunos vão para casa.
 Durante as aulas, as professoras sempre deram aberturas para que os alunos socializem suas experiências, todas as atividades estavam de acordo com a idade dos alunos, propondo dinâmicas e jogos que todas as crianças pudessem participar, mesmo aquelas que tinham mais dificuldades.
 Sobre inclusão dentro da sala de aula, não foi percebida nenhuma adaptação, a professora disse que não há alunos com necessidades educacionais especiais registrados na turma, mas que se observa que um aluno está com dificuldade em compreensão da aula, é produzida atividades especialmente para ele para que possa ajudá-lo a melhor compreensão.
2ª Observação – Brinquedos e Brincadeiras 
 O brincar na educação infantil é algo essencial para os alunos e deve ser sempre estimulado por professores e cuidadores. Na sala estagiada os brinquedos ficam guardados em uma caixa em cima da prateleira, mas sempre na entrada e na saída dos alunos as professoras pegam a caixa e dispõe os brinquedos em cima da mesa para que eles escolham com o que brincar. Percebi que existem vários tipos brinquedos desde bonecas, carrinhos, jogos de montar, quebra cabeça e bolas. Os brinquedos não são levados para o exterior da sala de aula, as crianças só brincam entre elas, outro ponto importante é que todos os bonecos são de cores claras, não contempla a diversidade cultural. As professoras deixam os alunos brincarem livremente, mas em alguns momentos realizam mediação nas brincadeiras como nos jogos pedagógicos, torneios e dinâmicas. uma brincadeira que os alunos gostam muito é: O mestre mandou, onde as professoras falam os comandos e as crianças vão seguindo, quem não cumprir perde a brincadeira. A sala não possui alunos com necessidades educacionais especiais, por isso a professora não faz nenhuma adaptação de brincadeiras, a sala não possui adaptações, mas os professores sempre estão produzindo brinquedos com materiais reutilizados como por exemplo um chocalho de garrafa pet e um brinquedo de contagem de números. 
 Os pontos positivos a se destacar dessas atividades é quanto ao envolvimento e participação dos alunos nas brincadeiras, além da aprendizagem que cada brincadeira dirigida produz. Os negativos são justamente na oferta desses brinquedos as crianças que deveria estar em um local de fácil acesso para as crianças, além das bonecas que deveria trabalhar a diferença racial utilizando bonecas negras nas brincadeiras. As crianças, uma vez na semana têm um horário livre para ir ao parquinho, onde passam 15 minutos brincando livremente ou com brincadeiras dirigidas pelas professoras, que vão de acordo com a necessidade das crianças.
 Percebi também que existem três fantoches da história Chapeuzinho Vermelho que possibilita a criatividade e imaginação dos alunos na contação de histórias. Outro ponto interessante é sobre os jogos de regras que as professoras sempre criam, como o torneio de vogais, dos números e o jogo do silêncio, que possibilitam os alunos lidarem com a ideia de ganhar e perder. 
3ª OBSERVAÇÃO – Contação de histórias 
 Trabalhar o imaginário das crianças é essencial na educação infantil. Através de músicas, vídeos, imagens e contações de histórias, o faz de conta deve permear o ensino e ser estimulado sempre. 
 Na sala estagiada a diversas maneiras de contação de histórias: a professora contava oralmente histórias na rodinha de interação, lia e explorava livros de histórias infantis,usava os fantoches da história da Chapeuzinho vermelho, até mesmo para contar outras histórias, além da peça de teatro sobre a páscoa que pude participar.
 Um momento de leitura que presenciei e que chamou a atenção foi na rotina dos alunos, na rodinha de interação, em que a professora mostrou a capa do livro aos alunos, a história era sobre o patinho feio, e em seguida foi contando a história e junto com a professora auxiliar imitou as vozes dos personagens. As crianças participaram sendo as vozes dos animais. Foi um momento muito interessante, pela participação de todos. Geralmente a contação de histórias acontece sempre dentro da sala de aula, mas no dia da peça, os alunos foram levados para a quadra da escola e lá juntaram-se com os outros alunos e socializaram a história da Páscoa.
 A escola não possui biblioteca, por conta do espaço ser pequeno, por isso em todas as salas existem os cantinhos da leitura para serem explorados pelos alunos. Muitas vezes os alunos escolhem os próprios livros de história para folhear e a professora dá espaço para que ele conte do seu jeito a história do livro que escolheu. 
 Ao observar o cantinho dos livros, não foi encontrado nenhum livro que trate de uma história que trabalhe diversidade cultural, possui muitas histórias de contos famosos como chapeuzinho vermelho, Pinóquio, cinderela, pequeno polegar, entre outros e não foi percebido também livros adaptados para crianças com necessidades educacionais especiais.
 
4ª OBSERVAÇÃO- Corpos, gestos e movimentos.
 O deslocamento das crianças ao sair da sala de aula é de forma ordenada, pois elas fazem fila e acompanham as professoras sejam para ir ao banheiro, ao lanche ou em atividades fora da sala. Sobre as atividades propostas durante as aulas, são explorados jogos educativos como jogo da memória das vogais, dos alimentos e dos números, encaixes com peças coloridas, boliche com garrafa pet reciclada. Há momentos de interação e socialização, através das rodinhas de interação, como no inicio das aulas em que a professora apresenta os conteúdos que serão trabalhados, e sempre inicia com uma música encenada de apresentação. Dentro dessas atividades com músicas a professora busca explorar o conceito de corpo e faz com que as crianças reconheçam as partes do corpo. Na Sala de aula não há espelho para as crianças estarem se observando, somente na pia de escovação de dentes. 
 As crianças andam livremente pela sala, no momento das rodas de interação e das atividades lúdicas. Em outros momentos elas ficam sentadas em suas mesas conjuntas para realizar as atividades no caderno e livro didático, bem como na hora do lanche. As professoras são simpáticas, alegres e afetuosas com seus alunos, possuem habilidades corporais que envolvem os alunos como a voz (canto) e o movimento (dança).
 Quanto o atendimento a alunos com necessidades especiais, a escola oferece uma sala com atendimento educacional especializado (AEE), onde crianças participam de atividades voltadas para suas necessidades educacionais , a escola também possui rampas de acesso e banheiros adaptados a pessoas com necessidades especiais. 
 
5ª observação- Planejamento
Sobre o planejamento das atividades realizadas em sala, a professora planeja semanalmente as atividades e conteúdos que serão trabalhados, porém caso seja preciso ela realiza alterações adequadas ao avanço dos alunos. Como foi observado em uma tarde, onde ela revisou as vogais a, e , i para dar seguimento a vogal o . O planejamento considera os campos de movimentos propostos para a educação infantil, como a identidade e a subjetividade da criança, a cooperação e solidariedade entre o grupo, são trabalhados o corpo, gestos e movimentos através das atividades lúdicas , as crianças tem a oportunidade de se expressar através da fala e da imaginação, pois há um momento na aula em que elas são convidadas a sentar na roda de contação e histórias , e dessa forma socializar com os demais. Durante as aulas foi percebido que a professora está sempre fazendo levamento dos conhecimentos já adquiridos pelos alunos, pois sabemos que cada aluno traz de casa seus conhecimentos prévios, além de suas vivências de mundo, e por mais que sejam crianças pequenas, devemos valorizar tais saberes. Nas atividades, a professora sempre busca exemplos no cotidiano dos alunos, como por exemplo em uma tarde em que foi trabalhada as sensações (paladar) doce ou salgado, azedo ou amargo, a professora trabalhou a preferências de cada aluno por sorvetes, qual comida preferida, etc. Nessa e nas outras atividades presenciadas, a professora sempre buscou trabalhar o compartilhamento de experiências vivenciadas por cada criança, o saber ouvir e também falar, e isso possibilita a troca de experiências e ajuda a traçar o reconhecimento da realidade de cada aluno. 
Sobre a autonomia das crianças, é estimulado diariamente que os alunos peguem seus materiais escolares de dentro das mochilas ou guardem, lanchem sozinhos com supervisão da professora e auxiliar, lavem as mãos e escovem os dentes também sob a supervisão dos adultos , dessa forma foi percebido que eles já estavam acostumados e pediam ajuda somente para aquilo que não conseguiam fazer, como abrir a garrafinha de água ou o lanche, etc.
Houve um momento em que o tema da aula era sobre a escola, e os alunos fizeram um passeio para reconhecer as suas dependências e o interessante é que após essa atividade eles conseguiram desenhar as coisas que havia chamado suas atenções , como uma árvore, a sala de informática, a quadra da escola, entre outras. É muito motivador para a professora saber que o aluno está prestando atenção, do seu jeito, e de que as atividades desenvolvidas estão tornando os alunos mais autônomos e que estão conseguindo avançar não só na parte escrita mas na própria socialização. O planejamento das aulas traz o contato de diversos tipos de metodologias, entre elas o uso de vídeos musicais , de instrumentos musicais feitos de sucata( como chocalhos) , houve também a interação com o teatro, em que as professoras encenaram uma peça sobre a páscoa, momento de socialização com todos os alunos da escola.
Durante o período estagiado não houve atividades que envolvessem o cuidado com o meio ambiente, mas a escola possui um projeto de horta coletiva, onde todos os alunos são convidados a participar da plantação e colheita de hortaliças e legumes. Porém o profissional responsável pelo espaço estava doente e com atestado médico. Essas práticas buscam promover uma conscientização nas crianças sobre preservação e cuidado com o meio ambiente, e de estarem em contato direto com a terra e os vegetais, a professor disse que eles vão uma vez na semana visitar a horta para ver o desenvolvimento das plantas. 
As práticas propostas na sala de aula propiciam a interação e conhecimento pelas crianças das manifestações e tradições culturais brasileiras através da apresentação de lendas como curupira, Iara, Saci através de vídeos do sitio do pica pau amarelo, quintal da cultura, etc. 
6ª Observação – Interações no espaço e com a comunidade escolar
	É necessário que a família esteja participando da vida escolar das crianças , podendo estar visitando a escola e conversando com professores e direção sobre os projetos pedagógicos e trabalhos desenvolvidos pela instituição, bem como conversar com a criança e olhar diariamente a agenda escolar , além de participar das reuniões escolares. Mesmo na correria do dia ou da distância, o responsável pode fazer uma ligação para o filho ou escola e estar presente no processo de aprendizagem da criança. É preciso valorizar as vivências da escola e confiar no trabalho da instituição. 
Na escola estagiada foi percebida a participação dos pais, quando vão buscar os alunos, tem o contato com a professora, alguns procuravam saber sobre o comportamento do aluno em sala e também o desenvolvimento escolar. Sobre a relação entre professoras e as famílias dos alunos, são cordiaise respeitosos, observa-se uma certa admiração pelo trabalho delas, sempre as professoras são simpáticas e procuram ouvir os pais. A escola por ter uma gestão democrática, abre espaço para as sugestões dos pais e também do conselho escolar, além disso promove reuniões escolares bimestrais e oficinas de educação para a comunidade ao redor da escola. Durante o estágio não foi presenciado o contato de famílias de alunos com necessidades especiais e outras professoras, pois na sala estagiada não haviam crianças com necessidades especiais.
Estagiar na turma de educação infantil e estar em contato direto com os alunos foi muito importante, pois foi percebido a quão rica e motivadora é essa modalidade da educação. As crianças sempre amáveis, doces e receptíveis a visitas, foi um momento de troca de experiências, foi possível ajuda-las durante as aulas e também a recepção das professoras chamou a atenção, por estar sempre buscando ensinar e ajudar tanto os alunos, quanto a estagiária.
Durante as aulas, diversas vezes foi percebida a interação entre as crianças e as mediações das professoras nos momentos de resolverem os conflitos. Dentro da sala percebemos várias diferenças entre os alunos, pois existem alunos negros e pardos, de classe social baixa e média, alunos evangélicos e outro católicos, mas interessante que todos estão aprendendo a se respeitar e de nenhuma forma ser diferentes um dos outros atrapalha nas atividades, foi percebido uma relação de amizade e afeto entre os alunos e professoras. Os principais conflitos são próprios da idade em que se encontram, por exemplo em dividir o brinquedo, em sentar na cadeira um do outro, mas sempre tudo é resolvido, as vezes com mediações das professoras e em outras não.
A posição das professoras em relação ao atendimento dos alunos é sempre de respeito e as obediência, elas sempre são cordiais e afetuosas, não foi presenciada nenhuma hostilidade por parte de ambos, as situações eram resolvidas a base do diálogo ou conversando com os responsáveis dos alunos que não estavam indo bem nas aulas. A professora regente trata todos de maneira parecida, sem muita distinção e uma das coisas que chamou a atenção foi uma tarde em que ela ajudou um aluno que estava com dificuldade de segurar o lápis e sentou-se ao lado dele e pegou em sua mão, mostrando dar atenção a ele. Em outra ocasião uma aluna caiu na hora do lanche e machucou o joelho, nesse momento a professora a acalmou e ficou sentada com ela para que se acalmasse, dessa forma percebi que ela passava confiança a seus alunos. As maneiras das professoras se expressarem também é importante, sempre com tranquilidade, de forma clara e objetiva, sem precisar gritar, e os alunos as obedeciam, mesmo que muitas vezes elas precisassem falar mais sério.
4. CONCLUSÃO
Durante o estágio foi perceptível que a educação infantil precisa de adaptações que varia de acordo com as necessidades dos alunos. Nesse sentido, houveram adaptações das práticas docentes e da linguagem para transpor o conteúdo a criança, utilizando de jogos, brincadeiras para que as crianças compreendessem o assunto trabalhado. O professor é mediador dos alunos com a sociedade e representa uma porta aberta para o conhecimento ou para a chance de ser reinserido na sociedade. Estagiar junto a turma de Educação Infantil possibilitou entender que é preciso ter criatividade, paciência e muito amor para se ter os objetivos concluídos. A educação infantil possibilitou enxergar que o educador não está sozinho, mas a escola deve oferecer espaços para que ele atue com sucesso, além de conhecer mais da importância da utilização do lúdico como instrumento de ensino para as crianças. Para minha carreira profissional, como futura pedagoga, foi de extrema importância poder ter realizado esse estágio, onde se pode ver na prática como funciona o cotidiano escolar. Isso contribuiu na formação, pelo fato de estar diante sempre de desafios do dia a dia, mas que conseguiram ser solucionados em sala. A educação infantil é desafiadora para o governo, a escola e o educador. Educar é muito mais que “gostar” de criança, é a plena consciência de que o futuro professor precisa ter uma formação acadêmica e continuada de sua preparação priorizando a intencionalidade. Assim, escrevo, educar não só transmitir conhecimento, mas educar para a vida, é ter a missão de ajudar a transformar vidas através da educação e do conhecimento. Parabéns a quem se doa por outras vidas e que cumpre seu papel social. A Escola Cristiano J.M. Rosa, minha gratidão por ter propiciado esses momentos de participação onde pude aprender muito com a prática. 
5. REFERÊNCIAS
ARCER, Alessandra o referencial curricular nacional para a educação infantil: ARCER, Alessandra; MARTINS, Márcia: Quem Tem Medo de ensinar na educação infantil? Campinas: Alinea, 2007
BRASIL, Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica. MEC, Brasília, DF. 2013.
CARTAXO, Simone Regina Manosso. Pressupostos da educação infantil. Curitiba: Ibpex, 2011.
PIMENTA, S.G.; LIMA, M.S.L. Estágio e docência. São Paulo: Cortez, 2004. (Coleção Docência em Formação: Série Saberes Pedagógicos).
Projeto Político Pedagógico da Escola M. E. F. Cristiano J.M. Rosa. Bragança, Pará.2020.
SCALABRIN, Izabel Cristina; MOLINARI, Adriana Maria Corder. A importância da prática do estágio supervisionado nas licenciaturas. Disponível em: http://revistaunar.com.br/cientifica/documentos/vol7_n1_2013/3_a_importancia_da_pratica_estagio.pdf acesso em Abril de 2022.
6. ANEXO
Escaneie e junte ao relatório a ficha de frequência individual.

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