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Princípios da tutela executiva no novo CPC

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Ana Júlia Sacchi, RA: 059943, 5º Semestre Noite 
 
• Princípio da patrimonialidade 
O princípio da patrimonialidade é traduzido como a proibição da execução pessoal, 
ou seja, a execução nunca deve recair sobre o devedor, portanto, pode-se perceber 
claramente da doutrina que com o princípio hereditário no processo de execução, a 
execução se torna uma realidade, recaindo sobre o patrimônio do devedor. Uma 
questão interessante surge nas prisões civis para devedores de pensão alimentícia, isso 
não é uma espécie de execução pessoal? 
Os estudiosos responderam que a prisão civil nada mais é do que um meio de 
execução indireta por meio de pressão psicológica para fazer o devedor satisfazer os 
direitos do credor. O princípio da sucessão foi um marco importante no abandono da 
pena de morte como forma de vingança privada. 
 
• Nulla executio sine titulo 
Este princípio processual confere maior segurança jurídica ao devedor, caso 
contrário, a mera conversa fiada de se afirmar como devedor poderá levá-lo a 
tornar-se réu no processo de execução, podendo esta desagradável situação 
acarretar, eventualmente, a perda de seu patrimônio. Restrições. Portanto, a 
propriedade é necessária para, pelo menos, garantir a possibilidade de que o 
crédito exista. 
 
• Princípio da disponibilidade 
O exequente pode suspender toda a execução ou apenas algumas ações 
administrativas a qualquer tempo - mesmo que haja embargos de declaração - a 
sentença do exequente é desnecessária e a lei supõe sua aceitação porque não há 
tutela tutelar a seu favor. Ou seja, ao contrário do que ocorre no processo 
intelectual, em que o réu tem o mesmo direito a um julgamento de mérito, 
destinado a afastar a incerteza a seu favor, e executado apenas em benefício dos 
credores. Portanto, pode ser dispensado sem o consentimento da outra parte. 
 
• Menor onerosidade ao executado 
Este princípio processual assegura que o devedor não fique sujeito a mais ónus do 
que o necessário para satisfazer os direitos dos credores. Sempre que for possível 
satisfazer os direitos dos credores por outros meios menos penosos para o 
devedor, esses meios devem ser empregados. O menor fardo torna-se uma represa 
para os sujeitos que encaram a execução como um meio de vingança. 
 
• Princípio da efetividade 
O princípio da utilidade é a razão da existência do processo de execução, ou seja, o 
processo de execução deve ter a utilidade de trazer benefícios aos credores e realizar 
seus direitos. Portanto, o escopo do processo de execução não é prejudicar os atos do 
devedor, mas satisfazer os direitos dos credores. Com base nesse princípio, os 
magistrados não devem remeter a execução às astreintes quando a obrigação for 
praticamente impossível. Portanto, quando se sabe que os direitos obrigatórios não 
podem ser pagos, não há razão para admitir a execução e aplicar os meios de 
execução. 
 
• Responsabilidade objetiva 
Como já mencionado, a diferença entre a satisfação preliminar de uma sentença e 
a satisfação final é uma decisão final que não pode ser apelada. Assim, enquanto 
o processo ainda estiver em discussão e houver recurso da sentença, sua execução 
será provisória. No entanto, é importante ressaltar que o cumprimento provisório 
da sentença pressupõe a inexistência de efeito suspensivo ao recurso. A concessão 
do efeito suspensivo do recurso impediria o prosseguimento do processo, mesmo 
em sua fase de execução. 
 
• Patrimônio mínimo 
Na perspectiva constitucional do sustento da pessoa humana, as normas jurídicas 
devem resguardar um mínimo de herança para que cada pessoa possa viver uma vida 
digna. As normas referentes ao bem-estar da família traduzem essa teoria, assim como 
a proteção conferida ao perdulário. 
• Princípio contraditório 
a função jurisdicional é exercida processualmente, ou seja, a forma de exercício da 
autoridade jurisdicional pressupõe a efetiva e adequada participação dos interessados 
durante todo o procedimento. Este direito à participação efetiva é o direito ao 
contraditório.

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