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SUSTENTABILIDADE E EMISSÃO DE GÁS CARBÔNICO NA CAMADA DE OZÔNIO, RELACIONADO AS USINAS DE CANA DE AÇÚCAR E ÁLCOOL VALÉRIA SILVA RGM 20102755 RESUMO O agronegócio é responsável por 14% de todas as emissões antropogenéticas globais de efeito estufa. Prevê-se que as emissões agrícolas aumentarão significativamente, principalmente devido ao aumento da renda, da população e do consumo de vários produtos agrícolas. A cana-de-açúcar é uma das culturas agrícolas cuja participação nas emissões está relacionada ao uso de defensivos agrícolas, fertilizantes, óleo diesel e à fase de queima antes da colheita, atuando como fontes diretas e indiretas de GEE para a atmosfera. O objetivo geral da presente pesquisa é apresentar os principais métodos de redução de gás carbônico nas usinas de cana de açúcar. O estudo se baseará em uma revisão da literatura, uma vez que se pretende reunir as informações já encontradas sobre o assunto. A gestão adequada do meio ambiente pode ser muito mais difícil no caso do Brasil, porque é um país menos desenvolvido e requer inúmeros investimentos e aplicação de recursos. Nesse sentido, é importante encontrar um equilíbrio entre preservar o ambiente natural e ampliá-lo para garantir condições de vida para as gerações futuras. Palavras-chave: Camada de Ozônio; Efeito Estufa; Gás Carbônico; Usinas de Açúcar; Sustentabilidade. 1. INTRODUÇÂO Fenômenos naturais extremos, como ondas de calor intensas, tempestades, secas e tornados, têm sido associados a mudanças no clima global, principalmente como resultado da emissão de gases com efeito estufa, como Dióxido de Carbono (CO2), Metano (CH4) e Óxido Nitroso (N2O). É amplamente reconhecido que a ocupação do solo e a alteração do uso do solo e da flora são setores fundamentais que influenciam diretamente as alterações climáticas ao libertarem uma quantidade significativa de gases com efeito de estufa. Os autores CANÇADO et al. (2006) falam a respeito das operações das destilarias, onde estas são discutidas em detalhes nos principais debates sobre a sustentabilidade e eficácia da produção de etanol. Lembrando que as emissões relacionadas à queima de biomassa são uma fonte significativa de partículas e gases para a atmosfera globalmente. O agronegócio é responsável por 14% de todas as emissões antropogenéticas globais de efeito estufa. Prevê-se que as emissões agrícolas aumentarão significativamente, principalmente devido ao aumento da renda, da população e do consumo de vários produtos agrícolas. A cana-de-açúcar é uma das culturas agrícolas cuja participação nas emissões está relacionada ao uso de defensivos agrícolas, fertilizantes, óleo diesel e à fase de queima antes da colheita, atuando como fontes diretas e indiretas de GEE para a atmosfera. Com potencial de reduzir as mudanças climáticas por meio da substituição de combustíveis fósseis sem a necessidade de subsídios excessivos ou o desenvolvimento de infraestrutura prejudicial. Assim, a pergunta problema da presente pesquisa pode ser descrita: quais os principais métodos utilizados para redução de gás carbônico na camada de ozônio nas usinas de cana de açúcar e como isso impacta o meio ambiente? O objetivo geral da presente pesquisa é apresentar os principais métodos de redução de gás carbônico nas usinas de cana de açúcar, e os objetivos específicos podem ser elencados: 1. Conceituar a sustentabilidade, o gás carbônico e a camada de ozônio; 2. Apresentar as características da emissão de gás carbônico; 3. Analisar os principais parâmetros de emissão de gás carbônico; 4. Analisar o impacto da emissão de gás carbônico na camada de ozônio emitido pelas usinas de cana de açúcar no meio ambiente. 2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 2.1. Conceito De Sustentabilidade E Gás Carbônico Segundo estimativas da pré-história, um homem típico consumia 5 milhões de calorias por dia, porém após a Revolução Neolítica por volta de 5000 a.C., os agricultores passaram a consumir 10 milhões de calorias por dia. Com a aceleração da urbanização no final da Idade Média (1400 d.C.) e a posterior ocupação de grande flora europeia, o consumo diário de energia aumentou para 26 mil kcal. No auge da era industrial, por volta de 1875, o uso intensivo do carvão permitiu atingir a ingestão calórica diária média de 77 mil. Esses números mostram um aumento de 15 vezes nos últimos 12.000 anos, um crescimento exponencial ao longo do tempo. Devido à resolução de questões ambientais significativas na Terra, o termo "sustentabilidade" ganhou destaque significativo ao longo dos anos. Essas questões nada mais são do que o resultado da interação agressiva do homem com a natureza, que busca cada vez mais recursos do meio ambiente para atender suas necessidades sem entender que esses recursos são limitados e essenciais para a sobrevivência humana, levando a uma verdadeira crise ambiental. Com isso, a sustentabilidade se mostra como a solução para provocar uma nova consciência em cada indivíduo e uma melhoria gradativa do ambiente ao seu redor. O autor BOFF (2012) consegue esclarecer melhor o conceito de sustentabilidade dizendo que esta é uma coleção de ações e processos destinados a manter a saúde e a integridade da Mãe Terra, salvaguardando os componentes físicos, químicos e biológicos de seus ecossistemas, atendendo às necessidades das gerações atuais e futuras e continuando, expandindo e realizando o potencial da civilização humana em todas as suas várias manifestações. FREITAS (2012) também comenta sobre, falando que a sustentabilidade é um princípio constitucional que determina, com eficácia direta e imediata, a responsabilidade do Estado e da sociedade pela concretização solidária do desenvolvimento material e imaterial, socialmente inclusivo, durável e equânime, ambientalmente limpo, inovador, ético e eficiente, com o intuito de garantir o direito ao bem-estar no presente e no futuro, preferencialmente através da prevenção e prevenção. Atualmente podemos encontrar o reconhecimento dessa expressão como princípio na Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, em seu artigo 225, caput: “Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”. Contudo vale ressaltar que há diferença entre os conceitos de sustentabilidade e desenvolvimento sustentável, onde o autor MACHADO (2015) diz o desenvolvimento sustentável é uma palavra conexão entre duas ideias, sustentabilidade avança para classificar ou definir o desenvolvimento. Em outras palavras, é possível dizer que a sustentabilidade é um processo que visa alcançar o desenvolvimento sustentável, e que o próprio desenvolvimento sustentável é o objetivo a ser alcançado. Finalmente, depois de examinar cuidadosamente as informações apresentadas sobre o significado e a aplicação prática da sustentabilidade no mundo de hoje, determinou-se que esse conceito é inquestionavelmente crucial para todos os aspectos da sociedade e dos empreendimentos humanos. OLIVEIRA, SILVA E HENRIQUES (2009) comentam que o efeito estufa foi visto pela primeira por Jean Baptiste Fourier em meados do século 19, sendo Fourier a perceber que a Terra como um suporte maciço que sustenta a vida vegetal e animal em sua superfície. SvanteArrhenius desenvolveu um modelo em 1896 para estudar o impacto do monóxido de carbono atmosférico presente na Terra. Para construir o modelo que desenvolveria, Arrhenius usou as medições de temperatura de Samuel Langley (1834–1906) na faixa espectral para calcular os coeficientes de absortividade de CO2 e H2O. Podemos citar como exemplos incluem dióxido de carbono o vapor de água, oxigênio e aerossóis (AOS), sendo que mesmo todos ocorrendo em concentraçõesmuito baixas, mas cruciais para fenômenos meteorológicos e por outras razões. O dióxido de carbono é necessário para a vida na Terra. Visto que é um dos componentes essenciais para completar a fotossíntese, que é o processo pelo qual os organismos que produzem a fotossíntese convertem a energia solar em energia química. Essa energia química é novamente distribuída para todos os seres vivos através da cadeia alimentar. Esse procedimento é uma das fases do ciclo do carbono e é essencial para a manutenção dos seres vivos. Todas as atividades humanas liberam gases na atmosfera que interferem no efeito de sufocamento, sendo o dióxido de carbono o mais significativo deles. O nível dessas emissões aumentou significativamente, o que tem causado um impacto perceptível no clima do planeta em todas as suas regiões. 2.2. Emissão De Gás Carbônico Um elemento químico pertencente ao grupo VIA da tabela periódica é o átomo de carbono. O carbono é um componente essencial da vida devido à sua capacidade de gerar compostos estáveis. Além disso, o carbono está química e biologicamente ligado aos ciclos do oxigênio e do hidrogênio, combinando -se com ambos para gerar os blocos de construção da vida. Neste ciclo, são levados em consideração compostos orgânicos, alguns compostos inorgânicos, fotossíntese, respiração, matéria orgânica terrestre e marinha, vários compostos e sua química, bem como processos como erosões, vulcanismo, queima de combustíveis e cadeias alimentares. O dióxido de carbono circula pelos oceanos, atmosfera, terra e interior do planeta Terra em um ciclo biogeoquímico significativo. Este ciclo pode ser dividido em dois tipos diferentes que ocorrem em velocidades diferentes: o ciclo "lento" ou geológico e o ciclo "rápido" ou biológico. O ciclo geológico do carbono é relativamente rápido; estima-se que o ciclo atmosférico do carbono se renove a cada 20 anos. O ciclo está intimamente relacionado ao ciclo do oxigênio e envolve tanto as atividades de organismos microscópicos quanto de macroescala. O dióxido de carbono e os ciclos hidrológicos são os dois ciclos biogeoquímicos que afetam a Terra e são mais significativos para a humanidade. Ambos os ciclos se distinguem por pequenas, mas muito ativas poças atmosféricas que são vulneráveis a perturbações antropogênicas e podem, por sua vez, mudar as estações e a temperatura. É crucial observar que a quantidade de dióxido de carbono na atmosfera é bastante baixa em comparação com as quantidades de carbono encontradas nos oceanos, combustíveis fósseis e outras partes da crosta terrestre. Produtores aquáticos e terrestres absorvem energia solar e CO2 atmosférico através do processo de fotossíntese, produzindo oxigênio e carboidratos complexos como a glicose. Esse carbono que os produtores absorvem, uma vez incorporado às suas moléculas orgânicas, pode seguir um de dois caminhos: ou será liberado novamente na atmosfera como CO2 pela respiração de plantas e animais, ou será transferido na forma de moléculas orgânicas aos animais herbívoros quando consomem os produtores. Outra parte do carbono armazenado em animais herbívoros será transferida para os níveis de tráfego seguintes, enquanto o restante irá para os decompositores, que irão liberar o carbono de volta para a atmosfera enquanto quebram as moléculas orgânicas na área que ocupam. Essa conexão entre a fotossíntese nos produtores e a respiração aeróbica nos produtores, consumidores e decompositores permite que o carbono circule na biosfera. Na imagem abaixo, podemos ver, de forma simples como ocorre o ciclo de emissão do gás carbônico: Figura 1 - Ciclo de Emissão de Gás Carbônico Fonte: Caderno da Embrapa Amazônia Oriental, 2006; O autor PINTO COELHO (2002) diz que apesar de representar apenas cerca de 0,033 % da quantidade total de gás atmosférico, o CO2 experimentou um notável aumento de concentração como resultado do aumento da entrada de gás atmosférico, principalmente desde a segunda metade do século XIX. Comparativamente mais radiação infravermelha do sol pode ser absorvida pelo gás carbônico do que pelas moléculas de nitrogênio e oxigênio. Dessa forma, apesar de seu pequeno tamanho, a concentração de dióxido de carbono na atmosfera tem o poder de afetar o clima do planeta, pois um pequeno aumento nas concentrações atmosféricas de CO2 pode estar ligado a um aumento da temperatura média da Terra Este fenômeno é conhecido como efeito estufa. Os gases do efeito estufa atuam como uma espécie de película que aquece a Terra, possibilitando a presença da água em estado líquido e, consequentemente, o surgimento da vida como a conhecemos hoje. Se esses gases simplesmente não existissem, a temperatura média aumentaria acentuadamente, impossibilitando a capacidade de evolução da maioria das espécies atuais. A questão é com o agravamento do efeito, não com sua maldade. Corroborando com a fala acima, o autor DIAS (2006) comenta que por milhares de anos, o efeito estufa criou as condições necessárias para manter a temperatura da Terra constante. No entanto, após um período tão longo de estabilidade, o mundo agora está aquecendo rapidamente. Como as emissões não ocorrerão na mesma proporção o efeito estufa natural se intensificará, levando ao aumento da temperatura média global. Este fenômeno é a causa das mudanças climáticas globais. Para PINTO COELHO (2002) aqueles na região tropical, fazem contribuições significativas e diretas para a liberação atmosférica de CO2, e com 55% das emissões brasileiras de gases com efeito de aquecimento são atribuíveis ao gás carbônico, resposta principal por conta do desmatamento na Amazônia e no Cerrado. Com esse fato, é por conta dessa proporção que diferencia muito o Brasil de outras nações desenvolvidas, mesmo aquelas com economias emergentes como China e Índia. Ao contrário de outros países onde a queima de combustíveis fósseis responde por 60% a 80% das emissões, no Brasil apenas 25% vem da queima de petróleo, carvão e gás natural. Isso se deve à nossa infraestrutura de energia relativamente "frágil", que inclui nossa dependência de recursos hidrelétricos para geração de eletricidade e uma iniciativa significativa para usar combustíveis de biomassa como o álcool para substituir produtos derivados do petróleo. No entanto, por priorizarem o transporte individual, as grandes cidades brasileiras estão cada vez mais contribuindo significativamente para as emissões de CO2. Para MILLER JR (2007) o aquecimento global pode levar à destruição de habitats selvagens e à produção global de alimentos. Também pode alterar os padrões de precipitação, temperaturas e níveis do mar em todo o mundo. Ameaças graves incluem a escassez de alimentos e água e a propagação de doenças, bem como o aumento de tempestades, enchentes e erosões em algumas regiões do mundo, enquanto outras podem sofrer com a seca. No entanto, as evidências científicas das ligações entre o efeito das mudanças climáticas e o aquecimento global, a consequente necessidade de reduzir as emissões de CO2 e as crescentes demandas sociais por melhor qualidade ambiental e processos de produção mais sustentáveis levaram a conferências internacionais e tratados como a Conferência Rio-92 e o Protocolo de Kyoto. O tema das mudanças climáticas começou a ser discutido oficialmente em 1992, durante a Conferência Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, no Rio de Janeiro. A Convenção sobre Mudanças Climáticas não só buscou fortalecer o trabalho do grupo internacional de pesquisa científica que já trabalha com o tema, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), como também lançou uma série regular de reuniões anuais conhecidas como Conferência dedas Partes (COP), com o objetivo de colocar essas medidas em prática. Posteriormente, na Terceira Conferência das Partes (COP3), realizada em Kyoto,Japão, em dezembro de 1997, o protocolo foi apresentado para aprovação das nações participantes como uma proposta concreta para iniciar o processo de estabilização das emissões de gases que causa destruição do ozônio (GEE). O texto pede a redução das emissões de CO2, que respondem por 76% de todas as emissões relacionadas ao aquecimento global, além de outras emissões de gases de efeito estufa nos países industrializados. Como resultado, à medida que as pessoas e o mercado se conscientizam de suas contribuições individuais para o aquecimento global, eles se voltam para as compensações de carbono como forma de compensar suas emissões. Pesquisadores da Embrapa Agrobiologia (Seropédica/RJ) constataram que o uso do de cana no lugar do etanol pode reduzir em 73% a emissão de CO2 na atmosfera. O estudo também calculou a quantidade de gases de escape que são produzidos em cada etapa da produção tanto do etanol quanto da gasolina. Os pesquisadores da Embrapa usaram medições feitas em campo e dados do banco de dados de mudanças climáticas da ONU para este estudo. Nada foi deixado de fora da avaliação; foi medida a quantidade de gases de efeito endurecedor produzidos desde o preparo do solo para plantações de cana-de-açúcar até o transporte do etanol produzido até o local. Os pesquisadores avaliaram um automóvel movido a gás para uma viagem de 100 quilômetros e as emissões de CO2 do veículo durante uma viagem. Em seguida, foi avaliado o mesmo carro no mesmo percurso, mas com adição de álcool. Ao usar o veículo movido a álcool em vez de gasolina pura (cana-de-açúcar), a quantidade de emissão de CO2 na atmosfera foi reduzida em 73%. Isso foi feito levando em consideração tanto as emissões da produção do combustível quanto as emissões da combustão real no carro. Quando comparado a um automóvel movido a diesel, a redução é de 68%. Além do estudo citado acima, há muito mais coisas que podemos fazer para reduzir nossas emissões de GEE, como por exemplo, reduzir o volume de resíduos que produzimos e reciclá-los, optar por comer mais alimentos orgânicos porque eles absorvem mais dióxido de carbono do que as plantações convencionais, entre muitas outras atitudes. 3. METODOLOGIA DE PESQUISA Este trabalho trata-se de uma pesquisa descritiva relacionamento das variáveis de emissão de gás carbônico e o impacto na camada de ozônio. Para tanto, serão utilizadas fontes secundárias de pesquisa com referenciais teóricos baseados em outras pesquisas científicas, artigos, revistas, livros autores. Os resultados da pesquisa foram de forma qualitativa baseando em outras pesquisas. O estudo se baseará em uma revisão da literatura, uma vez que se pretende reunir as informações já encontradas sobre o assunto, e será aplicado uma metodologia qualitativa, com foco no caráter subjetivo da bibliografia analisada, por conceitos, definições, posições e opiniões, bem como uma metodologia exploratória e descritiva. 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES 4.1. Parâmetros De Emissão De Gás Carbônico Todas as nações estão preocupadas com o crescimento e desenvolvimento econômico porque as pessoas em todo o mundo querem ter melhor acesso à renda e condições de vida. No entanto, quando se trata de preocupação ambiental, os países enfrentam paradoxos que dificultam o alcance de seus objetivos. O crescimento econômico requer um aumento significativo nos níveis de poluição, destruição de florestas e outras áreas naturais, exploração do uso da solidão e urbanização, entre outras coisas. A expansão econômica pode esgotar os recursos naturais e prejudicar a qualidade de vida das pessoas. A gestão adequada do meio ambiente pode ser muito mais difícil no caso do Brasil porque é um país menos desenvolvido e requer inúmeros investimentos e aplicação de recursos. Nesse sentido, é importante encontrar um equilíbrio entre preservar o ambiente natural e ampliá-lo para garantir condições de vida para as gerações futuras. Produzir, gerar riqueza e desenvolvimento por meio de atividades que minimizem os efeitos desfavoráveis ao meio ambiente é um desafio para todas as nações. De acordo com SEEG (2018) o Brasil, no ano de 2017, foi o sétimo maior emissor de gases do efeito estufa, ficando atrás da China, EUA, países da União Europeia, Índia, Indonésia e Rússia. As emissões do Brasil neste ano representaram 3,4% das emissões mundiais. O agronegócio brasileiro foi responsável por 71% das emissões, seguido do setor industrial e de transportes. Os Estados que mais emitiram poluentes foram Pará, Mato Grosso, Minas Gerais e São Paulo. Além disso, o Brasil em 2017 já estava no limite da cota de emissões estipulada em 2009 para ser atingido até 2020. Apesar do tema ser foco de pesquisas internacionais e de uma ampla gama de estudos terem sido realizados que examinam os fatores que influenciam e estão relacionados às emissões de gases poluentes, a literatura nacional brasileira ainda é incipiente. Numerosos estudos analisam apenas qualitativamente essa relação, falhando em mostrar interação que é principalmente de natureza de longo prazo. Há somente um trabalho representado por SILVA et al. (2015) onde é analisado somente os fatores que influenciam as emissões de CO2 levando em consideração a economia brasileira em seu estudo sobre a América Latina. No entanto, a inovação deste estudo de levar em consideração o rebanho de veículos e a variabilidade da frota utilizou dados até 2010. A maioria dos estudos na literatura internacional examina apenas os fatores que afetam as emissões de dióxido de carbono, ignorando outros gases como o metano e o óxido nitroso, que também são responsáveis pelo efeito estufa. Diversos autores relatam o aumento na temperatura ao longo dos últimos 150 anos. Alguns fala que aumentou de 0,7 °C, outros dizem que a temperatura média global aumentou cerca de 0,5 %, com maiores danos em regiões tropicais e subdesenvolvidas. O principal componente ligado ao aquecimento do planeta é o efeito da estufa. O sol é a principal fonte de energia da Terra e emite raios conhecidos como radiação eletromagnética. A quantidade de energia solar que entra na Terra depende dos núcleos, moléculas de ar, florestas, oceanos, lagos, gelo e neve. No entanto, uma parte significativa da energia solar é refletida de volta ao espaço e a parte restante é absorvida pela superfície. Vários gases estão prevalentes na Terra, esses gases, por outro lado, liberam radiação em todas as direções, inclusive em direção à superfície e ao espaço externo, o que resulta em um efeito desagradável. Acredita-se que esses gases sejam um fenômeno natural da Terra, permitindo as condições necessárias para a sobrevivência das espécies acaba aumentando muito a absorção e irradiação da radiação solar, levando a um aquecimento mais intenso do planeta. Os efeitos de um aumento na concentração de gases por efeito de asfixia são numerosos. Mudanças no clima, incluindo um aumento na temperatura média e um padrão imprevisível de chuvas, estão entre as mudanças mais imediatas aquecimento global pode prazo pode resultar no desaparecimento de geleiras e na destruição de regiões costeiras das geleiras e a destruição das regiões costeiras. A preocupação com os efeitos da poluição global e do aquecimento tornou - se mais proeminente na agenda mundial em 1992. Nesta ocasião especial foi assinado o primeiro acordo internacional destinado a reduzir a poluição ambiental. Depois disso, em 1997, o Protocolo de Kyoto adotou metas de redução de emissões de gases de efeito estufa para os países em desenvolvimento. A Conferência Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável, também conhecida como Rio+10, foi realizada em Joanesburgo, na África do Sul, em 2002. Nesse caso, as nações reafirmaram a importância do desenvolvimento sustentável e da preservação dos recursos naturais renováveis. Depois disso, em 2012,na cidade brasileira do Rio de Janeiro, várias nações se reuniram para a Conferência Rio +20 das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável. Essas nações avaliaram os resultados a partir da Rio 92 em 1992 e estabeleceram novas metas para o desenvolvimento sustentável. Já em 2015, o Acordo de Paris estabeleceu um teto para as emissões de gases de efeito estufa com o objetivo de manter o aumento da temperatura média mundial abaixo de 2 ° C. Embora o CO2 seja um dos principais gases de efeito estufa, ele não é o único. é usado como base para calcular a quantidade de dióxido de carbono por meio de um cálculo, que determina a equivalência dos outros gases ao CO2 e os torna a base para essa medição. A medição da pegada de carbono é uma maneira de determinar a quantidade de dióxido de carbono equivalente (CO2eq) emitido por uma pessoa, empresa, atividade, evento, produto, organização ou governo. Quando dizemos que a pegada de carbono calcula a quantidade de gás equivalente ao dióxido de carbono (CO2eq) liberado, estamos nos referindo a um número que representa todos os gases liberados que afetam o meio ambiente e não apenas o dióxido de carbono. A pegada de carbono considera apenas as atividades que resultam na emissão de gases de efeito estufa. Como resultado, o preço do carbono fornece a quantidade anualizada de emissões de carbono medida em toneladas, mas o preço ecológico fornece os valores da terra e da água necessários para repor os recursos utilizados. o imposto sobre o carbono visa diminuir o impacto no meio ambiente, reduzindo o aquecimento global e contendo as mudanças climáticas, mas um imposto ecológico leva em consideração todos os efeitos potenciais sobre o meio ambiente. Essa metodologia, que conta inclusive com um padrão internacional, a ISO 14067 (2018), utiliza a Avaliação do Ciclo de Vida (ACV) para medir e quantificar os impactos ambientais primários, desde a extração dos recursos naturais até o seu uso e disposição. Ele determinará as emissões de CO2 dos seguintes processos: para uma refinaria e transporte de petróleo, para um posto de gasolina, fabricação do seu veículo, verifica o combustível que você usa e várias outras coisas. Ainda que o efeito estufa seja um processo natural que mantém a temperatura do planeta estável e possibilita a existência de espécies, o aumento da poluição e da emissão de gases nocivos está acelerando esse processo. Existem muitas consequências negativas do aquecimento global, portanto, essa questão precisa ser constantemente abordada nas discussões de políticas públicas e ansiedade social. 4.2. Impacto Da Emissão De Gás Carbônico Ao Meio Ambiente A conversão de florestas tropicais para uso agrícola, desmatamentos e queimadas por todas as nações são grandes contribuintes para as emissões atmosféricas de dióxido de carbono (CO2). Baixas temperaturas, alta umidade e pouco vento estão comprometendo o efeito da turbulência, o que torna o ambiente desfavorável para a dispersão dos poluentes atmosféricos do nosso planeta. Desta forma, o CO2 e outros gases lançados na atmosfera do nosso planeta sem o nosso consentimento são os culpados pelo efeito de sufocamento, que leva a um aumento significativo da temperatura da superfície terrestre, sua composição e seu equilíbrio. Prejudicando assim o meio ambiente e as mais diversas formas de viver. Entre os danos ambientais estão a acidificação de rios e florestas, dificuldade na vida animal e no desenvolvimento vegetal, mudanças climáticas e chuva ácida. Segundo estudo da Faculdade de Medicina da USP, a convivência humana com a poluição resulta em efeitos à saúde, como alterações clínicas em nível populacional ou surgimento de doenças respiratórias e cardiovasculares, principalmente em idosos, crianças e pessoas que já possuem problemas respiratórios dificuldades. Como resultado da fotossíntese, as plantas são capazes de converter dióxido de carbono em produção. A lógica nos diz que aumentar a quantidade desse gás deveria estimular a produção de safra, mas uma revisão recente da Universidade de Illinois revela que algumas safras, como a de milho, são de natureza pré-industrial e incapazes de distribuir eficientemente seus frutos, recursos para se beneficiar do dióxido de carbono extra. A maioria das plantas (incluindo soja, arroz, canola e todas as árvores) são C3 porque primeiro fixam o dióxido de carbono em um carboidrato contendo três átomos de carbono. Milho, sorgo e cana-de-açúcar são membros de um grupo único de plantas conhecido como C4, assim chamado porque fixam o mesmo gás durante a fotossíntese primeiro em um carboidrato com quatro carbonos. Em média, plantas C4 são 60% mais produtivas que plantas C3. Várias nações têm níveis de poluição do ar superiores ao que a OMS (Organização Mundial da Saúde) considera tolerável. Embora a China seja frequentemente mencionada como uma dessas nações, esforços significativos estão sendo feitos para reverter essa grave situação. As primeiras posições na lista das nações que mais emitem dióxido de carbono são ocupadas pelo Brasil. Desde a introdução do carro flex. O setor agrícola brasileiro foi marcado por um novo ciclo no cultivo da cana-de-açúcar para a produção de álcool combustível. Isso está sendo feito não apenas para substituir o petróleo devido ao aumento dos preços internacionais do petróleo, mas também porque o etanol é uma fonte de energia mais ecológica e renovável. Uma usina de cana-de-açúcar ultrapassou a hidreletricidade e se tornou a segunda maior fonte de energia utilizada no Brasil, atrás apenas do petróleo. Maior produtor mundial de cana-de-açúcar e exportador de açúcar, o Brasil movimenta mais de US$ 2 bilhões em vendas anuais na economia brasileira. Aproximadamente 90% de toda a cana-de-açúcar produzida no Brasil é produzida na região Centro-Sul. O maior produtor é o Estado de São Paulo, que responde por mais de 60 % de toda a produção nacional de açúcar e etanol e por mais de 70% das exportações. A região de Ribeiro Preto é responsável por 45% da produção total do estado, e inúmeros outros municípios possuem grandes lavouras com inúmeras usinas instaladas, gerando milhares de empregos diretos e indiretos. Apesar dos benefícios econômicos trazidos pelo crescimento da indústria do etanol, algumas questões culturais, como os efeitos das queimadas, precisam ser melhor discutidas. Uma das técnicas mais populares ainda hoje em uso no Brasil é a queima da palha da cana-de-açúcar, que é feita para facilitar as operações de colheita. O objetivo da queimada é promover a limpeza das folhas secas e verdes, consideradas o principal material inutilizável, atenuando a névoa do canavial. A emissão de gases com efeito adverso na atmosfera, sendo o gás carbônico o principal, é um dos argumentos mais polêmicos quanto a queimada da cana-de- açúcar, sem contar outros fatores, como poluição do ar atmosférico pela fumaça e fuligem. A queimada equivale à emissão de 9 kg de CO2 por tonelada de cana, mas a fotossíntese da cana retira cerca de 15 toneladas de CO2 por hectare. Com isso, a cultura da cana-de-açúcar tem excepcional eficiência na fixação de carbono, apresentando um balanço altamente positivo, pois absorve significativamente mais carbono do que libera na atmosfera. Durante seu período de crescimento, que dura entre 12 e 18 meses, a cana- de-açúcar absorve o ácido glicêmico. Entre 30 e 60 minutos de queimada, a cana libera todo esse gás na atmosfera o que tem um efeito adverso significativo no meio ambiente devido ao excesso de liberação de todo o carbono previamente absorvido. Os compostos contendo nitrogênio que resultam da liberação de óxido nitroso são responsáveis por questões ambientais, incluindo a chuva ácida que contamina a água e a terra. Eles também têm o potencial de prejudicar a biodiversidade, causar um declínionas comunidades florais naturais, etc. Apesar da aprovação da legislação de controle da colheita da cana-de-açúcar, a intensificação da colheita mecanizada será inevitável devido ao avanço tecnológico, que levará principalmente à redução da poluição atmosférica e à melhoria da qualidade do solo. Alguns processos naturais são responsáveis pelo lançamento de gases poluentes na atmosfera, são eles: atividade vulcânica, liberação de gases durante a digestão de alguns animais, poeiras do deserto, decomposição, entre outras. Em contrapartida, as atividades humanas também liberam muitos gases nocivos e poluentes. Podemos citar as indústrias, queimadas, Veículos e queima de combustíveis fósseis, mineração, uso de aerossóis, energia elétrica. As consequências da poluição do ar comprometem tanto a saúde humana quanto a qualidade do meio ambiente. Como resultado da chuva ácida, a poluição do ar pode prejudicar o patrimônio cultural. Eles causam a deterioração gradual dos monumentos. Portanto, sob a camada de ozônio há outro efeito. Naturalmente, esta camada protege o planeta da radiação ultravioleta que é prejudicial aos seres vivos. No entanto, os gases poluentes provocam rebentamentos na câmara de oxigénio e impedem a absorção de parte dos raios solares. Além disso, o aumento de gases poluentes na atmosfera intensifica o efeito do smog e contribui para o aquecimento global. 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS Todas as nações estão preocupadas com o crescimento e desenvolvimento econômico, porque as pessoas em todo o mundo querem ter melhor acesso à renda e condições de vida. No entanto, quando se trata de preocupação ambiental, os países enfrentam paradoxos que dificultam o alcance de seus objetivos. O crescimento econômico requer um aumento significativo nos níveis de poluição, destruição de florestas e outras áreas naturais, exploração do uso da solidão e urbanização, entre outras coisas. A expansão econômica pode esgotar os recursos naturais e prejudicar a qualidade de vida das pessoas. Notamos a necessidade de estarmos atentos ao gerenciamento dos riscos ambientais, reconhecendo os pontos de vulnerabilidade dos processos e respondendo de forma efetiva a eles, tanto no combate a eles quanto em uma assistência à saúde pública mais coerciva e responsável. A gestão adequada do meio ambiente pode ser muito mais difícil no caso do Brasil, porque é um país menos desenvolvido e requer inúmeros investimentos e aplicação de recursos. Nesse sentido, é importante encontrar um equilíbrio entre preservar o ambiente natural e ampliá-lo para garantir condições de vida para as gerações futuras. https://www.todamateria.com.br/combustiveis-fosseis/ É um dos temas mais discutidos quando há preocupação ambiental. Fenômeno natural tem sido associado ao maior aquecimento do planeta e às distorções climáticas, causadas pela maior emissão atmosférica desses gases. Mas reiteramos que todos na sociedade devem estar comprometidos com a proteção do meio ambiente, não apenas as organizações de proteção ambiental. Alertando os processos produtivos para o uso adequado dos recursos e utilizando apenas a quantidade necessária de energia, podemos reduzir continuamente as patologias trazidas pela poluição. Essas ações devem ser amplamente divulgadas e adotadas pela população. REFERÊNCIAS BOFF, Leonardo. Sustentabilidade: o que é – o que não é. Petrópolis, RJ: Vozes, 2012; BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>; CANÇADO, J.E.D.; SALDIVA, P.H.N.; PEREIRA, L.A.A.; LARA, L.B.L.S.; ARTAXO, P.; MARTINELLI, L.A.; ARBEX, M.A.; ZANOBETTI, A.; BRAGA, A.L.F.: The Impact of Sugar Cane–Burning Emissions on the Respiratory System of Children and the Elderly. Environmental Health Perspectives, n. 114, v. 5, p. 725–729, 2006; DE SOUZA, P.A.L, et.al. Avanços no monitoramento de queimadas realizado no INPE. In: XIII Congresso Brasileiro de Meteorologia, SBMET, Fortaleza, CE, Agosto de 2003; DIAS, R. Gestão ambiental: responsabilidade social e sustentabilidade. São Paulo: Atlas, 2006; FERREIRA, Ana Lucia. Estudo mostra que etanol de cana emite menos gás carbônico para a atmosfera do que a gasolina. Rio de Janeiro, Empraba, 2009; FREITAS, Juarez. Sustentabilidade: direito ao futuro. 2. ed. Belo Horizonte, MG: Fórum, 2012; MACEDO, I.C. SEABRA, J.E.A.; SILVA, J.E.A.R. 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