Buscar

Contabilidade Empresarial

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 78 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 78 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 78 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Curso de Pós-graduação a Distância 
 
 
 
 
Contabilidade 
Empresarial 
 
 
 
 
 
Autores: 
Eloir Trindade Vasques Vieira 
Neusa Oviedo Ramirez 
 
 
 
 
 
Universidade Católica Dom Bosco Virtual 
www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 
 
 
 
 
 
 
 
2 
www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 
Objetivo Geral 
Iniciar o estudante nos aspectos contábeis das micro e pequenas 
empresas, compreendendo e analisando de maneira crítica as demonstrações 
contábeis financeiras. 
 
SUMÁRIO 
UNIDADE 1 – A CONTABILIDADE NAS ORGANIZAÇÕES ................................... 05 
1.1 Tributos, impostos e contribuições ...................................................................... 07 
1.2 Micro e pequena empresa .................................................................................. 10 
 
UNIDADE 2 - NOÇÕES BÁSICAS DE CONTABILIDADE ..................................... 14 
2.1 Conceito de Contabilidade .................................................................................. 15 
2.2 Ramos da Contabilidade .................................................................................... 18 
 
UNIDADE 3 - DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS FINANCEIRAS .......................... 21 
3.1 Alterações contábeis ........................................................................................... 24 
3.2 Estrutura do Balanço Patrimonial ........................................................................ 26 
3.3 Demonstração do Resultado do Exercício – DRE .............................................. 35 
3.4 Demonstração dos Fluxos de Caixa – DFC ........................................................ 37 
3.5 Demonstração do Valor Adicionado - DVA ........................................................ 51 
 
UNIDADE 4 - MEDIÇÃO DE DESEMPENHO .......................................................... 61 
4.1 Indicadores ......................................................................................................... 65 
 
REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 72 
ANEXOS ................................................................................................................... 76 
 
 
3 
www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 
INTRODUÇÃO 
 
No cenário econômico atual, a informação representa um dos quesitos 
imprescindíveis na gestão administrativa. Segundo Iudícibus (2020), a contabilidade 
como área do conhecimento é privilegiada, pois seu foco principal é a informação 
destinada aos vários usuários, sejam funcionários ou proprietários, de forma a 
propiciar decisões racionais e adequadas dos negócios de modo que atinja os seus 
objetivos. 
Num mercado altamente competitivo, a meta das empresas é a busca da 
lucratividade sempre, isto é, o retorno do capital investido, e, para isso é necessário 
focar na qualidade dos produtos e serviços prestados visando à satisfação do 
cliente, de forma que viabilize o empreendimento, tornando-o competitivo. O papel 
da contabilidade nas empresas, independente de seu porte ou atividade, é 
proporcionar uma visão pretérita da atividade empresarial por meio dos relatórios 
contábeis econômicos e financeiros, que propiciem uma leitura apropriada do fluxo 
de caixa para a tomada de decisão adequada. 
Com a globalização do mercado financeiro e de capitais, e os investidores, 
buscando parâmetros de comparação para tomada de decisão mais adequada em 
relação aos seus investimentos, estudiosos da contabilidade, perceberam a 
necessidade de uma contabilidade supranacional com base em princípios e nos 
fundamentos econômicos do evento, com Demonstrativos Econômicos e 
Financeiros transparentes e de qualidade, que permitam uma análise de risco 
prospectivo e não apenas dados retrospectivos, trazendo à tona discussão sobre o 
mercado internacional e a necessidade de utilizar uma contabilidade supranacional 
que atenda ao mercado econômico interno e externo. 
Destas discussões entre os países mais ricos surgiu, em 1973, a 
necessidade de criar normas de contabilidade com padrões internacionais e 
supranacionais que atendessem às necessidades do mercado em expansão. 
Em 2005, com a criação do Comitê de Pronunciamentos Contábeis CPC, 
composto pelos órgãos normatizadores e fiscalizadores do negócio no Brasil, foi 
possível viabilizar o processo de convergência das normas brasileiras de 
contabilidade ao International Financial Reporting Standard – IFRS, popularmente 
conhecido como normas internacionais. No Brasil a contabilidade esteve, até o ano 
de 2007, vinculada aos textos legais para atender as questões tributárias, isto 
 
4 
www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 
significa que os demonstrativos financeiros deveriam ser elaborados da forma como 
o governo normatizava. 
Esse processo de convergência possibilitou a desvinculação meramente 
tributária e retrospectiva dos relatórios contábeis financeiros, por meio dos textos 
legais da Lei 11.638/2007 e da Lei 11.941/2009, que alteraram alguns artigos da Lei 
n. 6.404/1976, para que a contabilidade possa atender sua finalidade de representar 
de forma adequada uma realidade econômica e prospectiva com base nos eventos 
pretéritos é claro, mas utilizando essas informações passadas para projetar o fluxo 
de caixa futuro esperado em função do volume de transações econômicas do 
passado. 
Nesse contexto, a contabilidade gerencial demonstra a necessidade do uso 
de “ferramentas” gerenciais apropriadas para a captura, mensuração e registro 
adequado dos eventos econômicos que permitam a avaliação de desempenho das 
micro e pequenas empresas, fornecendo informações para tomada de decisão, e 
promovendo o desenvolvimento desses negócios. 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 
UNIDADE 1 – A CONTABILIDADE NAS ORGANIZAÇÕES 
 
A Ciência Contábil é uma ciência social aplicada que tem como objeto de 
estudos o patrimônio das entidades, sejam públicas, privadas, particulares, 
individuais, coletivas, de interesse social ou outros. E como ciência do patrimônio 
deveria estar presente nas organizações comerciais, que exploram atividades de 
comércio, indústria, prestação de serviços e quaisquer outras atividades que 
envolvem a necessidade de controle do patrimônio e sua evolução (ou não), para 
evidenciar o desempenho esperado, de acordo com o objetivo e finalidade da 
organização comercial. 
Sabemos que na realidade brasileira a contabilidade não é muito valorizada, 
porque poucos conhecem sua função e utilidade para tomada de decisão adequada 
na manutenção do negócio e preservação do patrimônio. Neste material didático 
vamos identificar o papel da contabilidade nos negócios empresariais e sua função 
na tomada de decisão, e, para isso vamos inicialmente entender o significado do 
termo empresa sob a ótica do direito empresarial e para a contabilidade. 
No Direito empresarial empresário é a pessoa que exerce a atividade 
econômica, e empresa é a própria atividade de comércio, de produção (indústria) 
de bens e serviços. Então, segundo o Direto empresarial, o conceito de empresa é 
totalmente diferente do conceito usual de local, espaço físico onde uma atividade 
econômica está sendo exercida, ou um sujeito do direito, como é o caso da pessoa 
jurídica constituída. Mesmo assim o termo empresa é utilizado na linguagem 
cotidiana com estes significados inadequados nos meios empresarial, contábil e até 
nos meios jurídicos. 
Coelho (2010, pp. 12-13), explica que: 
 
Na linguagem cotidiana, mesmo nos meios jurídicos, usa-se a 
expressão "empresa" com diferentes e impróprios significados. Se 
alguém diz "a empresa faliu" ou "a empresa importou essas 
mercadorias", o termo é utilizado de forma errada, não técnica. A 
empresa, enquanto atividade, não se confunde com o sujeito de 
direito que a explora, o empresário. É ele que fale ou importa 
mercadorias. Similarmente,se uma pessoa exclama "a empresa 
está pegando fogo!" ou constata "a empresa foi reformada, ficou 
mais bonita", está empregando o conceito equivocadamente. Não se 
pode confundir a empresa com o local em que a atividade é 
desenvolvida. O conceito correto nessas frases é o de 
estabelecimento empresarial; este sim pode incendiar-se ou ser 
embelezado, nunca a atividade. Por fim, também é equivocado o 
uso da expressão como sinônimo de sociedade. Não se diz 
 
6 
www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 
"separam-se os bens da empresa e os dos sócios em patrimônios 
distintos", mas "separam-se os bens sociais e os dos sócios"; não se 
deve dizer "fulano e beltrano abriram uma empresa", mas "eles 
contrataram uma sociedade". Somente se emprega de modo técnico 
o conceito de empresa quando for sinônimo de empreendimento. Se 
alguém reputa "muito arriscada a empresa", está certa a forma de se 
expressar: o empreendimento em questão enfrenta consideráveis 
riscos de insucesso, na avaliação desta pessoa. Como ela se está 
referindo à atividade, é adequado falar em empresa. 
 
Como podemos ver, Empresa é um termo genérico e no direito empresarial é 
utilizado com um significado distinto. Para Crepaldi (2019), uma empresa é uma 
associação de pessoas para a exploração de um negócio que produz e/ou oferece 
bens e serviços, com vistas, em geral, à obtenção de lucros. Cassarro (2011), 
coloca que uma empresa é uma entidade jurídica que tem como obrigação 
apresentar lucro, e este deve ser suficiente para permitir sua expansão e o 
atendimento das necessidades sociais. 
De acordo com Franco (2010), empresa é toda entidade constituída sob 
qualquer forma jurídica para exploração de uma atividade econômica, seja 
mercantil, industrial, agrícola ou de prestação de serviços. Segundo Rocha (1995), 
o processo de organização de uma empresa dá-se em diversas etapas que se 
iniciam nas pesquisas dos problemas existentes na empresa até a implementação 
das possíveis soluções encontradas. 
Para Kinlaw (2002), a empresa é a força contemporânea mais poderosa de 
que se dispõe para estabelecer o curso dos eventos da humanidade. Ela 
transcende as fronteiras e os limites do nacionalismo, exercendo influência 
predominante nas decisões políticas e sociais. 
Harrington (1997), corrobora essa ideia, comentando que as organizações 
entraram em uma era de grandes desafios e incertezas sem precedentes, pois cada 
vez mais os empresários estão buscando alternativas, visto que os modelos 
funcionais e tradicionais não parecem ser eficazes. Para superar estes desafios 
empresas e empresários buscam identificar, por meio da contabilidade e reflexão 
sobre o negócio, seus pontos fortes e suas fragilidades, que permitam à empresa 
delinear seu planejamento estratégico de forma a torná-la rentável e competitiva. 
A contabilidade quando elaborada de forma correta, capturando a essência 
do evento econômico que afeta a empresa, permite ao empresário a melhor leitura 
hoje, do fluxo de caixa futuro esperado de seu empreendimento, acompanhar a 
evolução e desempenho do negócio, possibilita uma análise de risco para a tomada 
 
7 
www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 
de decisão adequada (risco calculado) e, ainda, a visão retrospectiva e prospectiva. 
Exemplo se a empresa teve um bom ano, como manter e avançar neste 
desempenho, se foi um mal ano, como evitá-lo. 
No Brasil, a preocupação das empresas, há muito tempo, é a alta carga 
tributária que incide sobre a atividade produtiva, e também aquela que onera o 
trabalhador regularmente registrado nas empresas. 
A seguir listamos alguns tributos incidentes sobre as atividades empresariais. 
 
1.1 Tributos, impostos e contribuições 
 
Os tributos e contribuições inerentes às empresas, bem como as alíquotas, 
dependem de vários fatores, como: a atividade econômica, forma de apuração e 
porte da empresa. Os mais comuns são: 
• Contribuição Sindical Patronal: Esta obrigação é da empresa e incide 
sobre o salário que a empresa paga aos empregados, e tem relação direta 
com a quantidade de funcionários que a empresa emprega. Estão sujeitas 
às contribuições sindicais as categorias econômicas, as empresas em 
geral, os empregadores do setor rural e, quando organizados em firma ou 
empresa, os agentes ou trabalhadores autônomos e profissionais liberais. 
• Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – CSSL: É uma 
contribuição federal sobre o lucro e foi instituída por lei. O fato gerador é o 
lucro líquido da empresa. 
• Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social –COFINS: 
É uma contribuição federal, de natureza tributária, incidente sobre a receita 
bruta da empresa. Em sua essência, é destinada a financiar a seguridade 
social (conjunto de ações públicas nas áreas da previdência, saúde pública 
e assistência social). A alíquota a ser paga pelas empresas tributadas pelo 
lucro real é em média de 7,6%, e de 3,0% para as demais. 
• Fundo de Garantia do Tempo de Serviço – FGTS: São valores 
recolhidos aos cofres públicos, mas que pertencem ao trabalhador. Os 
recursos do FGTS são destinados a aplicações nas áreas de habitação, 
saneamento e infraestrutura. São depósitos mensais que os empregadores 
depositam nas contas abertas na Caixa Econômica Federal, em nome dos 
seus empregados. A finalidade é dar suporte financeiro aos trabalhadores, 
 
8 
www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 
principalmente na hipótese de demissão sem justa causa, mas também em 
outras situações específicas. 
• Imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e 
prestações de serviços – ICMS: trata-se de Imposto Estadual, portanto, 
somente os Governos dos Estados e do Distrito Federal têm competência 
para instituí-lo. Os valores no país variam entre 7% e 27% dependendo do 
estado que o institui e da atividade econômica. Há uma reflexão contínua 
pelos órgãos reguladores deste tributo na intenção de unificar as alíquotas 
em território nacional para minimizar a guerra fiscal entre os estados da 
federação, na disputa por empreendimentos. 
• A Previdência Social é um seguro que garante a renda do contribuinte e 
de sua família, em casos de doença, acidente, gravidez, prisão, morte e 
velhice. É devido pelas empresas e trabalhadores ao Instituto Nacional do 
Seguro Social INSS e as alíquotas de contribuição são variáveis e 
dependem, em se tratando de empresas, de sua atividade econômica e o 
total bruto do salário dos trabalhadores contratados e, no caso dos 
trabalhadores, as alíquotas de contribuição variam de 8% a 11% por cento 
sobre o salário bruto. O INSS é o órgão responsável para o recebimento de 
contribuições. Também é responsável pelo pagamento de aposentadoria, 
pensão por morte, auxílio-doença, auxílio-acidente, entre outros benefícios 
previstos em lei. 
• Imposto sobre Produto Industrializado – IPI: Conforme a 
Constituição, trata-se de imposto federal, portanto somente a União tem 
competência para instituir tal imposto. De acordo com o texto legal fato 
gerador do IPI ocorre em dois momentos distintos: 
a) Na importação dos produtos industrializados fora do país o fato gerador 
acontece no momento do desembaraço aduaneiro do produto 
importado, e 
b) Na operação interna dos produtos industrializados no país - com a saída 
do produto industrializado do estabelecimento industrial, ou equiparado 
a industrial. 
• Imposto de Renda da Pessoa Jurídica – IRPJ: São contribuintes 
deste imposto as pessoas jurídicas e as equiparadas. As disposições 
tributárias do IR aplicam-se a todas as firmas e sociedades, registradas ou 
 
9 
www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 
não. As Pessoas Jurídicas, por opção ou por determinação legal, são 
tributadas por uma das seguintes formas: Sistema Simplificado – Simples 
Nacional, Lucro Presumido, Lucro Real e Lucro Arbitrado, e para cada uma 
destas formas há uma fórmula de cálculo, bem como aplicação de alíquotas 
que variamconforme o ramo de atividade. 
• Imposto sobre serviços de qualquer natureza – ISS: O ISSQN é 
regido pela Lei Complementar Federal 116/2003 e legislação específica de 
cada prefeitura municipal. É de competência dos Municípios e do Distrito 
Federal e tem como fato gerador a prestação de serviços. As alíquotas são 
variáveis, conforme a legislação do Estado. Em Campo Grande, Mato 
Grosso do Sul, a alíquota devida é de 5%. Neste caso, o contribuinte é o 
prestador de serviço. 
• Programa de Integração Social – PIS: Foi criado por lei com a 
finalidade de promover a integração do emprego na vida e no 
desenvolvimento das empresas, viabilizando melhorar a distribuição da 
renda nacional. Trata-se da contribuição social de natureza tributária, 
devida pelas pessoas jurídicas, com objetivo de financiar o pagamento do 
seguro de desemprego e do abono para os trabalhadores que ganham até 
dois salários mínimos. Incide sobre a receita total, a alíquota é de 1,65% 
para os que optam pelo Lucro Real, e de 0,65% para as empresas que 
optarem pelo Lucro Presumido e nas retenções de NF. 
• Simples Nacional: É um regime tributário específico para 
microempresas e empresas de pequeno porte, diferenciado, simplificado 
previsto por lei. As empresas enquadradas no regime tributário do simples 
nacional pagam impostos Federais, Estaduais e Municipais de forma 
agrupada em alíquota única, que o ente tributário federal repassa para os 
outros agentes. Ocorre que não são todos os tipos de empresa que podem 
aderir a este sistema de tributação, sendo pré-requisitos o faturamento 
anual e o ramo de atividade. Os tributos inclusos no Simples Federal são: 
ISSQN, ICMS, IRPJ, CSLL, IPI, PIS, COFINS e INSS devido pelo 
empregador. 
 
Além das obrigações principais de recolher os tributos incidentes sobre sua 
atividade, os empreendimentos ainda têm de cumprir com as obrigações tributárias 
 
10 
www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 
acessórias1 impostas em função de sua atividade e estrutura empresarial, estas 
obrigações quando não cumpridas oneram a empresa de forma significativa. Além 
de outros neste mesmo parâmetro, tais como: 
• Contribuição Sindical dos Empregados: Incide sobre o salário dos 
empregados, e a empresa tem a obrigatoriedade de reter na folha de 
pagamento; este tipo de contribuição não onera a empresa quanto à 
obrigação principal, mas em relação ao fato de que a obrigação de reter e 
repassar está a cargo da entidade que paga (ou deveria pagar) para que o 
contador faça os procedimentos adequados. A Constituição Federal prevê 
que as categorias econômicas, profissionais ou liberais devem fazer a 
contribuição sindical. 
• Imposto de Renda Retido na Fonte – IRRF: o contribuinte deve 
preparar anualmente a declaração de todos os rendimentos recebidos no 
ano anterior, e estes valores serão homologados pelas autoridades 
tributárias. A alíquota varia em média de 15% a 27,5% sobre os rendimentos 
recebidos. 
 
1.2 Micro e pequena empresa 
 
Julien et al (1994), expõe alguns critérios para definir uma micro e uma 
pequena empresa: 
• Tamanho reduzido (número de empregados, faturamento). 
• Baixa especialização (diretores, empregados, equipamentos). 
• Centralização da administração. 
• Estratégia intuitiva ou pouco formalizada. 
• Sistema de informação interna pouco completo ou pouco organizado. 
• Adaptação às mutações da economia: maior segmentação dos 
mercados. 
Para Davis (1995) (apud BEZERRA, 2001), uma pequena empresa é 
caracterizada por ser gerida pelo seu proprietário, por possuir poucos empregados, 
ou poucos produtos ou linhas de produção, baixo capital de giro, baixas despesas, 
pequena área de atuação, conhecimento limitado de tecnologia. 
 
1 São obrigações as quais os empreendimentos estão obrigados a cumprir, para facilitar a ação 
fiscalizadora do Estado. Exemplo: Declaração do Imposto de renda, Declaração do Imposto Retido 
na Fonte, etc. 
 
11 
www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 
Leone (1999), explica que as micro e pequenas empresas trabalham com 
especificidades organizacionais, pois possuem estrutura organizacional simples. 
Essas empresas, em sua maioria, trabalham a gestão na figura do proprietário-
dirigente. O cliente pode discutir diretamente com o proprietário da empresa sobre 
preço, produto, participação; essa última pode 
envolver também os funcionários que 
conseguem argumentar e conversar com o 
dirigente. O empresário toma decisões de acordo 
com sua experiência, baseado no julgamento e 
intuição. A figura do proprietário, pessoa física, 
se confunde com a pessoa jurídica. 
Fonte: http://migre.me/gCWIo 
Para Cossentino (2005), as características que geram dificuldades para as 
micro e pequenas empresas são: 
• Pessoal mal qualificado para padrões mais elevados de tecnologia e 
gestão. 
• Fragilidade financeira derivada do autofinanciamento e recursos de curto 
prazo. 
• Fracas conexões de P&D. 
• Falta de suporte para a internacionalização. 
Em função das características descritas pelos autores citados, o tratamento 
diferenciado das microempresas e empresas de pequeno porte está previsto desde 
1988, na Constituição Federal do Brasil. Este tratamento diferenciado inclui o 
tratamento tributário, legal, fiscal e outros aplicáveis às MEs e EPPs viabilizando o 
empreendimento destes, permitindo-lhes atuarem no mercado de forma mais 
adequada e com competitividade. 
O tratamento diferenciado não isenta as MEs de suas obrigações jurídicas 
(formalização), fiscais principais (recolher impostos) ou fiscais acessórias (declarar 
aos entes fiscalizadores) e outros compromissos e agendas que devem cumprir 
para permanecer e gozar dos benefícios concedidos pelo Estatuto. 
Conforme texto da Lei 123/2006, consideram-se microempresas ou 
empresas de pequeno porte a sociedade empresária, a sociedade simples, a 
empresa individual de responsabilidade limitada, e o empresário a que se refere o 
art. 966 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), devidamente 
 
12 
www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 
registrados no Registro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas 
Jurídicas, conforme o caso, desde que, no caso das microempresas, aufira, em 
cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00 (trezentos e 
sessenta mil reais); e no caso das empresas de pequeno porte, aufira, em cada 
ano-calendário, receita bruta superior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil 
reais) e igual ou inferior a R$ 4.800.000,00 (quatro milhões e oitocentos mil reais). 
Esta lei, para surtir os efeitos desejados, possui um Comitê Gestor que tem a 
incumbência de fazer dar certo esta legislação, em função de que no Brasil as micro 
e pequenas empresas, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - 
IBGE, representam 67% do pessoal ocupado, 20% do PIB Nacional e 99% das 
empresas de comércio, indústria e serviços do País2. 
Uma empresa não pertence somente a seus sócios ou acionistas. A forma 
como conduz seus negócios se reflete no desenvolvimento econômico e social da 
empresa, bem como da comunidade onde está inserida. 
 
Exercício 1 
 
1. Sobre margem de contribuição, é correto afirmar que: 
a) É o mesmo que o lucro variável unitário do produto, deduzido dos custos e 
despesas variáveis necessários para produzir e vender o produto. 
b) É resultado do valor dos custos fixos menos o custo variável, menos os custos 
fixos e menos as despesas fixas. 
c) É o mesmo que receita operacional menos custos fixos e custos variáveis. 
d) É o mesmo que matéria-prima menos custos fixos e variáveis. 
 
2. A grande maioria dos autores define a MPE – Micro e Pequena Empresa 
como: 
a) Uma pequena empresa possui trabalho de familiares, organização rudimentar e 
pertence a grupos financeiros. 
b) Uma pequena empresa possui Administração especializada, não tem produção 
em escala, trabalho de familiares.c) Uma pequena empresa não pertence a grupos financeiros, não possui 
administração especializada e não tem produção em escala. 
d) Uma pequena empresa confecciona todos os relatórios econômicos e 
financeiros indicadores nas normas brasileiras de contabilidade. 
 
2 Informação retirada do curso simples nacional disponibilizado pela Receita Federal do Brasil, item 
“saiba mais”. 
 
13 
www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 
e) Uma pequena empresa geralmente possui mais que 50 funcionários. 
 
3. “Os gastos que ocorrerão em função da prestação dos serviços de uma 
empresa, ou da aquisição de algum produto para comercialização aos 
clientes. Ex.: custo dos produtos que comercializar, pagamento de 
profissionais especializados”. O enunciado anterior refere-se a: 
a) Custo fixo. 
b) Custo variável. 
c) Margem de contribuição. 
d) Lucro. 
e) Ponto de equilíbrio. 
 
 
 
14 
www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 
UNIDADE 2 - NOÇÕES BÁSICAS DE CONTABILIDADE 
 
A contabilidade tem sido conceituada por diversos autores de forma mais 
diversificada e de acordo com a base teórica e escola de formação de cada 
pesquisador. Alguns a conceituam como arte, outros como técnica e outros ainda 
como sistemas de informação, como anunciou o Instituto Brasileiro de Contabilidade 
IBRACON. De acordo com este órgão “A Contabilidade é, objetivamente, um 
sistema de informação e avaliação destinado a prover seus usuários de 
demonstrações e análises de natureza econômica, financeira, física e de 
produtividade, com relação à entidade objeto de contabilização”. 
Esta afirmação gerou um intenso movimento de estudiosos e teóricos da 
contabilidade que por meio de argumentação lógica, científica e sólida, 
demonstraram cientificidade da contabilidade. Nada como um bom debate para 
aprofundar e ampliar as pesquisas em qualquer área da ciência. Para Franco 
(1996), é a “ciência que estuda, controla e interpreta os fatos ocorridos no 
patrimônio das entidades, mediante o registro, a demonstração expositiva e a 
revelação desses fatos, com o fim de oferecer informações sobre a composição do 
patrimônio, suas variações e o resultado econômico decorrente da gestão da 
riqueza patrimonial”. 
Esta ciência é hoje reconhecida pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento 
Científico e Tecnológico (CNPq) como ciência da grande área da administração. 
Porém, este reconhecimento não deu fim às discussões acerca da ciência contábil 
(seus objetivos, o alcance, a finalidade), que tem evoluído gradualmente como 
ciência em todos os países e mais lentamente no Brasil. 
O movimento de Convergência das normas Brasileiras de Contabilidade às 
Normas Internacionais foi outro momento de grande proficuidade da ciência contábil 
no Brasil. 
As mudanças que estão ocorrendo foram e estão sendo objeto de amplo 
debate e da colaboração dos diversos entes e usuários da contabilidade no Brasil, 
em função da atual revisão do Conceptual Framework, pelo International Account 
Standard Board IASB, órgão internacional que emite as normas de contabilidade. 
O IASB não utiliza a palavra “PRINCÍPIOS” e sugere “uma linha sequencial 
relativamente completa no que diz respeito à Teoria da Contabilidade aplicada ao 
processo normativo.” Desta forma, com as mudanças, leva-se em conta sempre a 
 
15 
www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 
essência econômica do fato referente aos negócios, aplicáveis a quaisquer 
entidades em detrimento da forma legal e/ou normativa. 
Após ampla discussão, o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) e a 
Comissão de Valores Mobiliários (CVM) divulgaram o “Pronunciamento Conceitual. 
 
2.1 Conceito de Contabilidade 
 
A contabilidade no Brasil até 2005 era apenas normativa legal. A 
globalização do capital gerou a necessidade de uma Contabilidade supranacional 
que fosse além das normas domésticas do país de origem da empresa, mas que 
fosse capaz de dar conta da necessidade de informação fidedigna para os usuários 
externos de seus relatórios contábeis, visto que para a tomada de decisão interna 
os usuários têm acesso privilegiado, mas os investidores externos não possuem 
esse privilégio. Por essa razão o Brasil aderiu às normas Internacionais, ao IFRS e 
para isso se faz necessário entender a estrutura conceitual que embasa a 
elaboração destes relatórios contábeis internacionais. 
A estrutura conceitual para elaboração do relatório contábil financeiro não é 
um pronunciamento técnico propriamente dito e não define normas para questão 
específica de mensuração ou divulgação; nada contido na Estrutura Conceitual 
substitui qualquer pronunciamento específico. É importante ressaltar que nos casos 
em que houver um conflito entre a Estrutura Conceitual e uma IFRS específica, 
essa última deve prevalecer sobre os requisitos da Estrutura Conceitual. A estrutura 
conceitual define o foco das demonstrações elaboradas com base nas normas 
emanadas do IFRS para investidores e credores. Outros tipos de usuários, apesar 
de poderem se utilizar dessas informações, não constituem seu foco específico. 
Para atingir os objetivos, a norma contábil destaca as características 
qualitativas que devem permear as demonstrações contábeis financeiras de 
propósito geral. Entre estas características estão: 
• as características qualitativas fundamentais que são a característica 
da relevância da informação e a característica da representação 
fidedigna dos eventos econômicos que impactam o patrimônio das 
entidades; e 
 
16 
www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 
• as características qualitativas de melhoria que permitam a 
Comparabilidade, verificabilidade, tempestividade e 
compreensibilidade dos relatórios contábeis financeiros. 
 
Em função destas políticas contábeis, no Brasil vamos levar em conta o que 
versa a Lei 6404/1976 que dispõe sobre as sociedades por ações, texto atualizado, 
sobre a estrutura e apresentação dos relatórios contábeis e financeiros. Na seção II 
sobre demonstrações financeiras a legislação informa quais relatórios são de 
elaboração e publicação obrigatória e qual o período de deve ser elaborado. 
 
Art. 176. Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, 
com base na escrituração mercantil da companhia, as seguintes 
demonstrações financeiras, que deverão exprimir com clareza a 
situação do patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no 
exercício: 
I - balanço patrimonial; 
II - demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados; 
III - demonstração do resultado do exercício; e 
IV – demonstração dos fluxos de caixa; e (Redação dada pela Lei nº 
11.638, de 2007) 
V – se companhia aberta, demonstração do valor adicionado. 
(Incluído pela Lei nº 11.638, de 2007) 
 
Os três primeiros relatórios são obrigatórios para todas as empresas, 
independente de seu porte, os cinco relatórios são obrigatórios para empresas de 
grande porte e as sociedades anônimas o § 6o identifica quem está isento da 
elaboração da DFC “a companhia fechada com patrimônio líquido, na data do 
balanço, inferior a R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais) não será obrigada à 
elaboração e publicação da demonstração dos fluxos de caixa. (Redação dada pela 
Lei nº 11.638, de 2007) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dica de leitura 
O artigo 176 é extenso e sua leitura é importante para o empresário e também 
para quem se dispõe a estudar contabilidade. 
Leia o artigo, disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-
2010/2007/lei/l11638.htm>. Acesso em: 04 set. 2021. 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11638.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11638.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11638.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11638.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11638.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/l11638.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/l11638.htm
 
17 
www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 
Perceba que no Brasil, hoje, a contabilidade atende à legislação doméstica e 
à supranacional em função do processo de convergência às normas do IASB o 
IFRS. Alguns pesquisadores da área contábil como Ribeiro (2018), conceitua 
contabilidade como [...] ciência social que tem por objeto o patrimônio das entidades 
econômico-administrativas. Seu objetivo principal é controlar o patrimônio das 
entidades em decorrência de suas variações. 
Iudícibus (1994), complementa informando que a contabilidade desempenha 
ao longo do tempo o mesmo papel que tem a história no desenvolver da vida da 
humanidade. É a contabilidade através de seus registros que faz com que se 
conheça o passado e o presente da situação econômica da entidade, bem como 
este registro representa as possibilidades de orientações de planos futuros da 
organização. 
O IASB sugere que aprendamos a entender a Demonstração da Posição 
Financeira que, para os profissionais que trabalham com contabilidade no Brasil, se 
refere ao Balanço Patrimonial, não apenas de maneira retrospectiva, mas também 
prospectiva. Como? Por exemplo, na conta caixa nos informa do valor disponível 
para pagar os passivos, a conta cliente vai gerar fluxo de caixa futuro no momento 
do recebimento, a mesma coisa podemos dizer do estoque para comercialização, 
vai gerar benefícios futuros, no mínimo, pelo valor registrado naquele momento no 
Balanço Patrimonial. 
Por esta razão, as demonstrações contábeis devem ser elaboradas levando-
se em conta o regime de competência, porque permite a prospecção e têm também 
como princípio a continuidade da empresa. Se houver incerteza sobre a capacidade 
da empresa de operar continuamente, todas as bases contábeis irão mudar, por 
exemplo, num processo de falência o valor dos ativos e passivos podem ser 
negociados e será necessária uma divulgação bastante extensa e explicativa. 
As empresas, de maneira geral, têm receita e despesas constantes 
durante os meses do ano, e a apuração desse resultado informará se neste 
período houve lucros ou prejuízos. Se as receitas do período são maiores que 
as despesas, haverá lucro, se ocorrer o inverso, despesas maiores que receitas, 
haverá prejuízo. 
 
 
 
 
18 
www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 
2.2 Ramos da Contabilidade 
Hiroshi (1998), relaciona os ramos da contabilidade mais utilizados: 
• Contabilidade Financeira, na qual utiliza as técnicas e procedimentos 
contábeis para elaboração de demonstrações contábeis; relatórios 
financeiros. 
• Contabilidade Fiscal ou de escritório, onde são verificadas rotinas 
técnicas de departamento de pessoal, apuração de impostos e 
contribuições sociais, exigências para apresentações de guias aos 
respectivos órgãos públicos. 
• Contabilidade Governamental: abrange o mercado restrito ao registro e 
interpretação de fenômenos relacionados ao direito público nas esferas 
do Governo Federal, Estadual e Municipal. 
• Contabilidade Rural: utiliza procedimentos diferenciados da 
contabilidade, exclusivos da atividade rural. 
• Contabilidade Internacional: faz-se a contabilização de empresas 
estrangeiras, trabalhando com conversão de moedas, harmonização de 
normas e procedimentos entre os países envolvidos; 
• Contabilidade Bancária: contabilização das elaborações financeiras 
relativas a instituições financeiras e de crédito; 
• Contabilidade Imobiliária trabalha itens relacionados à elaboração de 
demonstrações financeiras exclusivas deste ramo de atividade. 
• Auditoria tem a função de emitir parecer sobre a posição financeira da 
empresa, de acordo com os princípios de contabilidade geralmente 
aceitos. 
• Perícia: cabe ao profissional obter prova e orientar uma autoridade 
formal no julgamento de um fato. 
• Contabilidade Social: busca agregar valor às ações da empresa, 
apresentando dados sociais, a partir dos quais foi criado o balanço social. 
• Contabilidade Gerencial: Segundo Iudícibus (2020), na contabilidade 
gerencial são conferidas várias técnicas e procedimentos contábeis já 
conhecidos e tratados na contabilidade financeira, na contabilidade de 
custos, na análise financeira e de balanços, etc., colocados em outra 
perspectiva. Em um grau de detalhe mais analítico ou numa forma de 
apresentação e classificação diferenciada, de maneira a auxiliar os 
 
19 
www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 
gerentes das entidades em seu processo decisório. Quando se fala em 
contabilidade gerencial se fala em contabilidade para tomada de decisão. 
 Para este autor, a contabilidade gerencial deve utilizar outros campos 
de conhecimento não circunscritos à contabilidade. Deve aproveitar 
conceitos da administração da produção, da estrutura organizacional, 
bem como da administração financeira, campo mais amplo, no qual se 
situa toda a contabilidade empresarial. Pode-se afirmar que todo 
procedimento, técnica, informação ou relatório contábil feito “sob medida” 
para que a administração possa tomar uma decisão segura sobre os 
rumos da empresa, se trata de um ato da contabilidade gerencial. 
Segundo Franco (2010), o conjunto dos acontecimentos verificados na 
entidade, sejam fatos contábeis, ou meramente atos administrativos, são chamados 
de gestão. Essa pode ser medida por períodos de tempo, que denominamos de 
períodos administrativos. 
Segundo Crepaldi (2019), a informação contábil tem que ser: 
 
Confiável. Os trabalhos elaborados pela Contabilidade devem 
inspirar confiança, a tal ponto que o usuário da informação tenha 
segurança nas informações fornecidas. 
Ágil. Pode-se elaborar um belo trabalho contábil, mas se o mesmo 
não for apresentado em tempo hábil para ser usufruído, a 
informação perde o sentido, principalmente em países com 
economia instável. 
Elucidativa. Cada usuário da informação tem um grau de 
conhecimento; identificá-lo é primordial para que os trabalhos sejam 
elucidativos. 
Fonte para tomada de decisões. Nenhuma decisão que envolva 
negócios é tomada a esmo, pois está em jogo o Patrimônio, que não 
se constituiu de maneira tranquila; assim, quem controla o 
Patrimônio tem obrigação de gerar alicerce para decisão. 
 
A contabilidade, como ciência do patrimônio que possui como objeto principal 
o patrimônio e sua evolução e como objetivo acompanhar a criação e evolução da 
riqueza gerada por um empreendimento, tem a responsabilidade de evidenciar essa 
evolução de maneira mais fidedigna possível para os gestores do empreendimento, 
responsáveis pela tomada de decisão interna e também para seus financiadores 
externos que precisam destes dados para decidir, por exemplo, como e quando 
comprar ou vender ações da empresa, quando conceder ou não conceder crédito, 
etc. 
 
20 
www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 
Hendrich e Van Breda (2010), explicam que a contabilidade evolui à medida 
que a sociedade evolui, e por essa razão as diferenças regionais em relação às 
especificidades de cada cultura. 
 
 
Exercício 2 
 
1. Analise os enunciados a seguir: 
I. A contabilidade é a ciência social que tem por objetivo medir, para poder 
informar, os aspectos quantitativos e qualitativos do patrimônio de quaisquer 
entidades. 
II. A contabilidade é a ciência que estuda e controla o patrimônio, por meio da 
coleta de dados, do registro, da consolidação de informações e da divulgação 
destas em relatórios, tendo como finalidade a produção de subsídios para a 
tomada de decisões. 
a) Apenas o enunciado I está correto. 
b) Apenas o enunciado II está correto. 
c) Todos os enunciados estão corretos. 
d) Nenhum enunciado está correto. 
 
2. Assinale a alternativa que apresente apenas Demonstrações Contábeis: 
a) Diário, Balanço Patrimonial e Notas Explicativas. 
b) Notas Explicativas, Demonstração de Resultado do Exercício e Razão. 
 c) Balanço Patrimonial, Demonstração deResultado do Exercício e Demonstração 
dos Fluxos de Caixa. 
d) Registro de Termo de Ocorrências, Demonstração do Valor Adicionado e 
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido. 
 
3. Analise os enunciados e marque a alternativa correta: 
I. A contabilidade fiscal permite a verificação de rotinas obrigatórias e técnicas, seja 
em relação a documentos e informações aos organismos governamentais. 
II. Quando se fala em contabilidade gerencial se reporta a tomada de decisão. 
III. Contabilidade Governamental abrange o mercado restrito ao registro e 
interpretação de fenômenos relacionados ao direito público nas esferas das 
empresas privadas. 
a) Somente o enunciado I está correto. 
b) Somente o enunciado I e II estão corretos. 
c) Somente o enunciado III está correto. 
d) Todos os enunciados estão corretos. 
 
21 
www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 
UNIDADE 3 - DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS FINANCEIRAS 
 
No Brasil a Lei que versa sobre as sociedades por ação é a Lei 6.404 de 
1976, que quando aprovada foi um grande avanço para a contabilidade no Brasil, 
mas que permaneceu muito tempo atrelada às questões tributárias domésticas. 
O que viabilizou esse imenso movimento de transição das normas brasileiras 
de Contabilidade às Normas Internacionais foi a criação, pelo CFC em 07 de 
outubro de 2005 através da resolução CFC Nº 1.055, do Comitê de 
Pronunciamentos Contábeis – CPC, composto pelas seguintes entidades: 
• Associação Brasileira das Companhias Abertas – ABRASCA. 
• Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de 
Capitais - APIMEC NACIONAL. 
• Bolsa de Valores de São Paulo – BOVESPA. 
• Conselho Federal de Contabilidade – CFC. 
• Instituto dos Auditores Independentes do Brasil – IBRACON. 
• Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras - 
FIPECAFI. 
O CPC foi idealizado a partir da união de esforços e comunhão de objetivos 
de diversas entidades, portanto, não é uma tarefa isolada do CFC. Tem as 
seguintes características: autonomia das entidades representadas, deliberados por 
2/3 de seus membros; as seis entidades listadas acima compõem atualmente o 
CPC, mas futuramente outras entidades poderão vir a ser convidadas. 
Além dos 12 membros atuais, serão sempre convidados a participar 
representantes dos seguintes órgãos: 
• Banco Central do Brasil. 
• Comissão de Valores Mobiliários – CVM. 
• Secretaria da Receita Federal. 
• Superintendência de Seguros Privados - SUSEP. 
• Confederação Nacional da Indústria - CNI. 
• Federação Brasileira dos Bancos - FEBRABAN. 
 
Todas essas alterações sugeridas, vivenciadas e implementadas pelo CPC, 
foram antes de tudo resultado de estudos aprofundados como podemos verificar na 
leitura do texto. 
 
22 
www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 
O objeto da contabilidade, em quaisquer das normas legais ou institucionais, 
antigas ou atuais, não diverge da teoria patrimonial. Então, o objeto da 
contabilidade é o PATRIMÔNIO das entidades; e o objetivo mais intimamente ligado 
ao objeto é evidenciar, por meio da captação, registro e mensuração adequada dos 
eventos econômicos e financeiros que afetam o patrimônio desta entidade, esta 
mutação da forma mais fidedigna possível. 
E, neste movimento de capturar, registrar e mensurar os eventos, precisamos 
de um sistema contábil confiável e paramétrico, de acordo com as necessidades do 
empreendimento, e que gere demonstrações contábeis confiáveis. 
São demonstrações contábeis os relatórios técnicos emitidos por um sistema 
de contabilidade que têm a finalidade de evidenciar a situação contábil financeira e 
econômica de uma entidade em um determinado período, sem interromper o 
processo de continuidade do negócio. 
Um sistema contábil adequado deve estar parametrizado de acordo com a 
teoria contábil, com a metodologia das partidas dobradas, com as normas legais 
vigentes, sem gerar contradição ou choque entre elas, e deve permitir diferentes 
combinações de relatórios de acordo com as exigências dos usuários, como os 
demonstrativos tradicionais (fluxo de caixa, balanço, DRE, etc.) ou adicionais (custo 
por setor ou atividade, folha de pagamentos) e outros demonstrativos, legalmente 
obrigatórios ou não e que permitam observar a movimentação e/ou modificações no 
patrimônio da entidade. 
A Estrutura Conceitual para elaboração das Demonstrações Contábeis está 
disposta na Res. CFC 1.374/2011, de forma ampla e geral e deve ser considerada 
como base conceitual para os pronunciamentos que foram e virão a ser aprovados. 
O objetivo da estrutura conceitual é dar suporte para a elaboração dos relatórios 
contábeis-financeiros de forma mais fidedigna possível, para os investidores atuais 
e em potencial, outros interessados podem fazer uso destes relatórios, mas estes 
são elaborados essencialmente para os que concedem crédito ou têm interesse em 
ações das empresas. 
As demonstrações contábeis financeiras, inclusive as demonstrações 
contábeis consolidadas, são preparadas e apresentadas pelo menos uma vez ao 
término do ano civil e visam atender às necessidades comuns de informações de 
um grande número de usuários. Alguns desses usuários, especialmente os internos, 
talvez necessitem de informações e tenham o poder de obtê-las, além daquelas 
 
23 
www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 
contidas nas demonstrações contábeis. Muitos usuários, todavia, têm de confiar nas 
demonstrações contábeis como a principal fonte de informações financeiras. 
De acordo com os princípios e normas contábeis, tais demonstrações, 
portanto, devem ser preparadas e apresentadas tendo em vista essas 
necessidades. Estão fora do alcance desta Estrutura Conceitual informações 
financeiras elaboradas para fins especiais, como, por exemplo, aquelas incluídas 
em prospectos para lançamentos de ações no mercado e/ou elaboradas 
exclusivamente para fins fiscais. Não obstante, a Estrutura Conceitual pode ser 
aplicada na preparação dessas demonstrações para fins especiais, quando as 
exigências de tais demonstrações o permitirem. 
A Estrutura Conceitual – EC é aplicável para a preparação das 
demonstrações contábeis financeiras de todas as entidades e de diversas áreas de 
negócio. São entidades para as quais existem usuários que se apoiam em suas 
demonstrações contábeis como fonte principal de informações patrimoniais e 
financeiras sobre a entidade. 
A Administração também está interessada nas informações contidas nas 
demonstrações contábeis, embora tenha acesso a informações adicionais que 
contribuem para o desempenho das suas responsabilidades de planejamento, 
tomada de decisões e controle. A Administração tem o poder de estabelecer a 
forma e o conteúdo de tais informações adicionais a fim de atender às suas próprias 
necessidades. A forma de divulgação de tais informações, entretanto, está fora do 
alcance desta Estrutura Conceitual. Não obstante, as demonstrações contábeis 
divulgadas são baseadas em informações utilizadas pela Administração sobre a 
posição patrimonial e financeira, o desempenho e as mutações na posição 
financeira da entidade. 
O texto da estrutura conceitual para a elaboração das demonstrações 
contábeis, disposta na Res. CFC 1.374/2011, enfatiza a necessidade de divulgação 
da mesma para inserir os profissionais interessados na área contábil e dos negócios 
no contexto das atualizações e mudanças de postura frente ao mercado e clientes. 
Vamos abordar alguns itens da ESTRUTURA CONCEITUAL que julgamos 
relevantes, de forma detalhada e nos reportaremos a ela apenas como Estrutura 
Conceitual - EC no lugar de Res. CFC 1.374/2011. 
A Estrutura Conceitual aborda ainda: 
• O objetivo das demonstrações contábeis; 
 
24 
www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 
• as características qualitativas que determinam a utilidade das 
informações contidas nas demonstrações contábeis; 
• a definição,o reconhecimento e a mensuração dos elementos que 
compõem as demonstrações contábeis; e 
• os conceitos de capital e de manutenção do capital. 
Sugerimos que amplie conhecimento acerca da estrutura conceitual3 para 
elaboração dos relatórios contábeis-financeiros, disponíveis no link em nota de 
rodapé. 
Lembrando que a nova redação dada pela Lei 11.638 de 2007, o art. 176 da 
lei 6.404/76 passou a vigorar da seguinte forma: 
 
Art. 176. Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, 
com base na escrituração mercantil da companhia, as seguintes 
demonstrações financeiras, que deverão exprimir com clareza a 
situação do patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no 
exercício: 
I. Balanço patrimonial; 
II. Demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados; 
III. Demonstração do resultado do exercício; e 
IV. Demonstração dos fluxos de caixa; e (Redação dada pela Lei nº 
11.638, de 2007) 
 V. Se companhia aberta, demonstração do valor adicionado. 
(Incluído pela Lei nº 11.638, de 2007) 
 
Os ajustes que aconteceram no texto legal têm a intenção de atender às 
necessidades das empresas, empresários e contadores, permitindo uma 
contabilidade supranacional que evidencie de forma adequada os impactos dos 
eventos econômicos das empresas, e foi viável essa separação da contabilidade 
fiscal com a contabilidade societária porque a Receita Federal do Brasil criou outros 
mecanismos de controle do lucro tributável. 
 
3.1 Alterações contábeis 
 
Algumas destas alterações estão aqui apresentadas, mas, para conferir a 
referida lei acesse o texto na íntegra4. 
 
 
3 http://www.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=2011/001374 
4 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6404consol.htm 
 
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11638.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11638.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11638.htm#art1
http://www.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=2011/001374
http://www.planalto.gov.br/
 
25 
www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 
3.1.1 Substituição da demonstração das origens e aplicações de recursos 
(DOAR), pela demonstração do fluxo de caixa (art. 176, IV). 
 
A companhia fechada não será obrigada a apresentar a DFC se na data do 
balanço apresentar um Patrimônio Líquido inferior a dois milhões de reais. 
As sociedades anônimas devem publicar a Demonstração do Valor 
Adicionado - DVA. Ainda segundo a Lei 11.638/2007, “As sociedades anônimas 
de capital fechado deverão publicar as demonstrações de fluxo de caixa e, se for 
sociedade anônima de capital aberto, além da demonstração de fluxo de 
caixa, deverá publicar a demonstração do valor adicionado que, de acordo com as 
Normas Brasileiras de Contabilidade, é a demonstração do valor adicionado, 
demonstração contábil destinada a evidenciar, de forma concisa, os dados e as 
informações do valor da riqueza gerada em determinado período e sua distribuição.” 
Nota importante é que apenas no Brasil a elaboração e divulgação da 
Demonstração de Valor Adicionado são obrigatórias, em outros países ela é 
opcional, então não temos uma norma internacional (IFRS) específica para este 
relatório. 
Os artigos 183, 184 e 187 definem e alteram critérios de avaliações de ativos, 
de passivos e o que deve figurar na demonstração de resultado do exercício. 
O artigo 188 define o que deve indicar a DFC e a DVA: 
 
3.1.2 Demonstração do Fluxo de Caixa e Demonstração do Valor Adicionado 
 
Art. 188. As demonstrações referidas nos incisos IV e V do caput do 
art. 176 desta Lei indicarão, no mínimo: 
I – demonstração dos fluxos de caixa – as alterações ocorridas, 
durante o exercício, no saldo de caixa e equivalentes de caixa, 
segregando-se essas alterações em, no mínimo, 3 (três) fluxos: 
a) das operações; 
b) dos financiamentos; e 
c) dos investimentos; 
II – demonstração do valor adicionado – o valor da riqueza gerada 
pela companhia, a sua distribuição entre os elementos que 
contribuíram para a geração dessa riqueza, tais como empregados, 
financiadores, acionistas, governo e outros, bem como a parcela da 
riqueza não distribuída. 
 
As grandes modificações foram introduzidas pela Lei 11.638/2007 e pela Lei 
11.941/2009, que possui uma introdução longa porque altera dispositivos de vários 
textos legais. Vamos destacar aqui as que alteram as demonstrações contábeis. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6404consol.htm#art188
 
26 
www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 
A Lei 11.941/20095 instituiu várias alterações. Neste material vamos verificar 
apenas alguns artigos da Lei 11.941/2009, aquela que afeta diretamente a estrutura 
dos relatórios contábeis-financeiros. De acordo com o artigo 37 A Lei no 6.404, de 
15 de dezembro de 1976, passa a vigorar com as seguintes alterações: 
 
Art. 178. ....................................................................... 
§ 1o ................................................................................ 
I – ativo circulante; e 
II – ativo não circulante, composto por ativo realizável a longo prazo, 
investimentos, imobilizado e intangível. 
§ 2o .............................................................................. 
I – passivo circulante; 
II – passivo não circulante; e 
III – patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas de 
capital, ajustes de avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações 
em tesouraria e prejuízos acumulados. 
 
Sugerimos a leitura do artigo 34 na íntegra no link disposta em nota de 
rodapé. 
 
3.2 Estrutura do balanço Patrimonial 
 
Veja abaixo a ilustração de como ficou a estrutura dos grandes grupos do 
balanço patrimonial atualizado. 
Quadro 1 – Estrutura do Balanço Patrimonial 
 BALANÇO PATRIMONIAL 
Ativo Passivo 
• Ativo Circulante 
 
• Ativo Não Circulante 
 Realizável a longo prazo
 
 Investimentos 
 Imobilizado 
 Intangível 
• Passivo Circulante 
 
• Passivo não Circulante 
 
 
• Patrimônio Líquido 
Capital Social 
Reservas de Capital 
Ajustes de Avaliação 
Patrimonial 
Reservas de Lucros 
Ações em Tesouraria 
Prejuízos Acumulados 
 
Total do Ativo Total do Passivo 
 
5 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2009/Lei/L11941.htm 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6404consol.htm#art178§1i.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6404consol.htm#art178§2i.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2009/Lei/L11941.htm
 
27 
www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 
O Art. 178 da Lei 6.404/76 (Lei das Sociedades por ações) define a 
sequência de apresentação dos elementos patrimoniais. 
 
§ 1º No ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de 
grau de liquidez dos elementos nelas registrados, nos seguintes 
grupos: I) Ativo circulante; II) Ativo não circulante, composto por 
ativo realizável a longo prazo, investimentos, imobilizado e 
intangível. 
 
Entende-se por grau de liquidez a possibilidade de transformar o bem ou 
direito em dinheiro mais rapidamente, por isso a conta caixa, é o primeiro a 
aparecer, pois tem livre movimentação, ou podemos dizer liquidez imediata: a 
qualquer momento, a empresa pode utilizar esse dinheiro, que é a mesma situação 
que ocorre com a conta bancos. 
Comparando as contas de duplicatas a receber ou conta cliente com a conta 
caixa, percebe-se que as mesmas têm capacidade de liquidez menor, pois 
corremos o risco de não recebê-las. Assim, quanto maior for o tempo para 
transformar este bem em dinheiro menor será o grau de liquidez. E é desta forma 
que são classificados no balanço, do maior grau de liquidez, ou capacidade de 
transformar em dinheiro mais rapidamente, até o menor grau de liquidez. 
Perceba que no Brasil está determinada a disposição das contas, em ordem 
decrescente de grau de liquidez, enquanto que a norma internacional é mais flexível 
em relação à disposição, porquenão define como devem ser apresentadas desde 
que estas sejam fidedignas, claras e transparentes, tanto que os países europeus 
elaboram o Balanço Patrimonial em ordem crescente de grau de liquidez. 
Recentemente revisada pelo IASB a IAS1 altera a nomenclatura do Balanço 
Patrimonial para Demonstração da Posição Financeira por que essa 
nomenclatura reflete de forma mais adequada este relatório, mas não proíbe quem 
queira continuar utilizando “Balanço Patrimonial”. Outra flexibilidade da norma é a 
classificação dos ativos e passivos que no Brasil é intitulado de Circulante e Não 
Circulante, na norma internacional, os Ativos e Passivos são nomeados de Ativos 
Correntes a Ativos Não Correntes; Passivos Correntes e Não Correntes. 
 
3.2.1 Ativo 
 
Veja abaixo os itens que compõem o Ativo: 
 
 
28 
www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 
ATIVO CIRCULANTE 
Ainda, segundo a Lei 6.404/76, no ativo circulante constam as 
disponibilidades, os bens e direitos da empresa realizáveis no decorrer do exercício 
social (dentro do mesmo ano) e no decorrer do exercício seguinte (até 360 dias) ao 
do fechamento do balanço. 
Neste grupo são considerados os investimentos de curto prazo: 
Nas disponibilidades temos: 
• Caixa: No Caixa fica o dinheiro à disposição da empresa para 
pagamentos. 
• Bancos conta movimento: Nos depósitos em banco ficam os valores à 
vista, bem como as aplicações financeiras de liquidez imediata. 
• Duplicatas a Receber (também podem ser chamadas de Clientes): 
Trata-se da situação em que ocorreram vendas a prazo, que ainda não 
foram recebidas pela empresa. 
• Provisão para créditos de liquidação duvidosa: Situação em que é 
efetuada uma previsão ou suposição de que alguns destes clientes não irão 
pagar suas dívidas. Pode-se observar em diversos balanços que a provisão 
é deduzida da conta duplicatas a receber. Deve ser calculado com base 
nos saldos das contas que registram direitos provenientes de vendas a 
prazo de mercadorias e serviços. Este percentual resulta em estudos 
efetuados pela própria empresa, com base na inadimplência frequente. 
Antes da convergência tínhamos no ativo circulante outra conta retificadora 
do grupo clientes ou duplicatas a receber, o grupo de duplicatas descontadas que, 
para atender a natureza econômica do evento (empréstimos contraídos com 
garantia das duplicatas) passou a figurar no grupo dos passivos circulantes. 
• Estoques: Onde estão as mercadorias para revenda (em empresas 
comerciais) e as matérias-primas in natura. 
• Despesas do exercício seguinte: Segundo a Lei 6.404/76, são 
despesas cujos benefícios serão desfrutados no próximo exercício, tais 
como: prêmios de seguro a vencer. 
Basicamente são estes os grupos do ativo circulante que deverão ser 
parametrizados de acordo com a atividade, porte e necessidade de cada 
empreendimento. 
 
 
29 
www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 
ATIVO NÃO CIRCULANTE 
O ativo não circulante ou não corrente são todos os outros ativos que não se 
enquadram na classificação de circulante ou corrente, na legislação brasileira este 
grupo é composto por ativo realizável a longo prazo, investimentos, imobilizado e 
intangível. 
 
Ativo Realizável a Longo Prazo 
Ainda segundo a Lei 6.404/76, neste grupo estão os direitos realizáveis após 
o exercício seguinte ao do fechamento do balanço, ou seja, superior a 360 dias. 
Neste grupo estão inclusos os clientes, bem como outros créditos, como 
investimentos de longo prazo, aplicações de recursos com prazo superior a 360 
dias, que serão recebidos no exercício social seguinte. 
Relembrando que quando se diz a curto prazo, considera-se em 
contabilidade os eventos que acontecem dentro do exercício social em curso 
porque estes se referem a 360 dias após a última apuração e fechamento do último 
exercício social do empreendimento. E longo prazo se refere a eventos vincendos 
após os 360 dias do fechamento do último balanço social. Ilustrando: Como no 
Brasil o ano fiscal coincide com o ano civil de 31 de dezembro de cada ano, a 
classificação do circulante/corrente ou curto prazo se refere a todos os eventos. Por 
exemplo, se os eventos acontecem dentro do exercício social em curso de xx13, o 
último relatório contábil apurado, fechado e publicado foi em de 31 de dezembro de 
xx12. Longo prazo se refere a todos os outros eventos vincendos após esta data. 
• Investimentos: São as participações em outras empresas e outras 
aplicações de recursos, tais como imóveis alugados a terceiros, terrenos para futura 
expansão, instalação da empresa. 
• Ativo Imobilizado: De acordo com a Lei 6.404/76, o Ativo Imobilizado 
refere-se às aplicações de recursos em bens imóveis, ou seja, que não podem sair 
do lugar, por exemplo, edifícios, terrenos, casas, ou móveis como veículos, móveis 
e utensílios, instalações, máquinas, ferramentas (vida útil superior a um ano), 
benfeitorias em propriedades de terceiros, imobilizações em andamento e marcas e 
patentes. 
Desta forma, tal qual acontece com a conta clientes que tem o seu fator 
redutor pressupondo que algumas pessoas não pagarão suas dívidas, no 
 
30 
www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 
imobilizado também temos o fator de redução que são as depreciações, pois ao 
longo do tempo os veículos, as máquinas, perdem a sua utilidade, o seu valor. 
• Depreciação Acumulada: Segundo Ribeiro (2018), a depreciação é um 
processo contábil realizado com a finalidade de considerar despesa de um exercício 
parte do valor gasto na aquisição dos bens de uso da empresa. 
 
3.2.2 Passivo 
Da mesma forma que no ativo, no passivo ficam classificadas como 
circulante ou corrente, todas as obrigações com vencimento no decorrer do 
exercício seguinte, e como Passivo Não Circulante ou Passivo não corrente, que se 
refere aos passivos exigíveis a longo prazo e são as obrigações com vencimento 
após o exercício seguinte, só que em ordem decrescente de grau de exigibilidade. 
Relembrando que exigibilidade são as obrigações por ordem prioritária de 
pagamento. 
Passivo Circulante: No Passivo Circulante são classificadas as contas que 
representam as obrigações da empresa que vencem no curso do exercício 
seguinte. 
Os financiamentos de curto prazo são compostos das seguintes fontes de 
recursos: 
• Fornecedores: Referem-se às compras a prazo de matérias-primas, 
insumos básicos para a produção e mercadorias para revenda, ainda não 
pagas. 
• Salários a Pagar: Salários do pessoal, que a empresa contabilizou no 
fechamento do mês e irá pagar no mês seguinte. 
• Encargos Sociais a Recolher: Despesas decorrentes da folha de 
pagamento (INSS, FGTS), que serão recolhidas no mês seguinte. 
• Impostos a Recolher: São os impostos incidentes sobre o faturamento 
da empresa, após o balanceamento com os impostos incidentes sobre as 
compras, para recolhimento no mês seguinte (ICMS e IPI são os mais 
expressivos). 
• Provisão para o Imposto de Renda: Refere-se ao imposto apurado 
sobre o lucro que será recolhido no mês/exercício seguinte. 
• Empréstimos e Financiamentos Bancários: São os empréstimos 
realizados junto a instituições financeiras, com prazo de pagamento inferior 
 
31 
www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 
a 360 dias. Neste agrupamento, podem ser incluídas as duplicatas 
descontadas (reclassificadas do Ativo Circulante) e outros empréstimos 
contraídos no longo prazo cujas próximas 12 parcelas vencem no exercício 
seguinte. 
• Outras Provisões: Incluem as provisões para férias e para 13º salário, 
além de outras que podem ser constituídas pela empresa, tais como 
provisões para contingências e para gratificações a empregados. 
• Adiantamentos de Clientes: Referem-se a adiantamentos recebidos 
de clientes, por conta de bens ou serviços a serem entregues futuramente. 
• Contas a Pagar: Contas a serem pagas pela empresa no mês seguinte, 
tais como água, luz, telefone, aluguel, etc. 
Passivo NãoCirculante: Neste grupo estão classificadas as contas que 
representam as Obrigações da empresa que têm vencimentos após o término do 
exercício seguinte. Os financiamentos de longo prazo incluem as fontes de recursos 
com prazo de pagamento superior a um ano, basicamente composta por: 
• Financiamentos: Empréstimos com prazo de pagamento superior a um 
ano. 
• Outras Obrigações a Longo Prazo: Fontes de recursos constituídas 
por parcelamentos tributários e outras obrigações com prazo de pagamento 
superior a um ano. 
Patrimônio Líquido Neste grupo, encontram-se também os “recursos dos 
proprietários” ou “capital próprio”, que compõem o Patrimônio Líquido: 
• Capital Social: Investimento realizado na empresa pelos seus 
proprietários para constituição da empresa, acrescido de capitalizações 
posteriores de reservas e lucros obtidos. 
• Reserva de Capital: Acréscimos ao Patrimônio Líquido que não se 
originaram nos resultados da empresa. Conta composta basicamente por 
correção monetária do capital realizado, ágio (valor superior ao valor 
nominal) da emissão de ações, prêmios recebidos na emissão de debêntures 
e doações e subvenções para investimento. 
• Ajustes de avaliação patrimonial: Contrapartida de aumento no Ativo 
Não circulante, por conta de reavaliação realizada para atualizá-lo a valores 
de mercado. 
 
32 
www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 
• Reserva de Lucros: Apropriações de lucros obtidos, tais como a reserva 
legal (5% do lucro do exercício), a reserva para contingências, as reservas 
estatutárias, as reservas de lucros para expansão e a reserva de lucros a 
realizar. 
• Ações em tesouraria: ações em tesouraria deverão ser destacadas no 
balanço como dedução da conta do patrimônio líquido que registrar a origem 
dos recursos aplicados na sua aquisição. 
• Prejuízos Acumulados: O processo de convergência trouxe outra 
particularidade: o ativo intangível, onde estão relacionados direitos que 
tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da empresa 
ou atividades exercidas com esta finalidade. Sendo que podemos citar como 
ativos intangíveis os bens não físicos, como por exemplo: As patentes, os 
nomes, as marcas, as franquias. No grupo dos passivos temos: 
 
§ 2º No passivo, as contas serão classificadas nos seguintes 
grupos: 
I) Passivo circulante; II) Passivo não circulante; e III) Patrimônio 
líquido, dividido em capital social, reservas de capital, ajustes de 
avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria e 
prejuízos acumulados. 
 
Com a Lei 11.941/09, o lucro líquido deve ser integralmente destinado de 
acordo com a Lei das S/A. Com as alterações, não há exclusão da conta lucros 
acumulados nem a demonstração de seus movimentos, mas passou a ser uma 
conta transitória. Neste caso, ao final do exercício social a empresa deve propor de 
fato a destinação de lucros existentes, ficando no balanço somente a conta reserva 
de lucros ou os prejuízos acumulados. 
Também são obrigatórias pela legislação brasileira as notas explicativas, e 
estas foram alteradas de forma significativa pela Lei 11.941 de 2009, vejamos o que 
consta no artigo 176. 
 
Art. 176. [...] 
§ 5o As notas explicativas devem: I – apresentar informações sobre 
a base de preparação das demonstrações financeiras e das práticas 
contábeis específicas selecionadas e aplicadas para negócios e 
eventos significativos; II – divulgar as informações exigidas pelas 
práticas contábeis adotadas no Brasil que não estejam 
apresentadas em nenhuma outra parte das demonstrações 
financeiras; III – fornecer informações adicionais não indicadas nas 
próprias demonstrações financeiras e consideradas necessárias 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6404consol.htm#art176§5.
 
33 
www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 
para uma apresentação adequada; e IV – indicar: a) os principais 
critérios de avaliação dos elementos patrimoniais, especialmente 
estoques, dos cálculos de depreciação, amortização e exaustão, de 
constituição de provisões para encargos ou riscos, e dos ajustes 
para atender a perdas prováveis na realização de elementos do 
ativo; b) os investimentos em outras sociedades, quando relevantes 
(art. 247, parágrafo único); c) o aumento de valor de elementos do 
ativo resultante de novas avaliações (art. 182, § 3o); d) os ônus reais 
constituídos sobre elementos do ativo, as garantias prestadas a 
terceiros e outras responsabilidades eventuais ou contingentes; e) a 
taxa de juros, as datas de vencimento e as garantias das obrigações 
a longo prazo; f) o número, espécies e classes das ações do capital 
social; g) as opções de compra de ações outorgadas e exercidas no 
exercício; h) os ajustes de exercícios anteriores (art. 186, § 1o); e i) 
os eventos subsequentes à data de encerramento do exercício que 
tenham, ou possam vir a ter, efeito relevante sobre a situação 
financeira e os resultados futuros da companhia. 
 
Perceba que a nota explicativa complementa os relatórios contábeis-
financeiros de forma mais adequada. 
 
Exercício 3 
 
As questões abaixo constaram em concursos públicos divulgados. Informe 
se os enunciados são verdadeiros ou falsos: 
 
1. Conforme o art. 176 da Lei 6.404/76 § 4º, as demonstrações serão 
complementadas por notas explicativas e outros quadros analíticos ou 
demonstrações contábeis necessárias para esclarecimento da situação 
patrimonial e dos resultados do exercício. De acordo com o § 5º, do art. 176 
da Lei 6.404/76, com a redação dada pela MP 449/08, as notas explicativas 
devem: 
I. Divulgar as informações exigidas pelas práticas contábeis adotadas no Brasil que 
não estejam apresentadas em nenhuma outra parte das demonstrações 
financeiras. 
II. Fornecer informações adicionais não indicadas nas próprias demonstrações 
financeiras e consideradas necessárias para uma apresentação adequada. 
III. Apresentar informações sobre a base de preparação das demonstrações 
financeiras e das práticas contábeis específicas, selecionadas e aplicadas para 
negócios e eventos não relevantes. 
a) Apenas os enunciados I e II estão corretos. 
b) Apenas os enunciados II e III estão corretos. 
c) Apenas os enunciados I e III estão corretos. 
d) Apenas o enunciado I está correto. 
e) Apenas o enunciado II está correto. 
 
34 
www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 
 
2. No balanço, os elementos do passivo serão avaliados de acordo com os 
critérios apresentados a seguir: 
I. As obrigações, encargos e riscos, conhecidos ou calculáveis, inclusive imposto 
sobre a Renda a pagar com base no resultado do exercício, serão computados 
pelo valor atualizado até a data do balanço. 
II. As obrigações em moeda estrangeira, com cláusula de paridade cambial, serão 
convertidas em moeda nacional à taxa de câmbio em vigor na data do balanço. 
III. As obrigações sujeitas à correção monetária serão atualizadas até a data do 
balanço. 
IV. As obrigações, encargos e riscos classificados no passivo exigível a longo 
prazo serão ajustados ao seu valor presente, sendo os demais ajustados quando 
houver efeito relevante. 
V. As obrigações, encargos e riscos classificados no passivo não circulante serão 
ajustados ao seu valor presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito 
relevante. 
a) Apenas os enunciados II e III estão corretos. 
b) Apenas os enunciados I, II e V estão corretos. 
c) Apenas os enunciados I, II e IV estão corretos. 
d) Apenas os enunciados III e V estão corretos. 
e) Apenas os enunciados II, III e V estão corretos. 
 
 
Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados – DLPA 
De acordo com o texto legal, a demonstração de lucros ou prejuízos 
acumulados deverá ter a estrutura abaixo discriminada. 
 
Art. 186. A demonstração de lucros ou prejuízos acumulados 
discriminará: 
I - o saldo do início do período, os ajustes de exercícios anteriores e 
a correção monetária do saldo inicial; 
II - as reversões de reservas e o lucro líquido do exercício;III - as transferências para reservas, os dividendos, a parcela dos 
lucros incorporada ao capital e o saldo ao fim do período. 
§ 1º Como ajustes de exercícios anteriores serão considerados 
apenas os decorrentes de efeitos da mudança de critério contábil, 
ou da retificação de erro imputável a determinado exercício anterior, 
e que não possam ser atribuídos a fatos subsequentes. 
§ 2º A demonstração de lucros ou prejuízos acumulados deverá 
indicar o montante do dividendo por ação do capital social e poderá 
ser incluída na demonstração das mutações do patrimônio líquido, 
se elaborada e publicada pela companhia. 
 
 
35 
www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 
Como ajustes de exercícios anteriores serão considerados apenas os 
decorrentes de efeitos da mudança de critério contábil, ou da retificação de erro 
imputável a determinado exercício anterior, e que não possam ser atribuídos a fatos 
subsequentes. 
A demonstração de lucros ou prejuízos acumulados deverá indicar o 
montante do dividendo por ação do capital social e poderá ser incluída na 
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido, se elaborada e publicada 
pela companhia. 
 
Quadro 2 - Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido 
DMPL - incluindo as DEMONSTRAÇÕES DOS LUCROS E OU PREJUÍZOS ACUMULADOS 
SALDOS EM 30 DE 
ABRIL DE 2006 
Nota 
explicativa 
Capital 
social 
Reserva de 
capital 
Reserva 
legal 
Lucros 
acumulados 
Total 
Integralização de capital 16(a) 
Dividendos distribuídos 
sobre lucros 
acumulados 
16(b) 
 
Lucro líquido do 
exercício 
 
 
Proposta de destinação 
do lucro líquido 
 
 
Reserva legal 16(b) 
Dividendos mínimos 
estatutários propostos 
16(b) 
 
Dividendos 
complementares 
propostos 
16(b) 
 
SALDOS EM 30 DE 
ABRIL DE 2007 
 
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. 
 
 
3.3 Demonstração do Resultado do Exercício - DRE 
 
A demonstração do resultado do exercício discriminará de acordo com o 
artigo 187 da lei das sociedades por ações 
 
I - a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, 
os abatimentos e os impostos; 
II - a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias 
e serviços vendidos e o lucro bruto; 
III - as despesas com as vendas, as despesas financeiras, 
deduzidas das receitas, as despesas gerais e administrativas, e 
outras despesas operacionais; 
 
36 
www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 
IV – o lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e as outras 
despesas; (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009) 
V - o resultado do exercício antes do Imposto sobre a Renda e a 
provisão para o imposto; 
VI – as participações de debêntures, empregados, administradores e 
partes beneficiárias, mesmo na forma de instrumentos financeiros, e 
de instituições ou fundos de assistência ou previdência de 
empregados, que não se caracterizem como despesa; (Redação 
dada pela Lei nº 11.941, de 2009) 
VII - o lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por 
ação do capital social. 
§ 1º Na determinação do resultado do exercício serão computados: 
a) as receitas e os rendimentos ganhos no período, 
independentemente da sua realização em moeda; e 
b) os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos, 
correspondentes a essas receitas e rendimentos. 
 
Na determinação do resultado do exercício serão computados: 
• As receitas e os rendimentos ganhos no período, independentemente 
da sua realização em moeda. 
• Os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos, 
correspondentes a essas receitas e rendimentos. 
 
Observe a estrutura da DRE: 
A Apresentação deverá ser de forma dedutiva, com detalhes necessários das 
receitas, despesas, ganhos e perdas e definindo claramente o lucro ou prejuízo 
líquido do exercício (valor final a ser adicionado ao patrimônio da empresa, já 
deduzido IR e participações de outros que não sejam acionistas). 
Regime de competência: observa-se o regime de competência (realização 
da receita/ confronto das despesas), independente de seus reflexos no caixa. 
Disposição básica: 
 
Quadro 3 - Demonstração do Resultado do Exercício - DRE 
 Receita bruta de vendas de mercadorias e serviços 
(-) Deduções da receita bruta 
 Impostos e abatimentos sobre a receita bruta 
 
= Receitas líquidas de vendas e serviços 
(-) Custos dos produtos vendidos e serviços prestados 
= Resultado bruto de vendas 
(+ -) Receitas e Despesas Operacionais 
= Resultado Operacional 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11941.htm#art37
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11941.htm#art37
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11941.htm#art37
 
37 
www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 
(+ -) Outras Receitas e Despesas Operacionais 
= Resultado Antes do Imposto de Renda, Contribuição Social e 
Participações. 
 
(-) Provisão para o Imposto de Renda e Contribuição Social 
(-) Participações e Contribuições 
= Resultado (Lucro ou Prejuízo) do Exercício 
 
Em se tratando da conta lucros ou prejuízos acumulados, relembramos que 
a conta continuará a existir, o que não pode ser apresentado é saldo positivo no 
balanço, mas será considerada sua destinação. 
A Demonstração de fluxo de caixa, de acordo com Assaf Neto (1995), é um 
dos relatórios mais importantes de planejamento e controle, que objetiva decisão 
gerencial sobre a saúde financeira da empresa. 
Verifica-se através das citações que vários autores já faziam referências ao 
fluxo de caixa, portanto este tema não é novo. Ocorre que no Brasil eram poucas 
empresas as que utilizavam deste demonstrativo, pois não era obrigatório em lei. 
Para Zdanowicz (2000, p.33), “o fluxo de caixa é o instrumento que permite 
demonstrar as operações financeiras que são realizadas pela empresa”, o que 
possibilita melhores análises e decisões quanto à aplicação dos recursos 
financeiros de que a empresa dispõe. 
 
3.4 Demonstração dos Fluxos de Caixa - DFC 
 
O CPC 3 coloca que as informações dos fluxos de caixa são úteis, pois 
proporcionam aos usuários das demonstrações uma base para avaliar a capacidade 
da entidade gerar caixa, e equivalentes de caixa, bem como suas necessidades de 
liquidez. 
A Lei 11.638/07, em seu artigo 188, determina que a demonstração de fluxo 
de caixa deverá indicar “ [...] as alterações ocorridas, durante o exercício, no saldo 
de caixa e equivalentes de caixa, segregando-se essas alterações em, no mínimo, 3 
(três) fluxos: a) das operações; b) dos financiamentos; e c) dos investimentos”. 
Esta demonstração foi estabelecida pela Lei 11.638/2007, exceto para as 
empresas que tenham patrimônio inferior a R$ 2 milhões, o que proporcionou a 
discussão pelo CPC da estrutura desta demonstração por meio da audiência 
 
38 
www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 
pública onde foram discutidos o conceito da DFC, o que e como devem constar as 
informações necessárias ao investidor que precisa destas informações. 
Após intensa discussão foi aprovado o Pronunciamento Técnico CPC 03, que 
equivale à Resolução CFC n. 1.296/2010 que aprova a demonstração de fluxo de 
caixa, define caixa como “numerário em espécie e depósitos bancários disponíveis” 
e equivalente de caixa como “aplicações financeiras de curto prazo, de alta liquidez, 
que são prontamente conversíveis em montante conhecido de caixa e que estão 
sujeitas a um insignificante risco de mudança de valor”. 
Outras definições disponíveis na resolução, necessários ao entendimento da 
mesma: 
 
Fluxos de caixa são as entradas e saídas de caixa e equivalentes de 
caixa. Atividades operacionais são as principais atividades 
geradoras de receita da entidade e outras atividades que não são de 
investimento e tampouco de financiamento. Atividades de 
investimento são as referentes à aquisição e à venda de ativos de 
longo prazo e de

Continue navegando