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Fisiopatologia Facial: olheiras Apresentação As olheiras são disfunções faciais que causam a hiperpigmentação da área dos olhos. São consideradas disfunções faciais não pela morbidade, mas pelos sinais inestéticos que causam aspecto de face cansada ao paciente. Ainda não são totalmente conhecidos os fatores que causam as olheiras, mas alguns são considerados predisponentes ao seu aparecimento. As olheiras podem ser classificadas, de acordo com a fisiopatologia, em melânicas, vasculares ou mistas. Para o tratamento dessa disfunção, podem ser utilizadas modalidades da eletroestética e também ativos cosméticos, de modo a amenizar os sinais das olheiras e reduzir o impacto negativo que causam na qualidade de vida do paciente. Nesta Unidade de Aprendizagem, você saberá como essa disfunção acontece, suas características, tipos e possíveis causas. Além disso, conhecerá os principais tratamentos disponíveis. Bons estudos. Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Reconhecer a fisiopatologia e os fatores predisponentes das olheiras.• Identificar os recursos eletroestéticos para olheiras.• Listar os recursos cosméticos para olheiras.• Infográfico A etiologia das olheiras ainda não é totalmente conhecida. Atualmente, tem-se uma série de fatores predisponentes que estão relacionados ao surgimento dessa disfunção facial. Alguns estão relacionados a condições intrínsecas do indivíduo, como etnia, genética e processo natural de envelhecimento. Além desses, outros fatores podem ser elencados, chamados de extrínsecos, que estão relacionados a hábitos de vida do indivíduo e podem ser facilmente evitados, desde que conhecidos. O Infográfico traz algumas dicas para evitar o surgimento de olheiras, que devem fazer parte do plano de tratamento do paciente, uma vez que podem auxiliar na prevenção e na melhora do quadro da disfunção. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/1ba29a2c-ed12-45a5-8631-4306bbb9fb86/0e1ee414-1e8a-4a45-a218-53c888289528.jpg Conteúdo do livro As olheiras são disfunções que acometem a área dos olhos e interferem negativamente na aparência facial provocando aspecto de cansaço, tristeza ou ressaca ao indivíduo. Tem etiologia complexa e multifatorial, que envolve fatores intrínsecos ou extrínsecos e que ainda não estão totalmente elucidados. De acordo com a fisiopatologia, podem ser classificadas em diferentes tipos, com características específicas que incluem diferenças na coloração das olheiras e no início do surgimento dos sinais. Conhecer a fisiopatologia dessa disfunção facial é essencial ao profissional de estética, uma vez que existe uma variedade de modalidades terapêuticas destinadas ao tratamento de olheiras. No capítulo Fisiopatologia facial: olheiras, da obra Disfunções dermatológicas aplicadas à estética facial, você vai saber mais sobre a fisiopatologia das olheiras e os principais tratamentos, que incluem recursos manuais, eletroterapia e utilização de cosméticos. Boa leitura. DISFUNÇÕES DERMATOLÓGICAS APLICADAS A ESTÉTICA FACIAL Aline Andressa Matiello Fisiopatologia facial: olheiras Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Reconhecer a fisiopatologia e os fatores predisponentes das olheiras. Identificar os recursos eletroestéticos para olheiras. Listar os recursos cosméticos para olheiras. Introdução As hipercromias são alterações que acometem a coloração natural da pele, causadas pela excessiva produção de melanina, o que torna a região mais escura. Quando essa disfunção afeta a região periorbital, é chamada po- pularmente de olheira. Essa disfunção facial não é considerada prejudicial à saúde e nem associada a alguma morbidade, porém causa prejuízos à qualidade de vida de um indivíduo, pois interfere negativamente na aparência facial, resultando em um aspecto de cansaço para a face. Entre os tratamentos para as olheiras, podem ser empregadas mo- dalidades que incluam recursos eletroestéticos ou cosméticos. Essas modalidades de tratamento podem ser utilizadas de maneira isolada ou associadas, de modo a potencializar os resultados. Neste capítulo, você compreenderá a fisiopatologia das olheiras, incluindo suas características, tipos e causas. Além disso, conhecerá as principais mo- dalidades de tratamento, que incluem a eletroterapia, as técnicas manuais e o uso de produtos cosméticos para a terapêutica das olheiras. Anatomia e fisiologia da área dos olhos A compreensão da anatomia e da fi siologia da área dos olhos é essencial para entender como as disfunções afetam essa região, promovendo alterações anatomofi siológicas locais (ARAÚJO; FERREIRA, 2018). A área dos olhos compreende o globo ocular, a pálpebra superior, a pálpebra inferior, as sobran- celhas, a área entre a pálpebra superior e a sobrancelha, a porção orbitária, os cílios e os cantos laterais externos do globo ocular. Toda a região ao redor é circundada por uma camada de tecido cutâneo, que forma as pálpebras. As pálpebras são pregas tegumentares que possuem função de proteção dos olhos por meio da fi ltragem sensorial, proteção física e também de liberação de secreções na região, que evitam o ressecamento do olho (DANTAS, 2013). Essa região possui características distintas que a diferenciam de outras regiões de pele do corpo, pois a pele das pálpebras é extremamente fi na, com apro- ximadamente 0,5 mm de espessura, ao passo que, em outras áreas da face, a espessura da pele pode chegar a 2 mm. As regiões das pálpebras, superior e inferior, são ainda discretamente mais pigmentadas do que o restante da pele da área dos olhos de maneira fi siológica (RIBEIRO, 2010). A irrigação sanguínea nesta região é intensa, e é fornecida principalmente pelas artérias: supratroclear, supraorbital, lacrimal, dorsal do nariz, artéria angular, artéria facial transversa e ramos da artéria temporal superficial. A drenagem venosa da região também é intensa, assim como a drenagem linfática fisiológica da área dos olhos, que é direcionada principalmente para os linfonodos parotídeos e submandibulares. Alguns fatores podem atuar sobre a anatomia e a fisiologia dessa área dos olhos, causando disfunções. Entre as disfunções que acometem essa região, cita- -se as olheiras, que é a disfunção da área dos olhos considerada mais frequente. Fisiopatologia das olheiras As olheiras referem-se a um conjunto de sinais que contribuem para um padrão escurecido na região periorbicular. Apesar de não causarem nenhum comprometimento sistêmico, possuem uma relevância estética importante, uma vez que causam aspecto de cansaço ou doença para a face (DANTAS, 2013). As olheiras podem, ainda, ser conhecidas por outras denominações, como hiperpigmentação periorbitária, hiperpigmentação das pálpebras, hi- percromia cutânea idiopática da região orbital, hiperpigmentação infraorbital ou ainda círculos escuros infraorbitais. Em geral, estão presentes bilateral e simetricamente ao redor dos olhos (OLIVEIRA; PAIVA, 2016). Fisiopatologia facial: olheiras2 Existem basicamente dois tipos de olheira: a melânica e a vascular. Contudo, acredita-se que, na maioria dos casos, ocorra uma associação entre os dois tipos de olheiras, sendo consideradas, neste caso, olheiras mistas (LÜDTKE et al., 2013). Olheira melânica: neste tipo de olheira, ocorre um acúmulo de mela- nina na região periorbicular dos olhos, além do fisiológico. Essa região, por estar constantemente exposta à radiação ultravioleta, também tende a apresentar alterações de pigmentação em virtude do processo de en- velhecimento, que é mais acentuado quando ocorre fotoenvelhecimento associado (RIBEIRO, 2010). Este tipo de olheira gera a formação de máculas (manchas) de cores es- curas, que variam do negro ao violeta, e estão presentes principalmente na pálpebra inferior,sendo também resultado da deposição de melanina. Quanto ao acometimento, normalmente estão presentes em pessoas mais velhas, com fotótipos mais altos, podendo, entretanto, ocorrer em pacientes com fotóti- pos mais baixos, como resultado de exposição solar excessiva e cumulativa (SOUZA et al., 2013). A principal estrutura que é afetada neste tipo de olheira são as células produtoras de melanina – os melanócitos. A partir de sua estimulação, por diferentes fatores, eles aumentam a síntese de melanina, promovendo maior escurecimento das pálpebras. A Figura 1, a seguir, mostra as características desse tipo de olheira. Figura 1. Olheira por deposição melânica. Fonte: Souza et al. (2011, p. 237). 3Fisiopatologia facial: olheiras Olheiras por alterações vasculares: este tipo de olheira ocorre porque algumas pessoas possuem uma quantidade maior de vasos sanguíneos na região inferior dos olhos, de modo que a região fica mais arroxeada, o que já é evidente até mesmo na infância. Esse tipo de olheira é também conhecido como olheira arroxeada (RIBEIRO, 2010). É importante ressaltar que, na olheira vascular, a fisiopatologia está relacionada a alterações vasculares, inicialmente, e não há mudança de cor da pele, apenas a pálpebra é mais escura devido à visualização dos vasos dilatados por transparência (SOUZA et al., 2013). Entretanto, com o decorrer do tempo, a região sofre uma hipercromia cutânea devido ao deposito de hemossiderina. A hemossiderina é um pigmento sérico de cor parda que é liberado durante a formação de edema. Como a área dos olhos é muito vascularizada, cada vez que pequenos vasos se rompem, um pouco de sangue extravasa para a derme, desencadeando um quadro de edema. Quando há um quadro de edema, há também o extravasamento de eritrócitos, e estes, quando sofrem hemólise, liberam hemoglobina, que, ao ser decomposta por processos químicos, gera a liberação da hemossiderina. A deposição desse pigmento de hemossiderina na área dos olhos gera a formação de anéis concêntricos de cor parda, associados ao aumento das sombras perioculares. Além disso, simul- taneamente à liberação de hemossiderina que promove o escurecimento da pele, há liberação de íons de ferro e formação de radicais livres, que, consequentemente, estimulam a melanogênese e intensificam a pigmentação na área. Quanto à causa desse tipo de olheira, o padrão segue herança familiar autossô- mica dominante. Para o diagnóstico desse tipo de olheira, é realizada a tração da pálpebra inferior, para melhor visualização da transparência dos vasos sob a pele (SOUZA et al., 2013). Na Figura 2, a seguir, esse tipo de olheira é evidenciado. Figura 2. Olheira vascular. Fonte: Souza et al. (2011, p. 237). Fisiopatologia facial: olheiras4 Olheira de componente misto: neste tipo de olheira, há alterações vascu- lares e melânicas associadas, de modo que há tanto disfunção vascular com deposição de hemossiderina quanto deposição de melanina, em maior ou menor grau. Acredita-se que a maioria das olheiras possuam este componente misto, em maior ou menor grau (LÜDTKE et al., 2013). Apesar de a etiologia não estar bem elucidada na fisiopatologia das olheiras, alguns fatores merecem ser reconhecidos. As olheiras podem ser consideradas disfunções faciais com etiologia multifatorial, envolvendo fatores intrínsecos, relacionados à genética do indivíduo, e fatores extrínsecos, relacionados a hábitos de vida. Entre os fatores predisponentes intrínsecos, destacam-se: Etnia: alguns indivíduos possuem a área dos olhos com maior pigmentação, em forma de anéis concêntricos perioculares, de modo que a pigmentação é bem mais evidente nesta região, o que se deve à herança autossômica dominante. Além disso, algumas etnias apresentam a região da pálpebra inferior com a pele mais fina, de modo que os vasos sanguíneos ficam mais evidentes, fato este que pode realçar a coloração mais escura da região. Entre as etnias com maior predisposição ao aparecimento de olheiras, citam-se árabes, hindus, turcos e ibéricos (DANTAS, 2013). Envelhecimento fisiológico: nas peles envelhecidas naturalmente e nas peles com envelhecimento precoce decorrente da exposição excessiva à ra- diação solar, as olheiras também se tornam mais evidentes. Isso se deve à ação da gravidade e à deterioração dos vasos sanguíneos dessa região, além de prejuízos nas fibras de colágeno e elastina, que dão sustentação à pele e aos vasos correspondentes. Desse modo, pode haver intensificação da va- sodilatação, do edema e do aparecimento da rede de capilares sanguíneos, aumentando o escurecimento local. Alterações hormonais: períodos ou condições que cursem com alterações hormonais, como a gestação, a menopausa e o período menstrual, pioram a hiperpigmentação da área dos olhos, pois, nesses períodos, a pele também fica mais pálida em consequência da escassez de ferro, permitindo que as veias sob os olhos fiquem mais visíveis (MELDAU, 2019). Genética: há evidências de causa de olheiras de caráter familiar pela pre- sença de herança autossômica dominante, com expressão variável dos genes envolvidos. Neste caso, normalmente os sinais das olheiras surgem ainda na infância, acometendo inicialmente a pálpebra inferior e, depois, a superior, sendo que há piora significativa com o passar dos anos (DANTAS, 2013). 5Fisiopatologia facial: olheiras Deficiência de vitaminas: deficiências nutricionais, como, por exemplo, a falta de vitamina K, ou de antioxidantes na dieta, podem contribuir para a alteração da coloração da região abaixo dos olhos, predispondo às olheiras. Entre os fatores predisponentes extrínsecos, destacam-se: Dermatite atópica, dermatite de contato alérgica, asma e eczemas: essas alterações podem ocasionar o aparecimento de olheiras quando houver uma hiperpigmentação pós-inflamatória no local. A pigmentação aumentada em pacientes com dermatites que acometam essa região é causada pelo leve ato de coçar os olhos, que resulta no rompimento de pequenos vasos capilares sob a pele (MELDAU, 2019). Exposição à radiação solar: o efeito da luz solar sobre a área dos olhos pro- duz hiperpigmentações faciais, principalmente de tonalidade azul-sombreada, por estimularem a síntese de melanina. Essa condição pode ser prevenida, restringindo-se à exposição solar excessiva e utilizando filtro solar. Tabagismo e etilismo: a nicotina promove uma ação vasoconstritora, que, no geral, causa um aspecto de pálido para a pele da região, destacando a área de olheiras (DANTAS, 2013). Privação de sono e cansaço: essas condições podem deixar a pele da área dos olhos mais pálida, fazendo as olheiras se destacarem. Respiração bucal: pacientes respiradores bucais apresentam maior pro- pensão ao desenvolvimento de olheiras, pois as alterações decorrentes da respiração bucal alteram a irrigação sanguínea da face, prejudicando a irrigação e a oxigenação da área dos olhos (SOCIEDADE..., 2010). Medicamentos: o uso de colírios e medicamentos para a área dos olhos com propriedades vasodilatadoras, além de quimioterápicos e antipsicóticos, pioram os quadros de olheiras devido à alteração vascular que causam na região. Um grande número de terapias pode ser empregado para amenizar os efeitos inestéticos das olheiras. As olheiras causadas por deposição de me- lanina são tratadas por meio de modalidades que incluam a suspensão de fatores causais externos e tratamentos que visam à remoção da melanina, associada à inibição da melanogênese, ao passo que que as olheiras devidas a alterações vasculares são mais resistentes aos tratamentos disponíveis atualmente. O tratamento ideal deve incluir a remoção da hemossiderina formada (SOUZA et al., 2013). Fisiopatologia facial: olheiras6 Recursos eletroestéticos e manuais empregados no tratamento de olheiras Para o tratamento de olheiras, podem ser empregados recursos da eletroterapia, como microcorrentes, luz intensa pulsada, LED (emissão de luz por diodo), carboxiterapia, uma modalidadeespecial de radiofrequência, e laser. Microcorrentes: esta modalidade de tratamento se pauta nos efeitos fisioló- gicos que as microcorrentes possuem com os tecidos biológicos. Basicamente, sua ação se pauta na ampliação da capacidade de síntese proteica de ATP, que pode chegar até a 500%, além de melhorar o transporte de aminoácidos essenciais aos metabolismos celulares em até 40% (NUNES; SIMON; KUPLICH, 2013). O tratamento por microcorrentes pode ser empregado no tratamento de olheiras de origem vascular e de olheiras por deposição de hemoglobina. Neste caso, emprega-se as microcorrentes com objetivo de reduzir o edema e aumentar a microcirculação local. Para esse caso, utilizam-se parâmetros com frequência de 100 a 200 Hz e uma intensidade de 200 a 300 µA. Luz intensa pulsada: atua nas olheiras por meio de fototermólise seletiva, de modo a provocar pequenos pontos de coagulação nos vasos, causando dano aos microvasos locais e, consequentemente, trombose destes. Esse tratamento está mais indicado em casos de olheiras com alterações vasculares importantes (DANTAS, 2013). LED: a ação do LED sobre as olheiras se dá por meio da estimulação direta e intracelular, especificamente das mitocôndrias, reorganizando as células e estimulando outras células por meio do efeito de fotobiomodulação. Existe uma variedade de tipos de LED, que diferem pelo comprimento de onda e cor. No tratamento de olheiras, preconiza-se o uso do LED de cor azul, que possui um comprimento de onda de 405 nm. Possui efeito hidratante, sendo indicado prin- cipalmente no tratamento de olheiras de origem vascular (ALVES et al., 2016). Carboxiterapia: trata-se de administração de CO2 na região subcutânea, de modo a provocar um descolamento da pele desse local, com afastamento dos planos, que passam a ser ocupados pelo gás introduzido. Essa aplicação causa um processo inflamatório local, de modo a aumentar o metabolismo celular e a produção de colágeno e elastina. Além disso, a carboxiterapia, quando aplicada a olheiras, atua aumentando a neoangiogênese, o que melhora a circulação local (OLIVEIRA; PAIVA, 2016). 7Fisiopatologia facial: olheiras Radiofrequência: o uso da radiofrequência nas olheiras é um método não invasivo e indolor, que tem por finalidade melhorar o aspecto de envelhecimento da pele, estimulando a formação do colágeno, irrigando e melhorando a aparência do tecido cutâneo. Além da modalidade tradicional, pode-se fazer uso da moda- lidade de radiofrequência pulsada com associação de multiagulhas. Neste caso, a radiofrequência é aplicada na pálpebra inferior, reduzindo a flacidez. É indicada para casos em que a pele encontra-se fina, flácida e enrugada (LIMA, 2015). Laser: o uso do laser também pode ser empregado para tratamento de olheiras. Este equipamento promove a remodelação dérmica, de modo a causar a substituição do colágeno e da elastina danificados por colágeno e elastina novos, mais compactos e organizados, melhorando o aspecto da flacidez e, consequentemente, das olheiras, devido ao aumento da espessura dérmica que ocorre com a reorganização do colágeno. Neste caso, pode-se empregar o laser Erbium, que possui efeito ablativo e está associado ao mínimo dano térmico, o qual se mostra efetivo no tratamento de lesões pigmentadas, de modo que possui fácil aplicação, com baixa incidência de complicações, longa duração dos resultados e alto nível de satisfação dos pacientes (TEIXEIRA et al., 2007). Além do laser ablativo, pode-se empregar os lasers de baixa intensidade, que operam em potencias na faixa de miliwatts, com baixa temperatura, em que seus efeitos fisiológicos não são causados por calor perceptível, e sim por efeitos fotofísicos, fotoquímicos e fotomecânicos na região de aplicação (MAQUINÉ, 2015). Além da eletroterapia, pode-se empregar modalidades de terapias manuais de maneira associada ao tratamento de olheiras: Massagem facial: a massagem facial pode ser utilizada de maneira associada aos demais tratamentos estéticos para olheiras. A massagem nessa área melhora a circulação, aumenta a hidratação natural da pele e a remoção de resíduos metabólicos (IFOULD; FORSYTHE-CONROY; WHITTAKER, 2015). Drenagem linfática manual facial: a técnica de drenagem pode ser aplicada de modo associado a outras modalidades de tratamento quando as olheiras tiverem edema associado. A melhora da drenagem de líquidos e a melhora da circulação promovidas pelas manobras de drenagem propiciam um alivio do edema local e, consequentemente, das olheiras de origem vascular (OLIVEIRA; PAIVA, 2016). Abordagem terapêutica cosmetológica das olheiras Existem diversas propostas de tratamento, com os mais variados tipos de ativos e procedimentos a serem realizados para tratamento das olheiras. Contudo, os Fisiopatologia facial: olheiras8 produtos cosméticos de uso tópico são a forma mais conveniente de se iniciar o tratamento. Estes ativos se classifi cam em grupos de acordo com o mecanismo pelo qual proporcionam melhora na disfunção. Destacam-se os ativos que buscam aumentar a circulação local e os ativos que atuam despigmentando a região. Além destes, podem ser empregados ativos que melhorem as características da pele, com fi nalidade antioxidante, retardando o processo de envelhecimento, por meio da esfoliação da pele e seu fortalecimento (NUNES; SIMON; KUPLICH, 2013). Ativos despigmentantes Estes cosméticos atuam promovendo um clareamento das olheiras por meio de sua atuação sobre o processo fi siológico de melanogênese, processo este que gera a formação de melanina na pele. No geral, os ativos despigmentantes podem atuar por meio da inibição da síntese de melanina pelo melanócito, pela degradação da melanina formada ou, ainda, degradando os melanossomas e melanócitos (RIBEIRO, 2010). Ácido azelaico: pode ser utilizado para o tratamento de olheiras de maneira segura e por períodos prolongados, sendo principalmente indicado para casos de olheiras causadas por hiperpigmentação pós-inflamatória. Ácido kójico: atua inibindo a tirosinase. É utilizado em concentrações de 1 a 4% (ARAÚJO; FERREIRA, 2018). Alguns estudos indicam que o ácido kójico é equivalente à hidroquinona no efeito clareador, sendo amplamente utilizado (COSTA, 2012). Ácido retinoico: ativo despigmentante que atua inibindo a tirosinase e reduzindo a camada granular da epiderme, removendo, assim, alguns mela- nossomas dessa região (DANTAS, 2013). Os efeitos colaterais mais conhecidos incluem eritema, descamação e queimação intensa, o que limita seu uso na região palpebral (COSTA, 2012). Ácido tranexâmico: este ativo previne a pigmentação provocada pela ra- diação ultravioleta, além de produzir o clareamento da pele. Atua evitando a formação da melanina na região de aplicação de maneira indireta por meio da inibição de estimuladores de melanócitos. Esse ativo pode ser encontrado em solução ou emulsão em uma concentração que varia de 0,4 a 3% (RIBEIRO, 2010). O ácido tranexâmico supre, de maneira indireta, a angiogênese e a neovas- cularização. Por esse motivo, é um agente em potencial para o uso em olheiras. Arbutin: trata-se de um composto formado por extrato de folhas que atua por meio da inibição da tirosinase, quando utilizado em concentrações de 3% (ARAÚJO; FERREIRA, 2018). 9Fisiopatologia facial: olheiras Extrato de alcaçuz: a raiz dessa planta possui um ativo que inibe a tirosina, logo, pode sem empregado como ativo despigmentante. Extrato de uva: atua de duas maneiras, degradando a melanina existente na pele e inibindo a tirosinase por meio de mudanças estruturais causadas nos melanossomas (NUNES; SIMON; KUPLICH, 2013). Hidroquinona: é o ativo despigmentante mais utilizado. Sua ação se dá por meio da inibição da tirosinase, incialmente, e, a longo prazo, atua indu- zindo modificações estruturais nos melanócitos, acelerando a degradação dos melanossomas. Essa ação a longo prazo produz também a degradação dos melanossomas, favorecendo o aparecimentode resultados em média após 5 a 7 semanas, em geral, de uso. Entretanto, este ativo cosmético promove algumas reações adversas, como eritema, descamação e dermatite de contato irritante em alguns casos (COSTA, 2012). Niacinamida: atua inibindo a transferência de melanossomas aos quera- tinócitos, além dos efeitos na melhora no aspecto geral da pele. Vitamina C: tanto a vitamina C quanto seus derivados atuam no tratamento de olheiras por meio da inibição de melanogênese e regulam a produção de colágeno, melhorando a espessura da pele (ARAÚJO; FERREIRA, 2018). O uso combinado de alguns ativos despigmentantes e de ativos que acentuam a penetração cutânea potencializa os efeitos sobre o clareamento da área dos olhos. Um exemplo de associação efetiva é a combinação do ácido glicólico e com vitaminas clareadoras, como a niacinamida e o retinol, em um mesmo produto (DRAELOS, 2016). Os agentes despigmentantes podem ser utilizados pelo profissional de esté- tica ou ainda utilizados em planos de tratamento que incluam o uso domiciliar de alguns ativos. Em geral, o tratamento com despigmentantes necessita de uso contínuo e por longos meses para apresentar resultados efetivos. Ativos que melhoram a circulação local A seguir, são apresentados ativos que melhoram a circulação local. Argila cinza: composto mineral rico em silício e alumínio, atua melho- rando a circulação linfática local, além de ter efeito anti-inflamatório, sendo indicada nos casos de olheiras. Fisiopatologia facial: olheiras10 Cafeína: a cafeína, quando utilizada topicamente, age no componente vascular, penetrando na pele e diminuindo o edema e a pigmentação, sendo um ativo útil nas olheiras vasculares, pois atua melhorando a circulação sanguínea local (ARAÚJO; FERREIRA, 2018). Castanha da índia: atua reduzindo a fragilidade capilar, bem como reduz a permeabilidade dos vasos, contribuindo para a melhora da circulação local e a redução do edema local. Chá verde: atua melhorando o tônus venoso e a resistência dos vasos, contribuindo para a melhora da circulação local, sendo amplamente empregado no tratamento de olheiras. Ginkgo biloba: atua também sobre a permeabilidade vascular, melhorando o fluxo sanguíneo local. Haloxyl: é um ativo antiolheira composto por substâncias que estimulam a síntese dos componentes da matriz extracelular, aumentando o tônus muscular da área dos olhos, além de atuar como agente quelante do ferro, diminuindo a pigmentação local (SOUZA et al., 2013). Ativos que atuam na melhora do aspecto da pele Os ativos a seguir podem ser empregados de modo a esfoliar a pele da região, aumentando a velocidade de renovação celular, w podem atuar com efeito antioxidante, reduzindo a formação de radicais livres, ou, ainda, melhorando as características da pele da região, como a hidratação e a elasticidade (NUNES; SIMON; KUPLICH, 2013). Ácido cítrico: atua aumentando a renovação celular e possui função antioxidante. Ácido glicólico: é composto por enxofre, sendo utilizado nas abordagens de tratamento de olheiras, principalmente vasculares, onde há deposição de hemos- siderina. A concentração utilizada neste caso é de 5 a 12% (COSTA et al., 2010). Ácido málico: empregado para melhorar a hidratação da pele, além de causar aumento na renovação celular pela ação esfoliante. Ácido tioglicólico: também chamado ácido mercapto acético, é indicado para o tratamento de olheiras que tenham como causa o depósito de hemoglo- bina e hemossiderina, isso porque ele atua no metabolismo local, reduzindo a 11Fisiopatologia facial: olheiras quantidade de ferro estocado na célula e, consequentemente, a quantidade de hemossiderina produzida, uma vez que, em situações onde há excesso de ferro depositado, ocorre um aumento na deposição desse pigmento. A concentração indicada para tratamento de olheiras é de 2 a 5%. Este ativo possui aplicação principalmente em olheiras vasculares, onde é evidenciada uma redução da circulação venosa. Aloe vera: atua fortalecendo a pele, além de estimular o crescimento celular, hidratar e restaurar os tecidos da região acometida. Antioxidantes: são exemplos de ativos antioxidantes as vitaminas: E, C, B3, B5 e a vitamina E. Atuam de modo a reduzir a formação de radicais livres e prevenir o envelhecimento precoce e, consequentemente, as alterações na pele (NUNES; SIMON; KUPLICH, 2013). Peptídeos: são moléculas capazes de melhorar a qualidade da pele, atuando na matriz extracelular e intensificando a síntese e a produção de colágeno extracelular, atuando de maneira indireta, mas efetiva, nas olheiras. Outros ativos cosméticos empregados no tratamento de olheiras Há mais ativos utilizados no manejo das olheiras, tais como os descritos a seguir. Peelings químicos: os peelings químicos fazem uso de um ou mais ativos para promover uma descamação da pele, resultando na remoção das lesões localizadas na epiderme e na camada mais externa da derme. Pode atingir diferentes profundidades, de superficial, a médio e profunda (DANTAS, 2013). O objetivo da aplicação do peeling em olheiras é remover a melanina localizada no estrato córneo e na epiderme. Para melhores resultados, pode-se fazer o uso de um pré-peeling, por exemplo, com utilização de ácido retinoico ou alfa-hidroxiácidos, que causam uma redução na espessura da pele para, posteriormente, aplicar-se um ativo mais potente, como ácido tricloroacético, ácido salicílico, ácido glicólico, ácido lático, ácido retinoico e ácido mandélico. Todos esses ativos são utilizados para melhorar as desordens pigmentares da região. A Figura 3, a seguir, mostra a aplicação de um ácido na região da pálpebra inferior com auxilio de um cotonete. Fisiopatologia facial: olheiras12 Figura 3. Aplicação do peeling com auxílio de cotonete. Fonte: Borges (2010, p. 334). Fotoprotetores: o uso de filtro solar faz parte do plano de tratamento para olheiras, pois a radiação solar excessiva promove o desenvolvimento precoce de sinais de envelhecimento, principalmente na face, pela maior exposição à luz solar. Além disso, a radiação ultravioleta está relacionada ao desenvolvimento de alterações no processo de melanogênese natural, de modo a ser um fator predisponente ao aparecimento de disfunções de pigmentação, como as olheiras. Por isso, deve ser empregado de maneira preventiva, e seu uso deve ser intensificado durante o uso de peelings, em média três vezes ao dia, evitando, assim, alterações cutâneas indesejáveis, como alterações de hiperpigmentação (BORGES, 2010). Maquiagem: corretivos podem ser utilizados, de modo a amenizar o efeito inestético das olheiras. Para isso, utiliza-se corretivos de tonalidades semelhantes à cor da pele. Para potencializar os efeitos do uso de cosméticos no tratamento de olheiras, o profissional pode complementar os benefícios por meio do uso domiciliar destes, como o uso de produtos para o clareamento da região periorbital e também com ativos que busquem a ativação da circulação local. Além de que, mudanças de hábitos de vida dos pacientes, como uma boa alimentação, evitar o tabagismo e bebidas alcoólicas, praticar atividade físicas e dormir o suficiente, ainda têm grande importância no plano terapêutico para os pacientes com olheiras (NUNES; SIMON; KUPLICH, 2013). 13Fisiopatologia facial: olheiras ALVES, I. R. C. et al. Eficácia dos ativos farmacológicos e intervenção com ligth emitting diodes (led) no tratamento da hiperpigmentação periorbital. 2016. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Fisioterapia) — Associação Caruaruense de Ensino Superior (ASCES), Caruaru, 2016. Disponível em: http://repositorio.asces.edu.br/handle/123456789/535. Acesso em: 22 mar. 2019. ARAÚJO, J. 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Na Dica do Professor, você confere um exemplo de protocolo de tratamento para olheiras que faz uso do ácido tioglicólico em um tratamento de peeling químico. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/9977e623fabd1f960cc10d382f3f5753 Exercícios 1) As olheiras são alterações que acometem a região periorbital levando a alterações na coloração natural da pele, causadas pela excessiva produção de melanina, o que torna a região mais escura. Essa disfunção facial não é considerada prejudicial à saúde nem associada a alguma morbidade, contudo, causa prejuízos na qualidade de vida de um indivíduo, pois interfere negativamente na aparência facial, resultando em uma face com aspecto de cansada. Sobre essa disfunção facial, assinale a alternativa CORRETA: A) As olheiras que ocorrem por deposição excessiva de melanina surgem, normalmente, na infância ou na adolescência. B) As olheiras, geralmente, estão presentes bilateralmente e simetricamente ao redor dos olhos. C) Ocorrem sempre pela deposição exagerada de melanina, independentemente do tipo de olheira que prevalece. D) Na olheira vascular, a principal célula acometida é o melanócito, que, ao ser estimulado, gera a maior secreção de melanina, que culmina no escurecimento da região. E) Na olheira melânica, a principal característica é a deposição de hemossiderina, um pigmento que causa o escurecimento da região. As olheiras são consideradas disfunções faciais com etiologia multifatorial, envolvendo fatores intrínsecos relacionados à genética do indivíduo e a fatores extrínsecos relacionados a hábitos de vida. Apesar de a etiologia não estar bem elucidada na fisiopatologia das olheiras, alguns fatores merecem ser reconhecidos: I- Alterações hormonais que acontecem na gestação, menopausa e uso de anticoncepcional oral favorecem o aparecimento de olheiras pela maior estimulação dos melanócitos. II- O uso de alguns medicamentos analgésicos pode ocasionar o surgimento de olheiras. III- Respiradores bucais têm maiores chances de desenvolver olheiras por edema da mucosa nasal e paranasal, o que dificulta a drenagem venosa, ocasionando estase venosa na área dos olhos. IV- Excesso de vitamina K no organismo. V- A genética é considerada fator predisponente para o desenvolvimento de olheiras, sendo mais prevalentes em etnias árabes, hindus, turcos e ibéricos. 2) Assinale a alternativa que indica corretamente quais afirmativas estão relacionadas ao aparecimento de olheiras: A) As afirmativas I, II e IV estão relacionadas ao aparecimento de olheiras. B) As afirmativas II, III e IV estão relacionadas ao surgimento de olheiras. C) As afirmativas I, III e V estão relacionadas ao surgimento de olheiras. D) As afirmativas I, II, III, VI e V estão relacionadas ao surgimento de olheiras. E) As afirmativas I, III e IV estão relacionadas ao aparecimento de olheiras. 3) A eletroterapia faz uso de diferentes equipamentos de maneira isolada ou associada a outras modalidades de tratamento, de modo a atuar na melhora das olheiras. Cada equipamento tem um mecanismo de ação promovendo resultados de diferentes maneiras. Sobre os equipamentos utilizados, o tratamento de olheiras e seu mecanismo de ação, assinale a alternativa CORRETA: A) O uso demicrocorrentes promove benefícios por gerar micropontos de coagulação vascular na região periorbitária. B) O tratamento por meio do uso de luz intensa pulsada está mais indicado em casos de olheiras com alterações de deposição exagerada de melanina, uma vez que esse tratamento atua promovendo a despigmentação local. C) A infusão terapêutica de CO2 por meio da carboxiterapia é indicada, pois promove um aumento no metabolismo celular e melhora a síntese de colágeno e elastina, além de melhorar a circulação local. D) O uso do LED não é uma modalidade indicada no tratamento de olheiras, uma vez que sua utilização está associada à maior estimulação de melanócitos e, consequentemente, maior pigmentação local. E) O uso de alguns tipos de laser é indicado, entretanto, é uma modalidade que promove danos térmicos importantes e, consequentemente, muitas complicações após a aplicação. Existem diversas propostas de tratamento para as olheiras. Contudo, os produtos cosméticos de uso tópico são a forma mais conveniente de se iniciar o tratamento, pois, além de efetivos, são facilmente utilizados. Esses ativos se classificam em grupos de 4) acordo com o mecanismo de ação, e, dentre eles, há os ativos com propriedades despigmentantes. Sobre esses ativos cosméticos, assinale a alternativa CORRETA: A) Podem atuar inibindo a tirosinase, reduzindo o processo de melanogênese e degradando a melanina já produzida. B) Os ativos despigmentantes atuam promovendo uma esfoliação mais efetiva da epiderme, removendo, assim, a camada celular mais externa e melhorando o aspecto das olheiras. C) São exemplos de ativos despigmentantes: vitamina K, chá verde e cafeína. D) Os ativos despigmentantes atuam sobre os melanócitos, intensificando o processo de melanogênese, pela ativação da enzima tirosinase. E) Os ativos, também chamados de antioxidantes, atuam reduzindo a quantidade de radicais livres produzidos e, por isso, também são considerados ativos cosméticos despigmentantes. 5) Os ativos cosméticos atuam sobre a fisiopatologia das olheiras, atuando de modo a “corrigir” as alterações que possam estar envolvidas no desencadeamento das olheiras. Podem ser classificados em: ativos despigmentantes, ativos que melhoram a circulação local e ativos que atuam sobre a melhora da pele da área dos olhos. Assinale a alternativa que contempla os ativos cosméticos utilizados para tratamento de olheiras, que atuam por meio da melhora da circulação local: A) Ácido cítrico, hidroquinona e argila cinza. B) Cafeína, vitamina C e niacinamida. C) Ácido glicólico, aloe vera e ginkgo biloba. D) Haloxyl, cafeína e castanha-da-índia. E) Ácido kójico, ácido azelaico e cafeína. Na prática Atualmente, dispõe-se de uma variedade de recursos eletroestéticos e cosmetológicos para o tratamento das olheiras. Entretanto, para que sejam bem empregados, deve-se considerar os tipos, as características e os fatores predisponentes relacionados ao surgimento dessa disfunção facial. Dentre os tratamentos eletroestéticos indicados para o tratamento de olheiras está o uso de microcorrente, com corrente de baixa frequência, na faixa do microampères, assemelhando-se à carga elétrica fisiológica dos tecidos do corpo humano. Por esse motivo, é conhecida como corrente fisiológica. Veja, Na Prática, o protocolo de tratamento de olheiras que faz uso de microcorrentes e da vitamina C para promover o clareamento da pele da área dos olhos. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/b31c43f4-4c66-4f9f-80b3-668a85e971f9/0c2bddde-d4f3-46ca-ab68-7375dc59e53c.jpg Saiba + Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor: Saiba como combater as olheiras Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. Tratamento das olheiras Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. Olheiras Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://www.youtube.com/embed/rPUfkS3pbY4 https://www.youtube.com/embed/-Ahd7F3xpuU https://www.youtube.com/embed/gFDoPZgneA8
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