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Apostila AFO II

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APOSTILA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
M.Sc. FLÁVIO FALCONERI DE BRITO
ADMINISTRAÇÃO/CIÊNCIAS CONTÁBEIS
�
Conteúdo
3Balanço Patrimonial e quocientes de Estrutura de Capital	�
4Análise Vertical e Horizontal.	�
4Análise Horizontal	�
7Análise Vertical	�
10Participação de Capital de terceiros	�
10Composição de Endividamento	�
11Imobilização do Patrimônio Líquido	�
11Imobilização dos Recursos não Correntes	�
12Resumo das interpretações:	�
13Custo de Capital	�
15Mensuração do Custo de Capital	�
18Custo dos Lucros retidos	�
24Custo Médio Ponderado de Capital (CMPC)	�
29Orçamento de Capital.	�
31O Payback Atualizado.	�
32Técnicas de Avaliação nas decisões de Investimentos.	�
35Orçamento de Capital.	�
36Ponto de Equilíbrio Operacional. (“Contábil”).	�
39Ponto de Equilíbrio Global (“Contábil”).	�
42Ponto de Equilíbrio Financeiro.	�
45Ponto de Equilíbrio Econômico.	�
47Ponto de Equilíbrio “Relações não-lineares”.	�
48Alavancagem Operacional	�
51Alavancagem Financeira	�
52Alavancagem Total ou Combinada	�
55Bibliografia:	�
�
Balanço Patrimonial e quocientes de Estrutura de Capital
Antes de iniciar o assunto Estrutura de Capital vamos rever alguns conceitos sobre as Demonstrações Financeiras e principalmente sobre o Balanço Patrimonial, pois essa demonstração evidencia a situação financeira da empresa, bem como mostra a estrutura de Capital de uma entidade.
A principal finalidade da Contabilidade é fornecer informações de ordem e econômica e financeira sobre o Patrimônio da Entidade. Essas informações são apresentadas sob a forma de relatórios contábeis.
De acordo com a Lei das SA número 6.404/76, esses relatórios foram denominados: Demonstrações Financeiras.
As Demonstrações Financeiras são relatórios ou quadros técnicos que contêm dados extraídos dos livros, registros e documentos que compõem o sistema contábil de uma entidade.
As Demonstrações Financeiras, segundo a Lei das SA, e alterações feitas pela Lei 11.638, são:
Balanço Patrimonial; Demonstração do Resultado do Exercício; Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados; Demonstrativo do Fluxo de Caixa. (e se Cia.Aberta: Demonstração do Valor Adicionado).
O Balanço Patrimonial. É a Demonstração Financeira que evidencia a situação financeira da Entidade e é composto pelas contas que representam os bens, direitos e obrigações.
Essa demonstração financeira possui os seguintes grupos:
No Ativo:
Ativo Circulante;
Ativo Realizável de Longo Prazo;
Ativo Permanente.
A ordem que essas contas obedecem é aquela por:
Grau de liquidez, ou seja, aquelas que se transformam em dinheiro mais rapidamente.
No Passivo:
Passivo Circulante;
Passivo Exigível de Longo Prazo;
Patrimônio Líquido.
A ordem que essas contas obedecem é aquela por:
Grau de exigibilidade, ou seja, aquelas que devem ser pagas primeiramente.
No Ativo Circulante serão classificados as Disponibilidades e os Direitos realizáveis, e no Passivo Circulante serão classificadas as obrigações que:
Ocorrem durante o exercício social seguinte ao do Balanço.
No Ativo Realizável de Longo Prazo e no Passivo Exigível de Longo Prazo serão classificados as obrigações que:
Ocorrem após o término do exercício social seguinte ao do Balanço.
Origens e Aplicações de Recursos
Quando analisamos um Balanço Patrimonial, o que na verdade visualizamos é o montante dos recursos que estão à disposição da entidade.
Tais recursos compreendem os Capitais investidos na empresa.
Os Capitais estão divididos em:
Capital de Terceiros.
Obrigações que a empresa tem com Terceiros (Passivo Circulante + Exigível de Longo Prazo).
Origina-se por:
.Obrigações pelo desenvolvimento da empresa: Fornecedores, Salários a pagar, Contas a pagar, imposto a recolher, e outras.
. Empréstimos e Financiamentos.
Capital Próprio.
Recursos investidos na empresa pelo titular, ou pelos acionistas.
Origina-se por:
. Capital inicial e aumentos posteriores por novas realizações;
. Por lucros.
O lado do Passivo representa esses Capitais, ou seja, a Origem dos Recursos ou Origem dos Capitais, ou ainda como a entidade conseguiu esses recursos (de Terceiros ou Próprio).
O lado do Ativo representa a aplicação desses Capitais, ou seja, em que a entidade aplicou os recursos que têm a sua disposição.
Como não existe débito sem crédito, percebemos que o Total do Ativo é sempre igual ao Total do Passivo. A lógica nos revela que então não há aplicações (no Ativo) sem que haja origem (no Passivo), levando-nos a concluir que não haverá Ativo sem que haja Passivo.
Análise Vertical e Horizontal.
Análise Horizontal
	A Análise Horizontal tem como finalidade principal a comparação entre os valores de uma determinada conta ou grupos de contas, em diferentes exercícios sociais, apontando o comportamento dos itens do Balanço Patrimonial e da Demonstração do Resultado do Exercício.
	A Análise Horizontal deve ser utilizada concomitantemente com a Análise Vertical, pois algum item, Clientes, por exemplo, pode ter crescido em valores absolutos, porém, sua participação percentual, dentro do grupo a que pertence, ter diminuído em razão de maiores aplicações em outros ativos por parte da empresa, em virtude do seu crescimento.
Obs: Na presente análise não foram considerados os efeitos inflacionários sobre a moeda.
Balanço Patrimonial
Ativo Circulante
	Em 31 de dezembro de 1997 a UNICON mantinha aplicado, no seu Ativo Circulante, R$ 753,6 mil, aumentando para R$ 1.701,8 mil em 31 de dezembro de 1998 e R$ 1.768,1 mil em 31 de dezembro de 1999, com aumentos de 126% em 1998 e 135% em 1999 sobre o exercício de 1997.
	A evolução que nos desperta atenção é a aplicação em disponibilidades, que cresceram, em termos relativos, de 1997 para 1998, 207% e de 1997 para 1999, 219% e, em termos absolutos, de R$ 435,4 mil em 1997 para R$ 1.337,7 mil em 1998 e para R$ 1.389,1 mil em 1999.
Ativo Realizável a Longo Prazo
	Estavam aplicados no Ativo Realizável a Longo Prazo, Créditos, o valor de R$ 198,7 mil em 1977, aumentado para R$ 265,4 mil em 1998 e para R$ 497,1 mil em 1999, representando aumentos percentuais de 34% de 1997 para 1998 e de 150% de 1997 para 1999.
Ativo Permanente
	No Ativo Permanente, estavam aplicados em 1997 R$ 146,8 mil dos recursos da empresa, aumentando para R$ 181,2 mil em 1998 e para R$ 231,5 mil em 1999, com um acréscimo percentual de 23% de 1997 para 1998 e de 58% de 1997 para o exercício de 1999.
	Nos Investimentos verificamos um aumento de 19% de 1997 para 1998 e de 88% de 1999 em relação ao exercício de 1997. Em valores absolutos, as aplicações foram: em 1997 R$ 67,5 mil, em 1998 R$ 80,4 mil e em 1999 R$ 126,7 mil. Estes investimentos são considerados operacionais, pois de trata de investimentos em Cooperativa Central e Federação de Cooperativas.
Passivo Circulante
	Constatamos que os recursos originários do Passivo Circulante, de curto prazo, não acompanharam a tendência de aumento das aplicações no Ativo Circulante, tendo, como conseqüência, uma melhora na liquidez da empresa.
	No exercício de 1997, R$ 274,9 mil dos recursos da UNICON eram de curto prazo, reduzindo para R$ 202,3 mil em 1998 e aumentando para R$ 307,3 em 1999. Os recursos de curto prazo foram reduzidos de 1997 para 1998 em 26%, aumentado de 1997 para 1999 em 12%.
Exigível a Longo Prazo
	Os recursos de longo prazo evoluíram de R$ 155,2 mil em 1997 para R$ 263,9 mil em 1998 e para R$ 433 mil em 1999, representando aumentos percentuais de 70% de 1997 para 1998 e de 179% de 1997 para 1999.
Patrimônio Líquido
	Os recursos próprios aplicados nos investimentos da UNICON sofreram um significativo aumento no período analisado.
	No total do Patrimônio Líquido verificamos que os recursos dos sócios somavam R$ 669 mil em 1997; R$ 1.682,2 mil em 1998 e R$ 1.756,4 mil em 1999, com aumentos percentuais de 151% de 1997 para 1998 e de 163% de 1997 para 1999.
	O Capital Social totalizava R$ 219,8 mil em 1997; R$ 279,4 mil em 1998 e R$ 851,6 mil em 1999, com acréscimo de 27% de 1997 para 1998 e de 287% de 1997 para1999.
	Não houve evolução nas origens nas Reservas de Capital por se tratar de valores provenientes da Correção Monetária do Capital, já extinta pela lei fiscal.
	Nas Reservas de Lucros, como origens de recursos, temos em 1997 R$ 358,2 mil; R$ 552,3 mil em 1998 e R$ 565,3 mil em 1999, com aumento de 54% de 1997 para 1998 e de 58% de 1997 sobre 1999.
	As Sobras a Disposição da AGO totalizavam R$ 6,98 mil em 1997; R$ 766,4 mil em 1998 e R$ 255,6 mil em 1999, com acréscimos de 10.879% de 1997 para 1998 e de 3.561% de 1997 para 1999. 
Demonstração do Resultado do Exercício
Receita Operacional Bruta
	No exercício de 1997 verificamos uma receita bruta de R$ 6.747,5 mil; em 1998 R$ 7.271,2 mil e em 1999 e em 1999 R$ 7.876,0 mil com um aumento de 8% de 1997 para 1998 e de 17% de 1997 para 1999.
Custo dos Serviços
	Durante o exercício de 1997 tivemos R$ 5.274,1 mil de custo dos serviços prestados, contra R$ 5.146,9 mil em 1998 e R$ 6.188,2 mil em 1999, com uma redução percentual de 2% de 1997 para 1998 e um acréscimo de 17% de 1997 para 1999.
Lucro Bruto
	O Lucro Bruto evoluiu de R$ 1.471,3 mil em 1997 para R$ 2.124,0 mil em 1998 e para R$ 1.64166 mil em 1999, representando, percentualmente, uma evolução de 44% de 1997 para 1998 e de 12% de 1997 para 1999.
Despesas Operacionais
	As Despesas Operacionais que representaram R$ 1.437,6 mil em 1977, foram reduzidas para R$ 1.304,9 mil em 1998, aumentado para R$ 1.855,8 mil em 1999, com uma redução de 9% de 1997 para 1998 e um aumento de 29% de 1999 em relação ao exercício de 1997.
Lucro Operacional
	No Lucro Operacional tivemos: R$ 33,7 mil em 1997; R$ 819,1 mil em 1998 e um prejuízo operacional de R$ 214,2 mil em 1999, com um aumento percentual de 2.329% de 1998 em relação a 1997. No ano de 1999 apurou-se prejuízo operacional.
Resultado não-operacional
	Como resultado não-operacional tivemos R$ 0,51 mil (prejuízo) em 1997; R$ 3,1 mil (prejuízo) em 1998 e R$ 313,6 mil (lucro) em 1999.
Lucro do Investimento
	Verificamos como Lucro do Investimento R$ 33,2 mil em 1997; R$ 816,0 mil em 1998 e R$ 99,4 mil em 1999, com um acréscimo percentual de 2.357% de 1997 para 1998 e de 199% de 1997 para 1999.
Receitas e Despesas Financeiras
	Constatamos que as receitas financeiras superam as despesas financeiras, em todos os exercícios analisados. 
Tivemos como Receitas Financeiras em 1997 o valor de R$ 65,4 mil; R$ 171,3 mil em 1998 e R$ 314,7 mil em 1999, com um aumento percentual de 162% de 1997 para 1998 e de 381% de 1997 para 1999.	
Nas Despesas Financeiras apuramos os seguintes valores: R$ 42,9 mil em 1997; R$ 57,2 mil em 1998 e R$ 48,0 mil em 1999, com um acréscimo percentual de 33% de 1997 para 1998 e de 12% de 1997 para 1999.
Lucro após o Imposto de Renda e Contribuição Social
O Lucro após o IR e CS representou R$ 49,6 mil em 1997; R$ 929,9 mil em 1998 e R$ 366,0 mil em 1999, com um aumento em termos percentuais de 1.775% de 1997 para 1998 e de 638% de 1997 para 1999.
Participações dos Sócios
Os juros sobre o capital integralizado dos sócios totalizaram R$ 17,6 mil em 1997; R$ 23,4 mil em 1998 e R$ 55,6 mil em 1999, com um aumento percentual de 32% de 1997 para 1998 e de 215% de 1997 para 1999.
Fundo de Reserva Legal
O Fundo de Reserva Legal representava R$ 2,9 mil em 1997, R$ 92,9 mil em 1998 e R$ 36,6 mil em 1999, com um acréscimo percentual de 3.107% de 1997 para 1998 e de 1.163% de 1997 para 1999.
Fundo de Assistência Técnica Educacional e Social – FATES
O valor do FATES em 1997 foi de R$ 22,0 mil; R$ 47,2 mil em 1998 e de R$ 18,3 mil em 1999, com um aumento de 114% de 1997 para 1998 e uma redução de 17% de 1997 para 1999.
Sobras à Disposição da AGO
As Sobras à Disposição da AGO evoluiu de R$ 6,9 mil em 1997 para R$ 766,4 mil em 1998 e R$ 255,6 mil em 1999, com um aumento percentual de 10.881% de 1997 para 1998 e de 3.562% de 1997 para 1999.
Análise Vertical
	A Análise Vertical é um processo comparativo, expresso em percentagem, que, no Balanço Patrimonial, apresenta a evolução dos grupos e contas do Ativo em relação ao Ativo Total e dos grupos do Passivo em relação ao Passivo Total.
	Na Demonstração do Resultado do Exercício, a Análise Vertical compara, percentualmente, cada item da DRE com o valor das receitas brutas.
Balanço Patrimonial
Ativo Circulante
	Em 1977 a UNICON tinha aplicado em seu Ativo Circulante 68,6% dos recursos totais, aumentando para 79,2% em 1978, recuando para 70,8% em 1999.
	Dentro do Ativo Circulante, destacamos as aplicações em Disponibilidades que, no exercício de 1997, representavam 39,6% dos recursos aplicados, aumentando para 62,3% em 1998 e reduzindo para 55,6% em 1999 e nas Contas a Receber-Clientes que representavam 25,0% dos recursos aplicados no ano de 1997, reduzindo para 13% ano exercício de 1998 e aumentando para 13,7 em 1999.
Realizável a Longo Prazo
	Nos créditos de longo prazo, a empresa tinha aplicado no exercício de 1997 18,1% dos recursos totais, recuando para 12,4% no ano de 1998 e aumentando para 19,9% no exercício de 1999.
Ativo Permanente
	No exercício de 1997 13,3% dos recursos da empresa estavam aplicados no Ativo Permanente, reduzindo este percentual para 8,4% em 1998 e elevando para 9,3% no ano de 1999.
	No Ativo Permanente, os Investimentos consumiram 6,1% dos recursos totais no exercício de 1997, 3,7% no ano de 1998 e 5,1% em 1999 e no Imobilizado estavam aplicados 7,2% dos recursos em 1997, 4,7% no exercício de 1998 e 4,2% no ano de 1999.
Passivo Circulante
	No exercício de 1997, 25% dos recursos totais da empresa eram de terceiros com vencimentos de curto prazo, reduzindo este percentual para 9,4% no ano de 1998 e aumentando para 12,3% em 1999.
Exigível a Longo Prazo
	Dos recursos totais da UNICON, no exercício de 1997, 14,1% eram provenientes de recursos de terceiros a longo prazo, reduzindo, no ano de 1998, para 12,3% e aumentando para 17,3% no ano de 1999.
Patrimônio Líquido
	No exercício de 1997, 60,9% dos recursos totais da empresa eram representados por capitais próprios, aumentando para 78,3%, no exercício de 1998 e reduzindo para 70,4%, no ano de 1999.
	Dos recursos próprios da UNICON, 20,0% representavam, em relação ao total de recursos, o Capital Social, no exercício de 1997, reduzindo para 13,0% no ano de 1998 e aumentando para 34,1% no exercício de 1999; Reservas de Capital representavam 7,6% no ano de 1997, 3,9% em 1998 e 3,4% em 1999; Reservas de Lucro representavam 32,6% no exercício de 1997, 25,7% no ano de 1998 e 22,6% em 1999; as Sobras à Disposição da Assembléia Geral totalizavam 0,7% dos recursos, no exercício de 1997, aumentando para 35,7% no ano de 1998 e reduzindo para 10,3% em 1999.
Demonstração do Resultado do Exercício
Custo dos Serviços
	No exercício de 1997, o Custo dos Serviços consumiu 78,2% da Receita Operacional Bruta, reduzindo para 70,8% no ano de 1998 e aumentando para 78,6% em 1999.
Lucro Bruto
	O Lucro Bruto representava, no exercício de 1997, 21,8% da Receita Operacional Bruta, aumentando para 29,2% no ano de 1998 e reduzindo para 20,8% em 1999.
Despesas Operacionais
	As Despesas Operacionais absorveram 21,3% da Receita Operacional Bruta, no exercício de 1997, reduzindo para 17,9% no ano de 1998 e aumentou para 23,5% no exercício de 1.999.
	Dentro das Despesas Operacionais, destaco as Despesas Administrativas que, no exercício de 1997, representavam 19,7% da Receita Operacional Bruta, reduzindo para 16,0% no ano de 1998 e aumentando para 20,9% em 1999. 
Lucro Operacional
	O Lucro Operacional, no exercício de 1997, foi de 0,5% da Receita Operacional Bruta, aumentando para 11,3% no ano de 1998 e apresentando um prejuízo de 2,7% sobre a referida receita no ano de 1999.
Resultado Não-Operacional
	No Resultado Não-Operacional – Receitas Eventuais (-) Despesas Eventuais – a empresa, nos exercícios de 1997 e 1998, não apresentou valores significativos. Entretanto, no ano de 1999, apresentou um resultado positivo que representou 4,0% da Receita Operacional Bruta.	
Lucro do InvestimentoO Lucro do Investimento que, no exercício de 1997, representava 0,5% da Receita Operacional Bruta, aumentou para 11,3% no ano de 1998 e sofreu uma redução para 1,3% em 1999.
Receitas e Despesas Financeiras
	O resultado financeiro da empresa – Receitas Financeiras (-) Despesas Financeiras – no exercício de 1997 representou 0,3% da Receita Operacional Bruta, 1,5% no ano de 1998 e 3,4% em 1999.
Lucro após o Imposto de Renda e Contribuição Social
	O Lucro após o Imposto de Renda e Contribuição Social representava 0,7% da Receita Operacional Bruta no exercício de 1997, aumentando para 12,8% no ano de 1988 e diminuindo para 4,7% em 1999.
Total das Participações
	No exercício de 1997 foram distribuídos aos sócios, a título de juros sobre o capital social, o equivalente a 0,2% da Receita Operacional Bruta, aumentando para 0,3% no ano de 1998 e 0,7% em 1999.
Fundos e Reservas
	Para o Fundo de Reserva Legal e Fundo de Assistência Técnica, Educacional e Social foi destinado 0,2% da Receita Operacional Bruta no exercício de 1997, 1,3% no ano de 1998 e 0,5% em 1999.
Sobras à Disposição da AGO
	No exercício de 1997 ficaram à disposição da AGO o valor correspondente a 0,1% da Receita Operacional Bruta, aumentando para 10,5% no ano de 1998 e diminuindo para 3,2% em 1999.
�
Participação de Capital de terceiros
Expressão: 		CT			x 100
		PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Indica: 	Qual proporção que existe entre os Capitais de Terceiros e o Capital Próprio, ou seja, quanto a empresa tomou de Capitais de Terceiros (PC + ELP) para cada unidade monetária ($) de Capital Próprio (PL).
Interpretação: quanto menor este quociente, melhor.
Ponto (s) a considerar:
. Quanto menor esse índice for, menor será a participação de Capital de Terceiros e menor será seu grau de endividamento. Assim, maior será sua liberdade financeira para a tomada decisão.
. Sendo esse índice for menor do que um (1) ou menor do que 100%, isso indicará que há excesso de Capital Próprio em relação ao Capital de Terceiros. 
Havendo um índice maior do que um (1) ou maior do que 100% a situação é analisada ao contrário. Então isso indicará dependência financeira junto a Terceiros e a empresa terá de se sujeitar às regras impostas por esses credores, podendo incorrer em altas taxas de juros e dificuldades para a obtenção de créditos junto a outras instituições.
. Os Capitais de Terceiros sempre existirão, o importante é que a empresa saiba administrar aqueles Capitais, tornando os lucros obtidos com a sua aplicação superiores aos juros que remunerarão os Capitais.
Composição de Endividamento
Expressão: 	PASSIVO CIRCULANTE	x 100
		CAPITAIS DE TERCEIROS
Indica: 	Qual proporção existe entre as Obrigações de Curto Prazo e as Obrigações Totais (PC + ELP), ou seja, o quanto a empresa terá de pagar em curto prazo para cada unidade monetária ($) do total de Obrigações de Terceiros.
Interpretação: quanto menor este quociente, melhor.
Ponto (s) a considerar:
. Quanto menor for o valor a pagar no curto prazo em relação às obrigações totais (CT), mais tempo a empresa terá para obter recursos financeiros para saldar os seus compromissos.
. Numa eventual necessidade de recursos para pagamento de obrigações de Curto Prazo, a empresa pode recorrer a recursos de Longo Prazo. No entanto, como nem sempre recorrer a esses recursos é benéfico à empresa, melhor será gerar recursos através do desenvolvimento normal das atividades, isto é, deve-se buscar gerar lucros, aumentando o Montante do Capital Próprio.
Imobilização do Patrimônio Líquido
Expressão: 	ATIVO PERMANENTE	x 100
		PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Indica: 	Qual proporção existe entre os recursos aplicados no Ativo Permanente proveniente do Patrimônio Líquido. Ou ainda, O quanto a empresa imobilizou no Ativo Permanente para cada unidade monetária ($) do Patrimônio Líquido.
Interpretação: quanto menor este quociente, melhor. 	Ponto (s) a considerar:
. Um aspecto a ser evidenciado nesse quociente é quanto à existência ou não da dependência do Capital de Terceiros (PC + ELP) para financiar o Ativo Circulante. Quando se utiliza todo o Patrimônio Líquido (Capital Próprio) para financiar o Ativo Permanente, isso significará que todo o Ativo Circulante e o Realizável em Longo Prazo serão financiados por Capital de Terceiros. Numa situação desse tipo, será interessante investigar a relação Obrigações de Curto Prazo (PC) em relação ao total de Capitais de Terceiros e verificar se a empresa necessita se desdobrar para pagar os compromissos de Curto Prazo. A proporção ideal é que o Patrimônio Líquido (Capital Próprio) seja superior ao Ativo Permanente, proporcionando assim com que parte do Ativo Circulante também seja financiada por ele. Quando isso acontece, ocorre a folga financeira para a tomada de decisões.
. Quando esse índice é maior do que um (1) significa que toda a parcela do Capital Próprio (PL) foi aplicada no Ativo Permanente, não sobrando nada para financiar o Ativo Circulante evidenciando dependência financeira em relação ao Capital de Terceiros.
Imobilização dos Recursos não Correntes
Expressão: 	 	ATIVO PERMANENTE			x 100
		P. LÍQUIDO + EXIGÍVEL LONGO PRAZO
Indica: 	Qual proporção existe entre o Ativo Permanente e os Recursos não Correntes (PL +ELP), ou seja, qual a quantia que a empresa investiu no AP para cada unidade monetária ($) de recursos não correntes (PL + ELP).
Interpretação: quanto menor este quociente, melhor.
Ponto (s) a considerar:
. A análise desse quociente é importante quando existe a proporção de Ativo Permanente superior ao Patrimônio Líquido, pois nesse caso pode ocorrer que a situação financeira da empresa não esteja salutar, e assim, faz-se necessário avaliar através do índice de Imobilizações dos Recursos Não-Correntes se essa situação está sendo compensada pela utilização de Exigíveis de Longo Prazo. 
. Para se ter a evidência de tendência de desequilíbrio financeiro, e se existe a situação de insolvência (incapacidade de liquidação de dívidas) há que se realizar a análise dos índices de liquidez que não serão objetos de nosso estudo.
Resumo das interpretações: 
Para todos os índices de Quocientes de Estrutura de Capitais vistos, a interpretação é:
Quanto menor for o quociente, melhor.
Para fixarmos melhor o conceito sobre quocientes de Estrutura de Capital, de acordo com as informações a seguir, elabore:
O balancete de verificação;
O Balanço Patrimonial;
Os quocientes de Estrutura de Capital:
. Composição do endividamento;
. Imobilização do Ativo Permanente;
. Participação de Capital de terceiros.
Empresa Alfa Ltda – saldos de balanço.
	
	X1
	X2
	Caixa e Bancos
	71.696
	33.979
	Fornecedores
	30.000
	20.000
	Aplicações de Liquidez imediata
	5.000
	36.000
	Empréstimos a pagar – Curto Prazo
	36.000
	5.360
	Contas a Receber – Curto Prazo
	104.500
	112.500
	Outras Obrigações – Curto Prazo
	19.000
	22.000
	Estoques
	130.000
	82.000
	Empréstimos a pagar – Longo Prazo
	0
	35.000
	Contas a Receber – Longo Prazo
	15.000
	60.000
	Investimentos 
	0
	6.000
	Capital
	7.000
	10.000
	Ativo Imobilizado
	29.200
	24.400
	Reservas
	2.000
	12.000
	Lucros Acumulados
	272.196
	260.119
	Ativo Diferido
	10.800
	9.600
	
	
	
	TOTAL
	732.392
	728.958
	
 
Custo de Capital
O custo do Capital de uma empresa corresponde à taxa mínima exigida pelos proprietários do Capital (acionistas e credores) que financiam as atividades da empresa.
O custo do Capital é calculado com base nas diversas fontes de financiamento de caráter de longo prazo e permanente e deve ser o mais “realista” possível, pois importantes decisões estratégicas da empresa são tomadas com base nele.
Conforme já abordamos em etapas anteriores, os financiamentos de investimentos que se faz numa empresa estão divididos em Capital Próprio e Capital de terceiros.
Assim, investimentos em ativos fixos devem ser financiados por colocação de ações no mercado, Lucros não distribuídos, empréstimos de longoprazo, emissão de títulos.
Capital próprio:
Para evitar o aperto de liquidez num eventual insucesso futuro, normalmente utilizam-se capital próprio nos investimentos que têm retorno de longo prazo. 
Na composição do custo de Capital Próprio devem ser levados em consideração os custos das ações, os custos dos Lucros retidos, pois esses tipos de financiamentos são remunerados por dividendos futuros esperados pelos acionistas.
Ações: São títulos que têm renda variável. São emitidas por sociedade anônima e, representa a menor fração do capital da empresa emitente. O investidor em ações é um co-proprietário da sociedade anônima da qual é acionista, participando dos seus resultados. As ações são conversíveis em dinheiro, a qualquer tempo, pela negociação em Bolsas de Valores. Não existe prazo mínimo para investimentos em ações, ou seja, o investidor decide quando comprar e quando vender as ações. 
Tipo de investimento classificado como sendo de risco que não tem garantia de retorno já que o retorno esperado dependerá de alguns fatores como desempenho da empresa, da economia.
Ações ordinárias e preferenciais.
Ordinárias – Ações que garantem ao seu possuidor direito a voto nas assembléias dos acionistas, onde cada ação ordinária corresponde a um voto. Normalmente, nessas assembléias, são aprovados Balanços e Demonstração de Resultado do Exercício. Pode ser ainda, discutido o destino dos resultados da companhia e eleições de membros do Conselho de Administração da empresa.
Preferenciais – São ações que garantem ao seu possuidor preferência no recebimento de dividendos em relação às ordinárias. No caso de liquidação da empresa também possuem preferência no recebimento de reembolso do Capital investido. Porém, diferentemente das ações ordinárias não garantem ao seu possuidor o direito a voto nas assembléias dos acionistas (salvo se não houver distribuição de resultados por três exercícios consecutivos).
Formas:
Nominativas (Ações representadas por Cautelas ou Certificados que apresentam o nome do acionista, cuja transferência é feita com a entrega da cautela e a averbação de termo, em livro próprio da sociedade emitente, identificando o novo acionista) ou;
Escriturais (Ações que não são representadas por Cautelas ou Certificados, os valores são lançados a débitos ou a crédito dos acionistas em uma espécie de conta corrente, não havendo, portanto movimentação física dos documentos). 
Rentabilidade das ações: É variável. Parte da Rentabilidade das ações é composta de dividendos ou participação nos resultados e benefícios concedidos pela empresa, outra parte advém do eventual ganho de capital na venda da ação.
Dividendos: A participação nos resultados de uma sociedade é feita sob a forma de distribuição de dividendos em dinheiro, em percentual a ser definido na Assembléia Geral Ordinária dos Acionistas, de acordo com os resultados obtidos pela empresa em determinado período.
A importância da política de dividendos
É muito importante a distribuição de dividendos para uma empresa, pois isso faz com que ela seja vista como lucrativa e demonstra que tem saúde financeira.
O fato de uma empresa distribuir dividendo tem caráter informacional para o mercado, e isso faz com que aquele mercado tenha reação positiva ou negativamente de acordo com o aumento ou diminuição do valor dos dividendos (Mazakazu Hoji, 2006; 198).
A distribuição de dividendo é importante, pois evidencia a parcela de lucro distribuída e aquela retida. Também se levam em conta os custos de emissão (taxa de deságio e despesas de underwriting) implicando na diminuição de caixa.
 
Mensuração do Custo de Capital
Para cada fonte de financiamento utiliza-se uma forma de mensuração de custo de Capital.
O custo das ações preferenciais e ordinárias.
Em outros países é normal a distribuição de dividendos de ações preferenciais como um valor fixo.
Nessa situação, a expressão será:
Custo da “emissão” de ações preferenciais: 		kp =
	
Onde: 
kp = Custo das ações preferenciais;
Dp = dividendo fixo por ação preferencial;
P0 = preço corrente da ação;
f = taxa de deságio sobre o preço de lançamento das aços em percentual;
d = despesas de underwriting (subscrição) “em percentual”
Exemplo:
Consideremos que uma empresa pretende emitir ações preferenciais com dividendo anual de R$ 20. Considerando que o preço corrente de tal ação no mercado é de R$ 98, que há uma taxa de deságio de 10% para a subscrição e que as despesas de underwriting são de 3%. Qual será o custo de emissão da ação?
Utilizando a expressão anterior, temos:
kp =
kp = _________
kp =				kp =				kp =			ou	Kp = ______% a. a. 	
Contudo, e embora as ações preferenciais tenham prioridade na distribuição de dividendos em relação às ações ordinárias, no Brasil, elas têm direitos aos mesmos dividendos das ações ordinárias. Isso significa que as ações preferenciais participam em igualdade de condições com as ações ordinárias na distribuição de lucros. Assim, considera-se que os custos dos dois tipos de ações podem ser calculados da mesma forma.
Custo das ações ordinárias (e de ações preferenciais com participação integral nos lucros)
Crescimento constante - Modelo de Gordon		ks =
 + g
A expressão nos diz que o custo das ações ordinárias será obtido pela divisão do dividendo esperado no ano 1 pelo preço corrente da ação e somando-se a taxa esperada de crescimento.
Como os dividendos provêm do lucro líquido (após o IR), não há ajuste relativo ao IR.
Onde: 
ks = taxa de retorno exigido sobre a ação;
D1 = dividendo por ação esperado no ano 1;
P0 = preço corrente da ação;
g = taxa anual de crescimento constante dos lucros e dividendos
Vale observar que, se ks = taxa de retorno exigido sobre a ação por parte do acionista, para a empresa ks é o custo da ação, e corresponde à remuneração a que os acionistas fazem jus em contrapartida aos recursos investidos na empresa.
Exemplo:
O preço corrente de determinada ação de uma empresa negociada em bolsa é de R$ 105. Se o dividendo previsto for de R$ 20. Com previsão de crescimento de 3% (taxa média de crescimento dos lucros e dividendos). Qual o custo da ação para a empresa?
Utilizando a expressão anterior, temos:
ks =
 + g
ks = _______ + 
ks = _______ +		ks =		+		ks = 			ou		ks = ________%
Custo de emissão novas ações ordinárias (e de ações preferenciais com participação nos lucros)
O preço de novas ações no mercado deverá ser inferior ao preço das ações antigas praticado no mercado, e isso se dá por alguns motivos, a saber:
. Despertar o interesse dos subscritores;
. Margem de segurança contra a queda nas cotações durante o prazo de subscrição;
. Pressão por parte da instituição intermediadora para que a emissão das ações tenha facilidade de colocação no mercado por um preço que seja atraente.
A emissão de novas ações tem o seu custo incrementado em taxas de deságio e despesas de underwriting (subscrição) em percentual (expressadas em relação ao preço corrente da ação P0).
A expressão tem relação com o Modelo de precificação constante “Modelo de Gordon”.
Custo da “emissão” de novas ações (ordinárias): 		kn =
+ g	
Onde: 
kn = Custo da emissão de novas ações (ordinárias);
D1 = dividendo por ação esperado no ano 1;
P0 = preço corrente da ação;
f = taxa de deságio sobre o preço de lançamento das aços em percentual;
d = despesas de underwriting (subscrição) “em percentual”
g = taxa anual de crescimento constante dos lucros e dividendos. 
Exemplo:
Qual o custo de emissão de novas ações (ordinárias) para uma empresa, se a taxa de deságio é de 10%, a despesa de underwriting (subscrição) é de 4%, o preço corrente da ação no mercado é de R$ 90 e o dividendo previsto for de R$ 15 com previsão de crescimento de 2% (taxa média de crescimento dos lucros e dividendos)?
Utilizando a expressão anterior, temos:
kn =
+ g	kn = ____________+ 		kn = ____________ + 
kn = __________+		kn = +				kn =__________	ou	kn = ________%
�
Custo dos Lucros retidos
Os lucros retidos são aqueles lucros que não foram distribuídos aos acionistas e representam um reinvestimento na empresa. Assim, por não terem sido distribuídos, devem gerar retorno (pelo menos é o que esperam os acionistas) no mínimo igual àquele que os acionistas teriam se o tivessem recebido e aplicado em outra opção de investimento.
O custo de lucros retidos para a empresa é equivalente ao custo das ações ordinárias totalmente subscritas e integralizadas, sem despesas de underwriting e taxa de deságio.
A expressão para o cálculo do custo dos Lucros retidos então será: 	kLr =
 + g
Utilizando os dados do cálculo do custo das ações ordinárias temos:
Exemplo:
O preço corrente de determinada ação de uma empresa negociada em bolsa é de R$ 105. Se o dividendo previsto for de R$ 20. Com previsão de crescimento de 2% (taxa média de crescimento dos lucros e dividendos). Qual o custo da ação para a empresa?
Utilizando a expressão anterior, temos:
kLr =
 + g
kLr = _______ + 
kLr = _______+ 		kLr = +		kLr = ________	ou		kLr = _______%
O custo do Capital de Terceiros
O que é o custo do Capital de terceiros?
É a taxa de retorno que o credor de um empréstimo ou financiamento faz jus pelo risco que corre temporariamente enquanto cede o seu capital a um tomador de recursos.
Assim, as fontes de capital de terceiros são:
. Empréstimos e financiamentos;
. Emissão de títulos.
Empréstimos e financiamentos
No Brasil, há a internação de recursos externos via resoluções (por exemplo, resolução 2770 “antiga resolução 63”) com características de longo prazo para financiar atividades econômicas. Nessa modalidade de empréstimo o recurso é captado no exterior por instituição financeira sendo repassado internamente para as empresas.
Dessa forma, vamos considerar as seguintes informações e calcular o custo de um empréstimo externo.
Condições do empréstimo:
Valor				US$ 20.000.000
Prazo: 			3 anos, com amortização no final.
Taxa: 				8% a.a. (pagamentos semestrais a juros simples).
IRRF: 				15% sobre os juros
Comissão de repasse: 	2% a.a. (a juros simples) com pagamento semestral. 
Despesas legais: 		US$ 200.000 (pagos na data da contratação).
Variação cambial: 		6%
Qual o custo anual da transação?
“Comissão de Repasse Percentual aplicado sobre o saldo devedor, devido a credor nacional (operação interna), em contrato cuja origem dos recursos é externa. A forma do cálculo é semelhante à de juros, com taxas variando, normalmente, entre 0,5 e 4,0% a.a.” 
Fonte: http://www.tesouro.fazenda.gov.br/servicos/glossario/glossario_c.asp
�
Para calcularmos o custo do financiamento (%) vamos utilizar uma tabela que demonstra os cálculos.
	Sem
	Juros
(US$)
	Comissão de remessa
(US$)
	IR sobre juros
(US$)
	Amortização
(US$)
	Saldo 
Devedor US$
	Fluxo caixa (US$)
	0
	
	
	
	
	
	
	1
	
	
	
	
	
	
	2
	
	
	
	
	
	
	3
	
	
	
	
	
	
	4
	
	
	
	
	
	
	5
	
	
	
	
	
	
	6
	
	
	
	
	
	
O fluxo de caixa da transação é o seguinte: 	
														tempo
			1		2		3		4		5		6				
Pagamentos
O cálculo do custo será dado pela taxa interna de retorno do fluxo de caixa. Assim, por uma calculadora HP 12C, teremos:
f clear fin	visor
		g CF0			 
 		Chs g CFj	
	 	g Nj			 
		Chs g CFj	
f IRR				
Running	__________ % a.s.	ou	ke = ((___________)2 -1) x 100		ke = _________ % a. a
�
Títulos de dívida.
Debêntures
As debêntures são títulos de rendas fixas (pré-fixadas, pós-fixadas com prazo mínimo de 60 dias) emitidas por empresas não financeiras, com capital aberto que buscam obter recursos de médios e longos prazos para financiar as suas atividades ou quitar dívidas. Ou seja, é uma dívida que a empresa levanta com um investidor e em troca paga juros por isso. Seu registro é feito junto ao SND sistema Nacional de Debêntures. 
Em alguns casos as debêntures podem conter uma opção de conversão em ações, através da qual na data de exercício é possível trocar as debêntures, que nada mais são do que um título de dívida, por ações da empresa. Desta forma, você deixa de ser um credor para ser um acionista da empresa. Contudo, a conversão não é obrigatória, pois dependendo de quanto estiverem valendo as ações no mercado pode não valer a pena converter.
Rentabilidade.
A rentabilidade da aplicação em debênture é definida pela combinação de duas variáveis, uma é a valorização do valor do título e a outra se refere aos juros pagos em períodos definidos para o investidor. O nível dos juros a serem pagos deve refletir a qualidade da empresa, escassez de recursos no mercado e apetite dos investidores. Isto significa que empresas de melhor qualidade (do ponto de vista de resultado e estrutura de capital) pagam menos, pois o investidor está correndo menos risco ao emprestar o seu dinheiro. Em contrapartida, as empresas mais endividadas para as quais poucos investidores estão interessados em emprestar dinheiro pagam mais, para compensar o investidor do risco que estão correndo. O critério de cálculo de juros é na base de 360 dias e não de dias corridos.
Como credor da empresa o detentor de uma debênture tem preferência frente aos acionistas em caso de falência da empresa, ou seja, se a empresa enfrentar dificuldades e não honrar suas dívidas, os investidores que aplicaram em debêntures terão que obter o dinheiro de volta com base no patrimônio da empresa, mas para isso é preciso observar a ordem de recebimento, já que alguns credores têm preferência sobre outros no recebimento. 
Quando se compra uma debênture, se está na verdade emprestando dinheiro para a empresa, correndo risco de que elas não venham honrar seus compromissos. Para tornar suas debêntures mais atrativas para os investidores e, conseqüentemente, reduzindo os juros que devem pagar, algumas empresas dão garantias na emissão de debêntures. 
�
No caso de emissão de debêntures para investidores que não sejam acionistas da empresa emissora (com oferecimento ao público), é necessário o registro da empresa e da emissão junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). 
Nesse caso ao se registrar na CVM, a empresa fornece todas as informações necessárias para que os investidores possam analisar a oportunidade de investimento de forma imparcial. No caso dos investidores já serem acionistas da empresa, isto não é necessário, pois se pressupõe que já saibam tudo ou tenham acesso a toda informação necessária para a tomada de decisão.
Neste caso, a empresa emissora contrata os serviços de uma instituição financeira para auxiliá-la na colocação dos títulos, bem como na definição de prazos e taxas compatíveis com a situação de mercado. 
Exemplo do cálculo do custo sobre emissão de debêntures.
Condições:
Valor nominal (uma debênture) 	R$ 	 10.000
Quantidade de títulos: 		 	 4.000
Valor total pela emissão: 		R$ 40.000.000
Prazo: 					2 anos (com resgate no final do prazo)
Taxa de juros: 				16,5% a.a. efetivo (pagos semestralmente)
Deságio na colocação			3,5% sobre o valor de face do titulo
Comissão na colocação: 		5% sobre o valor líquido da colocação
Valor líquido = (R$ emissão – R$ deságio)
Despesas fixas de colocação: 	R$ 300.000 (pagos no ato da colocação)
Para calcularmos o custo das debêntures (%) vamos utilizar uma tabela que demonstra os cálculos:
	Sem
	Juros
(R$)
	Amortização
(R$)
	Deságio na colocação (R$)
	Comissão de intermediação (R$)
	Despesas fixas de colocação (R$)
	Saldo 
devedor
 (R$)
	Fluxo caixa (R$)
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
O fluxo de caixa da transação é o seguinte: 	
Entrada = 										= _____________
 
											tempo
			1		2		3		4									
Pagamentos
O cálculo do custo será dado pela taxa interna de retorno do fluxo de caixa. Assim, por uma calculadora HP 12C, teremos:
f clear fin	visor
		g CF0		 
 
		Chs g CFj	
	 
	g Nj			 
		Chs g CFj	
f IRR				
Running	___________ % a.s.		ou	kd = ((_____________)2-1) x100	kd= __________% a. a
Quadro resumo dos diversos custos de Capital calculados anteriormente:
Conforme já mencionado anteriormente, no Brasil as ações preferenciais têm direitos aos mesmos dividendos das ações ordinárias. Isso significa que as ações preferenciais participam em igualdade de condições com as ações ordinárias na distribuição de lucros. Assim, consideraremos os custos dos dois tipos de ações (pelo modelo de crescimento de Gordon), já que tais custos podem ser calculados da mesma forma, tanto para as ações preferenciais quanto para as ordinárias.
	Fontes de Financiamento
	Custos percentuais (a.a.)
	Ações preferenciais (emissão)
	kn = _______%
	Ações ordinárias (emissão)
	kn = _______%
	Lucro retido
	kLr = _______%
	Empréstimo do exterior (Resolução 2770)
	ke =________% antes do benefício fiscal do IR
	Debêntures
	kd = ________% antes do benefício fiscal do IR
Nesse ponto antes de abordarmos o assunto Custo Médio Ponderado de Capital, ainda falta ajustar aqueles custos que gozam de benefício fiscal do IR, no caso, os custos do empréstimo Exterior e das Debêntures, gerando assim um custo efetivo de Capital após o IR.
As expressões para tais custos são:
Para o empréstimo do exterior (Resolução 2770) com uma variação cambial de 6%
ke(ajustado com variação cambial) = ((_______ x 1,06) -1) x 100 = 	(_________ – 1 ) x 100 = _________%
Assim, se considerarmos uma alíquota de IR de 34%, os custos após o imposto de renda (IR) seriam:
Para o empréstimo do exterior (Resolução 2770)
ke(efetivo após IR) = ke(antes do IR) x (1 – alíquota do IR)
ke(efetivo após IR) = (__________ x (1 – 0,34) 
ke(efetivo após IR) = ___________ x ______	= __________	ke(após IR) = __________ a.a.
Para as debêntures
Kd(efetivo após IR) = kd(antes do IR) x (1 – alíquota do IR)
Kd(efetivo após IR) = 	 x (1 – 0,34) 
Kd(efetivo após IR) = ___________ x ______	= __________	Kd(após IR) = _________ a.a.
Custo Médio Ponderado de Capital (CMPC) 		
Weight Average Cost of Capital (WACC).
O Custo Médio Ponderado de Capital (CMPC ou WACC) é a soma dos custos ponderados que será resultante da multiplicação dos custos efetivos das fontes de financiamento pelos respectivos pesos ou participação de cada fonte dentro do total de financiamento da estrutura de Capital planejada.
Considerando, por exemplo, os seguintes pesos (%) de participação de cada fonte dentro da estrutura:
Ações preferenciais (emissão)			= 30,0%
Ações ordinárias (emissão)			= 17,5%
Lucro retido						= 15,0%
Empréstimo do exterior (Resolução 2770) 	= 12,5%
Debêntures						= 25,0%
Total de participação na estrutura		= 100%
Teremos o seguinte quadro com o cálculo do Custo Médio Ponderado de Capital (WACC).
	
Fontes de Financiamento
	
Custos percentuais (a.a.)
	
Pesos (%)
	CMPC ou WACC 
(%) a.a.
	Ações preferenciais (emissão)
	kn = ______%
	30,0
	
	Ações ordinárias (emissão)
	kn = ______%
	15,0
	
	Lucro retido
	kLr = ______%
	10,0
	
	Empréstimo do exterior (Resolução 2770)
	ke = _______%
	20,0
	
	Debêntures
	kd = _______%
	25,0
	
	
	
	100,00%
	
Dessa forma, o cálculo do Custo Médio Ponderado de Capital ou WACC para a estrutura planejada seria:
CMPC ou WACC = __________% a.a.
�
Exercícios.
1 - Consideremos que uma empresa pretende emitir ações preferenciais com dividendo anual fixo de R$ 25. Considerando que o preço corrente de tal ação no mercado é de R$ 90, que há uma taxa de deságio de 10% para a subscrição e que as despesas de underwriting são de 3%. Qual será o custo de emissão da ação?
Utilizando a expressão anterior, temos:
kp =
kp = _________
kp = _________		kp = ________		kp = __________	ou	Kp = _________ % a. a
2 - O preço corrente de determinada ação de uma empresa negociada em bolsa é de R$ 100. Se o dividendo previsto for de R$ 15. Com previsão de crescimento de 2% (taxa média de crescimento dos lucros e dividendos). Qual o custo da ação para a empresa?
Utilizando a expressão anterior, temos:
ks =
 + g
ks = ________ + 
ks = ________ +			ks = _______		ou			ks = ___________% a.a
Exercícios.
3 - Qual o custo de emissão de novas ações (ordinárias) para uma empresa, se a taxa de deságio é de 5%, a despesa de underwriting (subscrição) é de 2%, o preço corrente da ação no mercado é de R$ 85 e o dividendo previsto for de R$ 20 com previsão de crescimento de 2,5% (taxa média de crescimento dos lucros e dividendos)?
Utilizando a expressão anterior, temos:
kn =
+ g	kn = _____________+			kn = ___________+ 
kn = __________+		kn = _____________ +			kn = _________ ou	kn = _________%
4 - O preço corrente de determinada ação de uma empresa negociada em bolsa é de R$ 70. Se o dividendo previsto for de R$ 10. Com previsão de crescimento de 1% (taxa média de crescimento dos lucros e dividendos). Qual o custo dos Lucros retidos para a empresa?
Utilizando a expressão anterior, temos:
kLr =
 + g
kLr = _________ + 
kLr = _________ +			kLr = _________	ou	kLr = _________%
5 - Considerando as informações abaixo sobre uma operação de empréstimo;
Valor				US$ 10.000.000
Prazo: 			2 anos, com amortização no final.
Taxa: 				5% a.a. (pagamentos semestrais a juros simples).
IRRF: 				15% sobre os juros
Comissão de repasse: 	1% a.a. (a juros simples) com pagamento semestral. 
Despesas legais: 		US$ 100.000 (pagos na data da contratação).
Variação cambial: 		4%
Alíquota de IR: 		34% (para ajuste do custo do empréstimo após o IR)
Pede-se:
Preencha o quadro com as informações sobre a operação de empréstimo;
Elabore o fluxo de caixa;
Efetue o cálculo do Custo de Capital antes do benefício fiscal do IR utilizando uma calculadora financeira;
Efetue o cálculo do Custo de Capital após do benefício fiscal do IR.
a)Para calcularmos o custo do financiamento (%) vamos utilizar uma tabela que demonstra os cálculos.
	Sem
	Juros
(US$)
	Comissão de remessa
(US$)
	IR sobre juros
(US$)
	Amortização
(US$)
	Saldo 
Devedor US$
	Fluxo caixa (US$)
	0
	
	
	
	
	
	
	1
	
	
	
	
	
	
	2
	
	
	
	
	
	
	3
	
	
	
	
	
	
	4
	
	
	
	
	
	
�
b) O fluxo de caixa da transação é o seguinte: 	
													tempo
			1		2		3		4									
Pagamentos
c)	O cálculo do custo será dado pela taxa interna de retorno do fluxo de caixa. Assim, por uma calculadora HP 12C, teremos:
f clear fin	visor
		g CF0			 
 		Chs g CFj	
	 	g Nj		
		Chs g CFj	
f IRR				
Running	__________ % a.s.	ou	ke = ((___________)2 -1) x 100	ke = _________ % a. a
d) Para o empréstimo do exterior (Resolução 2770) com uma variação cambial de 4%
ke(ajustado com variação cambial) = ((___________ x 1,04) -1) x 100 = 	(_________ – 1 ) x 100 = _______%
Assim, se considerarmos uma alíquota de IR de 34%, os custos após o imposto de renda (IR) seriam:
Para o empréstimo do exterior (Resolução 2770)
ke(efetivo após IR) = ke(antes do IR) x (1 – alíquota do IR)
ke(efetivo após IR) = (________ x (1 – 0,34) 
ke(efetivo após IR) = ________ x _____	= ______	ke(após IR) = _________a.a.
De acordo com as informações abaixo sobre emissão de debêntures:
Condições:
Valor nominal (uma debênture) 	R$ 	 5.000
Quantidade de títulos: 		 	 2.000
Valor total pela emissão: 		R$ ___________
Prazo: 					2 anos (com resgate no final do prazo)
Taxa de juros: 				15 % a.a. efetivo (pagos semestralmente)
Deságio na colocação			2% sobre o valor de face do titulo
Comissão na colocação: 		3% sobre o valor líquido da colocação
Valor líquido = (R$ emissão – R$ deságio)
Despesas fixas de colocação: 	R$ 100.000 (pagos no ato da colocação)
Alíquota de IR: 				34% (para ajuste custo da emissão das debêntures após o IR)
Pede-se:
Preencha o quadro com as informações sobre a operação de emissão das debêntures;
Elabore o fluxo de caixa;
Efetue o cálculo do Custo de Capital antes do benefício fiscal do IR utilizando uma calculadora financeira;
Efetue o cálculo do Custo de Capital após do benefício fiscal do IR.
a) Para calcularmos o custo das debêntures (%) vamos utilizar uma tabela que demonstra os cálculos:
	Sem
	Juros
(R$)
	Amortização(R$)
	Deságio na colocação (R$)
	Comissão de intermediação (R$)
	Despesas fixas de colocação (R$)
	Saldo 
devedor
 (R$)
	Fluxo caixa (R$)
	0
	
	
	
	
	
	
	
	1
	
	
	
	
	
	
	
	2
	
	
	
	
	
	
	
	3
	
	
	
	
	
	
	
	4
	
	
	
	
	
	
	
O fluxo de caixa da transação é o seguinte: 	
Entrada = 
											tempo
			1		2		3		4									
Pagamentos
O cálculo do custo será dado pela taxa interna de retorno do fluxo de caixa. Assim, por uma calculadora HP 12C, teremos:
f clear fin	visor
		g CF0		
		Chs g CFj	
		g Nj			
		Chs g CFj	
f IRR				
Running	
6.
d) Cálculo do custo após o IR para as debêntures
Kd(efetivo após IR) = kd(antes do IR) x (1 – alíquota do IR)
Kd(efetivo após IR) = ________ x (1 – 0,34) 
Kd(efetivo após IR) = ________ x ______	= ________	Kd(após IR) = __________ a.a.
7 – Com as informações de custo de cada fonte de financiamento apurada nos exercícios de 3 a 6, e considerando os pesos (%) na estrutura de capital.
Pede-se:
Calcule o custo médio ponderado de capital (CMPC ou WACC).
Ações preferenciais (emissão) 			= 25%
Ações ordinárias (emissão) 			= 10%
Lucro retido						= 10%
Empréstimo do exterior (Resolução 2770) 	= 30%
Debêntures						= 25%
Total de participação na estrutura		= 100%
Teremos o seguinte quadro com o cálculo do Custo Médio Ponderado de Capital (WACC).
	
Fontes de Financiamento
	
Custos percentuais (a.a.)
	
Pesos (%)
	CMPC ou WACC 
(%) a.a.
	Ações preferenciais (emissão)
	kn = ______%
	25,0
	
	Ações ordinárias (emissão)
	kn = ______%
	10,0
	
	Lucro retido
	kLr = ______%
	10,0
	
	Empréstimo do exterior (Resolução 2770)
	ke = ______%
	30,0
	
	Debêntures
	kd = ______%
	25,0
	
	
	
	100,00%
	
Dessa forma, o cálculo do Custo Médio Ponderado de Capital ou WACC para a estrutura planejada seria:
CMPC ou WACC =_________% a.a.
Orçamento de Capital.
Técnicas de Avaliação nas decisões de Investimentos.
Dando continuidade ao assunto sobre Orçamento de Capital, vamos ver nessa parte os métodos de avaliação nas decisões de investimentos.
Os métodos mais comuns são:
. Prazo de retorno (Payback period);
. Taxa Interna de Retorno – TIR (IRR – Internal Rate of Return)
. Valor Presente Líquido – Valor Atual Líquido (Net Present Value)
O Prazo de retorno – (Payback period).
Este método determina o tempo necessário para recuperar os recursos investidos em um projeto.
Quanto mais amplo for o horizonte de tempo considerado, maior será o grau de incerteza nas previsões. Desta maneira quanto menor o prazo das propostas de investimentos maior será a liquidez e conseqüentemente menor o risco.
O cálculo do prazo de retorno (payback period) é bastante simples.
. Quando as entradas líquidas de caixa forem uniformes, bastará dividir o investimento inicial pelas entradas anuais de caixa;
. Quando as entradas líquidas são desiguais, as mesmas deverão ser acumuladas até atingir o valor do investimento, apurando-se o prazo de retorno. Vamos observar o exemplo abaixo:
(Projetos Mutuamente exclusivos):
				 Proposta A		 	 Proposta B		 Proposta C
	Investimento inicial
	-20.000
	-20.000
	-20.000
	Entrada do 1º ano
	6.000
	7.500
	9.000
	Entrada do 2º ano
	7.000
	7.500
	8.000
	Entrada do 3º ano
	8.000
	7.500
	7.000
	Entrada do 4º ano
	9.000
	7.500
	6.000
Payback da proposta A F Caixa	 Fluxo utilizado Valor recuperado Acumulado Tempo em Anos
	Investimento inicial
	
	
	
	
	Entrada do 1º ano
	
	
	
	
	Entrada do 2º ano
	
	
	
	
	Entrada do 3º ano
	
	
	
	
	Entrada do 4º ano
	
	
	
	
Payback da proposta B F. Caixa	 Fluxo utilizado Valor recuperado Acumulado Tempo em Anos
	Investimento inicial
	
	
	
	
	Entrada do 1º ano
	
	
	
	
	Entrada do 2º ano
	
	
	
	
	Entrada do 3º ano
	
	
	
	
	Entrada do 4º ano
	
	
	
	
Payback da proposta C F. Caixa	 Fluxo utilizado Valor recuperado Acumulado Tempo em Anos
	Investimento inicial
	
	
	
	
	Entrada do 1º ano
	
	
	
	
	Entrada do 2º ano
	
	
	
	
	Entrada do 3º ano
	
	
	
	
	Entrada do 4º ano
	
	
	
	
Orçamento de Capital.
Técnicas de Avaliação nas decisões de Investimentos.
Se o prazo mínimo de retorno fosse de três (3) anos, todas as propostas seriam aceitas. Contudo, como somente uma delas pode ser aceita poderia optar-se pela aceitação da proposta C, pois é aquela que apresenta menor prazo de retorno.
Contudo o método do prazo de retorno é deficiente, pois:
Não reconhece as entradas de caixa previstas que ocorrerem após a recuperação do investimento; e Não avalia adequadamente o valor do dinheiro no tempo.
Entretanto, esse método pode servir como uma espécie de filtro inicial, na seleção de projetos de investimentos, servindo mesmo como complemento aos métodos do VPL e da TIR.
O Payback Atualizado.
O payback atualizado será o quociente entre o Valor Atual do investimento líquido pelo Valor Atual das entradas líquidas de caixa. Então:
				Valor Atual do investimento líquido
Payback Atualizado =
				Valor Atual das entradas líquidas de caixa
A interpretação é:
Quanto menor for o índice, melhor será a proposta, pois isso significa que, em valores atuais, as entradas líquidas de caixa superam o investimento líquido. Ao contrário, um índice maior do que um (1) não cobrirá o custo de capital, podendo no caso ser rejeitada.
Exemplo: Calcular o payback atualizado das propostas a seguir: Considerar que são mutuamente exclusivas. A taxa de desconto a ser considerada é de 18% a.a. (custo de capital da empresa) e as entradas ocorrem ao final de cada ano.
			 		Proposta X		 Proposta Y			Proposta Z
	Investimento inicial
	-60.000
	-60.000
	-60.000
	Entrada do 1º ano
	10.000
	30.000
	20.000
	Entrada do 2º ano
	50.000
	20.000
	20.000
	Entrada do 3º ano
	10.000
	20.000
	20.000
	Entrada do 4º ano
	10.000
	20.000
	30.000
	Entrada do 5º ano
	8.000
	20.000
	30.000
Administração Financeira e Orçamentária – AFO II
Orçamento de Capital.
Técnicas de Avaliação nas decisões de Investimentos.
				Proposta X (valores Futuros)	Valores Atualizados descontados
	Entrada do 1º ano
	
	
	Entrada do 2º ano
	
	
	Entrada do 3º ano
	
	
	Entrada do 4º ano
	
	
	Entrada do 5º ano
	
	
											Soma = 	
				Valor Atual do investimento líquido			
Payback Atualizado x =								=
				Valor Atual das entradas líquidas de caixa 		
Payback Atualizado x = 
				Proposta Y (valores Futuros)	Valores Atualizados descontados
	Entrada do 1º ano
	
	
	Entrada do 2º ano
	
	
	Entrada do 3º ano
	
	
	Entrada do 4º ano
	
	
	Entrada do 5º ano
	
	
											Soma = 	
				Valor Atual do investimento líquido			
Payback Atualizado Y =								=
				Valor Atual das entradas líquidas de caixa 		
Payback Atualizado Y = 
				Proposta Z (valores Futuros)	Valores Atualizados descontados
	Entrada do 1º ano
	
	
	Entrada do 2º ano
	
	
	Entrada do 3º ano
	
	
	Entrada do 4º ano
	
	
	Entrada do 5º ano
	
	
											Soma = 	
				Valor Atual do investimento líquido			
Payback Atualizado Z =								=
				Valor Atual das entradas líquidas de caixa 		
Payback Atualizado Z = 
Analisando individualmente as propostas, a proposta X deveria ser rejeitada, pois o valor atual das entradas é menor do que o valor do investimento inicial.
As duas propostas Y e Z poderiam ser aceitas, contudo como somente uma deve ser aceita, aquela que apresenta o maior valor presente é a proposta_____. Payback Atualizado =______.
Orçamento de Capital.
Técnicas de Avaliação nas decisões de Investimentos.
A Taxa interna de Retorno (TIR) ou Internal Rate of Return (IRR)
É a taxa de rentabilidade periódica equivalente de um investimento, normalmente definido em termos anual.
Talvez seja a técnica mais utilizada nas decisões de aceitação de Projetos de investimentos. Contudo, sem uma calculadora financeira o seu cálculo se torna difícil. Isso envolve uma técnica complexa de tentativa e erro.
É a taxa de retorno anual que a empresa obteria se concretizasse o projeto e recebesse as entradas de caixa previstas.
Também pode ser entendida comouma taxa de desconto que iguala o Valor Atual das entradas líquidas de caixa ao valor do investimento inicial líquido.
	 n 	 FCt 
 	 ∑ - FC 0 = 0
	 t = 1	(1 + TIR) t
Critérios de decisão:
Se a TIR for maior do que a taxa que corresponde ao custo de Capital deve-se aceitar o projeto;
Se a TIR for menor do que a taxa que corresponde ao custo de Capital deve-se rejeitar o projeto.
Esses critérios asseguram que a empresa ao menos obtenha o retorno exigido.
Considere um custo de capital igual a 20,5% e, que as propostas abaixo são mutuamente exclusivas. Os Fluxos de Caixa para os dois projetos são conforme abaixo:
Proposta A1 				 (Fluxos de caixa) 	
	Investimento inicial
	-42.000
	Entrada do 1º ano
	14.000
	Entrada do 2º ano
	14.000
	Entrada do 3º ano
	14.000
	Entrada do 4º ano
	14.000
	Entrada do 5º ano
	14.000
Utilizando uma calculadora financeira, por exemplo, a HP 12 C, teremos:
 f clear FIN 42.000 CHS g CFo 14.000 g CFj 5 g Nj f2 f IRR 
Running = _____________ou ≈ ______ visor (TIR do investimento A1). 
Orçamento de Capital.
Técnicas de Avaliação nas decisões de Investimentos.
 Proposta A2 				 (Fluxos de caixa) 	
	Investimento inicial
	-45.000
	Entrada do 1º ano
	28.000
	Entrada do 2º ano
	12.000
	Entrada do 3º ano
	10.000
	Entrada do 4º ano
	10.000
	Entrada do 5º ano
	10.000
Utilizando uma calculadora financeira, por exemplo, a HP 12 C, teremos:
Running = _____________ou ≈ ______ visor (TIR do investimento A2)
Das duas alternativas de investimentos a que traz maior taxa de retorno comparativamente ao custo de capital é a proposta A___ com uma TIR = _______%.
 
Orçamento de Capital.
Técnicas de Avaliação nas decisões de Investimentos.
O Valor Presente Líquido (VPL) - Valor Atual Líquido (VAL) ou Net Present Value (NPV)
O método do VPL leva efetivamente em conta o valor do dinheiro no tempo. Isso o torna uma técnica sofisticada de orçamento de capital e de decisão de investimento. 
O Valor Presente Líquido (VPL) é obtido quando se subtrai o investimento inicial de um projeto chamado de FC0 do valor presente dos Fluxos de caixa do período em análise chamados de FC t, descontados, a uma taxa igual ao custo de capital, retorno exigido, taxa de desconto da empresa.
VPL = Soma dos Valores presentes dos Fluxos de Caixa - Investimento inicial
 	n FCt 
VPL = ∑ 		- 	FC 0
 t = 1	 (1 + k) t
Ou ainda:
		FC1 		 FC2		 		 FC t				
 VPL = 		 + 		 + . . .	+	 	-	FC 0
	 (1 + k) 1		 (1 + k) 2	 	 (1 + k) t	 
Nesse caso, tantos as entradas ou saídas são medidas em termos de dinheiro no valor presente (momento da tomada de decisão).
Critérios de decisão:
Se o VPL for maior do que $ 0, deve-se aceitar o projeto;
Se o VPL for menor do que $ 0, deve-se rejeitar o projeto.
Quando o VPL é maior do que $ 0 indica que o retorno dos fluxos é superior ao seu custo de capital.
Orçamento de Capital.
Considerando os exemplos já vistos no cálculo da TIR, porém utilizando um custo de capital igual a 18% e, que as propostas abaixo são mutuamente exclusivas. Os Fluxos de Caixa para os dois projetos são conforme abaixo:
Proposta B1 				 	(Fluxos de caixa) 	
	Investimento inicial
	-42.000
	Entrada do 1º ano
	14.000
	Entrada do 2º ano
	14.000
	Entrada do 3º ano
	14.000
	Entrada do 4º ano
	14.000
	Entrada do 5º ano
	14.000
VPL = R$_______________
Utilizando uma calculadora financeira, por exemplo, a HP 12 C, teremos:
Orçamento de Capital.
Técnicas de Avaliação nas decisões de Investimentos.
Proposta B2 				 (Fluxos de caixa) 	
	Investimento inicial
	-45.000
	Entrada do 1º ano
	28.000
	Entrada do 2º ano
	12.000
	Entrada do 3º ano
	10.000
	Entrada do 4º ano
	10.000
	Entrada do 5º ano
	10.000
VPL = R$_______________
Utilizando uma calculadora financeira, por exemplo, a HP 12 C, teremos:
Pelo Método do VPL, os dois projetos são aceitáveis (VPL > 0), contudo por serem mutuamente exclusivos deve-se aceitar aquele de maior VPL que no nosso caso é o projeto ______.
 Ponto de Equilíbrio Operacional. (“Contábil”).
A análise do ponto de equilíbrio (break-even point) ou análise custo-volume-lucro faz com que compreendamos como o lucro de uma empresa pode ser diretamente afetado pelas variações nos elementos contábeis / econômicos conhecidos como: Receitas, Custos e Despesas totais.
Do ponto de vista contábil, o ponto de equilíbrio corresponde ao nível de atividade em termos de quantidade (Q) ou em valores monetários em que o lucro será nulo. Sendo assim, podemos observar que do ponto de vista de quantidades, à medida que o volume de operações se desloca acima do ponto de equilíbrio teremos lucro; abaixo de tal ponto, teremos prejuízo.
Elementos envolvidos.
. As quantidades produzidas e vendidas e os respectivos preços, determinantes das receitas de vendas, e;
. Os Custos e despesas variáveis e fixas.
Relembrando:
Custos/Despesas Operacionais Variáveis: São aqueles elementos cujo valor total aumenta ou diminui direta e proporcionalmente com as flutuações ocorridas na produção e vendas;
Exemplos: Consumo de materiais (MP, MS, ME), Mão-de-obra direta, energia elétrica usada na produção, consumo de água utilizada na fabricação de produtos, fretes e carretos, comissões pagas a vendedores...
Custos/Despesas Operacionais Fixos: São aqueles elementos que, independentemente oscilação da produção, permanece num nível constante dentro de certo intervalo que normalmente são de alguns meses.
Exemplos: Salários e encargos sociais dos supervisores e de outros funcionários da área industrial, bem como os valores de folha de pagamento de mensalistas das outras áreas da empresa. Também podem ser incluídas, as despesas de depreciação, aluguéis, despesas financeiras, prestações de contratos de leasing, impostos predial, despesas de iluminação, materiais de escritório...
Observemos como podemos encontrar uma equação que nos fornece a quantidade (Q) ou Ponto de Equilíbrio Operacional conhecido como PEO (em termos de quantidade), a partir da Demonstração de Resultado de Exercício (DRE) abaixo:
 
Demonstração genérica				Representação algébrica
 Receita de Vendas............. 		PVu x Q (Preço Venda un x a quantidade)
(menos) Custos operacionais variáveis 		CVu x Q (Custo venda un x a quantidade)
(menos) Custos/Despesas Operacionais. 		CF (Custo Fixo)
(igual ) Lucro antes de juros e imposto de renda 	= Laji
A equação do PEO em termos da quantidade (Q), será:
Laji=Receita de Vendas – Custos operacionais variáveis – Custos/Despesas Operacionais, ou:
Laji= (PVu x Q) – (CVu x Q) – CF 
Para encontrarmos o ponto de equilíbrio PEO, temos que achar uma quantidade (Q) que substituída na equação torne o Laji nulo.
Portanto igualando o Laji a zero (0), temos:
(PVu x Q) – (CVu x Q) – CF = 0 
Isolando Q, vem: Q (PVu - CVu) – CF = 0 passando CF para o lado 
direito da equação, vem: Q (PVu - CVu) = CF, portanto a quantidade de equilíbrio Q será expressa por :
PEO = CF	 “ Ponto de Equilíbrio Operacional “.
 	(PVu - CVu)
O valor de (PVu - CVu) corresponde à Margem de Contribuição por unidade.
Agora, vamos ver como encontrar o PEO na resolução de um exemplo.
(Exemplo). Consideremos que a DRE de determinada empresa tenha como despesas operacionais o valor de $ 12.000. O custo variável é de $ 6 por unidade vendida. O preço unitário de venda é de $ 18. Qual o PEO em termos de quantidade para os dados fornecidos?
Resolução: 	Substituindo os valores na equação do PEO, temos:
PEO = CF	 
 	(PVu - CVu)
PEO = 12.000 .................. PEO = 12.000 ................... PEO = 1.000
 		 ( 18 – 6 )12
	
Isso significa que nessas condições, para que não haja lucro ou prejuízo antes dos Juros e imposto de renda (Laji) a empresa tem vender 1.000 unidades.
Para fins de comprovação do PEO encontrado, vejamos se o Laji se torna nulo na Demonstração de Resultados.
Receita de Vendas ............................................. $ 18/un x 1.000 un.........................$ 18.000
(-) Custos operacionais variáveis ....................... $ 6/un x 1.000 un .......................($ 6.000)
(-) Custos/Despesas operacionais ........................................................................... ($ 12.000)
(=) Laji (Lucro antes dos juros e do imposto de renda) ......................................... . $ 0
Daí, podemos entender como sendo o PEO de 1.000 unidades, a quantidade limite a ser vendida para que a partir dela se possa gerar resultado positivo (ponto nevrálgico, fronteiro entre Lucro e Prejuízo).
Representação gráfica do (exemplo).
Como 2 (dois) pontos determinam uma reta, vamos plotar o gráfico para os pontos Q1 = 0 e Q2 = 1.000 unid;
Primeiro para a reta da Receita Total (RT)	RT = PVu x Q
RT( 0 ) = $ 18 x 0 = $ 0
RT (1.000) = $ 18 x 1.000 = $ 18.000
Depois para a reta do Custo Total (CT)		CT = CVu x Q + CF
CT( 0 ) = $ 6 x 0 + 12.000 = $ 12.000 
CT(1.000) = $ 6 x 1.000 + 12.000 = 18.000
									Receita Total
Acima do PEO (Lucro)
 Custo Total / Receita Total		PEO
 ($ milhares)
					18					Custo Total (CV + CF)
					12
									Abaixo do PEO (Região de Prejuízo)
 0			1	Quantidade Vendas (milhares de unidades)
(Exercício). Consideremos que uma empresa tenha um determinado produto com custo variável por unidade igual a $ 4, custos fixos (despesas operacionais) de $ $ 3.000.
O preço de venda por unidade é de $ 12. Pede-se:
O PEO em termos de quantidade;
A representação gráfica do ponto de equilíbrio;
A comprovação do Laji =0 através da montagem da Demonstração do Resultado (DRE).
O que representa o PEO encontrado.
a) 	Cálculo do PEO
b)	A representação gráfica do ponto de equilíbrio.
Representação gráfica do (exemplo).
c)	Demonstração do Resultado.
d)	O PEO representa:
Ponto de Equilíbrio Global (“Contábil”).
No cálculo do Ponto de Equilíbrio Global as Receitas de Vendas se igualam aos Custos variáveis mais os Custos/Despesas Operacionais e mais as despesas financeiras, determinando daí o Lair (Lucro antes do imposto de renda). Como as Receitas se igualam aos Custos/Despesas, isso faz com que o Lair seja nulo.
Analogamente como fizemos no caso do PEO, vamos encontrar uma equação que nos forneça o Ponto de Equilíbrio Global (PEG).
Novamente vamos fazer uso da Demonstração de Resultado para daí chegarmos à equação do PEG.
Demonstração genérica					Representação algébrica
Receita de Vendas................................	 	 PVu x Q (Preço venda un vezes a quantidade)
(menos) Custos operacionais variáveis		 CVu x Q (Custo venda un vezes a quantidade)
(menos) Custos/Despesas Operacionais...	 CF (Custo Fixo)
(igual ) Lucro antes de juros e imposto de renda Laji
(menos) Despesas Financeiras			 Df
(igual ) Lucro antes do imposto de renda 	 Lair
Porém, antes de encontrarmos a equação vamos definir que:
Custo Fixo Total = Custo/Despesas operacionais + Despesas Financeiras
 CFt = CF + Df 
Lair = Receita de Vendas – Custos Variáveis – Custos/Despesas operac. – Desp. Financeiras
											
								 CFt
Substituindo as variáveis, temos:
Lair = PVu x Q – CVu x Q – CFt . Assim como no PEO para encontrarmos o Ponto de Equilíbrio Global (PEG), temos que achar uma quantidade (Q) que substituída na equação torne o Lair nulo.Portanto igualando o Lair a zero (0), temos:
(PVu x Q) – (CVu x Q) – CFt = 0 Isolando Q, vem: Q (PVu - CVu) – CFt = 0 passando CFt para o lado direito da equação, vem: Q (PVu - CVu) = CFt, 
Portanto a quantidade de equilíbrio Q será expressa por :
PEG = CFt	 “ Ponto de Equilíbrio Global “.
 		(PVu - CVu)
(Exemplo). Consideremos o caso de uma empresa que fabrica determinado produto e projetou os dados abaixo para o próximo exercício social:
Preço unitário de venda (PVu) = $ 10 / unidade;
Custo Variável unitário (CVu) = $ 4 / unidade;
Custo Fixo Total 
+ Custos/Despesas Operacionais (CF) = $ 2.700
+ Despesas Financeiras (Df ) = $ 300
. Custo Fixo Total (CFt) = $ 3.000 
Com as informações acima podemos determinar o PEO e PEG, como segue.
PEO = CF	 = 2.700 = 2.700 = 450 unidades
 	(PVu - CVu) (10 – 4 )	 6
PEG = CFt	 = 3.000	 = 3.000	 = 500 unidades
 	(PVu - CVu) (10 – 4 )	 6
Para fins de comprovação dos resultados encontrados, vamos, assim como no exemplo do PEO, demonstrar o Laji e o Lair na Demonstração do Resultado (DRE).
						 		PEO					 PEG	
Receita de Vendas ........................ $ 10/un x 450 un.....$ 4.500 $ 10/un x 500 un.....$ 5.000
(-) Custos operacionais variáveis ...$ 4/un x 450 un ...($ 1.800) $ 4/un x 500 un ..($ 2.000)
(-) Custos/Despesas operacionais................................ ( $ 2.700) 		 ($ 2.700)
(=) Laji (Lucro antes dos juros e do imposto de renda) $ 0				$ 300
(-) Despesas Financeiras ............................................ ($ 300) ($ 300)
(=) Lair (Lucro antes do imposto de renda)................. ($ 300)			 $ 0
Administração Financeira e Orçamentária – AFO II
Representação gráfica do exemplo. Como 2 (dois) pontos determinam uma reta, vamos plotar o gráfico para os pontos:
Q1 = 0 e Q2 = 450;		Q1 = 0 e Q2 = 500.
Primeiro para a reta da Receita Total ( RT)	RT = PVu x Q
RT( 0 ) = $ 10 x 0 = $ 0 …………………….. 1º ponto (RT - gráfico)
RT( 450 ) = $ 10 x 450 = $ 4.500 ....................2º ponto (RT- gráfico)
Depois para a reta do Custo Total ( CT ) CT = CVu x Q + CF				PEO 
CT(0) = $ 4 x 0 + 2.700 = $ 2.700 ……………………..1º ponto (CT - gráfico)	 	
CT(450) = $ 4 x 450 + 2.700 = $ 1.800 + 2.700 = 4.500 .. 2º ponto (CT - gráfico)
_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 
RT = PVu x Q
RT( 0) = $ 10 x 0 = $ 0 …………………….. 1º ponto (RT - gráfico)
RT (500) = $ 10 x 500 = $ 5.000 ....................2º ponto (RT- gráfico)
Depois para a reta do Custo Total ( CT );							 PEG
CT = CVu x Q + CF + Df
CT(0) = $ 4 x 0 + 2.700 + $ 300 = $ 2.700 + 300 = 3.000	……...... 1º ponto (CT - gráfico) 			
CT(500) = $ 4 x 500 + 2.700 + 300 = $ 2.000 + 2.700 + 300 = 5.000 .. 2º ponto (CT - gráfico)
							 
							 Receita Total
								 (Cv + CF + Df )
									 		 
 	Custo Total / Receita Total		 PEG					 Região do Lair
 ($ milhares) 5.000
					4.500					 (CV + CF)
			 3.000 		
 
					2.700
 PEO (Região do Laji)
 
 0 100 200 300 450	500		
Quantidade Vendas (milhares de Unidades)
(Exercício) 
Considerando as informações abaixo, calcule o PEG e elabore a Demonstração do Resultado que comprova o LAIR nulo.
Custo/Despesas Operacionais (CF) = $ 36.000
Despesas Financeiras (Df ) = $ 14.000
CustoFixo Total ..................... (CFt) = $ 
	Preço unitário 	Custo Variável unitário	
 (Pvu)			(CVu)	
	 $ 8			$ 6
		
		
	PEG = 
	Demonstração do Resultado.
Ponto de Equilíbrio Financeiro.
O Ponto de Equilíbrio Financeiro está relacionado ao fluxo de caixa da empresa, pois determina qual o valor das Receitas que empataria com a parcela daqueles Custos Totais que envolvem desembolsos de caixa (Amortização de dívidas) menos Custos não desembolsáveis (depreciação).
O PEF = CFt + Amortizações de dívidas – Custos não desembolsáveis
			 	Taxa de Margem de Contribuição ToTal
(Exemplo) Considere os dados abaixo:
PVu = $ 1000, CVu = 500
CF = $ 25.000.000 (incluindo depreciação de $ 6.000.000),
Df = 5.000.000, 
Amortização de dívidas = $ 20.000.000
Determine o PEF (Ponto de Equilíbrio Financeiro) ideal e elabore a DRE demonstrando os valores.
	 	44.000.000			44.000.000
PEF =			 	= 			= 88.000 unidades
 	1000 – 500		 	 500
	
Receita de Vendas ........................ $ 1.000/un x 88.000 un .....$ 88.000.000
(-) Custos operacionais variáveis ...$ 500 /un x 88.000 un ....($ 44.000.000)
(-) Custos/Despesas operacionais............................................($ 25.000.000)
(=) Laji (Lucro antes dos juros e do imposto de renda) $ 19.000.000
(-) Despesas Financeiras ............................................ ............($ 5.000.000) 
(=) Lair (Lucro antes do imposto de renda)............................. $ 14.000.000
Ponto de Equilíbrio Financeiro.
Elaborando um simples demonstrativo de fluxo de caixa para comprovar teremos:
Do total dos Custos/Despesas Fixos diminuímos o valor da depreciação de $ 6.000.000 que é um item não-desembolsável, ou seja: $ 25.000.000 -$ 6.000.000 = $ 19.000.000.
(=) Saldo inicial .............................................................................. $ 0
 
 		Entradas:
(+) Recebimento de vendas ............................................................$ 88.000.000
 
 		Saídas
(- ) Pagamentos de Custos e Despesas variáveis .........................($ 44.000.000) 
(- ) Pagamento de Custos/Despesas Fixos ...................................($19.000.000)
(- ) Pagamento das Despesas Financeiras ....................................($ 5.000.000)
(=) Saldo de caixa antes das Amortizações ....................................$ 20.000.000
 		Outras saídas:
(-) Amortizações de Dívidas ..........................................................($ 20.000.000)
(=) Saldo Final .............................................................................. . $ 0
(Exercício) Considere os dados abaixo:
PVu = $ 1200, CVu = 720
CF = $ 15.000.000 (incluindo depreciação de $ 5.000.000)
Df = 1.200.000
Amortização de dívidas = $ 8.000.000
Determine o PEF (Ponto de Equilíbrio Financeiro) ideal, elabore a DRE e o fluxo de caixa simplificado demonstrando os valores.
Ponto de Equilíbrio Financeiro.
	PEF = 
Demonstração do Resultado:
Elaborando um simples demonstrativo de fluxo de caixa para comprovar teremos:
(=) Saldo inicial .............................................................................. $ 
 
 		Entradas:
(+) Recebimento de vendas ............................................................$ 
 
 		Saídas
(- ) Pagamentos de Custos e Despesas variáveis .........................($ ) 
(- ) Pagamento de Custos/Despesas Fixos ...................................($ )
(- ) Pagamento das Despesas Financeiras ....................................($ )
(=) Saldo de caixa antes das Amortizações ....................................$ 
 		 Outras saídas:
(- ) Amortizações de Dívidas ..........................................................($ )
(=) Saldo Final .............................................................................. . $ 
Ponto de Equilíbrio Econômico.
Até o momento consideramos o cálculo do PEO e do PEG do ponto de vista contábil. Sabemos que do ponto de vista contábil que o PEG é uma quantidade tal, que ao ser vendida faz com que a RECEITA TOTAL se iguale aos CUSTOS VARIÁVEIS e ao CUSTO FIXO TOTAL (CF + Df), tornando o Lair igual a zero. Isso significa que quantidades vendidas acima do PEG proporcionam Lucro Contábil. Porém, nem sempre trabalhar acima do PEG satisfaz as expectativas, principalmente dos acionistas que consideram o custo de oportunidade dos recursos, já que esperam sempre por melhores resultados de forma que os mesmos remunerem adequadamente o capital investido. Isso é que veremos a seguir, pois trataremos do Ponto de Equilíbrio Econômico (PEE).
(Exemplo). Vamos imaginar que os acionistas de uma determinada empresa desejam que o Patrimônio Líquido tenha um retorno de10% para o próximo período. Se o Patrimônio Líquido antes do retorno for de $ 32,5 milhões, isso significa que o lucro líquido deverá ser de $ 3,25 milhões. O lucro da empresa é tributado à alíquota de 35% de imposto de renda.
Ora para obtermos um lucro líquido de $ 3,25 milhões depois do imposto de renda temos de ter um Lair igual a $ 5 milhões, pois $ 5 milhões x (1-0,35) = $ 5 milhões x 0,65 = $ 3,25 milhões.
Lucro esperado = Lair mínimo - Lair mínimo x alíquota de IR
Lucro esperado = Lair mínimo ( 1 – alíquota de IR ), daí: Lair mínimo = Lucro esperado 
									 			 (1 – alíquota de IR)
Para determinarmos o PEE utilizamos a seguinte equação:
PEE = CFt + Lair mínimo	 
 	 (PVu – CVu) 
Onde:
PEE = Ponto de equilíbrio econômico;
CFt = Custo Fixo Total ( Custos/Despesas operacionais + Despesas Financeiras);
Lair mínimo = Lucro mínimo para cobrir os impostos e o lucro esperado.
Objetivo: mostrar que embora valores de vendas acima do PEG e abaixo do PEE produzam lucros contábeis, tais pontos podem não atender determinadas expectativas, principalmente dos acionistas. 
Como exemplo, vamos admitir a seguinte situação:
PVu = $ 1000, CVu = 500, CF = $ 25.000.000, Df = 5.000.000, Lair mínimo = $ 5.000.000 .
Determinando o PEG para os dados acima encontramos uma quantidade tal que vendida nos fornece o valor da Receita de Vendas. Para tanto, vejamos:
PEG = $ 30.000.000 = 60.000 unidades
		 ($1000 - $500)	 
PEE = $ 35.000.000 = 70.000 unidades
 	($ 1.000 – $ 500)	
Vamos considerar, por exemplo, uma quantidade de 65.000.000 unidades (quantidade essa acima do PEG e abaixo do PEE) e observar a DRE abaixo:
Receita de Vendas ........................ $ 1.000/un x 65.000 un .....$ 65.000.000
(-) Custos operacionais variáveis ...$ 500 /un x 65.000 un ....($ 32.500.000) 
(-) Custos/Despesas operacionais............................................($ 25.000.000)
(=) Laji (Lucro antes dos juros e do imposto de renda) $ 7.500.000
(-) Despesas Financeiras ............................................ ............($ 5.000.000) 
(=) Lair (Lucro antes do imposto de renda)............................. $ 2.500.000
A situação acima demonstra que quantidades acima do PEG de (60.000 unidades) e abaixo do PEE (70.000 unidades), produziriam lucros contábeis, porém não suportariam o Lucro esperado do acionista.
Como podemos observar, embora tenhamos Lair de $ 2.500.000, ainda faltariam $ 2.500.000 para alcançar um Lair de $ 5.000.000 capaz de ser tributado à alíquota de 35% sobrando ainda um lucro de $ 3.250.000 (lucro esperado pelo acionista), ou seja: $ 5.000.000 * (1-0,35) = $ 3.250.000. No nosso exemplo ficou demonstrado que um PEG (em termos econômicos) acima de R$ 60.000.000 e abaixo do PEE ideal de R$ 70.000.000 é insuficiente. A DRE ideal para o PEE é a que vem a seguir:
Receita de Vendas ........................ $ 1.000/un x 70.000 un .....$ 70.000.000
(-) Custos operacionais variáveis ...$ 500 /un x

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