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ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MINAS GERAIS Constituição do Estado de Minas Gerais A atualização multivigente é acompanhada dos textos das Emendas à Constituição nºˢ 1 a 111. 30ª edição Belo Horizonte Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais 2022 Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais Secretaria-Geral Adjunta da Mesa Gerência-Geral de Documentação e Informação Gerência de Informação Legislativa Rua Rodrigues Caldas, 30 – Bairro Santo Agostinho Belo Horizonte – MG – 30190-921 Telefone: (31) 2108-7000 http://www.almg.gov.br ISBN: 85-85157-33-X 1ª edição – 1989 2ª edição – 1995 3ª edição – [1996?] 4ª edição – 1997 5ª edição – 1998 6ª edição – 1999 7ª edição – 2000 8ª edição – 2001 9ª edição – 2002 10ª edição – Jul. 2003 11ª edição – Dez. 2003 12ª edição – 2005 13ª edição – 2007 14ª edição – 2011 15ª edição – 2013 16ª edição – 2015 17ª edição – 2016 18ª edição – 2017 19ª edição – Jul. 2018 20ª edição – Ago. 2018 21ª edição – Dez. 2018 22ª edição – Fev. 2019 23ª edição – Abr. 2019 24ª edição – Nov. 2019 25ª edição – Jan. 2020 26ª edição – Set. 2020 27ª edição – Fev. 2021 28ª edição – Jul. 2021 29ª edição – Jan. 2022 30ª edição – Jul. 2022 Edição revista e atualizada conforme o Novo Acordo Ortográfico da Língua Portu- guesa, de 1990. M663 Minas Gerais. [Constituição (1989)]. Constituição do Estado de Minas Gerais. – 30. ed. – Belo Hori- zonte: Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais, 2022. 642 p. ; 21 cm. ISBN 85-85157-33-X 1. Minas Gerais. [Constituição (1989)]. I. Título. CDU:342.4(815.1)”1989” MESA DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Deputado Agostinho Patrus Presidente Deputado Antonio Carlos Arantes 1º-vice-presidente Deputado Doutor Jean Freire 2º-vice-presidente Deputado Alencar da Silveira Jr. 3º-vice-presidente Deputado Tadeu Martins Leite 1º-secretário Deputado Carlos Henrique 2º-secretário Deputado Arlen Santiago 3º-secretário SECRETARIA Cristiano Felix dos Santos Silva Diretor-geral Luíza Homen Oliveira Secretária-geral da Mesa Sumário PREÂMBULO.......................................................................................................12 TÍTULO I: DISPOSIÇÕES PRELIMINARES...................................................12 TÍTULO II: DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS..................13 TÍTULO III: DO ESTADO...................................................................................15 CAPÍTULO I: DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO.............................................15 Seção I: Disposições Gerais..............................................................................15 Seção II: Da Competência do Estado...............................................................16 Seção III: Do Domínio Público.........................................................................20 Seção IV: Da Administração Pública...............................................................21 Seção V: Dos Servidores Públicos....................................................................28 Subseção I: Disposições Gerais..........................................................................................28 Subseção II: Dos Servidores Públicos Civis......................................................................38 Subseção III: Dos Servidores Policiais Civis.....................................................................66 Seção VI: Dos Militares do Estado...................................................................68 Seção VII: Dos Serviços Públicos.....................................................................70 Seção VIII: Da Regionalização.........................................................................72 Subseção I: Disposições Gerais..........................................................................................72 Subseção II: Da Região Metropolitana, Aglomeração Urbana e Microrregião..................72 Subseção III: Das Regiões de Desenvolvimento................................................................82 CAPÍTULO II: DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES.......................................83 Seção I: Do Poder Legislativo...........................................................................83 Subseção I: Da Assembleia Legislativa..............................................................................83 Subseção II: Dos Deputados...............................................................................................87 Subseção III: Das Comissões.............................................................................................92 Subseção IV: Das Atribuições da Assembleia Legislativa.................................................93 Subseção V: Do Processo Legislativo..............................................................................102 Subseção VI: Da Fiscalização e dos Controles.................................................................112 Seção II: Do Poder Executivo.........................................................................123 Subseção I: Disposições Gerais........................................................................................123 Subseção II: Das Atribuições do Governador do Estado..................................................125 Subseção III: Da Responsabilidade do Governador do Estado........................................128 Subseção IV: Do Secretário de Estado.............................................................................129 Subseção V: Do Conselho de Governo.............................................................................131 Seção III: Do Poder Judiciário.......................................................................131 Subseção I: Disposições Gerais........................................................................................131 Subseção II: Do Tribunal de Justiça.................................................................................143 Subseção III: Dos Tribunais de Alçada............................................................................148 Subseção IV: Da Justiça Militar.......................................................................................149 Subseção V: Do Tribunal do Júri......................................................................................151 Subseção VI: Do Juiz de Direito......................................................................................151 Subseção VII: Dos Juizados Especiais.............................................................................152 Subseção VIII: Da Justiça de Paz.....................................................................................152 Subseção IX: Do Controle de Constitucionalidade..........................................................153 Seção IV: Das Funções Essenciais à Justiça..................................................156 Subseção I: Do Ministério Público...................................................................................156 Subseção II: Da Advocacia do Estado..............................................................................166 Subseção III: Da Defensoria Pública................................................................................168 Subseção IV: Da Advocacia.............................................................................................170 Seção V: Da Segurança do Cidadão e da Sociedade.....................................170 Subseção I: Da Defesa Social...........................................................................................170 Subseção II: Da Segurança Pública..................................................................................174 CAPÍTULO III: DAS FINANÇAS PÚBLICAS..................................................181 Seção I: Da Tributação...................................................................................181 Subseção I: Da Repartição das Receitas Tributárias........................................................186 Subseção II:Das Limitações ao Poder de Tributar..........................................................187 Seção II: Dos Orçamentos..............................................................................188 CAPÍTULO IV: DO MUNICÍPIO.......................................................................211 Seção I: Da Competência do Município........................................................212 Seção II: Da Lei Orgânica do Município.......................................................214 Seção III: Dos Poderes....................................................................................214 Subseção I: Do Poder Legislativo....................................................................................216 Subseção II: Do Poder Executivo.....................................................................................216 Subseção III: Da Remuneração do Prefeito e do Vereador..............................................217 Seção IV: Da Fiscalização...............................................................................217 Seção V: Da Cooperação.................................................................................218 Subseção I: Disposições Gerais........................................................................................218 Subseção II: Da Assistência aos Municípios....................................................................220 Seção VI: Da Intervenção no Município........................................................221 TÍTULO IV: DA SOCIEDADE...........................................................................221 CAPÍTULO I: DA ORDEM SOCIAL.................................................................221 Seção I: Da Saúde...........................................................................................221 Subseção Única: Do Saneamento Básico.........................................................................225 Seção II: Da Assistência Social.......................................................................225 Seção III: Da Educação..................................................................................226 Seção IV: Da Cultura......................................................................................234 Seção V: Da Ciência e Tecnologia...................................................................237 Seção VI: Do Meio Ambiente.........................................................................239 Seção VII: Do Desporto e do Lazer................................................................242 Seção VIII: Da Família, da Criança, do Adolescente, do Portador de Defi- ciência e do Idoso............................................................................................243 Seção IX: Da Comunicação Social.................................................................247 CAPÍTULO II: DA ORDEM ECONÔMICA......................................................248 Seção I: Do Desenvolvimento Econômico......................................................248 Seção II: Do Sistema Financeiro Estadual....................................................252 Seção III: Do Turismo.....................................................................................254 Seção IV: Da Política Urbana.........................................................................255 Seção V: Da Política Rural.............................................................................259 Seção VI: Da Política Hídrica e Minerária....................................................263 TÍTULO V: DISPOSIÇÕES GERAIS................................................................266 Ato das Disposições Constitucionais Transitórias..............................................280 EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 1..................................................................351 EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 2..................................................................352 EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 3..................................................................353 EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 4..................................................................354 EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 5..................................................................355 EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 6..................................................................356 EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 7..................................................................358 EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 8..................................................................359 EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 9..................................................................361 EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 10................................................................362 EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 11................................................................364 EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 12................................................................366 EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 13................................................................368 EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 14................................................................370 EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 15................................................................371 EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 16................................................................372 EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 17................................................................373 EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 18................................................................375 EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 19................................................................377 EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 20................................................................378 EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 21................................................................380 EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 22................................................................381 EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 23................................................................383 EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 24................................................................384 EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 25................................................................385 EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 26................................................................387 EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 27................................................................389 EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 28................................................................390 EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 29................................................................391 EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 30................................................................392 EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 31................................................................393 EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 32................................................................395 EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 33................................................................396 EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 34................................................................398 EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 35................................................................403 EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 36................................................................404 EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 37................................................................407 EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 38................................................................408 EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 39................................................................409 EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 40................................................................415 EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 41................................................................417 EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 42................................................................418 EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 43................................................................419 EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 44................................................................421 EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 45................................................................421EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 46................................................................423 EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 47................................................................424 EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 48................................................................426 EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 49................................................................428 EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 50................................................................436 EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 51................................................................438 EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 52................................................................439 EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 53................................................................441 EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 54................................................................442 EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 55................................................................444 EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 56................................................................445 EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 57................................................................449 EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 58................................................................457 EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 59................................................................458 EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 60................................................................459 EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 61................................................................460 EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 62................................................................462 EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 63................................................................463 EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 64................................................................467 EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 65................................................................468 EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 66................................................................472 EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 67................................................................474 EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 68................................................................475 EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 69................................................................476 EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 70................................................................479 EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 71................................................................481 EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 72................................................................482 EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 73................................................................484 EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 74................................................................486 EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 75................................................................488 EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 76................................................................490 EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 77................................................................491 EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 78................................................................493 EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 79................................................................495 EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 80................................................................497 EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 81................................................................498 EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 82................................................................500 EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 83................................................................501 EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 84................................................................503 EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 85................................................................534 EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 86................................................................536 EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 87................................................................537 EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 88................................................................539 EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 89................................................................542 EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 90................................................................544 EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 91................................................................545 EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 92................................................................547 EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 93................................................................549 EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 94................................................................550 EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 95................................................................551 EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 96................................................................553 EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 97................................................................559 EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 98................................................................561 EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 99................................................................562 EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 100..............................................................564 EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 101..............................................................569 EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 102..............................................................572 EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 103..............................................................573 EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 104..............................................................575 EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 105..............................................................590 EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 106..............................................................592 EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 107..............................................................593 EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 108..............................................................594 EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 109..............................................................596 EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 110..............................................................598 EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 111...............................................................600 ÍNDICE TEMÁTICO..........................................................................................605 CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS PREÂMBULO Nós, representantes do povo do Estado de Minas Gerais, fiéis aos ideais de liberdade de sua tradição, reunidos em Assembleia Constituinte, com o propósito de instituir ordem jurídica autônoma, que, com base nas as- pirações dos mineiros, consolide os princípios estabelecidos na Constituição da República, promova a descentralização do Poder e assegure o seu contro- le pelos cidadãos, garanta o direito de todos à cidadania plena, ao desenvol- vimento e à vida, numa sociedade fraterna, pluralista e sem preconceito, fundada na justiça social, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte Constituição: TÍTULO I DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art. 1º – O Estado de Minas Gerais integra, com autonomia po- lítico-administrativa, a República Federativa do Brasil. § 1º – Todo o poder do Estado emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos da Constituição da República e desta Constituição. § 2º – O Estado se organiza e se rege por esta Constituição e leis que adotar, observados os princípios constitucionais da República. Art. 2º – São objetivos prioritários do Estado: I – garantir a efetividade dos direitos públicos subjetivos; II – assegurar o exercício, pelo cidadão, dos mecanismos de con- trole da legalidade e legitimidade dos atos do Poder Público e da eficácia dos serviços públicos; (Vide Lei nº 12.999, de 31/7/1998.) III – preservar os valores éticos; IV – promover a regionalização da ação administrativa, em busca 12 do equilíbrio no desenvolvimento das coletividades; V – criar condiçõespara a segurança e a ordem públicas; VI – promover as condições necessárias para a fixação do ho- mem no campo; (Vide Lei nº 11.265, de 4/11/1993.) (Vide Lei nº 11.744, de 16/1/1995.) VII – garantir a educação, o ensino, a saúde e a assistência à ma- ternidade, à infância, à adolescência e à velhice; (Inciso com redação na versão original.) VII – garantir a educação, o acesso à informação, o ensino, a saú- de e a assistência à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice; (Inciso com redação dada pelo art. 1º da Emenda Constitucional nº 87, de 4/11/2011.) (Vide Lei nº 10.501, de 17/1/1991.) (Vide Lei nº 13.176, de 29/1/1999.) (Vide Lei Complementar nº 69, de 30/7/2003.) VIII – dar assistência ao Município, especialmente ao de escassas condições de propulsão socioeconômica; IX – preservar os interesses gerais e coletivos; X – garantir a unidade e a integridade de seu território; XI – desenvolver e fortalecer, junto aos cidadãos e aos grupos so- ciais, os sentimentos de pertinência à comunidade mineira em favor da pre- servação da unidade geográfica de Minas Gerais e de sua identidade social, cultural, política e histórica; XII – erradicar a pobreza e reduzir as desigualdades sociais e re- gionais. (Inciso acrescentado pelo art. 1º da Emenda à Constituição nº 86, de 26/10/2011.) Art. 3º – O território do Estado somente será incorporado, dividi- do ou desmembrado, com aprovação da Assembleia Legislativa. TÍTULO II DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS 13 Art. 4º – O Estado assegura, no seu território e nos limites de sua competência, os direitos e garantias fundamentais que a Constituição da Re- pública confere aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País. § 1º – Incide na penalidade de destituição de mandato administra- tivo ou de cargo ou função de direção, em órgão da administração direta ou entidade da administração indireta, o agente público que deixar injustifica- damente de sanar, dentro de noventa dias da data do requerimento do inte- ressado, omissão que inviabilize o exercício de direito constitucional. § 2º – Independe do pagamento de taxa ou de emolumento ou de garantia de instância o exercício do direito de petição ou representação, bem como a obtenção de certidão para a defesa de direito ou esclarecimento de situação de interesse pessoal. (Vide Lei nº 13.514, de 7/4/2000.) (Vide Lei nº 14.688, de 31/7/2003.) § 3º – Nenhuma pessoa será discriminada, ou de qualquer forma prejudicada, pelo fato de litigar com órgão ou entidade estadual, no âmbito administrativo ou no judicial. § 4º – Nos processos administrativos, qualquer que seja o objeto e o procedimento, observar-se-ão, entre outros requisitos de validade, a pu- blicidade, o contraditório, a defesa ampla e o despacho ou a decisão motiva- dos. § 5º – Todos têm o direito de requerer e obter informação sobre projeto do Poder Público, a qual será prestada no prazo da lei, ressalvada aquela cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado. (Vide Lei nº 13.514, de 7/4/2000.) § 6º – O Estado garante o exercício do direito de reunião e de ou- tras liberdades constitucionais e a defesa da ordem pública, da segurança pessoal e dos patrimônios público e privado. § 7º – Ao presidiário é assegurado o direito a: I – assistência médica, jurídica e espiritual; II – aprendizado profissionalizante e trabalho produtivo e remu- nerado; III – acesso a notícia divulgada fora do ambiente carcerário; 14 90 DIAS IV – acesso aos dados relativos à execução da respectiva pena; V – creche ou outras condições para o atendimento do disposto no art. 5º, L, da Constituição da República. (Vide Lei nº 11.404, de 25/11/1994.) (Vide Lei nº 13.054, de 23/12/1998.) § 8º – É passível de punição, nos termos da lei, o agente público que, no exercício de suas atribuições e independentemente da função que exerça, violar direito constitucional do cidadão. Art. 5º – Ao Estado é vedado: I – estabelecer culto religioso ou igreja, subvencioná-los, embara- çar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou com seus representantes relações de dependência ou de aliança, ressalvada, na forma da lei, a cola- boração de interesse público; II – recusar fé a documento público; III – criar distinção entre brasileiros ou preferência em relação às demais unidades e entidades da Federação. TÍTULO III DO ESTADO CAPÍTULO I DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO Seção I Disposições Gerais Art. 6º – São Poderes do Estado, independentes e harmônicos en- tre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. Parágrafo único – Ressalvados os casos previstos nesta Constitui- ção, é vedado a qualquer dos Poderes delegar atribuição e, a quem for in- vestido na função de um deles, exercer a de outro. Art. 7º – São símbolos do Estado a bandeira, o hino e o brasão, 15 definidos em lei. Art. 8º – A cidade de Belo Horizonte é a Capital do Estado. Seção II Da Competência do Estado Art. 9º – É reservada ao Estado a competência que não lhe seja vedada pela Constituição da República. Art. 10 – Compete ao Estado: I – manter relações com a União, os Estados Federados, o Distri- to Federal e os Municípios; II – organizar seu Governo e Administração; III – firmar acordo, convênio, ajuste e instrumento congênere; IV – difundir a seguridade social, a educação, a cultura, o despor- to, a ciência e a tecnologia; V – proteger o meio ambiente; VI – manter e preservar a segurança e a ordem públicas e a inco- lumidade da pessoa e do patrimônio; VII – intervir no Município, nos casos previstos nesta Constitui- ção; VIII – explorar diretamente, ou mediante concessão a empresa estatal, com exclusividade de distribuição, os serviços locais de gás canali- zado; (Inciso com redação na versão original.) VIII – explorar diretamente ou mediante concessão os serviços locais de gás canalizado, na forma da lei; (Inciso com redação dada pelo art. 1º da Emenda à Constituição nº 66, de 25/11/2004.) IX – explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços de transporte ferroviário e aquaviário que não transponham os limites do seu território e o rodoviário estadual de passageiros; (Inciso com redação na versão original.) 16 que é do mesmo gênero, espécie, tipo OU classe. IX – explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços de transporte rodoviário estadual de passageiros e de transporte aquaviário que não transponham os limites de seu território, e diretamente, ou mediante concessão, permissão ou autorização, a infraestrutura e os serviços de trans- porte ferroviário que não transponham os limites de seu território; (Inciso com redação dada pelo art. 1º da Emenda à Constituição nº 105, de 4/12/2020.) X – instituir região metropolitana, aglomeração urbana e micror- região; (Vide Lei Complementar nº 88, de 12/1/2006.) XI – instituir plano de aproveitamento e destinação de terra pú- blica e devoluta, compatibilizando-o com a política agrícola e com o plano nacional de reforma agrária; (Vide Lei nº 11.020, de 8/1/1993.) (Vide Lei nº 11.401, de 14/1/1994.) (Vide Lei nº 11.744, de 16/1/1995.) (Vide Lei nº 12.416, de 26/12/1996.) XII – criar sistema integrado de parques estaduais, reservas bio- lógicas, estações ecológicas e equivalentes, adequado à conservação dos ecossistemas do Estado, para proteção ecológica, pesquisa científica e recre- ação pública, e dotá-los dos serviços públicos indispensáveis às suas finali- dades; XIII – dispor sobre sua divisão e organização judiciárias e divi- são administrativa; (Vide Lei Complementar nº 38, de 13/2/1995.) (Vide Lei Complementar nº 45, de 26/11/1996.) (Vide Lei Complementar nº 59, de 18/1/2001.) (Vide Lei Complementar nº 85, de 28/12/2005.) (Vide Lei Complementar nº 105, de 14/8/2008.) (Vide Lei Complementar nº 135, de 27/6/2014.) XIV – suplementar as normas gerais da União sobre: a) organização, efetivos, garantias, direitos e deveres da Polícia Militar; (Alínea com redação na versão original.) 17 a) organização, efetivos, garantias, direitos, deveres, inatividades e pensões da PolíciaMilitar e do Corpo de Bombeiros Militar; (Alínea com redação dada pelo art. 1º da Emenda à Constituição nº 104, de 14/9/2020.) (Vide Lei Complementar nº 54, de 13/12/1999.) b) licitação e contrato administrativo na administração pública di- reta e indireta; XV – legislar privativamente nas matérias de sua competência e, concorrentemente com a União, sobre: a) direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urba- nístico; b) orçamento; c) junta comercial; d) custas dos serviços forenses; (Vide Lei nº 12.989, de 30/7/1998.) e) produção e consumo; f) florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, proteção do ambiente e controle da polui- ção; (Vide Lei nº 14.309, de 19/6/2002.) (Vide Lei nº 16.679, de 10/1/2007.) g) proteção do patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e paisagístico; h) responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico; i) educação, cultura, ensino e desporto; j) criação, funcionamento e processo do juizado de pequenas cau- sas; (Vide Lei Complementar nº 59, de 18/1/2001.) l) procedimentos em matéria processual; m) previdência social, proteção e defesa da saúde; (Vide Lei nº 13.317, de 24/9/1999.) n) assistência jurídica e defensoria pública; (Vide Lei nº 13.166, de 20/1/1999.) 18 (Vide Lei Complementar nº 65, de 16/1/2003.) o) apoio e assistência ao portador de deficiência e sua integração social; (Vide Lei nº 11.867, de 28/7/1995.) (Vide Lei nº 13.465, de 12/1/2000.) (Vide Lei nº 13.799, de 21/12/2000.) p) proteção à infância e à juventude; q) organização, garantias, direitos e deveres da Polícia Civil. (Alínea com redação na versão original.) q) organização, garantias, direitos e deveres da Polícia Civil e da Polícia Penal. (Alínea com redação dada pelo art. 1º da Emenda à Constituição nº 111, de 29/6/2022.) § 1º – No domínio da legislação concorrente, o Estado exercerá: I – competência suplementar; II – competência plena, quando inexistir lei federal sobre normas gerais, ficando suspensa a eficácia da lei estadual no que for contrário a lei federal superveniente. § 2º – O Estado poderá legislar sobre matéria da competência pri- vativa da União, quando permitido em lei complementar federal. Art. 11 – É competência do Estado, comum à União e ao Municí- pio: I – zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e conservar o patrimônio público; II – cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia do portador de deficiência; III – proteger os documentos, obras e outros bens de valor his- tórico, artístico e cultural, os monumentos, paisagens naturais notáveis e sí- tios arqueológicos; (Vide Lei nº 11.726, de 30/12/1994.) (Vide Lei nº 13.464, de 12/1/2000.) IV – impedir a evasão, destruição e descaracterização de obra de arte e de outros bens de valor histórico, artístico ou cultural; 19 V – proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação e à ciência; VI – proteger o meio ambiente e combater a poluição em qual- quer de suas formas; VII – preservar as florestas, a fauna e a flora; (Vide Lei nº 14.181, de 17/1/2002.) VIII – fomentar a produção agropecuária e organizar o abasteci- mento alimentar, com a viabilização da assistência técnica ao produtor e da extensão rural; (Vide Lei nº 11.744, de 16/1/1995.) (Vide Lei nº 13.195, de 29/1/1999.) IX – promover programas de construção de moradias e a melho- ria das condições habitacionais e de saneamento básico; (Vide Lei nº 11.265, de 4/11/1993.) (Vide Lei nº 11.622, de 6/10/1994.) X – combater as causas da pobreza e os fatores de marginaliza- ção, mediante a integração social dos setores desfavorecidos; XI – registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direito de pesquisa e de exploração de recursos hídricos e minerais em seu territó- rio; XII – estabelecer e implantar política de educação para a segu- rança do trânsito. Seção III Do Domínio Público Art. 12 – Formam o domínio público patrimonial do Estado os seus bens móveis e imóveis, os seus direitos e os rendimentos das atividades e serviços de sua competência. Parágrafo único – Incluem-se entre os bens do Estado: I – as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito, salvo, neste caso, na forma da lei federal, as decorrentes de obra da União; II – as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União; 20 Highlight III – os lagos em terreno de seu domínio e os rios que em seu ter- ritório têm nascente e foz, salvo os de domínio da União; IV – as terras devolutas não compreendidas entre as da União. Seção IV Da Administração Pública Art. 13 – A atividade de administração pública dos Poderes do Estado e a de entidade descentralizada se sujeitarão aos princípios de legali- dade, impessoalidade, moralidade, publicidade e razoabilidade. (Caput com redação na versão original.) Art. 13 – A atividade de administração pública dos Poderes do Estado e a de entidade descentralizada se sujeitarão aos princípios de legali- dade, impessoalidade, moralidade, publicidade, eficiência e razoabilidade. (Caput com redação dada pelo art. 1º da Emenda à Constituição nº 49, de 13/6/2001.) § 1º – A moralidade e a razoabilidade dos atos do Poder Público serão apuradas, para efeito de controle e invalidação, em face dos dados ob- jetivos de cada caso. § 2º – O agente público motivará o ato administrativo que prati- car, explicitando-lhe o fundamento legal, o fático e a finalidade. Art. 14 – Administração pública direta é a que compete a órgão de qualquer dos Poderes do Estado. § 1º – Administração pública indireta é a que compete: I – à autarquia, de serviço ou territorial; II – à sociedade de economia mista; III – à empresa pública; IV – à fundação pública; V – às demais entidades de direito privado, sob controle direto ou indireto do Estado. § 2º – A atividade administrativa do Estado se organizará em sis- temas, principalmente a de planejamento, a de finanças e a de administração geral. 21 § 3º – É facultado ao Estado criar órgão, dotado de autonomia fi- nanceira e administrativa, segundo a lei, sob a denominação de órgão autô- nomo. § 4º – Depende de lei em cada caso: (Caput com redação na versão original.) § 4º – Depende de lei específica: (Caput com redação dada pelo art. 2º da Emenda à Constituição nº 49, de 13/6/2001.) I – a instituição e a extinção de autarquia, fundação pública e ór- gão autônomo; (Inciso com redação na versão original.) I – a instituição e a extinção de autarquia, fundação pública e ór- gão autônomo; (Inciso com redação dada pelo art. 2º da Emenda à Constituição nº 49, de 13/6/2001.) II – a autorização para instituir e extinguir sociedade de econo- mia mista e empresa pública e para alienar ações que garantam, nestas enti- dades, o controle pelo Estado; (Inciso com redação na versão original.) II – a autorização para instituição e extinção de empresa pública e sociedade de economia mista, cabendo a lei complementar definir suas áreas de atuação; (Inciso com redação dada pelo art. 2º da Emenda à Constituição nº 49, de 13/6/2001.) II – a autorização para instituir, cindir e extinguir sociedade de economia mista e empresa pública e para alienar ações que garantam o con- trole dessas entidades pelo Estado; (Inciso com redação dada pelo art. 1º da Emenda à Constituição nº 50, de 29/10/2011.) II – a autorização para instituir, cindir e extinguir a entidade a que se refere o § 14 do art. 36, sociedade de economia mista e empresa pú- blica e para alienar ações que garantam o controle dessas entidades pelo Es- tado; (Inciso com redação dada pelo art. 1º da Emenda à Constituição 22 nº 92, de 4/4/2014.) III – a criação de subsidiária das entidades mencionadas neste pa- rágrafo e para sua participação em empresa privada. (Inciso com redação na versão original.) III – a autorização para criação de subsidiária das entidades men- cionadas neste parágrafo e para sua participaçãoem empresa privada; (Inciso com redação dada pelo art. 2º da Emenda à Constituição nº 49, de 13/6/2001.) IV – a alienação de ações que garantam, nas empresas públicas e sociedades de economia mista, o controle pelo Estado. (Inciso acrescentado pelo art. 2º da Emenda à Constituição nº 49, de 13/6/2001.) § 5º – Ao Estado somente é permitido instituir ou manter funda- ção com a natureza de pessoa jurídica de direito público. (Parágrafo com redação na versão original.) § 5º – Ao Estado somente é permitido instituir ou manter funda- ção com natureza de pessoa jurídica de direito público, cabendo a lei com- plementar definir as áreas de sua atuação. (Parágrafo com redação dada pelo art. 1º da Emenda à Constitui- ção nº 84, de 22/12/2010.) § 5º – Ressalvada a entidade a que se refere o § 14 do art. 36, ao Estado somente é permitido instituir ou manter fundação com personalidade jurídica de direito público, cabendo a lei complementar definir as áreas de sua atuação. (Parágrafo com redação dada pelo art. 1º da Emenda à Constitui- ção nº 92, de 4/4/2014.) § 6º – (Revogado pelo art. 3º da Emenda à Constituição nº 75, de 8/8/2006.) Dispositivo revogado: “§ 6º – Entidade da administração indireta somente pode ser ins- tituída para a prestação de serviço público.” § 7º – As relações jurídicas entre o Estado e o particular prestador de serviço público em virtude de delegação, sob a forma de concessão, per- missão ou autorização, são regidas pelo direito público. 23 § 8º – É vedada a delegação de poderes ao Executivo para cria- ção, extinção ou transformação de entidade de sua administração indireta. § 9º – A lei disciplinará as formas de participação do usuário de serviços públicos na administração pública direta e indireta, regulando espe- cialmente: I – a reclamação relativa à prestação de serviços públicos em ge- ral, asseguradas a manutenção de serviços de atendimento ao usuário e a avaliação periódica, externa e interna, da qualidade dos serviços; II – o acesso dos usuários a registros administrativos e a informa- ções sobre atos de governo, observado o disposto no art. 5º, X e XXXIII, da Constituição da República; III – a representação contra negligência ou abuso de poder no exercício de cargo, emprego ou função da administração pública. (Parágrafo acrescentado pelo art. 2º da Emenda à Constituição nº 49, de 13/6/2001.) § 10 – A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos ór- gãos e das entidades da administração direta e indireta poderá ser ampliada mediante instrumento específico que tenha por objetivo a fixação de metas de desempenho para o órgão ou entidade. (Parágrafo acrescentado pelo art. 2º da Emenda à Constituição nº 49, de 13/6/2001.) (Vide Lei nº 15.275, de 31/7/2004.) (Parágrafo regulamentado pela Lei nº 17.600, de 1/7/2008.) § 11 – A lei disporá sobre a natureza jurídica do instrumento a que se refere o § 10 deste artigo e, entre outros requisitos, sobre: I – o seu prazo de duração; II – o controle e o critério de avaliação de desempenho; III – os direitos, as obrigações e as responsabilidades dos dirigen- tes; IV – a remuneração do pessoal; V – alteração do quantitativo e da distribuição dos cargos de pro- vimento em comissão e das funções gratificadas, observados os valores de retribuição correspondentes e desde que não altere as unidades orgânicas es- tabelecidas em lei e não acarrete aumento de despesa. 24 (Inciso acrescentado pelo art. 1º da Emenda à Constituição nº 57, de 15/7/2003.) (Parágrafo acrescentado pelo art. 2º da Emenda à Constituição nº 49, de 13/6/2001.) (Parágrafo regulamentado pela Lei nº 17.600, de 1/7/2008.) § 12 – O Estado e os Municípios disciplinarão, por meio de lei, os consórcios públicos e os convênios de cooperação com os entes federa- dos, autorizando a gestão associada de serviços públicos bem como a trans- ferência total ou parcial de encargos, serviços, pessoal e bens essenciais à continuidade dos serviços transferidos. (Parágrafo acrescentado pelo art. 2º da Emenda à Constituição nº 49, de 13/6/2001.) § 13 – A transferência ou cessão, onerosa ou gratuita, de pessoal efetivo ou estável para entidade não mencionada no § 1º deste artigo fica condicionada à anuência do servidor. (Parágrafo acrescentado pelo art. 2º da Emenda à Constituição nº 49, de 13/6/2001.) § 14 – Lei complementar disporá sobre normas gerais de criação, funcionamento e extinção de conselhos estaduais. (Parágrafo acrescentado pelo art. 2º da Emenda à Constituição nº 49, de 13/6/2001.) § 15 – Será de três quintos dos membros da Assembleia Legislati- va o quórum para aprovação de lei que autorizar a alteração da estrutura so- cietária ou a cisão de sociedade de economia mista e de empresa pública ou a alienação das ações que garantem o controle direto ou indireto dessas enti- dades pelo Estado, ressalvada a alienação de ações para entidade sob con- trole acionário do poder público federal, estadual ou municipal. (Parágrafo acrescentado pelo art. 1º da Emenda à Constituição nº 50, de 29/10/2001.) (Parágrafo com redação dada pelo art. 2º da Emenda à Constitui- ção nº 66, de 25/11/2004.) § 16 – A lei que autorizar a alienação de ações de empresa con- cessionária ou permissionária de serviço público estabelecerá a exigência de cumprimento, pelo adquirente, de metas de qualidade de serviço e de aten- 25 3/5 dimento aos objetivos sociais inspiradores da constituição da entidade. (Parágrafo acrescentado pelo art. 1º da Emenda à Constituição nº 50, de 29/10/2001.) § 17 – A desestatização de empresa de propriedade do Estado prestadora de serviço público de distribuição de gás canalizado, de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica ou de saneamento básico, au- torizada nos termos deste artigo, será submetida a referendo popular. (Parágrafo acrescentado pelo art. 1º da Emenda à Constituição nº 50, de 29/10/2001.) (Parágrafo com redação dada pelo art. 2º da Emenda à Constitui- ção nº 66, de 25/11/2004.) Art. 15 – Observadas as normas gerais estabelecidas pela União, lei estadual disciplinará o procedimento de licitação, obrigatória para a con- tratação de obra, serviço, compra, alienação e concessão. (Caput com redação na versão original.) Art. 15 – Lei estadual disciplinará o procedimento de licitação, obrigatória para a contratação de obra, serviço, compra, alienação, conces- são e permissão, em todas as modalidades, para a administração pública di- reta, autárquica e fundacional, bem como para as empresas públicas e socie- dades de economia mista. (Caput com redação dada pelo art. 3º da Emenda à Constituição nº 49, de 13/6/2001.) (Vide Lei nº 13.209, de 27/4/1999.) (Vide Lei nº 13.994, de 18/9/2001.) (Vide Lei nº 14.167, de 11/1/2002.) § 1º – Na licitação a cargo do Estado ou de entidade de adminis- tração indireta, observar-se-ão, entre outros, sob pena de nulidade, os princí- pios de isonomia, publicidade, probidade administrativa, vinculação ao ins- trumento convocatório e julgamento objetivo. § 2º – (Suprimido pelo art. 1º da Emenda à Constituição nº 15, de 1/12/1995.) Dispositivo suprimido: “§ 2º – Para a determinação da modalidade de licitação, nos casos 26 de obras e serviços de engenharia, compras e serviços, a cargo de qualquer dos Poderes do Estado ou de entidade da administração indireta os limites máximos de valor corresponderão a cinquenta por cento dos adotados pela União.” Art. 16 – As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, sendo obrigatória a regres- são, no prazo estabelecido em lei, contra o responsável, nos casos de dolo ou culpa. (Vide Lei nº 11.813, de 23/1/1995.) Art. 17 – A publicidade de ato, programa, projeto, obra, serviço e campanha de órgão público, por qualquer veículo de comunicação, somente pode ter caráter informativo, educativo ou de orientação social, e dela não constarão nome, símbolo ou imagem que caracterizem a promoção pessoal de autoridade,servidor público ou partido político. Parágrafo único – Os Poderes do Estado e do Município, incluí- dos os órgãos que os compõem, publicarão, trimestralmente, o montante das despesas com publicidade pagas, ou contratadas naquele período com cada agência ou veículo de comunicação. (Vide Lei nº 13.768, de 01/12/2000.) Art. 18 – A aquisição de bem imóvel, a título oneroso, depende de avaliação prévia e de autorização legislativa, exigida ainda, para a aliena- ção, a licitação, salvo nos casos de permuta e doação, observada a lei. § 1º – A alienação de bem móvel depende de avaliação prévia e de licitação, dispensável esta, na forma da lei, nos casos de: I – doação; II – permuta. § 2º – O uso especial de bem patrimonial do Estado por terceiro será objeto, na forma da lei, de: I – concessão, mediante contrato de direito público, remunerada ou gratuita, ou a título de direito real resolúvel; 27 transferência para outra pessoa de um bem ou direito troca de coisas entre seus respectivos donos; troca recíproca II – permissão; III – cessão; IV – autorização. § 3º – Os bens do patrimônio estadual devem ser cadastrados, ze- lados e tecnicamente identificados, especialmente as edificações de interes- se administrativo, as terras públicas e a documentação dos serviços públi- cos. (Vide Lei nº 11.020, de 8/1/1993.) § 4º – O cadastramento e a identificação técnica dos imóveis do Estado, de que trata o parágrafo anterior, devem ser anualmente atualizados, garantido o acesso às informações neles contidas. (Vide Lei nº 11.020, de 8/1/1993.) § 5º – O disposto neste artigo se aplica às autarquias e às funda- ções públicas. Art. 19 – A administração fazendária e seus servidores fiscais te- rão, dentro das respectivas áreas de competência e jurisdição, precedência sobre os demais setores administrativos, na forma da lei. Parágrafo único – As administrações tributárias do Estado e dos Municípios, atividades essenciais ao funcionamento do Estado, exercidas por servidores de carreiras específicas, terão recursos prioritários para a rea- lização de suas atividades e atuarão de forma integrada, inclusive com o compartilhamento de cadastros e de informações fiscais, na forma da lei ou de convênio. (Parágrafo acrescentado pelo art. 2º da Emenda à Constituição nº 84, de 22/12/2010.) Seção V Dos Servidores Públicos (Vide Lei Complementar nº 116, de 11/1/2011.) Subseção I Disposições Gerais 28 Art. 20 – A atividade administrativa permanente é exercida: I – em qualquer dos Poderes do Estado, nas autarquias e nas fun- dações públicas, por servidor público, ocupante de cargo público, em caráter efetivo ou em comissão, ou de função pública; (Inciso com redação na versão original.) I – na administração direta de qualquer dos Poderes, por servidor público ocupante de cargo público em caráter efetivo ou em comissão, por empregado público detentor de emprego público ou designado para função de confiança ou por detentor de função pública, na forma do regime jurídico previsto em lei; (Inciso com redação dada pelo art. 4º da Emenda à Constituição nº 49, de 13/6/2001.) II – nas sociedades de economia mista, empresas públicas e de- mais entidades de direito privado sob o controle direto ou indireto do Esta- do, por empregado público, ocupante de emprego público ou função de con- fiança. (Inciso com redação na versão original.) II – nas autarquias e fundações públicas, por servidor público ocupante de cargo público em caráter efetivo ou em comissão, por emprega- do público detentor de emprego público ou designado para função de confi- ança ou por detentor de função pública, sujeito ao regime jurídico próprio de cada entidade, na forma prevista em lei; (Inciso com redação dada pelo art. 4º da Emenda à Constituição nº 49, de 13/6/2001.) II – nas autarquias e fundações públicas, por servidor público ocupante de cargo público em caráter efetivo ou em comissão, por emprega- do público detentor de emprego público ou designado para função de confi- ança ou por detentor de função pública, na forma do regime jurídico previs- to em lei; (Inciso com redação dada pelo art. 3º da Emenda à Constituição nº 84, de 12/12/2010.) III – nas sociedades de economia mista, empresas públicas e de- mais entidades de direito privado sob o controle direto ou indireto do Esta- do, por empregado público detentor de emprego público ou função de confi- 29 ança. (Inciso acrescentado pelo art. 4º da Emenda à Constituição nº 49, de 13/6/2001.) Parágrafo único – A lei disporá sobre os requisitos e as restrições a serem observados pelo ocupante de cargo ou detentor de emprego ou fun- ção que lhe possibilite acesso a informações privilegiadas. (Parágrafo acrescentado pelo art. 3º da Emenda à Constituição nº 84, de 22/12/2010.) (Vide Lei Complementar nº 73, de 30/7/2003.) Art. 21 – Os cargos, empregos e funções são acessíveis aos brasi- leiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei. (Caput com redação na versão original.) Art. 21 – Os cargos, funções e empregos públicos são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei. (Caput com redação dada pelo art. 4º da Emenda à Constituição nº 84, de 22/12/2010.) § 1º – A investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, res- salvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração. § 2º – O prazo de validade do concurso público é de até dois anos, prorrogável, uma vez, por igual período. § 3º – Durante o prazo improrrogável previsto no edital de con- vocação, o aprovado em concurso público será convocado, observada a or- dem de classificação, com prioridade sobre novos concursados, para assu- mir o cargo ou emprego na carreira. § 4º – A inobservância do disposto nos §§ 1º, 2º e 3º deste artigo implica nulidade do ato e punição da autoridade responsável, nos termos da lei. (Vide Lei nº 13.167, de 20/1/1999). Art. 22 – A lei estabelecerá os casos de contratação por tempo de- 30 terminado, para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público. (Vide Lei nº 18.185, de 4/6/2009.) Parágrafo único – O disposto neste artigo não se aplica a funções de magistério. Art. 23 – O cargo em comissão e a função de confiança serão exercidos, preferencialmente, por servidor ocupante de cargo de carreira técnica e profissional, nos casos e condições previstos em lei. (Caput com redação na versão original.) Art. 23 – As funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento. (Caput com redação dada pelo art. 5º da Emenda à Constituição nº 49, de 13/6/2001.) Parágrafo único – Nas entidades da administração indireta, pelo menos um cargo ou função de confiança de direção superior será provido por servidor ou empregado público de carreira da respectiva instituição. (Parágrafo com numeração na versão original.) (Parágrafo renumerado como §1º pelo art. 1º da Emenda à Cons- tituição nº 85, de 22/12/2010.) § 1º – Nas entidades da administração indireta, pelo menos um cargo ou função de confiança de direção superior será provido por servidor ou empregado público de carreira da respectiva instituição. (Parágrafo numerado como parágrafo único na versão original.) (Parágrafo renumerado como §1º pelo art. 1º da Emenda à Cons- tituição nº 85, de 22/12/2010.) § 2º – Lei complementar disporá sobre as condições para o provi- mento de cargos e empregos de direção nas autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista estaduais, vedada a nomeação ou a designação daqueles inelegíveis em razão de atos ilícitos, nos termos da le- gislação federal. 31 Magistério não pode ser temporário. (Parágrafo acrescentadopelo art. 1º da Emenda à Constituição nº 85, de 22/12/2010.) Art. 24 – A revisão geral da remuneração do servidor público, sem distinção de índices entre servidor público civil e militar, se fará sem- pre na mesma data. (Caput com redação na versão original.) Art. 24 – A remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o § 7º deste artigo somente poderão ser fixados ou alterados por lei específica, observada a iniciativa privativa em cada caso, assegurada revi- são geral anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices. (Caput com redação dada pelo art. 5º da Emenda à Constituição nº 84, de 22/12/2010.) (Vide art. 6º da Lei nº 19.973, de 27/12/2011.) § 1º – A lei fixará o limite máximo e a relação de valores entre a maior e a menor remuneração do servidor público, observados, como limi- tes e no âmbito dos respectivos Poderes, os valores percebidos como remu- neração, em espécie, a qualquer título, pelo Deputado Estadual, Desembar- gador e Secretário de Estado. (Parágrafo com redação na versão original.) § 1º – A remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, fun- ções e empregos públicos da administração direta, autárquica e fundacional dos Poderes do Estado, do Ministério Público, do Tribunal de Contas e da Defensoria Pública e os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais, não poderão exceder o subsídio mensal dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, nos termos do § 12 do art. 37 da Constituição da República e obser- vado o disposto no § 5º deste artigo. (Parágrafo com redação dada pelo art. 1º da Emenda à Constitui- ção nº 79, de 11/7/2008.) § 2º – Os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Po- der Judiciário não podem ser superiores aos percebidos no Poder Executivo. § 3º – É vedada a vinculação ou equiparação de vencimentos para efeito de remuneração de pessoal do serviço público, ressalvado o disposto 32 Vencimento do Poder L. e Poder J. NÃO pode ser superior ao Poder Executivo. MP, Tribunal de Constas e Legislativos, Judiciários e Executivos NÃO podem receber mais que o Desembargador do Tribunal da Justiça , MESMO COM AS VANTAGENS DOS DEMAIS. nesta Constituição. (Parágrafo com redação na versão original.) § 3º – É vedado vincular ou equiparar espécies remuneratórias para efeito de remuneração de pessoal do serviço público. (Parágrafo com redação dada pelo art. 1º da Emenda à Constitui- ção nº 40, de 24/5/2000.) § 4º – Os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computados nem acumulados, para o fim de concessão de acrésci- mo ulterior, sob o mesmo título ou idêntico fundamento. (Parágrafo com redação na versão original.) § 4º – Os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computados nem acumulados para o fim de concessão de acrésci- mo ulterior. (Parágrafo com redação dada pelo art. 5º da Emenda à Constitui- ção nº 84, de 22/12/2010.) § 5º – Os vencimentos do servidor público civil e militar são irre- dutíveis, e a remuneração observará o disposto nos §§ 1º e 2º deste artigo e os preceitos estabelecidos nos arts. 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I, da Consti- tuição da República. (Parágrafo com redação na versão original.) § 5º – O subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos, fun- ções e empregos públicos são irredutíveis, ressalvado o disposto nos §§ 1º, 4º e 7º deste artigo e nos arts. 150, “caput”, II, e 153, “caput”, III, e § 2º, I, da Constituição da República. (Parágrafo com redação dada pelo art. 5º da Emenda à Constitui- ção nº 84, de 22/12/2010.) § 6º – O Estado, no âmbito de cada Poder, pode cobrar contribui- ção social de seus servidores, para custeio de sistemas de previdência e as- sistência social, nos termos da Constituição da República e na forma da lei. (Parágrafo com redação na versão original.) (Parágrafo regulamentado pela Resolução nº 5.171, de 12/7/1996.) (Parágrafo regulamentado pela Lei nº 12.278, de 29/7/1996.) (Parágrafo regulamentado pela Lei nº 12.328, de 31/10/1996.) 33 (Parágrafo regulamentado pela Lei nº 12.329, de 31/10/1996.) (Parágrafo regulamentado pela Lei nº 13.441, de 5/1/2000.) (Vide Lei Complementar nº 64, de 25/3/2002.) (Vide Lei Complementar nº 77, de 13/1/2004.) (Vide Lei Complementar nº 79, de 30/7/2004.) § 6º – A lei estabelecerá a relação entre a maior e a menor remu- neração dos servidores públicos, obedecido, em qualquer caso, o disposto no § 1º deste artigo. (Parágrafo com redação dada pelo art. 5º da Emenda à Constitui- ção nº 84, de 22/12/2010.) § 7º – A contribuição do servidor civil e militar do Poder Executi- vo, para efeito do disposto no parágrafo anterior, não será superior a um ter- ço do valor atuarialmente exigível. (Parágrafo com redação na versão original.) § 7º – O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo e os Secretários de Estado serão remunerados exclusivamente por subsídio fixa- do em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicio- nal, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória, e observado, em qualquer caso, o disposto no § 1º deste artigo. (Parágrafo com redação dada pelo art. 5º da Emenda à Constitui- ção nº 84, de 22/12/2010.) § 8º – Os órgãos de direção de entidade responsável pela previ- dência e assistência social terão a participação de servidores públicos esta- duais de carreira dela contribuintes. (Parágrafo com redação na versão original.) (Vide Lei Complementar nº 64, de 25/3/2002.) (Vide Lei Complementar nº 70, de 30/7/2003.) § 8º – A remuneração dos servidores públicos organizados em carreira poderá ser fixada nos termos do § 7º deste artigo. (Parágrafo com redação dada pelo art. 5º da Emenda à Constitui- ção nº 84, de 22/12/2010.) § 9º – Não serão computadas, para efeito dos limites remunerató- rios de que trata o § 1º deste artigo, as parcelas de caráter indenizatório pre- vistas em lei. 34 Highlight (Parágrafo acrescentado pelo art. 5º da Emenda à Constituição nº 84, de 22/12/2010.) § 10 – O disposto no § 1º deste artigo aplica-se às empresas pú- blicas e às sociedades de economia mista, bem como às suas subsidiárias, que recebam recursos do Estado para pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em geral. (Parágrafo acrescentado pelo art. 5º da Emenda à Constituição nº 84, de 22/12/2010.) § 11 – Os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário publicarão anualmente os valores do subsídio e da remuneração dos cargos, funções e empregos públicos. (Parágrafo acrescentado pelo art. 5º da Emenda à Constituição nº 84, de 22/12/2010.) Art. 25 – É vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, permitida, se houver compatibilidade de horários: (Caput com redação na versão original.) Art. 25 – É vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, permitida, se houver compatibilidade de horários e observado o disposto no § 1º do art. 24: (Caput com redação dada pelo art. 6º da Emenda à Constituição nº 84, de 22/12/2010.) I – a de dois cargos de professor; II – a de um cargo de professor com outro técnico ou científico; III – a de dois cargos privativos de médico. (Inciso com redação na versão original.) III – a de dois cargos e empregos privativos de profissionais de saúde com profissões regulamentadas. (Inciso com redação dada pelo art. 2º da Emenda à Constituição nº 57, de 15/7/2003.) Parágrafo único – A proibição de acumular se estende a empregos e funções e abrange autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações públicas. (Parágrafo com redação na versão original.) 35 Parágrafo único – A proibição de acumular estende-se a empre- gos e funções e abrange autarquias, fundações e empresas públicas, socieda- des de economia mista, bem como suas subsidiárias, e sociedades controla- das, direta ou indiretamente, pelo poder público. (Parágrafo com redação dada pelo art. 6º da Emenda à Constitui- ção nº 84, de 22/12/2010.) Art. 26 – Ao servidor público em exercício de mandato eletivo se aplicam asseguintes disposições: (Caput com redação na versão original.) Art. 26 – Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional no exercício de mandato eletivo aplicam- se as seguintes dis- posições: (Caput com redação dada pelo art. 7º da Emenda à Constituição nº 84, de 22/12/2010.) I – tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado do cargo, emprego ou função; II – investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, em- prego ou função, sendo-lhe facultado optar por sua remuneração; III – investido no mandato de Vereador, se houver compatibilida- de de horários, perceberá as vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e, se não houver, será aplica- da a norma do inciso anterior; IV – em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento; V – para o efeito de benefício previdenciário, no caso de afasta- mento, os valores serão determinados como se no exercício estivesse. Art. 27 – A despesa com o pessoal ativo e com o inativo do Esta- do não pode exceder os limites estabelecidos em lei complementar federal. (Caput com redação na versão original.) Art. 27 – A despesa com pessoal ativo e inativo do Estado e dos Municípios não pode exceder os limites estabelecidos em lei complementar. 36 cumprimento das obrigações de cargos específicos por um período das obrigações de cargos específicos por um período de tempo determinado por lei. (Caput com redação dada pelo art. 6º da Emenda à Constituição nº 49, de 13/6/2001). Parágrafo único – A concessão de vantagem ou o aumento de re- muneração, a criação de cargo ou a alteração de estrutura de carreira, e a ad- ministração de pessoal, a qualquer título, por órgão da administração direta ou entidade da administração indireta, só podem ser feitos: (Parágrafo com redação na versão original) (Parágrafo renumerado como §1º pelo art. 6º da Emenda à Cons- tituição nº 49, de 13/6/2001). § 1º – A concessão de vantagem ou o aumento de remuneração, a criação de cargo, emprego e função ou a alteração de estrutura de carreira bem como a admissão ou contratação de pessoal, a qualquer título, por ór- gão ou entidade da administração direta ou indireta ficam condicionados a: (Parágrafo numerado como parágrafo único na versão original.) (Parágrafo renumerado pelo art. 6º da Emenda à Constituição nº 49, de 13/6/2001). (Parágrafo com redação dada pelo art. 6º da Emenda à Constitui- ção nº 49, de 13/6/2001). I – se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções de despesa de pessoal e aos acréscimos dela decorrentes; (Inciso com redação na versão original.) I – prévia dotação orçamentária suficiente para atender às proje- ções de despesa de pessoal e aos acréscimos dela decorrentes; (Inciso com redação dada pelo art. 6º da Emenda à Constituição nº 49, de 13/6/2001). II – se houver autorização específica na Lei de Diretrizes Orça- mentárias, ressalvadas as empresas públicas e sociedades de economia mis- ta. (Inciso com redação na versão original.) II – autorização específica na Lei de Diretrizes Orçamentárias, ressalvadas as empresas públicas e as sociedades de economia mista. (Inciso com redação dada pelo art. 6º da Emenda à Constituição nº 49, de 13/6/2001). § 2º – Decorrido o prazo estabelecido em lei para a adaptação aos 37 parâmetros por ela previstos, serão suspensos os repasses de verbas estadu- ais aos Municípios que não observarem os limites legalmente estabelecidos. (Parágrafo acrescentado pelo art. 6º da Emenda à Constituição nº 49, de 13/6/2001). § 3º – Para o cumprimento dos limites estabelecidos com base neste artigo, dentro do prazo fixado na lei complementar referida no caput, o Estado adotará as seguintes providências, sucessivamente: I – redução de pelo menos 20% (vinte por cento) das despesas com cargos em comissão e funções de confiança; II – dispensa ou exoneração de servidor público civil não estável, admitido em órgão da administração direta ou em entidade autárquica ou fundacional, que conte menos de três anos de efetivo exercício no Estado; III – dispensa ou exoneração de servidor não estável, observados os critérios de menor tempo de efetivo serviço e de avaliação de desempe- nho, na forma da lei. (Parágrafo acrescentado pelo art. 6º da Emenda à Constituição nº 49, de 13/6/2001). (Vide Lei Complementar nº 71, de 30/7/2003.) Art. 28 – A lei reservará percentual dos cargos e empregos públi- cos para provimento com portador de deficiência e definirá os critérios de sua admissão. (Artigo regulamentado pela Lei nº 11.867, de 28/7/1995.) Art. 29 – Os atos de improbidade administrativa importam a sus- pensão dos direitos políticos, a perda de função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e na gradação estabelecidas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível. Subseção II Dos Servidores Públicos Civis (Vide Lei nº 10.254, de 20/7/1990.) Art. 30 – O Estado instituirá regime jurídico único e planos de 38 carreira para os servidores dos órgãos da administração direta, das autarqui- as e das fundações públicas. (Caput com redação na versão original.) Art. 30 – O Estado instituirá conselho de política de administra- ção e remuneração de pessoal, integrado por servidores designados por seus Poderes, com a finalidade de participar da formulação da política de pesso- al. (Caput com redação dada pelo art. 7º da Emenda à Constituição nº 49, de 13/6/2001.) § 1º – A política de pessoal obedecerá às seguintes diretrizes: I – valorização e dignificação da função pública e do servidor pú- blico; II – profissionalização e aperfeiçoamento do servidor público; III – constituição de quadro dirigente, mediante formação e aper- feiçoamento de administradores; IV – sistema do mérito objetivamente apurado para ingresso no serviço e desenvolvimento na carreira; V – remuneração compatível com a complexidade e a responsabi- lidade das tarefas e com a escolaridade exigida para seu desempenho. § 2º – Ao servidor público que, por acidente ou doença, tornar-se inapto para exercer as atribuições específicas de seu cargo, serão assegura- dos os direitos e vantagens a ele inerentes, até seu definitivo aproveitamento em outro cargo. § 3º – Para provimento de cargo de natureza técnica, exigir-se-á a respectiva habilitação profissional. § 4º – Os recursos orçamentários provenientes da economia na execução de despesas correntes em cada órgão, autarquia e fundação serão aplicados no desenvolvimento de programas de qualidade e produtividade, de treinamento e desenvolvimento, de modernização, reaparelhamento e ra- cionalização do serviço público ou no pagamento de adicional ou prêmio de produtividade, nos termos da lei. (Parágrafo acrescentado pelo art. 7º da Emenda à Constituição nº 49, de 13/6/2001.) (Parágrafo regulamentado pela Lei nº 17.600, de 1/7/2008.) 39 § 5º – A remuneração dos servidores públicos organizados em carreira será fixada nos termos do § 1º do art. 24 desta Constituição. (Parágrafo acrescentado pelo art. 7º da Emenda à Constituição nº 49, de 13/6/2001.) § 5º – O Estado instituirá planos de carreira para os servidores da administração direta, das autarquias e das fundações públicas. (Parágrafo acrescentado pelo art. 7º da Emenda à Constituição nº 49, de 13/6/2001.) (Parágrafo com redação dada pelo art. 8º da Emenda à Constitui- ção nº 84, de 22/12/2010.) § 6º – O Estado manterá escola de governo para a formação e o aperfeiçoamento dos servidores públicos, constituindo a participação nos cursos um dos requisitos para a promoção na carreira, facultada, para isso, a celebração de convênios ou contratos com os demais entes federados. (Parágrafo acrescentado pelo art. 7º da Emenda à Constituição nº 49, de 13/6/2001.) Art. 31 – O Estado assegurará ao servidor público civil os direi- tos previstos no art. 7º , incisos IV, VI, VII,VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, da Constituição da República e os que, nos termos da lei, visem à melhoria de sua condição social e à produti- vidade no serviço público, especialmente: (Caput com redação na versão original.) Art. 31 – O Estado assegurará ao servidor público civil os direi- tos previstos no art. 7º, incisos IV, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV a XX, XXII e XXX, da Constituição da República e os que, nos termos da lei, visem à melhoria de sua condição social e da produtividade no serviço público, es- pecialmente: (Caput com redação dada pelo art. 1º da Emenda à Constituição nº 48, de 27/12/2000.) Art. 31 – O Estado assegurará ao servidor público civil da Admi- nistração Pública direta, autárquica e fundacional os direitos previstos no art. 7º , incisos IV, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, da Constituição da República e os que, nos termos da lei, 40 visem à melhoria de sua condição social e da produtividade e da eficiência no serviço público, em especial o prêmio por produtividade e o adicional de desempenho: (Caput com redação dada pelo art. 3º da Emenda à Constituição nº 57, de 15/7/2003.) I – adicionais por tempo de serviço; (Inciso com redação na versão original.) II – férias-prêmio, com duração de seis meses, adquiridas a cada período de dez anos de efetivo exercício de serviço público, admitida sua conversão em espécie, por opção do servidor, ou, para efeito de aposentado- ria, a contagem em dobro das não gozadas; (Inciso com redação na versão original. (Inciso regulamentado pela Lei nº 10.618, de 14/1/1992.) II – férias-prêmio, com duração de 3 (três) meses, adquiridas a cada período de 5 (cinco) anos de efetivo exercício de serviço público, ad- mitida, por opção do servidor, sua conversão em espécie, paga como indeni- zação, ou, para efeito de aposentadoria e percepção de adicionais por tempo de serviço, a contagem em dobro das férias-prêmio não gozadas; (Inciso com redação dada pelo art. 1º da Emenda à Constituição nº 13, de 13/12/1994.) II – férias-prêmio, com duração de 3 (três) meses, adquiridas a cada período de 5 (cinco) anos de efetivo exercício no serviço público do Estado de Minas Gerais, admitida a sua conversão em espécie, paga a título de indenização, quando da aposentadoria, ou a contagem em dobro das não gozadas para esse mesmo fim e para a percepção de adicionais por tempo de serviço. (Inciso com redação dada pelo art. 1º da Emenda à Constituição nº 18, de 21/12/1995.) II – férias-prêmio, com duração de três meses a cada cinco anos de efetivo exercício no serviço público do Estado de Minas Gerais, admitida sua conversão em espécie, paga a título de indenização, quando da aposen- tadoria ou a contagem em dobro das não gozadas para fins de percepção de adicionais por tempo de serviço; (Inciso com redação dada pelo art. 1º da Emenda à Constituição 41 nº 48, de 27/12/2000.) III – assistência e previdência sociais, extensivas ao cônjuge ou companheiro e aos dependentes; (Inciso com redação na versão original.) IV – assistência gratuita, em creche e pré-escola, aos filhos e de- pendentes, desde o nascimento até seis anos de idade; (Inciso com redação na versão original.) V – adicional de remuneração para as atividades penosas, insalu- bres ou perigosas; (Inciso com redação na versão original.) VI – adicional sobre a remuneração, quando completar trinta anos de serviço, ou antes disso, se implementado o interstício necessário para a aposentadoria. (Inciso com redação na versão original.) Parágrafo único – Cada período de cinco anos de efetivo exercí- cio dá ao servidor direito a adicional de dez por cento sobre seu vencimento e gratificação inerente ao exercício de cargo ou função, o qual a estes se in- corpora para o efeito de aposentadoria, ao passo que, no magistério estadu- al, o adicional de quinquênio será, no mínimo de dez por cento. (Parágrafo com numeração na versão original) (Parágrafo renumerado como §1º pelo art. 1º da Emenda à Cons- tituição nº 48, de 27/12/2000.) § 1º – Cada período de cinco anos de efetivo exercício dá ao ser- vidor direito a adicional de dez por cento sobre seu vencimento e gratifica- ção inerente ao exercício de cargo ou função, o qual a estes se incorpora para o efeito de aposentadoria, ao passo que, no magistério estadual, o adi- cional de quinquênio será, no mínimo de dez por cento. (Parágrafo numerado como parágrafo único na versão original.) (Parágrafo renumerado como §1º pelo art. 1º da Emenda à Cons- tituição nº 48, de 27/12/2000.) § 1º – A lei disporá sobre o cálculo e a periodicidade do prêmio por produtividade a que se refere o “caput” deste artigo, o qual não se incor- porará, em nenhuma hipótese, aos proventos de aposentadoria e pensões a que o servidor fizer jus e cuja concessão dependerá de previsão orçamentá- 42 ria e disponibilidade financeira do Estado. (Parágrafo numerado como parágrafo único na versão original.) (Parágrafo renumerado como §1º pelo art. 1º da Emenda à Cons- tituição nº 48, de 27/12/2000.) (Parágrafo com redação dada pelo art. 3º da Emenda à Constitui- ção nº 57, de 15/7/2003.) § 2º – Ao detentor, exclusivamente, de cargo em comissão decla- rado de livre nomeação e exoneração ou de função pública não estável fica assegurada a conversão em espécie das férias-prêmio não gozadas, a título de indenização, por motivo de exoneração, desde que não seja reconduzido ao serviço público estadual no prazo de noventa dias contados da data da exoneração. (Parágrafo acrescentado pelo pelo art. 1º da Emenda à Constitui- ção nº 48, de 27/12/2000.) § 2º – O adicional de desempenho será pago mensalmente, em valor variável, calculado nos termos da lei, vedada sua concessão ao deten- tor, exclusivamente, de cargo em comissão declarado em lei de livre nomea- ção e exoneração. (Parágrafo acrescentado pelo art. 1º da Emenda à Constituição nº 48, de 27/12/2000.) (Parágrafo com redação dada pelo art. 3º da Emenda à Constitui- ção nº 57, de 15/7/2003.) § 3º – Para a conversão em espécie de que trata o § 2º, a base de cálculo será a média ponderada dos vencimentos dos cargos ocupados pelo servidor no período a que se referir o benefício. (Parágrafo acrescentado pelo pelo art. 1º da Emenda à Constitui- ção nº 48, de 27/12/2000.) § 3º – Para fins de promoção e progressão nas carreiras será ado- tado, além dos critérios estabelecidos na legislação pertinente, o sistema de avaliação de desempenho, que será disciplinado em lei, podendo ser previs- ta pontuação por tempo de serviço. (Parágrafo acrescentado pelo pelo art. 1º da Emenda à Constitui- ção nº 48, de 27/12/2000.) (Parágrafo com redação dada pelo art. 3º da Emenda à Constitui- 43 ção nº 57, de 15/7/2003.) (Vide Lei Complementar nº 71, de 30/7/2003.) (Vide Lei Complementar nº 104, de 4/8/2008.) § 4º – Para os fins do disposto no § 2º, só serão computadas as fé- rias-prêmio decorrentes de serviço público estadual prestado no próprio Po- der em que houver ocorrido a exoneração. (Parágrafo acrescentado pelo pelo art. 1º da Emenda à Constitui- ção nº 48, de 27/12/2000.) § 4º – Serão concedidas ao servidor ocupante de cargo de provi- mento efetivo e função pública férias-prêmio com duração de três meses a cada cinco anos de efetivo exercício no serviço público do Estado de Minas Gerais. (Parágrafo com redação dada pelo art. 3º da Emenda à Constitui- ção nº 57, de 15/7/2003.) § 5º – Ao servidor da administração direta dos Poderes do Estado, do Tribunal de Contas e do Ministério Público bem como ao das autarquias e fundações públicas que completarem o tempo para a aposentadoria volun- tária integral poderá ser concedido, a critério da administração e desde que o servidor não requeira sua passagem para a inatividade, o abono-perma- nência, correspondente a 20% (vinte por cento) da remuneração mensal, sal- vo trintenário, a contar do primeiro dia subsequente ao período aquisitivo da aposentadoria. (Parágrafo acrescentado pelo art. 8º da Emenda à Constituição
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