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Fisiopatologia facial; olheiras

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Fisiopatologia Facial: olheiras
Apresentação
As olheiras são disfunções faciais que causam a hiperpigmentação da área dos olhos. São 
consideradas disfunções faciais não pela morbidade, mas pelos sinais inestéticos que causam 
aspecto de face cansada ao paciente. Ainda não são totalmente conhecidos os fatores que causam 
as olheiras, mas alguns são considerados predisponentes ao seu aparecimento. As olheiras podem 
ser classificadas, de acordo com a fisiopatologia, em melânicas, vasculares ou mistas. Para o 
tratamento dessa disfunção, podem ser utilizadas modalidades da eletroestética e também ativos 
cosméticos, de modo a amenizar os sinais das olheiras e reduzir o impacto negativo que causam na 
qualidade de vida do paciente.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você saberá como essa disfunção acontece, suas características, 
tipos e possíveis causas. Além disso, conhecerá os principais tratamentos disponíveis. 
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Reconhecer a fisiopatologia e os fatores predisponentes das olheiras.•
Identificar os recursos eletroestéticos para olheiras.•
Listar os recursos cosméticos para olheiras.•
Infográfico
A etiologia das olheiras ainda não é totalmente conhecida. Atualmente, tem-se uma série de fatores 
predisponentes que estão relacionados ao surgimento dessa disfunção facial. Alguns estão 
relacionados a condições intrínsecas do indivíduo, como etnia, genética e processo natural de 
envelhecimento. 
Além desses, outros fatores podem ser elencados, chamados de extrínsecos, que estão 
relacionados a hábitos de vida do indivíduo e podem ser facilmente evitados, desde que 
conhecidos.
O Infográfico traz algumas dicas para evitar o surgimento de olheiras, que devem fazer parte do 
plano de tratamento do paciente, uma vez que podem auxiliar na prevenção e na melhora do 
quadro da disfunção.
Aponte a câmera para o 
código e acesse o link do 
conteúdo ou clique no 
código para acessar.
https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/1ba29a2c-ed12-45a5-8631-4306bbb9fb86/0e1ee414-1e8a-4a45-a218-53c888289528.jpg
 
Conteúdo do livro
As olheiras são disfunções que acometem a área dos olhos e interferem negativamente na 
aparência facial provocando aspecto de cansaço, tristeza ou ressaca ao indivíduo. Tem etiologia 
complexa e multifatorial, que envolve fatores intrínsecos ou extrínsecos e que ainda não estão 
totalmente elucidados. De acordo com a fisiopatologia, podem ser classificadas em diferentes tipos, 
com características específicas que incluem diferenças na coloração das olheiras e no início do 
surgimento dos sinais. Conhecer a fisiopatologia dessa disfunção facial é essencial ao profissional 
de estética, uma vez que existe uma variedade de modalidades terapêuticas destinadas ao 
tratamento de olheiras.
No capítulo Fisiopatologia facial: olheiras, da obra Disfunções dermatológicas aplicadas à estética 
facial, você vai saber mais sobre a fisiopatologia das olheiras e os principais tratamentos, que 
incluem recursos manuais, eletroterapia e utilização de cosméticos.
Boa leitura.
DISFUNÇÕES 
DERMATOLÓGICAS 
APLICADAS A 
ESTÉTICA FACIAL
Aline Andressa Matiello
Fisiopatologia 
facial: olheiras
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Reconhecer a fisiopatologia e os fatores predisponentes das olheiras.
  Identificar os recursos eletroestéticos para olheiras.
  Listar os recursos cosméticos para olheiras.
Introdução
As hipercromias são alterações que acometem a coloração natural da pele, 
causadas pela excessiva produção de melanina, o que torna a região mais 
escura. Quando essa disfunção afeta a região periorbital, é chamada po-
pularmente de olheira. Essa disfunção facial não é considerada prejudicial 
à saúde e nem associada a alguma morbidade, porém causa prejuízos 
à qualidade de vida de um indivíduo, pois interfere negativamente na 
aparência facial, resultando em um aspecto de cansaço para a face. 
Entre os tratamentos para as olheiras, podem ser empregadas mo-
dalidades que incluam recursos eletroestéticos ou cosméticos. Essas 
modalidades de tratamento podem ser utilizadas de maneira isolada ou 
associadas, de modo a potencializar os resultados. 
Neste capítulo, você compreenderá a fisiopatologia das olheiras, incluindo 
suas características, tipos e causas. Além disso, conhecerá as principais mo-
dalidades de tratamento, que incluem a eletroterapia, as técnicas manuais e 
o uso de produtos cosméticos para a terapêutica das olheiras. 
Anatomia e fisiologia da área dos olhos
A compreensão da anatomia e da fi siologia da área dos olhos é essencial para 
entender como as disfunções afetam essa região, promovendo alterações 
anatomofi siológicas locais (ARAÚJO; FERREIRA, 2018). A área dos olhos 
compreende o globo ocular, a pálpebra superior, a pálpebra inferior, as sobran-
celhas, a área entre a pálpebra superior e a sobrancelha, a porção orbitária, 
os cílios e os cantos laterais externos do globo ocular. Toda a região ao redor 
é circundada por uma camada de tecido cutâneo, que forma as pálpebras. 
As pálpebras são pregas tegumentares que possuem função de proteção dos 
olhos por meio da fi ltragem sensorial, proteção física e também de liberação 
de secreções na região, que evitam o ressecamento do olho (DANTAS, 2013). 
Essa região possui características distintas que a diferenciam de outras regiões 
de pele do corpo, pois a pele das pálpebras é extremamente fi na, com apro-
ximadamente 0,5 mm de espessura, ao passo que, em outras áreas da face, a 
espessura da pele pode chegar a 2 mm. As regiões das pálpebras, superior e 
inferior, são ainda discretamente mais pigmentadas do que o restante da pele 
da área dos olhos de maneira fi siológica (RIBEIRO, 2010).
A irrigação sanguínea nesta região é intensa, e é fornecida principalmente 
pelas artérias: supratroclear, supraorbital, lacrimal, dorsal do nariz, artéria 
angular, artéria facial transversa e ramos da artéria temporal superficial. 
A drenagem venosa da região também é intensa, assim como a drenagem 
linfática fisiológica da área dos olhos, que é direcionada principalmente para 
os linfonodos parotídeos e submandibulares.
Alguns fatores podem atuar sobre a anatomia e a fisiologia dessa área dos 
olhos, causando disfunções. Entre as disfunções que acometem essa região, cita-
-se as olheiras, que é a disfunção da área dos olhos considerada mais frequente.
Fisiopatologia das olheiras
As olheiras referem-se a um conjunto de sinais que contribuem para um 
padrão escurecido na região periorbicular. Apesar de não causarem nenhum 
comprometimento sistêmico, possuem uma relevância estética importante, 
uma vez que causam aspecto de cansaço ou doença para a face (DANTAS, 
2013). As olheiras podem, ainda, ser conhecidas por outras denominações, 
como hiperpigmentação periorbitária, hiperpigmentação das pálpebras, hi-
percromia cutânea idiopática da região orbital, hiperpigmentação infraorbital 
ou ainda círculos escuros infraorbitais. Em geral, estão presentes bilateral e 
simetricamente ao redor dos olhos (OLIVEIRA; PAIVA, 2016). 
Fisiopatologia facial: olheiras2
Existem basicamente dois tipos de olheira: a melânica e a vascular. Contudo, 
acredita-se que, na maioria dos casos, ocorra uma associação entre os dois 
tipos de olheiras, sendo consideradas, neste caso, olheiras mistas (LÜDTKE 
et al., 2013). 
Olheira melânica: neste tipo de olheira, ocorre um acúmulo de mela-
nina na região periorbicular dos olhos, além do fisiológico. Essa região, 
por estar constantemente exposta à radiação ultravioleta, também tende 
a apresentar alterações de pigmentação em virtude do processo de en-
velhecimento, que é mais acentuado quando ocorre fotoenvelhecimento 
associado (RIBEIRO, 2010). 
Este tipo de olheira gera a formação de máculas (manchas) de cores es-
curas, que variam do negro ao violeta, e estão presentes principalmente na 
pálpebra inferior,sendo também resultado da deposição de melanina. Quanto 
ao acometimento, normalmente estão presentes em pessoas mais velhas, com 
fotótipos mais altos, podendo, entretanto, ocorrer em pacientes com fotóti-
pos mais baixos, como resultado de exposição solar excessiva e cumulativa 
(SOUZA et al., 2013).
A principal estrutura que é afetada neste tipo de olheira são as células 
produtoras de melanina – os melanócitos. A partir de sua estimulação, por 
diferentes fatores, eles aumentam a síntese de melanina, promovendo maior 
escurecimento das pálpebras. A Figura 1, a seguir, mostra as características 
desse tipo de olheira. 
Figura 1. Olheira por deposição melânica.
Fonte: Souza et al. (2011, p. 237).
3Fisiopatologia facial: olheiras
Olheiras por alterações vasculares: este tipo de olheira ocorre porque 
algumas pessoas possuem uma quantidade maior de vasos sanguíneos na 
região inferior dos olhos, de modo que a região fica mais arroxeada, o que já 
é evidente até mesmo na infância. Esse tipo de olheira é também conhecido 
como olheira arroxeada (RIBEIRO, 2010).
É importante ressaltar que, na olheira vascular, a fisiopatologia está relacionada 
a alterações vasculares, inicialmente, e não há mudança de cor da pele, apenas a 
pálpebra é mais escura devido à visualização dos vasos dilatados por transparência 
(SOUZA et al., 2013). Entretanto, com o decorrer do tempo, a região sofre uma 
hipercromia cutânea devido ao deposito de hemossiderina. A hemossiderina é um 
pigmento sérico de cor parda que é liberado durante a formação de edema. Como 
a área dos olhos é muito vascularizada, cada vez que pequenos vasos se rompem, 
um pouco de sangue extravasa para a derme, desencadeando um quadro de edema. 
Quando há um quadro de edema, há também o extravasamento de eritrócitos, 
e estes, quando sofrem hemólise, liberam hemoglobina, que, ao ser decomposta 
por processos químicos, gera a liberação da hemossiderina. A deposição desse 
pigmento de hemossiderina na área dos olhos gera a formação de anéis concêntricos 
de cor parda, associados ao aumento das sombras perioculares. Além disso, simul-
taneamente à liberação de hemossiderina que promove o escurecimento da pele, há 
liberação de íons de ferro e formação de radicais livres, que, consequentemente, 
estimulam a melanogênese e intensificam a pigmentação na área. 
Quanto à causa desse tipo de olheira, o padrão segue herança familiar autossô-
mica dominante. Para o diagnóstico desse tipo de olheira, é realizada a tração da 
pálpebra inferior, para melhor visualização da transparência dos vasos sob a pele 
(SOUZA et al., 2013). Na Figura 2, a seguir, esse tipo de olheira é evidenciado.
Figura 2. Olheira vascular.
Fonte: Souza et al. (2011, p. 237).
Fisiopatologia facial: olheiras4
Olheira de componente misto: neste tipo de olheira, há alterações vascu-
lares e melânicas associadas, de modo que há tanto disfunção vascular com 
deposição de hemossiderina quanto deposição de melanina, em maior ou menor 
grau. Acredita-se que a maioria das olheiras possuam este componente misto, 
em maior ou menor grau (LÜDTKE et al., 2013).
Apesar de a etiologia não estar bem elucidada na fisiopatologia das olheiras, 
alguns fatores merecem ser reconhecidos. As olheiras podem ser consideradas 
disfunções faciais com etiologia multifatorial, envolvendo fatores intrínsecos, 
relacionados à genética do indivíduo, e fatores extrínsecos, relacionados a 
hábitos de vida. 
Entre os fatores predisponentes intrínsecos, destacam-se: 
Etnia: alguns indivíduos possuem a área dos olhos com maior pigmentação, 
em forma de anéis concêntricos perioculares, de modo que a pigmentação é bem 
mais evidente nesta região, o que se deve à herança autossômica dominante. 
Além disso, algumas etnias apresentam a região da pálpebra inferior com a 
pele mais fina, de modo que os vasos sanguíneos ficam mais evidentes, fato 
este que pode realçar a coloração mais escura da região. Entre as etnias com 
maior predisposição ao aparecimento de olheiras, citam-se árabes, hindus, 
turcos e ibéricos (DANTAS, 2013). 
Envelhecimento fisiológico: nas peles envelhecidas naturalmente e nas 
peles com envelhecimento precoce decorrente da exposição excessiva à ra-
diação solar, as olheiras também se tornam mais evidentes. Isso se deve à 
ação da gravidade e à deterioração dos vasos sanguíneos dessa região, além 
de prejuízos nas fibras de colágeno e elastina, que dão sustentação à pele e 
aos vasos correspondentes. Desse modo, pode haver intensificação da va-
sodilatação, do edema e do aparecimento da rede de capilares sanguíneos, 
aumentando o escurecimento local.
Alterações hormonais: períodos ou condições que cursem com alterações 
hormonais, como a gestação, a menopausa e o período menstrual, pioram a 
hiperpigmentação da área dos olhos, pois, nesses períodos, a pele também fica 
mais pálida em consequência da escassez de ferro, permitindo que as veias 
sob os olhos fiquem mais visíveis (MELDAU, 2019).
Genética: há evidências de causa de olheiras de caráter familiar pela pre-
sença de herança autossômica dominante, com expressão variável dos genes 
envolvidos. Neste caso, normalmente os sinais das olheiras surgem ainda na 
infância, acometendo inicialmente a pálpebra inferior e, depois, a superior, 
sendo que há piora significativa com o passar dos anos (DANTAS, 2013).
5Fisiopatologia facial: olheiras
Deficiência de vitaminas: deficiências nutricionais, como, por exemplo, 
a falta de vitamina K, ou de antioxidantes na dieta, podem contribuir para a 
alteração da coloração da região abaixo dos olhos, predispondo às olheiras.
Entre os fatores predisponentes extrínsecos, destacam-se: 
Dermatite atópica, dermatite de contato alérgica, asma e eczemas: 
essas alterações podem ocasionar o aparecimento de olheiras quando houver 
uma hiperpigmentação pós-inflamatória no local. A pigmentação aumentada 
em pacientes com dermatites que acometam essa região é causada pelo leve 
ato de coçar os olhos, que resulta no rompimento de pequenos vasos capilares 
sob a pele (MELDAU, 2019).
Exposição à radiação solar: o efeito da luz solar sobre a área dos olhos pro-
duz hiperpigmentações faciais, principalmente de tonalidade azul-sombreada, 
por estimularem a síntese de melanina. Essa condição pode ser prevenida, 
restringindo-se à exposição solar excessiva e utilizando filtro solar.
Tabagismo e etilismo: a nicotina promove uma ação vasoconstritora, que, 
no geral, causa um aspecto de pálido para a pele da região, destacando a área 
de olheiras (DANTAS, 2013). 
Privação de sono e cansaço: essas condições podem deixar a pele da área 
dos olhos mais pálida, fazendo as olheiras se destacarem.
Respiração bucal: pacientes respiradores bucais apresentam maior pro-
pensão ao desenvolvimento de olheiras, pois as alterações decorrentes da 
respiração bucal alteram a irrigação sanguínea da face, prejudicando a irrigação 
e a oxigenação da área dos olhos (SOCIEDADE..., 2010). 
Medicamentos: o uso de colírios e medicamentos para a área dos olhos 
com propriedades vasodilatadoras, além de quimioterápicos e antipsicóticos, 
pioram os quadros de olheiras devido à alteração vascular que causam na região. 
Um grande número de terapias pode ser empregado para amenizar os 
efeitos inestéticos das olheiras. As olheiras causadas por deposição de me-
lanina são tratadas por meio de modalidades que incluam a suspensão de 
fatores causais externos e tratamentos que visam à remoção da melanina, 
associada à inibição da melanogênese, ao passo que que as olheiras devidas 
a alterações vasculares são mais resistentes aos tratamentos disponíveis 
atualmente. O tratamento ideal deve incluir a remoção da hemossiderina 
formada (SOUZA et al., 2013). 
Fisiopatologia facial: olheiras6
Recursos eletroestéticos e manuais empregados 
no tratamento de olheiras
Para o tratamento de olheiras, podem ser empregados recursos da eletroterapia, 
como microcorrentes, luz intensa pulsada, LED (emissão de luz por diodo), 
carboxiterapia, uma modalidadeespecial de radiofrequência, e laser. 
Microcorrentes: esta modalidade de tratamento se pauta nos efeitos fisioló-
gicos que as microcorrentes possuem com os tecidos biológicos. Basicamente, 
sua ação se pauta na ampliação da capacidade de síntese proteica de ATP, que 
pode chegar até a 500%, além de melhorar o transporte de aminoácidos essenciais 
aos metabolismos celulares em até 40% (NUNES; SIMON; KUPLICH, 2013). 
O tratamento por microcorrentes pode ser empregado no tratamento de olheiras 
de origem vascular e de olheiras por deposição de hemoglobina. Neste caso, 
emprega-se as microcorrentes com objetivo de reduzir o edema e aumentar a 
microcirculação local. Para esse caso, utilizam-se parâmetros com frequência 
de 100 a 200 Hz e uma intensidade de 200 a 300 µA. 
Luz intensa pulsada: atua nas olheiras por meio de fototermólise seletiva, 
de modo a provocar pequenos pontos de coagulação nos vasos, causando dano 
aos microvasos locais e, consequentemente, trombose destes. Esse tratamento 
está mais indicado em casos de olheiras com alterações vasculares importantes 
(DANTAS, 2013).
LED: a ação do LED sobre as olheiras se dá por meio da estimulação direta 
e intracelular, especificamente das mitocôndrias, reorganizando as células e 
estimulando outras células por meio do efeito de fotobiomodulação. Existe uma 
variedade de tipos de LED, que diferem pelo comprimento de onda e cor. No 
tratamento de olheiras, preconiza-se o uso do LED de cor azul, que possui um 
comprimento de onda de 405 nm. Possui efeito hidratante, sendo indicado prin-
cipalmente no tratamento de olheiras de origem vascular (ALVES et al., 2016).
Carboxiterapia: trata-se de administração de CO2 na região subcutânea, 
de modo a provocar um descolamento da pele desse local, com afastamento 
dos planos, que passam a ser ocupados pelo gás introduzido. Essa aplicação 
causa um processo inflamatório local, de modo a aumentar o metabolismo 
celular e a produção de colágeno e elastina. Além disso, a carboxiterapia, 
quando aplicada a olheiras, atua aumentando a neoangiogênese, o que melhora 
a circulação local (OLIVEIRA; PAIVA, 2016). 
7Fisiopatologia facial: olheiras
Radiofrequência: o uso da radiofrequência nas olheiras é um método não 
invasivo e indolor, que tem por finalidade melhorar o aspecto de envelhecimento 
da pele, estimulando a formação do colágeno, irrigando e melhorando a aparência 
do tecido cutâneo. Além da modalidade tradicional, pode-se fazer uso da moda-
lidade de radiofrequência pulsada com associação de multiagulhas. Neste caso, a 
radiofrequência é aplicada na pálpebra inferior, reduzindo a flacidez. É indicada 
para casos em que a pele encontra-se fina, flácida e enrugada (LIMA, 2015). 
Laser: o uso do laser também pode ser empregado para tratamento de 
olheiras. Este equipamento promove a remodelação dérmica, de modo a causar 
a substituição do colágeno e da elastina danificados por colágeno e elastina 
novos, mais compactos e organizados, melhorando o aspecto da flacidez e, 
consequentemente, das olheiras, devido ao aumento da espessura dérmica que 
ocorre com a reorganização do colágeno. Neste caso, pode-se empregar o laser 
Erbium, que possui efeito ablativo e está associado ao mínimo dano térmico, 
o qual se mostra efetivo no tratamento de lesões pigmentadas, de modo que 
possui fácil aplicação, com baixa incidência de complicações, longa duração dos 
resultados e alto nível de satisfação dos pacientes (TEIXEIRA et al., 2007). Além 
do laser ablativo, pode-se empregar os lasers de baixa intensidade, que operam 
em potencias na faixa de miliwatts, com baixa temperatura, em que seus efeitos 
fisiológicos não são causados por calor perceptível, e sim por efeitos fotofísicos, 
fotoquímicos e fotomecânicos na região de aplicação (MAQUINÉ, 2015). 
Além da eletroterapia, pode-se empregar modalidades de terapias manuais 
de maneira associada ao tratamento de olheiras: 
Massagem facial: a massagem facial pode ser utilizada de maneira associada 
aos demais tratamentos estéticos para olheiras. A massagem nessa área melhora 
a circulação, aumenta a hidratação natural da pele e a remoção de resíduos 
metabólicos (IFOULD; FORSYTHE-CONROY; WHITTAKER, 2015). 
Drenagem linfática manual facial: a técnica de drenagem pode ser aplicada 
de modo associado a outras modalidades de tratamento quando as olheiras tiverem 
edema associado. A melhora da drenagem de líquidos e a melhora da circulação 
promovidas pelas manobras de drenagem propiciam um alivio do edema local e, 
consequentemente, das olheiras de origem vascular (OLIVEIRA; PAIVA, 2016). 
Abordagem terapêutica cosmetológica 
das olheiras
Existem diversas propostas de tratamento, com os mais variados tipos de ativos 
e procedimentos a serem realizados para tratamento das olheiras. Contudo, os 
Fisiopatologia facial: olheiras8
produtos cosméticos de uso tópico são a forma mais conveniente de se iniciar o 
tratamento. Estes ativos se classifi cam em grupos de acordo com o mecanismo 
pelo qual proporcionam melhora na disfunção. Destacam-se os ativos que buscam 
aumentar a circulação local e os ativos que atuam despigmentando a região. Além 
destes, podem ser empregados ativos que melhorem as características da pele, 
com fi nalidade antioxidante, retardando o processo de envelhecimento, por meio 
da esfoliação da pele e seu fortalecimento (NUNES; SIMON; KUPLICH, 2013). 
Ativos despigmentantes
Estes cosméticos atuam promovendo um clareamento das olheiras por meio 
de sua atuação sobre o processo fi siológico de melanogênese, processo este 
que gera a formação de melanina na pele. No geral, os ativos despigmentantes 
podem atuar por meio da inibição da síntese de melanina pelo melanócito, pela 
degradação da melanina formada ou, ainda, degradando os melanossomas e 
melanócitos (RIBEIRO, 2010). 
Ácido azelaico: pode ser utilizado para o tratamento de olheiras de maneira 
segura e por períodos prolongados, sendo principalmente indicado para casos 
de olheiras causadas por hiperpigmentação pós-inflamatória.
Ácido kójico: atua inibindo a tirosinase. É utilizado em concentrações de 
1 a 4% (ARAÚJO; FERREIRA, 2018). Alguns estudos indicam que o ácido 
kójico é equivalente à hidroquinona no efeito clareador, sendo amplamente 
utilizado (COSTA, 2012). 
Ácido retinoico: ativo despigmentante que atua inibindo a tirosinase e 
reduzindo a camada granular da epiderme, removendo, assim, alguns mela-
nossomas dessa região (DANTAS, 2013). Os efeitos colaterais mais conhecidos 
incluem eritema, descamação e queimação intensa, o que limita seu uso na 
região palpebral (COSTA, 2012).
Ácido tranexâmico: este ativo previne a pigmentação provocada pela ra-
diação ultravioleta, além de produzir o clareamento da pele. Atua evitando a 
formação da melanina na região de aplicação de maneira indireta por meio da 
inibição de estimuladores de melanócitos. Esse ativo pode ser encontrado em 
solução ou emulsão em uma concentração que varia de 0,4 a 3% (RIBEIRO, 
2010). O ácido tranexâmico supre, de maneira indireta, a angiogênese e a neovas-
cularização. Por esse motivo, é um agente em potencial para o uso em olheiras.
Arbutin: trata-se de um composto formado por extrato de folhas que atua 
por meio da inibição da tirosinase, quando utilizado em concentrações de 3% 
(ARAÚJO; FERREIRA, 2018).
9Fisiopatologia facial: olheiras
Extrato de alcaçuz: a raiz dessa planta possui um ativo que inibe a tirosina, 
logo, pode sem empregado como ativo despigmentante. 
Extrato de uva: atua de duas maneiras, degradando a melanina existente 
na pele e inibindo a tirosinase por meio de mudanças estruturais causadas nos 
melanossomas (NUNES; SIMON; KUPLICH, 2013). 
Hidroquinona: é o ativo despigmentante mais utilizado. Sua ação se dá 
por meio da inibição da tirosinase, incialmente, e, a longo prazo, atua indu-
zindo modificações estruturais nos melanócitos, acelerando a degradação 
dos melanossomas. Essa ação a longo prazo produz também a degradação 
dos melanossomas, favorecendo o aparecimentode resultados em média após 
5 a 7 semanas, em geral, de uso. Entretanto, este ativo cosmético promove 
algumas reações adversas, como eritema, descamação e dermatite de contato 
irritante em alguns casos (COSTA, 2012).
Niacinamida: atua inibindo a transferência de melanossomas aos quera-
tinócitos, além dos efeitos na melhora no aspecto geral da pele.
Vitamina C: tanto a vitamina C quanto seus derivados atuam no tratamento 
de olheiras por meio da inibição de melanogênese e regulam a produção de 
colágeno, melhorando a espessura da pele (ARAÚJO; FERREIRA, 2018).
O uso combinado de alguns ativos despigmentantes e de ativos que acentuam a 
penetração cutânea potencializa os efeitos sobre o clareamento da área dos olhos. 
Um exemplo de associação efetiva é a combinação do ácido glicólico e com vitaminas 
clareadoras, como a niacinamida e o retinol, em um mesmo produto (DRAELOS, 2016).
Os agentes despigmentantes podem ser utilizados pelo profissional de esté-
tica ou ainda utilizados em planos de tratamento que incluam o uso domiciliar 
de alguns ativos. Em geral, o tratamento com despigmentantes necessita de 
uso contínuo e por longos meses para apresentar resultados efetivos.
Ativos que melhoram a circulação local
A seguir, são apresentados ativos que melhoram a circulação local.
Argila cinza: composto mineral rico em silício e alumínio, atua melho-
rando a circulação linfática local, além de ter efeito anti-inflamatório, sendo 
indicada nos casos de olheiras. 
Fisiopatologia facial: olheiras10
Cafeína: a cafeína, quando utilizada topicamente, age no componente 
vascular, penetrando na pele e diminuindo o edema e a pigmentação, sendo 
um ativo útil nas olheiras vasculares, pois atua melhorando a circulação 
sanguínea local (ARAÚJO; FERREIRA, 2018).
Castanha da índia: atua reduzindo a fragilidade capilar, bem como reduz 
a permeabilidade dos vasos, contribuindo para a melhora da circulação local 
e a redução do edema local.
Chá verde: atua melhorando o tônus venoso e a resistência dos vasos, 
contribuindo para a melhora da circulação local, sendo amplamente empregado 
no tratamento de olheiras.
Ginkgo biloba: atua também sobre a permeabilidade vascular, melhorando 
o fluxo sanguíneo local.
Haloxyl: é um ativo antiolheira composto por substâncias que estimulam a 
síntese dos componentes da matriz extracelular, aumentando o tônus muscular 
da área dos olhos, além de atuar como agente quelante do ferro, diminuindo 
a pigmentação local (SOUZA et al., 2013). 
Ativos que atuam na melhora do aspecto da pele 
Os ativos a seguir podem ser empregados de modo a esfoliar a pele da região, 
aumentando a velocidade de renovação celular, w podem atuar com efeito 
antioxidante, reduzindo a formação de radicais livres, ou, ainda, melhorando as 
características da pele da região, como a hidratação e a elasticidade (NUNES; 
SIMON; KUPLICH, 2013).
Ácido cítrico: atua aumentando a renovação celular e possui função 
antioxidante.
Ácido glicólico: é composto por enxofre, sendo utilizado nas abordagens de 
tratamento de olheiras, principalmente vasculares, onde há deposição de hemos-
siderina. A concentração utilizada neste caso é de 5 a 12% (COSTA et al., 2010). 
Ácido málico: empregado para melhorar a hidratação da pele, além de 
causar aumento na renovação celular pela ação esfoliante.
Ácido tioglicólico: também chamado ácido mercapto acético, é indicado 
para o tratamento de olheiras que tenham como causa o depósito de hemoglo-
bina e hemossiderina, isso porque ele atua no metabolismo local, reduzindo a 
11Fisiopatologia facial: olheiras
quantidade de ferro estocado na célula e, consequentemente, a quantidade de 
hemossiderina produzida, uma vez que, em situações onde há excesso de ferro 
depositado, ocorre um aumento na deposição desse pigmento. A concentração 
indicada para tratamento de olheiras é de 2 a 5%. Este ativo possui aplicação 
principalmente em olheiras vasculares, onde é evidenciada uma redução da 
circulação venosa.
Aloe vera: atua fortalecendo a pele, além de estimular o crescimento celular, 
hidratar e restaurar os tecidos da região acometida.
Antioxidantes: são exemplos de ativos antioxidantes as vitaminas: E, C, 
B3, B5 e a vitamina E. Atuam de modo a reduzir a formação de radicais livres 
e prevenir o envelhecimento precoce e, consequentemente, as alterações na 
pele (NUNES; SIMON; KUPLICH, 2013).
Peptídeos: são moléculas capazes de melhorar a qualidade da pele, atuando 
na matriz extracelular e intensificando a síntese e a produção de colágeno 
extracelular, atuando de maneira indireta, mas efetiva, nas olheiras.
Outros ativos cosméticos empregados no tratamento 
de olheiras 
Há mais ativos utilizados no manejo das olheiras, tais como os descritos a seguir.
Peelings químicos: os peelings químicos fazem uso de um ou mais ativos 
para promover uma descamação da pele, resultando na remoção das lesões 
localizadas na epiderme e na camada mais externa da derme. Pode atingir 
diferentes profundidades, de superficial, a médio e profunda (DANTAS, 
2013). O objetivo da aplicação do peeling em olheiras é remover a melanina 
localizada no estrato córneo e na epiderme. Para melhores resultados, pode-se 
fazer o uso de um pré-peeling, por exemplo, com utilização de ácido retinoico 
ou alfa-hidroxiácidos, que causam uma redução na espessura da pele para, 
posteriormente, aplicar-se um ativo mais potente, como ácido tricloroacético, 
ácido salicílico, ácido glicólico, ácido lático, ácido retinoico e ácido mandélico. 
Todos esses ativos são utilizados para melhorar as desordens pigmentares 
da região. A Figura 3, a seguir, mostra a aplicação de um ácido na região da 
pálpebra inferior com auxilio de um cotonete. 
Fisiopatologia facial: olheiras12
Figura 3. Aplicação do peeling com auxílio de cotonete.
Fonte: Borges (2010, p. 334).
Fotoprotetores: o uso de filtro solar faz parte do plano de tratamento 
para olheiras, pois a radiação solar excessiva promove o desenvolvimento 
precoce de sinais de envelhecimento, principalmente na face, pela maior 
exposição à luz solar. Além disso, a radiação ultravioleta está relacionada ao 
desenvolvimento de alterações no processo de melanogênese natural, de modo 
a ser um fator predisponente ao aparecimento de disfunções de pigmentação, 
como as olheiras. Por isso, deve ser empregado de maneira preventiva, e seu 
uso deve ser intensificado durante o uso de peelings, em média três vezes ao 
dia, evitando, assim, alterações cutâneas indesejáveis, como alterações de 
hiperpigmentação (BORGES, 2010).
Maquiagem: corretivos podem ser utilizados, de modo a amenizar o 
efeito inestético das olheiras. Para isso, utiliza-se corretivos de tonalidades 
semelhantes à cor da pele. 
Para potencializar os efeitos do uso de cosméticos no tratamento de olheiras, 
o profissional pode complementar os benefícios por meio do uso domiciliar 
destes, como o uso de produtos para o clareamento da região periorbital e 
também com ativos que busquem a ativação da circulação local. Além de 
que, mudanças de hábitos de vida dos pacientes, como uma boa alimentação, 
evitar o tabagismo e bebidas alcoólicas, praticar atividade físicas e dormir o 
suficiente, ainda têm grande importância no plano terapêutico para os pacientes 
com olheiras (NUNES; SIMON; KUPLICH, 2013). 
13Fisiopatologia facial: olheiras
ALVES, I. R. C. et al. Eficácia dos ativos farmacológicos e intervenção com ligth emitting diodes 
(led) no tratamento da hiperpigmentação periorbital. 2016. Trabalho de Conclusão de Curso 
(Bacharelado em Fisioterapia) — Associação Caruaruense de Ensino Superior (ASCES), 
Caruaru, 2016. Disponível em: http://repositorio.asces.edu.br/handle/123456789/535. 
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dpgpsifpm.com.br/index.php/periodico/article/view/V4N3A6/257 
BORGES, F. S. Dermato-funcional: modalidadesterapêuticas nas disfunções estéticas. 
2. ed. São Paulo: Phorte, 2010.
COSTA, A. Tratado Internacional de Cosmecêuticos. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 
2012.
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html/2655/265521086007/. Acesso em: 22 mar. 2019.
DANTAS, L. D. P. Análise dosa padrões dermatoscópicos em pacientes com hiperpigmentação 
periocular. 2013. Dissertação (Mestrado em Medicina: Ciências Médicas) — Universidade 
Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2013. Disponível em: https://www.lume.
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DRAELOS, Z. D. (ed.). Cosmecêuticos: procedimentos em dermatologia cosmética. 3. 
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IFOULD, J.; FORSYTHE-CONROY, D.; WHITTAKER, M. Técnicas em estética. Porto Alegre: 
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br/?u=laserterapia-e-indicada-para-tratamento-de--olheiras-e-rejuvenescimento-
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Fisiopatologia facial: olheiras14
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OLIVEIRA, G. A.; PAIVA, A. R. Causas e tratamento da hipercromia periorbital. Revista 
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RIBEIRO, C. J. Cosmetologia aplicada a dermoestética. 2. ed. São Paulo: Pharmabooks, 2010.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE DERMATOLOGIA. Veja o que são, como e por que se formam 
as incômodas olheiras. Rio de Janeiro: SBD, 2010. Disponível em: http://www.sbd.org.
br/noticias/veja-o-que-sao-como-e-por-que-se-formam-as-incomodas-olheiras/. 
Acesso em: 22 mar. 2019. 
SOUZA, D. C. M. et al. Comparação entre ácido tioglicólico 2.5%, hidroquinona 2%, halo-
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Surgical & Cosmetic Dermatology, Rio de Janeiro, v. 5, nº. 1, p. 46–51, 2013. Disponível 
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SOUZA D. M. et al. Hiperpigmentação periorbital. Surgical & Cosmetic Dermatology, Rio 
de Janeiro, v. 3, n. 3, 233–239, 2011. Disponível em: https://pdfs.semanticscholar.org/7
d8e/014d1e9f8af2edd4d00adfa40771401948fb.pdf. Acesso em: 22 mar. 2019.
TEIXEIRA, V. et al. Tratamento da hipercromia cutânea idiopática da região orbital com 
erbium laser: uma avaliação retrospectiva. Arquivos Catarinenses de Medicina, Florianó-
polis, v. 36, 2007. Disponível em: http://www.acm.org.br/acm/revista/pdf/artigos/439.
pdf. Acesso em: 22 mar. 2019. Supl. 1.
15Fisiopatologia facial: olheiras
Dica do professor
A terapêutica das olheiras envolve o uso de recursos eletroestéticos e de cosmetologia. Dentro da 
cosmetologia, uma das modalidades de tratamentos disponíveis inclui a realização de peeling 
químico com uso de ativos que promovem uma esfoliação da pele da região, eliminando células 
mortas e induzindo a um processo de regeneração celular que melhora a textura e a uniformidade 
da cor da área dos olhos. Dentre os ativos cosméticos que podem ser utilizados no tratamento de 
peeling está o ácido tioglicólico, que pode ser empregado, principalmente, em olheiras de origem 
vascular, com deposição exagerada do pigmento hemossiderina. 
Na Dica do Professor, você confere um exemplo de protocolo de tratamento para olheiras que faz 
uso do ácido tioglicólico em um tratamento de peeling químico. 
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
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Exercícios
1) As olheiras são alterações que acometem a região periorbital levando a alterações 
na coloração natural da pele, causadas pela excessiva 
produção de melanina, o que torna a região mais escura. Essa disfunção facial não é 
considerada prejudicial à saúde nem associada a alguma morbidade, contudo, causa 
prejuízos na qualidade de vida de um indivíduo, pois interfere negativamente na aparência 
facial, resultando em uma face com aspecto de cansada.
Sobre essa disfunção facial, assinale a alternativa CORRETA:
A) As olheiras que ocorrem por deposição excessiva de melanina surgem, normalmente, na 
infância ou na adolescência.
B) As olheiras, geralmente, estão presentes bilateralmente e simetricamente ao redor dos olhos.
C) Ocorrem sempre pela deposição exagerada de melanina, independentemente do tipo de 
olheira que prevalece.
D) Na olheira vascular, a principal célula acometida é o melanócito, que, ao ser estimulado, gera a 
maior secreção de melanina, que culmina no escurecimento da região.
E) Na olheira melânica, a principal característica é a deposição de hemossiderina, um pigmento 
que causa o escurecimento da região.
As olheiras são consideradas disfunções faciais com etiologia multifatorial, envolvendo 
fatores intrínsecos relacionados à genética do indivíduo e a fatores extrínsecos relacionados 
a hábitos de vida. Apesar de a etiologia não estar bem elucidada na fisiopatologia das 
olheiras, alguns fatores merecem ser reconhecidos: 
I- Alterações hormonais que acontecem na gestação, menopausa e uso de anticoncepcional 
oral favorecem o aparecimento de olheiras pela maior estimulação dos melanócitos. 
II- O uso de alguns medicamentos analgésicos pode ocasionar o surgimento de olheiras. 
III- Respiradores bucais têm maiores chances de desenvolver olheiras por edema da mucosa 
nasal e paranasal, o que dificulta a drenagem venosa, ocasionando estase venosa na área dos 
olhos. 
IV- Excesso de vitamina K no organismo. 
V- A genética é considerada fator predisponente para o desenvolvimento de olheiras, sendo 
mais prevalentes em etnias árabes, hindus, turcos e ibéricos.
2) 
Assinale a alternativa que indica corretamente quais afirmativas estão relacionadas ao 
aparecimento de olheiras:
A) As afirmativas I, II e IV estão relacionadas ao aparecimento de olheiras.
B) As afirmativas II, III e IV estão relacionadas ao surgimento de olheiras.
C) As afirmativas I, III e V estão relacionadas ao surgimento de olheiras.
D) As afirmativas I, II, III, VI e V estão relacionadas ao surgimento de olheiras.
E) As afirmativas I, III e IV estão relacionadas ao aparecimento de olheiras.
3) A eletroterapia faz uso de diferentes equipamentos de maneira isolada ou associada a outras 
modalidades de tratamento, de modo a atuar na melhora das olheiras. Cada equipamento 
tem um mecanismo de ação promovendo resultados de diferentes maneiras.
Sobre os equipamentos utilizados, o tratamento de olheiras e seu mecanismo de ação, 
assinale a alternativa CORRETA:
A) O uso demicrocorrentes promove benefícios por gerar micropontos de coagulação vascular 
na região periorbitária. 
B) O tratamento por meio do uso de luz intensa pulsada está mais indicado em casos de olheiras 
com alterações de deposição exagerada de melanina, uma vez que esse tratamento atua 
promovendo a despigmentação local.
C) A infusão terapêutica de CO2 por meio da carboxiterapia é indicada, pois promove um 
aumento no metabolismo celular e melhora a síntese de colágeno e elastina, além de melhorar 
a circulação local.
D) O uso do LED não é uma modalidade indicada no tratamento de olheiras, uma vez que sua 
utilização está associada à maior estimulação de melanócitos e, consequentemente, maior 
pigmentação local.
E) O uso de alguns tipos de laser é indicado, entretanto, é uma modalidade que promove danos 
térmicos importantes e, consequentemente, muitas complicações após a aplicação.
Existem diversas propostas de tratamento para as olheiras. Contudo, os produtos 
 cosméticos de uso tópico são a forma mais conveniente de se iniciar o tratamento, 
pois, além de efetivos, são facilmente utilizados. Esses ativos se classificam em grupos de 
4) 
acordo com o mecanismo de ação, e, dentre eles, há os ativos com propriedades 
despigmentantes.
Sobre esses ativos cosméticos, assinale a alternativa CORRETA:
A) Podem atuar inibindo a tirosinase, reduzindo o processo de melanogênese e degradando a 
melanina já produzida.
B) Os ativos despigmentantes atuam promovendo uma esfoliação mais efetiva da epiderme, 
removendo, assim, a camada celular mais externa e melhorando o aspecto das olheiras.
C) São exemplos de ativos despigmentantes: vitamina K, chá verde e cafeína.
D) Os ativos despigmentantes atuam sobre os melanócitos, intensificando o processo de 
melanogênese, pela ativação da enzima tirosinase.
E) Os ativos, também chamados de antioxidantes, atuam reduzindo a quantidade de radicais 
livres produzidos e, por isso, também são considerados ativos cosméticos despigmentantes.
5) Os ativos cosméticos atuam sobre a fisiopatologia das olheiras, atuando de modo a “corrigir” 
as alterações que possam estar envolvidas no desencadeamento das olheiras. Podem ser 
classificados em: ativos despigmentantes, ativos que melhoram a circulação local e ativos 
que atuam sobre a melhora da pele da área dos olhos.
Assinale a alternativa que contempla os ativos cosméticos utilizados para tratamento de 
olheiras, que atuam por meio da melhora da circulação local: 
A) Ácido cítrico, hidroquinona e argila cinza. 
B) Cafeína, vitamina C e niacinamida.
C) Ácido glicólico, aloe vera e ginkgo biloba.
D) Haloxyl, cafeína e castanha-da-índia.
E) Ácido kójico, ácido azelaico e cafeína.
Na prática
Atualmente, dispõe-se de uma variedade de recursos eletroestéticos e cosmetológicos para o 
tratamento das olheiras. Entretanto, para que sejam bem empregados, deve-se considerar os tipos, 
as características e os fatores predisponentes relacionados ao surgimento dessa disfunção facial.
Dentre os tratamentos eletroestéticos indicados para o tratamento de olheiras está o uso de 
microcorrente, com corrente de baixa frequência, na faixa do microampères, assemelhando-se 
à carga elétrica fisiológica dos tecidos do corpo humano. Por esse motivo, é conhecida como 
corrente fisiológica. 
Veja, Na Prática, o protocolo de tratamento de olheiras que faz uso de microcorrentes e da 
vitamina C para promover o clareamento da pele da área dos olhos. 
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Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
Saiba como combater as olheiras
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Tratamento das olheiras
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Olheiras
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