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Dor: experência sensorial e emocionalmente desagradável, associada com lesão tecidual real ou potencial. É o 5º sinal vital e possui função fisiológica. A dor não tratada ou duradora é um importante estímulo simpatoadrenal, tendo como consequências: fadiga, inapetência, perda de função, comportamento alterado, alterações neuroendócrinas, efeitos cardiovasculares, endócrinos, imunológicos, hematológicos, gastrointestinais, psicológicos. classificação E AVALIAÇÃO DA DOR Princípios básicos Efeitos da dor Efeito cardiovasculares: aumenta o estímulo simpático, causando taquicardia e aumento da pressão arterial. Efeitos endócrinos: hiperglicemia, retenção hídrica, catabolismo proteico. Efeitos imunológicos: aumento do cortisol e risco de infecção. Efeitos hematológicos: hipercoagulabilidade e sangramento Efeitos gastrointestinais: diminui esvaziamento gástrico e peristalse Efeitos psicológicos: alteração de sono e vigília, reação depressiva, ansiedade A dor sempre deve ser tratada Tratamento precoce Avaliação da dor Medicação de acordo com a escala de dor da OMS Individualizar o tratamento Avaliação contínua Dor fisiológica: ocorre com a função de proteção. Por exemplo, um cachorro com uma pata fraturada não irá apoia-la por sentir dor e não irá forçar o membro. Dor patológica: não tem mais a função de ser protetora. Dor fisiológica x dor patológica Sinais vitais: frequência respiratória, frequência cardíaca, pressão arterial, temperatura e dor. Nocicepção Conjunto de eventos neurais através do qual os diferentes estímulos nocivos ( térmicos, mecânicos e químicos ) são detectados, convertidos em impulsos nervosos e transmitidos da periferia para o sistema nervoso central. Envolve transdução, transmissão, modulação e percepção. Conceitos Há a detecção de estímulos nocivos > transformação em sinais elétricos ( potencial de ação ) > transmissão através das fibras aferentes primárias > modulação interneurônio > projeção através das vias ascendentes > percepção no córtex – modulação. Fibras aferentes primárias São classificadas em três classes de acordo com as dimensões do corpo celular e seus axônios. Fibras αβ – leva a sensação de tato e pressão da periferia – estímulo de baixa intensidade - para o sistema nervoso central. Possui grande diâmetro, intensa mielinização e alta velocidade de condução. Fibras αδ - leva estímulo nocivo da periferia até o sistema nervoso central. Possui diâmetro intermediário, leve mielinização e velocidade intermediária. Dor aguda, cortante e bem localizada. Fibras C – diâmetro pequeno, amielinização e lenta. Estímulos térmicos, mecânicos e químicos. Dor crônica, indistinta e mal localizada. Transdução: impulso doloroso é recebido pelos nociceptores e transformado em potencial de ação. Estímulo novico gera atividade elétrica no nociceptor – despolarização da membrana da terminação sensorial. Transmissão: impulso é conduzido até coluna posterior medula espinal, cuja a atividade produz a sensação de dor. Modulação: o impulso é modulado antes de chegar a níveis superiores do sistema nervoso central. Percepção: impulso é integrado e percebido como dor. É individual. 1. 2. 3. 4. Hiperalgesia: um estímulo que causaria dor de uma certa intensidade, passa a causar dor em uma intensidade muito maior. Sensibilidade aumentada no nociceptor resulta em uma diminuição do limiar para estímulos nocivos. Alodinia: é sentir a dor por estímulos que não desencadeariam dor em situações normais. Origem ( dor nociceptiva, inflamatória, neuropática ) Duração ( aguda x crônica ) Intensidade ( leve, moderada, severa ) Classificação da dor Analgesia local: impede transmissão, não sente dor. Avaliação da dor Anamnese, observação, interação. Comportamento x parâmetro ( manteve comportamento normais, perdeu comportamentos normais ou apresenta novos comportamentos ). Seguir escalas. Dor nociceptiva: ocorre quando os receptores neurais periféricos são ativados por estímulos nocivos ( incisões cirúrgicas, trauma, calor, frio ); Dor inflamatória: resulta gradualmente da ativação do sistema imunológico em Dor neuropática: não depende da ativação de receptores - ocorre de uma lesão ou doença que acomete diretamente o sistema somatossensitivo ( queimação, agulhadas, choques, formigamento ou adormecimento ) – causas: doenças articulares, doenças crônicas, neuropatia diabética, câncer; Dor aguda ou adaptativa: envolve componentes nociceptivos e inflamatórios e pode ser causada por trauma, cirurgia, condições ou doenças. É resultando de lesão traumática, pós-operatória. Tem início abrupto, curta duração, boa resposta analgésica e tendência natural à remissão; Dor crônica, desadaptativa ou patológica: dor que persiste além do tempo esperado normal da cicatrização, persiste em condições em que a cura não ocorreu ou não ocorrerá. Pode ser considerado doença, dura mais que 30 dias e de difícil tratamento e pouco provável de ser curada. Diminui qualidade de vida e aumenta o risco de eutanásia. Origem resposta à lesão ou infecção. Consequência da nociceptiva; Duração Dor crônica mal tratada por se tornar dor neuropática pela ativação neuronal contínua. Toda dor neuropática é crônica. Unesp – botucatu ( resgate igual ou superior a 8 ) Glasgow SF ( resgate acima de 5 ): avalia comportamento e expressões faciais Feline Grimace Escala de dor aguda em gatos: Características ideias de escalas: a) Validada, confiável b) Rápida e fácil c) Multidimensional 4) Espécie específica Limitações de escalas: a) Sedação b) Estresse c) Agressividade Controle da dor Glasgow short form Melbourne 4A-vet ( ortopédica ) Escala de dor aguda em cães: Monitoração: aumento de mais de 30% dos parâmetros basais ( FC, FR, PA ) Avaliação da dor no paciente anestesiado Realizado com terapia multimodal, fármacos com diferentes mecanismos de ação ( diferentes vias de dor ). Classes mais utilizadas: anestésicos locais, AINEs e opioides.
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