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Caixa Líquido 2
A posição de disponibilidades e aplicações financeiras ao final de 2009 era de R$ 384,4 milhões, apresentando um
aumento de R$ 28,5 milhões ou 8,0% em relação à posição de dezembro de 2008. Este aumento pode ser explicado
pela geração operacional de caixa de R$ 267,1 milhões, que foi parcialmente compensado pelo consumo de caixa
para o programa de investimento de R$ 154,5 milhões, pelo pagamento de dividendos de R$ 49,8 milhões, e pelo flu-
xo das atividades de financiamento que representaram um desembolso líquido de R$ 34,3 milhões, relativo principal-
mente a amortização de dívida.
A dívida bruta da Companhia alcançou R$ 218,6 milhões ao final de 2009, com uma redução de R$ 25,3 milhões em
relação a dezembro de 2008, refletindo basicamente a amortização de parcelas do empréstimo do BNDES e dos con-
tratos de Leasing. Quando comparado ao 3T09, a dívida bruta apresentou uma redução de R$ 12,7 milhões, explicada
principalmente pela amortização de parcelas do empréstimo do BNDES. A posição de Caixa Líquido ao final de
dezembro de 2009 foi de R$ 165,8 milhões, superior em R$ 53,8 milhões em relação a dezembro de 2008.
Dados Anuais 2009 vs 2008
Reconciliação do Caixa Líquido 2009 2008 #%
(+) Caixa e Equivalentes a Caixa 357.853 355.928 0,5%
(+) Aplicações Financeiras 26.590 – n.m.
(–) Empréstimos e Financiamentos (204.591) (217.969) -6,1%
(–) Obrigações com Arrendamento Mercantil (14.017) (25.970) -46,0%
Caixa Líquido 165.835 111.989 48,1%
n.m. não mensurado
2 O Caixa líquido é calculado subtraindo-se de disponibilidades e aplicações financeiras os saldos de “empréstimos e financiamentos” e de “arrendamento
mercantil”. O Caixa líquido não é reconhecido pelo BR GAAP, não representa um fluxo de caixa para os exercícios apresentados, não deve ser considera-
do como um caixa e equivalentes a caixa alternativo, bem como não é indicador de desempenho. O caixa líquido apresentado é utilizado pela Companhia
para medir o próprio desempenho. A Companhia entende que alguns investidores e analistas financeiros usam o caixa líquido como um indicador do
desempenho operacional e financeiro da Companhia.
Investimentos (CAPEX)
No ano de 2009, os investimentos da Contax totalizaram R$ 159,2 milhões, R$ 8,4 milhões menor que em 2008, ou
5,0%. Os investimentos foram destinados principalmente para suportar o crescimento do negócio com a construção de
novos sites (PE, SP, RJ e RS) e em tecnologia, para novas operações e para internalizar serviços que vinham sendo
prestados em infra-estrutura de terceiros contratados pela Contax, enquanto concluía a preparação dos sites próprios.
ESTRUTURA SOCIETÁRIA
A Contax Participações S.A. é uma companhia aberta de capital nacional que tem como objeto social a participação
em outras sociedades comerciais e civis, como sócia, acionista ou cotista, no Brasil ou no exterior. Seu capital total
estava representado ao final de 2009 por 5.772.435 ações ordinárias e 9.170.250 ações preferenciais. Possui como
subsidiária a Contax (Integral), operadora de contact center, cobrança e outros serviços de relacionamento entre
clientes e os seus consumidores, e como controlada indireta a TODO! Soluções em Tecnologia (80%). 
Programa de Recompra de Ações
Durante o ano de 2009, a Contax abriu o seu 5º programa de recompra de ações até um limite máximo de 174.999
ações ordinárias e 486.250 ações preferenciais, que poderá ser executado até o dia 27 de outubro de 2010. 
EVENTOS SUBSEQUENTES
Grupamento e simultâneo Desdobramento
A Companhia realizou em 18 de Janeiro de 2010, um grupamento simultâneo a um desdobramento de suas ações
com os seguintes objetivos: i) reduzir os custos administrativos e operacionais, ii) melhorar a eficiência dos sistemas
de registros, controles e divulgação de informações, iii) reduzir as possibilidades de erros de informação e comunica-
ção, melhorando o atendimento aos acionistas; iv) manter o valor de cotação das ações no mercado a um patamar
atrativo para negociação, proporcionando melhor liquidez às suas ações. 
Desde 18 de Janeiro de 2010, as ações representativas do capital social da Companhia passaram a ser negociadas
exclusivamente na proporção resultante do grupamento e simultâneo desdobramento das ações realizado nesta data.
As quantidades resultantes foram de 59.770.600 ações, sendo 23.089.600 ONs e 36.681.000 PNs.
Proposta de Dividendos 
A Administração da Contax propõe uma distribuição de dividendos referente ao lucro do exercício de 2009, após as desti-
nações previstas por Lei, sujeita a aprovação na Assembleia Geral Ordinária (AGO), no montante de R$ 90,0 milhões. Se
aprovado, isto representará um valor de R$ 1,523 por ação, já consideradas as novas quantidades de ações após o grupa-
mento e desdobramento ocorridos em 15 de janeiro de 2010, proporcionando dividend yields de 5,7% e de 6,1% para as
ações ON e PN, respectivamente, dadas as cotações das ações no encerramento do ano de 2009. 
PERSPECTIVAS
O Brasil tem dado passos importantes no sentido de se tornar um ator expressivo no cenário econômico mundial. Sua recupera-
ção durante a recente crise o colocou em posição de destaque. No mercado doméstico, a manutenção e até o aumento da ren-
da real, em muito resultante da inflação controlada e do crescimento dos salários reais, tem inserido novos consumidores no
mercado. Alguns segmentos específicos, mesmo que sejam mercados já maduros no País, apresentam grande atratividade. 
Tais fatores macroeconômicos influenciam positivamente o segmento de contact center brasileiro, que continua a
apresentar bom potencial de crescimento. Segundo projeções do IDC, o crescimento médio anual do setor deverá ser
de 12%, nos próximos 3 anos. Há também oportunidades interessantes no mercado internacional. Faz parte da estra-
tégia da Contax uma atuação nos próximos anos no mercado Latino Americano, seguindo os clientes atuais e suas
atividades fora do Brasil, bem como conquistando novos clientes.
A Contax também trabalha para a expansão de serviços em setores contratantes específicos, onde a sua participação
ainda é pequena. É o caso, por exemplo, de setores como governo, para o qual estão em estudos o desenho de solu-
ções diferenciadas. Novas soluções também devem atender às demandas emergentes de empresas em setores
como Telecom, Serviços Financeiros e TV por assinatura, onde o número de consumidores é crescente, e o marco
regulatório dos setores e a competição, exigem excelência na interação com os consumidores. 
As perspectivas também apontam para a atuação em novas linhas de serviço que mais se assemelham ao perfil da
companhia e suas competências-chave. Além de serviços de tecnologia, conduzido desde 2009 pela subsidiária
TODO!, outros segmentos como o de venda presencial e o de Back-office de forma mais estruturada e intensiva, seja
ele de Atendimento, Vendas ou de Crédito e Cobrança, estão entre os definidos pela Companhia para uma atuação
mais expressiva nos próximos anos.
Com a implementação dessas novas frentes, associadas à consolidação contínua de sua atuação nos serviços de
contact center e cobrança, farão da Companhia o único provedor de serviços de BPO especializado, de forma abran-
gente, na gestão do relacionamento com consumidores (CRM) na América Latina.
DIVULGAÇÃO DE SERVIÇOS DE NÃO AUDITORIA
A empresa Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes responde pela auditoria externa da Companhia e empresas
controladas desde 2009. No último exercício não foram contratados serviços complementares ou de consultoria com essa
empresa, mantendo-se o foco exclusivamente em auditoria externa relacionada aos exames das demonstrações financeiras.
AGRADECIMENTOS
A Administração da Contax Participações agradece aos acionistas, clientes e fornecedores pelo apoio e confiança
com que distinguem nossa Companhia e, em especial, aos colaboradores pela dedicação e esforços pessoais que tor-
naram possível o expressivo crescimento do negócio. A satisfação dos nossos clientes e, por consequência, dos con-
sumidores dos seus respectivos produtos e/ouserviços, continuará sendo a nossa prioridade. Seguiremos trabalhan-
do com um time altamente motivado, criativo em soluções inovadoras e sensíveis aos problemas e necessidades de
um mercado competitivo, mantendo clientes, fornecedores e parceiros envolvidos nos mesmos desafios.
Rio de Janeiro, 23 de fevereiro de 2010
A Administração
ABERTURA
Senhores Acionistas,
A Administração da Contax Participações S.A. (“Contax Participações”) submete, em conjunto com as demonstrações
financeiras e o parecer dos auditores independentes, o Relatório da Administração referente ao exercício encerrado
em 31 de dezembro de 2009.
As informações financeiras apresentadas neste relatório foram elaboradas e estão apresentadas de acordo com as
normas e resoluções expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e pelos pronunciamentos técnicos do
Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) vigentes em 2009, com o objetivo de adequar o resultado da Compa-
nhia à Lei 11.638/07 e a Lei nº 11.941/09. Para efeito de melhor comparabilidade entre os períodos, as informações
financeiras do ano de 2008 foram ajustadas para a Lei 11.638/07. As informações financeiras, exceto quando indica-
das de forma diferente, estão apresentadas em moeda local (Reais) e são consolidadas.
A Contax S.A. (“Contax”), subsidiária da Contax Participações S.A. é uma das maiores empresas em serviços corpo-
rativos do Brasil, líder em contact center e cobrança, expandindo seu portfólio de serviços, para ser a única companhia
de BPO (Business Process Outsourcing) especializada, de forma abrangente, na gestão do relacionamento com con-
sumidor (CRM). Com uma atuação consultiva e personalizada que a diferencia das demais empresas do mercado, a
Contax se constitui parte do ecossistema e da cadeia de entrega de seus clientes e contribui para o desenvolvimento
de seus negócios.
Atualmente, a maior parte de sua atividade está concentrada nos segmentos de Atendimento ao Consumidor, Recu-
peração de Crédito, Televendas, Retenção, Back-Office e Serviços de Tecnologia. A Companhia possui 71 clientes e
sua estratégia de negócios busca o desenvolvimento das relações de longo prazo com seus clientes, grandes compa-
nhias de diversos setores que utilizam seus serviços, como telecomunicações, financeiro, utilities, serviços, varejo,
entre outros. Em dezembro de 2009, a Contax possuía 78,2 mil colaboradores distribuídos em 30 sites situados em 7
estados do país.
MENSAGEM DA ADMINISTRAÇÃO
Em 2009, a Contax manteve o ritmo da consolidação da sua posição de liderança em seu segmento de atuação. Nos-
so motivado e comprometido time de colaboradores e de gestão, manteve-se firme na busca pela diferenciação dos
serviços e pela excelência de nossas operações, objetivando apoiar nossos clientes no desenvolvimento de seus
negócios. Como resultado, mesmo em um ano que começou com grandes incertezas devido aos reflexos da crise
financeira mundial que marcou o final do ano de 2008, a Companhia obteve um expressivo crescimento em suas ope-
rações e clara evolução em rentabilidade e qualidade dos serviços, mostrando que é capaz de entregar ao mesmo
tempo, crescimento do negócio, qualidade para os clientes e o retorno para o investimento dos acionistas.
A Contax encerrou o ano com receita líquida de R$ 2.161,0 milhões, o que representou um crescimento de 21,8% ou
R$ 386,3 milhões, e o EBITDA aumentou 36,5%, atingindo R$ 339,3 milhões. O excelente resultado deve-se, em
grande parte, à ampliação de operações em clientes já existentes que, mais uma vez, confirmaram a sua confiança na
entrega e diferenciação dos serviços da Contax. 
O crescimento expressivo, não apenas no último ano, mas desde o início das operações nove anos atrás, é resultado
da soma de três fatores: i) um time de colaboradores motivado e comprometido com o cliente e com a entrega na opera-
ção; ii) um modelo de gestão estruturado e transparente que garante a busca assertiva dos objetivos traçados e promo-
ve meritocracia; e iii) um eficiente modelo operacional cujo foco é a excelência na execução e satisfação do cliente.
Contribuem ainda para o sucesso da Contax a sua infra-estrutura física, com trinta modernos sites distribuídos pelo
Brasil, e o contínuo investimento em desenvolvimento profissional e bem-estar de seus colaboradores. 
Ao observar a trajetória da Companhia, é possível ver que, embora com pouco mais de 9 anos de atividade, a Contax
vem conseguindo implementar sua estratégia com bastante eficiência, revisitando-a no decorrer de cada momento
vivido pela Companhia, alinhando todo o corpo de Gestão e colaboradores na consecução dos objetivos. 
O ano que entra certamente virá com desafios importantes a serem enfrentados. A administração, o corpo gerencial
da Companhia e os colaboradores em geral estão preparados para mais uma vez consolidar a Contax como destaque
em seu segmento de atuação, oferecendo a seus clientes soluções completas de gerenciamento do relacionamento
com consumidores.
A criação da TODO!, subsidiária especializada em soluções de TI é um exemplo das novas iniciativas estratégicas da
Companhia. Em 2009, quando iniciou suas atividades, a nova empresa assumiu toda a área de tecnologia da Contax,
seu primeiro cliente. Mesmo em implementação da companhia, conseguiu realizar com sucesso a migração da opera-
ção de tecnologia da Contax e contribuir para a estabilidade e desenvolvimento do seu ambiente tecnológico.
ESTRATÉGIA E MODELO DE GESTÃO
Estratégia
A estratégia da Contax vem evoluindo junto com os ciclos de desenvolvimento experimentados pela Companhia. Nos
primeiros 3 anos, com o início de suas atividades, o direcionamento da empresa se deu para o início das operações,
estabilidade dos serviços e a conquista de clientes. A partir de 2003, o foco da empresa passa para a estruturação de
seu portfólio de serviços e continuar crescendo, agora com ênfase em clientes de alto volume e alta complexidade.
Desde 2005, e com o intuito de tornar sustentável a liderança conquistada, a Contax adota a estratégia de Liderança
em Execução, que se baseia em dois pilares principais: Aprimoramento e diferenciação dos seus produtos e a busca
na excelência nas áreas de apoio e no modelo operacional, com foco contínuo em inovação e em programas que pro-
porcionem a excelência nos serviços prestados. 
No ano de 2009 a Companhia realizou mais uma revisão profunda no seu plano estratégico, que reafirmou alguns
caminhos e estabeleceu novas vertentes de negócio, no constante objetivo de perpetuação e crescimento sustentável
no futuro.
Saem dessa revisão, objetivos para os próximos anos de continuar evoluindo no core business, bem como diversifica-
ção da oferta de serviços com novos produtos na cadeia de relacionamento com clientes e a expansão geográfica
para a América Latina.
Modelo de Gestão
O modelo de gestão da Contax direciona as ações dos colaboradores levando em conta o crescimento, a qualidade e
a rentabilidade das operações. Todas as etapas estão apoiadas em metas corporativas definidas pelo Conselho de
Administração e desdobradas para todos os níveis da organização. Ao mesmo tempo, o modelo de gestão atua no
sentido de definir, instituir e acompanhar cada passo do processo, realimentando os gestores com os desvios a serem
corrigidos e as novas soluções necessárias que possam beneficiar a condução do negócio como um todo. 
A efetividade desse modelo entrega excelência e agrega valor à imagem da Contax. Tal confiança, como consequên-
cia, proporciona o crescimento não apenas dentro das operações dos clientes já existentes, mas também por meio da
conquista de novos clientes.
COLABORADORES
Ao final de 2009, a Contax contava com 78,2 mil colaboradores, sendo uma das maiores empregadoras do País.
O time de colaboradores é o pilar fundamental do sucesso da Companhia. São os responsáveis pela execução do
modelo operacional que garante a diferenciação de seus serviços. Esse reconhecimento é conduzido por meio dos
diversos programas internos que promovem a meritocracia, a capacitação, a saúde e o bem-estarde sua equipe. Pro-
gramas específicos criam oportunidades de crescimento profissional como o “Degrau”, que treina e prepara novos
supervisores, e o “Apareça e Cresça”, que divulga internamente novas posições.
Um dos princípios básicos da Companhia no relacionamento com a equipe é o respeito e o reconhecimento, por isso a
meritocracia é uma das principais diretrizes da política de recursos humanos.
Em linha com o seu modelo operacional e o comprometimento exigido dos colaboradores para se alcançar a excelên-
cia operacional, a Contax investe continuamente na capacitação dos seus colaboradores. Para que possam atuar com
desenvoltura e contribuir para a estratégia de alta qualidade do serviço prestado, os colaboradores passam por muitas
horas de treinamento e reciclagem, nas mais de 300 salas de treinamento da Companhia.
A faixa etária média dos colaboradores é de 25 anos. Na sua maioria são jovens que têm na Contax, muitas vezes,
seu primeiro emprego.
DESEMPENHO OPERACIONAL E ECONÔMICO-FINANCEIRO
Receita Operacional Líquida (ROL)
A ROL de 2009 atingiu R$ 2.161,0 milhões, com um crescimento expressivo de 21,8% em relação a 2008. Em termos
absolutos, a receita aumentou R$ 386,3 milhões. Os principais fatores que contribuíram para este crescimento foram:
i) expansão de volume de operações com clientes atuais (R$ 240,2 milhões); ii) reajuste de preços nos contratos (R$
92,6 milhões) para fazer frente aos aumentos de custos; iii) conquista de novos negócios em diversos segmentos
como varejo, financeiro e serviços (R$ 34,4 milhões); e iv) receita não recorrente no exercício relativa a negociação
com cliente por ajuste de escopo contratual (R$ 19,1 milhões).
Sob o ponto de vista de produtos, o Atendimento continua sendo o responsável pela maior parte da receita líquida,
representando 62,8% do total do ano. A sua participação dentro do total da ROL aumentou em 2,7 p.p. em relação à
2008. Isto se deu basicamente devido a entrada de novos clientes importantes e da entrada em vigor da Lei do SAC.
As operações de Televendas e Retenção corresponderam a 16,3% da ROL em 2009, reduzindo a sua participação
em 2,0 p.p versus o ano anterior. As operações de Recuperação de Crédito representaram 15,6% do total da ROL de
2009, mantendo a mesma participação do ano anterior.
Custos e Despesas
Ao longo de 2009, os Custos e Despesas da Contax totalizaram R$ 1.821,7 milhões, com um crescimento de 19,4%,
refletindo basicamente o crescimento do volume de operações da Companhia, tendo em vista que a grande maioria
dos custos e despesas é proveniente da operação dos serviços prestados e acompanha o volume de negócios. Cabe
destacar que em termos de percentual da ROL, os Custos e Despesas reduziram em 1,7 p.p., tendo passado de
86,0% da ROL em 2008, para 84,3% em 2009, principalmente devido aos ganhos de custo com pessoal. Esta redução
reflete os ganhos de produtividade pela melhor utilização do tempo dos operadores e assertividade na previsão de trá-
fego, que permitiram operar os serviços com menos recursos.
Custos dos Serviços Prestados
Em 2009, os Custos dos Serviços Prestados totalizaram R$ 1.661,4 milhões, 18,5% superiores aos observados em
2008. Em termos de percentual da ROL houve um decréscimo de 2,1 p.p. (79,0% em 2008 para 76,9% em 2009).
• Pessoal: crescimento de 18,5% reflete: i) maior quantidade de colaboradores decorrente do incremento no volume
de serviços prestados (R$ 140,4 milhões); e ii) reajustes referentes aos acordos coletivos salariais (R$ 65,1 milhões).
Importante destacar que houve um ganho de produtividade nas operações que fizeram esse grupamento de custo
reduzir a sua participação relativa sobre a receita, ganhando em eficiência.
• Serviços de Terceiros: aumento de 16,2%, refletindo basicamente o aumento de custos de serviços de manuten-
ção de infra-estrutura e facilities (energia, segurança, limpeza e manutenção predial), decorrentes do crescimento das
operações e dos sites para suportá-las.
• Aluguéis e Seguros: crescimento de 26,3%, refletindo o aluguel de novos sites, os reajustes contratuais e também o
aluguel de infra-estrutura de terceiros para suportar a demanda dos clientes enquanto as ampliações das operações
próprias não haviam sido concluídas.
Despesas Comerciais, Gerais e Administrativas
As Despesas Comerciais, Gerais e Administrativas seguiram o crescimento do volume de operações e terminaram
o ano de 2009 somando R$ 148,7 milhões com um aumento de 38,9%, quando comparadas ao ano de 2008. Esta
variação pode ser explicada basicamente pelos seguintes fatores: i) o incremento da força de gestão da Companhia
em R$ 20,1 milhões; ii) despesas não recorrentes referentes a consultorias que suportaram a avaliação estratégica, a
estruturação da área de desenvolvimento de produtos e outros serviços especializados de suporte ao negócio, e de
determinadas condições do programa de stock option no montante como um todo de R$ 15,0 milhões; e iii) o aumento
com despesas de aluguéis administrativos e facilities em R$ 6,5 milhões, decorrente da ampliação da área de suporte
ao negócio e administração.
Outras Despesas e Rec. Operacionais
Em 2009, as Outras Despesas e Rec. Operacionais totalizaram R$ 11,6 milhões, apresentando uma redução de R$
5,2 milhões, ou 30,7%, quando comparado a 2008. Esta redução reflete basicamente o efeito não recorrente, ocorri-
do em 2009, da reversão de contingências trabalhistas provenientes da conclusão de trabalhos de revisão dos mon-
tantes provisionados da base total de processos em aberto, que se encontravam acima da média histórica de realiza-
ção, pelos ganhos que vem sendo obtidos devido a uma gestão mais eficiente do contencioso trabalhista, tanto por eli-
minação de causas ofensoras de novos processos, quanto por maior êxito nas ações no judiciário.
EBITDA1
No ano de 2009, o EBITDA totalizou R$ 339,3 milhões, apresentando um crescimento expressivo de 36,5% em relação
ao ano de 2008. O crescimento do EBITDA no ano refletiu principalmente o aumento no volume de operações e o
aumento na produtividade. A margem EBITDA do ano foi de 15,7%, 1,7 p.p. maior do que a margem verificada em 2008.
O nível recorde de margem EBITDA no ano foi possível principalmente pelos ganhos de eficiência obtidos com diver-
sas ações de gestão implementadas pela companhia, mas também foi beneficiado por efeitos pontuais não recorren-
tes relacionados a receitas de adequação de contratos antigos à novos parâmetros e a reversão de contingências tra-
balhistas que se encontravam acima de sua média histórica de realização. Sem esses efeitos pontuais a margem
EBITDA seria de 15,0%, ainda assim apresentando ganho representativo quando comparado com o ano anterior.
1O EBITDA é o lucro líquido antes dos impostos, das despesas financeiras líquidas e das despesas de depreciação, amortização e despesas não operacio-
nais. O EBITDA não é reconhecido pelo BR GAAP, não representa um fluxo de caixa para os exercícios apresentados, não deve ser considerado como um
lucro líquido alternativo, bem como não é indicador de desempenho. O EBITDA apresentado é utilizado pela Companhia para medir o próprio desempenho. A
Companhia entende que alguns investidores e analistas financeiros usam o EBITDA como um indicador do desempenho operacional da Companhia.
Dados Anuais 2009 vs 2008
Reconciliação do EBITDA 2009 2008 #%
Lucro Líquido 139.916 92.409 51,4%
(–) Participação Minoritária (634) 3 n.m.
(+) IR & CSL 69.339 53.456 29,7%
Lucro Operacional 208.621 145.866 43,0%
(+) Despesas Financeiras 39.922 32.597 22,5%
(–) Receitas Financeiras (24.531) (32.547) -24,6%
(+) Depreciação e amortização 113.511 100.851 12,6%
(–) Despesas (receitas) não operacional 1.795 1.818 -1,3%
EBITDA 339.318 248.585 36,5%
n.m. não mensurado
Os principais fatores responsáveis pela variação de 1,7p.p. na margem EBITDA de 2009 com relação a 2008 foram:
• Ganho de 1,1 ponto percentual com ganhos de produtividade;
• Ganho de 0,7 ponto percentual com eventos não recorrentes derivados de receitas pontuais, reversão de contingên-
cias compensadospor ajustes de algumas condições do programa de stock option; 
• Ganho de 0,5 ponto percentual devido a reajustes contratuais, que ocorrem anualmente e que foram parcialmente
compensadas pelas despesas do acordo coletivo salarial;
• Ganho de 0,1 ponto percentual com outras despesas;
• Perda de 0,7 ponto percentual com aumento de custos de aluguéis e facilities principalmente devido ao aluguel de
infra estrutura de terceiros durante o período de preparação de infra-estrutura própria na operação.
Depreciação
A depreciação alcançou R$ 113,5 milhões em 2009, superior em R$ 12,7 milhões ou 12,6%, em relação ao ano de
2008, refletindo os investimentos realizados durante o ano de 2008 e 2009 para suportar o crescimento do negócio.
Resultado Financeiro Líquido
No acumulado do ano de 2009, o Resultado Financeiro Líquido foi negativo em R$ 15,4 milhões contra um resulta-
do negativo de R$ 0,1 milhão no ano de 2008. A redução de R$ 15,3 milhões reflete principalmente a redução da
receita financeira sobre as aplicações financeiras, devido ao menor volume médio de recursos aplicados no período e
redução das taxas de juros, vigentes em 2009, e, ainda, devido a maiores despesas de juros sobre empréstimos
decorrentes da elevação no saldo médio da dívida contraída junto ao BNDES.
Lucro Líquido
O Lucro Líquido obtido pela Contax em 2009 foi de R$ 139,9 milhões, superior em R$ 47,5 milhões ou 51,4%,
quando comparado ao de 2008. Este crescimento pode ser explicado basicamente pelo aumento no EBITDA em R$
90,7 milhões, detalhado anteriormente, que foi parcialmente compensado pela maior Depreciação em R$ 12,7
milhões, pelo menor Resultado Financeiro em R$ 15,3 milhões, e pelo aumento do Imposto de Renda e Contribuição
Social em R$ 15,9 milhões, devido ao maior lucro tributável. 
RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO
continua
DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS EXERCÍCIOS FINDOS
EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E DE 2008
Em milhares de reais, exceto o lucro (prejuízo) por lote de mil ações
Controladora Consolidado
Nota 2009 2008 2009 2008
Receita operacional bruta 2.335.252 1.916.115
Deduções da receita bruta (174.233) (141.387)
Receita operacional líquida 2.161.019 1.774.728 
Custo dos serviços prestados 5 (1.757.272) (1.490.647)
Lucro operacional bruto 403.747 284.081 
Receitas (despesas) operacionais
Comerciais 5 (27.709) (28.488)
Gerais e administrativas 5 (11.773) (1.514) (130.707) (84.733)
Remuneração dos administradores 21(a) (1.555) (1.222) (7.879) (6.317)
Resultado de equivalência patrimonial 11 149.139 94.405 
Outras despesas operacionais, líquidas 6 (86) (91) (13.440) (18.626)
135.725 91.578 (179.735) (138.163)
Lucro operacional antes do resultado financeiro 135.725 91.578 224.012 145.918 
Resultado financeiro, líquido 7 4.551 (102) (15.391) (50)
Lucro operacional antes do imposto de renda
e da contribuição social 140.276 91.476 208.621 145.868 
Imposto de renda e contribuição social:
Corrente 8 (245) (19) (70.998) (51.370)
Diferido 8 (115) 952 1.659 (2.086)
Lucro antes da participação de acionistas
não controladores 139.916 92.409 139.282 92.412 
Participação de Acionistas não controladores 634 (3)
Lucro líquido do exercício 139.916 92.409 139.916 92.409 
Quantidade total de ações em circulação na data
do balanço (milhares) 14.774 14.777 
Lucro líquido do exercício por lote de mil ações
do capital social no fim do exercício R$ 9,47 R$ 6,25 
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.
Controladora Consolidado
Ativo Nota 2009 2008 2009 2008
Circulante
Caixa e equivalentes a caixa 9 47.136 16.132 357.853 355.928
Contas a receber 10 128.486 102.134
Tributos diferidos e a recuperar 8 956 30 73.333 57.448
Dividendos a receber 11 141.682 148.743
Despesas antecipadas
e demais ativos 18.650 8.573
189.774 164.905 578.322 524.083
Não circulante
Realizável a longo prazo
Depósitos judiciais 18 53.382 35.338 
Aplicações financeiras 9 26.590 26.590 
Tributos diferidos e a recuperar 8 5.928 5.689 26.917 25.346 
Créditos a receber 11.425 17.530 
Demais ativos 1.344 1.122 
32.518 5.689 119.658 79.336
Permanente
Investimento em controladas 11 229.343 221.885
Imobilizado 12 352.473 304.800
Intangível 13 80.446 84.467
261.861 227.574 552.577 468.603 
Total do ativo 451.635 392.479 1.130.899 992.686
BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E DE 2008
Em milhares de reais
Controladora Consolidado
Passivo e patrimônio líquido Nota 2009 2008 2009 2008
Circulante
Empréstimos e financiamentos 14 55.070 14.219
Fornecedores 150 29 77.033 76.847
Salários, encargos sociais e benefícios 52 42 197.818 181.924
Obrigações com arrendamento mercantil 15 10.118 16.086
Tributos a recolher 17 255 56 92.703 68.749
Dividendos propostos 19 92.190 51.364 92.190 51.364
Demais obrigações 239 31.248 2.204
92.647 51.730 556.180 411.393
Não circulante
Exigível a longo prazo
Empréstimos e financiamentos 14 149.521 203.750
Debêntures privadas 16 40.153
Provisões para contingências 18 59.921 64.151
Obrigações com arrendamento mercantil 15 3.899 9.884
Tributos a recolher 17 944 1.787
Repasse a acionistas 16.331 16.850 16.331 16.850
Demais obrigações 1.048 94
16.331 58.051 230.616 296.516
Participação Acionistas não Controladores 1.446 2.079
Patrimônio líquido 19
Capital social 223.873 223.873 223.873 223.873
Reserva de capital 19.639 9.282 19.639 9.282
Reservas de lucros 109.831 110.475 109.831 110.475
Ações em tesouraria (10.686) (49.848) (10.686) (49.848)
Prejuízos acumulados – (11.084) – (11.084)
342.657 282.698 342.657 282.698 
Total do passivo e patrimônio líquido 451.635 392.479 1.130.899 992.686
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.
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continua
DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO (CONTROLADORA)
Em milhares de reais
Reserva Reservas de lucros
de capital na
subscrição de
ações e plano 
de opção Lucros
de compra Lucros a Ações em (prejuízos)
Capital social de ações Legal Estatutária realizar tesouraria acumulados Total
Em 31 de dezembro de 2007 223.873 9.254 10.845 40.595 16.626 (10.913) (11.084) 279.196 
Aquisição de ações de própria emissão (38.935) (38.935)
Dividendos prescritos 28 28 
Lucro líquido do exercício 92.409 92.409 
Destinações do lucro líquido do exercício:
Constituição de reserva legal 4.620 (4.620)
Constituição de reserva estatutária 54.415 (54.415)
Dividendos propostos (R$ 3,38 por lote de mil ações) (16.626) (33.374) (50.000)
Em 31 de dezembro de 2008 223.873 9.282 15.465 95.010 (49.848) (11.084) 282.698 
Aquisição de ações de própria emissão (314) (314)
Cancelamento de ações de própria emissão (39.476) 39.476 
Dividendos prescritos 29 29 
Lucro líquido do exercício 139.916 139.916 
Plano de opção de compra de ações 10.328 10.328 
Destinações do lucro líquido do exercício:
Constituição de reserva legal 6.442 (6.442)
Constituição de reserva estatutária 32.390 (32.390)
Dividendos propostos (R$ 6,02 por lote de mil ações) (90.000) (90.000)
Em 31 de dezembro de 2009 223.873 19.639 21.907 87.924 (10.686) 342.657 
2009 2008
Valor patrimonial por lote de mil ações R$ 22,93 R$ 17,83
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.
DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA EXERCÍCIOS
FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E DE 2008
Em milhares de reais
Controladora Consolidado
2009 2008 2009 2008
Atividades Operacionais
Lucro Líquido 139.916 92.409 139.916 92.409
Ajustes ao Lucro Líquido
Depreciação e Amortização 113.510 100.851 
Resultado de equivalência patrimonial (149.139) (94.405)
(Ganho) ou Perda na venda de ativos imobilizados 1.710 124 
Provisão para contingências 1.874 11.438 
Imposto de Renda Diferido 115 (952) (1.659) 2.086 
Variação monetária (ativa) passiva, líquida (726) (481) (1.890) (1.564)
Custo Plano de opção de Compra de Ações 9.995 129 9.995 129 
Despesa de juros sobre Empréstimos e Financiamentos 1.090 639 31.015 21.861 
Participação de Acionista Não Controladores (634) 3 
(Aumento) / Diminuição do Contas a Receber (26.352) (17.271)
(Aumento) / Diminuiçãode Despesas Antecipadas (10.496) (2.217)
(Aumento) / Diminuição de Tributos a Recuperar (350) 177 (15.479) (23.779)
(Aumento) / Diminuição de Outros Ativos 420 (288)
Aumento / (Diminuição) de Salários, Encargos sociais e benefícios 5 (7) 15.894 38.576 
Aumento / (Diminuição) de Fornecedores 121 (68) 186 4.381 
Aumento / (Diminuição) de Tributos a Recolher 199 (291) 23.112 29.154 
Aumento / (Diminuição) de Outros Passivos (485) 16.879 28.794 18.579 
Juros pagos sobre Empréstimos e Financiamentos (1.279) (450) (31.130) (21.724)
Caixa líquido proveniente das (usado nas) atividades
operacionais (538) 13.579 278.786 252.748 
Atividades de Investimento
Venda de Ativo Imobilizado 27 131 
Compra de Ativo Imobilizado (158.901) (167.930)
Depósitos Judiciais (16.487) (16.707)
Aplicação Financeira Não Circulante (26.590) (26.590)
Dividendos Recebidos 148.743 12.637 
Caixa líquido proveniente das (usado nas) atividades
de investimentos 122.153 12.637 (201.951) (184.506)
Atividades de Financiamento
Pagamento de Arrendamento Mercantil (11.674) (17.912)
Financiamento obtido (BNDES) 117.165 
Pagamento de financiamento (BNDES) (13.542)
Debêntures (40.000) 40.000 
Mutuo com Empresas Ligadas Circulante (917) 917 
Distribuição de Dividendos (49.380) (12.942) (49.380) (12.942)
Recompra de Ações (314) (38.935) (314) (38.935)
Caixa líquido proveniente das (usado nas) atividades
de financiamento (90.611) (10.960) (74.910) 47.376 
Aumento líquido de caixa e equivalentes de caixa 31.004 15.256 1.925 115.618 
Caixa e equivalentes de caixa no início do exercício 16.132 876 355.928 240.310 
Caixa e equivalentes de caixa no final do exercício 47.136 16.132 357.853 355.928 
31.004 15.256 1.925 115.618
Itens que não afetam o caixa:
Dividendos propostos 90.000 50.000 90.000 50.000
Dividendos prescritos 29 28 29 28
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.
1. Contexto operacional
A Contax Participações S.A. (“Companhia”), constituída em 31 de julho de 2000, é uma companhia aberta que tem como
objeto social a participação em outras sociedades comerciais e civis, como sócia, acionista ou cotista, no país ou no exterior.
A Companhia possui (i) como subsidiária integral, a Contax S.A., empresa de “contact center” e (ii) como controlada indireta,
a TODO BPO e Soluções em Tecnologia S.A., empresa de “tecnologia da informação”.
O contexto operacional das controladas, direta e indireta, é como segue:
(a) Contax S.A.
A TNL Contax S.A. (“Contax”) foi constituída em 11 de dezembro de 2002, por meio da alteração da denominação
social da extinta TNext S.A. (“TNext”), empresa constituída em agosto de 1998. A Contax é uma sociedade por ações,
de capital fechado, que tem como objeto social a prestação de serviços de teleatendimento em geral, oferecendo uma
variedade de serviços integrados de relacionamento entre clientes e os seus consumidores, abrangendo operações
de televendas, atendimento a clientes, retenção, suporte técnico, cobrança, por meio de diversos canais de comunica-
ção, incluindo: contatos telefônicos, acesso via web, e-mail, fax, desenvolvimento de soluções tecnológicas na presta-
ção de serviços de teleatendimento, entre outros.
A Assembléia Geral Extraordinária da Contax, realizada em 10 de novembro de 2009, aprovou a alteração da razão social
para Contax S.A.. Em decorrência da alteração da razão social, o Estatuto Social da Contax foi modificado.
(b) TODO BPO e Soluções em Tecnologia S.A.
A TODO BPO e Soluções em Tecnologia S.A. (“TODO BPO”), constituída em setembro de 2008, é uma sociedade por
ações, de capital fechado, que tem como objeto social a prestação de serviços de tecnologia da informação em geral e de
informática, o desenvolvimento de software e de soluções integradas, completas e customizadas, incluindo o gerenciamento
da totalidade ou parte da cadeia de valor dos processos terceirizados de negócios em geral; processamento de back office;
gerenciamento de relacionamento com clientes, entre outros.
2. Base de apresentação das demonstrações financeiras
(a) Critérios de elaboração das demonstrações financeiras
As demonstrações financeiras (individuais e consolidadas) foram elaboradas e estão apresentadas de acordo com as práticas
contábeis adotadas no Brasil, as quais abrangem (i) as disposições contidas na Lei nº 6.404/76 (Lei das Sociedades por Ações),
e alterações posteriores que incluem, dentre elas, a Lei nº 11.638/07 e a Lei nº 11.941/09, (ii) os Pronunciamentos Técnicos,
Orientações e Interpretações emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), vigentes em 2009, e (iii) as Normas
e Resoluções expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC).
A Diretoria e o Conselho de Administração da Companhia autorizaram a conclusão das presentes demonstrações financei-
ras em 23 de fevereiro de 2010, nas quais consideraram os eventos subsequentes (Nota 24) ocorridos até esta data, que
pudessem ter efeito sobre estas demonstrações financeiras.
(b) Leis 11.638/07 e 11.941/09
Em 28 de dezembro de 2007 foi promulgada a Lei nº 11.638/07, a qual modificou e introduziu novas disposições à Lei nº
6.404/76. A referida Lei estabelece diversas alterações sobre a matéria contábil e a elaboração de demonstrações financei-
ras, visando ao alinhamento com as normas internacionais de contabilidade (IFRS), aplicando-se às companhias em forma
de sociedades anônimas e de grande porte. As principais alterações introduzidas pela Lei nº 11.638/07 entraram em vigên-
cia a partir de 1º de janeiro de 2008.
Em 3 de dezembro de 2008, foi editada a Medida Provisória nº 449/08 (MP nº 449/08), com força de lei, instituindo o Regime
Tributário de Transição (RTT) de apuração do lucro real, que trata dos ajustes tributários decorrentes dos novos métodos e
critérios contábeis introduzidos pela Lei nº 11.638/07, além de introduzir algumas alterações à Lei nº 6.404/76. A MP nº
449/08 foi convertida na Lei nº 11.941/09 em 28 de maio de 2009.
As mudanças na Lei das Sociedades por Ações trouxeram os seguintes principais impactos nas demonstrações financeiras
da Companhia:
(i) Substituição da Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos pela Demonstração do Fluxo de Caixa.
(ii) Classificação e mensuração de instrumentos financeiros: em linha com a norma internacional, a Companhia classificou
os instrumentos financeiros em três categorias: destinados à negociação, disponíveis para venda e mantidos até o venci-
mento. Os ativos financeiros classificados como destinados à negociação são reconhecidos ao seu valor justo com efeito no
resultado. Os ativos financeiros classificados como disponíveis para venda são reconhecidos ao seu valor justo com efeito
em conta específica no patrimônio líquido (“Ajustes de Avaliação Patrimonial”). Os ativos financeiros classificados como
mantidos até o vencimento são contabilizados ao custo amortizado acrescido dos rendimentos.
(iii) Introdução no conceito de Ajuste a Valor Presente para as operações ativas e passivas decorrentes de operações de lon-
go prazo e, quando houver efeito relevante, para as outras operações. Em 31 de dezembro de 2009, a Companhia não pos-
suía operações ativas e passivas decorrentes de operações de longo prazo que poderiam gerar ajuste a valor presente.
(iv) A Lei nº 11.638/07 também determina que a Companhia efetue, periodicamente, análise para verificar o grau de recupe-
ração dos valores registrados no ativo imobilizado, intangível e diferido. Sempre que eventos ou alterações nas circunstân-
cias indicarem que o valor contábil do ativo imobilizado e de outros ativos não circulantes com vida útil econômica definida
(incluindo o ativo intangível), possa não ser recuperável com base em fluxos de caixa futuros, a Companhia adota como pro-
cedimento revisar o cálculo do valor recuperável a fim de verificar possíveis perdas consideradas permanentes. A Compa-
nhia não identificou indicadores de perda de valor nas datas dessas demonstrações financeiras.
(v) Conforme a Lei nº 11.638/07, o patrimônio líquidodeve ser dividido em: capital social, reservas de capital, ajustes de ava-
liação patrimonial, reservas de lucros e ações em tesouraria.
(vi) Arrendamento mercantil financeiro: conforme alteração no Art. 179, determinado na Lei nº 11.638/07 os bens decorren-
tes de operações de arrendamento mercantil, destinados à manutenção das atividades da Contax, foram registrados no ati-
vo imobilizado e o saldo a pagar, na rubrica “Arrendamento Mercantil”. Vide Notas 3 (r) e 15.
(vii) Plano de opção de compra de ações: a Companhia passou a reconhecer o valor justo do plano apurado na data da
outorga das ações concedidas no plano de opção de compra de ações, no resultado do exercício, durante o período no qual
o direito é adqurido.Vide Notas 3 (u) e 19 (e).
As demonstrações financeiras referente ao exercício findo em 31 de dezembro de 2008 foram as primeiras apresentadas
com a adoção integral das alterações contábeis introduzidas por essas novas legislações.
Conforme permitido pelo Pronunciamento CPC 13 - Adoção inicial da Lei nº 11.638/07 e da MP nº 449/08, a administração
da Companhia optou por reapresentar cifras comparativas ajustadas conforme a norma NPC nº 12 - Práticas Contábeis,
Mudanças nas Estimativas e Correção de Erros.
(c) Novos pronunciamentos, interpretações e orientações emitidos em 2009 e que entrarão em vigor a partir de 2010
Dando continuidade ao processo de atualização da legislação societária brasileira, a segunda etapa da convergência das
práticas contábeis adotadas no Brasil para as Normas Internacionais de Relatórios Financeiros (IFRS) se cumpriu durante o
ano de 2009, com a edição de diversos pronunciamentos, interpretações e orientações pelo Comitê de Pronunciamentos
Contábeis (CPC), os quais foram ratificados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) por meio de suas deliberações.
As supracitadas deliberações entraram em vigor na data da sua publicação no Diário Oficial da União, com aplicação man-
datória para os exercícios encerrados a partir de dezembro de 2010 e para as demonstrações financeiras de 2009, a serem
divulgadas para fins de comparação com as demonstrações de 2010. A Companhia não adotou antecipadamente essas
deliberações no exercício findo em 31 de dezembro de 2009.
Atualmente, a Administração da Companhia está em processo de avaliação dos potenciais efeitos relativos aos seguintes
pronunciamentos, interpretações e orientações, os quais poderão (ou deverão) ter impacto relevante nas demonstrações
financeiras relativas ao exercício findo em 31 de dezembro de 2009, a serem apresentadas comparativamente às demons-
trações financeiras relativas ao exercício a findar-se em 31 de dezembro de 2010, bem como sobre os próximos exercícios:
Pronunciamentos Técnicos (CPCs)
• CPC 15 - Combinação de Negócios (Deliberação CVM nº 580/09): Estabelece os princípios e exigências da forma como o
adquirente deve (i) reconhecer e mensurar, em suas demonstrações financeiras, os ativos identificáveis adquiridos, os pas-
sivos assumidos e as participações societárias de não controladores na adquirida, (ii) reconhecer e mensurar o ágio por
expectativa de rentabilidade futura (goodwill ) da combinação de negócios ou o ganho proveniente de compra vantajosa e
(iii) determinar as informações que devem ser divulgadas para possibilitar que os usuários das demonstrações financeiras
avaliem a natureza e os efeitos financeiros da combinação de negócios.
• CPC 18 - Investimento em Coligada e em Controlada (Deliberação CVM nº 605/09): Especifica como devem ser contabili-
zados os investimentos em coligadas nas demonstrações financeiras individuais e consolidadas do investidor e em controla-
das nas demonstrações financeiras da controladora.
• CPC 19 - Participação em Empreendimento Controlado em Conjunto (Joint Venture) (Deliberação CVM nº 606/09): Especi-
fica como contabilizar as participações em empreendimentos controlados em conjunto (joint ventures) e na divulgação dos
ativos, passivos, receitas e despesas desses empreendimentos nas demonstrações financeiras dos investidores.
• CPC 20 - Custos de Empréstimos (Deliberação CVM nº 577/09): Estabelece que os custos de empréstimos que são direta-
mente atribuíveis à aquisição, construção ou produção de um ativo qualificável formam parte do custo de tal ativo. Outros
custos de empréstimos são reconhecidos como despesas.
• CPC 21 - Demonstração Intermediária (Deliberação CVM nº 581/09): Estabelece o conteúdo mínimo de uma demonstra-
ção financeira intermediária e os princípios para reconhecimento e mensuração para demonstrações completas ou conden-
sadas de período intermediário.
• CPC 22 - Informações por Segmento (Deliberação CVM nº 582/09): Estabelece que a entidade deve divulgar informações
que permitam aos usuários das demonstrações financeiras avaliarem a natureza e os efeitos financeiros das atividades de
negócio nos quais está envolvida e os ambientes econômicos em que opera.
• CPC 23 - Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro (Deliberação CVM nº 592/09): Define os crité-
rios para a seleção e a mudança de políticas contábeis, juntamente com o tratamento contábil e divulgação de mudança nas
políticas contábeis, a mudança nas estimativas contábeis e a retificação de erro.
• CPC 24 - Evento Subsequente (Deliberação CVM nº 593/09): Determina (i) quando a entidade deve ajustar suas demons-
trações financeiras com respeito a eventos subsequentes ao período contábil a que se referem essas demonstrações; e (ii)
as informações que a entidade deve divulgar sobre a data em que é concedida a autorização para emissão das demonstra-
ções financeiras e sobre os eventos subsequentes ao período contábil a que se referem essas demonstrações.
• CPC 25 - Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes (Deliberação CVM nº 594/09): Estabelece que
sejam aplicados critérios de reconhecimento e bases de mensuração apropriados a provisões e a passivos e ativos
contingentes e que seja divulgada informação suficiente nas notas explicativas para permitir que os usuários enten-
dam a sua natureza, oportunidade e valor.
• CPC 26 (R1) - Apresentação das Demonstrações Contábeis (Deliberações CVM nº 595/09 e nº 624/10): Define a
base para a apresentação das demonstrações contábeis, para assegurar a comparabilidade tanto com as demonstra-
ções contábeis de períodos anteriores da mesma entidade quanto com as demonstrações contábeis de outras entida-
des.
• CPC 27 - Ativo Imobilizado (Deliberação CVM nº 583/09): Estabelece o tratamento contábil para ativos imobilizados, de for-
ma que os usuários das demonstrações contábeis possam discernir a informação sobre o investimento da entidade em seus
ativos imobilizados, bem como suas mutações. Os principais pontos a serem considerados na contabilização do ativo imobi-
lizado são o reconhecimento dos ativos, a determinação dos seus valores contábeis e os valores de depreciação e perdas
por desvalorização a serem reconhecidas em relação aos mesmos.
• CPC 30 - Receitas (Deliberação CVM nº 597/09): Determina que a receita deve ser reconhecida quando for provável
que benefícios econômicos futuros fluirão para a entidade e esses benefícios possam ser confiavelmente mensura-
dos; e deve ser mensurada pelo valor justo da retribuição recebida ou a receber. O pronunciamento identifica as cir-
cunstâncias em que esses critérios serão satisfeitos para que a receita seja reconhecida e também proporciona orien-
tação prática na aplicação desses critérios.
• CPC 31 - Ativo Não Circulante Mantido para Venda e Operação Descontinuada (Deliberação CVM nº 598/09): Esta-
belecer a contabilização de ativos não circulantes mantidos para venda (colocados à venda) e a apresentação e a
divulgação de operações descontinuadas. Em particular, o Pronunciamento exige que os ativos que satisfazem aos
critérios de classificação como mantidos para venda sejam: (i) mensurados pelo menor entre o valor contábil até então
registrado e o valor justo menos as despesas de venda, e que a depreciação ou a amortização desses ativos cesse e
(ii) apresentadosseparadamente no balanço patrimonial e que os resultados das operações descontinuadas sejam
apresentados separadamente na demonstração do resultado.
• CPC 32 - Tributos sobre o Lucro (Deliberação CVM nº 599/09): Estabelece como contabilizar os efeitos fiscais atuais e futu-
ros de: (a) futura recuperação (liquidação) do valor contábil dos ativos (passivos) que são reconhecidos no balanço patrimo-
nial da entidade; e (b) operações e outros eventos do período atual que são reconhecidos nas demonstrações contábeis da
entidade. A entidade deve contabilizar os efeitos fiscais das transações e de outros eventos da mesma maneira que ela con-
tabiliza as próprias transações e os outros eventos. Também trata do reconhecimento de ativos fiscais diferidos advindos de
prejuízos fiscais não utilizados ou créditos fiscais não utilizados, da apresentação dos tributos sobre o lucro nas demonstra-
ções contábeis e da divulgação das informações relacionadas aos tributos sobre o lucro.
• CPC 33 - Benefícios a Empregados (Deliberação CVM nº 600/09): Estabelece a contabilização e a divulgação dos
benefícios concedidos aos empregados. Requer que a entidade reconheça: (a) um passivo quando o empregado
prestou o serviço em troca de benefícios a serem pagos no futuro; e (b) uma despesa quando a entidade se utiliza do
benefício econômico proveniente do serviço recebido do empregado em troca de benefícios a esse empregado.
• CPC 36 (R1) - Demonstrações Consolidadas (Deliberações CVM nº 608/09 e nº 624/10): Especifica as circunstân-
cias em que a entidade deve consolidar as demonstrações contábeis de outra entidade (uma controlada), os efeitos
contábeis de mudanças na participação relativa da controladora sobre a controlada e da perda do controle sobre a
controlada e a informação que deve ser evidenciada para permitir que os usuários das demonstrações contábeis ava-
liem a natureza da relação entre a entidade e suas controladas.
• CPC 37 - Adoção Inicial das Normas Internacionais de Contabilidade (Deliberação CVM nº 609/09): Seu objetivo é garantir
que as primeiras demonstrações contábeis de uma entidade de acordo com as Normas Internacionais de Contabilidade
emitidas pelo IASB - International Accounting Standards Board, doravante referenciadas como IFRSs - International Finan-
cial Reporting Standards, e as demonstrações contábeis intermediárias para os períodos parciais cobertos por essas
demonstrações contábeis contenham informações de alta qualidade que : (a) sejam transparentes para os usuários e com-
paráveis em relação a todos os períodos apresentados; (b) proporcionem um ponto de partida adequado para as contabili-
zações de acordo com as IFRSs; e (c) possam ser geradas a um custo que não supere os benefícios.
• CPC 38 - Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração (Deliberação CVM nº 604/09): Estabelece os princí-
pios para reconhecer e mensurar ativos financeiros, passivos financeiros e alguns contratos de compra e venda de itens não
financeiros. Os requisitos para apresentar os instrumentos financeiros estão no Pronunciamento Técnico CPC 39 - Instru-
mentos Financeiros: Apresentação, e os requisitos para divulgar informações a respeito de instrumentos financeiros estão
no Pronunciamento Técnico CPC 40 - Instrumentos Financeiros: Evidenciação.
• CPC 39 - Instrumentos Financeiros: Apresentação (Deliberação CVM nº 604/09): Estabelece os princípios para a apresen-
tação de instrumentos financeiros como passivo ou patrimônio líquido e para compensação de ativos financeiros e passivos
financeiros. Aplica-se à classificação de instrumentos financeiros, na perspectiva do emitente, em ativos financeiros, passi-
vos financeiros e instrumentos patrimoniais; a classificação de juros respectivos, dividendos, perdas e ganhos; e as circuns-
tâncias em que ativos financeiros e passivos financeiros devem ser compensados.
• CPC 40 - Instrumentos Financeiros: Evidenciação (Deliberação CVM nº 604/09): Determina que a entidade divulgue nas
suas demonstrações contábeis aquilo que permita que os usuários avaliem: (a) a significância do instrumento financeiro
para a posição patrimonial e financeira e para o desempenho da entidade; e (b) a natureza e a extensão dos riscos resultan-
tes de instrumentos financeiros a que a entidade está exposta durante o período e ao fim do período contábil, e como a enti-
dade administra esses riscos.
• CPC 43 - Adoção Inicial dos Pronunciamentos Técnicos CPC 15 a 40 (Deliberação CVM nº 610/09): Fornece as diretrizes
necessárias para que as demonstrações contábeis de uma entidade de acordo com os Pronunciamentos Técnicos, Inter-
pretações e Orientações do CPC, e as divulgações contábeis intermediárias para os períodos parciais cobertos por essas
demonstrações contábeis possam ser declaradas, com as exceções do contido nos itens 4 e 5, como estando conformes
com as normas internacionais de contabilidade emitidas pelo IASB - International Accounting Standards Board (IFRSs).
Interpretações (ICPCs)
• ICPC 03 - Aspectos Complementares das Operações de Arrendamento Mercantil (Deliberação CVM nº 613/09): Engloba
interpretações relacionadas a: (i) orientação sobre avaliação e contabilização de contratos que sejam ou contenham um
arrendamento mercantil, (ii) forma de reconhecimento de incentivos em arrendamentos operacionais, e (iii) avaliação da
essência de transações envolvendo a forma legal de um arrendamento.
• ICPC 04 - Alcance do Pronunciamento Técnico CPC 10 - Pagamento Baseado em Ações (Deliberação CVM nº 614/09):
Fornece orientação sobre a mensuração de certas transações envolvendo pagamentos baseados em ações em que a enti-
dade não pode identificar especificamente alguns dos ou todos os bens ou serviços recebidos.
• ICPC 05 - Pronunciamento Técnico CPC 10 - Pagamento Baseado em ações - Transações de Ações do Grupo e em
Tesouraria (Deliberação CVM nº 615/09): Fornece orientações sobre duas questões relacionadas a transações com paga-
mento baseado em ações, sendo elas: (i) se essas transações devem ser contabilizadas como liquidadas com instrumentos
patrimoniais ou com caixa e (ii) quando o pagamento envolve duas ou mais entidades dentro do grupo.
• ICPC 07 - Distribuição de Lucros in Natura (Deliberação CVM nº 617/09): Fornece orientações sobre a contabilização de
distribuição de lucros na forma de ativos que não são caixa.
• ICPC 08 - Contabilização da Proposta de Pagamento de Dividendos (Deliberação CVM nº 601/09): Esclarece que somente
o dividendo mínimo obrigatório deve ser reconhecido como passivo na data do balanço caso o dividendo adicional proposto
esteja sujeito a deliberação futura dos sócios.
• ICPC 09 - Demonstrações Contábeis Individuais, Demonstrações Contábeis Separadas, Demonstrações Consolidadas e
Aplicação do Método de Equivalência Patrimonial (Deliberação CVM nº 618/09): Esclarece que enquanto mantidos os atuais
requerimentos da legislação brasileira, será requerida a apresentação das demonstrações financeiras individuais de todas
as entidades, mesmo quando apresentadas demonstrações consolidadas.
• ICPC 10 - Interpretação Sobre a Aplicação Inicial ao Ativo Imobilizado e à Propriedade para Investimento dos Pronuncia-
mentos Técnicos CPCs 27, 28, 37 e 43 (Deliberação CVM nº 619/09): Esclarece sobre os seguintes assuntos: (a) processo
de revisão inicial e periódica das taxas de depreciação e valor residual dos bens do ativo imobilizado, (b) requisitos necessá-
rios a esse processo de revisão periódica, (c) possibilidade de atribuição de novo custo para os bens do ativo imobilizado e
de propriedade para investimento, de forma convergente com as normas internacionais, (d) possibilidade, estabelecida no
Pronunciamento CPC 28, de utilização do critério do custo ou do valor justo para o ativo “Propriedade para Investimento”.
• ICPC 11 - Recebimento em transferência de ativos do Cliente (Deliberação CVM nº 620/09): Aplicável à contabilização da
transferência de itens do imobilizado pela entidade que recebe tais transferências de seus clientes.
• ICPC 12 - Mudanças em Passivos porDesativação, Restauração e Outros Passivos Similares (Deliberação CVM nº
621/09): Pronunciamento aplicável às mudanças na mensuração de qualquer passivo por desativação, restauração ou outro
passivo similar que: (i) seja reconhecido como parte do custo de item de imobilizado; e (ii) seja reconhecido como passivo.
Orientações (OCPCs)
• OCPC 03 - Instrumentos Financeiros: Reconhecimento, Mensuração e Evidenciação (ofício-circular CVM/SNC/SEP
nº 03/09): Resume os princípios para reconhecimento, mensuração, desreconhecimento de ativos e passivos finan-
ceiros e de alguns contratos de compra e venda de itens não financeiros incluindo derivativos e reconhecimento de
perda no valor recuperável de ativos financeiros.
3. Sumário das principais práticas contábeis
As principais práticas contábeis adotadas pela Contax Participações S.A. e suas controladas na elaboração das demonstra-
ções financeiras estão descritas a seguir:
(a) Moeda funcional e de apresentação
Conforme preconizado pela Deliberação CVM nº 534/08, que aprovou o Pronunciamento Técnico CPC 02 - Efeitos nas
Mudanças nas Taxas de Câmbio e Conversão de Demonstrações Contábeis, as demonstrações financeiras estão apresen-
tadas em Reais, que também é a moeda funcional e de apresentação da Companhia.
(b) Valores em moeda estrangeira
Os ativos e passivos monetários denominados em moeda estrangeira são convertidos para a moeda funcional pela taxa de
câmbio nas datas de encerramento dos balanços. Os ganhos e as perdas de variações nas taxas de câmbio sobre os ativos
e os passivos monetários são reconhecidos na demonstração de resultados. Ativos e passivos não monetários adquiridos
ou contratados em moeda estrangeira são convertidos com base nas taxas de câmbio das datas das transações ou nas
datas de avaliação ao valor justo quando este é utilizado.
(c) Apuração do resultado
As receitas de serviços prestados pela Contax são reconhecidas pelo regime de competência, ou seja, quando da efetiva
prestação de serviços, independente da data de faturamento. A maioria dos contratos comerciais é precificada com base em
indicadores tais como quantidade de posições e tempo de atendimento, além das metas de performance.
Essas receitas são calculadas com base nas informações disponíveis nos sistemas de controle informatizados desses indi-
cadores, sendo apuradas por cliente. Além disso, esses indicadores são discutidos permanentemente com os clientes da
Companhia, sendo revistos quando necessário. Eventuais ajustes decorrentes dessas revisões são reconhecidos dentro do
período de competência.
Os custos e despesas operacionais são contabilizados em conformidade com o regime contábil de competência de exercí-
cios societários e são representados substancialmente por gastos com pessoal.
As receitas e despesas financeiras são representadas principalmente por rendimentos sobre aplicações financeiras, juros e
atualizações monetárias de contingências, juros sobre empréstimos e financiamentos, que são registrados contabilmente
em conformidade com o regime contábil de competência de exercícios societários (Nota 7).
(d) Caixa e equivalentes de caixa
Compreendem os saldos de caixa, depósitos bancários à vista e aplicações financeiras, com prazo de resgate de até 90 dias
da data da aplicação. Essas aplicações financeiras estão demonstradas ao custo, acrescido dos rendimentos auferidos até
as datas de encerramento do exercício, e possuem vencimentos originais inferiores há 90 dias, com liquidez imediata, e
estão sujeitas a um insignificante risco de mudança de valor (Nota 9).
(e) Aplicações financeiras
Títulos mantidos até o vencimento
São adquiridos com a intenção e capacidade financeira para sua manutenção em carteira até o vencimento. São avaliados
pelo custo de aquisição, acrescidos dos rendimentos auferidos em contrapartida ao resultado do período (Nota 9).
(f) Contas a receber de clientes e créditos de liquidação duvidosa
São registradas pelo valor faturado, ajustado ao valor presente quando aplicável, incluindo os respectivos impostos diretos
de responsabilidade tributária das controladas direta e indireta, os quais são considerados créditos tributários. Pelo fato de
as contas a receber serem liquidadas normalmente em um período inferior a 30 dias, os valores contábeis representam
substancialmente os valores justos nas datas dos balanços.
A provisão para créditos de liquidação duvidosa é constituída para cobrir perdas prováveis com relação a contas a receber e
seu cálculo tem por base estimativas que levam em consideração a situação de cada cliente e as garantias por eles forneci-
das. A base de mensuração da provisão leva em conta a posição individualizada de cada cliente em atraso.
A provisão foi constituída em montante considerado suficiente pela administração para suprir as eventuais perdas na realiza-
ção dos créditos (Nota 10).
(g) Tributação
As receitas de prestação de serviços estão sujeitas aos seguintes impostos e contribuições, pelas seguintes alíquotas básicas:
• Programa de Integração Social (PIS) - 0,65%
• Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS) - 3,0%;
• Imposto sobre serviços (ISS) - de 2% a 5%.
Esses encargos são apresentados como deduções da receita de vendas na demonstração do resultado.
Imposto de renda e contribuição social - Corrente
Quando da existência de base positiva, as provisões para imposto de renda e contribuição social sobre o lucro são constituí-
das com base no lucro ajustado pelas inclusões e exclusões de caráter permanente e temporário (quando aplicáveis), às alí-
quotas de 15%, acrescidas do adicional específico de 10% sobre o lucro tributável anual, no caso de imposto de renda,
excedente a R$ 240. A contribuição social é calculada à alíquota de 9% sobre o lucro tributável.
As parcelas de antecipação do imposto de renda e da contribuição social efetuadas durante o exercício (quando aplicáveis)
são registradas no ativo circulante, na rubrica “Tributos diferidos e a recuperar”, e são compensadas com o imposto de renda
e a contribuição a pagar registrados no passivo circulante, na rubrica “Tributos a recolher”.
Imposto de renda e contribuição social - Diferido
O imposto de renda e a contribuição social diferidos são registrados como créditos ou débitos tributários nos ativos circulante
e não circulante e são reconhecidos sobre prejuízos fiscais, base negativa da contribuição social sobre o lucro líquido e dife-
renças temporárias entre o lucro contábil e o lucro apurado para fins de tributação, na extensão em que a sua realização seja
provável. Caso a realização do imposto diferido ativo não seja provável, não é feito qualquer reconhecimento contábil. Os
prejuízos fiscais e base negativa na contribuição social não possuem prazo de prescrição, porém a sua compensação é limi-
tada a 30% do montante do lucro tributável apurado em períodos futuros.
A Companhia realiza estudos técnicos que contemplam a geração de resultados de acordo com a expectativa da Administra-
ção, considerando a continuidade e a manutenção do resultado por tempo indeterminado. Esses resultados futuros são ajus-
tados a valor presente e o montante apurado é comparado ao valor nominal dos créditos fiscais recuperáveis durante um
período limitado a dez anos. Os estudos técnicos são atualizados anualmente e os créditos tributários são ajustados de acor-
do com os resultados das revisões. Esses estudos são aprovados pelos órgãos da Administração da Companhia (Nota 8(a)).
(h) Depósitos judiciais
Existem situações em que a Contax questiona a legitimidade de determinados passivos ou ações movidas contra si. Por
conta desses questionamentos, por ordem judicial ou por estratégia da própria Administração, os valores em questão
podem ser depositados em juízo sem que haja caracterização da liquidação do passivo.
Esses depósitos são registrados contabilmente no ativo não circulante e atualizados monetariamente. Serão resgatados
caso ocorra desfecho favorável do litígio para a Companhia (Nota 18).
NOTAS EXPLICATIVAS DA ADMINISTRAÇÃO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRASEM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E DE 2008
Em milhares de reais, exceto quando indicado
DEMONSTRAÇÕES DO VALOR ADICIONADO EXERCÍCIOS
FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E DE 2008
Em milhares de reais
Controladora Consolidado
2009 2008 2009 2008
Receitas
Vendas de serviços 2.335.252 1.916.115 
Outras Receitas 27 131 
2.335.279 1.916.246 
Insumos adquiridos de terceiros
Demais custos de serviços prestados (10.549) (17.718)
Materiais, energia, serviços de terceiros (1.725) (1.392) (311.186) (267.296)
Perda / Recuperação de valores ativos (1.761) (254)
(1.725) (1.392) (323.496) (285.268)
Valor adicional bruto (1.725) (1.392) 2.011.783 1.630.978 
Depreciação e amortização (113.511) (100.851)
Baixa de ágio (60) (1.694)
Valor adicional líquido produzido pela entidade (1.725) (1.392) 1.898.212 1.528.433 
Valor adicionado recebido em transferência
Resultado de Equivalência Patrimonial 149.139 94.405 
Receitas Financeiras 5.954 905 24.531 32.547 
Valor adicionado total a distribuir 153.368 93.918 1.922.743 1.560.980 
Pessoal e encargos
Salários e Encargos 1.190.764 958.189 
Comissão sobre Vendas 333
Treinamento 19.764 28.688 
Honorários da diretoria 11.286 1.150 11.286 1.150 
Impostos, taxas e contribuições
Federais 731 (433) 332.720 300.391 
Municipais 93.497 76.566 
Financiadores
Juros e variações monetárias 1.295 675 37.198 28.850 
Aluguéis 140 117 97.899 74.734 
Dividendos 90.000 33.374 90.000 33.374 
Participação de Acionistas não Controladores (634) 3 
Lucros retidos / Constituição de Reservas 49.916 59.035 49.916 59.035 
Valor adicionado distribuído 153.368 93.918 1.922.743 1.560.980
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.
(i) Investimentos
Representados por investimentos em empresas controladas e avaliados pelo método de equivalência patrimonial, reconhe-
cido no resultado do exercício como receita (despesa) operacional. As empresas controladas utilizam as mesmas práticas
contábeis da Controladora (Nota 11).
(j) Imobilizado
Os ativos imobilizados são registrados pelo custo de aquisição, deduzido da depreciação acumulada. A depreciação é cal-
culada pelo método linear, com base na estimativa de vida útil-econômica dos ativos e nos prazos contratuais dos imóveis
alugados, quanto às benfeitorias efetuadas nos mesmos. As taxas anuais de depreciação estão divulgadas na Nota 12. Os
gastos com reparos e manutenções são apropriados ao resultado durante o período em que são incorridos.
(k) Intangível
Gastos com o desenvolvimento interno de softwares são reconhecidos como ativo quando é possível demonstrar a intenção
e a capacidade de concluir tal desenvolvimento, bem como mensurar com segurança os custos diretamente atribuíveis ao
mesmo, que serão amortizados durante sua vida útil estimada, considerando os benefícios econômicos futuros gerados.
São registrados ao custo, deduzido da amortização calculada pelo método linear a taxas que levam em consideração a
expectativa de utilização dos softwares, a partir da data da sua disponibilidade para uso e ajustados por redução ao valor
recuperável (impairment), quando aplicável (Nota 13).
(l) Redução ao valor recuperável de ativos
Sempre que eventos ou alterações nas circunstâncias indicarem que o valor contábil do ativo imobilizado e de outros ativos
não circulantes com vida útil econômica definida (incluindo o ativo intangível), possa não ser recuperável com base em flu-
xos de caixa futuros, a Companhia adota como procedimento revisar o cálculo do valor recuperável a fim de verificar possí-
veis perdas consideradas permanentes. Caso estes eventos ocorram, as revisões do valor recuperável serão conduzidas
com relação à unidade geradora de caixa à qual o ativo pertence.
Quando for verificada uma perda, ou seja, quando o valor contábil de um ativo exceder os seus fluxos de caixa futuros, uma provi-
são para perda será reconhecida no resultado do exercício, refletindo a diferença do valor contábil e do valor recuperável do ativo.
O valor recuperável é o maior entre o valor justo menos os custos de liquidação e o valor do bem em uso. Ao avaliar o valor
em uso, o fluxo de caixa futuro é descontado ao valor presente usando uma taxa de desconto antes de imposto de renda e
contribuição social que reflita a avaliação atual do mercado do valor de dinheiro no tempo e os riscos específicos ao ativo
referentes aos quais não houve ajuste ao fluxo de caixa estimado.
A Administração da Companhia não identificou qualquer evidência que justificasse a necessidade de provisão para redução
ao valor recuperável de ativos em 31 de dezembro de 2009 e 2008.
(m) Despesas antecipadas
São contabilizadas as aplicações de recursos em pagamentos antecipados, cujos direitos de benefícios ou prestação de ser-
viços ocorrerão em períodos futuros, considerando o princípio da competência para registro do ativo.
Esse grupo está representado basicamente por despesas na comercialização de seguros, despesas de seguros e despesas
de propaganda e publicidade.
(n) Ativos circulante e não circulante
Os demais ativos circulante e não circulante são apresentados pelo valor de custo ou de realização, dos dois o menor, e
incluem, quando aplicável, as variações monetárias e cambiais e os rendimentos proporcionais auferidos até a data do balanço.
(o) Passivos circulante e não circulante
Demonstrados pelos valores conhecidos ou calculáveis, acrescidos, quando aplicável, dos correspondentes encargos e das
variações monetárias e cambiais incorridos até a data do balanço.
(p) Participação dos empregados nos resultados
A Contax possui um programa de participação nos resultados “PR”, abrangendo todos os seus empregados, conforme
negociações firmadas anualmente com os Sindicatos dos Trabalhadores que representam a Categoria. O referido programa
é baseado no estabelecimento de metas qualitativas e quantitativas definidas pela Administração, relativas ao crescimento
dos ganhos operacionais e de desempenho individual, contando com a participação de todos os colaboradores.
Os valores de participação dos colaboradores e administradores no lucro dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2009
e de 2008 foram registrados na rubrica “Despesas de pessoal” nas demonstrações dos resultados.
(q) Provisões para contingências (riscos tributários, cíveis e trabalhistas)
São registradas e atualizadas até as datas dos balanços pelo montante provável de perda, observadas suas naturezas e
apoiadas na opinião dos assessores legais externos da Companhia e de suas controladas. O reconhecimento e mensura-
ção das contingências (ativas e passivas) e das obrigações legais é efetuado em conformidade com os critérios estabeleci-
dos na Deliberação CVM nº 489/05.
Ativos contingentes
Não são reconhecidos contabilmente, exceto quando a Administração possui total controle da situação ou quando há garantias
reais ou decisões favoráveis, sobre as quais não cabem mais recursos, caracterizando o ganho como praticamente certo.
Passivos contingentes
São constituídos através de análise individualizada, por reclamações, tendo como base a opinião dos administradores e
assessores legais internos e externos. Os fundamentos, valores envolvidos e a natureza das provisões para riscos tributá-
rios, cíveis e trabalhistas estão descritos na Nota 18.
Obrigações legais
Decorrem de obrigações tributárias, cujo objeto de contestação é a sua legalidade ou constitucionalidade.
(r) Arrendamento mercantil
Os arrendamentos mercantis de imobilizado nos quais a Companhia permanece substancialmente com todos os riscos e
benefícios inerentes à propriedade são classificados como arrendamento mercantil financeiro. Os arrendamentos mercantis
financeiros são registrados sob a forma de uma compra financiada, reconhecendo, no seu início, um ativo imobilizado e um
passivo de financiamento (arrendamento). Os encargos financeiros relativos aos contratos de arrendamento financeiro são
apropriados ao resultado ao longo do prazo do contrato, com base no método do custo amortizado e da taxa de juros efetiva.
O imobilizado adquirido nos arrendamentos mercantisfinanceiros é depreciado pelas taxas indicadas na Nota 12.
(s) Empréstimos e financiamentos
Os empréstimos e financiamentos tomados são reconhecidos, inicialmente, pelo valor justo, no recebimento dos recursos, líqui-
dos dos custos de transação. Em seguida, passam a ser mensurados pelo custo amortizado, isto é, acrescidos de encargos,
juros e variações monetárias e cambiais conforme previstos contratualmente, incorridos até a data do balanço (Nota 14).
As debêntures não conversíveis em ações têm seu reconhecimento de forma similar à dos empréstimos e financiamentos
(Nota 16).
(t) Provisões
Uma provisão é reconhecida nas demonstrações financeiras quando a Companhia e suas controladas possuem um passi-
vo conhecido de prazo e valor incerto ou é constituída como resultado de um evento passado e que seja provável o desem-
bolso futuro de recursos financeiros para saldar a obrigação.
(u) Plano de opção de compra de ações
A Companhia oferece a seus administradores e executivos um plano de opção de compra de ações. O Programa de Opção
de Compra de Ações da Contax Participações S.A. (“stock option”), iniciado em 2007, prevê a realização de quatro lotes
anuais iguais. Cada lote anual poderá ser exercido total ou parcialmente até o prazo final e extintivo em outubro de 2014.
Na data de elaboração das demonstrações financeiras, a Companhia revisa suas estimativas da quantidade de opções cujos
direitos devem ser adquiridos com base nessas condições, e reconhece o impacto da revisão das estimativas iniciais, se hou-
ver, na demonstração do resultado, em contrapartida ao patrimônio líquido, de acordo com os critérios estabelecidos na Deli-
beração CVM nº 562/08, que aprovou o Pronunciamento Técnico CPC 10 - Pagamento Baseado em Ações (Nota 19(e)).
continuação www.cliqueapostilas.com.br
http://www.cliqueapostilas.com.br
15. Obrigações com arrendamento mercantil (consolidado)
Quantidade Saldo a pagar
Arrendadora de parcelas 2009 2008
CIT 48 1.455 4.143
Unibanco 48 237 3.121 
HP Financial 48 727 4.881
60 7.777 9.140
IBM Leasing 48 189 
60 3.821 4.496 
14.017 25.970 
Circulante 10.118 16.086 
Não circulante 3.899 9.884 
A Contax possui diversos contratos de arrendamento mercantil, de equipamentos de informática e mobiliário destina-
dos a manutenção de suas atividades. Estes contratos estão registrados a valor presente no passivo circulante e não
circulante.
16. Debêntures privadas (Controladora)
Em 18 de novembro de 2008, a Companhia captou o montante de R$ 40.000 originário da emissão privada de debêntures,
aprovada em reunião do Conselho de Administração realizada em 30 de setembro de 2008, conforme demonstrado abaixo:
Valor na Encargos Posição na 
Data Tipo de Títulos em Data de Financeiros data de 
Emissão Emissão Circulação Emissão Anuais liquidação 2008
1ª Série 18/11/2008 Privada 4.000 40.000 TJLP + 2%
Principal 40.000 40.000
Juros 1.262 153
41.262 40.153
As Debêntures foram emitidas em série única e não conversíveis em ações. A amortização integral do principal e dos
juros ocorreu em 27 de abril de 2009.
17. Tributos a recolher
Controladora Consolidado
2009 2008 2009 2008
Não Não
Circu- Circu- Circu- Circu- Circu- Circu-
lante lante lante lante lante lante
IR e CS (i) 255 56 71.012 51.334 
ISS 12.637 9.816 
PIS e COFINS 8.273 6.816 
INSS Parcelado (ii) 768 944 768 1.787 
Outros impostos a recolher 13 15 
255 56 92.703 944 68.749 1.787 
(i) Para compensação com os tributos apurados, há antecipações, conforme valores registrados nas linhas de Imposto
de Renda e Contribuição Social a Recuperar (Nota 8(a)).
(ii) Refere-se ao parcelamento de autuação de INSS responsabilidade solidária, que estão sendo repassados integral-
mente a terceiros, sem afetar o resultado da Contax, registrados na rubrica “Demais Ativos” no ativo circulante.
18. Provisão para Contingências e Obrigações Legais em Disputa Judicial (consolidado)
(a) Ativo contingente
A Companhia não possui nenhum ativo contingente.
(b) Passivos contingentes
A Companhia e suas controladas (direta e indireta) são partes envolvidas em ações judiciais de natureza tributária,
cível e trabalhista que foram propostas no curso normal dos negócios e, estão discutindo estas questões tanto na
esfera administrativa como na judicial, as quais, quando aplicável, são amparadas por depósitos judiciais. A Adminis-
tração, consubstanciada na opinião de seus assessores legais, entende que os encaminhamentos e providências
legais cabíveis já tomados em cada situação são suficientes para cobrir as eventuais perdas e preservar o patrimônio
líquido da Companhia e de suas controladas, sendo reavaliadas periodicamente.
Dentre essas ações, encontram-se também os processos de legalização de determinados imóveis (próprios ou de ter-
ceiros) os quais a Companhia julga que no curso normal das operações não incorrerá em desfechos desfavoráveis.
(c) Composição dos passivos contingentes
Atualmente, a Companhia vem realizando um trabalho de análise e refinamento dos valores depositados em juízo, no
intuito de apresentá-los deduzindo o valor da provisão para contingências a que estão vinculados (caso aplicável),
conforme requerido pela deliberação CVM nº 489/05. Em 31 de dezembro de 2009 e de 2008, os depósitos judiciais
estão registrados no ativo não circulante.
Em 31 de dezembro de 2009 e de 2008, a Contax apresentava os seguintes saldos de provisões para contingências e
depósitos judiciais:
Depósitos judiciais Provisões para contingências
2009 2008 2009 2008
Contingências fiscais 1.566 1.469 10.944 11.927 
Contingências trabalhistas 51.807 33.869 48.362 51.651 
Contingências cíveis 9 615 573 
53.382 35.338 59.921 64.151 
(d) Movimentação das provisões para contingência
A movimentação da provisão para contingências no exercício findo em 31 de dezembro de 2009, está demonstrada a
seguir:
Atualizações
2008 Adições Utilizações Reversões Monetárias 2009
Fiscais
CSLL (iii) 119 119 
Imposto sobre serviços - ISS 1.934 314 2.248 
INSS (i) 5.805 2.206 (8.267) 376 120 
PIS/COFINS (ii) 4.188 3.231 1.038 8.457 
11.927 5.556 (8.267) 1.728 10.944 
Trabalhistas (iv) 51.651 15.315 (5.247) (19.334) 5.977 48.362 
Cíveis 573 108 (133) 67 615 
64.151 20.979 (5.247) (27.734) 7.772 59.921
(i) A Contax possui autuação referente a contribuições de INSS no montante total de R$ 20.566, sendo que deste
montante apenas R$ 6.809 (atualizado até a data de liquidação) encontravam-se provisionados. Para o saldo rema-
nescente de R$ 13.757, não coberto por provisão, a Contax interpôs recurso de defesa em função de discordar do
entendimento adotado pela fiscalização. Na opinião dos assessores legais externos da Companhia, as chances de
êxito nessa causa são possíveis, não cabendo desta forma o provisionamento desse montante.
A Lei nº 11.941/09 (conversão da Medida Provisória n° 449/2008) instituiu um novo programa de parcelamento e de
quitação de débitos tributários com remissão, redução de juros e anistia de multas, total ou parcialmente. Tal progra-
ma abrange os débitos com a Receita Federal, Procuradoria Nacional e INSS. Desta forma, aproveitando os benefí-
cios previstos na referida Lei (Novo Refis), em novembro de 2009 a Contax optou por quitar à vista o montante de R$
4.593 referente aos débitos que encontravam-se provisionados a título do enquadramento das contribuições para as
entidades SENAC e SEBRAE, nos recolhimentos para o Instituto Nacional do Seguro Social – INSS, conforme tabela
FPAS (Fundo de Previdência e Assistência Social) e encargos previdenciários sobre auxílio creche.
(ii) Valor provisionado referente a dedução do custo de ISS sobre a base de cálculo para apuração do PIS/COFINS,
baseado no deferimento da antecipação da tutela recursal até o julgamento do Agravo de Instrumento nº
2007.01.00.017041-3/DF, junto ao Tribunal Regional Federal da 1ª região.
(iii) Refere-se ao valor de base negativa de CSLL do ano de 2004 utilizado para compensação de recolhimento de esti-
mava de ano posterior, sem a formalização em PER/Dcomp.
(iv) Em 30 de setembro de 2009, a Contax efetuou uma revisão

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