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Apostila de Questões para Concursos da Banca FGV - Diversas Disciplinas - 1300 Questões

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Apostila de Questões
BANCA
FGV
1.300 questões gabaritadas
Diversas Disciplinas
Apresentamos a Apostila de Questões para concursos da Banca FGV. 
Cada disciplina possui uma abrangência completa e aprofundada dos 
tópicos que serão cobrados na prova dessa banca. 
Com esta apostila, você poderá testar e aprimorar seus conhecimentos 
em cada uma das áreas, se familiarizar com o estilo da banca, identi-
ficar seus pontos fortes e fracos e se preparar para enfrentar qualquer 
desafio que possa aparecer no concurso.
Bons Estudos e Sucesso!
José Eduardo Martins
Equipe 123shop
Introdução
Administração Pública 004
Atualidades do Mercado Financeiro 012
Conhecimentos Bancários 013
Contabilidade Geral 014
Contabilidade Pública 022
Criminalística 028
Direito Administrativo 034
Direito Ambiental 189
Direito Civil 211
Direito Constitucional 282
Direito da Criança e do Adolescente 499
Direito do Consumidor 504
Direito Eleitoral 509
Direito Empresarial 510
Direito Penal 522
Direito Processual Civil 633
Direito Processual Penal 710
Direito Tributário 823
Direitos Humanos 839
Economia e Finanças 841
Engenharia Civil 849
Estatística 877
História e Geografia de Estados e Munic. 878
Informática 890
Lei 14.133/21 894
Língua Portuguesa 898
Matemática Financeira 910
Medicinal Legal 914
Índice
Questões da Banca FGV
Administração Pública
1) (FGV/SEFAZ-BA/AGENTE TRIB. ESTADUAIS/2022)
As agências reguladoras têm como características a autonomia 
funcional, decisória, financeira e administrativa. Apesar das 
prerrogativas previstas em lei, elas devem seguir algumas regras 
específicas. Assinale a opção que indica uma dessas regras.
(A) A elaboração de plano estratégico bienal, em consonância 
com as diretrizes decorrentes da subordinação hierárquica 
perante o ministério supervisor. 
(B) A contratação de dirigentes por meio de procedimento 
idôneo e formal, respeitada arguição pública no Senado 
Federal, além de mandato fixo destituível apenas por 
condenação judicial transitada em julgado. 
(C) A adoção de práticas de gestão de riscos e controles internos, 
bem como elaboração de programa de integridade visando o 
combate a fraudes e atos de corrupção. 
(D) A qualificação como agência reguladora recebida por ministro 
da justiça, por ato vinculado, desde que apresentado plano 
de reestruturação e desenvolvimento para a melhoria da 
gestão. 
(E) O estabelecimento de conselho fiscal e administração com 
composição paritária, constituído por agentes públicos e 
membros da sociedade civil, vedada remuneração. 
Resposta: C
2) (FGV/SEFAZ-BA/AGENTE TRIB. ESTADUAIS/2022)
Considere que o Município X, preocupado com o alto número de 
moradores em situação de rua na região, proponha uma parceria 
com entidade religiosa, conceituada como Organização da 
Sociedade Civil (OSC), um acordo de cooperação para prestar 
assistência àquelas pessoas. Além disso, como forma de auxiliar o 
serviço, haveria a transferência de um grande montante de 
recursos financeiros do município para a OSC executar suas 
atividades. 
Acerca da situação apresentada, à luz da Lei nº 13.019/2014, que 
dispõe sobre as Organizações da Sociedade Civil, assinale a 
afirmativa correta.
Questões da Banca FGV
(A) A situação atende plenamente ao previsto na legislação. 
(B) A situação apresenta conformidade quanto à escolha de 
entidade religiosa, bem como quanto ao uso de acordo de 
cooperação, mas não poderia haver a transferência de 
recursos financeiros. 
(C) A situação apresenta conformidade quanto à escolha da 
instituição, mas o instrumento de parceria deveria ser o 
termo de parceria, ainda que fosse possível a transferência de 
recursos financeiros. 
(D) A situação apresenta conformidade quanto à escolha da 
instituição, mas o instrumento se mostra inadequado, além 
do que, a transferência de recursos financeiros não é 
permitida para Organizações da Sociedade Civil. 
(E) A situação apresenta irregularidade desde a escolha da 
instituição, visto que, em função da laicidade do Estado, a 
entidade religiosa não pode ser considerada uma 
Organização da Sociedade Civil, estando, portanto, impedida 
de celebrar parceria com o Município, bem como receber 
recursos financeiros. 
Resposta: B
3) (FGV/SEFAZ-BA/AGENTE TRIB. ESTADUAIS/2022)
As Parcerias Público-Privadas (PPPs) são formas especiais de 
concessão de serviço público para a iniciativa privada, 
regulamentado pela Lei nº 11.079/2004, com o intuito de 
desenvolver a infraestrutura do país. 
Embora possuam semelhanças com o modelo de concessão 
comum, as PPPs possuem algumas peculiaridades que a 
diferenciam da concessão comum. 
Assinale a opção que apresenta uma dessas peculiaridades. 
(A) Incorporam a repartição objetiva de riscos no contrato 
firmado entre o poder público e o respectivo parceiro privado. 
(B) São financiadas integralmente por meio de tarifas pagas pelos 
usuários do serviço da concessão, inclusive quanto a 
realização de obras previstas. 
(C) Assumem forma de sociedade de propósito específico, com 
ações negociadas no mercado, tendo o poder público como 
Questões da Banca FGV
titular da maioria do capital votante. 
(D) Possuem prazo de vigência contratual de 10 até 35 anos, 
admitindo-se prorrogação, por igual período, uma única vez, 
desde que motivada por autoridade competente. 
(E) Fazem uso da concessão patrocinada, modalidade em que a 
Administração Pública é usuária direta ou indireta, ainda que 
envolva execução de obras. 
Resposta: A
4) (FGV/SEFAZ-BA/AGENTE TRIB. ESTADUAIS/2022)
Considerando os modelos típicos da Administração Pública, 
analise as afirmativas a seguir. 
I. O gerencialismo puro foi criticado por usar uma abordagem 
puramente economicista, sem considerar especificidades do 
setor público. 
II. O modelo burocrático tinha como prioridades a segregação 
de funções e a profissionalização, aspectos de grande 
relevância na Administração Pública atual. 
III. O Public Service Orientation é um modelo que prioriza a 
competividade estatal, direcionando suas ações para a 
satisfação do usuário-cliente. 
Assinale a opção que indica as afirmativas em que a definição 
está em conformidade com o modelo apresentado. 
(A) I, somente. 
(B) II, somente. 
(C) III, somente. 
(D) I e II, somente. 
(E) I e III, somente. 
Resposta: D
5) (FGV/SEFAZ-BA/AGENTE TRIB. ESTADUAIS/2022)
A poliarquia, conceito difundido principalmente no âmbito da 
Questões da Banca FGV
Ciência Política, tem como característica principal 
(A) propor uma configuração que articule sistemas político e 
econômico. 
(B) elaborar uma classificação de quão democrático os Estados são. 
(C) identificar os principais stakeholders na elaboração de uma 
política pública. 
(D) sinalizar mecanismos que permitam disciplinar o processo 
eleitoral. 
(E) evidenciar o papel das elites na formação dos governos. 
Resposta: B
6) (FGV/SENADO FEDERAL/ANALISTA LEGISLATIVO/2022)
O conceito de orçamento-programa busca integrar planejamento
e orçamento, de forma a explicitar a alocação de recursos
públicos (meios) na consecução dos programas governamentais (fins).
Sobre o conceito de orçamento-programa, assinale a opção que
indica o melhor exemplo de sua aplicação na programação
orçamentária.
(A) O foco nos programas sem identificar os responsáveis pela
sua execução.
(B) A organização do orçamento em planos de trabalho de forma
qualitativa e quantitativa, sejam físicas, sejam financeiras.
(C) A exclusão dos recursos extraorçamentários da Lei
Orçamentária Anual.
(D) A ênfase no controle contábil em lugar da avaliação dos
resultados.
(E) A desvinculação com o planejamento plurianual, focando nos
recursos disponíveis em cada exercício financeiro.
Resposta: B
Questões da Banca FGV
7) (FGV/SENADO FEDERAL/ANALISTA LEGISLATIVO/2022)
A inovação tecnológica pode ser importante aliada da gestão
pública. As tecnologias da informaçãoe da comunicação, por
exemplo, permitiram avanços como o chamado governo
eletrônico, e sua evolução tem trazido o chamado governo
digital. A recente digitalização de muitos serviços públicos incide
decisivamente na qualidade e efetividade das políticas públicas.
Com relação aos possíveis impactos positivos da transformação
digital dos serviços públicos, analise as afirmativas a seguir e
assinale (V) para a verdadeira e (F) para a falsa.
( ) A redução do contato com o usuário, permitindo maior foco
nos processos administrativos.
( ) Monitoramento pela sociedade da execução orçamentária e
financeira em tempo real.
( ) A simplificação administrativa e a integração de serviços
públicos.
( ) A ampliação da participação social por meio digital,
incrementando os mecanismos de disponibilização de
informações e controle social.
As afirmativas são, na ordem apresentada, respectivamente,
(A) F, V, V e V.
(B) V, V, F e F.
(C) F, F, V e F.
(D) F, V, F e V.
(E) V, V, V e F.
Resposta: A
8) (FGV/SENADO FEDERAL/ANALISTA LEGISLATIVO/2022)
Sobre a Lei nº 9.784/1999, que regula o processo administrativo
no âmbito da Administração Pública Federal, assinale a afirmativa
correta.
(A) No que diz respeito ao desempenho da função
administrativa, esta lei é exclusiva para o Poder Executivo,
devendo o Poder Judiciário e o Poder Legislativo seguir
normas específicas.
(B) O processo administrativo deve ser sempre iniciado por ato
Questões da Banca FGV
de ofício, não podendo ser legitimados como interessados
aqueles que não deram início ao processo.
(C) As competências de um órgão administrativo no processo
podem ser delegadas, à exceção da edição de atos de caráter
normativo, da decisão de recursos administrativos e dos
casos nos quais a matéria seja de competência exclusiva do
órgão ou autoridade.
(D) Uma vez assistidos por advogado, é direito dos administrados
formular alegações e apresentar documentos somente após
decisão, os quais serão objeto de consideração pelo órgão
competente, podendo este prover decisão de recurso.
(E) Uma vez que é parte interessada, não é dever dos
administrados prestar as informações que lhe forem
solicitadas e colaborar para o esclarecimento dos fatos,
cabendo à Administração Pública Federal.
Resposta: C
9) (FGV/SENADO FEDERAL/ANALISTA LEGISLATIVO/2022)
A Lei nº 8.429/1992, recentemente alterada pela Lei
nº 14.230/2021, dispõe sobre as sanções aplicáveis em virtude da
prática de atos de improbidade administrativa. A lei também
tipifica as condutas dolosas que configuram atos de improbidade
administrativa.
De acordo com a Lei nº 8.429/1992, relacione o tipo de ato
administrativo à sua descrição.
1. Atos de Improbidade Administrativa que importam
enriquecimento ilícito.
2. Atos de Improbidade Administrativa que causam prejuízo ao
erário.
3. Atos de Improbidade Administrativa que atentam contra os
princípios da Administração Pública.
( ) Revelar ou permitir que chegue ao conhecimento de terceiro,
antes da respectiva divulgação oficial, teor de medida política
ou econômica capaz de afetar o preço de mercadoria, bem ou
serviço.
( ) Receber, para si ou para outrem, dinheiro, bem móvel ou
imóvel, ou qualquer outra vantagem econômica, direta ou
indireta, a título de comissão, percentagem, gratificação ou
Questões da Banca FGV
presente de quem tenha interesse, direto ou indireto, que
possa ser atingido ou amparado por ação ou omissão
decorrente das atribuições do agente público.
( ) Ordenar ou permitir a realização de despesas não autorizadas
em lei ou regulamento.
( ) Frustrar, em ofensa à imparcialidade, o caráter concorrencial
de concurso público, de chamamento ou de procedimento
licitatório, com vistas à obtenção de benefício próprio, direto
ou indireto, ou de terceiros
( ) Frustrar a licitude de processo licitatório ou de processo
seletivo para celebração de parcerias com entidades sem fins
lucrativos, ou dispensá-los indevidamente, acarretando perda
patrimonial efetiva.
Assinale a opção que indica a relação correta, na ordem
apresentada.
(A) 1, 1, 2, 3 e 3.
(B) 3, 1, 2, 3 e 2.
(C) 3, 1, 1, 3 e 2.
(D) 2, 2, 1, 3 e 3.
(E) 2, 3, 3, 2 e 1.
Resposta: B
10) (FGV/SENADO FEDERAL/ANALISTA LEGISLATIVO/2022)
A evolução dos modelos de Administração Pública reflete as
mudanças no ambiente social e econômico e a tentativa de
superação dos limites dos modelos precedentes. Esta evolução
pode ser caracterizada pelo surgimento de um modelo racionallegal,
também conhecido como modelo burocrático, em oposição
ao chamado patrimonialismo, e sua evolução em direção a
modelos pós-burocráticos.
No caso brasileiro, a principal iniciativa de introdução de modelo
pós-burocrático remonta à chamada reforma gerencial, uma
aplicação dos princípios da nova Administração Pública que foi
apresentada de forma estruturada no plano diretor de reforma
do estado, proposto por Bresser-Pereira em 1995.
Mesmo associados a períodos históricos específicos e a princípios
administrativos distintos, traços desses modelos coexistem e essa
Questões da Banca FGV
situação configura boa parte das peculiaridades e dos desafios
ainda colocados ao gestor público brasileiro.
Considerando a Administração Pública brasileira, relacione o
Modelo Burocrático (racional-legal) e o Modelo Gerencial (pósburocrático)
às características listadas a seguir.
1. Modelo Burocrático
2. Modelo Gerencial
( ) foco em uma gestão flexível com ênfase nos resultados.
( ) foco em serviços públicos mais qualificados e com custo
menor para o cidadão visto como um cliente.
( ) divisão do trabalho, especialização e profissionalização dos
servidores públicos.
( ) foco no papel regulador do Estado com descentralização da
gestão de atividades consideradas não exclusivas do Estado e
adoção de práticas de gestão oriundas da iniciativa privada.
( ) rotinas e procedimentos baseados em normas e
impessoalidade nas relações profissionais.
Assinale a opção que indica a relação correta, na ordem
apresentada.
(A) 2, 2, 2, 1 e 1.
(B) 1, 2, 2, 1 e 2.
(C) 1, 1, 1, 2 e 2.
(D) 2, 1, 2, 2 e 1.
(E) 2, 2, 1, 2 e 1.
Resposta: E
11) (FGV/SENADO FEDERAL/ANALISTA LEGISLATIVO/2022)
As políticas públicas resultam do processo decisório
governamental. Nelas, são identificados problemas, prioridades,
estratégias e atores que concorrem para sua execução. E sua
avaliação permite aprimorar, inovar e, até mesmo, mudar o rumo
da ação governamental.
O processo de formulação, implementação e avaliação das
políticas públicas é complexo e dinâmico. No entanto, estudos
trazem a noção de ciclo de políticas públicas como um referencial
para pensar e pôr em prática as políticas públicas. Na perspectiva
do ciclo, cada etapa ressalta um aspecto desse processo, sem
Questões da Banca FGV
descartar possiblidades de interação entre cada uma delas.
Considerando o ciclo das políticas públicas, a teoria do equilíbrio
pontuado, que ajuda a identificar momentos de estabilidade e de
mudanças incrementais no foco das políticas públicas, está
melhor relacionada com a seguinte etapa do ciclo:
(A) formulação de alternativas.
(B) avaliação.
(C) tomada de decisão.
(D) formação da agenda.
(E) implementação.
Resposta: D
Atualidades do Mercado Financeiro
12) (BANESTES/TÉCNICO BANCÁRIO/FGV/2018) 
O cartão de crédito é um meio de pagamento que permite ao cliente 
pagar compras ou serviços até um limite de crédito previamente 
definido no contrato de uso do cartão. O ideal é que o cliente sempre pague 
suas faturas nas datas acordadas – o valor inteiro ou pelo 
menos um percentual do valor devido. Esse procedimento evita: 
(A) o cancelamento do cartão de crédito; 
(B) o cancelamento da conta-corrente do cliente; 
(C) a entrada no crédito rotativo; 
(D) a entrada no Sistema de Proteção ao Crédito (SPC); 
(E) um processo junto ao Banco Central. 
Resposta: C
13) (BANESTES/TÉCNICO BANCÁRIO/FGV/2018) 
Acerca dos riscos ligados às chamadas criptomoedas ou moedas 
virtuais, o Banco Central do Brasil, em comunicado de novembro 
de 2017, alertou para questões relacionadas à conversibilidade e ao 
Questõesda Banca FGV
lastro de tais ativos, destacando que não é responsável por regular, 
autorizar ou supervisionar o seu uso. Assim, é correto afirmar que 
seu valor: 
(A) decorre da garantia de conversão em moedas soberanas; 
(B) decorre da emissão e garantia por conta de autoridades 
monetárias; 
(C) decorre de um lastro em ativos reais; 
(D) é associado ao tamanho da base monetária; 
(E) decorre exclusivamente da confiança conferida pelos indivíduos ao 
seu emissor. 
Resposta: E
Conhecimentos Bancários
14) (FGV/BNB/ANALISTA BANCÁRIO/2014)
Os bancos ganham dinheiro com receitas de intermediação financeira 
e com receitas de prestação de serviços e tarifas. Entre 
as principais receitas bancárias de prestação de serviços e tarifas, 
destacam-se:
I – Tarifas sobre depósito à vista e sobre aplicações em CDBs;
II – Tarifas sobre serviços de conta-corrente e de corretagem e 
custódia;
III – Tarifas sobre emissões e anuidades de cartões de crédito;
IV – Receitas sobre administração de fundos de investimento e 
administração de consórcios.
Está(ão) correta(s) somente:
a) I e IV;
b) II e III;
c) III;
d) IV;
e) II, III e IV.
Resposta: E
Contabilidade Geral 
15) (FGV/SEFAZ-BA/AGENTE TRIB. ESTADUAIS/2022)
Uma fábrica instalou um filtro por exigência de uma entidade 
governamental de controle ambiental. O item comprado é 
fundamental para a continuidade da atividade da fábrica. 
Assinale a opção que indica a contabilização dos gastos com o 
filtro nas demonstrações contábeis da fábrica e o motivo para a 
contabilização. 
(A) Despesa operacional; não há aumento na vida útil da fábrica. 
(B) Despesa operacional; não há aumento direto na geração de 
benefícios econômicos futuros. 
(C) Outras despesas operacionais; não há relação direta com o 
processo produtivo. 
(D) Ativo Imobilizado; há aumento direto na geração de 
benefícios econômicos futuros. 
(E) Ativo Imobilizado; há criação de condições para a obtenção 
de benefícios econômicos futuros por outros ativos.
Resposta: E
16) (FGV/SEFAZ-BA/AGENTE TRIB. ESTADUAIS/2022)
Uma sociedade empresária adquiriu computadores para utilizar 
em seus negócios. Na data da aquisição, o preço dos 
computadores era de R$30.000, com pagamento em doze meses. 
Como a sociedade empresária realizou o pagamento à vista, 
pagou R$28.000. O pagamento do valor e o recebimento dos 
computadores foram feitos em 10/01/X0. 
Assinale a opção que indica o lançamento contábil realizado pela 
sociedade empresária nesta data, de acordo com o 
Pronunciamento Técnico CPC 27 - Ativo Imobilizado. 
(A) D - Computadores ............. R$ 28.000 
 C - Caixa .................... R$ 28.000 
(B) D - Computadores ............. R$ 28.000 
 D - Desconto obtido .......... R$ 2.000 
 C - Caixa .................... R$ 28.000 
 C - Receita financeira ....... R$ 2.000 
(C) D - Computadores ............ R$ 30.000 
 C - Juros a incorrer ......... R$ 2.000 
 C - Caixa .................... R$ 28.000 
Questões da Banca FGV
(D) D - Computadores ............. R$ 30.000 
 C - Desconto obtido .......... R$ 2.000 
 C - Caixa .................... R$ 28.000 
(E) D - Computadores ............. R$ 30.000 
 C - Receita financeira ....... R$ 2.000 
 C - Caixa .................... R$ 28.000 
Resposta: A
Contabilidade Geral
17) (FGV/SEFAZ-BA/AGENTE TRIB. ESTADUAIS/2022)
Em relação ao reconhecimento do ajuste a valor presente de uma 
conta a receber no balanço patrimonial de uma entidade, 
assinale a afirmativa correta. 
(A) Incorre apenas quando a conta é de curto prazo. 
(B) Incorre apenas quando a conta é de longo prazo 
(C) Incorre apenas quando refletir efeito relevante. 
(D) Incorre em todas as contas de curto e de longo prazo. 
(E) Incorre em todas as contas de longo prazo e apenas nas de 
curto prazo que refletem efeito relevante. 
Resposta: E
18) (FGV/SEFAZ-BA/AGENTE TRIB. ESTADUAIS/2022)
O Pronunciamento Técnico CPC 47 - Receita de Contrato com 
Cliente, inclui os critérios que devem ser atendidos para que haja 
contabilização da receita na Demonstração do Resultado do 
Exercício de uma entidade. 
As opções a seguir apresentam alguns desses critérios, à exceção 
de uma. Assinale-a. 
(A) A entidade pode identificar os termos de pagamento para os 
bens ou serviços a serem transferidos. 
Questões da Banca FGV
(B) A entidade pode identificar os direitos de cada parte em 
relação aos bens ou serviços a serem transferidos. 
(C) O contrato possui substância comercial, de modo que é 
esperado que o risco, à época, ou o valor dos fluxos de caixa 
futuros da entidade se modifiquem como resultado do 
contrato. 
(D) Há prestação do serviço ou entrega do bem ao cliente, 
independente da capacidade de recebimento do montante 
correspondente. 
(E) As partes do contrato aprovam o contrato, por escrito, 
verbalmente ou de acordo com outras práticas usuais de 
negócios, e estão comprometidas em cumprir as suas 
respectivas obrigações. 
Resposta: D
Contabilidade Geral 
19) (FGV/SEFAZ-MG/AUDITOR FISCAL REC.EST./2023)
As reservas de capital, contabilizadas no patrimônio líquido, 
representam valores recebidos que não transitaram e não irão 
transitar pelo resultado como receita. 
Assinale a opção que indica quando as reservas de capital podem 
ser utilizadas. 
(A) Na reversão de provisões e no pagamento de dividendos a 
ações ordinárias e preferenciais. 
(B) Na compensação de perdas extraordinárias e no atendimento 
a projetos de investimento em expansão. 
(C) Na incorporação ao capital social e no aumento do valor do 
investimento em coligadas e controladas. 
(D) No resgate, reembolso ou compra de ações e na absorção de 
prejuízos, quando estes ultrapassarem as reservas de lucros. 
(E) No pagamento de dividendos sobre a parcela de lucros ainda 
não realizada financeiramente e no resgate de partes 
beneficiárias. 
Questões da Banca FGV
Resposta: D
20) (FGV/SEFAZ-MG/AUDITOR FISCAL REC.EST./2023)
A Cia. X realiza a venda de computadores a consumidores 
externos por meio eletrônico, atuando como intermediadora. A 
sociedade empresária não possui estoque. Os computadores 
vendidos são entregues pela Cia. Y, detentora do estoque e 
emissora dos documentos da venda. 
No mês de janeiro de 2022, a Cia. X atuou na venda de 10 
computadores, com base no valor de R$ 8.000 cada. Estes foram 
entregues pela Cia. Y ao consumidor final. O custo do 
computador era de R$ 5.000 e a Cia. X recebeu R$ 2.000 por cada 
venda realizada. 
Assinale a opção que indica a receita de vendas contabilizada, em 
janeiro de 2022, pela Cia. X e pela Cia. Y, respectivamente. 
(A) R$ 20.000 e R$ 30.000. 
(B) R$ 20.000 e R$ 60.000. 
(C) R$ 20.000 e R$ 80.000. 
(D) R$ 80.000 e R$ 30.000. 
(E) R$ 80.000 e R$ 60.000. 
Resposta: C
21) (FGV/SEFAZ-MG/AUDITOR FISCAL REC.EST./2023)
De acordo com a NBC TG 26 (R5) - Apresentação das 
Demonstrações Contábeis, as demonstrações contábeis resultam 
do processamento de grande número de transações ou outros 
eventos que são agregados em classes, de acordo com a sua 
natureza ou função. 
Quando um item não é individualmente material, ele deve ser 
(A) baixado em uma conta de resultado. 
(B) contabilizado em conta redutora no balanço patrimonial. 
(C) agregado a outros itens, seja nas demonstrações contábeis, 
seja nas notas explicativas. 
(D) excluído das demonstrações contábeis e não apresentado nas 
notas explicativas. 
Questões da Banca FGV
(E) apresentado exclusivamente na Demonstração dos Fluxos de Caixa. 
Resposta: C
22) (FGV/SEFAZ-MG/AUDITOR FISCAL REC.EST./2023)
Uma instituição de ensino adquiriu, em 01/01/X0, um prédio para 
alugar a terceiros por R$ 500.000. A vida útil do prédio foi 
estimada em 50 anos. 
Após o reconhecimento inicial, a instituição de ensino escolheu 
mensurar o prédio pelo método do valor justo , com acréscimo 
reconhecido anualmente na Demonstração do Resultado. Na 
data, este era de R$ 600.000. 
Em 31/12/X1, a instituição decidiu que iria utilizar o prédio em 
seus negócios, passando a contabiliza-locomo ativo imobilizado. 
Na data, o valor justo do prédio era de R$ 700.000. 
Assinale a opção que indica o valor contábil do prédio no balanço 
patrimonial da instituição de ensino, em 31/12/X1. 
(A) R$480.000. 
(B) R$500.000. 
(C) R$576.000. 
(D) R$600.000. 
(E) R$700.000. 
Resposta: E
23) (FGV/SEFAZ-MG/AUDITOR FISCAL REC.EST./2023)
Em 31/12/X0, uma sociedade empresária adquiriu móveis para 
utilizar em seu negócio por R$ 12.000 para pagamento em um 
ano. Esse prazo era maior do que os prazos normais de crédito 
para a sociedade empresária. Se os móveis fossem adquiridos à 
vista, o valor seria de R$ 10.00 0. 
Assinale a opção que indica os lançamentos contábeis realizados 
pela sociedade empresária na data em que os móveis foram 
adquiridos. 
Questões da Banca FGV
(A) D-móveis e utensílios: R$ 10.000. 
 D- despesas financeiras a apropriar: R$ 2.000. 
 C- contas a pagar: R$ 12.000. 
(B) D- móveis e utensílios: R$ 10.000. 
 D- despesas financeiras: R$ 2.000. 
 C- contas a pagar: R$ 12.000. 
(C) D- móveis e utensílios: R$ 12.000. 
 C- contas a pagar: R$ 12.000. 
(D) D- móveis e utensílios: R$ 12.000. 
 C- desconto financeiro: R$ 2.000. 
 C- contas a pagar: R$ 12.000. 
(E) D- móveis e utensílios: R$ 12.000. 
 D- despesas financeiras: R$ 2.000. 
 C- caixa: R$ 2.000. 
 C- contas a pagar: R$ 10.000. 
Resposta: A
24) (FGV/SEFAZ-MG/AUDITOR FISCAL REC.EST./2023)
Em 01/01/X0, uma entidade de incorporação imobiliária iniciou a 
construção de um prédio. Foi estimado que todos os 
apartamentos estariam prontos em 31/12/X3. 
O custo total estimado para cada apartamento era de 
R$ 500.000, sendo gastos do seguinte modo: 
- em X0: R$ 100.000; 
- em X1: R$ 120.000; 
- em X2: R$ 200.000; e 
- em X3: R$ 80.000. 
Ainda, a construtora incorre em despesas gerais de R$ 180.000 ao ano. 
Em 01/01/X0 foram vendidos três apartamentos por R$ 800.000 
cada, à vista. 
Assinale a opção que indica o lucro bruto relacionado à venda 
destes três apartamentos, reconhecido na Demonstração do 
Resultado do Exercício da construtora em 31/12/X2, 
considerando que os valores reais foram iguais aos estimados. 
(A) Zero. 
(B) R$ 180.000. 
(C) R$ 216.000. 
Questões da Banca FGV
(D) R$ 360.000. 
(E) R$ 756.000. 
Resposta: D
25) (FGV/SEFAZ-MG/AUDITOR FISCAL REC.EST./2023)
De acordo com a NBC TG 26 (R5) - Apresentação das 
Demonstrações Contábeis, as notas explicativas devem ser 
apresentadas, tanto quanto seja praticável, de forma sistemática. 
Em relação à ordenação ou ao agrupamento sistemático, analise 
os exemplos a seguir. 
I. Agrupar informações sobre contas mensuradas de forma 
semelhante, como os ativos mensurados ao valor justo. 
II. Dar destaque para as áreas de atividades que a entidade 
considera mais relevantes para a compreensão do seu 
desempenho financeiro e da posição financeira, como o 
agrupamento de informações sobre determinadas atividades 
operacionais. 
III. Seguir a ordem das contas das demonstrações do resultado e 
de outros resultados abrangentes e do balanço patrimonial, 
como declaração de conformidade com as normas, 
interpretações e comunicados e políticas contábeis 
significativas aplicadas. 
Os exemplos de ordenação ou de agrupamento sistemático das 
notas explicativas incluem o que se afirma em 
(A) I, somente. 
(B) I e II, somente. 
(C) I e III, somente. 
(D) II e III, somente. 
(E) I, II e III. 
Resposta: E
Questões da Banca FGV
26) (FGV/SEFAZ-MG/AUDITOR FISCAL REC.EST./2023)
De acordo com inclusão feita pela Lei nº 11.638/07 na 
Lei nº 6.404/64, assinale a opção que indica a classificação no 
ativo intangível. 
(A) Despesas pré-operacionais e gastos de reestruturação que 
contribuirão, efetivamente, para o aumento do resultado de 
mais de um exercício social. 
(B) Direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados 
à manutenção da companhia ou exercidos com essa 
finalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido. 
(C) Aplicações de recursos em despesas que contribuirão para a 
formação do resultado de mais de um exercício social, 
inclusive os juros pagos ou creditados aos acionistas. 
(D) Direitos que tenham por objeto bens destinados à 
manutenção das atividades da companhia e da sociedade 
empresária, ou exercidos com essa finalidade, inclusive os de 
propriedade industrial ou comercial. 
(E) Participações permanentes em outras sociedades e os 
direitos de qualquer natureza, não classificáveis no ativo 
circulante, e que não se destinem à manutenção da atividade 
da companhia ou da sociedade empresária. 
Resposta: B
27) (FGV/SEFAZ-MG/AUDITOR FISCAL REC.EST./2023)
De acordo com a Lei nº 6.404/1964, modificada pelas leis 
11.638/2007 e 11.941/2009, considera-se, como valor justo dos 
instrumentos financeiros, 
(A) o preço pelo qual possam ser repostos, mediante compra no 
mercado. 
(B) o valor que pode se obter em um mercado ativo, decorrente 
de transação não compulsória realizada entre partes 
independentes. 
(C) o preço líquido de realização mediante venda no mercado, 
deduzidos os impostos e demais despesas necessárias para a 
venda e a margem de lucro. 
(D) o valor original atualizado pela variação do nível médio de 
Questões da Banca FGV
preços da economia. 
(E) o preço inicial corrigido de acordo com o processo de 
reavaliação de ativos previsto na lei societária. 
Resposta: B
28) (FGV/SEFAZ-MG/AUDITOR FISCAL REC.EST./2023)
Uma loja vendia calculadoras. Em 31/12/X0, não havia 
calculadoras no estoque. 
Em 02/01/X1, a loja adquiriu 100 calculadoras. O preço unitário 
cobrado pelo fabricante foi de R$ 100,00, mas a loja recebeu um 
desconto de 10% sobre o preço. Além disso, a loja pagou o frete 
de R$ 200,00. Ainda, a loja estimou que o custo de estocagem 
das calculadoras era de R$ 400,00. 
No primeiro trimestre de X1, 30 calculadoras foram vendidas por 
R$ 110,00 cada. Em 01/04, o preço baixou para R$ 95,00 e foram 
vendidas 10 calculadoras no segundo trimestre. Já em 01/07, o 
preço baixou para R$ 85,00. No trimestre foram vendidas 
40 calculadoras. Em 01/10 o preço foi ajustado para R$ 100,00. 
Nesse trimestre, 8 calculadoras foram vendidas. 
Assinale a opção que indica o lucro bruto da loja, no ano de X1. 
(A) R$ 178,00. 
(B) R$ 250,00. 
(C) R$ 354,00. 
(D) R$ 538,00. 
(E) R$ 634,00. 
Resposta: E
Contabilidade Pública 
29) (FGV/SEFAZ-BA/AGENTE TRIB. ESTADUAIS/2022)
A informação sobre a situação patrimonial do governo ou outra 
entidade do setor público possibilita aos usuários identificarem 
Questões da Banca FGV
os recursos da entidade e as demandas sobre esses recursos na 
data de divulgação do relatório. Isso fornece informação útil 
como subsídio à avaliação de algumas questões. 
Avalie se tais questões incluem 
I. a extensão na qual a administração cumpriu suas obrigações 
em salvaguardar e administrar os recursos da entidade. 
II. os montantes e o cronograma de fluxos de caixa futuros 
necessários aos serviços e ao pagamento das demandas 
existentes sobre os recursos da entidade. 
III. a extensão na qual os recursos estão disponíveis para dar 
suporte às atividades relativas à prestação de serviços 
futuros. 
Está correto o que se afirma em 
(A) I, apenas. 
(B) II, apenas. 
(C) I e II, apenas. 
(D) II e III, apenas. 
(E) I, II e III. 
Resposta: E
Contabilidade Pública
30) (FGV/SEFAZ-BA/AGENTE TRIB. ESTADUAIS/2022)
A respeito da aplicação das normas da contabilidade aplicada ao 
setor público, assinale a afirmativa correta em relação às normas 
estabelecidas pelo Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor 
Público (MCASP), quando não há determinação dos órgãos 
reguladores e fiscalizadores. 
(A) São facultativas aos governos estaduais e municipais. 
(B) São facultativas às autarquias e ao governo do Distrito 
Federal. 
(C) São obrigatórias às empresas estatais dependentes e às 
independentes. 
(D) São obrigatórias ao governo nacional e aos conselhos 
profissionais. 
(E) São obrigatórias às fundações instituídas e mantidaspelo 
Questões da Banca FGV
setor público e aos consórcios públicos.
Resposta: E
Contabilidade Pública 
31) (FGV/SEFAZ-BA/AGENTE TRIB. ESTADUAIS/2022)
De acordo com o MCASP, é importante compreender os 
diferentes aspectos da contabilidade aplicada ao setor público, 
de modo a interpretar corretamente as informações contábeis. 
Nesse sentido, assinale a opção que indica os principais 
instrumentos para refletir o aspecto patrimonial. 
(A) Balanço Patrimonial e Balanço Financeiro. 
(B) Balanço Orçamentário e Balanço Financeiro. 
(C) Balanço Orçamentário e Relatório de Gestão Fiscal. 
(D) Balanço Patrimonial e Demonstração das Variações Patrimoniais. 
(E) Relatório de Gestão Fiscal e Relatório Resumido da Execução 
Orçamentária. 
Resposta: D
Contabilidade Pública
32) (FGV/SEFAZ-BA/AGENTE TRIB. ESTADUAIS/2022)
Em relação ao balancete de uma entidade do setor público, 
assinale a afirmativa correta. 
(A) Reflete os aspectos orçamentário e fiscal. 
(B) Segue o método das partidas simples. 
(C) Demonstra o movimento e o saldo detalhado das contas contábeis. 
(D) É uma demonstração contábil incluída na Lei nº 4.320/64. 
(E) É uma demonstração contábil, nos termos do Manual de 
Contabilidade Aplicada ao Setor Público (MCASP). 
Questões da Banca FGV
Resposta: C
33) (FGV/SEFAZ-BA/AGENTE TRIB. ESTADUAIS/2022)
No Balanço Financeiro de uma entidade do setor público, os 
restos a pagar inscritos em exercícios anteriores e pagos no 
exercício são classificados como
(A) saldo do exercício anterior. 
(B) pagamentos extraorçamentários. 
(C) despesas orçamentárias vinculadas. 
(D) despesas orçamentárias ordinárias. 
(E) transferências financeiras recebidas e concedidas.
Resposta: B
34) (FGV/SEFAZ-BA/AGENTE TRIB. ESTADUAIS/2022)
No Balanço Patrimonial de uma entidade do setor público, as 
reservas de capital compreendem
(A) os valores acrescidos ao patrimônio que não transitaram pelo 
resultado como variações patrimoniais aumentativas. 
(B) as reservas constituídas com parcelas do lucro líquido das 
entidades para finalidades especificas. 
(C) os recursos recebidos pela entidade de seus acionistas ou 
quotistas destinados a serem utilizados para aumento de 
capital, quando não há a possibilidade de devolução destes 
recursos. 
(D) o valor das variações patrimoniais aumentativas já recebidas 
que efetivamente devem ser reconhecidas em resultados em 
anos futuros. 
(E) as contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor 
atribuídos a elementos do ativo e do passivo em decorrência 
da sua avaliação a valor justo, enquanto não computadas no 
resultado do exercício em obediência ao regime de competência.
Questões da Banca FGV
Resposta: A
Contabilidade Pública 
35) (FGV/SEFAZ-BA/AGENTE TRIB. ESTADUAIS/2022)
Uma escola municipal fornece a seus alunos, gratuitamente, 
merenda escolar, que é preparada por uma merendeira contratada. 
No Balanço Patrimonial da escola, o estoque de comida mantido 
para esse fim deve ser mensurado pelo 
(A) valor justo na data da aquisição. 
(B) preço médio ponderado das compras. 
(C) menor valor entre o custo histórico e o custo corrente de 
reposição. 
(D) menor valor entre o custo histórico e o valor realizável 
líquido. 
(E) menor valor entre o custo corrente de reposição e o valor 
realizável líquido. 
Resposta: C
Contabilidade Pública
36) (FGV/SEFAZ-BA/AGENTE TRIB. ESTADUAIS/2022)
De acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal, a receita 
corrente líquida representa o somatório das receitas tributárias, 
de contribuições, patrimoniais, industriais, agropecuárias, de 
serviços, transferências correntes e outras receitas também 
correntes. 
Na União, nos Estados e nos Municípios, deve-se deduzir do valor 
(A) a contribuição dos servidores para o custeio do seu sistema 
de previdência e assistência social. 
(B) a receita com os serviços considerados essenciais. 
(C) as receitas industriais obtidas com outras entidades do setor 
público. 
(D) as receitas tributárias que não foram efetivamente recebidas 
na data. 
Questões da Banca FGV
(E) as transferências realizadas a inativos ou pensionistas.
Resposta: A
37) (FGV/SEFAZ-BA/AGENTE TRIB. ESTADUAIS/2022)
De acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal, o Relatório de 
Gestão Fiscal deverá conter, entre outros, 
(A) as projeções atuariais dos regimes de previdência social, geral 
e próprio dos servidores públicos. 
(B) o demonstrativo da variação patrimonial, evidenciando a 
alienação de ativos e a aplicação dos recursos dela 
decorrentes. 
(C) as informações sobre apuração da receita corrente líquida, 
conforme definida na Lei, sua evolução e previsão de 
desempenho até o final do exercício. 
(D) o comparativo com os limites tratados pela Lei dos 
montantes relativos a despesa total com pessoal, dívidas 
consolidadas e mobiliárias, concessão de garantias e 
operações de crédito. 
(E) o balanço orçamentário, que especificará, por categoria 
econômica, as receitas por fonte e as despesas por grupo de 
natureza, discriminando a dotação para o exercício, a despesa 
liquidada e o saldo. 
Resposta: D
38) (FGV/SEFAZ-BA/AGENTE TRIB. ESTADUAIS/2022)
De acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal, o Relatório de 
Gestão Fiscal será publicado até trinta dias após o encerramento 
do período a que corresponder, com amplo acesso ao público, 
inclusive por meio eletrônico. 
O descumprimento do prazo previsto impedirá, até que a 
situação seja regularizada, que a entidade 
Questões da Banca FGV
(A) contraia obrigações de despesa que não possam ser 
cumpridas integralmente com o saldo disponível em caixa. 
(B) receba transferências voluntárias e contrate operações de 
crédito, com exceção às destinadas ao pagamento da dívida 
mobiliária. 
(C) receba empréstimos e financiamentos de agências de 
fomento, incluindo o Banco Nacional de Desenvolvimento 
Econômico. 
(D) realize aplicações da receita de capital derivada da alienação 
de bens para o financiamento de despesa corrente, salvo se 
destinada por lei aos regimes de previdência social, geral e 
próprio dos servidores públicos. 
(E) realize transações com outras entidades do setor público 
relativas a venda de bens, prestação de serviços ou concessão 
de empréstimos e financiamentos com preços, taxas, prazos 
ou condições diferentes dos vigentes no mercado. 
Resposta: B
Criminalística
39) (FGV/2021/PC-RJ/PERITO MÉDICO LEGISTA)
Mulher comparece ao IML para exame de conjunção
carnal e de ato libidinoso diverso da conjunção
carnal, que apura: genitália externa sem lesões violentas;
hímen com duas roturas cicatrizadas nos quadrantes anterior
e posterior direitos; ânus com tônus pouco diminuído,
mostrando equimoses violáceas na região perianal e rotura
disposta radialmente ao plano da mucosa anal, no
quadrante anterior esquerdo; a pesquisa de espermatozoides foi
negativa para o material colhido em ambas as
cavidades. Em relação ao exame, é correto afirmar
que:
a) foi negativo para conjunção carnal e positivo
para ato libidinoso diverso da conjunção carnal
b) foi negativo para conjunção carnal e indeterminado
para ato libidinoso diverso da conjunção carnal
c) foi positivo para conjunção carnal e positivo
Questões da Banca FGV
para ato libidinoso diverso da conjunção carnal;
d) não há como afirmar ou negar a
conjunção carnal; foi positivo para ato libidinoso diverso
da conjunção carnal
e) foi indeterminado para conjunção carnal e indeterminado
para ato libidinoso diverso da conjunção carnal
Resposta: D
40) (FGV/2021/PC-RJ/PERITO MÉDICO LEGISTA)
Presença de sulco apergaminhado, descontínuo, mais fundo na
face lateral direita do pescoço, superficializando para a
esquerda e para cima, permite ao perito pensar
na hipótese de:
a) enforcamento incompleto
b) estrangulamento atípico
c) enforcamento atípico lateral
d) estrangulamento;
e) sufocação direta
Resposta: C
41) (FGV/2021/PC-RJ/PERITO MÉDICO LEGISTA)
Um homem é conduzido ao IML, para exame
de corpo de delito de embriaguez, por ter
se envolvido em colisão de veículos ocorrida há
cerca de quatro horas, sendo atendidoem hospital
da rede pública antes. Ao exame, informa que
bebeu uma lata de cerveja depois que saiu
do trabalho; diz estar um pouco tonto e
nauseado, porém, responde com coerência às questões formuladas
pelo perito; sem mais alterações de interesse médico-legal.
Colhida urina para pesquisa de álcool, o exame
foi negativo. Nesse caso, é correto afirmar que:
Questões da Banca FGV
a) o resultado do exame de urina é
incoerente
b) o tempo transcorrido entre o fato e
o exame médico-legal permitiu a eliminação do álcool
c) o atendimento hospitalar interferiu no resultado do
exame de urina
d) os sintomas referidos pelo homem indicam que
ele está sob efeito do álcool
e) o exame de urina foi negativo porque
o álcool não começou a ser eliminado
Resposta: B
42) (FGV/2021/PC-RJ/PERITO MÉDICO LEGISTA)
Quando cometem um delito, de acordo com o
Código Penal brasileiro, os oligofrênicos podem sofrer punição
ou não. O que modifica sua imputabilidade é
o(a):
a) natureza do delito
b) uso de violência
c) nível de comprometimento mental
d) causa da oligofrenia
e) extensão do dano causado
Resposta: C
43) (FGV/2022/PC-AM/DELEGADO DE POLÍCIA)
O pacote anticrime (Lei nº 13964/19) alterou a
legislação penal e processual penal.Sobre as medidas adotadas
atualmente na preservação das provas, assinale a afirmativa
correta.
a) O isolamento da área é a primeira
medida a ser adotada.
Questões da Banca FGV
b) O reconhecimento é a parte em que
a vítima é identificada ainda na cena de
crime.
c) O reconhecimento corresponde à distinção dos elementos
como de potencial interesse para a investigação.
d) A fixação é a fase em que
os elementos de potencial interesse para a investigação
são levados aos laboratórios, onde serão fixados e
estudados.
e) O rastreamento dos elementos de interesse se
inicia após iniciado seu transporte para a unidade
onde serão analisados (laboratórios).
Resposta: C
44) (FGV/2022/PC-RJ/AUXILIAR DE NECROPSIA)
A pele tem um importante aspecto na necropsia.
Se a pessoa morreu recentemente, por exemplo, a
pele fica pálida, com uma tonalidade azul e
com aparência marmorizada nos ombros e peito. A
respeito da pele, é correto afirmar que ela
é um:
a) tecido de revestimento chamado epitelial
b) órgão formado pelo tecido conjuntivo queratinizado
c) tecido de revestimento chamado conjuntivo
d) órgão formado pelos tecidos epitelial e conjuntivo
e) tecido de revestimento chamado epiderme
Resposta: D
45) (FGV/2022/PC-RJ/AUXILIAR DE NECROPSIA)
Uma amostra de osso retirado de uma perna
humana em estágio avançado de decomposição foi encaminhada
ao Departamento de Polícia Técnico-Científica. A análise do
Questões da Banca FGV
DNA das células ósseas revelou tratar-se de um
indivíduo do sexo masculino. Essa conclusão deve-se à
presença, no núcleo das células, de:
a) 23 cromossomos
b) 22 pares de cromossomos
c) 42 cromossomos e dois cromossomos sexuais
d) um par de cromossomos XX
e) um par de cromossomos XY
Resposta: E
46) (FGV/2022/PC-RJ/AUXILIAR DE NECROPSIA)
As articulações do esqueleto são pontos de encontro
entre ossos e podem ser classificadas em diferentes
categorias. As articulações entre as vértebras são do
tipo:
a) semimóveis, como as da fíbula, tíbia e
fêmur
b) móveis, mas permitindo movimentos limitados
c) semimóveis, permitindo pequenos movimentos
d) móveis, como as do quadril
e) imóveis, como os ossos do crânio
Resposta: C
47) (FGV/2022/PC-RJ/AUXILIAR DE NECROPSIA)
Há características morfológicas do esqueleto humano que podem
auxiliar no diagnóstico do sexo biológico do indivíduo.
Por exemplo, o tamanho da cintura escapular, que
no homem é mais larga. A cintura escapular
é formada pela escápula e pelo(a):
a) sacro;
Questões da Banca FGV
b) ílio;
c) esterno;
d) clavícula;
e) cóccix.
Resposta: D
48) (FGV/2022/PC-RJ/INVESTIGADOR POLICIAL)
Tendo em vista a pluralidade de testemunhas que
presenciaram determinado evento delitivo, a autoridade policial e
seus agentes envidaram esforços para que todos fossem
ouvidos em sede inquisitorial. Todas as testemunhas ouvidas,
com mínimas alterações, apontaram a autoria do delito
para Hermes e Príapo, delineando o modus operandi
da dupla. No entanto, dada a urgência da
atuação, alguns depoimentos não foram encartados nos autos
do inquérito. Os agentes foram capturados em decorrência
de mandado de prisão preventiva pugnado pelo Ministério
Público, que imediatamente ofereceu a respectiva ação penal,
momento em que foi descoberta a não completude
do acervo probatório constituído. Diante desse cenário, é
correto afirmar que:
a) houve quebra da cadeia de custódia, por
violação do ato de coleta da prova
b) não houve quebra da cadeia de custódia,
diante da pluralidade de fontes probatórias no mesmo
sentido
c) houve quebra da cadeia de custódia, por
violação do ato de processamento da prova
d) não houve quebra da cadeia de custódia,
pois o descarte, na fase preliminar, compete ao
delegado de polícia
e) houve quebra da cadeia de custódia, por
violação do ato de armazenamento da prova
Questões da Banca FGV
Resposta: B
Direito Administrativo
49) (DPE/MS/2022/FGV/DEFENSOR PÚBLICO)
João é jornalista e cobria, presencialmente, uma manifestação em que
ativistas de direitos humanos protestavam contra os altos índices de
letalidade policial no Estado Alfa. Na qualidade de profissional de
imprensa, enquanto fazia a cobertura jornalística, João foi ferido pelo
policial militar José, ao receber uma pancada com cassetete em
seu rosto, no momento em que havia conflito entre policiais
e manifestantes. Inconformado com as lesões que sofreu, João buscou
atendimento na Defensoria Pública para ajuizar ação indenizatória, ocasião em
que lhe foi explicado que, de acordo com a jurisprudência
do Supremo Tribunal Federal, no caso em tela, a responsabilidade
civil do Estado é:
a) subjetiva, mas não cabe responsabilização direta do policial militar
José, em razão da teoria da dupla garantia, seja para
a vítima, seja para o agente público
b) subjetiva, mas cabe o reconhecimento da culpa concorrente, eis
que os danos foram causados em evento multitudinário
c) objetiva, mas cabe a excludente da responsabilidade da culpa
exclusiva da vítima, caso João tenha descumprido ostensiva e clara
advertência sobre acesso a áreas delimitadas como de grave risco
à sua integridade física
d) objetiva, mas cabe a excludente da responsabilidade da força
maior, diante da imprevisibilidade do conflito entre os manifestantes e
os policiais, desde que a Polícia Militar comprove que planejou
regularmente sua atuação.
Resposta: C
50) (DPE/MS/2022/FGV/DEFENSOR PÚBLICO)
O Município Alfa invadiu o imóvel de propriedade de José,
de forma irregular e ilícita, sem respeitar os procedimentos administrativos
e judiciais inerentes à desapropriação, e iniciou a construção de
uma escola municipal. José estava internado por longo período em
Questões da Banca FGV
tratamento de doença grave e, ao retornar para seu imóvel,
verificou que a escola já tinha iniciado suas atividades. Ao
buscar assistência jurídica na Defensoria Pública, José foi informado de
que, de acordo com a jurisprudência do Superior Tribunal de
Justiça, é cabível o ajuizamento de ação de:
a) reintegração de posse, cujo prazo prescricional é de cinco anos
b) reintegração de posse, cujo prazo prescricional é de quinze anos;
c) indenização por desapropriação indireta, cujo prazo prescricional é de
dez anos
d) indenização por desapropriação indireta, cujo prazo prescricional é de
vinte anos
Resposta: C
51) (FGV/2020/OAB/XXXI EXAME DE ORDEM UNIFICADO)
Rafael, funcionário da concessionária prestadora do serviço
público de fornecimento de gás canalizado, realizava reparo na
rede subterrânea, quando deixou a tampa do bueiro
aberta, sem qualquer sinalização, causando a queda de
Sônia, transeunte que caminhava pela calçada.Sônia, que
trabalha como faxineira diarista, quebrou o fêmur da perna
direita em razão do ocorrido e ficou internada
no hospital por 60 dias, sem poder trabalhar.Após
receber alta, Sônia procurou você, como advogado(a), para
ajuizaração indenizatória em face
a)da concessionária, com base em sua responsabilidade civil
objetiva, para cuja configuração é desnecessária a comprovação
de dolo ou culpa de Rafael.
b)do Estado, como poder concedente, com base em
sua responsabilidade civil direta e subjetiva, para cuja
configuração é prescindível a comprovação de dolo ou
culpa de Rafael.
c)de Rafael, com base em sua responsabilidade civil
direta e objetiva, para cuja configuração é desnecessária
a comprovação de ter agido com dolo ou
culpa, assegurado o direito de regresso contra a
concessionária.
Questões da Banca FGV
d)do Município, como poder concedente, com base em
sua responsabilidade civil objetiva, para cuja configuração é
imprescindível a comprovação de dolo ou culpa de Rafael.
Resposta: A
52) (FGV/2020/OAB/XXXI EXAME DE ORDEM UNIFICADO)
Otacílio, novo prefeito do Município Kappa, acredita que
o controle interno é uma das principais ferramentas
da função administrativa, razão pela qual determinou o
levantamento de dados nos mais diversos setores da
Administração local, a fim de apurar se os atos administrativos
até então praticados continham vícios, bem como se ainda
atendiam ao interesse público.Diante dos resultados de tal
apuração, Otacílio deverá
a)revogar os atos administrativos que contenham vícios
insanáveis, ainda que com base em valores jurídicos abstratos.
b)convalidar os atos administrativos que apresentem vícios 
sanáveis, mesmo que acarretem lesão ao interesse público.
c)desconsiderar as circunstâncias jurídicas e administrativas
que houvessem imposto, limitado ou condicionado a conduta do
agente nas decisões sobre a regularidade de ato administrativo.
d)indicar, de modo expresso, as consequências jurídicas e
administrativas da invalidação de ato administrativo.
Resposta: D
53) (FGV/2020/OAB/XXXI EXAME DE ORDEM UNIFICADO)
A autoridade competente, em âmbito federal, no regular
exercício do poder de polícia, aplicou à sociedade
empresária Soneca S/A multa em razão do descumprimento
das normas administrativas pertinentes. Inconformada, a
sociedade Soneca S/A apresentou recurso administrativo,
ao qual foi conferido efeito suspensivo, sendo certo
Questões da Banca FGV
que não sobreveioqualquer manifestação do superior
hierárquico responsável pelo julgamento, após o
transcurso do prazo de oitenta dias. Considerando o
contexto descrito, assinale a afirmativa correta.
a)Não se concederá Mandado de Segurança para invalidar
a penalidade de multa aplicada a Soneca S/A, submetida
a recurso administrativo provido de efeito suspensivo.
b)O ajuizamento de qualquer medida judicial por Soneca
S/A depende do esgotamento da via administrativa.
c)Não há mora da autoridade superior hierárquica, que,
por determinação legal, dispõe do prazo de noventa
dias para decidir
d)A omissão da autoridade competente em relação ao
seu dever de decidir, ainda que se prolongue
por período mais extenso, não enseja a concessão
de Mandado de Segurança.
Resposta: A
54) (FGV/2020/OAB/XXXI EXAME DE ORDEM UNIFICADO)
Diante da necessidade de construção de uma barragem
no Município Alfa, a ser efetuada em terreno
rural de propriedade de certa sociedade de economia
mista federal, o Poder Legislativo local fez editar
uma lei para declarar a desapropriação por utilidade
pública, após a autorização por decreto do Presidente
da República, sendo certo que, diante do sucesso
das tratativas entre os chefes do Executivo dos
entes federativos em questão, foi realizado acordo na
via administrativa para ultimar tal intervenção do Estado
na propriedade.Diante dessa situação hipotética,
assinale a afirmativa correta.
a)A autorização por decreto não pode viabilizar a
desapropriação do bem em questão pelo Município Alfa,
porque os bens federais não são expropriáveis.
b)A iniciativa do Poder Legislativo do Município Alfa
para declarar a desapropriação é válida, cumprindo ao
Questões da Banca FGV
respectivo Executivo praticar os atos necessários para sua
efetivação.
c)A intervenção na propriedade em tela não pode
ser ultimada na via administrativa, mediante acordo entre
os entes federativos envolvidos.
d)O Município Alfa não tem competência para declarar
a desapropriação por utilidade pública de propriedades rurais.
Resposta: B
55) (FGV/2020/OAB/XXXI EXAME DE ORDEM UNIFICADO)
Maria foi contratada, temporariamente, sem a realização de
concurso público, para exercer o cargo de professora
substituta em entidade autárquica federal, em decorrência do
grande número de professores do quadro permanente em
gozo de licença. A contratação foi objeto de
prorrogação, de modo que Maria permaneceu em exercício
por mais três anos, período durante o qual
recebeu muitos elogios. Em razão disso, alunos, pais
e colegas de trabalho levaram à direção da
autarquia o pedido de criação de um cargo
em comissão de professora, para que Maria fosse
nomeada para ocupá-lo e continuasse a ali lecionar.Avalie
a situação hipotética apresentada e, na qualidade de
advogado(a), assinale a afirmativa correta.
a)Não é possível a criação de um cargo
em comissão de professora, visto que tais cargos
destinam-se apenas às funções de direção, chefia e
assessoramento.
b)É adequada a criação de um cargo em
comissão para que Maria prolongue suas atividades como
professora na entidade administrativa, diante do justificado
interesse público.
c)Maria tem estabilidade porque exerceu a função de
professora por mais de três anos consecutivos, tornando
desnecessária a criação de um cargo em comissão
para que ela continue como professora na entidade
autárquica.
Questões da Banca FGV
d)Não é necessária a criação de um cargo
em comissão para que Maria permaneça exercendo a
função de professora, porque a contratação temporária pode
ser prorrogada por tempo indeterminado.
Resposta: A
56) (FGV/2020/OAB/XXXI EXAME DE ORDEM UNIFICADO)
O Município Beta concedeu a execução do serviço
público de veículos leves sobre trilhos e, ao
verificar que a concessionária não estava cumprindo
adequadamente as obrigações determinadas no respectivo
contrato, considerou tomar as providências cabíveis para
a regularização das atividades em favor dos usuários.
Nesse caso,
a)impõe-se a encampação, mediante a retomada do serviço
pelo Município Beta, sem o pagamento de indenização.
b)a hipótese é de caducidade a ser declarada
pelo Município Beta, mediante decreto, que independe da
verificação prévia da inadimplência da concessionária.
c)cabe a revogação do contrato administrativo pelo Município
Beta, diante da discricionariedade e precariedade da concessão,
formalizada por mero ato administrativo.
d)é possível a intervenção do Município Beta na
concessão, com o fim de assegurar a adequada
prestação dos serviços, por decreto do poder concedente,
que conterá designação do interventor, o prazo, os
objetivos e os limites da medida.
Resposta: D
57) (FGV/2021/DPE-RJ/DEFENSOR PÚBLICO)
Denise procura a Defensoria Pública alegando que ocupa,
desde julho de 2011, um pequeno terreno abandonado
Questões da Banca FGV
situado na zona urbana de Itaguaí. Ali ergueu
uma casa de 200m2 , que lhe serve
de moradia. Seu sustento é proveniente da venda
de sanduíches, produzidos num imóvel que aluga no
centro daquela cidade. Contou que recebeu notificação do
Estado do Rio de Janeiro para que desocupasse
o local em trinta dias, pois o imóvel
era de sua propriedade, como constava da certidão
de ônus reais obtida. Desesperada, sem ter outro
lugar para morar, ela solicita assistência jurídica.
Sobre a situação em questão e o regime jurídico dos
bens públicos, é correto afirmar que:
a) considerando que o direito à moradia goza
de assento constitucional, e que Denise desconhecia a
origem pública do bem, o qual não está
afetado à consecução de nenhuma finalidade pública, é
cabível o ajuizamento de ação de usucapião;
b) considerando a boa-fé de Denise, muito embora
não seja cabível usucapir o imóvel, pois de
titularidade do Estado do Rio de Janeiro, é
possível que ela permaneça na coisa até que
o Estado-membro indenize a acessão que ela construiu
noterreno;
c) o(a) Defensor(a) Público(a) deverá oficiar às Secretarias
de Assistência Social e Habitação do Município para
inscrição de Denise em programas de moradia e,
até que seja contemplada com uma casa, deve
passar a receber o aluguel social, pois a
pretensão jurídica de Denise em permanecer no local
é inviável, afinal a jurisprudência sumulada do STJ
é no sentido de que a ocupação indevida
de bem público configura mera detenção, de natureza
precária, insuscetível de retenção ou indenização por acessões
e benfeitorias;
d) deve ser ajuizada ação possessória em favor
de Denise, pois ela preenche os requisitos para
o reconhecimento da concessão especial de uso para
fins de moradia, previsto na MP nº 2.220/2001,
sendo certo que a notificação empreendida configura ameaça
ao citado direito;
e) tendo em conta que a notificação não
indicou os motivos pelos quais o ente público
precisava reaver o bem, o direito à moradia
Questões da Banca FGV
constitucionalmente consagrado, e a atribuição dos Estados em
promover a melhoria das condições habitacionais, deve o(a)
Defensor(a) Público(a) oficiar ao Estado do Rio de
Janeiro para que este celebre com Denise contrato
de concessão de direito real de uso.
Resposta: D
58) (FGV/2021/DPE-RJ/DEFENSOR PÚBLICO)
Após constatar ilegalidades envolvendo a concessão pelo
Estado do Rio de Janeiro do benefício da gratuidade
no transporte intermunicipal (ônibus intermunicipal, barcas,
metrô e trem) concedido há cerca de quatro anos aos
estudantes do ensino fundamental e médio das redes
municipal e federal no deslocamento casa-escola-casa,
o Estado do Rio de Janeiro decidiu, em 04/05/2017,
quinta-feira, interromper a concessão do benefício a
partir da segunda-feira, 08/05/2017. 
O(A) Defensor(a) Público(a) do Núcleo Especializado
e Tutela Coletiva de Fazenda Pública da Defensoria
Pública do Estado do Rio de Janeiro é procurado(a),
na sexta-feira, 05/05/2017, por um coletivo de
alunos que se viram impedidos de exercer o
seu direito fundamental à educação.À luz do caso
concreto e da teoria do ato administrativo, é
correto afirmar que o Estado do Rio de Janeiro:
a) poderia ter interrompido a concessão do benefício,
uma vez que não decorreu o prazo decadencial
para a Administração Pública Estadual anular os seus
atos, houve tempo hábil para o exercício prévio
da ampla defesa e do contraditório e os
alunos podiam ainda exercer o contraditório diferido.
Ademais, a teor dos princípios da legalidade, da autotutela
administrativa e da supremacia do interesse público,
consideradas, ainda, as graves consequências econômicas
que adviriam da manutenção do benefício, era dever do
Estado restaurar o status de legalidade;
b) não poderia, em atenção aos princípios constitucionais
Questões da Banca FGV
do devido processo legal, segurança jurídica e proteção
à confiança, ter cassado o benefício de forma
abrupta, pois que ele é fruído há anos
pelos alunos e, como o transporte viabilizava o
acesso ao direito fundamental à educação, a cassação
do benefício importaria em odioso retrocesso no âmbito
da implementação de relevante política pública social;
c) poderia ter anulado o benefício de tal
forma, desde que o ato fosse devidamente motivado,
com a indicação expressa de suas consequências jurídicas
e administrativas e, ainda, as condições para que
a regularização ocorresse de modo proporcional e equânime,
sem prejuízo aos interesses gerais;
d) não poderia ter anulado o benefício pois
que, em função das peculiaridades do caso, relacionado
com a garantia do direito fundamental à educação,
a interrupção do benefício imporia aos alunos ônus
ou perdas excessivos;
e) não poderia ter anulado o benefício porque
a sua interrupção inviabiliza o acesso ao direito
fundamental à educação. Ademais, compete aos Municípios (e
não ao Estado) atuar prioritariamente no ensino fundamental.
Resposta: D
59) (FGV/2021/DPE-RJ/DEFENSOR PÚBLICO)
Valéria, agente comunitária de saúde do Município de
Angra dos Reis, foi contratada após sucesso em
processo seletivo realizado em abril de 2009. Em
maio de 2018, o Município informou-a ter recebido
comunicação do Tribunal de Contas do Estado recusando
o registro de sua admissão, em razão de um vício relacionado
à autoridade competente, determinando então
o seu desligamento. Até então, Valéria vinha exercendo
com primor suas atividades e nunca fora notificada
a respeito do processo de registro de sua
nomeação. Valéria observou que, no final de 2009,
chegou à Corte de Contas a notícia, encaminhada
pelo Município, de sua admissão e início do
Questões da Banca FGV
exercício de suas funções. O julgamento recusando o
registro ocorrera em 2015.À luz do caso concreto
e da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal sobre
o tema, é correto afirmar que:
a) motivada a ilegalidade em vício de incompetência,
poderá haver a convalidação do ato de admissão,
já que dela não decorrerá prejuízo a terceiros
ou ao erário público;
b) como a eficácia do ato de admissão
de Valéria estava sujeita à condição resolutiva da
análise de sua legalidade e registro pelo Tribunal
de Contas do Estado, no exercício legítimo do
controle externo, é cabível a devolução dos valores
recebidos até o momento, por Valéria, a título
de remuneração;
c) Valéria deve permanecer no exercício de sua
função pública pois, no caso, decorreu o prazo
decadencial de cinco anos entre o ato administrativo
que a admitiu na função pública de agente
comunitária de saúde e o posterior julgamento de
sua legalidade e registro pelo Tribunal de Contas
do Estado;
d) compete aos Tribunais de Contas dos Estados
auxiliar o Poder Legislativo no controle externo da
Administração Pública, o que inclui a apreciação da
legalidade dos atos de admissão de pessoal, excetuadas
as nomeações para cargos de provimento em comissão
e para cargos da administração pública municipal, em
observância ao princípio federativo;
e) como, in casu, o controle do Tribunal
de Contas do Estado ocorreu sobre a legalidade
do ato inicial de admissão de agente público,
hipótese em que o registro no órgão de
controle integra a formação de ato administrativo complexo
e não configura processo administrativo com a presença
de litigantes, não havia, a rigor, necessidade de
prévia intimação de Valéria para se manifestar acerca
da ilegalidade de sua admissão à função pública
de agente comunitária de saúde.
Questões da Banca FGV
Resposta: A
60) (FGV/2021/OAB/XXXII/EXAME DE ORDEM UNIFICADO)
O Município Alfa pretende formalizar uma parceria público-privada
para a realização de obras, instalação de postes
e prestação de serviços de iluminação pública. A
contraprestação da concessionária vencedora da licitação seria
inteiramente custeada pela Administração Pública local, mediante
ordem bancária e por outorga de direitos sobre bens públicos
dominicais do município. Sobre essa situação hipotética, assinale
a afirmativa correta.
a) A contratação almejada não é possível, porque
o ordenamento não admite que a Administração arque
com o custeio integral de parceria público-privada.
b) A outorga de direitos sobre bens públicos
dominicais não é contraprestação admissível para a formalização
da parceria.
c) O Município Alfa deveria utilizar-se de concessão
administrativa para a formalização da contratação pretendida.
d) A natureza individual (uti singuli) do serviço
em questão exige a cobrança de tarifa do
usuário para a realização da parceria público-privada almejada.
Resposta: C
61) (FGV/2021/OAB/XXXII/EXAME DE ORDEM UNIFICADO)
Amadeu, assim que concluiu o ensino médio, inscreveu-se
e foi aprovado em concurso público para ocargo de técnico
administrativo do quadro permanente de determinado Tribunal
Regional Federal, cargo em que alcançou a estabilidade,
após o preenchimento dos respectivos requisitos
legais. Enquanto estava no exercício das funções desse
cargo, Amadeu cursou e concluiu a Faculdade de
Direito, razão pela qual decidiu prestar concurso público
e foi aprovado para ingressar como advogado de
certa sociedade de economia mista federal, que recebe
recursos da Uniãopara o seu custeio geral.
Questões da Banca FGV
Diante dessa situação hipotética, assinale a afirmativa correta.
a) Amadeu poderá acumular o cargo no Tribunal
com o emprego na sociedade de economia mista
federal, se houver compatibilidade de horários.
b) A estabilidade já alcançada por Amadeu estende-se
à sociedade de economia mista, considerando-se que aquela
se consuma no serviço público, e não no cargo.
c) Amadeu, ao ser contratado pela sociedade de
economia mista, continua submetido ao teto remuneratório
do serviço público federal.
d) Amadeu poderia ser transferido para integrar os
quadros da sociedade de economia mista sem a
realização de novo concurso público.
Resposta: C
62) (FGV/2021/OAB/XXXII/EXAME DE ORDEM UNIFICADO)
O Ministério Público Federal denunciou Marcos, fiscal da
Receita Federal, pelo crime de peculato doloso, em
de corrência da existência de provas contundentes de que
tal servidor apropriou-se de dinheiro público de que
tinha guarda. Ao tomar conhecimento de tais fatos,
durante o trâmite do processo penal, a autoridade
administrativa competente determinou a instauração de
processo administrativo disciplinar, que, após o devido
processo legal, levou à demissão de Marcos antes do julgamento da
ação penal. Sobre a questão apresentada, assinale a
afirmativa correta.
a) A Administração fica vinculada à capitulação estabelecida
no processo penal, vedada a incidência de qualquer
falta residual no âmbito administrativo, considerando que o
peculato constitui crime contra a Administração Pública.
b) A demissão de Marcos na esfera administrativa
é válida, mas a superveniência de eventual sentença
penal absolutória, por ausência de provas, exige a
reintegração do servidor no mesmo cargo que ocupava.
c) O processo administrativo disciplinar deveria ter sido
Questões da Banca FGV
instaurado para apurar a conduta de Marcos, mas
impunha-se sua suspensão diante da existência de processo
criminal pelos mesmos fatos.
d) Deve ser aplicado ao processo administrativo disciplinar
o prazo prescricional previsto na lei penal para
o crime de peculato cometido por Mar
Resposta: D
63) (FGV/2021/OAB/XXXII/EXAME DE ORDEM UNIFICADO)
A União, diante da necessidade de utilização do
imóvel produtivo de Astrobaldo para fazer passar importante
oleoduto, fez editar Decreto que declarou a utilidade
pública do bem para tal finalidade e determinou
que a concessionária do setor levasse a efeito
a mencionada intervenção, na forma do contrato de
concessão, de modo a instituir o respectivo direito
real de gozo para a Administração Pública. Astrobaldo
recusou-se a permitir o ingresso de prepostos da
referida sociedade no bem para realizar as respectivas
obras, o que levou a concessionária a ajuizar
ação específica, com pedido liminar de imissão provisória
na posse, para a implementação do estabelecido no
Decreto. Diante dessa situação hipotética, assinale a
afirmativa correta.
a) A concessionária não poderia levar a efeito
a intervenção do Estado na propriedade pretendida pela
União, porque não pode exercer poder de polícia.
b) A intervenção do Estado na propriedade pretendida
é a requisição, considerando a necessidade do bem
de Astrobaldo para a realização de serviço público.
c) O pedido de imissão provisória na posse
foi equivocado, porque não é cabível o procedimento
da ação de desapropriação na intervenção em comento,
cuja modalidade é a servidão.
d) O eventual deferimento da imissão provisória na
posse importará no dever de acrescer juros compensatórios
sobre a indenização que venha a ser determinada
Questões da Banca FGV
no processo.
Resposta: D
64) (FGV/2021/OAB/XXXII/EXAME DE ORDEM UNIFICADO)
O Município Delta está passando por graves dificuldades
financeiras e recebeu da sociedade empresária Incorporatudo
uma proposta para alienar determinada praça pública,
situada em bairro valorizado, por montante consideravelmente
superior ao praticado no mercado, em decorrência do grande
interesse que a Incorporatudo tem de promover um empreendimento
de luxo no local. Diante dessa situação hipotética, assinale
a afirmativa correta.
a) O Município Delta pode alienar o bem em questão, mediante
autorização por Decreto e sem licitação, diante da obtenção
do lucro que poderia ser revertido para a coletividade.
b) O bem em foco, por ser dominical, poderia ser alienado
pelo Município Delta mediante autorização legislativa,
dispensada a licitação em razão do alto valor oferecido.
c) O bem público em comento, em razão de ser de uso comum,
só poderia ser alienado se houvesse a sua prévia desafetação e
fossem seguidos os ditames da lei geral de licitações.
d) O bem de uso especial é passível de alienação pelo
Município Delta, apesar de, na hipótese, ser necessária
a licitação.
Resposta: C
65) (FGV/2021/OAB/XXXIII/EXAME DE ORDEM UNIFICADO)
Há muitos anos, Bruno invadiu sorrateiramente uma terra
devoluta indispensável à defesa de fronteira, que já
havia sido devidamente discriminada. Como não houve oposição,
Bruno construiu uma casa, na qual passou a
residir com sua família, além de usar o
Questões da Banca FGV
terreno subjacente para a agricultura de subsistência. A
União, muitos anos depois do início da utilização
do bem por Bruno, promoveu a sua notificação
para desocupar o imóvel, em decorrência de sua
finalidade de interesse público. Na qualidade de advogado(a)
consultado(a) por Bruno, assinale a afirmativa correta.
a) Bruno terá que desocupar o bem em
questão e não terá direito à indenização pelas
acessões e benfeitorias realizadas, pois era mero detentor
do bem da União.
b) A União não poderia ter notificado Bruno
para desocupar bem que não lhe pertence, na
medida em que todas as terras devolutas são
de propriedade dos estados em que se situam.
c) Bruno pode invocar o direito fundamental à
moradia para reter o bem em questão, até
que a União efetue o pagamento pelas acessões
e benfeitorias realizadas.
d) Caso Bruno preencha os requisitos da usucapião
extraordinária, não precisará desocupar o imóvel da União.
Resposta: A
66) (FGV/2021/OAB/XXXIII/EXAME DE ORDEM UNIFICADO)
Para fins de contratar serviço de engenharia necessário
ao desenvolvimento de sua atividade, que não abarca
reforma de edifício ou equipamento, certa empresa pública
federal realizou licitação, na forma da Lei nº
13.303/16. A sociedade empresária Feliz sagrou-se vencedora do
certame. Após regular formalização do contrato, a entidade
administrativa, diante do advento de nova tecnologia relevante,
decidiu alterar as especificações do objeto, mediante aditamento.
Acerca dessa situação hipotética, assinale a afirmativa correta.
a) Ainda que haja acordo entre as partes, a alteração do contrato
pretendida não é possível, em decorrência do princípio de que o
pactuado deve ser respeitado.
b) A empresa pública tem a prerrogativa de
Questões da Banca FGV
realizar a alteração do contrato, independentemente de acordo
com a sociedade empresária Feliz.
c) A alteração do contrato depende de acordo
com a sociedade empresária Feliz e deve respeitar
o limite estabelecido na lei de regência.
d) Se houver acordo entre as partes, não
há limitação para a alteração do contrato formalizado
com a sociedade empresária Feliz.
Resposta: C
67) (FGV/2021/OAB/XXXIII/EXAME DE ORDEM UNIFICADO)
Luciano, proprietário de um terreno localizado no Município
Ômega, viajou para o exterior, pelo período de
8 meses, para realizar curso de especialização profissional.
Quando retornou de viagem, verificou que o Município,
sem expedir qualquer notificação, de forma irregular e
ilícita, invadiu sua propriedade e construiu uma escola,
em verdadeiro apossamento administrativo. As aulas na nova
escola municipal já se iniciaram há dois meses
e verifica-se a evidente impossibilidade de se reverter
a situação sem ensejar prejuízos aos interesses da
coletividade. Ao buscar assistência jurídica junto a conhecido
escritório de advocacia, foi manejada em favor de
Luciano ação de
a) indenização por retrocessão, por abuso de poder
da municipalidade, que gera direito à justa e
imediataindenização, exigível quando do trânsito em julgado
da ação.
b) indenização por desapropriação indireta, que visa à
justa e posterior indenização, a ser paga por
meio de precatório.
c) reintegração de posse por tredestinação ilícita, por
desvio de finalidade, que visa à justa e
posterior indenização, a ser paga por meio de
precatório.
d) interdito proibitório por desvio de finalidade, que
gera direito à justa e imediata indenização, exigível
Questões da Banca FGV
quando do trânsito em julgado da ação.
Resposta: B
68) (FGV/2021/PC-RJ/PERITO MÉDICO LEGISTA)
No bojo de inquérito policial em que se
apura a eventual prática do crime de falsidade
material, consistente na suposta assinatura de Maria em
um contrato de locação, o Instituto de Criminalística
Carlos Éboli (ICCE) elaborou perícia grafotécnica concluindo
que a assinatura analisada é proveniente do punho de
pessoa identificada como João da Silva. O laudo
de exame grafotécnico foi elaborado por peritos criminais
com as devidas cautelas técnicas e legais. Insatisfeito
com as conclusões do laudo, João da Silva
procurou advogado que lhe explicou que, de acordo
com a doutrina de Direito Administrativo, o citado
laudo goza do atributo da:
a) presunção de veracidade, que não é absoluta,
pois admite prova em sentido contrário
b) imperatividade, que vincula a autoridade policial na
ocasião da conclusão das investigações
c) presunção de legitimidade, que somente pode ser
afastada por três novos laudos
d) exigibilidade, que vincula os demais agentes públicos
que atuarem no caso, salvo se houver superveniência
de notícia de prova nova;
e) autoexecutoriedade, que vincula os demais agentes públicos
que atuarem no caso, salvo se houver superveniência
de efetiva prova nova
Resposta: A
Questões da Banca FGV
69) (FGV/2021/PC-RJ/PERITO MÉDICO LEGISTA)
Maria, perita criminal da Polícia Civil do Estado
do Rio de Janeiro, que exerce a função
de diretora do Instituto de Criminalística Carlos Éboli
(ICCE), recebeu novos equipamentos adquiridos pela
instituição para modernização das perícias. Dessa forma,
será possível a realização de exames mais precisos que
possibilitarão identificar, por exemplo, uma droga com
técnica avançada e descobrir entorpecentes novos no
mercado. Para melhor otimizar e aproveitar o uso desses
equipamentos, Maria praticou ato administrativo
determinando que o setor específico para elaboração de
laudos de constatação de substância entorpecente
fosse transferido das salas 101 e 102 para
as salas 202 a 204 do mesmo prédio do ICCE, por serem
mais amplas e com melhor iluminação. Tendo em vista que
tal ato administrativo foi praticado segundo critérios
de oportunidade e conveniência de Maria, a doutrina de
Direito Administrativo o classifica, quanto ao grau de
liberdade do agente, como ato:
a) vinculado, pois o agente público atua com
total grau de liberdade
b) composto, pois o agente público precisa comprovar
tanto a oportunidade, como a conveniência
c) concreto, pois o agente público impõe obrigação
aos demais servidores do setor
d) discricionário, pois o agente público atua com
certo grau de liberdade
e) bilateral, pois o agente público atua com
liberdade que é imposta aos demais servidores do
setor
Resposta: D
70) (FGV/2021/PC-RJ/PERITO MÉDICO LEGISTA)
João foi vítima de homicídio doloso causado por
envenenamento e seu corpo foi levado ao Instituto
Médico Legal da Polícia Civil do Estado Alfa,
Questões da Banca FGV
para realização de exame necroscópico. Após ser dada
entrada do corpo no IML, a policial civil
que fazia atendimento aos cidadãos informou aos filhos
de João que o corpo de seu pai
estaria liberado, no máximo, na manhã do dia
seguinte, razão pela qual já poderiam providenciar o
velamento e o sepultamento para a tarde do
dia seguinte. Os familiares de João, assim, adotaram
todas as medidas para a realização do enterro
no dia seguinte. Por divergência interna entre as
equipes de peritos legistas de plantão no IML,
consistente em desentendimento sobre quem seria o
responsável por fazer a perícia em razão do horário
de entrada do cadáver, o corpo de João
somente foi liberado cinco dias depois. Os filhos
de João buscaram atendimento na Defensoria Pública,
alegando que sofreram danos materiais e morais em razão
da demora injustificada para liberação do corpo de
seu pai, sendo-lhes informado que era:
a) viável o ajuizamento de ação indenizatória em
face da Polícia Civil estadual, mediante comprovação da
culpa ou do dolo dos policiais envolvidos
b) viável o ajuizamento de ação indenizatória em
face do Estado Alfa, independentemente de comprovação da
culpa ou do dolo dos policiais envolvidos
c) viável o ajuizamento de ação indenizatória diretamente
em face dos policiais envolvidos, independentemente da
comprovação da culpa ou do dolo, assegurado o direito
de regresso contra a Polícia Civil estadual
d) inviável o ajuizamento de ação indenizatória em
face do legitimado, pois a Administração Pública não
está vinculada à conduta de seus servidores, exceto
se praticarem algum crime no exercício das funções
e) inviável o ajuizamento de ação indenizatória em
face do legitimado, pois não houve dolo ou
culpa dos policiais envolvidos, que deverão responder tão
somente na esfera disciplinar.
Resposta: B
Questões da Banca FGV
71) (FGV/2021/PM-CE/SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR)
Considere uma situação na qual o Governo do
Ceará tenha a intenção de criar uma empresa
pública de fomento, visando a auxiliar o desenvolvimento
do Estado. Acerca dessa empresa pública, assinale a
afirmativa correta.
a) Será uma pessoa jurídica de direito privado,
devendo sua criação ser autorizada por lei.
b) Será uma pessoa jurídica de direito público,
devendo ser criada por lei específica.
c) Será um consórcio interno, devendo ser criado
por decreto.
d) Será uma delegatária, devendo ser instituída por
convênio.
e) Não possuirá personalidade jurídica, devendo ter a
criação autorizada por portaria.
Resposta: A
72) (FGV/2021/PM-CE/SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR)
Acerca da organização administrativa, analise as afirmativas
a seguir. 
I. As autarquias devem ser criadas com o objetivo precípuo de
explorar atividade econômica de utilidade pública. 
II. As fundações públicas possuem natureza jurídica de
organização social. 
III. As sociedades de economia mista podem ser responsáveis
pela prestação de serviços públicos. Está correto o que se
afirma em
a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) III, apenas.
d) I e II, apenas.
e) I e III, apenas.
Questões da Banca FGV
Resposta: C
73) (FGV/2021/PM-RJ/ASPIRANTE DA POLÍCIA MILITAR)
Com base em lei estadual, o Estado Beta publicou em seu site
oficial na internet, em aba própria sobre transparência, os
nomes de seus servidores e do valor dos correspondentes
vencimentos e vantagens pecuniárias. Inconformado, o Policial
Militar Antônio impetrou mandado de segurança, pleiteando a
imediata retirada de seu nome do sítio eletrônico. De acordo
com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal sobre o tema,
a ordem deve ser
a) concedida, diante da patente violação aos direitos fundamentais
à privacidade e à intimidade.
b) concedida, diante da patente violação ao direito fundamental
à segurança de servidor público policial.
c) concedida, diante da ausência de autorização expressa do
servidor e por violação ao seu sigilo bancário.
d) denegada, pois a publicação é legítima e está
acobertada pelo direito à informação da coletividade.
e) denegada, pois os servidores públicos não gozam da
prerrogativa do sigilo bancário pela supremacia do interesse público.
Resposta: D
74) (FGV/2021/PM-RJ/ASPIRANTE DA POLÍCIA MILITAR)
No Estado Alfa, os índices de criminalidade na área
de atuação do 1º Batalhão de Polícia Militar aumentaram
assustadoramente nos últimos cinco anos. Após estudos e
planejamento estratégicos, o Estado Alfa, observadas as
formalidades legais, dividiu o 1º BPM em dois batalhões,
a fim de que o combate ao crime ocorresse de forma mais
planejada e com maior eficiência, observada a peculiaridade
da área de cada novo batalhão. O movimentode distribuição
interna de competência, apresentado na hipótese, é chamado
pela doutrina de Direito Administrativo de
a) delegação, e está fundado no poder de polícia.
Questões da Banca FGV
b) descentralização, e está fundado no poder de polícia.
c) desmembramento, e está fundado no poder de polícia.
d) desconcentração, e está fundado no poder hierárquico.
e) descentralização, e está fundado no poder hierárquico.
Resposta: D
75) (FGV/2021/PM-RJ/ASPIRANTE DA POLÍCIA MILITAR)
O Secretário de Polícia Militar do Estado Alfa
solicitou ao Policial Militar João, que exerce a
função de assessor jurídico de seu gabinete, um
parecer sobre determinado ato de competência do chefe
institucional da PM. Tomando por base a classificação
do ato administrativo que considera os seus efeitos
no mundo jurídico, a doutrina de Direito Administrativo
ensina que o parecer emitido pelo assessor jurídico
para o Secretário é um ato
a) ordinatório, que, caso aprovado, terá o condão
de produzir efeitos no âmbito da administração pública.
b) enunciativo, que estabelece opinião e conclusão de
órgão consultivo do poder público.
c) normativo, que sugere a prática de ato
para a chefia institucional com caráter de superioridade
hierárquica.
d) negocial, que, caso aprovado, ensejará a prática
de concessão de direitos ou imposição de obrigações
a terceiros.
e) ordinário, que tem fundamentação vinculada na lei
e, via de regra, é de observância obrigatória
pela chefia institucional.
Resposta: B
Questões da Banca FGV
76) (FGV/2021/PM-RJ/ASPIRANTE DA POLÍCIA MILITAR)
João, Secretário de Segurança Pública do Estado Alfa,
após regular processo administrativo disciplinar, aplicou
ao policial Antônio a pena de suspensão por 60 dias.
No dia seguinte à publicação da penalidade no
Diário Oficial, o policial Antônio apresentou pedido de
reconsideração, comprovando que a falta disciplinar praticada
está prevista no estatuto normativo próprio como passível de
advertência e não suspensão. Ocorre que, na mesma
data da publicação do ato no D.O., por
ato do Governador do Estado, João deixou de
ser Secretário de Segurança Pública e, em seu
lugar, assumiu o Coronel Mário. Ao analisar o
pedido de reconsideração do policial Antônio, o Secretário
Mário verificou que, de fato, a penalidade a
que Antônio deveria ter sido condenado era advertência,
e não suspensão, na forma da normativa aplicável.
No caso em tela, o Secretário Mário deve
a) acolher o recurso de reconsideração de Antônio,
com base nos princípios administrativos da autotutela e
da proporcionalidade.
b) acolher o recurso de reconsideração de Antônio,
com base nos princípios administrativos da impessoalidade e
da intranscendência subjetiva das sanções.
c) desacolher o recurso de reconsideração de Antônio,
com base nos princípios administrativos da segurança jurídica
e da autotutela.
d) desacolher o recurso de reconsideração de Antônio,
com base nos princípios administrativos da intranscendência
subjetiva das sanções e da legalidade.
e) desacolher o recurso de reconsideração de Antônio,
com base nos princípios administrativos da proporcionalidade e
da segurança jurídica.
Resposta: A
77) (FGV/2021/PM-RJ/ASPIRANTE DA POLÍCIA MILITAR)
No ano de 2020, a Secretaria de Estado de Administração
Questões da Banca FGV
Penitenciária do Estado Alfa contratou, mediante
dispensa de licitação, determinada instituição
brasileira incumbida estatutariamente da pesquisa,
do ensino e da recuperação social do preso, para
prestar serviços junto à população carcerária estadual.
Sabe-se que o valor total da contratação foi de
quatrocentos mil reais e está de acordo com o valor
de mercado. Consoante os ditames da Lei nº 8.666/93,
em tese, a contratação foi
a) lícita, pois, apesar de ser hipótese de inexigibilidade
de licitação, aplica-se a fungibilidade administrativa.
b) lícita, desde que a contratada detenha inquestionável
reputação ético-profissional e não tenha fins lucrativos.
c) ilícita, eis que a licitação era imprescindível
e, diante do valor do contrato, deveria ter
sido utilizada a modalidade tomada de preços.
d) ilícita, eis que a licitação era imprescindível
e, diante do valor do contrato, deveria ter
sido utilizada a modalidade concorrência.
e) ilícita, eis que a licitação era imprescindível
e, diante da natureza do contrato, deveria ter
sido utilizada a modalidade pregão.
Resposta: B
78) (FGV/2021/PM-RJ/ASPIRANTE DA POLÍCIA MILITAR)
De acordo com a doutrina de Direito Administrativo, levando
em consideração a classificação do bem público quanto à
sua destinação, as instalações físicas do Batalhão de Operações
Policiais Especiais da Polícia Militar do Estado do Rio
de Janeiro constituem um bem
a) de uso comum do povo, pois servem à
população de forma geral.
b) de uso especial, pois são utilizadas para prestação
de serviço público.
c) dominical, pois estão vinculadas a uma destinação pública
específica.
Questões da Banca FGV
d) desafetado, pois estão destinadas à prestação de um
serviço público específico.
e) de uso geral, pois se destinam à toda
coletividade em matéria de segurança pública.
Resposta: B
79) (FGV/2021/PM-RJ/ASPIRANTE DA POLÍCIA MILITAR)
João, Juiz de Direito, respondia a processo disciplinar
e foi informado que as circunstâncias do caso
e os precedentes do respectivo Tribunal de Justiça
indicavam que, possivelmente, sofreria a sanção de disponibilidade.
Á luz da sistemática constitucional, a sanção passível
de ser aplicada a João deve estar fundada
em decisão aplicada pelo voto
a) de dois terços do respectivo Tribunal, acarretará
o desligamento definitivo da carreira e não possibilitará
o exercício de outra função pública.
b) de dois terços do respectivo Tribunal, acarretará
o afastamento do cargo e não possibilitará o
exercício de outra função pública enquanto produzir efeitos;
c) de dois terços do respectivo Tribunal, acarretará
o afastamento do cargo e possibilitará o exercício
de outra função pública enquanto produzir efeitos;
d) da maioria absoluta do respectivo Tribunal, acarretará
o desligamento definitivo da carreira e possibilitará o
exercício de outra função pública;
e) da maioria absoluta do respectivo Tribunal, acarretará
o afastamento do cargo e não possibilitará o
exercício de outra função pública enquanto produzir efeitos.
Resposta: E
Questões da Banca FGV
80) (FGV/2021/PM-RJ/ASPIRANTE DA POLÍCIA MILITAR)
José e João, policiais militares do Estado Alfa,
há um ano, recebiam da milícia que atua
na zona leste da cidade Beta vantagem econômica,
consistente no pagamento de cinco mil reais por
mês, para tolerar a exploração e a prática
de jogos ilícitos de azar. Traficantes locais, que
estão em conflito com a milícia pelo comando
de atividades ilícitas da região, enviaram denúncia anônima
ao Ministério Público Estadual, narrando, com detalhes, a
propina que estava sendo paga aos policiais José
e João. Ao tomarem conhecimento de que estavam
sendo investigados pelo MP, os policiais cessaram as
atividades ilegais e prenderam em flagrante os milicianos
que atuam no ramo jogos ilícitos de azar.
Sob o prisma da Lei nº 8.429/92, José
e João
a) não respondem por ato de improbidade administrativa,
eis que não houve efetivo dano material ou
financeiro ao erário, mas devem ser responsabilizados nas
esferas criminal e disciplinar.
b) não respondem por ato de improbidade administrativa,
eis que cessaram a atividade ilícita e cumpriram
ato de ofício, qual seja, a prisão em
flagrante dos criminosos, mas devem ser responsabilizados nas
demais esferas.
c) respondem por ato de improbidade administrativa que
atentou contra os princípios da Administração Pública e
estão sujeitos a sanções como a cassação dos
direitos políticos e a perda da função pública.
d) respondem por ato de improbidade administrativa que
importa enriquecimento ilícito e estão sujeitos a sanções
como a perda dos valores acrescidos ilicitamente ao
patrimônio e da função pública.
e) respondem por ato de improbidade administrativa que
causa prejuízo imaterial ao erário e estão sujeitos
a sanções comoa cassação dos direitos políticos
e a pena privativa de liberdade.
Questões da Banca FGV
Resposta: D
81) (FGV/2021/PM-SP/ALUNO-OFICIAL PM)
Os princípios de Direito Administrativo definem a organização
e a forma de proceder de um ente
estatal, orientando a atuação da Administração Pública. Como
integrante da administração direta do Estado de São
Paulo, a Polícia Militar estadual deve observar os
princípios expressos da Administração Pública, previstos
na Constituição da República, da
a) legitimidade, pessoalidade, economicidade, publicidade
e eficácia.
b) legitimidade, impessoalidade, moralidade, disponibilidade
e eficiência.
c) legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e
eficiência.
d) publicidade, competitividade, economicidade, disponibilidade
e eficácia.
e) transparência, celeridade, competitividade, moralidade e
disponibilidade.
Resposta: C
82) (FGV/2021/SEFAZ-ES/AUDITOR FISCAL DA RECEITA ESTADUAL)
João, servidor público estadual ocupante de cargo efetivo,
completou 75 anos e foi aposentado compulsoriamente. Tendo
em vista sua vasta experiência profissional na área
em que atua, no dia seguinte à publicação de sua aposentadoria
no Diário Oficial, João foi convidado pelo Secretário Estadual
para exercer um cargo em comissão, de maneira a cumprir exatamente as
mesmas funções de assessoramento que exercia antes de se aposentar.
Não havendo impedimentos de ordem infraconstitucional no caso
concreto, de acordo com o Supremo Tribunal Federal, João
a) não pode ser nomeado para cargo em comissão após 75 anos de
idade, assim como para qualquer outro tipo de cargo ou emprego
público, por expressa vedação constitucional.
Questões da Banca FGV
b) não pode ser nomeado para cargo em comissão que lhe foi
oferecido, por ofensa reflexa à vedação constitucional mediante
fraude.
c) não pode ser nomeado para o cargo em comissão que lhe foi
oferecido, pois precisa cumprir quarentena de três anos para
o exercício de qualquer outra função pública, exceto cargo eletivo.
d) pode ser nomeado para o cargo em comissão que lhe foi oferecido,
devendo ser reconhecida a continuidade de vínculo efetivo com a
Administração, para fins de recebimento de verbas remuneratórias e
gratificações de produtividade, em atenção aos princípios da
eficiência e da isonomia.
e) pode ser nomeado para o cargo em comissão que lhe foi oferecido,
pois os servidores ocupantes de cargo exclusivamente em comissão
não se submetem à regra da aposentadoria compulsória, não havendo
que se falar em continuidade ou criação de vínculo efetivo com a
Administração.
Resposta: E
83) (FGV/2021/SEFAZ-ES/AUDITOR FISCAL DA RECEITA ESTADUAL)
Com base na nova Lei de Licitação, o Estado Alfa pretende
proceder à locação de determinado imóvel, cujas características
de instalações e de localização tornam necessária sua escolha.
Trata-se de imóvel exatamente ao lado da Secretaria Estadual de
Fazenda, que abrigará novas instalações para os Auditores Fiscais
da Receita Estadual. No bojo do processo administrativo, já
foi observada regularmente a avaliação prévia do bem,
do seu estado de conservação, dos custos de
adaptações, pois imprescindíveis às necessidades de utilização, e
do prazo de amortização dos investimentos. Com base
na Lei nº 14.133/2021, a contratação pretendida enseja
a) dispensa de licitação, mediante certificação da inexistência
de imóveis públicos vagos e disponíveis que atendam
ao objeto, justificativas que demonstrem a singularidade do
imóvel a ser locado e economicidade do contrato,
que deve estar de acordo com o preço
de mercado.
b) inexigibilidade de licitação, mediante certificação da
Questões da Banca FGV
inexistência de imóveis públicos vagos e disponíveis que atendam
ao objeto, e justificativas que demonstrem a singularidade
do imóvel a ser locado pela Administração e
que evidenciem vantagem para ela.
c) licitação frustrada, em razão da falta de
outros imóveis que atendam ao objeto do contrato,
sendo imprescindíveis justificativas que demonstrem a
singularidade do imóvel a ser locado e economicidade do contrato,
que deve estar de acordo com o preço
de mercado.
d) realização de processo de licitação, na modalidade
concorrência, em razão da natureza da contratação,
independentemente do preço global do contrato, devendo ser
observado o preço de mercado e as condições estruturais
e funcionais do imóvel a ser locado.
e) realização de processo de licitação, na modalidade
leilão, em razão da natureza da contratação, independentemente
do preço global do contrato, devendo ser observado
o preço de mercado e as condições estruturais
e funcionais do imóvel a ser locado.
Resposta: B
84) (FGV/2021/SEFAZ-ES/AUDITOR FISCAL DA RECEITA ESTADUAL)
José, Auditor Fiscal da Receita Estadual, é réu
em ação civil pública por ato de improbidade
administrativa, na qual lhe é imputada a conduta
de agir negligentemente na arrecadação de tributo, bem
como no que diz respeito à conservação do
patrimônio público estadual. Foi proferida sentença
condenatória contra José, com a procedência integral
dos pedidos do MP. Inconformado, José interpôs recurso
de apelação e, imediatamente, por meio de seu advogado,
procurou o MP para firmar acordo de não persecução cível.
De acordo com a Lei nº 8.429/92 e a jurisprudência do
Superior Tribunal de Justiça sobre o tema, é
a) possível a celebração de acordo de não
persecução cível no âmbito da ação de improbidade
Questões da Banca FGV
administrativa em fase recursal, mediante homologação
judicial.
b) possível a celebração de acordo de não
persecução cível independentemente de homologação judicial,
com extinção da ação de improbidade por perda superveniente
de interesse de agir.
c) impossível a celebração de acordo de não
persecução cível em sede de ação de improbidade
administrativa, pois a lei, expressamente, veda a transação,
o acordo ou a conciliação nessas ações, pela
indisponibilidade do interesse público.
d) impossível a celebração de acordo de não
persecução cível em sede de ação de improbidade
administrativa em fase recursal, pela indisponibilidade
do interesse público e pela falta de interesse ao MP,
que já obteve sentença de procedência.
e) impossível a celebração de acordo de não
persecução cível em sede de ação de improbidade
administrativa, mas é cabível a delação premiada ou
o acordo de leniência, desde que presentes os
requisitos legais e, no caso em tela, mediante
homologação judicial.
Resposta: A
85) (FGV/2021/SEFAZ-ES/AUDITOR FISCAL DA RECEITA ESTADUAL/TARDE)
João, servidor público estadual, faltando com seu dever
jurídico de cuidado, fez que o veículo oficial
que estava conduzindo colidisse com o veículo de
Maria, que se encontrava estacionado na via púbica.
À luz da sistemática constitucional vigente, a ação
de ressarcimento a ser ajuizada por Maria em
face do Estado será regida pela teoria
a) do risco social.
b) do risco integral.
c) civilista da culpa.
d) do risco administrativo.
e) subjetiva da responsabilização.
Questões da Banca FGV
Resposta: D
86) (FGV/2021/SEFAZ-ES/AUDITOR FISCAL DA RECEITA ESTADUAL/TARDE)
O Estado Alfa, com base em norma estadual,
publicou em seu sítio eletrônico na internet a
relação dos nomes, cargos e remuneração de seus
servidores públicos, como forma de transparência ativa. Inconformada,
Maria, servidora pública estadual, ajuizou ação judicial em
face do Estado, pleiteando obrigação de fazer para
retirada das informações relacionadas à sua pessoa, alegando
ofensa a seu direito fundamental à intimidade. De
acordo com o Supremo Tribunal Federal, em tese
de repercussão geral, o pleito de Maria
a) não merece prosperar, eis que é legítima
a publicação, inclusive em sítio eletrônico mantido pela
Administração Pública, dos nomes dos seus servidores e
do valor dos correspondentes vencimentos e vantagens pecuniárias.
b) não merece prosperar, eis que a Administração
Pública possui discricionariedade em divulgar registros de quaisquer
repasses ou transferências de recursos financeiros, como por
exemplo, o valor da remuneração de seus servidores.
c) mereceprosperar, eis que a divulgação de
informações pessoais dos servidores mostra-se infrutífera e desarrazoada,
e submete a risco a segurança da servidora,
que vê sua privacidade exposta publicamente, não sendo
absoluta a preponderância do interesse público sobre o
particular.
d) merece prosperar, eis que a publicidade deve
ser limitada à divulgação genérica dos salários correspondentes
a cada cargo, levando em conta a progressão
vertical e horizontal na carreira, sem vinculação direta
ao nome do servidor, sob pena de ofensa
ao direito à intimidade.
e) merece prosperar parcialmente, eis que deve ser
substituído apenas o nome pela matrícula de Maria,
de maneira a viabilizar a publicidade da remuneração
do agente público, sem ofender a intimidade da
servidora, conforme princípios da razoabilidade e da
proporcionalidade.
Questões da Banca FGV
Resposta: A
87) (FGV/2021/TCE-AM/AUDITOR CONTROLE EXTERNO/CONTROLE GOVERNAMENTAL)
A Lei nº 11.079/2004 prevê que parceria público-privada
é o contrato administrativo de concessão, na modalidade
patrocinada ou administrativa. De acordo com a mencionada
lei, é vedada a celebração de contrato de parceria
público-privada
a) cujo valor do contrato seja superior a R$ 10.000.000,00
(dez milhões de reais);
b) cujo valor do contrato seja inferior a R$ 1.000.000,00
(um milhão de reais);
c) cujo período de prestação do serviço seja inferior a 10
(dez) anos;
d) em que a Administração Pública seja a usuária direta ou
indireta, ainda que envolva execução de obra ou fornecimento
e instalação de bens;
e) que tenha como objeto único o fornecimento de
mão de obra, o fornecimento e instalação de equipamentos
ou a execução de obra pública.
Resposta: E
88) (FGV/2021/TCE-AM/AUDITOR TÉCNICO CONTROLE EXTERNO)
O Estado do Amazonas foi condenado a indenizar a contribuinte
Maria, que sofreu danos materiais decorrentes de ato ilícito
praticado, no exercício da função, pelo Auditor Fiscal de
tributos estaduais Antônio. A Procuradoria Geral do Estado
pretende ingressar com ação de regresso em face do Auditor
Antônio, visando ao ressarcimento do prejuízo causado ao Estado.
De acordo com o texto constitucional e com a doutrina de Direito
Administrativo, a ação indenizatória ajuizada por Maria contra o
Estado está lastreada na responsabilidade civil:
a) objetiva, assim como a ação regressiva do
Estado contra o Auditor Antônio, não havendo que
se perquirir acerca do dolo ou culpa do
Questões da Banca FGV
agente, eis que ambos os processos têm os
mesmos fatos como causa de pedir;
b) subjetiva, assim como a ação regressiva do
Estado contra o Auditor Antônio, havendo que se
comprovar a existência do dolo ou culpa do
agente, eis que ambos os processos têm os
mesmos fatos como causa de pedir;
c) subjetiva do ente público, em que há
necessidade de se demonstrar o dolo ou culpa
do Auditor Antônio, mas é inviável a ação
de regresso do Estado contra o agente público,
pois agiu no exercício das funções, exceto se
tiver cometido algum crime;
d) subjetiva do ente público, em que não
há necessidade de se demonstrar o dolo ou
culpa do Auditor Antônio, mas a ação de
regresso do Estado contra o agente público está
baseada na responsabilidade civil objetiva, sendo
imprescindível a demonstração do elemento subjetivo
do agente;
e) objetiva do ente público, em que não
há necessidade de se demonstrar o dolo ou
culpa do Auditor Antônio, mas a ação de
regresso do Estado contra o agente público está
baseada na responsabilidade civil subjetiva, sendo
imprescindível a demonstração do elemento subjetivo
do agente.
Resposta: E
89) (FGV/2021/TCE-AM/AUDITOR TÉCNICO DE CONTROLE EXTERNO)
Os atos de improbidade administrativa estão associados a
condutas inadequadas, praticadas por agentes públicos ou outros
envolvidos, que causem danos à administração pública. Nos
termos da Lei Federal nº 8.429/1992, tais atos
podem ser os que geram enriquecimento ilícito, que
causam prejuízo ao erário ou que violam os
princípios da administração pública. Um exemplo de ato
que viola os princípios da administração pública é:
Questões da Banca FGV
a) agir negligentemente no que diz respeito à
conservação do patrimônio público;
b) liberar verba pública sem a estrita observância
das normas pertinentes;
c) ordenar a realização de despesas não autorizadas
em lei ou regulamento;
d) perceber vantagem econômica para intermediar a aplicação
de verba pública de qualquer natureza;
e) revelar a terceiros, antes da divulgação oficial,
informação de medida econômica capaz de afetar o
preço de um bem.
Resposta: E
90) (FGV/2021/TCE-AM/AUDITOR TÉCNICO DE CONTROLE EXTERNO)
No ano de 2020, o Município Alfa no
Estado do Amazonas contratou, sem prévia licitação, sociedade
empresária de notória especialização para prestação de serviços
técnicos de assessoria e consultoria técnica e auditoria
financeira, de natureza singular. O corpo instrutivo do
Tribunal de Contas do Estado verificou que a
contratação realizada teve valor total de duzentos mil
reais e atendeu ao princípio da economicidade. No
caso em tela, de acordo com a Lei
nº 8.666/1993, em tese, a contratação é:
a) legal, caso tenha sido realizada com dispensa
de licitação, por expressa previsão legal;
b) legal, caso tenha sido realizada com inexigibilidade
de licitação, por expressa previsão legal;
c) ilegal, pois deveria ter sido precedida de
licitação, na modalidade concorrência, pelo valor estimado do
contrato;
d) ilegal, pois deveria ter sido precedida de
licitação, na modalidade convite, pelo valor estimado do
contrato;
e) ilegal, pois deveria ter sido precedida de
licitação, na modalidade tomada de preços, pelo valor
estimado do contrato.
Questões da Banca FGV
Resposta: B
91) (FGV/2021/TCE-AM/AUDITOR TÉCNICO DE CONTROLE EXTERNO)
Os procedimentos licitatórios devem observar os princípios
expressos e implícitos da Administração Pública. Além disso,
a nova Lei de Licitações (Lei nº 14.133/2021) trouxe
princípios que devem ser aplicados de forma direta
às licitações públicas, como o princípio:
a) da segregação de funções, com a separação das competências
e das atividades de cada servidor ao longo do procedimento
licitatório e de suas fases, para evitar equívocos, fraudes
e utilização irregular de verba pública;
b) da vinculação ao edital, que estabelece normas
que obrigam os interessados em participar da licitação,
mas não a Administração Pública, que tem discricionariedade
para alterar o edital, a qualquer tempo;
c) do julgamento objetivo, devendo a Administração contratante
julgar e escolher o vencedor de acordo com
o critério previsto no edital, que não pode,
em qualquer hipótese, indicar modelo ou marca;
d) da vedação ao sigilo da proposta, segundo
o qual todas as propostas feitas pelos interessados
devem ser imediatamente publicadas, sob pena de nulidade
do certame e realização de nova licitação;
e) do planejamento, que estabelece que os procedimentos
licitatórios devem estar compatíveis com o planejamento
estratégico do órgão contratante e ser previamente autorizados
pelos órgãos de controle interno e externo.
Resposta: A
92) (FGV/2021/TCE-PI/ASSISTENTE DE ADMINISTRAÇÃO)
Em matéria de previdência social, analise os agentes
públicos ocupantes a seguir. I. exclusivamente, de cargo
em comissão declarado em lei de livre nomeação
e exoneração;II. de outro cargo temporário, inclusive mandato
eletivo;III. de emprego público. De acordo com o
Questões da Banca FGV
atual texto da Constituição da República de 1988,
aos agentes públicos acima nominados aplica-se, respectivamente, o
regime:
a) geral de previdência social; regime geral de
previdência social; regime geral de previdência social;
b) geral de previdência social; regime próprio de
previdência social; regime geral de previdência social;
c) próprio de previdência social; regime geral de
previdência social; regime geral de previdência social;
d) próprio de previdência social; regime próprio de
previdência social; regime geral de previdência social;
e) próprio de previdência social; regime geral de
previdência social; regimepróprio de previdência social.
Resposta: A
93) (FGV/2021/TCE-PI/ASSISTENTE DE ADMINISTRAÇÃO)
O Chefe do Poder Executivo do Estado Gama
consultou a assessoria jurídica sobre sua intenção de
criar um ente da Administração Pública indireta, com
personalidade jurídica de direito público, incumbido
da execução de atividades típicas da Administração
Pública.A assessoria respondeu, corretamente, que o
ente com essas características é a:
a) subsidiária integral, devendo ser criada a partir
de autorização legal;
b) empresa pública, devendo ser criada a partir
de autorização legal;
c) sociedade de economia mista, devendo ser criada
por lei;
d) fundação pública, devendo ser criada por decreto;
e) autarquia, devendo ser criada por lei.
Resposta: E
Questões da Banca FGV
94) (FGV/2021/TCE-PI/ASSISTENTE DE ADMINISTRAÇÃO)
A sociedade empresária Beta foi contratada pelo Estado
do Piauí, após processo licitatório, para realizar obras
de reforma e restauração em determinado prédio público.
A contratada não executou parcialmente o contrato, conforme
cabalmente comprovado em regular processo administrativo em que
lhe foi garantida a prévia defesa. Diante disso,
observada a proporcionalidade, o ente contratante aplicou à
sociedade empresária Beta a sanção de suspensão temporária
de participação em licitação e impedimento de contratar
com o Estado do Piauí, pelo prazo de
18 meses.Levando-se em consideração a Lei nº 8.666/1993
e a doutrina moderna de Direito Administrativo sobre
poderes administrativos, verifica-se que o Estado contratante agiu:
a) corretamente, com base em seu poder de
polícia, que lhe permite restringir e condicionar a
propriedade privada e a atuação da sociedade empresária
contratada;
b) corretamente, com base em seu poder hierárquico
de estruturação externa da atividade pública, que lhe
permite reduzir o âmbito de atuação da contratada
pelo ato ilícito praticado;
c) corretamente, com base em seu poder disciplinar,
eis que a sociedade empresária Beta tem vínculo
de natureza especial com o Estado em razão
do contrato celebrado;
d) erroneamente, eis que os poderes administrativos operam
efeito apenas internamente no âmbito da administração pública,
e não sobre terceiros contratados;
e) erroneamente, eis que a aplicação da sanção
de suspensão temporária de participação em licitação e
impedimento de contratar com o Estado do Piauí
deve ser feita exclusivamente pelo Poder Judiciário.
Resposta: C
95) (FGV/2021/TCE-PI/ASSISTENTE DE ADMINISTRAÇÃO)
Em matéria de regime jurídico de entidades da Administração
Questões da Banca FGV
indireta, a empresa pública Alfa do Estado do Piauí,
que presta determinado serviço público, está sujeita ao
controle:
a) hierárquico pelo Estado do Piauí, a cuja autoridade
competente cabe o julgamento dos recursos administrativos
próprios contra decisões da empresa pública, e ao controle
externo pela Controladoria Geral do Estado;
b) finalístico pelo Estado do Piauí, em decorrência da
tutela administrativa que enseja sua vinculação a esse ente,
e à fiscalização contábil, financeira e orçamentária exercida
pelo Tribunal de Contas estadual;
c) judicial pelo Ministério Público do Estado do Piauí,
que fiscaliza a legalidade dos atos da empresa pública,
mas não se submete ao controle externo pelo Tribunal
de Contas estadual, eis que possui personalidade jurídica de
direito privado;
d) administrativo pelo Estado do Piauí, em decorrência da
sua subordinação hierárquica ao ente a que está vinculado,
mas não se submete ao controle externo pelo Tribunal
de Contas estadual, eis que possui personalidade jurídica de
direito privado;
e) ministerial pelo Ministério Público do Estado do Piauí,
que exerce poder hierárquico sobre a empresa pública, mas
não se submete ao controle externo pelo Tribunal de
Contas estadual, eis que possui personalidade jurídica de
direito privado.
Resposta: B
96) (FGV/2021/TJ-PR/JUIZ SUBSTITUTO)
A Secretaria Estadual de Educação do Estado Alfa, em
junho de 2020, contratou, mediante dispensa de licitação,
a associação X de pessoas com deficiência física, sem fins
lucrativos e de comprovada idoneidade, para a prestação de
serviços de digitalização de livros constantes no acervo das
bibliotecas dos colégios estaduais. O contrato teve valor total
de duzentos mil reais e prazo de seis meses.
Findo o prazo do contrato, os agentes públicos competentes
Questões da Banca FGV
atestaram que os serviços contratados foram regularmente
prestados exclusivamente por pessoas com deficiência.
Em janeiro de 2021, o eleitor José ajuizou ação popular,
visando à anulação do mencionado contrato, aduzindo que
consistiu em ato lesivo ao patrimônio público, eis que seria
necessária prévia licitação. Tendo por base a Lei nº 8.666/1993,
o juízo competente deve julgar:
a) procedente o pedido do autor popular, eis que,
diante do valor do contrato, havia necessidade de prévia
licitação, na modalidade tomada de preços;
b) procedente o pedido do autor popular, eis que,
diante do valor do contrato, havia necessidade de prévia
licitação, na modalidade convite ou pregão;
c) procedente o pedido do autor popular, eis que,
diante da natureza do contrato, havia necessidade de prévia
licitação, na modalidade concurso;
d) improcedente o pedido do autor popular, eis que
era cabível dispensa de licitação, desde que o preço
contratado estivesse compatível com o praticado no mercado;
e) improcedente o pedido do autor popular, eis que,
apesar de não ser cabível dispensa e sim inexigibilidade
de licitação, essa mera impropriedade não tem o condão
de anular o contrato, salvo se tiver havido prejuízo
em razão de preço acima do praticado no mercado.
Resposta: D
97) (FGV/2021/TJ-PR/JUIZ SUBSTITUTO)
João cumpria pena em regime fechado no sistema
penitenciário do Estado Alfa e conseguiu fugir, em
verdadeira fuga cinematográfica feita com helicóptero
blindado, que o resgatou quando tomava banho de sol. Seis
meses após sua fuga, João se associou a
outros criminosos e entrou na casa de Antônio,
cometendo crime de latrocínio e ceifando a vida
de sua nova vítima. Os filhos de Antônio
buscaram a Defensoria Pública e ajuizaram ação
indenizatóriaem face do Estado Alfa, com base em
Questões da Banca FGV
sua responsabilidade civil objetiva, pleiteando reparação
por danos morais decorrentes da morte de seu pai.
Alegam os autores que ocorreu omissão do Estado Alfa
por não prover medidas eficazes de segurança carcerária.
Na hipótese narrada, de acordo com o entendimento
do Supremo Tribunal Federal e o Art. 37,
§ 6º, da Constituição da República de 1988,
a responsabilidade civil objetiva do Estado Alfa:
a) não está caracterizada, diante da excludente de
responsabilidade civil consistente em força maior que deu
causa ao ato ilícito de latrocínio praticado por
João;
b) não está caracterizada, diante da ausência de
nexo causal direto entre o momento da fuga
e a conduta praticada por João;
c) não está caracterizada, diante da ausência de
comprovação do elemento subjetivo do dolo ou culpa
do agente público diretor do sistema prisional;
d) está caracterizada, diante de sua omissão in
vigilando, que permitiu a fuga de João do
sistema carcerário, causa eficiente da morte da vítima
Antônio;
e) está caracterizada, independentemente da demonstração
do dolo ou culpa por parte dos agentes públicos responsáveis
por prover a segurança do estabelecimento prisional.
Resposta: B
98) (FGV/2021/TJ-PR/JUIZ SUBSTITUTO)
A sociedade empresária Alfa é concessionária que presta o
serviço público municipal de transporte coletivo intramunicipal
de passageiros. No curso do contrato de concessão, o poder
concedente constatou que a concessionária circulava com ônibus
sem ar-condicionado, com pneus carecas e bancos rasgados,
não equipou seus coletivos com portas acessíveis a pessoas
com deficiência, além de inobservar as rotas e horários das
linhas de ônibus. A concessionária, assim, descumpriu cláusulas
contratuais e normas legais sobre o serviço prestado, não
Questões da Banca FGV
cumpriu as penalidades impostas por infrações nosdevidos
prazos e não atendeu à intimação do poder concedente no
sentido de regularizar a prestação do serviço. No caso em
tela, o poder concedente deve proceder à extinção do contrato
de concessão, mediante a:
a) anulação, cuja declaração por decreto do Prefeito a
ser publicado no diário oficial deverá ser precedida da
verificação da inadimplência da concessionária em processo
administrativo, assegurados o contraditório e a ampla defesa,
mediante indenização prévia;
b) encampação, cuja autorização decorre de lei específica, que
consiste na retomada do serviço pelo poder concedente durante
o prazo da concessão, por motivo de inexecução total
ou parcial do contrato, após prévio pagamento da indenização
para garantir a continuidade do serviço público;
c) encampação, que deve ser decretada no bojo de
processo judicial, assegurados o contraditório e a ampla
defesa, mediante indenização ulterior das parcelas dos
investimentos vinculados a bens reversíveis, ainda não
amortizados ou depreciados, para garantir a continuidade
do serviço público;
d) caducidade, que deve ser decretada no bojo de
processo judicial, assegurados o contraditório e a ampla
defesa, mediante indenização prévia das parcelas dos
investimentos vinculados a bens reversíveis, ainda não
amortizados ou depreciados, para garantir a continuidade
do serviço público;
e) caducidade, cuja declaração por decreto do Prefeito deverá
ser precedida da verificação da inadimplência da concessionária
em processo administrativo, assegurado o direito à ampla defesa,
independentemente de indenização prévia
Resposta: E
99) (FGV/2021/TJ-PR/JUIZ SUBSTITUTO)
Em sede de processo administrativo disciplinar (PAD) instaurado
após sindicância patrimonial em face de servidor público federal,
foi-lhe aplicada a penalidade de demissão do serviço público,
Questões da Banca FGV
tendo em vista a constatação de variação patrimonial a descoberto.
Inconformado, o servidor demitido impetra mandado de segurança
visando a anular o ato demissório e argumenta, preliminarmente,
a nulidade do PAD por ter sido instaurado com base em denúncia
anônima; por não lhe ter sido assegurada defesa técnica; e por
ter havido a posterior alteração da capitulação legal. Além
disso, o impetrante também sustenta a inexistência de provas
inequívocas das irregularidades e a incongruência entre a
conduta apurada e a pena de demissão. Considerando a narrativa
fática hipotética acima, é correto afirmar que:
a)na via do mandado de segurança, admitem-se a discussão
e o exame a respeito da suficiência do conjunto
fático-probatório constante do PAD;
b)na via do mandado de segurança, não se admite
a valoração da congruência entre a conduta apurada e
a capitulação da pena de demissão aplicada no PAD;
c)no PAD, a alteração da capitulação legal imputada ao
indiciado enseja sua nulidade, com fundamento no princípio da
tipicidade fechada;
d)desde que devidamente motivada e com amparo em investigação
ou sindicância, admite-se a instauração de PAD com base
em denúncia anônima;
e)é nula a decisão adotada em PAD no qual
não tenha sido assegurada ao indiciado a defesa técnica
por advogado, conforme jurisprudência dos Tribunais Superiores.
Resposta: D
100) (FGV/2022/CBM/AM/SOLDADO BOMBEIRO MILITAR)
O Município Alfa decidiu construir uma escola para atender às
crianças e aos adolescentes do Bairro XX. Após amplos estudos,
constatou-se que a escola deveria ficar localizada em um prédio
de propriedade de Antônio. Nesse caso, a aquisição da referida
propriedade privada pelo Município
a) exige a indispensável concordância de Antônio em vender o
imóvel
b) é expressamente vedada, considerando a separação entre o interesse
Questões da Banca FGV
público e o interesse privado
c) pode ocorrer sem a concordância de Antônio ou indenização,
isso em razão do interesse público presente.
d) exige a indispensável concordância de Antônio em vender, ou
a oferta de imóvel, pelo Município, em permuta.
e) pode ocorrer ainda que não haja concordância de Antônio,
desde que haja justa e prévia indenização em dinheiro
Resposta: E
101) (FGV/2022/CGU/TÉCNICO FEDERAL DE FINANÇAS E CONTROLE)
No ano de 2022, a União, por meio do Ministério
do Meio Ambiente, pretende celebrar contrato administrativo, cujo objeto é
a prestação de serviços técnicos especializados de natureza predominantemente
intelectual de controles de qualidade e tecnológico, análises, testes e ensaios
de campo e laboratoriais, instrumentação e monitoramento de parâmetros específicos
de obras e do meio ambiente, com determinada sociedade empresária de notória
especialização, conforme especificações constantes no processo administrativo.
De acordo com a nova Lei de Licitações (Lei nº 14.133/2021), a
contratação em tela ocorrerá mediante:
a) prévia e indispensável licitação, cuja modalidade será definida a
partir do valor estimado do contrato;
b) prévia e indispensável licitação, cuja modalidade será o diálogo
competitivo, pela natureza do objeto do contrato;
c) prévia e indispensável licitação, cuja modalidade será a concorrência,
por expressa determinação legal;
d) dispensa de licitação, por expressa previsão e com as
cautelas legais;
e) inexigibilidade de licitação, por expressa previsão e com as
cautelas legais.
Resposta: E
Questões da Banca FGV
102) (FGV/2022/CGU/TÉCNICO FEDERAL DE FINANÇAS E CONTROLE)
Carlos, auditor federal de Finanças e Controle da ControladoriaGeral da
União, no exercício da função, durante determinada auditoria, praticou ato
ilícito que causou danos materiais à sociedade empresária Beta, sendo
indiscutível a presença de nexo causal e a ausência de
qualquer causa excludente de responsabilidade. Com base no Art. 37,
§6º, da Constituição da República de 1988, a sociedade empresária
Beta ajuizou ação indenizatória em face da União e de
Carlos.Conforme atual jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, o polo passivo
da demanda foi:
a) corretamente indicado na inicial, diante da responsabilidade solidária objetiva
entre a União e Carlos, sendo desnecessária a comprovação do
dolo ou culpa do agente, pela teoria do risco administrativo;
b) corretamente indicado na inicial, diante da responsabilidade subsidiária objetiva
entre a União e Carlos, sendo desnecessária a comprovação do
dolo ou culpa do agente, pela teoria do risco administrativo;
c) corretamente indicado na inicial, mas a sociedade empresária Beta
renunciou a seu direito de obter a indenização com base
na responsabilidade civil objetiva e deverá comprovar o dolo ou
a culpa de Carlos, isto é, aplicar-se-á a responsabilidade civil
subjetiva para ambos os demandados;
d) incorretamente indicado na inicial, que deveria ter apenas a
União ou a Controladoria-Geral da União como demandada, pois Carlos
é parte ilegítima para figurar como réu na ação, pela
teoria do risco administrativo, mas é assegurado o direito de
regresso da União contra seu agente, desde que comprovado o
dolo ou a culpa de Carlos;
e) incorretamente indicado na inicial, que deveria ter apenas a
União como demandada, pois Carlos é parte ilegítima para figurar
como réu na ação, pela teoria da dupla garantia, mas
é assegurado o direito de regresso da União contra seu
agente, com base em sua responsabilidade civil subjetiva, sendo necessária
a comprovação do dolo ou culpa de Carlos.
Resposta: E
103) (FGV/2022/CGU/TÉCNICO FEDERAL DE FINANÇAS E CONTROLE)
O Superior Tribunal de Justiça ensina que, para ser considerado
Questões da Banca FGV
regular o processo administrativo, hão de ser asseguradas ao administrado
as garantias inerentes ao devido processo legal, assim como a
rigorosa observação do princípio da ampla defesa, com os meios
e recursos a ela inerentes.Ao disciplinar tal matéria, no âmbito
do processo administrativo, o legislador ordinário positivou parâmetros
precisos, consoante se vê na Lei do Processo Administrativo Federal
(Lei nº 9.784/1999). Assim, a notificação que não chega ao conhecimento do
administrado intimado não cumpre, em linha de princípio, a sua
função constitucionalmente prevista. A intimaçãopor via postal é tida
como meio idôneo se alcançar o fim a que se
destina: dar, ao interessado, inequívoca ciência da decisão ou da
efetivação de diligências.Nesse contexto, em tema de notificação por edital
no âmbito do processo administrativo federal, de acordo com a
jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, nas hipóteses em que
a tentativa de entrega da notificação pelos Correios é frustrada,
cabe à Administração buscar outro meio idôneo para provar, nos
autos, a certeza da ciência do interessado:
a) sob pena de nulidade absoluta do processo administrativo, não
sendo possível, em qualquer hipótese, a utilização de notificação por
edital;
b) sob pena de nulidade relativa do processo administrativo, mediante
demonstração do prejuízo no prazo de 120 dias, não sendo
possível, em qualquer hipótese, a utilização de notificação por edital;
c) sob pena de nulidade relativa do processo administrativo, mediante
demonstração do prejuízo no prazo de cinco anos, não sendo
possível, em qualquer hipótese, a utilização de notificação por edital;
d) reservando-se a publicação oficial, nos termos da lei, tão
somente às hipóteses de interessado indeterminado, interessado
desconhecido ou interessado com domicílio indefinido;
e) reservando-se a publicação oficial, em analogia ao Código de
Processo Civil, tão somente à hipótese de interessado em local
inacessível, com esgotamento das tentativas de notificação real nos
endereços constantes nos bancos de dados disponíveis.
Resposta: D
104) (FGV/2022/CGU/TÉCNICO FEDERAL DE FINANÇAS E CONTROLE)
Determinada organização não governamental (ONG), por ato de seu presidente,
Questões da Banca FGV
praticou dolosamente ato tipificado como de improbidade administrativa (mas não
previsto na Lei Anticorrupção), quando da execução de convênio com
recursos obtidos (subvenção) da União.As ilegalidades foram constatadas pela Controladoria-Geral
da União (CGU), que as noticiou ao Ministério Público Federal
(MPF). As apurações, tanto da CGU como do MPF, não
conseguiram evidenciar a participação de qualquer agente público responsável pelo
repasse ou fiscalização da verba pública, mas tornaram inequívoco o
dolo de João, presidente da ONG, que praticou e se
beneficiou do ato ilícito.De acordo com a jurisprudência do Superior
Tribunal de Justiça:
a) não poderá ser ajuizada ação civil pública por ato
de improbidade administrativa em face da ONG e de João,
pois é imprescindível a concomitante presença de agente público no
polo passivo da demanda;
b) não poderá ser ajuizada ação civil pública por ato
de improbidade administrativa em face da ONG e de João,
pois não houve prejuízo direto ao erário da União, e
sim ao patrimônio da entidade privada;
c) não poderá ser ajuizada ação civil pública por ato
de improbidade administrativa em face da ONG e de João,
pois o ato ilícito praticado não está tipificado pela Lei
Anticorrupção como ato lesivo à Administração Pública;
d) poderá ser ajuizada ação civil pública por ato de
improbidade administrativa em face da ONG e de João, pois
a Lei de Improbidade se aplica às entidades privadas que
recebem subvenção da União, equiparando seus dirigentes à condição de
agentes públicos;
e) poderá ser ajuizada ação civil pública por ato de
improbidade administrativa em face da ONG e de João, pois,
independentemente de haver subvenção, benefício ou incentivo, fiscal ou creditício
de entes públicos ou governamentais, as ONGs se submetem à
Lei de Improbidade, por integrarem o chamado terceiro setor.
Resposta: D
105) (FGV/2022/CGU/TÉCNICO FEDERAL DE FINANÇAS E CONTROLE)
José foi aprovado e classificado em 11º lugar em concurso
público para o cargo efetivo de analista de determinado ministério.
Questões da Banca FGV
O edital do concurso previa a existência de dez vagas
e a União, dentro do prazo de validade do concurso,
que findou em 05/01/2020, convocou e nomeou os dez primeiros
colocados. Ocorre que Carlos, candidato classificado em 10º lugar, não
obstante tenha sido nomeado em 04/01/2020, desistiu do cargo em
05/02/2020, tendo a Administração Pública Federal, em 25/02/2020, tornado sem
efeito seu ato de nomeação, conforme publicação em diário oficial.
José, entendendo possuir direito subjetivo à nomeação diante da desistência
de Carlos, apresentou requerimento administrativo visando à sua imediata
nomeação.No caso em tela, consoante jurisprudência do Superior Tribunal de
Justiça, o pleito de José:
a) merece prosperar, porque a desistência de Carlos sem a
respectiva convocação de José constitui preterição de forma arbitrária e
imotivada pela Administração Pública;
b) merece prosperar, porque a desistência de Carlos sem a
respectiva convocação de José constitui ofensa aos princípios da eficiência,
boa-fé, moralidade, impessoalidade e proteção da confiança;
c) não merece prosperar, pois não convolou sua mera expectativa
em direito subjetivo à nomeação, na medida em que a
desistência de Carlos ocorreu após o término do prazo de
validade do concurso;
d) não merece prosperar, pois não convolou sua mera expectativa
em direito subjetivo à nomeação, na medida em que ocorreu
a desistência de Carlos, independentemente de ter acontecido antes ou
após o término do prazo de validade do concurso;
e) merece prosperar, porque a nomeação de Carlos e o
posterior ato tornando-a sem efeito constitui manifestação inequívoca
da Administração Pública acerca da existência de vagas e, sobretudo,
da necessidade de chamamento de, pelo menos, mais um candidato.
Resposta: C
106) (FGV/2022/CGU/TÉCNICO FEDERAL DE FINANÇAS E CONTROLE)
A União, por meio de determinado ministério, pretende delegar, mediante
lei, seu poder de polícia, inclusive para aplicação de multa,
à sociedade de economia mista Alfa, de capital social majoritariamente
público, que presta exclusivamente serviço público de atuação própria do
Estado e em regime não concorrencial.Na hipótese narrada, em tese,
Questões da Banca FGV
de acordo com a atual jurisprudência do Supremo Tribunal Federal,
a pretensão da União é juridicamente:
a) viável, pois é constitucional a delegação narrada, inclusive no
que toca à última fase do ciclo de polícia, qual
seja, a sanção de polícia, à sociedade de economia mista
Alfa, mesmo ostentando personalidade jurídica de direito privado;
b) viável, pois é constitucional a delegação narrada, em qualquer
fase do ciclo de polícia, a qualquer entidade da Administração
indireta, ainda que exploradora de atividade econômica e em regime
concorrencial;
c) inviável, pois é inconstitucional a delegação narrada, em qualquer
fase do ciclo de polícia, à entidade da Administração indireta
que ostente personalidade jurídica de direito privado;
d) inviável, pois é inconstitucional a delegação narrada, em qualquer
fase do ciclo de polícia, a qualquer entidade da Administração
indireta, pois o atributo da coercibilidade inerente ao exercício do
poder de polícia é próprio de órgão público da Administração
direta;
e) inviável, pois é inconstitucional a delegação narrada, no que
tange à primeira e à quarta fases do ciclo de
polícia, quais sejam, a ordem e a sanção de polícia,
a qualquer entidade da Administração indireta, ainda que prestadora de
serviços públicos em regime não concorrencial.
Resposta: A
107) (FGV/2022/CGU/TÉCNICO FEDERAL DE FINANÇAS E CONTROLE)
O Ministro de Estado da Controladoria-Geral da União, no regular
exercício de suas atribuições, após manifestação da Corregedoria-Geral da União,
avocou processo administrativo disciplinar (PAD) em curso perante um órgão
do Poder Executivo Federal.Pode-se afirmar, corretamente, que essa situação é:
a) inadmissível, mesmo que seja com vistas à correção de
andamento;
b) admissível em caso de pouca relevância ou sem complexidade;
c) admissível em caso de inexistência de condições objetivas para
sua realização no órgão de origem;
d) admissível apenas em razão da complexidade e relevância da
Questões da Banca FGV
matéria;
e) inadmissível, pois não há previsão legal para essa atuação.
Resposta: C
108) (FGV/2022/DPE-MS/DEFENSOR PÚBLICO SUBSTITUTO)A Lei nº XX, do Estado Beta, dispôs que (1)
os servidores públicos do Poder Executivo, ocupantes de cargo de
provimento efetivo, organizados em carreira, poderiam ter progressão funcional
dentro da mesma classe e ser promovidos para a classe superior,
passando a ocupar cargo diverso; (2) os servidores aprovados em
concurso público para determinado cargo de nível médio, que veio
a ser extinto, poderiam ser aproveitados no cargo de nível
superior que absorveu as respectivas atribuições; e (3) o quadro
de servidores seria reestruturado, com a junção, em uma única
carreira, de todos os servidores, daí decorrendo a extinção das
demais carreiras, desde que os cargos extintos tenham o mesmo
nível de escolaridade, ainda que com atribuições e responsabilidades distintas
dos cargos que permaneceram. À luz da sistemática constitucional, é
correto afirmar, em relação à Lei nº XX, que:
a) apenas o comando 1 é constitucional;
b) apenas o comando 3 é constitucional;
c) apenas os comandos 2 e 3 são constitucionais;
d) os comandos 1, 2 e 3 são inconstitucionais.
Resposta: A
109) (FGV/2022/DPE-MS/DEFENSOR PÚBLICO SUBSTITUTO)
João é jornalista e cobria, presencialmente, uma manifestação em que
ativistas de direitos humanos protestavam contra os altos índices de
letalidade policial no Estado Alfa. Na qualidade de profissional de
imprensa, enquanto fazia a cobertura jornalística, João foi ferido pelo
policial militar José, ao receber uma pancada com cassetete em
seu rosto, no momento em que havia conflito entre policiais
Questões da Banca FGV
e manifestantes. Inconformado com as lesões que sofreu, João buscou
atendimento na Defensoria Pública para ajuizar ação indenizatória, ocasião em
que lhe foi explicado que, de acordo com a jurisprudência
do Supremo Tribunal Federal, no caso em tela, a responsabilidade
civil do Estado é:
a) subjetiva, mas não cabe responsabilização direta do policial militar
José, em razão da teoria da dupla garantia, seja para
a vítima, seja para o agente público;
b) subjetiva, mas cabe o reconhecimento da culpa concorrente, eis
que os danos foram causados em evento multitudinário;
c) objetiva, mas cabe a excludente da responsabilidade da culpa
exclusiva da vítima, caso João tenha descumprido ostensiva e clara
advertência sobre acesso a áreas delimitadas como de grave risco
à sua integridade física;
d) objetiva, mas cabe a excludente da responsabilidade da força
maior, diante da imprevisibilidade do conflito entre os manifestantes e
os policiais, desde que a Polícia Militar comprove que planejou
regularmente sua atuação.
Resposta: C
110) (FGV/2022/DPE-MS/DEFENSOR PÚBLICO SUBSTITUTO)
O Município Alfa invadiu o imóvel de propriedade de José,
de forma irregular e ilícita, sem respeitar os procedimentos administrativos
e judiciais inerentes à desapropriação, e iniciou a construção de
uma escola municipal. José estava internado por longo período em
tratamento de doença grave e, ao retornar para seu imóvel,
verificou que a escola já tinha iniciado suas atividades. Ao
buscar assistência jurídica na Defensoria Pública, José foi informado de
que, de acordo com a jurisprudência do Superior Tribunal de
Justiça, é cabível o ajuizamento de ação de:
a) reintegração de posse, cujo prazo prescricional é de cinco anos;
b) reintegração de posse, cujo prazo prescricional é de quinze anos;
c) indenização por desapropriação indireta, cujo prazo prescricional é de dez anos;
d) indenização por desapropriação indireta, cujo prazo prescricional é de vinte anos.
Questões da Banca FGV
Resposta: C
111) (FGV/2022/DPE-MS/DEFENSOR PÚBLICO SUBSTITUTO)
João, observadas as formalidades legais, firmou ato de permissão de
uso de bem público com o Estado Alfa, para instalação
e funcionamento de um restaurante em hospital estadual, pelo prazo
de 24 meses. Passados seis meses, o Estado alegou que
iria instalar uma nova sala de UTI no local onde
o restaurante está localizado, razão pela qual revogou unilateralmente a
permissão de uso. Três meses depois, João logrou obter provas
irrefutáveis no sentido de que o Estado não instalou nem
irá instalar a UTI no local. Inconformado, João buscou assistência
jurídica na Defensoria Pública, pretendendo reassumir o restaurante. Ao elaborar
a petição judicial, o defensor público informou a João que
pleitear judicialmente a invalidação da revogação do ato de permissão
é:
a) inviável, por se tratar de ato precário, mas cabe
o ajuizamento de ação indenizatória diante da extinção da permissão
antes do prazo previsto;
b) inviável, por se tratar de ato discricionário, mas cabe
o ajuizamento de ação indenizatória diante da extinção da permissão
antes do prazo previsto;
c) viável, eis que, com base no princípio da continuidade
dos serviços públicos, João tem direito de explorar o restaurante
no prazo acordado, ainda que, de fato, o Estado Alfa
fosse instalar a UTI no local;
d) viável, eis que, apesar de ser um ato discricionário,
aplica-se a teoria dos motivos determinantes, de maneira que o
Estado está vinculado à veracidade do motivo fático que utilizou
para a revogação.
Resposta: D
112) (FGV/2022/MP-GO/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO)
O Estado Beta editou legislação que (i) define a saúde
pública como área de atuação passível de exercício por fundação
pública de direito privado; (ii) autoriza a instituição de fundações
Questões da Banca FGV
públicas de direito privado destinadas à prestação de serviços de
saúde (hospitais e institutos de saúde); e (iii) atribui a
essas entidades autonomia gerencial, orçamentária e financeira, além de estabelecer
o regime celetista para contratação de seus funcionários. No caso
em tela, de acordo com a jurisprudência do Supremo Tribunal
Federal, a mencionada legislação estadual é:
a) inconstitucional, haja vista que essas fundações públicas de direito
privado não podem prestar serviços de saúde, sendo certo que
tais fundações são veladas pelo Ministério Público Estadual;
b) constitucional, e essas fundações públicas de direito privado fazem
jus à isenção das custas processuais e integram a Administração
Pública indireta, mas não estão sujeitas ao controle finalístico pela
Secretaria Estadual de Saúde;
c) inconstitucional, haja vista que deve ser adotado o regime
jurídico estatutário para seus servidores por se tratar de fundações
públicas, gozando essas entidades das prerrogativas processuais, como isenção de
custas;
d) constitucional, e essas fundações públicas de direito privado não
fazem jus à isenção das custas processuais, mas integram a
Administração Pública indireta e estão sujeitas ao controle financeiro e
orçamentário realizado pelo Tribunal de Contas;
e) inconstitucional, haja vista que deve ser adotado o regime
jurídico estatutário para seus servidores por se tratar de fundações
públicas, mas suas contratações prescindem de prévia licitação.
Resposta: D
113) (FGV/2022/MP-GO/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO)
Em dezembro de 2021, o Ministério Público do Estado Ômega
está realizando licitação para aquisição de determinados bens. Ocorre que,
durante o processo licitatório, houve empate entre duas propostas. Utilizando
sucessivamente os critérios previstos na nova Lei de Licitações, o
Ministério Público tentou o desempate por meio da disputa final,
mas os licitantes empatados não apresentaram nova proposta em ato
contínuo à classificação. Em seguida, tentou-se a avaliação do desempenho
contratual prévio dos licitantes, porém manteve-se o empate. De acordo
com a Lei nº 14.133/2021, o próximo critério que deverá
ser utilizado pelo Ministério Público para o desempate é:
Questões da Banca FGV
a) o desenvolvimento pelo licitante de programa de integridade, conforme
orientações dos órgãos de controle;
b) a priorização de sociedade empresária que invista em pesquisa
e no desenvolvimento de tecnologia no país;
c) o desenvolvimento pelo licitante de ações de equidade entre
homens e mulheres no ambiente de trabalho, conforme regulamento;
d) a priorização de sociedade empresária estabelecida no território do
Estado Ômega e, frustrada tal tentativa,em Estado da mesma
região do país;
e) a priorização de sociedade empresária que comprove a prática
de mitigação, conforme a Política Nacional sobre Mudança do Clima.
Resposta: C
114) (FGV/2022/MP-GO/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO)
Em razão de intensas chuvas ocorridas em Cavalcante, no nordeste
de Goiás, a cheia do rio Prata causou enorme destruição
e deixou desabrigadas centenas de famílias carentes que vivem na
região. Com a aquiescência do poder público municipal, vários particulares
se voluntariaram para auxiliar as vítimas daquele desastre natural, sobretudo
mediante a organização e distribuição dos alimentos, roupas e outros
itens doados a partir de diversas regiões do Estado e
do país. Instado por notícia de desvio desses mantimentos, o
Ministério Público instaurou inquérito civil e angariou elementos informativos robustos
no sentido de que José, um dos voluntários, efetivamente se
apropriou de parte dos bens doados às vítimas. Na situação
hipotética descrita, consoante o magistério da doutrina especializada e a
legislação vigente, é correto afirmar que José:
a) não pode ser considerado sujeito ativo da improbidade administrativa,
tampouco sofrer as sanções cominadas na Lei nº 8.429/1992, porquanto
não figura como agente público nem como terceiro partícipe de
uma conduta ímproba imputável a agente público;
b) pode ser considerado sujeito ativo da improbidade administrativa e
responder por ato ímprobo que importa em enriquecimento ilícito, pois
figura como agente de fato putativo, que desempenha uma atividade
pública com a presunção de legitimidade;
c) pode ser considerado sujeito ativo da improbidade administrativa e
sofrer as sanções cominadas na Lei nº 8.429/1992, diploma legal
Questões da Banca FGV
que admite a responsabilização de particulares de forma desvinculada da
existência de um ato ímprobo imputável a agente público;
d) não pode ser considerado sujeito ativo da improbidade administrativa,
porquanto não mantém vínculo formal com o poder público, tampouco
sofrer as sanções cominadas na Lei nº 8.429/1992, diploma legal
que não se destina à tutela do patrimônio privado;
e) pode ser considerado sujeito ativo da improbidade administrativa e
responder por ato ímprobo que importa em enriquecimento ilícito, pois
figura como agente de fato necessário, que exerce a função
pública em situação de calamidade ou de emergência.
Resposta: E
115) (FGV/2022/MP-GO/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO)
José foi condenado pela prática do crime de homicídio qualificado
à pena de dezoito anos de reclusão, que está sendo
cumprida em estabelecimento prisional do Estado Gama. Após diversas vistorias
realizadas pelo Ministério Público, restou comprovado que permanecem, há mais
de três anos, problemas de superlotação e de falta de
condições mínimas de saúde e higiene no presídio, que causaram
danos materiais e morais ao detento José. Alegando violação a
normas previstas na Constituição da República de 1988, na Lei
de Execução Penal e na Convenção Interamericana de Direitos Humanos,
José ajuizou ação indenizatória por danos causados pelas ilegítimas e
sub-humanas condições a que está submetido no cumprimento de pena
em face do Estado Gama. Instado a lançar parecer no
processo, o promotor de justiça, com base na jurisprudência do
Supremo Tribunal Federal, deve se manifestar pela:
a) procedência do pedido indenizatório, inclusive no que toca aos
danos morais comprovadamente causados em decorrência da falta ou insuficiência
das condições legais de encarceramento, pois é dever do Estado
Gama manter em seu presídio os padrões mínimos de humanidade
previstos no ordenamento jurídico;
b) procedência do pedido, com base na responsabilidade civil subjetiva
do Estado Gama, desde que comprovado o dolo ou a
culpa dos gestores públicos competentes para implementarem políticas públicas que
garantam os direitos humanos dos detentos, sendo possível a remição
da pena como forma de indenização;
Questões da Banca FGV
c) procedência parcial do pedido, de maneira que seja acatada
a pretensão de ressarcimento pelos danos materiais sofridos por José
com nexo causal pela omissão específica do Estado Gama, mas
seja rejeitada a pretensão de reparação por danos morais, em
razão do princípio da reserva do possível;
d) improcedência do pedido, pois o Estado Gama não pode
ser erigido a garantidor universal com violação ao princípio da
reserva do possível, mas deve proceder o promotor de justiça
à extração de cópias do processo para fins de ajuizamento
de ação civil pública visando à regularização das condições precárias
de encarceramento que violam direitos humanos;
e) improcedência do pedido, pois a indenização não tem o
condão de eliminar o grave problema prisional globalmente considerado, que
depende da definição e da implantação de políticas públicas específicas,
providências de atribuição legislativa e administrativa, não de provimentos judiciais,
sob pena de violação ao princípio da separação dos poderes.
Resposta: A
116) (FGV/2022/MP-GO/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO)
Débora foi aprovada em concurso público de provas e títulos,
mas não logrou êxito, ao ver da Administração Pública, em
comprovar o período de exercício da atividade profissional exigido na
lei e no edital. A decisão administrativa, apesar de estar
bem fundamentada e de apresentar total coerência interna, veio a
ser desconstituída em sede judicial, sendo determinada a posse de
Débora no respectivo cargo de provimento efetivo. A posse ocorreu
três anos após a de cinco candidatos com colocação imediatamente
posterior à de Débora, os quais já tinham ascendido à
classe imediatamente superior da respectiva carreira. À luz dessa narrativa,
Débora:
a) terá direito à indenização e às promoções ou progressões
que a alcançariam caso tivesse sido nomeada em momento anterior,
antes dos cinco candidatos referidos;
b) fará jus apenas à indenização, ainda que não tenha
sido reconhecida qualquer arbitrariedade da Administração Pública, por não ter
sido investida em momento anterior;
c) não fará jus à indenização e não terá direito
Questões da Banca FGV
às promoções ou progressões que a alcançariam caso tivesse sido
nomeada em momento anterior, antes dos cinco candidatos referidos;
d) terá direito apenas às promoções ou progressões que a
alcançariam caso tivesse sido nomeada no momento devido, o que
deveria ter ocorrido antes dos cinco candidatos referidos;
e) deve ser indenizada, beneficiada pelas promoções ou progressões que
a alcançariam caso tivesse sido nomeada em momento anterior, além
de ocupar a classificação original.
Resposta: C
117) (FGV/2022/MP-GO/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO)
Após investigações em sede extrajudicial, o Ministério Público amealhou
provas de que a pessoa jurídica Med Hospital Ltda., administrada pelo
sócio majoritário Tales, teria sido selecionada em contratações emergenciais
milionárias para prestar serviços a uma autarquia estadual cujo presidente,
Jamal, seria amigo e aliado político do deputado estadual Tomás, cuja
campanha eleitoral teria recebido generosas doações daquele empresário.
Os documentos indicam que as contratações diretas não foram precedidas de
justificativa de preço, de orçamento com custos unitários ou de projeto
básico, bem como que a emergência teria sido dolosamente fabricada.
Nessa situação, à luz da Lei nº 8.429/1992, com as
alterações promovidas pela Lei nº 14.230/2021, o Parquet pode ajuizar
ação de improbidade em face das pessoas naturais mencionadas e
da sociedade limitada para:
a) demonstrados de plano a probabilidade de ocorrência dos atos
ímprobos e o perigo de dano irreparável ou de risco ao resultado útil do
processo, requerer liminarmente a indisponibilidade dos
bens de todos os demandados, no limite da participação de
cada um e dos seus benefícios diretos, vedada qualquer solidariedade,
recaindo a constrição preferencialmente em dinheiro ou ativos financeiros, 
em montante suficiente para assegurar o ressarcimento ao Erário e o
pagamento de eventual multa civil a ser aplicada em sentença;
b) demonstradade plano a probabilidade de ocorrência dos atos
ímprobos, requerer liminarmente a indisponibilidade dos bens de todos os
demandados, solidariamente, não podendo a constrição recair sobre contas
bancárias caso existam outros bens móveis ou imóveis capazes de garantir
o juízo, em montante suficiente para assegurar o ressarcimento ao
Questões da Banca FGV
Erário e o pagamento de eventual multa civil a ser aplicada em sentença;
c) demonstrados de plano a probabilidade de ocorrência dos atos
ímprobos e o perigo de dano irreparável ou de risco
ao resultado útil do processo, requerer liminarmente a indisponibilidade
dos bens de todos os demandados, no limite da participação de
cada um e dos seus benefícios diretos, vedada qualquer solidariedade,
não podendo a constrição recair sobre contas bancárias caso existam
outros bens móveis ou imóveis capazes de garantir o juízo,
em montante suficiente para assegurar o ressarcimento ao Erário e
o pagamento de eventual multa civil a ser aplicada em sentença;
d) demonstrados de plano a probabilidade de ocorrência dos atos
ímprobos e o perigo de dano irreparável ou de risco
ao resultado útil do processo, requerer liminarmente a indisponibilidade dos
bens de todos os demandados, solidariamente, não podendo a constrição
recair sobre contas bancárias caso existam outros bens móveis ou
imóveis capazes de garantir o juízo, em montante suficiente para
assegurar o ressarcimento ao Erário, sem incidir sobre os valores
a serem eventualmente aplicados a título de multa civil;
e) demonstrada de plano a probabilidade de ocorrência dos atos
ímprobos, requerer liminarmente a indisponibilidade dos bens de todos os
demandados, no limite da participação de cada um e dos seus benefícios diretos,
vedada qualquer solidariedade, recaindo a constrição preferencialmente
em dinheiro ou ativos financeiros, em montante suficiente para assegurar
o ressarcimento ao Erário, sem incidir sobre os valores a
serem eventualmente aplicados a título de multa civil.
Resposta: D
118) (FGV/2022/MP-GO/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO)
O Ministério Público do Estado de Goiás ajuizou ação civil
pública por ato de improbidade administrativa em face de João,
servidor público estadual titular de cargo efetivo. Na peça vestibular,
o Parquet imputou a João a conduta de coordenar vasto
esquema de desvio de recursos públicos no âmbito de contratações
emergenciais na área da saúde. No curso do processo e
antes da prolação da sentença, João comunicou a sua aposentadoria,
regularmente concedida pela administração após o preenchimento dos
requisitos legais.
Em conformidade com a jurisprudência atual dos Tribunais Superiores, e
Questões da Banca FGV
considerando que os fatos narrados na inicial foram sobejamente comprovados
ao longo da instrução probatória, a autoridade judicial:
a) poderá aplicar a João a cassação de sua aposentadoria,
uma vez que a ausência de previsão expressa de tal
sanção na Lei nº 8.429/1992 não impede a sua imposição
como consequência lógica da condenação à perda da função pública;
b) poderá infligir a sanção de cassação de aposentadoria ao
servidor aposentado no curso do processo, haja vista a cominação
expressa de tal penalidade no Art. 12 da Lei de
Improbidade Administrativa;
c) não poderá impor a João a cassação de sua
aposentadoria, porque tal penalidade não está expressamente cominada na Lei
nº 8.429/1992 e vigora o princípio da legalidade estrita em
matéria de direito sancionador;
d) não poderá aplicar a João a cassação de sua
aposentadoria, porque tal sanção é incompatível com o caráter contributivo
e solidário do regime próprio de previdência dos servidores públicos;
e) poderá impor a João a cassação de sua aposentadoria,
porque a previsão expressa de tal sanção no estatuto dos
servidores estaduais atende ao princípio da legalidade e permite o
diálogo de fontes em matéria de direito sancionador.
Resposta: C
119) (FGV/2022/MP-SC/ANALISTA/ADMINISTRAÇÃO)
De acordo com a Lei nº 14.133/2021, ressalvados os casos
previstos em lei, é vedado ao agente público designado para
atuar na área de licitações e contratos, admitir, prever, incluir
ou tolerar, nos atos que praticar, algumas situações, EXCETO as
que:
a) sejam irrelevantes para o objeto específico do contrato;
b) sejam impertinentes para o objeto específico do contrato;
c) estabeleçam distinções em razão da naturalidade, da sede ou
do domicílio dos licitantes;
d) estabeleçam preferências em razão da naturalidade, da sede ou
do domicílio dos licitantes;
e) comprometam, restrinjam ou frustrem o caráter competitivo do processo
Questões da Banca FGV
licitatório, salvo nos casos de participação de sociedades cooperativas.
Resposta: E
120) (FGV/2022/MP-SC/ANALISTA/ADMINISTRAÇÃO)
De acordo com a nova Lei de Licitações (Lei nº
14.133/2021), a modalidade de licitação diálogo competitivo é restrita a
contratações em que a Administração, entre outros, verifique a necessidade
de definir e identificar os meios e as alternativas que
possam satisfazer suas necessidades, com destaque para alguns aspectos. A
alternativa que NÃO contém um desses aspectos é:
a) a estrutura financeira do contrato;
b) a solução técnica mais adequada;
c) a estrutura jurídica do contrato;
d) os requisitos técnicos aptos a concretizar a solução já
definida;
e) o objeto com padrões de desempenho e qualidade que
possam ser objetivamente definidos pelo edital, por meio de especificações
usuais de mercado.
Resposta: E
121) (FGV/2022/MP-SC/ANALISTA/ADMINISTRAÇÃO)
João, novo procurador-geral de Justiça do Ministério Público de determinado
Estado que acabou de tomar posse, com o objetivo de
reduzir gastos públicos e atender ao princípio da eficiência, anunciou
que irá reunir dois órgãos distintos, o órgão Alfa e
o órgão Beta, no âmbito daquele Ministério Público, que serão
agrupados em um só novo órgão público chamado órgão Alfa
Beta, ocasionando economia de pessoal, de material e de gastos
com energia elétrica. De acordo com a doutrina de Direito
Administrativo, trata-se do fenômeno administrativo da:
a) descentralização;
Questões da Banca FGV
b) outorga;
c) centralização;
d) avocação;
e) concentração.
Resposta: E
122) (FGV/2022/MP-SC/ANALISTA/ADMINISTRAÇÃO)
Em matéria de prorrogação de contratos administrativos, consoante dispõe a
Lei nº 14.133/2021, os contratos de serviços e fornecimentos contínuos:
a) não poderão ser prorrogados, sob pena de violação aos
princípios da licitação, isonomia, competitividade e contratação da
proposta mais vantajosa para a Administração Pública;
b) não poderão ser prorrogados, exceto se respeitado o valor
máximo nos termos aditivos de até 50% e desde que
haja previsão na lei orçamentária anual, com vigência máxima de
cinco anos;
c) poderão ser prorrogados uma única vez, respeitada a vigência
máxima quinquenal, desde que haja previsão no plano plurianual e
que a autoridade competente ateste que as condições e os
preços permanecem vantajosos para a Administração;
d) poderão ser prorrogados sucessivamente, respeitada a vigência
máxima quinquenal, desde que haja previsão no plano plurianual e que a
autoridade competente ateste que as condições e os preços permanecem
vantajosos para a Administração;
e) poderão ser prorrogados sucessivamente, respeitada a vigência
máxima decenal, desde que haja previsão em edital e que a autoridade
competente ateste que as condições e os preços permanecem vantajosos
para a Administração, permitida a negociação com o contratado ou
a extinção contratual sem ônus para qualquer das partes.
Resposta: E
Questões da Banca FGV
123) (FGV/2022/MP-SC/ANALISTA/ADMINISTRAÇÃO)
Em matéria de alienação de bens imóveis da Administração Pública,
de acordo com o regime jurídico da Lei nº 8.666/1993
e a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, no(a):
a) concorrência para a venda de bens imóveis, a fase
de habilitação limitar-se-á à comprovação do recolhimento de quantia
correspondente a 5% da avaliação, não cabendo à Administração reduzir tal
valor, por ofensa ao princípio da legalidade;
b) concorrênciapara a venda de bens imóveis, a fase de habilitação
limitar-se-á à comprovação do recolhimento de quantia correspondente
a 1% da avaliação, podendo a Administração alterar tal valor,
desde que observado o princípio da razoabilidade;
c) leilão para a venda de bens imóveis, a fase de habilitação limitar-se-á
à comprovação do recolhimento de quantia correspondente a 15% da avaliação,
não cabendo à Administração reduzir tal valor, por ofensa ao princípio da
legalidade;
d) leilão para a venda de bens imóveis, a fase de habilitação limitar-se-á
à comprovação do recolhimento de quantia correspondente a 10% da avaliação,
podendo a Administração alterar tal valor, desde que observado o princípio
da razoabilidade;
e) concorrência para a venda de bens imóveis, a fase de habilitação limitar-se-á
à comprovação do recolhimento de quantia correspondente a 10% da avaliação, podendo
a Administração alterar tal valor, desde que observado o princípio da razoabilidade.
Resposta: A
124) (FGV/2022/MP-SC/ANALISTA/ADMINISTRAÇÃO)
A Nova Lei de Licitações estabelece que o ato que
autoriza a contratação direta ou o extrato decorrente do contrato
deverá ser divulgado e mantido à disposição do público em
sítio eletrônico oficial. Nesse contexto, consoante dispõe a Lei nº
14.133/2021, é hipótese de dispensa de licitação quando o Estado
Alfa realiza:
a) contratação de profissional do setor artístico, diretamente ou por
meio de empresário exclusivo, desde que consagrado pela crítica especializada
ou pela opinião pública;
b) aquisição de materiais, de equipamentos ou de gêneros ou
Questões da Banca FGV
contratação de serviços que só possam ser fornecidos por produtor,
empresa ou representante comercial exclusivos;
c) aquisição ou locação de imóvel cujas características de instalações
e de localização tornem necessária sua escolha, observados os requisitos legais;
d) celebração de contrato de programa com ente federativo ou
com entidade de sua Administração Pública indireta que envolva prestação
de serviços públicos de forma associada nos termos autorizados em
contrato de consórcio público ou em convênio de cooperação;
e) contratação dos serviços técnicos especializados de natureza
predominantemente intelectual com profissionais ou empresas de notória
especialização, de estudos técnicos, planejamentos, projetos básicos ou
projetos executivos, na forma da lei.
Resposta: D
125) (FGV/2022/MP-SC/ANALISTA/ADMINISTRAÇÃO)
Márcio, prefeito do Município Gama, praticou ato administrativo consistente na
remoção do servidor público estável João, do Departamento X para
o Departamento Y, e apresentou expressamente como motivação do ato
o fato de que no Departamento Y só havia dois
servidores na área de apoio administrativo. Inconformado, João ajuizou ação
judicial, pleiteando o retorno à sua lotação no Departamento X,
haja vista que comprovou inequivocamente que no Departamento Y estavam
lotados oito servidores da área de apoio administrativo. De acordo
com a doutrina de Direito Administrativo, a pretensão de João:
a) não merece prosperar, pois ato de remoção de pessoal
é classificado como ato discricionário, portanto cabe ao gestor verificar
a oportunidade e a conveniência em sua prática;
b) não merece prosperar, pois ato de remoção de pessoal
é classificado como ato vinculado, de maneira que não cabe
ao Judiciário se imiscuir no mérito administrativo;
c) merece prosperar, diante da teoria dos motivos determinantes, já
que os motivos expostos por Márcio não correspondem à realidade
fática;
d) merece prosperar, diante da teoria da intranscendência subjetiva das
sanções, uma vez que o servidor não pode ser penalizado
por erro do gestor;
e) não merece prosperar, pois não restaram violados princípios da
Questões da Banca FGV
administração pública, e se presume legítima a decisão do prefeito
Márcio.
Resposta: C
126) (FGV/2022/MP-SC/ANALISTA/ADMINISTRAÇÃO)
João, analista de Dados e Pesquisa do Ministério Público do
Estado Alfa, em maio de 2022, dolosamente, no exercício da
função, revelou fato de que tinha ciência em razão de
suas atribuições, pois está lotado em órgão de inteligência do
parquet, e que devia permanecer em segredo, propiciando beneficiamento por
informação privilegiada e até colocando em risco a segurança da
sociedade e do Estado. De acordo com a tipologia da
Lei de Improbidade Administrativa em sua atual redação, no caso
em tela, João, em tese:
a) praticou ato de improbidade administrativa que causou prejuízo ao
erário;
b) praticou ato de improbidade administrativa que atentou contra os
princípios da administração pública;
c) praticou ato de improbidade administrativa que importou em enriquecimento
ilícito;
d) não praticou ato de improbidade administrativa, diante da ausência
de previsão legal, desde a redação originária da lei de
improbidade;
e) não praticou ato de improbidade administrativa, diante da revogação
do dispositivo que previa o ato narrado como ato de
improbidade.
Resposta: B
127) (FGV/2022/MP-SC/ANALISTA/ADMINISTRAÇÃO)
O Ministério Público do Estado Delta, em junho de 2022,
pretende realizar contratação com valor de R$ 60.000,00 para serviços
de manutenção de veículos automotores da frota da Procuradoria-Geral de
Questões da Banca FGV
Justiça. De acordo com a Lei nº 14.133/2021, tal contratação:
a) poderá ocorrer mediante dispensa de licitação;
b) poderá ocorrer mediante inexigibilidade de licitação;
c) deverá necessariamente ocorrer mediante prévia licitação, na modalidade pregão;
d) deverá necessariamente ocorrer mediante prévia licitação, na modalidade concorrência;
e) deverá necessariamente ocorrer mediante prévia licitação, na modalidade diálogo
competitivo.
Resposta: A
128) (FGV/2022/MP-SC/ANALISTA/ADMINISTRAÇÃO)
Em janeiro de 2022, o Ministério Público do Estado Delta,
após processo licitatório, contratou a sociedade empresária Alfa para prestação
de serviços de dedetização do edifício sede da instituição. Ocorre
que a sociedade empresária Alfa deu causa à inexecução parcial
do contrato. De acordo com o regime jurídico da Lei
nº 14.133/2021, após regular processo administrativo, não se justificando a
imposição de penalidade mais grave, será aplicada à sociedade empresária
Alfa a sanção administrativa de:
a) advertência;
b) censura e multa;
c) impedimento de licitar e contratar no âmbito do Ministério
Público do Estado Delta, pelo prazo máximo de um ano;
d) impedimento de licitar e contratar no âmbito do Estado
Delta, pelo prazo máximo de cinco anos;
e) declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com qualquer
órgão público, pelo prazo máximo de cinco anos.
Resposta: A
129) (FGV/2022/MP-SC/AUXILIAR: MINISTÉRIO PÚBLICO)
Sabe-se que a Lei nº 8.429/1992 estabelece que a posse
e o exercício de agente público ficam condicionados à apresentação
Questões da Banca FGV
de declaração de imposto de renda e proventos de qualquer
natureza, que tenha sido apresentada à Secretaria Especial da Receita
Federal do Brasil, a fim de ser arquivada no serviço
de pessoal competente. Tal declaração de bens será atualizada anualmente
e na data em que o agente público deixar o
exercício do mandato, do cargo, do emprego ou da função.
Nesse contexto, de acordo com a atual redação da lei
de improbidade administrativa, o agente público que se recusar a
prestar tal declaração dos bens dentro do prazo determinado ou
que prestar declaração falsa, sem prejuízo de outras sanções cabíveis:
a) será apenado com a pena de demissão;
b) será apenado com a pena de advertência;
c) será apenado com a pena de suspensão;
d) terá seus vencimentos suspensos por até noventa dias;
e) terá seus vencimentos suspensos até apresentar o documento.
Resposta: A
130) (FGV/2022/MP-SC/AUXILIAR: MINISTÉRIO PÚBLICO)
O promotor de Justiça João exerce a função de consultor
jurídico da Procuradoria-Geral de Justiça do Ministério Público do Estado
Beta. Instado pelo procurador-geral de Justiça, João emitiu parecer sobre
a viabilidade jurídica da celebração de um termo de cooperação
técnica a ser firmado com o Tribunal de Contas doEstado Beta. Consoante ensina a doutrina de Direito Administrativo, em
especial em matéria de classificação do ato administrativo quanto ao
critério dos efeitos, o parecer subscrito por João tem natureza
de ato administrativo:
a) constitutivo, que se caracteriza por uma opinião jurídica, que
tem o condão de produzir efeitos jurídicos;
b) declaratório, que se caracteriza por declarar o entendimento jurídico
da consultoria, modificando ou extinguindo direitos;
c) vinculado, que se caracteriza por impedir a celebração do
instrumento, caso o parecer indique alguma ilegalidade;
d) enunciativo, que se caracteriza por um juízo de valor,
dependendo, ainda, de outros atos de caráter decisório;
e) discricionário, que se caracteriza por mera opinião do consultor,
Questões da Banca FGV
levando em conta critérios de oportunidade e conveniência e com
caráter vinculante.
Resposta: D
131) (FGV/2022/MP-SC/AUXILIAR: MINISTÉRIO PÚBLICO)
Em junho de 2022, o Ministério Público do Estado Gama
pretende realizar a contratação de determinados serviços que só podem
ser fornecidos por representante comercial exclusivo. De acordo com a
Lei nº 14.133/2021, a mencionada contratação:
a) deverá ocorrer mediante prévia e imprescindível licitação, cuja modalidade
será escolhida de acordo com o valor estimado do contrato;
b) deverá ocorrer mediante prévia e imprescindível licitação, cuja modalidade
será o diálogo competitivo,
c) deverá ocorrer mediante prévia e imprescindível licitação, cuja modalidade
será escolhida de acordo com as peculiaridades do objeto da
licitação, conforme estabelecido no edital do certame;
d) ocorrerá por dispensa de licitação, e o Ministério Público
deverá demonstrar a inviabilidade de competição mediante atestado de exclusividade,
contrato de exclusividade, declaração do fabricante ou outro documento idôneo
capaz de comprovar que o objeto é prestado por representante
comercial exclusivo, vedada a preferência por marca específica;
e) ocorrerá por inexigibilidade de licitação, e o Ministério Público
deverá demonstrar a inviabilidade de competição mediante atestado de exclusividade,
contrato de exclusividade, declaração do fabricante ou outro documento idôneo
capaz de comprovar que o objeto é prestado por representante
comercial exclusivo, vedada a preferência por marca específica.
Resposta: E
132) (FGV/2022/MP-SC/AUXILIAR: MINISTÉRIO PÚBLICO)
Joana, ocupante do cargo de auxiliar administrativo do Ministério Público
do Estado Alfa, durante atendimento no balcão da Secretaria da
Promotoria onde está lotada, recebeu do cidadão José uma representação
Questões da Banca FGV
escrita, narrando graves fatos ilícitos que ensejariam a atuação do
Ministério Público, que o noticiante imputava a determinada sociedade empresária.
Tendo em vista que o sócio administrador da referida sociedade
é irmão de Joana, a servidora resolveu não dar andamento
à notícia e rasgou o documento escrito trazido por José.
Diante da não atuação do Ministério Público no caso, exclusivamente
em razão da conduta de Joana, José sofreu comprovados danos
materiais. Inconformado com a conduta da servidora e a omissão
do parquet, José ajuizou ação indenizatória em face:
a) de Joana, por sua responsabilidade civil objetiva, de maneira
que não será necessária a comprovação de ter agido a
servidora com dolo ou culpa;
b) do Ministério Público do Estado Alfa, por sua responsabilidade
civil objetiva, de maneira que não será necessária a comprovação
de ter agido Joana com dolo ou culpa;
c) do Estado Alfa, por sua responsabilidade civil objetiva, de
maneira que não será necessária a comprovação de ter agido
Joana com dolo ou culpa;
d) do Ministério Público do Estado Alfa, por sua responsabilidade
civil subjetiva, de maneira que será necessária a comprovação de
ter agido Joana com dolo ou culpa;
e) do Ministério Público do Estado Alfa, por sua responsabilidade
civil objetiva, de maneira que não será necessária a comprovação
de ter do Estado Alfa, por sua responsabilidade civil subjetiva,
de maneira que será necessária a comprovação de ter agido
Joana com dolo ou culpa.
Resposta: C
133) (FGV/2022/MP-SC/AUXILIAR: MINISTÉRIO PÚBLICO)
Por meio de sua Súmula 615, o Superior Tribunal de
Justiça firmou entendimento no sentido de que não pode ocorrer
ou permanecer a inscrição do município em cadastros restritivos fundada
em irregularidades na gestão anterior quando, na gestão sucessora, são
tomadas as providências cabíveis à reparação dos danos eventualmente cometidos.
Trata-se de jurisprudência afeta ao princípio da Administração Pública da:
a) moralidade administrativa;
Questões da Banca FGV
b) progressividade subjetiva da gestão pública;
c) atualidade dos serviços públicos;
d) continuidade objetiva da gestão pública;
e) intranscendência subjetiva das sanções.
Resposta: E
134) (FGV/2022/MP-SC/AUXILIAR: MINISTÉRIO PÚBLICO)
José, auxiliar administrativo do Ministério Público do Estado Alfa, exerce
a função de gerente de pagamento no Departamento de Recursos
Humanos. No exercício de suas funções, José praticou ato administrativo
dentro de sua esfera de competência, mas afastando-se do interesse
público, eis que a real motivação do ato foi retaliar
João, igualmente servidor público do Ministério Público, e seu antigo
desafeto. No caso em tela, de acordo com o que
ensina a doutrina de Direito Administrativo, José agiu:
a) ilicitamente, com abuso de poder, na modalidade excesso de
poder, eis que atuou fora dos limites de sua capacidade;
b) ilicitamente, com abuso de poder, na modalidade desvio de
poder, eis que se afastou da finalidade pública;
c) licitamente, com regular emprego do poder discricionário, eis que
o ato não precisa ser motivado e a análise do
mérito administrativo cabe apenas ao agente;
d) licitamente, com regular emprego do poder vinculado, eis que
o ato não precisa ser motivado e a análise do
mérito administrativo cabe apenas ao agente e aos seus superiores;
e) licitamente, com regular emprego do poder discricionário, eis que
a análise do mérito administrativo cabe apenas ao agente e
ao procurador-geral de Justiça.
Resposta: B
135) (FGV/2022/MP-SC/AUXILIAR: MINISTÉRIO PÚBLICO)
O Ministério Público do Estado Alfa celebrou contrato administrativo com
Questões da Banca FGV
a sociedade empresária Beta, para aquisição de notebooks funcionais para
os seus membros. Ocorre que a contratada não cumpriu o
que constou no edital de licitação e no respectivo contrato,
haja vista que forneceu computadores com menos capacidade de memória
e sem outras funcionalidades. Diante do ilícito praticado, o Ministério
Público do Estado Alfa tomou diversas providências, entre elas a
aplicação de sanção administrativa prevista em lei, após regular processo
administrativo. De acordo com a doutrina de Direito Administrativo, a
aplicação da mencionada sanção foi embasada diretamente no poder administrativo:
a) de polícia, diante da prévia relação contratual existente;
b) disciplinar, diante da prévia relação contratual existente;
c) discricionário, independentemente da prévia relação contratual existente;
d) normativo, diante da supremacia do contratante sobre o contratado,
que representa o poder público;
e) hierárquico, diante da supremacia do contratante sobre o contratado,
que representa o poder público.
Resposta: B
136) (FGV/2022/OAB/XXXIV/EXAME DE ORDEM UNIFICADO)
Márcio é policial militar do Estado Ômega e, ao longo
de suas férias, em movimentada praia no litoral do Estado
Alfa, durante festa em que se encontrava à paisana, envolveu-se
em uma briga, durante a qual sacou a arma da
corporação, que sempre portava, e desferiu tiros contra Bernardo, que
veio a óbito imediato. Mirtes, mãe de Bernardo, pretende ajuizar
ação indenizatória em decorrência de tal evento. Sobre a situação
narrada, assinale a afirmativa correta.
a) A ação indenizatória não poderá ser ajuizada em face
do Estado Ômega, na medida em que o fato ocorreu
no território do Estado Alfa.
b) A ação deverá ser ajuizada em face da União,
que é competente para promover a segurançapública.
c) Há legitimidade passiva do Estado Ômega, considerando que Márcio
tinha a posse de uma arma da corporação, em decorrência
da qualidade de agente público.
d) O Estado Ômega deve responder civilmente pela conduta de
Questões da Banca FGV
Márcio, já que o ordenamento jurídico pátrio adotou a teoria
do risco integral.
Resposta: C
137) (FGV/2022/OAB/XXXIV/EXAME DE ORDEM UNIFICADO)
Com vistas a atender a relevante interesse social e coletivo,
o Estado Alfa decidiu criar uma sociedade de economia mista
para o desempenho de atividade econômica de sua competência. Após
os devidos trâmites para a criação de tal pessoa jurídica,
designada de Empreendere, verificou-se a necessidade da contratação de pessoal
para que a entidade administrativa pudesse desempenhar suas atividades.Considerando a
situação delimitada, assinale a afirmativa correta.
a) Por desempenhar atividade econômica, não há necessidade de Empreendere
realizar concurso público para a contratação de pessoal.
b) Por se tratar de pessoa jurídica de direito privado,
a criação de Empreendere não depende de autorização legislativa.
c) O regime de pessoal a ser adotado por Empreendere
será o de emprego público, ou seja, o regime celetista.
d)Empreendere é uma pessoa jurídica de direito público, cuja criação
decorre diretamente da lei, independentemente do registro dos atos constitutivos.
Resposta: C
138) (FGV/2022/OAB/XXXIV/EXAME DE ORDEM UNIFICADO)
O Parque de Diversões Alegrias ABC obteve legalmente autorização do
Município Alfa para uso de bem público, de maneira a
montar suas instalações e exercer suas atividades em determinada praça
pública, pelo período de três meses. Um mês após a
edição do ato de autorização de uso, sobreveio legislação municipal,
alterando o plano diretor da cidade, tornando aquela área residencial
e proibindo expressamente sua autorização de uso para fins recreativos,
como a instalação de parques de diversão. No caso em
tela, houve extinção do ato administrativo de autorização de uso
Questões da Banca FGV
inicialmente válido por meio da
a) cassação, devendo a autoridade municipal que emitiu o ato
revogá-lo expressamente para o fiel cumprimento da lei e o
Parque de Diversões Alegrias ABC não tem direito à indenização.
b) caducidade, por força de ilegalidade superveniente causada pela
alteração legislativa, sem culpa do beneficiário do ato Parque de
Diversões Alegrias ABC.
c) anulação, que ocorre de forma tácita, em razão de
fato do príncipe superveniente, consistente na alteração do plano
diretor da cidade, com direito de indenização ao Parque de Diversões
Alegrias ABC.
d) contraposição, por força de ilegalidade superveniente decorrente da nova
lei municipal editada, devendo ser perquirida eventual culpa do Parque
de Diversões Alegrias ABC.
Resposta: B
139) (FGV/2022/OAB/XXXIV/EXAME DE ORDEM UNIFICADO)
Carlos, conhecido advogado de notório saber jurídico e de reputação
ilibada, com 30 (trinta) anos de efetiva atividade profissional, acabade
ser nomeado Desembargador junto ao Tribunal de Justiça do Estado
Alfa. Em razão da natureza do cargo que passará a
ocupar e do grau de responsabilidade de suas novas funções,
Carlos gozará da prerrogativa da vitaliciedade, que garante que a
perda de seu cargo apenas pode ocorrer mediante sentença judicial
transitada em julgado. A vitaliciedade no cargo do Carlos será
adquirida
a) imediatamente, no momento de sua posse e exercício, não
sendo necessária a observância de qualquer prazo ou a prática
de qualquer ato administrativo específico.
b) após 2 (dois) anos de efetivo exercício, período no
qual desempenhará estágio probatório supervisionado pelo Tribunal de Justiça estadual.
c) após 3 (três) anos de efetivo exercício, durante os
quais cumprirá estágio probatório supervisionado, em conjunto, pela seccional da
Ordem dos Advogados do Brasil e pelo Tribunal de Justiça
estadual.
d) no prazo de 30 (trinta) dias após sua posse,
Questões da Banca FGV
por meio de ato administrativo complexo a ser praticado pela
seccional da Ordem dos Advogados do Brasil e pelo Tribunal
de Justiça estadual.
Resposta: A
140) (FGV/2022/OAB/XXXIV/EXAME DE ORDEM UNIFICADO)
Em determinado hospital municipal ocorreu grave incêndio, iniciado por pane
elétrica no sistema de refrigeração. Todos os pacientes foram imediatamente
retirados do hospital e, diante do iminente perigo público, a
autoridade competente determinou que, até que fosse providenciada a remoção
dos pacientes para outras unidades de saúde, os enfermos fossem
abrigados no pátio de uma grande escola particular situada em
frente ao nosocômio. Buscando obter informações sobre seu eventual direito
à indenização, o proprietário da escola particular procurou você, como
advogado(a), para obter a orientação jurídica correta. Segundo sua orientação,
no caso em tela, o agente público fez uso da
a) ocupação administrativa temporária, e o proprietário da escola particular
não faz jus à indenização, em razão da supremacia do
interese público.
b) limitação administrativa, que assegura ao proprietário da escola particular
o direito à indenização imediata e ao poder público o
direito de preempção.
c) servidão administrativa, que assegura ao proprietário da escola particular
o direito à prévia indenização, em razão do uso temporário
de seu bem imóvel.
d) requisição administrativa, que assegura ao proprietário da escola particular
o direito à indenização ulterior, caso haja dano.
Resposta: D
141) (FGV/2022/PC-AM/DELEGADO DE POLÍCIA)
Em janeiro de 2022, o policial civil João, do Estado
Alfa, de forma dolosa, a fim de obter proveito ou
Questões da Banca FGV
benefício indevido para outra pessoa, revelou fato de que tinha
ciência em razão das suas atribuições e que devia permanecer
em segredo, propiciando beneficiamento a terceiro por informação
privilegiada. Consoante dispõe a Lei de Improbidade Administrativa
(com as alterações introduzidas pela Lei nº 14.230/21), João praticou
ato de improbidade administrativa que atentou contra os princípios
da Administração Pública (Art. 11 da Lei nº 8.429/92) e, no bojo de
ação civil pública por ato de improbidade administrativa, o policial
a) não está sujeito a perda da função pública, por
ausência de previsão legal.
b) está sujeito a perda da função pública, que atinge
qualquer vínculo existente entre o agente público e o poder
público no momento do trânsito em julgado da sentença.
c) está sujeito a perda da função pública, que atinge
qualquer vínculo existente entre o agente público e o poder
público no momento em que for prolatada a sentença.
d) está sujeito a perda da função pública, que atinge
apenas o vínculo de mesma qualidade e natureza que o
agente público detinha com o poder público na época do
cometimento da infração.
e) está sujeito à perda da função pública, que atinge
apenas o vínculo de mesma qualidade e natureza que o
agente público detinha com o poder público na época do
cometimento da infração, podendo o magistrado, em caráter
excepcional, estendê-la aos demais vínculos, consideradas
as circunstâncias do caso e a gravidade da infração.
Resposta: A
142) (FGV/2022/PC-AM/DELEGADO DE POLÍCIA)
O Estado Beta editou lei estadual prevendo que a remuneração
do grau máximo da carreira de Delegado de Polícia Civil
estadual corresponderá a 90,25% (noventa inteiros e vinte e cinco
centésimos por cento) da remuneração dos Ministros do Supremo Tribunal
Federal, escalonados conforme as respectivas classes, sendo a diferença entre
uma e outra de 5% (cinco por cento).Consoante jurisprudência do
Supremo Tribunal Federal sobre o tema, a citada lei é
Questões da Banca FGV
a) inconstitucional, porque deveria ter observado limite constitucional de 95%
(noventa e cinco por cento) do subsídio mensal, em espécie,
dos Ministros do Supremo Tribunal Federal.
b) inconstitucional, porque deveria ter observado limite constitucional de 95%
(noventa e cinco por cento) incidente sobre o subsídio mensal,
em espécie, dos Deputados Estaduais.
c) inconstitucional, porque vincula ou referencia espécies remuneratóriasdevidas a
cargos e carreiras distintos, especialmente quando pretende a vinculação entre
servidores de Poderes e níveis federativos diferentes.
d) constitucional, desde que haja uma norma na Constituição Estadual
que não conflite com o percentual indicado na lei estadual
editada, devendo prevalecer o maior percentual legal.
e) constitucional, desde que tenha sido observada a iniciativa legislativa
do Governador do Estado, com a prévia e indispensável concordância
do Delegado-Geral de Polícia Civil estadual.
Resposta: C
143) (FGV/2022/PC-AM/DELEGADO DE POLÍCIA)
Em fevereiro de 2022, a Polícia Civil do Estado Gama
pretende realizar locação de imóvel para servir de depósito para
bens que já foram periciados e aguardam determinação judicial quanto
à sua destinação.Não se tratando de imóvel cujas características de
instalações e de localização tornem necessária sua escolha, e levando
em conta que será adotado o regime jurídico da nova
Lei de Licitações (Lei nº 14.133/21), é correto afirmar que
a contratação em tela deverá
a) ocorrer mediante inexigibilidade de licitação, por expressa previsão legal.
b) ocorrer mediante dispensa de licitação, por expressa previsão legal.
c) ser precedida de licitação na modalidade leilão, de prévias
avaliação do bem e autorização legislativa.
d) ser precedida de licitação e avaliação prévia do bem,
do seu estado de conservação, dos custos de adaptações e
do prazo de amortização dos investimentos necessários.
e) ser precedida de licitação na modalidade concorrência e dependerá
de autorização legislativa e de avaliação prévia do bem, observado
o princípio da economicidade.
Questões da Banca FGV
Resposta: D
144) (FGV/2022/PC-RJ/AUXILIAR DE NECROPSIA)
A auxiliar de necropsia da Polícia Civil do Estado do
Rio de Janeiro Maria está lotada em Posto Regional de
Polícia Técnica e Científica do interior do Estado. Durante a
madrugada, Maria, única policial de plantão, recepcionou de policiais militares
um cadáver feminino para fins de perícia. Para adiantar o
trabalho, mesmo não havendo naquele momento qualquer perito no órgão,
Maria fez o exame pericial, além de ter emitido e
assinado sozinha o auto de exame cadavérico (AEC), agindo em
sentido contrário ao que dispõem as normas aplicáveis às atribuições
de seu cargo. Pelos fatos narrados, percebe-se que a perícia
feita por Maria é inválida, por vício no elemento do
ato administrativo da:
a) finalidade;
b) competência;
c) motivo;
d) objeto;
e) motivação.
Resposta: B
145) (FGV/2022/PC-RJ/AUXILIAR DE NECROPSIA)
João é auxiliar de necropsia da Polícia Civil do Estado
Alfa e está lotado no Instituto Médico Legal. No exercício
de suas funções, João recebeu o cadáver de um homem
para limpeza e preparo para a autópsia. Ao abrir o
invólucro onde o corpo estava acondicionado, João imediatamente
reconheceu que o corpo era de seu vizinho José, seu desafeto de
longa data. Tendo em vista que João também se considera
inimigo de toda a família do agora falecido José e
com o objetivo de prejudicar os parentes de seu vizinho,
o policial resolveu atrasar ao máximo a autópsia do cadáver
e deixou o corpo em local impróprio, por prazo muito
superior ao previsto nas normas aplicáveis. Agindo da forma antes
narrada, João violou diretamente o princípio expresso da
Questões da Banca FGV
administração pública da:
a) autotutela, pois deve tratar todos os cidadãos com igualdade,
independentemente de serem seus amigos ou inimigos
b) moralidade, pois, como conhece a família do falecido, deveria
ter dado prioridade para a conclusão da perícia
c) impessoalidade, pois deve agir na busca do interesse da
coletividade, sem beneficiar nem prejudicar alguém em especial;
d) finalidade, pois deve conciliar seu interesse particular com o
público, de maneira a não prejudicar seus desafetos ou os
familiares destes;
e) continuidade, pois, como é inimigo do falecido e de
sua família, deveria ter pedido a um estagiário para prosseguir
com as atividades de preparo do corpo
Resposta: C
146) (FGV/2022/PC-RJ/INSPETOR DE POLÍCIA)
A Secretaria de Polícia Civil do Estado do Rio de
Janeiro (Sepol) deseja realizar a contratação de sociedade empresária para
a aquisição de computadores para propósitos específicos com sistema de
segurança de dados, a fim de serem utilizados em atividades
de planejamento e inteligência policial. O objeto contratual envolve inovação
tecnológica ou técnica; impossibilidade de a Sepol ter sua necessidade
satisfeita sem a adaptação de soluções disponíveis no mercado; e
impossibilidade de as especificações técnicas serem definidas com precisão suficiente
pela Sepol. Ademais, a Polícia Civil verificou a necessidade de
definir e identificar os meios e as alternativas que possam
satisfazer suas necessidades, com destaque para a solução técnica mais
adequada, os requisitos técnicos aptos a concretizar a solução já
definida e a estrutura jurídica ou financeira do contrato. Diante
das especificidades narradas, consoante dispõe a Lei nº 14.133/2021, a
contratação pretendida ocorrerá mediante:
a) inexigibilidade de licitação, por expressa previsão legal, e o
contratado deverá comprovar previamente que os preços estão em conformidade
com os praticados em contratações semelhantes de objetos de mesma
natureza
b) dispensa de licitação, por expressa previsão legal, e o
Questões da Banca FGV
contratado deverá comprovar previamente que os preços estão em conformidade
com os praticados em contratações semelhantes de objetos de mesma
natureza
c) prévia licitação, na modalidade diálogo competitivo, com o intuito
de desenvolver uma ou mais alternativas capazes de atender às
necessidades da Sepol, devendo os licitantes apresentar proposta final após
o encerramento dos diálogos
d) prévia licitação, na modalidade pregão, pois o objeto do
contrato possui padrões de desempenho e qualidade que podem e
devem ser objetivamente definidos pelo edital, por meio de especificações
usuais de mercado
e) prévia licitação, na modalidade leilão, que exigirá registro cadastral
prévio, não terá fase de habilitação e deverá ser homologada
assim que concluída a fase de lances, superada a fase
recursal
Resposta: C
147) (FGV/2022/PC-RJ/INSPETOR DE POLÍCIA)
Antônio, delegado de polícia do Estado Gama, titular da Xª
DP, ao elaborar a escala de trabalho dos agentes policiais
lotados na Unidade de Polícia Judiciária sempre designava o inspetor
de polícia João para as sextas, sábados e domingos, dias
menos concorridos pelos servidores, haja vista que o inspetor é
seu antigo desafeto. Inconformado com a perseguição, e após não
obter êxito em pedido de reconsideração, João apresentou recurso administrativo
hierárquico previsto na norma de regência ao secretário estadual de
Polícia Civil, comprovando a retaliação praticada pelo delegado. No caso
em tela, o chefe institucional:
a) deve declarar a nulidade do ato do delegado Antônio,
por abuso de poder, na modalidade excesso de poder, pois
agiu com o intuito de perseguir seu subordinado
b) deve declarar a nulidade do ato do delegado Antônio,
por abuso de poder, na modalidade desvio de poder, por
vício no elemento finalidade do ato administrativo
c) deve declarar a nulidade do ato do delegado Antônio,
por abuso de poder, na modalidade excesso de poder, por
vício no elemento motivo do ato administrativo
Questões da Banca FGV
d) não deve declarar a nulidade do ato do delegado
Antônio, que agiu nos limites de seu poder discricionário, na
qualidade de chefe imediato de João
e) não deve declarar a nulidade do ato do delegado
Antônio, pois os elementos do ato administrativo não estão viciados,
de maneira que, apesar de imoral, a conduta não é
ilegal
Resposta: B
148) (FGV/2022/PC-RJ/INSPETOR DE POLÍCIA)
Em operação conjunta da Polícia Civil (representada por inspetores de
polícia, no combate a crimes contra as relações de consumo)
com o Município (representado por agentes de vigilância sanitária municipal
na repressão a atos infracionais), os agentes públicos constataram que
a padaria diligenciada estava repleta de ratos e expondo à
vendaprodutos impróprios para o consumo. Além das providências em
âmbito criminal adotadas pelos policiais, diante da urgência que se
impunha e com base em expressa previsão legal, os agentes
municipais interditaram a padaria. A citada interdição é um ato
administrativo com atributo da:
a) imperatividade, que é um meio de execução direta do
ato administrativo, mediante imprescindível e prévio controle jurisdicional,
admitido o contraditório diferido pelo particular interessado;
b) exigibilidade, que é um meio legítimo de coerção direta
do ato administrativo, assegurado o posterior controle jurisdicional e admitido
o contraditório imediato pelo particular interessado
c) tipicidade, que é um meio de coerção indireta do
ato administrativo que prescinde de prévio controle jurisdicional, admitido o
contraditório imediato pelo particular interessado
d) autoexecutoriedade, que é um meio de execução direta do
ato administrativo que prescinde de prévio controle jurisdicional, admitido o
contraditório diferido pelo particular interessado
e) presunção de legitimidade, que é um meio legítimo de
execução direta do ato administrativo, desde que assegurado o contraditório
imediato pelo particular interessado
Questões da Banca FGV
Resposta: D
149) (FGV/2022/PC-RJ/INSPETOR DE POLÍCIA)
Para enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional
no combate ao novo coronavírus, o Estado Alfa, regularmente, no
âmbito de sua competência, adotou a medida de quarentena, consistente
na restrição de atividades e separação de pessoas suspeitas de
contaminação das pessoas que não estavam doentes e de mercadorias
suspeitas de contaminação, de maneira a evitar a possível propagação
do coronavírus. A citada medida restritiva teve base em evidências
científicas e em análises sobre as informações estratégicas em saúde
feitas pelo comitê técnico estadual e foi limitada no tempo
e no espaço ao mínimo indispensável à promoção e à
preservação da saúde pública. No caso em tela, a quarentena
foi embasada no chamado poder administrativo:
a) de polícia, mediante imposição de restrições ao exercício de
liberdades individuais e ao direito de propriedade do particular, em
prol do interesse coletivo
b) de segurança pública, mediante imposição de restrições legais, cujo
descumprimento merece repressão na esfera administrativa e criminal pelos órgãos
de segurança pública
c) disciplinar, mediante o estabelecimento de normas sanitárias que regem
a vida em sociedade, com base na supremacia do interesse
público sobre o privado
d) hierárquico, mediante imposição de restrições por autoridades administrativas, que
condicionam liberdade e propriedade individual em prol do interesse público
e) regulamentar, mediante edição de normas concretas e específicas para
disciplinar situação urgente que demanda sacrifícios individuais em prol do
interesse coletivo
Resposta: A
150) (FGV/2022/PC-RJ/INSPETOR DE POLÍCIA)
O delegado de Polícia Civil do Estado Alfa Carlos acabou
de assumir a titularidade da Delegacia Especializada de Atendimento à
Infância e à Juventude. Com o objetivo de angariar a
simpatia dos agentes policiais lotados na Unidade de Polícia Judiciária,
Questões da Banca FGV
o delegado Carlos baixou ordem de serviço extinguindo o plantão
na delegacia e determinando que os casos de urgência fora
do expediente da DP fossem atendidos na delegacia comum mais
próxima. O Ministério Público ajuizou ação civil pública pleiteando o
retorno do plantão de 24 horas na Delegacia Especializada de
Atendimento à Infância e à Juventude, a fim de que
todos os menores apreendidos em flagrante de ato infracional sejam
ouvidos e atendidos na referida instituição, impedindo que sejam colocados
em ambiente carcerário constituído para imputáveis, em concomitância com presos
maiores. Além da comprovação de que normas constitucionais e convencionais
foram violadas, o Ministério Público ressaltou que o Estatuto da
Criança e do Adolescente dispõe que havendo repartição policial especializada
para atendimento de adolescente e em se tratando de ato
infracional praticado em coautoria com maior, prevalecerá a atribuição da
repartição especializada, que, após as providências necessárias e conforme o
caso, encaminhará o adulto à repartição policial própria. De acordo
com jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, a pretensão ministerial:
a) não merece prosperar, porque ação civil pública não é
a medida judicial adequada para o caso, sob pena de
violação ao princípio da separação dos poderes
b) não merece prosperar, porque o Ministério Público não ostenta
legitimidade para ajuizar ação civil pública em favor de adolescentes
infratores, e sim apresentar representação em face deles
c) não merece prosperar, porque o delegado agiu nos limites
de sua discricionariedade administrativa, observados seus critérios de
conveniência e oportunidade, e o Poder Judiciário não pode se imiscuir no
mérito administrativo
d) merece prosperar, pois, via de regra, o Poder Judiciário,
quando provocado em tema de políticas públicas, deve analisar a
legalidade e o mérito administrativo de atos administrativos
e) merece prosperar, pois o ato do delegado praticado com
suporte no poder discricionário é contrário ao ordenamento jurídico, razão
pela qual é legítima a intervenção do Poder Judiciário.
Resposta: E
151) (FGV/2022/PC-RJ/INSPETOR DE POLÍCIA)
No Estado Delta, a Delegacia de Roubos e Furtos de
Questões da Banca FGV
Automóveis e de Cargas (DRFAC) tinha atribuição para investigar os
crimes que a denominavam. Diante do aumento nas estatísticas de
crimes patrimoniais de automóveis e cargas na área circunscricional daquela
Unidade de Polícia Judiciária, a autoridade competente desmembrou regularmente as
atividades da então DRFAC, de maneira que atualmente existem duas
delegacias distintas especializadas: a Delegacia de Roubos e Furtos de
Automóveis (DRFA) e a Delegacia de Roubos e Furtos de
Cargas (DRFC). De acordo com a doutrina de Direito Administrativo,
a providência adotada pelo Estado Delta denomina-se:
a) descentralização funcional, consistente na repartição externa de competência entre
órgãos distintos do Estado Delta
b) delegação funcional, mediante divisão externa de competência entre órgãos
distintos do Estado Delta
c) outorga administrativa, mediante escalonamento especializado de competência entre delegacias
distintas
d) desconcentração administrativa, consistente em distribuição interna de competências
e) descentralização administrativa, mediante especialização interna no âmbito de uma
mesma pessoa jurídica
Resposta: D
152) (FGV/2022/PC-RJ/INSPETOR DE POLÍCIA)
O Sindicato dos Policiais Civis do Estado Gama convocou assembleia
extraordinária para discussão e deliberação sobre início de greve da
categoria, diante da falta de recomposição salarial dos policiais. Iniciada
a reunião, o presidente do sindicato informou aos policiais que
a Constituição da República de 1988 assegura o direito de
greve aos servidores públicos. O inspetor de polícia Jorge, líder
nato da categoria e especialista em direitos dos servidores públicos,
pediu a palavra e expôs a seus colegas que, no
caso concreto, o Supremo Tribunal Federal tem jurisprudência no sentido
de que o exercício de greve pela Polícia Civil é:
a) lícito, diante da previsão constitucional, mas é imprescindível que
ao menos 30% da categoria continue trabalhando, pelo princípio da
continuidade do serviço público
b) lícito, mas a Administração deve proceder ao desconto dos
dias de paralisação, salvo se tiver ocorrido conduta ilícita do
Questões da Banca FGV
poder público, permitida a compensação em caso de acordo
c) ilícito, pois a Constituição da República de 1988, apesar
de prever genericamente o direito de greve aos servidores, expressamente
veda tal direito aos policiais miliares e civis
d) ilícito, pois a Constituição da República de 1988 expressamente
veda o direito de greve a todos os servidores públicos
da área da segurança pública e da saúde, por serem
serviços essenciais
e) ilícito, pois há prevalênciado interesse público e social
na manutenção da segurança interna, da ordem pública e da
paz social sobre o interesse individual da categoria
Resposta: E
153) (FGV/2022/PC-RJ/INVESTIGADOR POLICIAL)
O Município Alfa recebeu representação informando que José estava ocupando
determinada calçada com um trailer do tipo food truck, sem
prévio consentimento do poder público. Os agentes públicos municipais de
posturas, ao realizarem diligência formal no local, verificaram a veracidade
do que foi noticiado e constataram, ainda, que o trailer
estava obstruindo a passagem dos pedestres pela calçada, os obrigando
a passar pela via pública, com risco de serem atropelados.
Após a negativa de José de retirar seu trailer do
local, os agentes municipais, com base em lei, o fizeram
diretamente. De acordo com a doutrina de Direito Administrativo, o
poder administrativo que embasou a providência adotada pelos agentes municipais
é o poder:
a) de polícia
b) de gestão
c) disciplinar;
d) hierárquico;
e) sanitário.
Resposta: A
Questões da Banca FGV
154) (FGV/2022/PC-RJ/INVESTIGADOR POLICIAL)
João, motorista do Município Alfa, durante o horário de expediente,
utilizando o veículo da repartição e no pleno exercício de
suas funções, atropelou uma pessoa, causando-lhe lesões. O procurador do
Município, ao tomar conhecimento dos fatos, disse, corretamente, que:
a) o Município Alfa, observados os demais requisitos, poderia responder
pelo dano, ainda que não provada a culpa de João
b) tanto o Município Alfa como João são responsáveis, desde
que provada a culpa deste último
c) apenas João poderia ser responsabilizado, ainda que não provada
a sua culpa
d) o Município Alfa responderia pelo dano, desde que provado
o dolo de João
e) apenas João poderia ser responsabilizado, desde que provada a
sua culpa
Resposta: A
155) (FGV/2022/PC-RJ/INVESTIGADOR POLICIAL)
Em matéria de ato administrativo, competência administrativa pode ser definida
como a atribuição normativa da legitimação para a prática de
um ato administrativo. De acordo com a doutrina de Direito
Administrativo, são características da competência administrativa:
a) imprescritível, improrrogável e irrenunciável
b) indelegável, irrenunciável e prorrogável
c) indisponível, indelegável e renunciável
d) imprescritível, prorrogável e renunciável
e) indelegável, prorrogável e imprescritível
Resposta: A
156) (FGV/2022/PC-RJ/INVESTIGADOR POLICIAL)
Rodrigo é servidor público estável ocupante do cargo de investigador
Questões da Banca FGV
policial da Polícia Civil do Estado Alfa. De acordo com
o texto da Constituição da República de 1988, Rodrigo apenas
poderá perder o cargo em algumas hipóteses, como, por exemplo:
a) em virtude de sentença judicial confirmada em segunda instância,
ainda que não transitada em julgado, assegurados o contraditório e
a ampla defesa
b) mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma
de lei complementar, assegurada a ampla defesa
c) em virtude de sentença judicial, independentemente de confirmação pela
segunda instância ou do trânsito em julgado;
d) mediante sindicância administrativa disciplinar, iniciada por imputação
feita pelo Ministério Público, assegurada a ampla defesa desempenhada
pela Defensoria Pública ou advocacia privada
e) mediante processo administrativo disciplinar em que lhe seja assegurada
a ampla defesa, sendo que a falta de defesa técnica por advogado ofende a
Constituição da República de 1988 e gera nulidade absoluta e insanável
Resposta: B
157) (FGV/2022/PC-RJ/INVESTIGADOR POLICIAL)
O procedimento licitatório deve observar os princípios expressos e implícitos
da administração pública, assim como aqueles específicos previstos na Lei
de Licitações. Nesse contexto, de acordo com a Lei nº
14.133/2021, são exemplos de princípios aplicáveis de forma direta às
licitações o:
a) da continuidade e o do julgamento subjetivo
b) da vinculação ao edital e o da concentração de
funções
c) do julgamento subjetivo e o da vinculação ao edital;
d) da vinculação ao instrumento convocatório e o da ausência
de motivação;
e) da segregação de funções e o do desenvolvimento nacional
sustentável.
Questões da Banca FGV
Resposta: E
158) (FGV/2022/PC-RJ/INVESTIGADOR POLICIAL)
João, investigador policial da Polícia Civil do Estado Alfa, cumpria
diligência determinada por delegado de polícia no bojo de inquérito
policial que apura crime de associação para o tráfico de
drogas. Para tanto, João realizava o mapeamento de determinada rua,
quando, por descuido, deixou sua arma cair no chão, causando
um disparo que atingiu a perna de Maria, moradora da
comunidade. Após receber alta no hospital onde foi atendida, Maria
procurou a Defensoria Pública e ajuizou ação indenizatória em face:
a) de João, diretamente, com base em sua responsabilidade civil
objetiva, sendo desnecessária a comprovação de ter o policial agido
com culpa ou dolo
b) de João, diretamente, com base em sua responsabilidade civil
subjetiva e solidária, sendo necessária a comprovação de ter o
policial agido com culpa ou dolo
c) da Polícia Civil do Estado Alfa, com base em
sua responsabilidade civil objetiva, sendo desnecessária a comprovação de ter
agido João com culpa ou dolo
d) do Estado Alfa, com base em sua responsabilidade civil
objetiva, sendo desnecessária a comprovação de ter agido João com
culpa ou dolo
e) do Estado Alfa, com base em sua responsabilidade civil
subjetiva, sendo necessária a comprovação de ter agido João com
culpa ou dolo
Resposta: D
159) (FGV/2022/PC-RJ/INVESTIGADOR POLICIAL)
Em fevereiro de 2022, a Polícia Civil do Estado Alfa
instaurou processo administrativo com vistas à contratação de serviços técnicos
especializados de natureza predominantemente intelectual a serem prestados
por determinada sociedade empresária de notória especialização, para fins
de treinamento e aperfeiçoamento de seu pessoal, visando ao aprimoramento
funcional dos servidores na área de inteligência policial. Sabe-se que o valor
estimado da contratação é de R$ 800.000,00. De acordo com a nova Lei de
Questões da Banca FGV
Licitações (Lei nº 14.133/2021), a contratação em tela ocorrerá mediante:
a) dispensa de licitação, por expressa previsão legal
b) prévia licitação, na modalidade concorrência
c) inexigibilidade de licitação, por expressa previsão legal
d) prévia licitação, na modalidade pregão
e) prévia licitação, na modalidade diálogo competitivo
Resposta: C
160) (FGV/2022/PM-AM/OFICIAL DA POLÍCIA MILITAR)
No mês de janeiro de 2022, o Policial Militar João,
de forma dolosa, valendo-se de sua ascendência hierárquica sobre os
Policiais Militares José e Joaquim, utilizou, em obra particular consistente
na reforma de seu apartamento, o trabalho dos dois citados
PMs, durante o horário de expediente. No caso em tela,
consoante dispõe a Lei de Improbidade Administrativa (com as alterações
introduzidas pela Lei nº 14.230/21), o Policial Militar João
a) não praticou ato de improbidade administrativa, haja vista que
não houve efetivo prejuízo ou dano ao erário, mas deve
ser responsabilizado na esfera administrativa
b) não praticou ato de improbidade administrativa, haja vista que
não houve efetivo prejuízo ou dano ao erário, mas deve
ser responsabilizado nas esferas penal e administrativa
c) praticou ato de improbidade administrativa que causou prejuízo ao
erário e está sujeito, entre outras, às sanções de suspensão
dos direitos políticos até 8 (oito) anos e perda da
função pública
d) praticou ato de improbidade administrativa que importou enriquecimento ilícito
e está sujeito, entre outras, às sanções de suspensão dos
direitos políticos até 14 (catorze) anos e pagamento de multa
civil equivalente ao valor do acréscimo patrimonial
e) praticou ato de improbidade administrativa que atentou contra os
princípios da administração pública e está sujeito, entre outras, às
sanções de pagamento de multa civil de até 12 (doze)
vezes o valor da remuneração percebida pelo agente e perda
da função pública
Questões da Banca FGV
Resposta: D
161) (FGV/2022/PM-AM/OFICIAL DAPOLÍCIA MILITAR)
A Corregedoria-Geral do Sistema de Segurança Pública do Estado Alfa
recebeu denúncia anônima narrando, de forma circunstanciada e com detalhes,
que os Oficiais da Polícia Militar João e Maria estão
envolvidos em atos de corrupção, recebendo propina de determinada associação
para tráfico de drogas. No caso em tela, de acordo
com o entendimento do Superior Tribunal de Justiça, a instauração
de processo administrativo disciplinar (PAD) pelo órgão competente, com base
em denúncia anônima, é
a) proibida, haja vista que a Constituição da República expressamente
proíbe o anonimato para fins de início de processo administrativo sancionador.
b) proibida, haja vista que o denunciante tem a obrigação
legal de se identificar, inclusive para ser eventualmente responsabilizado em
caso de denunciação caluniosa
c) proibida, diante da presunção de legalidade e legitimidade dos
atos praticados por policiais militares, que só pode ser afastada
por PAD iniciado a partir de denúncia não apócrifa
d) permitida, desde que haja prévia decisão judicial autorizando o
início da investigação, diante do princípio da inafastabilidade do controle
jurisdicional
e) permitida, desde que devidamente motivada e com amparo em
investigação ou sindicância, diante do poder-dever de autotutela imposto à
Administração Pública
Resposta: E
162) (FGV/2022/PM-AM/OFICIAL DA POLÍCIA MILITAR)
A humanidade vem enfrentando situação de emergência de saúde pública
de importância internacional decorrente do novo coronavírus. Com base em
lei, autoridade estadual competente estabeleceu regularmente a medida do uso
obrigatório de máscaras de proteção individual em locais públicos, com
base em evidências científicas e em análises sobre as informações
estratégicas em saúde, limitada no tempo e no espaço ao
mínimo indispensável à promoção e à preservação da saúde pública.
De acordo com a doutrina de Direito Administrativo, o poder
Questões da Banca FGV
administrativo que diretamente embasou a citada medida é o poder
a) disciplinar, que permite a regulamentação da vida em sociedade,
com a fixação de sanções pelo descumprimento das normas
b) hierárquico, que permite a regulamentação da vida em sociedade,
mediante normas verticalmente impostas pelo poder público, em prol do
interesse público
c) de saúde pública, que permite limitar a liberdade individual,
em prol do interesse público, sob pena de cometimento de
crime de responsabilidade
d) de gestão, que permite a edição de atos normativos
de gestão para limitar a propriedade e liberdade individuais, em
prol do interesse da coletividade
e) de polícia, que permite a estipulação de restrições e
limitações ao exercício de liberdades individuais, em razão da supremacia
do interesse público
Resposta: E
163) (FGV/2022/PM-AM/OFICIAL DA POLÍCIA MILITAR)
Não obstante a frota das viaturas da Polícia Militar do
Estado Beta ser relativamente nova, dez veículos apresentam problemas mecânicos
que demandam conserto. Foi instaurado um processo administrativo, no bojo
do qual se constatou que será necessária a contratação de
serviços de manutenção de veículos automotores com valor estimado de
R$ 70.000,00 (setenta mil reais). No caso em tela, com
base na nova Lei de Licitações (Lei nº 14.133/21), a
Polícia Militar do Estado Beta
a) pode proceder à contratação mediante dispensa de licitação, por
expressa autorização legal
b) pode proceder à contratação mediante inexigibilidade de licitação, por
expressa autorização legal
c) deve proceder à contratação mediante prévia e indispensável licitação,
preferencialmente na modalidade pregão
d) deve proceder à contratação mediante prévia e indispensável licitação,
preferencialmente na modalidade convite
e) deve proceder à contratação mediante prévia e indispensável licitação,
preferencialmente na modalidade concorrência
Questões da Banca FGV
Resposta: A
164) (FGV/2022/PM-AM/OFICIAL DA POLÍCIA MILITAR)
O PM José, da Polícia Militar do Estado Alfa, e
sua equipe realizavam operação policial em determinada comunidade para reprimir
o tráfico de drogas e, durante troca de tiros com
criminosos, atingiu a perna da criança Maria, de 4 anos,
moradora da localidade. O laudo de confronto balístico tornou incontestável
o fato de que o projétil de arma de fogo
que lesionou a criança partiu do fuzil do Policial José.
A criança Maria, representada pelos seus pais, procurou a Defensoria
Pública e ajuizou ação indenizatória em face
a) de José, por sua responsabilidade civil direta e objetiva,
sendo desnecessária a comprovação de ter agido com dolo ou
culpa, com base na teoria do risco administrativo
b) do Estado Alfa, por sua responsabilidade civil subjetiva, sendo
necessária a comprovação de ter agido o PM José com
dolo ou culpa
c) da Polícia Militar do Estado Alfa, por sua responsabilidade
civil subjetiva, sendo necessária a comprovação de ter agido o
PM José com dolo ou culpa
d) do Estado Alfa, por sua responsabilidade civil objetiva, sendo
desnecessária a comprovação de ter agido o PM José com
dolo ou culpa, com base na teoria do risco administrativo
e) da Polícia Militar do Estado Alfa, por sua responsabilidade
civil objetiva, sendo desnecessária a comprovação de ter agido o
PM José com dolo ou culpa, com base na teoria
do risco administrativo
Resposta: D
165) (FGV/2022/SEFAZ-BA/AGENTE DE TRIBUTOS ESTADUAIS)
As agências reguladoras têm como características a autonomia funcional, decisória,
financeira e administrativa. Apesar das prerrogativas previstas em lei, elas
devem seguir algumas regras específicas. Assinale a opção que indica
uma dessas regras.
Questões da Banca FGV
a)A elaboração de plano estratégico bienal, em consonância com as
diretrizes decorrentes da subordinação hierárquica perante o ministério supervisor.
b)A contratação de dirigentes por meio de procedimento idôneo e
formal, respeitada arguição pública no Senado Federal, além de mandato
fixo destituível apenas por condenação judicial transitada em julgado.
c)A adoção de práticas de gestão de riscos e controles
internos, bem como elaboração de programa de integridade visando o
combate a fraudes e atos de corrupção.
d)A qualificação como agência reguladora recebida por ministro da justiça,
por ato vinculado, desde que apresentado plano de reestruturação e
desenvolvimento para a melhoria da gestão.
e)O estabelecimento de conselho fiscal e administração com composição paritária,
constituído por agentes públicos e membros da sociedade civil, vedada
remuneração.
Resposta: C
166) (FGV/2022/SEFAZ-BA/AGENTE DE TRIBUTOS ESTADUAIS)
Considere que o Estado X deseja realizar licitação, celebrada com
base na Lei nº 14.133/2021, para a contratação de obra de construção
de complexo voltado para eventos tradicionais, com grande potencial
turístico, visando evitar problemas de desordem urbana. Para a
realização da obra, o Estado opta pela utilização do regime
denominado contratação semi-integrada, na modalidade concorrência.
Informado sobre o procedimento licitatório, a sociedade empresária Y,
interessada na contratação, questiona sua assessoria jurídica acerca
das características desse regime de contratação.A assessoria jurídica
informou, corretamente, que
a)deve prever, obrigatoriamente, no edital, matriz de alocação de riscos,
que deverá estabelecer a responsabilidade de cada parte quanto aos
riscos do acordo.
b)deve prever, como atribuição do contratado, a elaboração de projeto
básico e executivo baseado no anteprojeto desenvolvido pela Administração Pública.
c)deve prever o sigilo do orçamento estimado da contratação, permitindo
o seu acesso aos órgãos de controle e ao vencedor
do processo apenas após a adjudicação do objeto.
d)não é permitido seu uso na situação apresentada, em função
da utilização da modalidade de concorrência escolhida.
Questões da Banca FGV
e)não é permitido seu uso na situação apresentada, em função
do objeto escolhido.
Resposta: A
167) (FGV/2022/SEFAZ-BA/AGENTE DE TRIBUTOS ESTADUAIS)
José, Prefeito do Município Alfa, em maio de 2022, de
forma dolosa, concedeu benefício fiscalsem a observância das formalidades
legais ou regulamentares aplicáveis à espécie. Agindo dessa forma, em
tese, José, de acordo com a atual redação da Lei
de Improbidade Administrativa,
a) não praticou ato de improbidade, diante da ausência de
expressa previsão legal, desde a edição originária da Lei de
Improbidade.
b) não praticou ato de improbidade, diante da revogação da
norma que definia a conduta narrada como ato típico de
improbidade.
c) praticou ato de improbidade, entre cujas sanções está a
suspensão dos direitos políticos por até 12 (doze) anos.
d) praticou ato de improbidade, entre cujas sanções está a
proibição de contratar com o poder público, pelo prazo não
superior a 4 (quatro) anos.
e) praticou ato de improbidade, entre cujas sanções está a
proibição de receber benefícios ou incentivos fiscais, direta ou indiretamente,
por prazo não superior a 14 (catorze) anos.
Resposta: C
168) (FGV/2022/SEFAZ-BA/AGENTE DE TRIBUTOS ESTADUAIS/ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS)
Em matéria de serviços públicos, de acordo com a Jurisprudência
do Supremo Tribunal Federal, caso o poder público queira delegar
sua execução para o delegado, é correto afirmar que o
implemento de transporte público coletivo
Questões da Banca FGV
a) pressupõe prévia licitação, salvo situações excepcionais, devidamente
comprovadas.
b) pressupõe prévia licitação, sempre na modalidade diálogo competitivo ou
leilão.
c) não pressupõe prévia licitação, exceto quando se tratar de
permissão.
d) não pressupõe prévia licitação, exceto quando se tratar de
contrato com prazo superior a 10 (dez) anos.
e) pressupõe prévia e imprescindível licitação, apenas quando se tratar
de contrato com prazo superior a 15 (quinze) anos.
Resposta: A
169) (FGV/2022/SSP-AM/TÉCNICO DE NÍVEL SUPERIOR)
De acordo com a doutrina de Direito Administrativo, uma Autarquia
estadual do Amazonas e uma Empresa Pública estadual do Amazonas
se enquadram, respectivamente, na chamada Administração
a) Direta (com personalidade jurídica de direito público) e Indireta
(com personalidade jurídica de direito público).
b) Indireta (com personalidade jurídica de direito público) e Indireta
(com personalidade jurídica de direito privado).
c) Indireta (com personalidade jurídica de direito privado) e Indireta
(com personalidade jurídica de direito privado).
d) Direta (com personalidade jurídica de direito público) e Indireta
(com personalidade jurídica de direito privado).
e) Indireta (com personalidade jurídica de direito público) e Indireta
(com personalidade jurídica de direito público).
Resposta: B
170) (FGV/2022/SSP-AM/TÉCNICO DE NÍVEL SUPERIOR)
Os policiais militares Antônio e João, do Estado Beta, no
exercício da função e de forma dolosa, receberam vantagem econômica
direta, consistente em propina no valor de trinta mil reais,
Questões da Banca FGV
para tolerar a prática de narcotráfico por determinada organização criminosa.
No caso em tela, de acordo com a Lei nº
8.429/92 (com alterações da Lei nº 14.230/21), Antônio e João
a) não praticaram ato de improbidade administrativa, pois não houve
efetivo prejuízo ao erário estadual, mas respondem nas esferas disciplinar
e criminal.
b) não praticaram ato de improbidade administrativa, até que sobrevenha
decisão judicial transitada em julgado em processo criminal reconhecendo a
prática do delito.
c) praticaram ato de improbidade administrativa que viola princípios da
administração pública e estão sujeitos, entre outras, à sanção de
cassação dos direitos políticos.
d) praticaram ato de improbidade administrativa que importa enriquecimento ilícito
e estão sujeitos, entre outras, à sanção de suspensão dos
direitos políticos até 14 (catorze) anos.
e) praticaram ato de improbidade administrativa que causa prejuízo ao
erário e estão sujeitos, entre outras, à sanção de pagamento
de multa civil de até o dobro do valor da
remuneração percebida pelos agentes.
Resposta: D
171) (FGV/2022/SSP-AM/TÉCNICO DE NÍVEL SUPERIOR)
José é servidor público ocupante do cargo efetivo de Técnico
de Nível Superior da Secretaria de Segurança Pública do Estado
Alfa e, no exercício da função, praticou ato ilícito que,
com nexo causal, causou danos materiais a Davi, usuário do
serviço público, inexistindo qualquer causa de exclusão da responsabilidade. No
caso em tela, eventual ação indenizatória deverá ser ajuizada por
Davi em face
a) da Secretaria de Segurança Pública do Estado Alfa, com
base em sua responsabilidade civil subjetiva, sendo necessário se comprovar
o elemento subjetivo na conduta do agente, que deverá responder
em ação regressiva, caso haja condenação da referida Secretaria e
João tenha agido com culpa ou dolo.
b) da Secretaria de Segurança Pública do Estado Alfa, com
base em sua responsabilidade civil objetiva, sendo desnecessário se comprovar
Questões da Banca FGV
o elemento subjetivo na conduta de João, que não está
sujeito à ação regressiva, pela teoria do risco administrativo.
c) de João, diretamente, com base em sua responsabilidade civil
subjetiva, sendo necessário se comprovar o elemento subjetivo em sua
conduta, e o Estado Alfa está sujeito à ação regressiva,
pela teoria do risco administrativo, caso João seja condenado.
d) do Estado Alfa, com base em sua responsabilidade civil
subjetiva, sendo necessário se comprovar o elemento subjetivo na conduta
de João, que não está sujeito à ação regressiva, pela
teoria do risco administrativo.
e) do Estado Alfa, com base em sua responsabilidade civil
objetiva, sendo desnecessário se comprovar o elemento subjetivo na conduta
de João, que deverá responder em ação regressiva, caso haja
condenação do referido Estado e o agente tenha agido com
culpa ou dolo.
Resposta: E
172) (FGV/2022/SSP-AM/TÉCNICO DE NÍVEL SUPERIOR)
O Secretário Estadual de Segurança Pública do Estado Alfa, no
regular exercício de suas funções legais, removeu João, servidor ocupante
do cargo efetivo de Técnico de Nível Superior, do departamento
A para o B, em ato publicado no diário oficial
do dia 10/01/22, com efeitos a contar do dia 1º/02/22.
Ocorre que, diante da aposentadoria voluntária de três servidores lotados
no departamento A na segunda quinzena de janeiro, o Secretário
considerou que não era mais oportuna e conveniente a remoção
de João para o departamento B, razão pela qual, no
dia 30/01/22, praticou novo ato administrativo, revogando seu anterior ato
de remoção e mantendo João lotado no departamento A. O
ato de revogação praticado pelo Secretário está baseado diretamente no
princípio da administração pública da
a) impessoalidade, pois levou em conta os atributos pessoais de
João para mantê-lo no departamento A.
b) autotutela, pois pode revogar seu anterior ato, de forma
discricionária, para atender ao interesse público.
c) publicidade, pois antes de surtirem os efeitos do ato
de remoção publicado no diário oficial, o Secretário declarou sua
Questões da Banca FGV
invalidade, por vício sanável.
d) motivação, pois os motivos do ato anterior de remoção
não são mais válidos, pela aplicação da teoria dos motivos
determinantes;
e) eficiência, pois a Administração Pública deve procurar praticar os
atos mais produtivos, prestigiando os órgãos com maior demanda e
a revogação praticada constitui um ato vinculado.
Resposta: B
173) (FGV/2022/SSP-AM/TÉCNICO DE NÍVEL SUPERIOR)
Em matéria de classificação dos bens públicos quanto à sua
destinação, é correto afirmar que o imóvel onde está sediada
a Secretaria Estadual de Segurança Pública do Estado Gama é
um bem
a) de uso comum do povo, pois todos os cidadãos
podem ser usuários do serviço público prestado.
b) de uso especial, porque é usado para prestação de
serviço público pela Administração com finalidade pública.
c) dominical, porque tem uma destinação pública específica dirigida a
toda coletividade.
d) afetado, porque não tem uma destinação pública específica, ficando
a cargo do Secretário estadual definir quais serviços serão prestados
pelos agentes lotados no órgão.
e) desafetado, porque tem uma destinação pública específica, ficando a
cargo do Secretário estaduallotar os servidores públicos em cada
setor do órgão.
Resposta: B
174) (FGV/2022/SSP-AM/TÉCNICO DE NÍVEL SUPERIOR)
O Estado Alfa pretende celebrar contrato administrativo que tem por
objeto coleta, processamento e comercialização de resíduos sólidos urbanos recicláveis
ou reutilizáveis, em áreas com sistema de coleta seletiva de
Questões da Banca FGV
lixo, realizados por associações ou cooperativas formadas exclusivamente de pessoas
físicas de baixa renda reconhecidas pelo poder público como catadores
de materiais recicláveis, com o uso de equipamentos compatíveis com
as normas técnicas, ambientais e de saúde pública. No caso
em tela, de acordo com a nova Lei de Licitações
(Lei nº 14.133/21), a contratação
a) poderá ser feita mediante inexigibilidade de licitação, por expressa
previsão legal.
b) deverá ser feita mediante prévia licitação, na modalidade pregão,
pela natureza dos serviços a serem contratados.
c) poderá ser feita mediante dispensa de licitação, por expressa
previsão legal.
d) deverá ser feita mediante prévia licitação, na modalidade diálogo
competitivo, pela natureza dos serviços a serem contratados.
e) deverá ser feita mediante prévia licitação, na modalidade concorrência,
pela natureza dos serviços a serem contratados.
Resposta: C
175) (FGV/2022/SSP-AM/TÉCNICO DE NÍVEL SUPERIOR)
A Secretaria de Segurança Pública do Estado Alfa deseja realizar
campanha de caráter informativo e de orientação social relacionada à
política pública de sua competência, mediante a instalação de outdoors
pelo Estado. De acordo com a Constituição da República, em
tese, a publicidade pretendida é
a) viável, mas dela não poderão constar nomes, símbolos ou
imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.
b) inviável, porque tal publicidade caracteriza promoção pessoal, ainda que
não haja referência a nomes, símbolos ou imagens de autoridades
ou servidores públicos.
c) inviável, porque tal publicidade caracteriza promoção pessoal e consequentemente
improbidade administrativa, independentemente do emprego de verba pública.
d) viável, e dela poderá constar nomes, símbolos ou imagens
que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos, desde
que não haja verba pública envolvida.
e) viável, e dela poderá constar nomes, símbolos ou imagens
que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos, desde
Questões da Banca FGV
que haja prévia autorização do chefe do Poder Executivo.
Resposta: A
176) (FGV/2022/TCU/AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO)
No mês de novembro de 2021, Joaquim, servidor público federal,
de forma dolosa, em razão de suas funções, utilizou, em
obra particular, consistente na reforma de sua cobertura, o trabalho
de empregados de sociedade empresária contratada pela União para prestar
serviços gerais de faxina no setor em que Joaquim está
lotado e exerce a função de supervisor. O fato foi
noticiado ao Ministério Público Federal (MPF), que ajuizou ação civil
pública por ato de improbidade administrativa em face de Joaquim.
Em paralelo e sem prejuízo à atuação do MPF, a
Administração Pública Federal instaurou processo administrativo disciplinar
(PAD) e, após sua regular tramitação, aplicou a Joaquim a pena disciplinar de
demissão, quando a ação de improbidade ainda estava em fase
de réplica, sendo certo que o feito judicial até hoje
ainda não foi sentenciado.Inconformado com a pena de demissão recebida,
Joaquim ajuizou ação judicial pleiteando a anulação de todo o
PAD, alegando três motivos: (i) o fato que lhe foi
atribuído não é punível com sanção de demissão, pois não
houve dano ao erário; (ii) os funcionários terceirizados não são
servidores públicos, razão por que não há que se falar
em improbidade administrativa; (iii) o PAD deve ser suspenso, por
questão prejudicial, no aguardo do trânsito em julgado da ação
civil pública ajuizada em seu desfavor. Consoante jurisprudência do Superior
Tribunal de Justiça, o Poder Judiciário deve julgar o pedido:
a) improcedente, pois Joaquim praticou ato de improbidade administrativa que
enseja a aplicação da sanção disciplinar de demissão pela autoridade
administrativa, independentemente de prévia condenação, por autoridade
judicial, à perda da função pública;
b) improcedente, pois, em matéria de sanções funcionais, não cabe
ao Poder Judiciário analisar a legalidade do PAD, sob pena
de se imiscuir no mérito administrativo e violar o princípio
da separação dos poderes;
c) parcialmente procedente, pois, não obstante os fatos apurados não
constituírem ato de improbidade administrativa, é necessário se aguardar o
Questões da Banca FGV
trânsito em julgado da ação de improbidade em curso, e
o prazo para instauração do novo PAD está interrompido;
d) parcialmente procedente, a fim de anular somente o último
ato administrativo praticado no PAD, qual seja, a aplicação da
sanção de demissão, que deve ser substituída pela sanção disciplinar
de suspensão por sessenta dias;
e) parcialmente procedente, a fim de anular somente o último
ato administrativo praticado no PAD, qual seja, a aplicação da
sanção de demissão, devendo o PAD ser suspenso até o
trânsito em julgado da ação de improbidade em curso, para
se evitar decisões contraditórias do poder público.
Resposta: A
177) (FGV/2022/TCU/AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO)
Em novembro de 2021, o Ministério do Meio Ambiente realizou
licitação para registro de preço para aquisição de quarenta carros.
Após a seleção da proposta vencedora e registrada a ata
no órgão licitante, o mencionado Ministério foi consultado pela
autarquia federal Alfa, que manifestou interesse em contratar o
licitante vencedor para a aquisição de dez carros, mediante sua
adesão à ata de registro de preços.O caso em tela trata da chamada:
a) licitação carona, em que é prescindível a anuência do
Ministério do Meio Ambiente, e o licitante vencedor da ata
de registro de preços está obrigado a celebrar o contrato
com a autarquia federal Alfa;
b) licitação carona, em que é imprescindível a anuência do
Ministério do Meio Ambiente, e o licitante vencedor da ata
de registro de preços não está obrigado a celebrar o
contrato com a autarquia federal Alfa;
c) fragmentação de licitação, em que é imprescindível a anuência
do Ministério do Meio Ambiente, e o licitante vencedor da
ata de registro de preços está obrigado a celebrar o
contrato com a autarquia federal Alfa;
d) fragmentação de licitação, em que é prescindível a anuência
do Ministério do Meio Ambiente, e a autarquia federal Alfa
deve realizar nova licitação, não podendo contratar licitante
para fornecimento do mesmo objeto com valor acima do registrado
Questões da Banca FGV
na ata a que aderiu;
e) licitação carona, em que é prescindível a anuência do
Ministério do Meio Ambiente, e a autarquia federal Alfa deve
realizar nova licitação, não podendo contratar licitante para
fornecimento do mesmo objeto com valor acima do registrado na
ata a que aderiu.
Resposta: B
178) (FGV/2022/TCU/AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO)
As agências reguladoras foram criadas a partir do Programa Nacional
de Desestatização, para fiscalizar, regular e normatizar a prestação de
serviços públicos transferidos à iniciativa privada, na forma da lei,
com intenção de reduzir gastos e buscar maior eficiência na
execução de tais atividades. Nesse contexto, no plano federal, imagine-se
a hipotética Agência Nacional Alfa, que, por ser uma agência
reguladora, de acordo com a legislação de regência, em matéria
de organização administrativa, se classifica como:
a) autarquia em regime especial, que é caracterizada pela ausência
de tutela ou de subordinação hierárquica, pela autonomia funcional, decisória,
administrativa e financeira e pela investidura a termo de seus
dirigentes e estabilidade durante os mandatos, sendo certo que seu
controle externo é exercido pelo Congresso Nacional, com auxílio do
Tribunal de Contas da União;
b) autarquia em regime especial, que é caracterizada pela existência
de tutela ou de subordinação hierárquica, pela autonomiafuncional, decisória
e administrativa, bem como pela vinculação orçamentária e financeira junto
à Administração direta, sendo certo que seu controle externo é
exercido por meio de supervisão ministerial, com auxílio do Tribunal
de Contas da União;
c) autarquia territorial nacional, que é caracterizada pela existência de
tutela ou de subordinação hierárquica, pela autonomia funcional, decisória e
administrativa, pela vinculação orçamentária e financeira junto à Administração direta,
sendo certo que seu controle externo é exercido por meio
de supervisão ministerial, com auxílio da ControladoriaGeral da União;
d) fundação pública de direito privado, que ostenta personalidade jurídica
de direito privado e executa atividades regulatórias de interesse social,
com tutela e subordinação hierárquica, autonomia funcional, decisória e administrativa,
Questões da Banca FGV
sendo certo que seu controle externo é exercido por meio
do Ministério Público Federal, mediante o velamento de fundações;
e) empresa estatal, que ostenta personalidade jurídica de direito privado
e executa atividades regulatórias de interesse social, com ausência de
tutela ou de subordinação hierárquica, possuindo autonomia funcional, decisória e
administrativa, sendo certo que seu controle externo é feito diretamente
pelos usuários do serviço e pela sociedade civil, mediante o
controle social, exercido com auxílio da Defensoria Pública da União.
Resposta: A
179) (FGV/2022/TJ-AP/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO)
Maria foi aprovada em concurso público para o cargo efetivo
de analista processual do Estado Delta e classificada em quinto
lugar. O edital do concurso ofereceu apenas quatro vagas, não
obstante houvesse dez cargos efetivos vagos. O resultado final do
concurso foi regularmente homologado e, durante o seu prazo de
validade, que não foi prorrogado e acaba na próxima semana,
o Estado Delta convocou e nomeou os quatro primeiros classificados.
Maria logrou obter informações e documentos que comprovam, de forma
cabal, que o Estado Delta recentemente nomeou, sem prévio concurso
público, para cargo em comissão, três pessoas para exercerem exatamente
as mesmas funções afetas ao cargo de analista processual, de
necessidade permanente para o Estado, sendo que, para desempenho da
mesma função, há ainda servidores temporários com prorrogações sucessivas de
seus contratos de trabalho. Assim, Maria impetrou mandado de segurança,
pleiteando sua convocação, nomeação e posse. Consoante a atual jurisprudência
do Supremo Tribunal Federal, a ordem deve ser:
a) denegada, pois apenas convertem a mera expectativa de direito
em direito subjetivo à nomeação os candidatos aprovados dentro do
número de vagas oferecidas no edital do concurso público
b) denegada, pois apenas possuem direito subjetivo à nomeação os
candidatos aprovados dentro do número de vagas e os que
forem preteridos pela administração pública por burla à ordem de
classificação
c) denegada, pois apenas possuem direito subjetivo à nomeação os
candidatos aprovados dentro do número de vagas e aqueles que
forem preteridos na ordem de classificação, bem como se houver
Questões da Banca FGV
abertura de novo concurso para o mesmo cargo, durante o
prazo de validade do certame anterior
d) concedida, pois Maria passou a ter direito subjetivo à
nomeação, na medida em que surgiram novas vagas durante o
prazo de validade do certame, o que gera automaticamente o
direito à nomeação dos candidatos aprovados fora das vagas previstas
no edital do concurso anterior;
e) concedida, pois Maria passou a ter direito subjetivo à
nomeação, na medida em que foi preterida de forma arbitrária
e imotivada por parte da administração pública, em comportamento expresso
que revela a inequívoca necessidade de sua nomeação.
Resposta: E
180) (FGV/2022/TJ-AP/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO)
A sociedade empresária Alfa exercia a venda de produtos alimentícios
em uma mercearia, com licença municipal específica para tal atividade.
No entanto, os proprietários do comércio também desenvolviam comercialização de
fogos de artifício, de forma absolutamente clandestina, pois sem a
autorização do poder público. Durante as inspeções ordinárias, o poder
público nunca encontrou indícios de venda de fogos de artifício,
tampouco o fato foi alguma vez noticiado à municipalidade. Certo
dia, grande explosão e incêndio ocorreram no comércio, causados pelos
fogos de artifício, que atingiram a casa de João, morador
vizinho à mercearia, que sofreu danos morais e materiais. João
ajuizou ação indenizatória em face do Município, alegando que incide
sua responsabilidade objetiva por omissão. No caso em tela, valendo-se
da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, o magistrado deve julgar:
a) procedente o pedido, pois se aplica a teoria do
risco administrativo, de maneira que não é necessária a demonstração
do dolo ou culpa do Município, sendo devida a indenização
b) procedente o pedido, pois, diante da omissão específica do
Município, aplica-se a teoria do dano in re ipsa, devendo
o poder público arcar com a indenização, desde que exista
nexo causal entre o incêndio e os danos sofridos por
João
c) procedente o pedido, diante da falha da Administração Municipal
na fiscalização de atividade de risco, qual seja, o estabelecimento
Questões da Banca FGV
destinado a comércio de fogos de artifício, incidindo a responsabilidade
civil objetiva
d) improcedente o pedido, pois, apesar de ser desnecessária a
demonstração de violação de um dever jurídico específico de agir
do Município, a responsabilidade civil originária é da sociedade empresária
Alfa, de maneira que o Município responde de forma subsidiária,
caso a responsável direta pelo dano seja insolvente
e) improcedente o pedido, pois, para que ficasse caracterizada a
responsabilidade civil do Município, seria necessária a violação de um
dever jurídico específico de agir, seja pela concessão de licença
para funcionamento sem as cautelas legais, seja pelo conhecimento do
poder público de eventuais irregularidades praticadas pelo particular, o que
não é o caso
Resposta: E
181) (FGV/2022/TJ-AP/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO)
A sociedade de economia mista Beta do Município X recebeu
formalmente, por meio de lei específica, delegação do poder de
polícia do Município para prestar serviço de policiamento do trânsito
na cidade, inclusive para aplicar multa aos infratores. Sabe-se que
a entidade Beta é uma empresa estatal municipal de capital
majoritariamente público, que presta exclusivamente serviço público de atuação própria
do poder público e em regime não concorrencial. Por entender
que o Município X não poderia delegar o poder de
polícia a pessoa jurídica de direito privado, o Ministério Público
ajuizou ação civil pública pleiteando a declaração de nulidade da
delegação e das multas aplicadas, assim como a assunção imediata
do serviço pelo Município. No caso em tela, de acordo
com a atual jurisprudência do Supremo Tribunal Federal em tema
de repercussão geral, a pretensão ministerial:
a) não deve ser acolhida, pois é constitucional a delegação
do poder de polícia na forma realizada, inclusive no que
concerne à sanção de polícia;
b) não deve ser acolhida, pois é constitucional a delegação
do poder de polícia a qualquer pessoa jurídica de direito
privado, desde que cumprido o único requisito que é a
prévia autorização legal;
Questões da Banca FGV
c) deve ser acolhida, pois é inconstitucional a delegação do
poder de polícia, em qualquer das fases de seu ciclo,
a pessoa jurídica de direito privado integrante da administração indireta;
d) deve ser acolhida parcialmente, pois é inconstitucional a delegação
do poder de polícia, nas fases de seu ciclo de
ordem de polícia e de sanção de polícia, a pessoa
jurídica de direito privado integrante da administração indireta
e) deve ser acolhida parcialmente, pois, apesar de ser constitucional
a delegação do poder de polícia para o serviço público
de fiscalização de trânsito, é inconstitucional tal delegação no que
concerne à aplicação de multa, que deve ser feita porpessoa jurídica de direito público
Resposta: A
182) (FGV/2022/TJ-AP/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO)
João, então prefeito do Município Alfa, em janeiro de 2012,
de forma culposa, permitiu a aquisição de bem por preço
superior ao de mercado, na medida em que firmou contrato
administrativo com a sociedade empresária Beta para compra de veículos
para a frota oficial do Município com sobrepreço de R$
100.000,00. O Ministério Público recebeu representação noticiando a ilegalidade em
junho de 2013, instaurou inquérito civil e somente concluiu a
investigação em setembro de 2021, confirmando que houve, de fato,
superfaturamento no valor indicado. João exerceu mandato eletivo como chefe
do Executivo municipal até 31/12/2012, haja vista que não foi
reeleito. No caso em tela, com base na jurisprudência do
Supremo Tribunal Federal, em setembro de 2021, a pretensão ministerial
de ressarcimento ao erário em face de João:
a) ainda não estava prescrita, pois o prazo começa a
contar a partir do término do mandato eletivo
b) ainda não estava prescrita, pois o ressarcimento ao erário
é imprescritível, em qualquer hipótese
c) já estava prescrita, pois se aplica o prazo de
três anos contados a partir do término do mandato eletivo
do agente público
d) já estava prescrita, pois não se trata de ato
de improbidade administrativa doloso, que ensejaria a imprescritibilidade do ressarcimento
Questões da Banca FGV
ao erário
e) ainda não estava prescrita, pois o ressarcimento ao erário
é imprescritível, desde que o ato ilícito também configure ato
de improbidade, culposo ou doloso
Resposta: D
183) (FGV/2022/TJ-AP/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO)
O Estado Alfa realizou o chamado, pela nova Lei de
Licitação (Lei nº 14.133/2021), procedimento de credenciamento, na medida em
que realizou um processo administrativo de chamamento público, convocando interessados
em prestar determinados serviços para que, preenchidos os requisitos necessários,
se credenciassem no órgão para executar o objeto quando convocados.
Cumpridas todas as formalidades legais, na presente hipótese, de acordo
com o citado diploma legal, em se tratando de caso
de objeto que deva ser contratado por meio de credenciamento,
a licitação é:
a) inexigível, por expressa previsão legal
b) dispensável, por expressa previsão legal;
c) obrigatória, na modalidade diálogo competitivo
d) obrigatória, na modalidade pregão
e) obrigatória, na modalidade leilão
Resposta: A
184) (FGV/2022/TJ-AP/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO)
João é proprietário de imóvel rural que engloba grande área
na cidade Alfa, interior do Estado. O imóvel de João,
sem seu conhecimento, foi invadido por terceiras pessoas que passaram
a cultivar plantas psicotrópicas (maconha) de forma ilícita. O Município
Alfa ajuizou ação perante a Justiça Estadual visando à desapropriação
confisco do imóvel de João. No caso em tela, de
acordo com o entendimento do Supremo Tribunal Federal, a expropriação
prevista no Art. 243 da Constituição da República de 1988:
Questões da Banca FGV
a) pode ser afastada, desde que o proprietário João comprove
que não incorreu em dolo ou culpa grave, pois possui
responsabilidade subjetiva, vedada a inversão do ônus da prova, mas
o Juízo deve extinguir o processo sem resolução do mérito
pela ilegitimidade ativa do Município Alfa, pois a ação deve
ser proposta pela União, na Justiça Federa
b) pode ser afastada, desde que o proprietário João comprove
que não incorreu em dolo ou culpa grave, pois possui
responsabilidade subjetiva, vedada a inversão do ônus da prova, mas
o Juízo deve extinguir o processo sem resolução do mérito
pela ilegitimidade ativa do Município Alfa, pois a ação deve
ser proposta pelo Estado
c) não pode ser afastada, pois João possui responsabilidade objetiva,
vedada a inversão do ônus da prova, e o Judiciário
deve julgar procedente o pedido de desapropriação confisco, de maneira
que o imóvel de João seja destinado à reforma agrária
e a programas de habitação popular, sem qualquer indenização ao
proprietário e sem prejuízo de outras sanções previstas em lei
d) pode ser afastada, desde que o proprietário João comprove
que não incorreu em culpa, ainda que in vigilando ou
in eligendo, pois possui responsabilidade subjetiva, com inversão do ônus
da prova, mas o Juízo deve extinguir o processo sem
resolução do mérito pela ilegitimidade ativa do Município Alfa, pois
a ação deve ser proposta pela União, na Justiça Federal;
e) não pode ser afastada, pois João possui responsabilidade objetiva,
admitida a inversão do ônus da prova, e o Judiciário
deve julgar procedente o pedido de desapropriação confisco, sendo que
todo e qualquer bem de valor econômico apreendido em decorrência
do tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins será confiscado
e reverterá a fundo especial com destinação específica, na forma
da lei.
Resposta: D
185) (FGV/2022/TJ-DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO/OFICIAL DE JUSTIÇA)
Em março de 2022, José, analista judiciário do Tribunal de
Justiça do Distrito Federal e dos Territórios, de forma dolosa,
no exercício da função, revelou fato de que tinha ciência
em razão das atribuições e que devia permanecer em segredo,
Questões da Banca FGV
propiciando beneficiamento por informação privilegiada e, ainda,
colocando em risco a segurança da sociedade e do Estado. De acordo com
a atual redação da Lei nº 8.429/1992, José praticou ato
de improbidade administrativa e, após o devido processo legal, está
sujeito às seguintes cominações, que podem ser aplicadas isolada ou
cumulativamente, de acordo com a gravidade do fato:
a)pagamento de multa civil de até 24 vezes o valor
da remuneração percebida pelo agente e proibição de contratar com
o poder público ou de receber benefícios ou incentivos fiscais
ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de
pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo não
superior a quatro anos;
b)perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de três
a cinco anos, pagamento de multa civil de até cem
vezes o valor da remuneração percebida pelo agente e proibição
de contratar com o poder público ou receber benefícios ou
incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por
intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo
prazo de cinco anos;
c)perda da função pública, pagamento de multa civil de até
24 vezes o valor da remuneração percebida pelo agente e
proibição de contratar com o poder público ou de receber
benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente,
ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio
majoritário, pelo prazo não superior a quatro anos;
d)perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, se
concorrer esta circunstância, perda da função pública, suspensão dos
direitos políticos até doze anos, pagamento de multa civil equivalente ao
valor do dano e proibição de contratar com o poder
público ou de receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios,
direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica
da qual seja sócio majoritário, pelo prazo não superior a
doze anos;
e)perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, se
concorrer esta circunstância, perda da função pública, suspensão dos
direitos políticos até catorze anos, pagamento de multa civil equivalente ao
valor do acréscimo patrimonial e proibição de contratar com o
poder público ou de receber benefícios ou incentivos fiscais ou
creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa
jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo não superior
a catorze anos.
Questões da Banca FGV
Resposta: A
186) (FGV/2022/TJ-MG/JUIZ)
Com relação à requisição administrativa de leitos, medicamentos e insumos,
feita pelo Poder Público, em razão de pandemia por COVID-19,
assinale a afirmativa correta
a)Constitui limitação constitucional à propriedade privada, através de ato de
império do Poder Público, bastando a demonstração da necessidade e
do perigo público iminente.
b)Na requisição administrativaserá garantida a indenização prévia do dano
ao particular.
c)Além do aspecto legal, o Poder Judiciário pode acrescentar outras
medidas políticas que entende cabíveis, a serem adotadas na requisição,
além daquelas estabelecidas pelo Executivo.
d)Não cabe ao Poder Judiciário a fixação do valor da
indenização, que deve ser estabelecida posteriormente ao ato de intervenção
na propriedade privada.
Resposta: A
187) (FGV/2022/TJ-MG/JUIZ)
Acerca do provimento de cargo efetivo, assinale a afirmativa correta.
a)A remoção de servidor público para cargo diverso, também efetivo,
configura provimento do novo cargo
b)A reestruturação de cargos, com extinção do cargo ocupado, acarreta
o provimento automático do novo cargo, ainda que com atribuições
diversas
c)A permanência no cargo efetivo por nomeação pode acarretar a
efetividade, por decurso do tempo
d)Se dá por concurso público de provas ou de provas
e títulos, obedecida a ordem de classificação do certame
Resposta: D
Questões da Banca FGV
188) (FGV/2022/TJ-MG/JUIZ)
As ações coletivas são a cada dia mais utilizadas no
Judiciário, pois ampliam o acesso do cidadão à Justiça, diminuem
o número de processos e simplificam a execução do julgado.
A esse respeito, analise as afirmativas a seguir. I. O
mandado de segurança coletivo só pode ser impetrado por partido
político com representação no Congresso Nacional ou organização sindical, entidade
de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há
mais de um ano, em defesa dos interesses de seus
membros ou associados, independentemente de suas finalidades estatutárias. II. Na
ação civil pública relativa a uso de medicamentos, ajuizada pelo
Ministério Público em defesa de interesse homogêneo indisponível, a procedência
do pedido alcança todos os titulares dos direitos reconhecidos e
permite a execução nos próprios autos. III. Na ação popular
multitudinária, além do cidadão, em dia com suas obrigações eleitorais,
se ocorrer lesão ao erário público, também o Ministério Público
poderá ingressar com a ação. Está correto o que se
afirma em
a) I, somente
b) I e II, somente
c) I, II e III
d) II e III, somente.
Resposta: D
189) (FGV/2022/TJ-MG/JUIZ)
Com relação à requisição administrativa de leitos, medicamentos e insumos,
feita pelo Poder Público, em razão de pandemia por COVID-19,
assinale a afirmativa correta.
a)Constitui limitação constitucional à propriedade privada, através de ato de
império do Poder Público, bastando a demonstração da necessidade e
do perigo público iminente
b)Na requisição administrativa será garantida a indenização prévia do dano
ao particular
c)Além do aspecto legal, o Poder Judiciário pode acrescentar outras
medidas políticas que entende cabíveis, a serem adotadas na requisição,
além daquelas estabelecidas pelo Executivo
Questões da Banca FGV
d)Não cabe ao Poder Judiciário a fixação do valor da
indenização, que deve ser estabelecida posteriormente ao ato de intervenção
na propriedade privada
Resposta: A
190) (FGV/2022/TJ-MG/JUIZ)
Sobre a remuneração do servidor público, analise as afirmativas a
seguir. I. As gratificações recebidas pelo servidor público, ainda que
a título transitório, se incorporam à remuneração e não podem
ser suprimidas, pois fazem parte da remuneração. II. As modificações
do regime jurídico alteram a remuneração do servidor público, mas
o valor recebido deve ser mantido, em razão do princípio
da irredutibilidade da remuneração. III. Os subsídios dos agentes políticos
são pagos de uma só vez, não se admitindo o
pagamento do 13º (décimo terceiro) salário. IV. Somente poderá ser
fixada ou alterada por lei específica, observada a iniciativa privativa.
Está correto o que se afirma em
a)I, II e III, somente.
b)I e II, somente.
c)I, II, III e IV.
d)II e IV, somente.
Resposta: D
191) (FGV/2022/TJ-MG/JUIZ)
Analise as afirmativas a seguir. I. O conjunto dos bens
móveis e imóveis existentes no país e cuja conservação seja
de interesse público, por sua vinculação a fatos memoráveis da
História do Brasil constitui patrimônio histórico. II. As coisas tombadas
não poderão sair do país, exceto em caso de intercâmbio
cultural. III. O tombamento de bens pertencentes aos Municípios se
fará de ofício, mas deverá ser notificada a entidade a
quem pertencer. Está correto o que se afirma em
Questões da Banca FGV
a) I, somente
b) I e II, somente
c) I, II e III.
d) II e III, somente.
Resposta: C
192) (FGV/2022/TJ-MS/ANALISTA JUDICIÁRIO/DIREITO)
Um grupo de entidades com atuação na área de saúde,
algumas de natureza empresarial, com fins lucrativos, outras de natureza
filantrópica, portanto, sem fins lucrativos, consultaram um advogado a
respeito da possibilidade de participarem do Sistema Único de Saúde (SUS).
O advogado respondeu-lhes, corretamente, que:
a) tenham, ou não, fins lucrativos, as entidades poderão atuar
no SUS, o que exige a celebração de contrato de
direito público ou de convênio, tendo preferência as entidades filantrópicas
e sem fins lucrativos;
b) tenham, ou não, fins lucrativos, as entidades poderão atuar
no SUS em igualdade de condições, o que não exige
ajuste prévio com o poder público, sendo remuneradas pela sistemática
de reembolso;
c) tenham, ou não, fins lucrativos, as entidades poderão atuar
no SUS em igualdade de condições, o que exige a
celebração de contrato de direito público ou de convênio;
d) tenham, ou não, fins lucrativos, as entidades poderão atuar
no SUS em igualdade de condições, o que exige a
celebração de contrato de direito público;
e) apenas as entidades sem fins lucrativos poderão atuar no
SUS, o que exige a celebração de contrato de direito
público ou de convênio.
Resposta: A
Questões da Banca FGV
193) (FGV/2022/TJ-MS/ANALISTA JUDICIÁRIO/DIREITO)
O Estado Alfa, por meio de determinada secretaria, realizará contratação
para escolha de melhor monografia em determinada área do conhecimento
de interesse do órgão público, para subsidiar futuras escolhas de
políticas públicas a serem desenvolvidas pela pasta.Sabe-se que a contratação
observará as regras e condições previstas em edital, que indicará
a qualificação exigida dos participantes, as diretrizes e formas de
apresentação do trabalho e as condições de realização e o
prêmio ou remuneração a ser concedida ao vencedor. Diante das
informações fornecidas e do teor da nova Lei de Licitações
(Lei nº 14.133/2021), a contratação em tela deverá ser feita
mediante:
a) dispensa de licitação, por expressa previsão legal;
b) inexigibilidade de licitação, por expressa previsão legal;
c) prévia licitação, na modalidade concurso;
d) prévia licitação, na modalidade concorrência;
e) prévia licitação, na modalidade diálogo competitivo.
Resposta: C
194) (FGV/2022/TJ-MS/ANALISTA JUDICIÁRIO/DIREITO)
Sabe-se que, na desapropriação, o ente público determina a retirada
do bem de seu proprietário, a fim de que passe
a fazer parte de seu patrimônio público, na forma e
mediante as condições e procedimento previstos no ordenamento jurídico, com
base nas necessidades coletivas, mediante o pagamento de indenização, de
forma justa ao proprietário. Nesse contexto, de acordo com a
doutrina de Direito Administrativo e a legislação de regência, é
regra que a desapropriação pode incidir sobre:
a) a moeda corrente do Brasil;
b) as margens dos rios navegáveis;
c) as pessoas físicas, especificamente em relação aos direitos personalíssimos;
d) os bens públicos, desde que feita do ente mais
abrangente para o menos abrangente;
e) as pessoas jurídicas, desde que precedida de desconsideração da
personalidade jurídica.
Questões da Banca FGV
Resposta: D
195) (FGV/2022/TJ-MS/ANALISTA JUDICIÁRIO/DIREITO)
Em abril de 2022, João, prefeito do Município Alfa, no
exercício da função, de forma dolosa, realizou operação financeira sem
observância das normas legais e regulamentares. De acordo com a
Lei nº 8.429/1992, com redação dada pela Lei nº 14.230/2021,
em tese, João:
a) praticou ato de improbidade administrativa, entre cujas sanções está
a suspensão dos direitos políticos até 12 anos;
b) não praticou atode improbidade administrativa, pois houve revogação
do tipo que anteriormente enquadrava o ato praticado como ato
ímprobo;
c) praticou ato de improbidade administrativa, entre cujas sanções está
o pagamento de multa civil de até 36 vezes o
valor da última remuneração de João;
d) não praticou ato de improbidade administrativa, pois, desde a
redação originária da Lei de Improbidade Administrativa, o ato praticado
já não era tipificado como ato ímprobo;
e) praticou ato de improbidade administrativa, entre cujas sanções está
a perda da função pública de quaisquer vínculos que João
detenha à época do trânsito em julgado da sentença.
Resposta: A
196) (FGV/2022/TJ-MS/ANALISTA JUDICIÁRIO/DIREITO)
O Estado Alfa firmou parceria público-privada com determinada sociedade empresária,
mediante a celebração de contrato administrativo de concessão, na modalidade
patrocinada, para a prestação de serviços públicos, envolvendo, adicionalmente à
tarifa cobrada dos usuários, contraprestação pecuniária do parceiro público ao
parceiro privado. De acordo com os ditames da Lei Federal
nº 11.079/2004, na contratação da parceria público-privada em tela devem
ser observadas algumas diretrizes, como a:
a) delegabilidade das funções de regulação e do exercício do
poder de polícia;
b) sustentabilidade financeira e as vantagens socioeconômicas dos projetos de
Questões da Banca FGV
parceria;
c) modicidade da tarifa, vedados mecanismos para a preservação da
atualidade da prestação dos serviços;
d) repartição subjetiva de riscos entre as partes e a
realização de vistoria dos bens irreversíveis, não podendo o parceiro
público reter os pagamentos ao parceiro privado, no valor necessário
para reparar as irregularidades detectadas;
e) garantia de margem de lucro ao parceiro privado, vedado
o compartilhamento com o parceiro público de ganhos econômicos efetivos
do parceiro privado decorrentes da redução do risco de crédito
dos financiamentos utilizados pelo parceiro privado.
Resposta: B
197) (FGV/2022/TJ-TO/CONTADOR)
Em razão de expressa determinação legal e regulamentar, os cidadãos
que ingressam nas dependências do Tribunal de Justiça do Estado
Delta precisam se submeter a um sistema de detector de
metais, por medida de segurança.Nesse contexto, de acordo com a
doutrina de direito administrativo, o poder administrativo que estipula restrições
e limitações ao exercício de liberdades individuais com base na
supremacia do interesse público é chamado de poder:
a) de segurança pública;
b) de polícia;
c) normativo;
d) disciplinar;
e) hierárquico.
Resposta: B
198) (FGV/2022/TJ-TO/CONTADOR)
Em matéria de controle da administração pública, a fiscalização contábil,
financeira, orçamentária, operacional e patrimonial do Tribunal de Justiça do
Estado do Tocantins, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação
Questões da Banca FGV
das subvenções e renúncia de receitas, mediante controle externo, será exercida
pelo(a):
a)Poder Executivo, com o auxílio do Ministério Público Estadual;
b)Poder Legislativo, com o auxílio da Defensoria Pública Estadual;
c)Poder Executivo, com o auxílio da Controladoria-Geral do Estado;
d)Assembleia Legislativa, com o auxílio do Tribunal de Contas Estadual;
e)governador do Estado, com o auxílio da Auditoria-Geral do Estado.
Resposta: D
199) (FGV/2022/TJ-TO/CONTADOR)
O Tribunal de Justiça do Estado Alfa pretende contratar serviços
de manutenção de veículos automotores de sua frota oficial, sob
o regime jurídico da nova Lei de Licitações e Contratos.
Para tanto, foi instaurado processo administrativo que, após os devidos
estudos, concluiu que o valor estimado da contratação é de
cinquenta mil reais.No caso em tela, de acordo com a
Lei nº 14.133/2021, a contratação:
a)pode ser feita mediante dispensa de licitação;
b)pode ser feita mediante inexigibilidade de licitação;
c)deve ser feita necessariamente mediante prévia licitação, na modalidade convite;
d)deve ser feita necessariamente mediante prévia licitação, na modalidade concorrência;
e)deve ser feita necessariamente mediante prévia licitação, na modalidade diálogo
competitivo.
Resposta: A
200) (FGV/2022/TJ-TO/CONTADOR)
João, servidor público ocupante do cargo efetivo de contador/distribuidor do
Tribunal de Justiça do Estado Ômega, no exercício de suas
funções, destruiu os autos físicos de um processo judicial em
que seu desafeto Antônio figurava como parte autora, com o
objetivo de prejudicá-lo.Em razão do ato ilícito praticado por João,
Questões da Banca FGV
o jurisdicionado Antônio sofreu danos materiais e morais.Inconformado, Antônio contratou
advogado e ajuizou ação indenizatória em face:
a)de João, na qualidade de responsável direto pelo ato ilícito,
e é desnecessária a comprovação de ter agido o agente
público João com dolo ou culpa;
b)do Tribunal de Justiça do Estado Ômega, e é necessária
a comprovação de ter agido o agente público João com
dolo ou culpa;
c)do Tribunal de Justiça do Estado Ômega, e é desnecessária
a comprovação de ter agido o agente público João com
dolo ou culpa;
d)do Estado Ômega, e é necessária a comprovação de ter
agido o agente público João com dolo ou culpa;
e)do Estado Ômega, e é desnecessária a comprovação de ter
agido o agente público João com dolo ou culpa.
Resposta: E
201) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO)
João, servidor público ocupante de cargo efetivo, no exercício das
funções, opôs resistência injustificada ao andamento de documento e
processo. De acordo com o regime jurídico disciplinar da Lei nº
8.112/1990, que lhe é aplicável, observadas as cautelas procedimentais
legais, em tese, João, que até então nunca havia praticado qualquer
infração funcional, está sujeito à sanção de:
a) advertência, que terá seu registro cancelado, após o decurso
de três anos de efetivo exercício, se João não houver,
nesse período, praticado nova infração disciplinar;
b) suspensão, que terá seu registro cancelado, após o decurso
de três anos de efetivo exercício, se João não houver,
nesse período, praticado nova infração disciplinar;
c) suspensão, que terá seu registro cancelado, após o decurso
de cinco anos de efetivo exercício, se João não houver,
nesse período, praticado nova infração disciplinar;
d) demissão, que terá seu registro cancelado, após o decurso
de três anos de efetivo exercício, se João não houver,
nesse período, praticado nova infração disciplinar;
Questões da Banca FGV
e) demissão, que terá seu registro cancelado, após o decurso
de cinco anos de efetivo exercício, se João não houver,
nesse período, praticado nova infração disciplinar.
Resposta: A
202) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO/ADMINISTRAÇÃO)
O prefeito do Município Alfa solicitou que sua assessoria iniciasse
o planejamento das licitações a serem realizadas no período de
janeiro a dezembro do exercício financeiro de 2023, o que
iria subsidiar a proposta orçamentária a ser apresentada ao Poder
Legislativo. Ressaltou, ainda, que entendia ser conveniente, sempre que possível,
a utilização de uma modalidade de licitação em que lhe
fosse permitido convidar os interessados do ramo pertinente ao objeto
licitado, para que apresentem as suas propostas. Ao tomar conhecimento
do objetivo do prefeito, sua assessoria lhe respondeu, corretamente, que
a referida modalidade de licitação:
a) não poderá ser utilizada a partir do momento em
que for cogente a utilização da Lei nº 14.133/2021, mas
as licitações iniciadas em momento anterior continuarão a observar a
Lei nº 8.666/1993;
b) não poderá ser utilizada a partir do momento em
que for cogente a utilização da Lei nº 14.133/2021, sendo
que as licitações não concluídas, iniciadas em momento anterior, sob
a égide da Lei nº 8.666/1993, serão refeitas;
c) poderá ser utilizada, desde que, a partir do momento
em que for cogente a utilização da Lei nº 14.133/2021,
sejam observadas as normas que veiculou a respeito dessa modalidade,
incluindo as licitações iniciadas em momento anterior;
d) poderá ser utilizada, desde que, a partir do momento
em que for cogente a utilização da Lei nº 14.133/2021,sejam observadas as normas que veiculou, passando a ser convidados,
no mínimo, quatro interessados, excluídas as licitações iniciadas em momento
anterior;
e) poderá ser utilizada, desde que, a partir do momento
em que for cogente a utilização da Lei nº 14.133/2021,
sejam observadas as normas que veiculou, exigindo-se a apresentação de,
no mínimo, quatro propostas, excluídas as licitações iniciadas em momento
Questões da Banca FGV
anterior.
Resposta: A
203) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO/ADMINISTRAÇÃO)
Joana e Henriqueta travaram intenso debate a respeito dos atributos
dos atos administrativos, mais especificamente em relação à possibilidade de
a Administração Pública fazer com que produzam efeitos na esfera
jurídica alheia, constituindo obrigações mesmo contra a vontade dos seus
destinatários. Ao final, concluíram, corretamente, que os referidos atos:
a) sempre apresentam esse efeito, o que decorre da presunção
de juridicidade;
b) podem apresentar esse efeito, o que decorre do atributo
da imperatividade;
c) podem apresentar esse efeito, o que decorre do atributo
da autoexecutoriedade;
d) sempre apresentam esse efeito, o que decorre do que
alguns denominam poder extroverso;
e) jamais apresentam esse efeito, que se mostra incompatível com
o Estado Democrático de Direito.
Resposta: B
204) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO/ADMINISTRAÇÃO)
Antônia, estudiosa da improbidade administrativa, recebeu a incumbência,
em um grupo de estudos, de realizar a análise da estrutura tipológica
adotada pela Lei nº 8.429/1992 e do elemento subjetivo exigido
para o enquadramento de uma conduta em seus termos. Ao
final, Antônia concluiu, corretamente, que a referida estrutura é:
a) aberta, sendo as condutas ilícitas mencionadas de maneira exemplificativa,
enquanto o elemento subjetivo está lastreado apenas no dolo;
b) fechada, sendo as condutas ilícitas mencionadas de maneira taxativa,
isto apesar do emprego de conceitos jurídicos indeterminados, enquanto o
Questões da Banca FGV
elemento subjetivo está lastreado apenas no dolo;
c) aberta, sendo as condutas ilícitas mencionadas de maneira exemplificativa,
enquanto o elemento subjetivo está lastreado no dolo ou na
culpa, sendo esta última aplicável exclusivamente aos atos que causam
prejuízo ao erário;
d) aberta, em relação aos atos que gerem enriquecimento ilícito
ou prejuízo ao erário, mas taxativa quanto aos atos que
atentem contra os princípios administrativos, sendo o elemento subjetivo o
dolo, exigindo-se ainda um especial fim de agir;
e) aberta, quanto aos atos que atentem contra os princípios
administrativos, mas taxativa em relação aos atos que gerem enriquecimento
ilícito ou prejuízo ao erário, sendo o elemento subjetivo o
dolo, exigindo-se ainda um especial fim de agir.
Resposta: D
205) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO/ADMINISTRAÇÃO)
Pouco tempo após celebrar contrato administrativo com o Município
Beta, a sociedade empresária ZZ foi surpreendida com uma ordem escrita
da Administração suspendendo o referido contrato. Após consultarem um
advogado, foi corretamente informado aos dirigentes da sociedade
empresária ZZ que, consoante a Lei nº 14.133/2021, a Administração:
a) agira de modo ilícito ao suspender unilateralmente o contrato
administrativo;
b) tem a faculdade de suspender unilateralmente o contrato administrativo,
pelo prazo que entender conveniente, não podendo ser oposto qualquer
óbice por ZZ;
c) tem a faculdade de suspender unilateralmente o contrato administrativo,
mas ZZ tem direito à sua extinção se a suspensão
se estender por prazo superior a três meses;
d) tem a faculdade de suspender unilateralmente o contrato administrativo,
mas ZZ tem direito à sua revisão se a suspensão
se estender por prazo superior a quatro meses;
e) tem a faculdade de suspender unilateralmente o contrato administrativo,
com suspensão de pagamentos, por até trinta dias, reiniciando-se os
pagamentos após esse período.
Questões da Banca FGV
Resposta: C
206) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO/ADMINISTRAÇÃO)
Maria, ministra de Estado, tomou conhecimento de que Joana, que
estava à frente de uma estrutura criada a partir dos
conceitos da descentralização administrativa, vinculada ao seu Ministério, sendo responsável
pela prestação de serviços públicos, praticara um ato que fora
muito criticado. Esse ato, ao ver de Maria, se mostrava
totalmente inconveniente e inoportuno à luz do interesse público. À
lua da narrativa, é correto afirmar que Maria:
a) pode anular o ato de Joana, no exercício do
poder de tutela;
b) pode revogar o ato de Joana, no exercício do
poder de autotutela;
c) no exercício do poder de supervisão, pode anular ou
revogar o ato de Joana, conforme o caso;
d) deve observar, em princípio, a autonomia do ente dirigido
por Joana, exercendo a tutela no limite estabelecido em lei;
e) deve observar a autonomia do ente dirigido por Joana,
mas pode exercer o controle interno, conforme autorizado em lei.
Resposta: D
207) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO/ADMINISTRAÇÃO)
A sociedade empresária YY celebrou contrato administrativo para o fornecimento
de determinados bens móveis para a Secretaria de Educação do
Município Alfa. Como os móveis eram transportados desmontados, era necessária
a sua montagem, o que se estendeu por três meses.
Dias antes da conclusão da montagem, foi divulgado, na imprensa,
que a referida sociedade empresária estava em débito com as
suas obrigações trabalhistas e previdenciárias, o que vinha gerando grande
insatisfação junto aos empregados. À luz dessa narrativa e levando-se
em conta a sistemática inaugurada pela Lei nº 14.133/2021, é
correto afirmar que o Município Alfa:
a) não é responsável pelos encargos trabalhistas e previdenciários resultantes
da execução do contrato, os quais configuram obrigação do contratado;
Questões da Banca FGV
b) responde solidariamente pelos encargos previdenciários e subsidiariamente pelos encargos
trabalhistas, se comprovada a falha na fiscalização do cumprimento das
obrigações do contratado;
c) responde solidariamente pelos encargos previdenciários e subsidiariamente pelos encargos
trabalhistas, ainda que não comprovada a falha na fiscalização do
cumprimento das obrigações do contratado;
d) não é responsável pelos encargos trabalhistas e previdenciários resultantes
da execução do contrato, desde que tenha previsto no edital
ou no contrato a outorga de garantias para o cumprimento
dessas obrigações;
e) responde solidariamente pelos encargos trabalhistas e subsidiariamente pelos encargos
previdenciários, se comprovada a falha na fiscalização do cumprimento das
obrigações do contratado ou a não exigência de garantias.
Resposta: A
208) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO/ANALISTA DE SISTEMAS SUPORTE)
Joana, jovem e renomada escritora de livros infantis, faleceu. O
mais velho dos seus herdeiros, com 18 anos de idade,
preocupado com a situação dos livros, que geravam uma elevada
renda para Joana, questionou um advogado a respeito da proteção
constitucional oferecida a direitos dessa natureza. O advogado respondeu, corretamente,
que o direito de utilização, publicação ou reprodução das obras
de Joana pertence:
a) de modo exclusivo e em caráter perpétuo, aos herdeiros;
b) de modo exclusivo e pelo tempo que a lei
fixar, aos herdeiros;
c) ao poder público, não aos herdeiros, que têm assegurado
o direito de participação nos lucros obtidos;
d) ao público em geral, não aos herdeiros, que têm
assegurado o direito de participação nos lucros obtidos;
e) daos herdeiros, ao poder público e ao público em
geral, assegurando-se aos primeiros o direito de participação nos lucros.
Resposta: B
Questões da Banca FGV
209) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO/ANALISTA DE SISTEMAS SUPORTE)
João, servidor público federal ocupante de cargo efetivo, no exercício
das funções, opôs resistência injustificada ao andamento de documento e
processo. De acordo com o regime jurídico disciplinar da Lei
nº 8.112/1990, que lhe é aplicável, observadas as cautelas procedimentais
legais, em tese, João, que atéentão nunca havia praticado
qualquer infração funcional, está sujeito à sanção de:
a)advertência, que terá seu registro cancelado, após o decurso de
três anos de efetivo exercício, se João não houver, nesse
período, praticado nova infração disciplinar;
b)suspensão, que terá seu registro cancelado, após o decurso de
três anos de efetivo exercício, se João não houver, nesse
período, praticado nova infração disciplinar;
c)suspensão, que terá seu registro cancelado, após o decurso de
cinco anos de efetivo exercício, se João não houver, nesse
período, praticado nova infração disciplinar;
d)demissão, que terá seu registro cancelado, após o decurso de
três anos de efetivo exercício, se João não houver, nesse
período, praticado nova infração disciplinar;
e)demissão, que terá seu registro cancelado, após o decurso de
cinco anos de efetivo exercício, se João não houver, nesse
período, praticado nova infração disciplinar.
Resposta: A
210) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO/ANALISTA DE SISTEMAS SUPORTE)
O prefeito do Município Alfa decidiu promover uma ampla reestruturação
da Administração pública indireta. Para tanto, decidiu que fosse elaborado
um estudo preliminar, de modo a delinear os contornos gerais
de: (1) duas entidades com personalidade jurídica própria, para a
execução dos serviços públicos de limpeza urbana e de administração
de cemitérios públicos; e (2) de órgãos específicos, a serem
criados no âmbito da Secretaria de Saúde e da Secretaria
de Ordem Pública, de modo a aumentar a especialização e,
consequentemente, o nível de eficiência estatal. É correto afirmar que:
a)em (1) são mencionados exemplos de descentralização administrativa por especificação
e em (2) de descentralização administrativa por serviços;
Questões da Banca FGV
b)em (1) são mencionados exemplos de desconcentração administrativa por especificação
e em (2) de desconcentração administrativa por serviços;
c)em (1) são mencionados exemplos de descentralização administrativa por serviços
e em (2) de desconcentração administrativa;
d)em (1) são mencionados exemplos de desestatização por serviços e
em (2) de descentralização administrativa por eficiência;
e)em (1) são mencionados exemplos de desestatização por serviços e
em (2) de estatização por padrão de eficiência.
Resposta: C
211) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO/ANALISTA DE SISTEMAS SUPORTE)
Maria, servidora pública federal, foi aposentada por incapacidade permanente.
Após algum tempo, junta médica oficial declarou insubsistentes os motivos da
aposentadoria. Como Maria estava plenamente apta ao exercício das funções
que sempre desempenhou, deve ocorrer o(a) seu/sua:
a)aproveitamento;
b)reintegração;
c)readaptação;
d)recondução;
e)reversão.
Resposta: E
212) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO/OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL)
A sociedade empresária YY, especializada na prestação de serviços hospitalares,
com sede na Alemanha, decidiu iniciar estudos para explorar o
serviço de assistência à saúde no território brasileiro. Ao consultar
um especialista da área, foi-lhe informado, corretamente, que YY:
a)não pode explorar o serviço, que é vedado, de modo
peremptório, às empresas estrangeiras;
b)pode explorar o serviço, o qual, por ser de relevância
pública, depende de concessão ou permissão do poder público;
Questões da Banca FGV
c)pode explorar livremente o serviço, que está ao alcance da
iniciativa privada, podendo ser prestado por empresas nacionais e estrangeiras;
d)pode explorar livremente o serviço, que está ao alcance da
iniciativa privada, podendo ser prestado por empresas nacionais e estrangeiras;
e)pode explorar o serviço, desde que se enquadre em um
permissivo legal, pois a regra é que a assistência à
saúde não pode ser prestada por empresas estrangeiras.
Resposta: E
213) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO/OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL)
Em abril de 2022, o Tribunal de Justiça Alfa deseja
contratar aquisição de determinados equipamentos que só podem ser fornecidos
por empresa exclusiva. De acordo com o regime jurídico da
Lei nº 14.133/2021, tal contratação pelo Tribunal de Justiça Alfa
deve ser feita mediante:
a)inexigibilidade de licitação, mas o Tribunal deverá demonstrar a inviabilidade
de competição mediante atestado de exclusividade, contrato de exclusividade,
declaração do fabricante ou outro documento idôneo capaz de comprovar que
o objeto é fornecido por empresa exclusiva, vedada a preferência
por marca específica;
b)inexigibilidade de licitação, mas o Tribunal deverá demonstrar a inviabilidade
de competição mediante atestado de exclusividade, contrato de exclusividade,
declaração do fabricante ou outro documento idôneo capaz de comprovar que
o objeto é fornecido por empresa exclusiva, permitida a preferência
por marca específica;
c)dispensa de licitação, mas o Tribunal deverá demonstrar a inviabilidade
de competição mediante atestado de exclusividade, contrato de exclusividade,
declaração do fabricante ou outro documento idôneo capaz de comprovar que
o objeto é fornecido por empresa exclusiva, vedada a preferência
por marca específica;
d)dispensa de licitação, mas o Tribunal deverá demonstrar a inviabilidade
de competição mediante atestado de exclusividade, contrato de exclusividade,
declaração do fabricante ou outro documento idôneo capaz de comprovar que
o objeto é fornecido por empresa exclusiva, permitida a preferência
por marca específica;
e)prévia licitação, na modalidade diálogo competitivo, para contratação de compra
em que a Administração Pública realiza diálogos com licitantes previamente
Questões da Banca FGV
selecionados mediante critérios subjetivos, com o intuito de desenvolver uma
ou mais alternativas capazes de atender às suas necessidades, devendo
os licitantes apresentar proposta final após o encerramento dos diálogos.
Resposta: A
214) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO/OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL)
Maria é servidora pública federal estável ocupante de cargo efetivo
e, após processo administrativo disciplinar, foi demitida. Inconformada, Maria aforou
medida judicial e obteve sentença, já transitada em julgado, que
determinou sua reintegração. Após o retorno a seu cargo, Maria
recebeu apenas o pagamento retroativo dos vencimentos, férias indenizadas e
auxílio-alimentação, referentes ao período em que esteve afastada por força
da demissão, ora já declarada nula. Insatisfeita com os valores
recebidos, mesmo ciente de que não ocorreu, no período reivindicado,
qualquer situação de ambiente insalubre nem necessitou se deslocar no
trajeto residência-trabalho-residência, Maria ajuizou nova medida judicial, agora pleiteando o
pagamento retroativo das verbas a título de auxílio-transporte e adicional
de insalubridade, em relação ao período em que ficou ilegalmente
afastada. Levando em consideração a atual jurisprudência do Superior Tribunal
de Justiça sobre o tema, a pretensão de Maria:
a) merece prosperar, pois todas as verbas, sejam de natureza
salarial, sejam de natureza indenizatória, devem ser pagas retroativamente em
relação ao período em que Maria ficou ilegalmente afastada de
suas funções;
b) merece prosperar, pois, além de receber retroativamente todas as
verbas, sejam de natureza salarial, sejam de natureza indenizatória, Maria
tem direito à reparação pelos danos morais sofridos pela demissão
declarada nula;
c) não merece prosperar, pois a servidora somente tem direito
ao pagamento retroativo de seus vencimentos, razão pela qual deve
devolver os valores recebidos de boa-fé a título de férias
indenizadas e auxílio-alimentação;
d) não merece prosperar, pois os pagamentos do auxílio-transporte e
do adicional de insalubridade têm natureza indenizatória, assim como também
não lhe seria devido o auxílio-alimentação que lhe fora indevidamente
pago;
e) não merece prosperar, pois os pagamentos do auxílio-transporte e
Questões da Banca FGV
do adicional de insalubridade não se mostram devidos à servidora
pelo tão só exercício ficto no cargo público, haja vista
que ditas rubricas reclamam a existênciade requisitos legais específicos,
não preenchidos.
Resposta: E
215) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO/PSICOLOGIA)
João, servidor público ocupante de cargo efetivo, no exercício das
funções, opôs resistência injustificada ao andamento de documento e processo.
advertência, que terá seu registro cancelado, após o decurso de
três anos de efetivo exercício, se João não houver, nesse
período, praticado nova infração disciplinar;
a)advertência, que terá seu registro cancelado, após o decurso de
três anos de efetivo exercício, se João não houver, nesse
período, praticado nova infração disciplinar;
b)suspensão, que terá seu registro cancelado, após o decurso de
três anos de efetivo exercício, se João não houver, nesse
período, praticado nova infração disciplinar;
c)suspensão, que terá seu registro cancelado, após o decurso de
cinco anos de efetivo exercício, se João não houver, nesse
período, praticado nova infração disciplinar;
d)demissão, que terá seu registro cancelado, após o decurso de
três anos de efetivo exercício, se João não houver, nesse
período, praticado nova infração disciplinar;
e)demissão, que terá seu registro cancelado, após o decurso de
cinco anos de efetivo exercício, se João não houver, nesse
período, praticado nova infração disciplinar.
Resposta: A
216) (FGV/2022/TJ/DFT/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA)
João, após regular processo administrativo disciplinar, foi demitido do serviço
público. Irresignado com o teor dessa decisão, ajuizou ação, perante
Questões da Banca FGV
o Poder Judiciário, requerendo o reconhecimento de vício no processo
administrativo, com a consequente declaração da nulidade da decisão que
culminou com a referida sanção. À luz dessa narrativa, João
deve ser:
a) aproveitado;
b) reconduzido;
c) reintegrado;
d) readaptado;
e) posto em disponibilidade.
Resposta: C
217) (FGV/2022/TJ/DFT/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA)
Joana e Regina, que atuavam no setor de licitações da
Secretaria de Administração do Município Beta, travaram intenso debate a
respeito da legislação que deveria reger a escolha das modalidades
de licitação no período de 2 de abril de 2021
a 1º de abril de 2023. Joana defendia que poderiam
continuar a ser aplicadas a Lei nº 8.666/1993 ou a
Lei nº 10.520/2002, conforme o caso, sendo admitida a aplicação
combinada das normas de um desses diplomas normativos com aquelas
veiculadas pela Lei nº 14.133/2021. Regina, por sua vez, entendia
que somente os processos de licitação já iniciados em 2
de abril de 2021 continuariam a ser regidos pela Lei
nº 8.666/1993 ou pela Lei nº 10.520/2002, enquanto os demais,
instaurados a partir de então, seriam integralmente disciplinados pela Lei
nº 14.133/2021. À luz da sistemática vigente, no período indicado,
é correto afirmar que:
a) apenas Joana está errada, pois é vedada a combinação
da Lei nº 14.133/2021 com outros diplomas normativos, estando Regina
certa ao afirmar que esse diploma normativo deve reger todas
as licitações;
b) apenas Regina está errada, pois deve ser aplicada a
Lei nº 14.133/2021 mesmo às licitações em curso, ainda que
de modo combinado com a Lei nº 8.666/1993 ou a
Lei nº 10.520/2002, conforme o caso;
c) apenas Regina está errada, pois não deve ser aplicada
Questões da Banca FGV
a Lei nº 14.133/2021 de modo exclusivo, sendo possível a
sua aplicação de modo combinado com a Lei nº 8.666/1993
ou a Lei nº 10.520/2002, conforme o caso;
d) Joana e Regina estão erradas, pois a Administração Pública
pode optar, em uma licitação, pela aplicação, de um lado,
da Lei nº 8.666/1993 ou da Lei nº 10.520/2002, ou,
do outro, da Lei nº 14.133/2021, sendo vedada a combinação;
e) Joana e Regina estão parcialmente certas, pois a Lei
nº 8.666/1993 ou a Lei nº 10.520/2002 podem continuar a
ser aplicadas, mas apenas em relação às licitações já iniciadas,
sendo ainda admitida a combinação com a Lei nº 14.133/2021.
Resposta: D
218) (FGV/2022/TJ/DFT/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA)
Durante o ano de 2022, João, técnico judiciário do Tribunal
de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios, dolosamente, utilizou,
em serviço particular de entrega de refeições consistentes em marmitas
fitness produzidas e vendidas por sua esposa, o trabalho de
terceiros contratados pelo TJDFT. João pedia aos estagiários lotados na
Vara onde trabalha que fizessem as entregas das marmitas, no
horário de expediente, em troca de eventuais gorjetas que recebessem
dos consumidores. De acordo com a legislação de regência, em
tese, João praticou:
a)ato de improbidade administrativa que importou enriquecimento ilícito;
b)infração ética, mas não cometeu ato de improbidade administrativa, pois
não houve efetivo dano ao erário;
c)ato de improbidade administrativa que causou prejuízo ao erário, ainda
que sua conduta tivesse sido culposa;
d)infração disciplinar, mas não cometeu ato de improbidade administrativa, pois
não houve efetivo dano ao erário;
e)infrações ética e disciplinar, mas não cometeu ato de improbidade
administrativa, pela falta de tipicidade, diante das alterações promovidas na
Lei de Improbidade.
Questões da Banca FGV
Resposta: A
219) (FGV/2022/TJ/DFT/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA)
José, servidor público, praticou insubordinação grave em serviço. De acordo
com o regime jurídico da Lei nº 8.112/1990 que lhe
é aplicável, após regular processo administrativo disciplinar, José está sujeito
à penalidade administrativa da:
a) advertência, e a ação disciplinar prescreve em cento e
oitenta dias;
b) advertência, e a ação disciplinar prescreve em dois anos;
c) suspensão por até trinta dias, e a ação disciplinar
prescreve em dois anos;
d) suspensão por até noventa dias, e a ação disciplinar
prescreve em cinco anos;
e) demissão, e a ação disciplinar prescreve em cinco anos.
Resposta: E
Direito Administrativo 
220) (FGV/SEFAZ-BA/AGENTE TRIB. ESTADUAIS/2022)
José, Prefeito do Município Alfa, em maio de 2022, de forma 
dolosa, concedeu benefício fiscal sem a observância das 
formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie. 
Agindo dessa forma, em tese, José, de acordo com a atual 
redação da Lei de Improbidade Administrativa,
(A) não praticou ato de improbidade, diante da ausência de 
expressa previsão legal, desde a edição originária da Lei de 
Improbidade. 
(B) não praticou ato de improbidade, diante da revogação da 
norma que definia a conduta narrada como ato típico de 
improbidade. 
(C) praticou ato de improbidade, entre cujas sanções está a 
suspensão dos direitos políticos por até 12 (doze) anos. 
(D) praticou ato de improbidade, entre cujas sanções está a 
proibição de contratar com o poder público, pelo prazo não 
Questões da Banca FGV
superior a 4 (quatro) anos. 
(E) praticou ato de improbidade, entre cujas sanções está a 
proibição de receber benefícios ou incentivos fiscais, direta 
ou indiretamente, por prazo não superior a 14 (catorze) anos. 
Governador do Estado Alfa nomeou João, que conta com 76 
anos, para exercer cargo exclusivamente em comissão de Diretor 
em certo departamento da Secretaria Estadual de Fazenda.
Resposta: C
221) (FGV/SEFAZ-BA/AGENTE TRIB. ESTADUAIS/2022)
Um mês após a nomeação, a Controladoria Geral do Estado 
recebeu representação solicitando a imediata nulidade do ato, 
haja vista que João possui idade superior àquela da aposentadoria 
compulsória prevista na Constituição da República. 
No caso em tela, de acordo com a jurisprudência do Supremo 
Tribunal Federal sobre a matéria, a representação
(A) não merece prosperar, pois a idade para aposentadoria 
compulsória ou exoneração de ocupantes de cargos em 
comissão é de 80 anos. 
(B) não merece prosperar, pois servidores ocupantes de cargo 
exclusivamente em comissão não se submetem à regra da 
aposentadoria compulsória. 
(C) merece prosperar, pois a Constituição da República prevê 
aposentadoria compulsória aos 70 anos para todos os 
servidores. 
(D) merece prosperar, pois a Constituição da República prevê 
aposentadoria compulsória aos 75 anos, na forma da lei 
complementar, aplicável a cargosem comissão. 
(E) merece prosperar, pois a Constituição da República prevê 
aposentadoria compulsória aos 75 anos para os Ministros do 
Supremo Tribunal Federal e 70 anos para os demais 
servidores, aplicável a cargos em comissão. 
Resposta: B
Questões da Banca FGV
222) (FGV/SEFAZ-BA/AGENTE TRIB. ESTADUAIS/2022)
Em matéria de serviços públicos, de acordo com a Jurisprudência 
do Supremo Tribunal Federal, caso o poder público queira 
delegar sua execução para o delegado, é correto afirmar que o 
implemento de transporte público coletivo
(A) pressupõe prévia licitação, salvo situações excepcionais, 
devidamente comprovadas. 
(B) pressupõe prévia licitação, sempre na modalidade diálogo 
competitivo ou leilão. 
(C) não pressupõe prévia licitação, exceto quando se tratar de 
permissão. 
(D) não pressupõe prévia licitação, exceto quando se tratar de 
contrato com prazo superior a 10 (dez) anos. 
(E) pressupõe prévia e imprescindível licitação, apenas quando 
se tratar de contrato com prazo superior a 15 (quinze) anos. 
Resposta: A
223) (FGV/SEFAZ-BA/AGENTE TRIB. ESTADUAIS/2022)
A empresa pública estadual Alfa, com patrimônio próprio e 
autonomia administrativa, exerce exclusivamente atividade 
econômica sem monopólio e com finalidade de lucro. A referida 
estatal foi condenada com sentença transitada em julgado a 
pagar o valor de quatrocentos mil reais ao cidadão João. Iniciada 
a fase de cumprimento de sentença, a empresa pública Alfa 
apresentou ao juízo requerimento de adoção do regime de 
precatório. 
Com base na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, 
o pleito da estatal 
(A) merece prosperar, pois se aplica o regime de precatório, que 
é prerrogativa exclusiva e inerente a todos os entes da 
Administração Direta e Indireta. 
(B) merece prosperar, pois se aplica o regime de precatório, que 
é prerrogativa exclusiva e inerente a todos os entes que 
ostentam personalidade jurídica de direito público, como é o 
caso da estatal Alfa. 
(C) não merece prosperar, pois não se aplica o regime de 
Questões da Banca FGV
precatório, que é prerrogativa exclusiva dos entes da 
Administração Direta e Indireta com personalidade jurídica de 
direito público. 
(D) não merece prosperar, pois não se aplica o regime de 
precatório, que é prerrogativa exclusiva dos entes da 
Administração Direta, que possuem personalidade jurídica de 
direito público. 
(E) não merece prosperar, pois não se aplica o regime de 
precatório, pois se trata de estatal exploradora de atividade 
econômica sem monopólio e com finalidade de lucro, sendo 
certo que a estatal ostenta personalidade jurídica de direito 
privado.
Resposta: E
Direito Administrativo 
224) (FGV/SEFAZ-BA/AGENTE TRIB. ESTADUAIS/2022)
Em matéria de controle da Administração Pública, extrai-se do 
texto constitucional que o controle externo, a cargo do Poder 
Legislativo, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas, ao 
qual compete 
(A) apreciar as contas prestadas semestralmente pelo chefe do 
Poder Executivo, mediante parecer prévio, que vincula o 
julgamento dessas contas pelo Poder Legislativo. 
(B) assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as 
providências necessárias ao exato cumprimento da lei, se 
verificada ilegalidade, e, descumprida a ordem, condenar o 
gestor omisso à suspensão dos direitos políticos por até 
8 (oito) anos e ressarcimento pelos danos causados ao erário. 
(C) aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa 
ou irregularidade de contas, as sanções previstas em lei, que 
estabelecerá, entre outras cominações, suspensão dos 
direitos políticos por até 5 (cinco) anos e ressarcimento pelos 
danos causados ao erário. 
(D) julgar as contas dos administradores e demais responsáveis 
por dinheiros, bens e valores públicos da administração 
direta, mas não da administração indireta, e as contas 
Questões da Banca FGV
daqueles que derem causa à perda, ao extravio ou a outra 
irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público. 
(E) apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de 
admissão de pessoal, a qualquer título, na administração 
direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e 
mantidas pelo Poder Público, excetuadas as nomeações para 
cargo de provimento em comissão, bem como a das 
concessões de aposentadorias, reformas e pensões, 
ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o 
fundamento legal do ato concessório. 
Resposta: E
225) (FGV/SEFAZ-MG/AUDITOR FISCAL REC.EST./2023)
João, Auditor Fiscal da Receita Estadual, acaba de assumir a 
chefia de determinado departamento da Secretaria de Estado da 
Fazenda de Minas Gerais. 
João vem desenhando um planejamento estratégico visando à 
maior eficiência de seu setor, com escopo de concentrar seus 
esforços nas matérias de maior relevância institucional, inclusive 
com eventual delegação ou avocação de competência 
administrativa para determinados atos. 
Nesse contexto, de acordo com a Lei nº 14.184/2002 do Estado 
de Minas Gerais, que dispõe sobre o processo administrativo no 
âmbito da Administração Pública Estadual, João deverá observar que 
(A) será r enunciável a competência, quando a autoridade a que 
lhe foi atribuída decidir delegá-la. 
(B) as decisões adotadas por delegação ou avocação não 
poderão mencionar explicitamente esta qualidade. 
(C) o ato de delegação ou avocação indicará o prazo para seu 
exercício e não pode ser revogado antes do término do prazo, 
salvo caso fortuito ou força maior. 
(D) será permitida, em caráter excepcional e por motivos 
devidamente justificados, a avocação temporária de 
competência atribuída a órgão hierarquicamente inferi or. 
(E) os atos de avocação e delegação especificarão as matérias e 
poderes transferidos, mas não poderão conter ressalva 
quanto ao exercício da atribuição avocada ou delegada. 
Questões da Banca FGV
Resposta: D
Direito Administrativo
226) (FGV/SEFAZ-MG/AUDITOR FISCAL REC.EST./2023)
O Estado Alfa editou lei dispondo que os deputados estaduais 
deverão receber 75% do subsídio dos deputados federais. 
Consoante jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, a citada 
legislação é 
(A) constitucional, pois a Constituição da República estabelece 
que o subsídio dos detentores de mandato eletivo e dos 
demais agentes não poderão exceder o subsídio mensal, em 
espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal. 
(B) inconstitucional, pois a Constituição da Re pública estabelece 
que é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer 
espécies remuneratórias para o efeito de remuneração de 
pessoal do serviço público. 
(C) constitucional, pois a Constituição da República estabelece 
que os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do 
Poder Judiciário estadual não poderão ser superiores aos 
pagos pelos mesmos poderes em nível federal. 
(D) constitucional, pois a Constituição da República estabelece 
que o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e 
empregos públicos são irredutíveis e devem ser fixados por 
lei específica. 
(E) inconstitucional, pois a Constituição da República estabelece 
que a remuneração dos servidores públicos somente poderá 
ser fixada por lei complementar, assegurada revisão geral 
quinquenal, sempre na mesma data e sem distinção de 
índices. 
Resposta: B
227) (FGV/SEFAZ-MG/AUDITOR FISCAL REC.EST./2023)
A informação em poder dos órgãos e entidades públicas, 
observado o seu teor e em razão de sua imprescindibilidade à 
segurança da sociedade ou do Estado, poderá ser classificada 
Questões da Banca FGV
como ultrassecreta, secreta ou reservada. 
Neste contexto, consoante dispõe a Lei nº 12.527/2011, para a 
classificação da informação em determinado grau de sigilo, 
deverá ser observado o interesse público da informação e 
utilizado o critério 
(A) mais restritivo possível, em prestígio à supremacia do 
interesse público, considerado o prazo máximo de restrição 
de acesso ou o evento que defina seu termo final. 
(B) mais restritivo possível, em prestígio à supremacia do 
interesse público, consideradaa gravidade do risco ou dano à 
segurança da sociedade e do Estado. 
(C) menos restritivo possível, considerados a gravidade do risco 
ou dano à segurança da sociedade e do Estado e o prazo 
máximo de restrição de acesso ou o evento que defina seu 
termo final. 
(D) mais restritivo possível e, transcorrido o prazo de 
classificação ou consumado o evento que defina o seu termo 
final, a informação tornar-se-á de acesso público, desde que 
expressamente autorizada pelo Chefe do Poder Executivo. 
(E) menos restritivo possível e, transcorrido o prazo de 
classificação ou consumado o evento que defina o seu termo 
final, a informação tornar-se-á de acesso público, desde que 
expressamente autorizada pela autoridade que decretou o 
sigilo. 
Resposta: C
228) (FGV/SEFAZ-MG/AUDITOR FISCAL REC.EST./2023)
Em tema de sujeitos ativos do ato de improbidade administrativa, 
de acordo com a atual redação da Lei nº 8.429/92, assinale a 
afirmativa correta. 
(A) As disposições da Lei de Improbidade Administrativa são 
aplicáveis, no que couber, àquele que, mesmo não sendo 
agente público, induza ou concorra culposa ou dolosamente 
para a prática do ato de improbidade. 
(B) Os sócios, os cotistas, os diretores e os colaboradores de 
pessoa jurídica de direito privado não respondem, em 
Questões da Banca FGV
qualquer hipótese, pelo ato de improbidade que venha a ser 
imputado à pessoa jurídica. 
(C) Os agentes públicos que podem cometer ato de improbidade 
são o agente político, o servidor público e todo aquele que 
exerce, necessariamente de forma permanente e com 
remuneração, mandato, cargo, emprego ou função pública. 
(D) As sanções da Lei de Improbidade Administrativa não se 
aplicarão à pessoa jurídica, caso o ato de improbidade 
administrativa seja também sancionado como ato lesivo à 
Administração Pública de que trata a Lei nº 12.846/2013 – Lei 
Anticorrupção. 
(E) O particular, pessoa física ou jurídica, que celebra com a 
Administração Pública convênio, contrato de repasse, 
contrato de gestão, termo de parceria, termo de cooperação 
ou ajuste administrativo equivalente, no que se refere a 
recursos de origem pública, não se sujeita às sanções 
previstas na Lei de Improbidade Administrativa. 
Resposta: D
229) (FGV/SEFAZ-MG/AUDITOR FISCAL REC.EST./2023)
O Decreto nº 9.830/2019, que regulamenta dispositivos do 
Decreto -Lei nº 4.657/1942 - Lei de Introdução às normas do 
Direito brasileiro, dispôs, entre outros temas, sobre a 
possibilidade de modulação dos efeitos de uma decisão 
administrativa. 
De acordo com o referido diploma normativo, o gestor público 
decisor, em tese, consideradas as consequências jurídicas e 
administrativas da decisão para a Administração Pública e para o 
administrado, na declaração de invalidade de determinado ato 
administrativo 
(A) poderá restringir os efeitos da declaração ou decidir que sua 
eficácia se iniciará em momento posteriormente definido. 
(B) poderá ampliar os efeitos da declaração para atos 
administrativos similares, mas não poderá decidir que sua 
eficácia se iniciará em momento posteriormente definido. 
(C) não poderá restringir os efeitos da declaração, mas poderá 
decidir que sua eficácia se iniciará em momento 
Questões da Banca FGV
posteriormente definido. 
(D) não poderá restringir os efeitos da declaração, nem poderá 
decidir que sua eficácia se iniciará em momento 
posteriormente definido, pois a modulação de efeito se aplica 
somente a decisões judiciais no bojo de processos de controle 
concentrado de constitucionalidade. 
(E) não poderá restringir os efeitos da declaração, nem poderá 
decidir que s ua eficácia se iniciará em momento 
posteriormente definido, pois a modulação de efeito se aplica 
somente a decisões judiciais, em quaisquer processos. 
Resposta: A
230) (FGV/SEFAZ-MG/AUDITOR FISCAL REC.EST./2023)
José , Auditor Fiscal da Receita do Estado Beta , aceitou propina 
para deixar de constituir, mediante lançamento, determinado 
crédito tributário. Diante de tal fato, José está respondendo a 
processo administrativo disciplinar e sendo investigado por crime 
em inquérito policial. 
Sabe -se que o estatuto d os servidores públicos civis do Estado 
Beta dispõe que os prazos de prescrição previstos na lei penal se 
aplicam às infrações disciplinares capituladas também como crime. 
Sobre o caso em tela, de acordo com a jurisprudência do Superior 
Tribunal de Justiça, assinale a afirmativa correta. 
(A) Não deve ser aplicado, na esfera disciplinar, o prazo 
prescricional previsto na legislação penal, porque ainda não 
houve oferecimento de denúncia criminal. 
(B) Deve ser aplicado, na esfera disciplinar, o prazo prescricional 
previsto na legislação penal, apenas porque já houve 
instauração de inquérito policial. 
(C) Não deve ser aplicado, na esfera disciplinar, o prazo 
prescricional previsto na legislação penal, porque ainda não 
foi proferida sentença criminal em primeiro grau de 
jurisdição. 
(D) Não deve ser aplicado, na esfera disciplinar, o prazo 
prescricional previsto na legislação penal, porque ainda não 
foi proferida sentença criminal transitada em julgado. 
(E) Deve ser aplicado, na esfera disciplinar, o prazo prescricional 
Questões da Banca FGV
previsto na legislação penal, independentemente de qualquer 
outra exigência. 
Resposta: E
231) (FGV/SEFAZ-MG/AUDITOR FISCAL REC.EST./2023)
Em tema de tratamento de dados pessoais pelo poder público, de 
acordo com a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais – LGPD, os 
dados deverão ser mantidos em formato interoperável e 
estruturado para o uso compartilhado, com vistas a diversas 
finalidades. 
Consoante dispõe o texto do citado diploma legal, assinale a 
opção que não apresenta uma dessas finalidades. 
(A) Execução de políticas públicas. 
(B) Alimentação de sistemas gerais de informática. 
(C) Prestação de serviços públicos. 
(D) Descentralização da atividade pública. 
(E) Disseminação e acesso das informações pelo público em geral. 
Resposta: B
232) (FGV/SEFAZ-MG/AUDITOR FISCAL REC.EST./2023)
Carla, servidora pública da autarquia Ômega, regularmente, com 
base na legislação de regência, interpôs recurso administrativo 
contra decisão proferida pelo presidente da autarquia, 
devidamente dirigido ao Secretário de Estado com pertinência 
temática com as atividades desenvolvidas pela autarquia. 
No caso em tela, de acordo com a doutrina de Direito 
Administrativo, Carla interpôs um recurso 
(A) de reconsideração, dirigido à autoridade hierarquicamente 
superior de outra pessoa jurídica. 
(B) hierárquico próprio, em razão do controle vertical interno, 
decorrente do poder hierárquico. 
Questões da Banca FGV
(C) hierárquico próprio, em razão da tutela administrativa, não 
havendo que se falar em exercício de poder hierárquico. 
(D) hierárquico impróprio, em razão do controle vertical externo, 
decorrente do poder hierárquico. 
(E) hierárquico impróprio, em razão do controle finalístico, não 
havendo que se falar em exercício de poder hierárquico. 
Resposta: E
233) (FGV/SEFAZ-MG/AUDITOR FISCAL REC.EST./2023)
Ronaldo, servidor público civil do Estado de Minas Gerais, no 
exercício da função, recusou submeter-se à inspeção médica, 
quando necessária. 
Instaurado regular processo administrativo di sciplinar, de acordo 
com o Estatuto dos Servidores Públicos do Estado de Minas 
Gerais (Lei nº 869/1952), Ronaldo está sujeito à sanção disciplinar de 
(A) repreensão. 
(B) multa. 
(C) suspensão. 
(D) demissão ordinária. 
(E) demissão a bem do serviço público. 
Resposta: C
234) (FGV/SEFAZ-MG/AUDITOR FISCAL REC.EST./2023)
Marília, servidora pública civil do Estado de Minas Gerais, em 
virtude de remoção determinada pela Administração Pública, 
passou a ter exercício em nova sede, no interior do Estado. 
Consoante dispõe o Estatuto dos Servidores Públicos do Estado 
de Minas Gerais (Lei nº 869/1952), a Marília será concedida 
(A) diária, por período de até quinze dias, em valor não superior 
a um mês de vencimento.(B) ajuda de custo, que não poderá ser inferior à importância 
Questões da Banca FGV
correspondente a um mês de vencimento e nem superior a 
três. 
(C) ajuda de custo, que não poderá ser paga adiantadamente no 
local do serviço de que foi desligada. 
(D) abono de família, caso comprove que foi obrigada a deslocar 
seu cônjuge do trabalho. 
(E) abono de família, caso comprove que foi obrigada a deslocar 
seus filhos menores da escola. 
Resposta: B
235) (FGV/SEFAZ-MG/AUDITOR FISCAL REC.EST./2023)
De acordo com o Código de Ética Pública do Estado de Minas 
Gerais (Decreto nº 46.644/2014), ao agente público é vedada a 
aceitação de presente, doação ou vantagem de qualquer espécie , 
de pessoa, empresa ou entidade que tenha ou que possa ter 
interesse em (i) quaisquer atos de mero expediente de 
responsabilidade do agente público, (ii) decisão de jurisdição do 
órgão ou entidade de vínculo funcional do agente público; e (iii) 
informações institucionais de caráter sigiloso a que o agente 
público tenha acesso. Essa vedação 
(A) independe do valor monetário. 
(B) ocorre apenas se o valor for maior que um salário -mínimo. 
(C) depende da autorização da chefia imediata. 
(D) depende da autorização da chefia mediata. 
(E) depende da autorização da Controladoria -Geral do Estado. 
Resposta: A
236) (FGV/SEFAZ-MG/AUDITOR FISCAL REC.EST./2023)
Em todos os órgãos e entidades da Administração Pública Direta 
e Indireta do Poder Executivo Estadual de Minas Gerais haverá 
uma Comissão de Ética com a finalidade de difundir as normas do 
Código de Ética e atuar na prevenção e na apuração de falta ética 
Questões da Banca FGV
no âmbito da respectiva instituição. 
As opções a seguir, com base no Código de Ética Pública do 
Estado de Minas Gerais (Decreto nº 46.644/2014), apresentam 
atividades que competem à citada Comissão de Ética, à exceção 
de uma. Assinale-a. 
(A) Orientar e aconselhar o agente público sobre ética 
profissional no respectivo órgão ou entidade. 
(B) Adotar formas de divulgação das normas éticas e de 
prevenção de falta ética. 
(C) Alertar agentes públicos quanto à conduta no ambiente de 
trabalho, especialmente no tratamento com as pessoas e 
com o patrimônio público. 
(D) Decidir pela instauração e conduzir processo ético, 
observadas as normas estabelecidas no citado decreto e em 
deliberações do CONSET. 
(E) Aplicar sanções disciplinares de advertência, censura, 
suspensão e demissão, mediante prévio processo 
administrativo disciplinar, assegurados o contraditório e a 
ampla defesa. 
Resposta: E
237) (FGV/SENADO FEDERAL/ANALISTA LEGISLATIVO/2022)
Carla, servidora pública ocupante do cargo de Analista Legislativo
do Senado Federal, no exercício da função, praticou conduta que
causou danos materiais a Joana, usuária do serviço público. Joana
ajuizou ação indenizatória e, no curso do processo, restou
comprovado que a citada usuária do serviço agiu com culpa
concorrente para o resultado danoso.
No caso em tela, aplica-se a responsabilidade civil
(A) subjetiva, de maneira que é necessária a comprovação do
dolo ou culpa de Carla e, apesar de não haver exclusão da
responsabilidade do Senado Federal, haverá redução do valor
indenizatório em razão da culpa concorrente de Joana.
(B) subjetiva, de maneira que seria necessária a comprovação do
dolo ou culpa de Carla, mas o pleito indenizatório deve ser
julgado improcedente pela ruptura do nexo de causalidade,
Questões da Banca FGV
em razão da culpa concorrente de Joana.
(C) objetiva, de maneira que é desnecessária a comprovação do
dolo ou culpa de Carla e, apesar de não haver exclusão da
responsabilidade da União, haverá redução do valor
indenizatório em razão da culpa concorrente de Joana.
(D) objetiva, de maneira que seria desnecessária a comprovação
do dolo ou culpa de Carla, mas o pleito indenizatório deve ser
julgado improcedente pela ruptura do nexo de causalidade,
em razão da culpa concorrente de Joana.
(E) objetiva, de maneira que seria desnecessária a comprovação
do dolo ou culpa de Carla, mas o pleito indenizatório deve ser
julgado improcedente pela ocorrência de caso fortuito ou
força maior, em razão da culpa concorrente de Joana.
Resposta: C
238) (FGV/SENADO FEDERAL/ANALISTA LEGISLATIVO/2022)
Em tema de controle externo da administração pública, a
fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e
patrimonial da União e das entidades da administração direta e
indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade,
aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida
pelo
(A) Congresso Nacional, com o auxílio da Procuradoria-Geral da
República.
(B) Congresso Nacional, com o auxílio do Tribunal de Contas da
União.
(C) Senado Federal, com o auxílio da Controladoria-Geral da
União.
(D) Senado Federal, com o auxílio do Ministério Público Federal.
(E) Tribunal de Contas da União, com o auxílio da Procuradoria
da Fazenda Nacional.
Resposta: B
Questões da Banca FGV
239) (FGV/SENADO FEDERAL/ANALISTA LEGISLATIVO/2022)
Jorge praticou determinada infração de trânsito em rodovia
federal, de maneira que, como não havia urgência a recomendar
o imediato guincho do veículo, policiais rodoviários federais,
observadas as formalidades legais, apenas lavraram o correlato
auto de infração. Em seguida, a Administração Pública Federal
promoveu o regular processo administrativo para imposição de
multa em desfavor do administrado Jorge, inclusive com as
necessárias notificações da autuação e da aplicação da pena
decorrente da infração, atendidos o contraditório e a ampla
defesa.
Não obstante ter sido regularmente aplicada a citada multa,
Jorge não a pagou, razão pela qual o caso foi encaminhado ao
órgão responsável por promover sua cobrança, mediante
ajuizamento de execução judicial.
No caso em tela, a imposição da multa de trânsito a Jorge decorre
do atributo ato administrativo da
(A) exigibilidade, como meio indireto de coação ao administrado,
mas a necessidade de sua execução judicial afasta a presença
do atributo da autoexecutoridade.
(B) imperatividade, com necessidade de chancela do Poder
Judiciário para validade da sanção, mediante a presença do
atributo da autoexecutoridade.
(C) executoriedade, como meio indireto de coação ao
administrado, mas a necessidade de sua execução judicial
afasta a presença do atributo da imperatividade.
(D) tipicidade, que decorre da supremacia do interesse público,
sem necessidade de prévia previsão legal, e a necessidade de
sua execução judicial decorre do atributo da exigibilidade.
(E) autoexecutoriedade, como meio indireto de coação ao
administrado e necessidade de sua execução judicial decorre
do atributo da coercibilidade.
Resposta: A
240) (FGV/SENADO FEDERAL/ANALISTA LEGISLATIVO/2022)
Em agosto de 2022, Cássio, servidor público ocupante do cargo
de Analista Legislativo do Senado Federal, no exercício da função,
Questões da Banca FGV
de forma dolosa, facilitou a aquisição de determinados bens por
preço superior ao de mercado, causando lesão ao erário.
Consoante dispõe a atual redação da Lei nº 8.429/92, após o
devido processo legal no bojo de ação de improbidade
administrativa, Cássio está sujeito, entre outras, à sanção de
(A) perda da função pública, que atinge apenas o cargo de
Analista Legislativo do Senado Federal.
(B) pagamento de multa civil equivalente a até cem vezes o valor
da remuneração percebida pelo agente.
(C) suspensão dos direitos políticos até 8 (oito) anos, que
somente poderá ser executada após o trânsito em julgado da
sentença condenatória.
(D) pagamento de multa civil equivalente ao dobro do valor do
dano ao erário, podendo o magistrado aumentá-la até o
quádruplo, se o juiz considerar que, em virtude da situação
econômica do réu, o valor inicial é ineficaz para reprovação e
prevenção do ato de improbidade.
(E) perda da função pública, que atinge, em regra, o cargo de
Analista Legislativo do Senado Federal, podendo o
magistrado, contudo, e em caráter excepcional, estendê-la
aos demais vínculos, consideradas as circunstâncias docaso e
a gravidade da infração.
Resposta: A
241) (FGV/SENADO FEDERAL/ANALISTA LEGISLATIVO/2022)
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN,
ente da administração indireta, foi criado pela União, por lei
específica, para exercer atividade típica de Estado de preservação
do patrimônio cultural do país.
Consoante ensina a doutrina de Direito Administrativo, a União
(A) exerce controle de legalidade sobre o IPHAN, mediante o
exercício do poder hierárquico.
(B) exerce controle finalístico sobre o IPHAN, mediante a
supervisão ministerial, que não constitui exercício do poder
hierárquico.
(C) detém controle formal sobre o IPHAN, mediante o exercício
Questões da Banca FGV
do poder de estruturação interna de sua atividade decorrente
do poder regulamentar.
(D) não detém controle de legalidade sobre o IPHAN, mas exerce
o poder de estruturação externa de sua atividade em
decorrência do poder disciplinar.
(E) não detém controle material sobre o IPHAN, por sua
autonomia administrativa, mas possui o poder de
estruturação interna de sua atividade, mediante o exercício
do poder hierárquico.
Resposta: B
242) (FGV/SENADO FEDERAL/ANALISTA LEGISLATIVO/2022)
Antônio, servidor público ocupante do cargo de Analista
Legislativo do Senado Federal, cometeu falta disciplinar e, após
cumpridas as formalidades legais, lhe foi aplicada a sanção de
suspensão por 30 (trinta) dias.
No caso em tela, de acordo com a Lei nº 8.112/1990, a
penalidade de suspensão
(A) será convertida em multa, na base de 50% (cinquenta por
cento) por dia de vencimento, diante da natureza e extensão
da sanção, ficando Antônio obrigado a permanecer em
serviço.
(B) poderá ser convertida em multa, na base de 50% (cinquenta
por cento) por dia de vencimento, se assim desejar Antônio,
que tem direito subjetivo à conversão.
(C) será convertida em multa, na base de 75% (setenta e cinco
por cento) por dia de vencimento, diante da natureza e
extensão da sanção, ficando Antônio obrigado a permanecer
em serviço.
(D) poderá ser convertida em multa, na base de 50% (cinquenta
por cento) por dia de vencimento, quando houver
conveniência para o serviço, ficando Antônio obrigado a
permanecer em serviço.
(E) poderá ser convertida em multa, na base de 75% (setenta e
cinco por cento) por dia de vencimento, quando houver
conveniência para o serviço, desde que Antônio concorde
com a conversão.
Questões da Banca FGV
Resposta: D
243) (FGV/SENADO FEDERAL/ANALISTA LEGISLATIVO/2022)
Em matéria de disposições gerais sobre restrições de acesso à
informação, o texto da Lei nº 12.527/2011 estabelece que
(A) o acesso à informação necessária à tutela judicial ou
administrativa de direitos fundamentais pode ser negado,
desde que fundamentado em parecer subscrito por três
servidores públicos de carreira.
(B) as informações ou documentos que versem sobre condutas
que impliquem violação dos direitos humanos praticada por
agentes públicos ou a mando de autoridades públicas não
poderão ser objeto de restrição de acesso.
(C) a classificação da informação em determinado grau de sigilo
deve observar o interesse público da informação e utilizar o
critério mais restritivo possível, considerado o prazo máximo
de restrição de acesso de vinte anos.
(D) a informação em poder dos órgãos e das entidades públicas,
observado o seu teor e o grau de sua imprescindibilidade à
segurança da sociedade ou do Estado, é classificada como
ultrassecreta quando possuir prazo máximo de restrição de
acesso à informação de trinta anos.
(E) o disposto na Lei de Acesso à Informação exclui as hipóteses
de segredo industrial decorrentes da exploração direta de
atividade econômica pelo Estado ou por pessoa física ou
entidade privada que tenha qualquer vínculo com o poder
público, diante da necessidade de sua ampla publicidade e
transparência.
Resposta: B
244) (FGV/SENADO FEDERAL/ANALISTA LEGISLATIVO/2022)
Em junho de 2022, o Senado Federal iniciou processo
administrativo tendente a verificar a possibilidade de contratação
do serviço técnico especializado de natureza predominantemente
intelectual com empresa de notória especialização na área de
auditoria financeira. Após estudos sobre a economicidade da
Questões da Banca FGV
contratação, concluiu-se que o valor estimado do contrato
administrativo a ser firmado é de seiscentos mil reais.
Auxiliando na instrução do mencionado processo administrativo,
Fernanda, servidora pública ocupante do cargo de Analista
Legislativo do Senado Federal, constatou que, conforme disposto
na Lei nº 14.133/2021, a contratação pretendida
(A) não pode ser feita sem prévia licitação, diante da natureza
dos serviços a serem contratados.
(B) não pode ser feita sem prévia licitação, na modalidade
pregão, diante do valor de mercado estimado.
(C) não pode ser feita sem prévia licitação, na modalidade
diálogo competitivo, diante da natureza do objeto contratual.
(D) pode ser feita sem prévia licitação, mediante dispensa de
licitação, observadas as formalidades legais.
(E) pode ser feita sem prévia licitação, mediante inexigibilidade
de licitação, observadas as formalidades legais.
Resposta: E
245) (FGV/SENADO FEDERAL/ANALISTA LEGISLATIVO/2022)
No bojo de determinado processo administrativo que tramita no
Senado Federal, Joaquim, parte interessada no processo,
apresentou no Supremo Tribunal Federal (STF) reclamação
alegando violação de enunciado de súmula vinculante da
Suprema Corte.
Consoante dispõe a Lei nº 9.784/1999,
(A) não será conhecida a reclamação, porque a decisão
impugnada ocorreu no âmbito de processo administrativo e
não de processo judicial.
(B) será conhecida a reclamação, apenas se a decisão impugnada
tiver formado coisa julgada administrativa e envolver direito
coletivo ou individual indisponível.
(C) não será acolhida a reclamação, porque a legitimidade para
propô-la junto ao STF é ostentada apenas pelo Ministério
Público, partidos políticos e associações constituídas na
forma da lei.
(D) acolhida pelo STF a reclamação, dar-se-á ciência à autoridade
Questões da Banca FGV
prolatora para imediata adequação das decisões
administrativas em casos semelhantes tomadas nos últimos
cinco anos, sob pena de responsabilização pessoal na esfera
administrativa.
(E) acolhida pelo STF a reclamação, dar-se-á ciência à autoridade
prolatora e ao órgão competente para o julgamento do
recurso, que deverão adequar as futuras decisões
administrativas em casos semelhantes, sob pena de
responsabilização pessoal nas esferas cível, administrativa e
penal.
Resposta: E
246) (FGV/TRIB.JUSTIÇA AMAPÁ-AP/JUIZ SUBSTITUTO/2022)
João, então prefeito do Município Alfa, em janeiro de 2012, de
forma culposa, permitiu a aquisição de bem por preço superior
ao de mercado, na medida em que firmou contrato
administrativo com a sociedade empresária Beta para compra de
veículos para a frota oficial do Município com sobrepreço de
R$ 100.000,00. O Ministério Público recebeu representação
noticiando a ilegalidade em junho de 2013, instaurou inquérito
civil e somente concluiu a investigação em setembro de 2021,
confirmando que houve, de fato, superfaturamento no valor
indicado. João exerceu mandato eletivo como chefe do Executivo
municipal até 31/12/2012, haja vista que não foi reeleito.
No caso em tela, com base na jurisprudência do Supremo
Tribunal Federal, em setembro de 2021, a pretensão ministerial
de ressarcimento ao erário em face de João:
(A) ainda não estava prescrita, pois o prazo começa a contar a
partir do término do mandato eletivo;
(B) ainda não estava prescrita, pois o ressarcimento ao erário é
imprescritível, em qualquer hipótese;
(C) já estava prescrita, pois se aplica o prazo de três anos
contados a partir do término do mandato eletivo do agente
público;
(D) já estava prescrita, pois não se trata de ato de improbidade
administrativa doloso, que ensejaria a imprescritibilidade do
ressarcimento ao erário;
Questões da Banca FGV
(E) ainda não estava prescrita, pois o ressarcimento ao erário é
imprescritível, desde que o ato ilícito também configure ato
de improbidade,culposo ou doloso.
Resposta: D
247) (FGV/TRIB.JUSTIÇA AMAPÁ-AP/JUIZ SUBSTITUTO/2022)
O Estado Alfa celebrou com uma organização da sociedade civil
(OSC) uma espécie de parceria, mediante transferência voluntária
de recursos para consecução de plano de trabalho proposto pelo
poder público estadual, em regime de mútua cooperação, para a
consecução de finalidades de interesse público e recíproco
propostas pela Administração Pública, consistentes na promoção
e divulgação do “Programa à Vítima e Testemunha Ameaçadas no
Estado Alfa”, garantindo, na forma da lei, às vítimas e às
testemunhas, alimentação, saúde, moradia, educação e lazer, de
maneira a promover a reinserção social dos sujeitos em proteção
em um novo território fora do local de risco.
De acordo com a Lei nº 13.019/2014, no caso em tela, o
instrumento adequado utilizado foi o:
(A) contrato de gestão, e o serviço firmado foi delegado à OSC,
contratada mediante licitação;
(B) termo de colaboração, e a OSC foi selecionada por meio de
chamamento público;
(C) termo de parceria, e a OSC foi selecionada mediante
inexigibilidade de licitação;
(D) termo de fomento, e a OSC foi selecionada mediante
contratação direta;
(E) acordo de cooperação, e deve haver prestação de contas
sobre os recursos financeiros transferidos ao Tribunal de
Contas.
Resposta: B
Questões da Banca FGV
248) (FGV/TRIB.JUSTIÇA AMAPÁ-AP/JUIZ SUBSTITUTO/2022)
O Estado Gama, por meio de emenda constitucional, acresceu à
sua Constituição Estadual norma instituindo o teto remuneratório
dos servidores públicos estaduais limitado ao valor do subsídio
mensal dos ministros do Supremo Tribunal Federal.
De acordo com a Constituição da República de 1988 e a
jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, a mencionada
norma é:
(A) inconstitucional, pois a Constituição da República de 1988
dispõe que é facultado aos Estados fixar, em seu âmbito,
mediante emenda às respectivas Constituições estaduais, o
teto remuneratório dos servidores públicos estaduais do
Judiciário, adotando, como limite único, o valor do subsídio
mensal dos desembargadores dos respectivos Tribunais de
Justiça, limitado a 95% do subsídio mensal dos ministros do
Supremo Tribunal Federal;
(B) inconstitucional, pois a Constituição da República de 1988
dispõe que é facultado aos Estados fixar, em seu âmbito,
mediante emenda às respectivas Constituições estaduais, o
teto remuneratório dos servidores públicos estaduais, exceto
no que se refere aos subsídios dos deputados estaduais,
adotando, como limite único, o valor do subsídio mensal dos
desembargadores dos respectivos Tribunais de Justiça,
limitado a 90,25% do subsídio mensal dos ministros do
Supremo Tribunal Federal;
(C) inconstitucional, pois a Constituição da República de 1988
dispõe que é obrigatório aos Estados fixar, em seu âmbito,
mediante emenda às respectivas Constituições estaduais, o
teto remuneratório dos servidores públicos estaduais, exceto
no que se refere aos subsídios dos magistrados, adotando,
como limite único, o valor do subsídio mensal dos
desembargadores dos respectivos Tribunais de Justiça,
limitado a 90,25% do subsídio mensal do governador do
Estado;
(D) constitucional, pois reproduziu o texto da Constituição da
República de 1988 que estabelece como limite para o teto da
remuneração dos ocupantes de cargos, funções e empregos
públicos da administração direta e indireta de qualquer dos
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, o subsídio mensal, em espécie, dos ministros do
Supremo Tribunal Federal;
(E) constitucional, pois reproduziu o texto da Constituição da
República de 1988 que estabelece como limite para o teto da
Questões da Banca FGV
remuneração dos ocupantes de cargos, funções e empregos
públicos da administração direta, autárquica e fundacional,
dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, o subsídio
mensal, em espécie, dos ministros do Supremo Tribunal
Federal.
Resposta: B
249) (FGV/TRIB.JUSTIÇA AMAPÁ-AP/JUIZ SUBSTITUTO/2022)
A sociedade empresária Alfa exercia a venda de produtos
alimentícios em uma mercearia, com licença municipal específica
para tal atividade. No entanto, os proprietários do comércio
também desenvolviam comercialização de fogos de artifício, de
forma absolutamente clandestina, pois sem a autorização do
poder público. Durante as inspeções ordinárias, o poder público
nunca encontrou indícios de venda de fogos de artifício,
tampouco o fato foi alguma vez noticiado à municipalidade. Certo
dia, grande explosão e incêndio ocorreram no comércio,
causados pelos fogos de artifício, que atingiram a casa de João,
morador vizinho à mercearia, que sofreu danos morais e
materiais. João ajuizou ação indenizatória em face do Município,
alegando que incide sua responsabilidade objetiva por omissão.
No caso em tela, valendo-se da jurisprudência do Supremo
Tribunal Federal, o magistrado deve julgar:
(A) procedente o pedido, pois se aplica a teoria do risco
administrativo, de maneira que não é necessária a
demonstração do dolo ou culpa do Município, sendo devida a
indenização;
(B) procedente o pedido, pois, diante da omissão específica do
Município, aplica-se a teoria do dano in re ipsa, devendo o
poder público arcar com a indenização, desde que exista nexo
causal entre o incêndio e os danos sofridos por João;
(C) procedente o pedido, diante da falha da Administração
Municipal na fiscalização de atividade de risco, qual seja, o
estabelecimento destinado a comércio de fogos de artifício,
incidindo a responsabilidade civil objetiva;
(D) improcedente o pedido, pois, apesar de ser desnecessária a
Questões da Banca FGV
demonstração de violação de um dever jurídico específico de
agir do Município, a responsabilidade civil originária é da
sociedade empresária Alfa, de maneira que o Município
responde de forma subsidiária, caso a responsável direta pelo
dano seja insolvente;
(E) improcedente o pedido, pois, para que ficasse caracterizada a
responsabilidade civil do Município, seria necessária a
violação de um dever jurídico específico de agir, seja pela
concessão de licença para funcionamento sem as cautelas
legais, seja pelo conhecimento do poder público de eventuais
irregularidades praticadas pelo particular, o que não é o caso.
Resposta: E
250) (FGV/TRIB.JUSTIÇA AMAPÁ-AP/JUIZ SUBSTITUTO/2022)
O Município Beta, após revisão de seu plano diretor com a oitiva
da sociedade civil, por meio de diversas audiências públicas,
concluiu que necessitava de áreas para a execução de programas
e projetos habitacionais de interesse social. Dessa forma, foi
editada lei municipal, baseada no citado plano diretor,
delimitando as áreas em que incidirá direito de preempção, com
prazo de vigência de quatro anos. O direito de preempção
conferiu ao poder público municipal preferência para aquisição
de imóvel urbano objeto de alienação onerosa entre particulares,
naquela área especificada. Por entender que a citada lei
municipal é inconstitucional por violar seu direito de
propriedade, João alienou a Maria seu imóvel urbano incluído na
área prevista na lei, sem oportunizar ao município o direito de
preferência. O Município Beta ajuizou ação pleiteando a
invalidação do negócio jurídico celebrado entre João e Maria,
requerendo que lhe sejam assegurados os direitos previstos no
Estatuto da Cidade.
No caso em tela, o magistrado deve observar que a Lei nº
10.257/2001 dispõe que a alienação do imóvel de João a Maria é:
(A) válida e eficaz, haja vista que a lei municipal é materialmente
inconstitucional por violar o direito de propriedade de João,
na medida em que não especificou os proprietários de
imóveis que serão desapropriados;
Questões da Banca FGV
(B) válida e eficaz, haja vista que a lei municipal é formalmente
inconstitucional por violar o direito de propriedade de João,
visto que é competência legislativa dos Estados editar normas
dispondo sobre esse tipo de limitação administrativa;
(C) nula de pleno direito, e o Município poderá adquirir o imóvel
pelo seu valor venalprevisto na base de cálculo do IPTU ou
pelo valor da transação, se este for inferior àquele, pois o
direito de preempção é uma espécie de limitação
administrativa;
(D) válida e ineficaz, haja vista que o Município deverá
comprovar, durante a fase de instrução probatória, a
utilidade pública, a necessidade pública ou o interesse social
para exercer seu direito de preferência, por meio da
desapropriação;
(E) nula de pleno direito, e o Município poderá adquirir o imóvel
pelo seu valor venal, a ser definido por perícia de avaliação
judicial, assegurados o contraditório e a ampla defesa, pois o
direito de preempção é uma espécie de desapropriação
especial urbana.
Resposta: C
251) (FGV/TRIB.JUSTIÇA AMAPÁ-AP/JUIZ SUBSTITUTO/2022)
O Estado Alfa realizou o chamado, pela nova Lei de Licitação (Lei
nº 14.133/2021), procedimento de credenciamento, na medida
em que realizou um processo administrativo de chamamento
público, convocando interessados em prestar determinados
serviços para que, preenchidos os requisitos necessários, se
credenciassem no órgão para executar o objeto quando
convocados.
Cumpridas todas as formalidades legais, na presente hipótese, de
acordo com o citado diploma legal, em se tratando de caso de
objeto que deva ser contratado por meio de credenciamento, a
licitação é:
(A) inexigível, por expressa previsão legal;
(B) dispensável, por expressa previsão legal;
(C) obrigatória, na modalidade diálogo competitivo;
(D) obrigatória, na modalidade pregão;
Questões da Banca FGV
(E) obrigatória, na modalidade leilão.
Resposta: A
252) (FGV/TRIB.JUSTIÇA AMAPÁ-AP/JUIZ SUBSTITUTO/2022)
Maria foi aprovada em concurso público para o cargo efetivo de
analista processual do Estado Delta e classificada em quinto
lugar. O edital do concurso ofereceu apenas quatro vagas, não
obstante houvesse dez cargos efetivos vagos. O resultado final do
concurso foi regularmente homologado e, durante o seu prazo de
validade, que não foi prorrogado e acaba na próxima semana, o
Estado Delta convocou e nomeou os quatro primeiros
classificados. Maria logrou obter informações e documentos que
comprovam, de forma cabal, que o Estado Delta recentemente
nomeou, sem prévio concurso público, para cargo em comissão,
três pessoas para exercerem exatamente as mesmas funções
afetas ao cargo de analista processual, de necessidade
permanente para o Estado, sendo que, para desempenho da
mesma função, há ainda servidores temporários com
prorrogações sucessivas de seus contratos de trabalho. Assim,
Maria impetrou mandado de segurança, pleiteando sua
convocação, nomeação e posse.
Consoante a atual jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, a
ordem deve ser:
(A) denegada, pois apenas convertem a mera expectativa de
direito em direito subjetivo à nomeação os candidatos
aprovados dentro do número de vagas oferecidas no edital
do concurso público;
(B) denegada, pois apenas possuem direito subjetivo à nomeação
os candidatos aprovados dentro do número de vagas e os que
forem preteridos pela administração pública por burla à
ordem de classificação;
(C) denegada, pois apenas possuem direito subjetivo à nomeação
os candidatos aprovados dentro do número de vagas e
aqueles que forem preteridos na ordem de classificação, bem
como se houver abertura de novo concurso para o mesmo
cargo, durante o prazo de validade do certame anterior;
(D) concedida, pois Maria passou a ter direito subjetivo à
Questões da Banca FGV
nomeação, na medida em que surgiram novas vagas durante
o prazo de validade do certame, o que gera automaticamente
o direito à nomeação dos candidatos aprovados fora das
vagas previstas no edital do concurso anterior;
(E) concedida, pois Maria passou a ter direito subjetivo à
nomeação, na medida em que foi preterida de forma
arbitrária e imotivada por parte da administração pública, em
comportamento expresso que revela a inequívoca
necessidade de sua nomeação.
Resposta: E
253) (FGV/TRIB.JUSTIÇA AMAPÁ-AP/JUIZ SUBSTITUTO/2022)
A sociedade de economia mista Beta do Município X recebeu
formalmente, por meio de lei específica, delegação do poder de
polícia do Município para prestar serviço de policiamento do
trânsito na cidade, inclusive para aplicar multa aos infratores.
Sabe-se que a entidade Beta é uma empresa estatal municipal de
capital majoritariamente público, que presta exclusivamente
serviço público de atuação própria do poder público e em regime
não concorrencial. Por entender que o Município X não poderia
delegar o poder de polícia a pessoa jurídica de direito privado, o
Ministério Público ajuizou ação civil pública pleiteando a
declaração de nulidade da delegação e das multas aplicadas,
assim como a assunção imediata do serviço pelo Município.
No caso em tela, de acordo com a atual jurisprudência do
Supremo Tribunal Federal em tema de repercussão geral, a
pretensão ministerial:
(A) não deve ser acolhida, pois é constitucional a delegação do
poder de polícia na forma realizada, inclusive no que
concerne à sanção de polícia;
(B) não deve ser acolhida, pois é constitucional a delegação do
poder de polícia a qualquer pessoa jurídica de direito privado,
desde que cumprido o único requisito que é a prévia
autorização legal;
(C) deve ser acolhida, pois é inconstitucional a delegação do
poder de polícia, em qualquer das fases de seu ciclo, a pessoa
jurídica de direito privado integrante da administração
Questões da Banca FGV
indireta;
(D) deve ser acolhida parcialmente, pois é inconstitucional a
delegação do poder de polícia, nas fases de seu ciclo de
ordem de polícia e de sanção de polícia, a pessoa jurídica de
direito privado integrante da administração indireta;
(E) deve ser acolhida parcialmente, pois, apesar de ser
constitucional a delegação do poder de polícia para o serviço
público de fiscalização de trânsito, é inconstitucional tal
delegação no que concerne à aplicação de multa, que deve
ser feita por pessoa jurídica de direito público.
Resposta: A
254) (FGV/TRIB.JUSTIÇA AMAPÁ-AP/JUIZ SUBSTITUTO/2022)
João é proprietário de imóvel rural que engloba grande área na
cidade Alfa, interior do Estado. O imóvel de João, sem seu
conhecimento, foi invadido por terceiras pessoas que passaram a
cultivar plantas psicotrópicas (maconha) de forma ilícita. O
Município Alfa ajuizou ação perante a Justiça Estadual visando à
desapropriação confisco do imóvel de João.
No caso em tela, de acordo com o entendimento do Supremo
Tribunal Federal, a expropriação prevista no Art. 243 da
Constituição da República de 1988:
(A) pode ser afastada, desde que o proprietário João comprove
que não incorreu em dolo ou culpa grave, pois possui
responsabilidade subjetiva, vedada a inversão do ônus da
prova, mas o Juízo deve extinguir o processo sem resolução
do mérito pela ilegitimidade ativa do Município Alfa, pois a
ação deve ser proposta pela União, na Justiça Federal;
(B) pode ser afastada, desde que o proprietário João comprove
que não incorreu em dolo ou culpa grave, pois possui
responsabilidade subjetiva, vedada a inversão do ônus da
prova, mas o Juízo deve extinguir o processo sem resolução
do mérito pela ilegitimidade ativa do Município Alfa, pois a
ação deve ser proposta pelo Estado;
(C) não pode ser afastada, pois João possui responsabilidade
objetiva, vedada a inversão do ônus da prova, e o Judiciário
deve julgar procedente o pedido de desapropriação confisco,
Questões da Banca FGV
de maneira que o imóvel de João seja destinado à reforma
agrária e a programas de habitação popular, sem qualquer
indenização ao proprietário e sem prejuízo de outras sanções
previstas em lei;
(D) pode ser afastada, desde que o proprietário João comprove
que não incorreu em culpa, ainda que in vigilando ou in
eligendo, pois possui responsabilidade subjetiva, com
inversão do ônus da prova, mas o Juízo deve extinguir o
processo sem resolução do mérito pela ilegitimidade ativa do
Município Alfa, pois a ação deve ser proposta pela União, na
Justiça Federal;
(E) não pode ser afastada, pois João possui responsabilidade
objetiva, admitida a inversão do ônus da prova,e o Judiciário
deve julgar procedente o pedido de desapropriação confisco,
sendo que todo e qualquer bem de valor econômico
apreendido em decorrência do tráfico ilícito de
entorpecentes e drogas afins será confiscado e reverterá a
fundo especial com destinação específica, na forma da lei.
Resposta: D
Direito Ambiental
255) (FGV/2019/OAB/XXIX EXAME DE ORDEM UNIFICADO)
Em decorrência de grave dano ambiental em uma
Unidade de Conservação, devido ao rompimento de barragem
de contenção de sedimentos minerais, a Defensoria Pública
estadual ingressa com Ação Civil Pública em face
do causador do dano. Sobre a hipótese, assinale
a afirmativa correta.
a) A Ação Civil Pública não deve prosseguir,
uma vez que a Defensoria Pública não é
legitimada a propor a referida ação judicial.
b) A Defensoria Pública pode pedir a recomposição
do meio ambiente cumulativamente ao pedido de indenizar,
sem que isso configure bis in idem.
c) Tendo em vista que a conduta configura
crime ambiental, a ação penal deve anteceder a
Questões da Banca FGV
Ação Civil Pública, vinculando o resultado desta.
d) A Ação Civil Pública não deve prosseguir,
uma vez que apenas o IBAMA possui competência
para propor Ação Civil Pública quando o dano
ambiental é causado em Unidade de Conservação.
Resposta: B
256) (FGV/2019/OAB/XXVIII EXAME DE ORDEM UNIFICADO)
A sociedade empresária Foice Ltda., dá início à
construção de galpão de armazenamento de ferro-velho. Com
isso, dá início a Estudo de Impacto Ambiental
- EIA. No curso do EIA, verificou-se que
a construção atingiria área verde da Comunidade de
Flores, de modo que 60 (sessenta) cidadãos da
referida Comunidade solicitaram à autoridade competente que fosse
realizada, no âmbito do EIA, audiência pública. Sobre
a situação, assinale a afirmativa correta.
a) A audiência pública não é necessária, uma
vez que apenas deve ser instalada quando houver
solicitação do Ministério Público.
b) A audiência pública não é necessária, uma
vez que apenas deve ser instalada quando houver
solicitação de associação civil legalmente constituída há pelo
menos 1 (um) ano.
c) A audiência pública é necessária, e, caso
não realizada, a eventual licença ambiental concedida não
terá validade.
d) A audiência pública é necessária, salvo quando
celebrado Termo de Ajustamento de Conduta com o
Ministério Público.
Resposta: C
Questões da Banca FGV
257) (FGV/2019/OAB/XXX EXAME DE ORDEM UNIFICADO)
Pedro, proprietário de fazenda com grande diversidade florestal,
decide preservar os recursos ambientais nela existentes, limitando,
de forma perpétua, o uso de parcela de
sua propriedade por parte de outros possuidores a
qualquer título, o que realiza por meio de
instrumento particular, averbado na matrícula do imóvel no
registro de imóveis competente.Assinale a opção que indica
o instrumento jurídico a que se refere o
caso descrito.
a) Zoneamento Ambiental.
b) Servidão Ambiental.
c) Área Ambiental Restrita.
d) Área de Relevante Interesse Ecológico.
Resposta: B
258) (FGV/2019/OAB/XXX EXAME DE ORDEM UNIFICADO)
Renato, proprietário de terra rural inserida no Município
X, pretende promover a queimada da vegetação existente
para o cultivo de cana-de-açúcar. Assim, consulta seu
advogado, indagando sobre a possibilidade da realização da
queimada. Sobre o caso narrado, assinale a afirmativa
correta.
a) A queimada poderá ser autorizada pelo órgão
estadual ambiental competente do SISNAMA, caso as peculiaridades
dos locais justifiquem o emprego do fogo em
práticas agropastoris ou florestais.
b) A queimada poderá ser autorizada pelo órgão
municipal ambiental competente, após audiência pública realizada
pelo Município X no âmbito do SISNAMA.
c) A queimada não pode ser realizada, constituindo,
ainda, ato tipificado como crime ambiental caso a
área esteja inserida em Unidade de Conservação.
d) A queimada não dependerá de autorização, caso
Renato comprove a manutenção da área mínima de
cobertura de vegetação nativa, a título de reserva
Questões da Banca FGV
legal.
Resposta: A
259) (FGV/2020/OAB/XXXI EXAME DE ORDEM UNIFICADO)
Seguindo plano de expansão de seu parque industrial
para a produção de bebidas, o conselho de
administração da sociedade empresária Frescor S/A autoriza a
destruição de parte de floresta inserida em Área
de Preservação Permanente, medida que se consuma na
implantação de nova fábrica.Sobre responsabilidade ambiental, tendo como
referência a hipótese narrada, assinale a afirmativa correta.
a)Frescor S/A responde civil e administrativamente, sendo excluída
a responsabilidade penal por ter a decisão sido
tomada por órgão colegiado da sociedade.
b)Frescor S/A responde civil e administrativamente, uma vez
que não há tipificação criminal para casos de
destruição de Área de Preservação Permanente, mas apenas
de Unidades de Conservação.
c)Frescor S/A responde civil, administrativa e penalmente, sendo
a ação penal pública, condicionada à prévia apuração
pela autoridade ambiental competente.
d)Frescor S/A responde civil, administrativa e penalmente, sendo
agravante da pena a intenção de obtenção de
vantagem pecuniária.
Resposta: D
260) (FGV/2020/OAB/XXXI EXAME DE ORDEM UNIFICADO)
Efeito Estufa Ltda., sociedade empresária que atua no
processamento de alimentos, pretende instalar nova unidade
produtiva na área urbana do Município de Ar Puro,
inserida no Estado Y. Para esse fim, verificou
que a autoridade competente para realizar o licenciamento
Questões da Banca FGV
ambiental será a do próprio Município de Ar
Puro.Sobre o caso, assinale a opção que indica
quem deve realizar o estudo de impacto ambiental.
a)O Município de Ar Puro.
b)O Estado Y.
c)O IBAMA.
d)Profissionais legalmente habilitados, às expensas
do empreendedor.
Resposta: D
261) (FGV/2021/OAB/XXXII/EXAME DE ORDEM UNIFICADO)
O Estado Z promulga lei autorizando a supressão
de vegetação em Área de Preservação Permanente para
pequenas construções. A área máxima para supressão, segundo
a lei, é de 100 metros quadrados quando
utilizados para lazer e de 500 metros quadrados
quando utilizados para fins comerciais. Sobre a referida
lei, assinale a afirmativa correta.
a) A lei é válida, uma vez que
é competência privativa dos Estados legislar sobre as
Áreas de Preservação Permanente inseridas em seu território.
b) A lei é válida apenas com relação
à utilização com finalidade de lazer, uma vez
que é vedada a exploração comercial em Área
de Preservação Permanente.
c) A lei é inconstitucional, uma vez que compete aos Municípios
legislar sobre impactos ambientais de âmbito local.
d) A lei é inconstitucional, uma vez que
é competência da União dispor sobre normas gerais
sobre proteção do meio ambiente.
Resposta: D
Questões da Banca FGV
262) (FGV/2021/OAB/XXXII/EXAME DE ORDEM UNIFICADO)
A sociedade empresária Alfa opera, com regular licença
ambiental expedida pelo órgão federal competente, empreendimento
da área de refino de petróleo que está instalado
nos limites do território do Estado da Federação
Beta e localizado no interior de unidade de
conservação instituída pela União. Durante o prazo de
validade da licença de operação, o órgão federal
competente, com a aquiescência do órgão estadual competente
do Estado Beta, deseja delegar a execução de ações administrativas
a ele atribuídas, consistente na fiscalização
do cumprimento de condicionantes da licença ambiental para
o Estado Beta.Sobre a delegação pretendida pelo órgão
federal, consoante dispõe a Lei Complementar nº 140/2011,
assinale a afirmativa correta.
a) É possível, desde que o Estado Beta
disponha de órgão ambiental capacitado a executar as
ações administrativas a serem delegadas e de conselho
de meio ambiente.
b) É possível, desde que haja prévia manifestação
dos conselhos nacional e estadual do meio ambiente,
do Ministério Público e homologação judicial.
c) Não é possível, eis que a competência
para licenciamento ambiental é definida por critérios objetivos
estabelecidos na legislação, sendo vedada a delegação de
competência do poder de polícia ambiental.
d) Não é possível, eis que a delegaçãode ações administrativas somente é permitida quando realizada
do Município para Estado ou União, ou de
Estado para União, vedada a delegação de atribuição
ambiental federal.
Resposta: A
263) (FGV/2021/OAB/XXXIII/EXAME DE ORDEM UNIFICADO)
Há grande interesse das sociedades empresárias do setor
petrolífero na exploração de áreas localizadas no mar.
Nessas áreas, segundo grupos ambientalistas, foi constatada a
Questões da Banca FGV
presença de rara e sensível formação de recifes
costeiros. Sobre a hipótese, assinale a opção que
indica a medida adequada que o Poder Público
deve tomar para manter a área preservada.
a) Criar uma Reserva Legal.
b) Criar um Parque Nacional Marinho.
c) Autorizar a criação de uma Zona de Amortecimento.
d) Estabelecer uma Área de Indisponibilidade da Zona Costeira.
Resposta: B
264) (FGV/2021/OAB/XXXIII/EXAME DE ORDEM UNIFICADO)
Determinado empreendedor requereu ao órgão ambiental competente licença
ambiental para indústria geradora de significativa poluição atmosférica,
que seria instalada em zona industrial que, contudo,
já está saturada. Após a análise técnica necessária,
feita com base nos riscos e impactos já
de antemão conhecidos em razão de certeza científica,
concluiu-se que os impactos negativos decorrentes da atividade
não poderiam sequer ser mitigados a contento, diante
da sinergia e cumulatividades com as atividades das
demais fábricas já existentes na localidade. Assim, o
órgão ambiental indeferiu o pedido de licença, com
objetivo de impedir a ocorrência de danos ambientais,
já que sabidamente a atividade comprometeria a capacidade
desuporte dos ecossistemas locais. Assinale a opção que
indica o princípio de Direito Ambiental em que
a decisão de indeferimento do pedido de licença
está fundada específica e diretamente.
a) Princípio da precaução, eis que a operação
do empreendimento pretendido causa riscos hipotéticos que devem
ser evitados.
b) Princípio da prevenção, eis que a operação
do empreendimento pretendido causa perigo certo, com riscos
previamente conhecidos.
c) Princípio do poluidor-pagador, eis que a operação
do empreendimento pretendido está condicionada à adoção das
Questões da Banca FGV
cautelas ambientais cabíveis para mitigar e reparar os
danos ambientais.
d) Princípio da responsabilidade ambiental objetiva, eis que
a operação do empreendimento pretendido está condicionada ao
prévio depósito de caução para garantir o pagamento
de eventuais danos ambientais.
Resposta: B
265) (FGV/2022/MP-GO/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO)
Na região da bacia do rio Araguaia, uma
tentativa de assalto resultou em desastre ambiental. Conforme
apurado pela Polícia Rodoviária Estadual, dois homens em
um veículo de passeio tentaram roubar um caminhão
que transportava 20 mil litros de agrotóxico. Após
manobra empreendida pelos assaltantes na tentativa de fechar
o caminhão, o motorista perdeu o controle e
a carreta tombou na margem do curso hídrico,
despejando quase toda a sua carga no leito
do rio Araguaia. O agrotóxico provocou a morte
de várias toneladas de peixes, justamente na época
da piracema, quando os cardumes sobem o rio
para desovar, o que deixou centenas de pescadores
sem poder trabalhar e causou inúmeros prejuízos às
populações ribeirinhas. Sabe-se que o caminhão pertencia à
sociedade empresária Alfa, que explora a atividade econômica
de produção, transporte e distribuição de defensivos agrícolas.
Em face da situação hipotética formulada, de acordo
com a jurisprudência sedimentada pelo Superior Tribunal de
Justiça, é correto afirmar que:
a) a sociedade empresária Alfa deve indenizar os
prejuízos mencionados, uma vez que a responsabilidade por
dano ambiental é objetiva, informada pela teoria do
risco integral, o que torna dispensável a demonstração
da existência de nexo de causalidade apto a
vincular o resultado lesivo ao comportamento daquele a
quem se repute a condição de agente causador;
b) afastado o rigor da teoria do risco
Questões da Banca FGV
integral, por falta de previsão expressa na legislação
ambiental, a sociedade empresária Alfa não deve indenizar
os prejuízos mencionados, pois o fato de terceiro
rompe o nexo de causalidade na hipótese, sobretudo
porque configura crime doloso e, portanto, fortuito externo;
c) embora inaplicável a teoria do risco integral,
não contemplada expressamente na legislação ambiental, a sociedade
empresária Alfa deve indenizar os prejuízos mencionados, porquanto
o fato de terceiro constitui, na espécie, risco
inerente à atividade explorada e, destarte, fortuito interno;
d) a sociedade empresária Alfa deve indenizar os
prejuízos mencionados, uma vez que a responsabilidade por
dano ambiental é objetiva, informada pela teoria do
risco integral, o que torna descabida a invocação
de excludentes de responsabilidade civil, como fato de
terceiro, para afastar a obrigação de indenizar;
e) afastado o rigor da teoria do risco
integral, não contemplada expressamente na legislação ambiental, a
sociedade empresária Alfa não deve indenizar os prejuízos
mencionados, pois o fato de terceiro rompe o
nexo de causalidade, independentemente da distinção entre fortuito
interno e externo.
Resposta: D
266) (FGV/2022/MP-GO/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO)
A Cota de Reserva Ambiental (CRA) foi introduzida
pela Lei nº 12.651/2012 com o objetivo de
substituir o modelo de legislação ambiental de regulação
sancionatória estrita (command-and-control) por um sistema
baseado em soluções de mercado (market-based). A CRA pode ser
transferida e utilizada para compensar a área de
Reserva Legal existente em outro imóvel de extensão
inferior à exigida por lei. Sobre a CRA
e a compensação da Reserva Legal, é correto
afirmar que:
a) é vedada a emissão de CRA representativa
de área localizada no interior de Unidade de
Questões da Banca FGV
Conservação;
b) a compensação pode ser utilizada para viabilizar
a criação de corredores ecológicos, a conversão de
novas áreas para uso alternativo do solo e
a conservação de grandes áreas protegidas;
c) a CRA pode ser transferida a pessoa
física ou jurídica de direito privado, de forma
onerosa ou gratuita, bem como a pessoa jurídica
de direito público, de forma gratuita;
d) as áreas a serem compensadas devem estar
localizadas no mesmo bioma e possuir identidade ecológica,
no mesmo Estado ou não;
e) é vedada a emissão de CRA representativa
de área sob regime de servidão ambiental.
Resposta: D
267) (FGV/2022/MP-GO/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO)
A 7ª Promotoria da Comarca de Luziânia (GO)
recebeu notícia anônima de que a pessoa jurídica
Corumbá Park teria instalado um empreendimento do setor
de turismo e lazer em área de preservação
permanente (APP) do lago Corumbá, afetando a vegetação
da região. Nessa situação, caso o promotor de
justiça em exercício no órgão:
a) entenda que a atribuição para apreciar a
notícia do fato é de outra promotoria, o
encaminhamento ao referido órgão dependerá de referendo do
Conselho Superior;
b) instaure procedimento preparatório para identificação dos investigados
ou delimitação do objeto, será indispensável a edição
de nova portaria para a sua conversão em
inquérito civil;
c) instaure inquérito civil, qualquer interessado poderá requerer
ao Conselho Superior o seu arquivamento, sendo vedada
a instauração do procedimento com base em notícia
anônima;
d) seja frequentador do empreendimento em questão, será
Questões da Banca FGV
suspeito para presidir o inquérito civil sobre os
fatos, o que pode ser declarado de ofício
ou mediante arguição do interessado, que, caso rejeitada,
será deliberada pelo Conselho Superior do Ministério Público;
e) tenha notícia da existência de compromisso de
ajustamento de conduta firmado entre a Corumbá Park
e o Estado de Goiás envolvendo os mesmos
fatos, deverá promover o arquivamento de eventual procedimento
instaurado e oficiar ao ente legitimado para a
execução do compromisso.
Resposta: B
268) (FGV/2022/MP-SC/ANALISTA/ADMINISTRAÇÃO)
Maria, cidadã moradora do Município Alfa, constatou que
uma área de preservação ambiental estava sendodiariamente
desmatada, de modo que ela pudesse ceder lugar
a pastagens para a criação de bovinos.Irresignada com
essa situação, procurou um advogado e solicitou esclarecimentos
a respeito da medida que poderia adotar, sendo
respondido, corretamente, que ela:
a) pode ajuizar uma ação popular visando à
interrupção do desmatamento e à recuperação da área
de preservação ambiental;
b) pode ajuizar ação popular ou ação civil
pública visando à interrupção do desmatamento e à
recuperação da área de preservação ambiental;
c) apenas pode exercer o direito de petição,
peticionando aos poderes públicos para que identifiquem e
multem os responsáveis pelo desmatamento;
d) apenas pode exercer o direito de petição,
para a adoção de medidas administrativas ou representar
ao Ministério Público ou a outro legitimado para
o ajuizamento de ação civil pública;
e) pode impetrar mandado de segurança para que
os responsáveis pelo desmatamento observem o seu direito
líquido e certo ao meio ambiente ecologicamente equilibrado.
Questões da Banca FGV
Resposta: A
269) (FGV/2022/OAB/XXXV/EXAME DE ORDEM UNIFICADO)
Após regular processo administrativo de licenciamento ambiental, o 
Estado Alfa, por meio de seu órgão ambiental competente,
deferiu licença de operação para a sociedade empresária Gama
realizar atividade de frigorífico e abatedouro de bovinos. Durante
o prazo de validade da licença, no entanto,
a sociedade empresária Gama descumpriu algumas condicionantes da licença
relacionadas ao tratamento dos efluentes industriais, praticando
infração ambiental. Diante da inércia fiscalizatória do órgão
licenciador, o município onde o empreendimento está instalado, por
meio de seu órgão ambiental competente, exerceu o poder de polícia
e lavrou auto de infração em desfavor da sociedade empresária Gama.
No caso em tela, a conduta do município é
a)lícita, pois, apesar de competir, em regra, ao
órgão estadual lavrar auto de infração ambiental, o município
pode lavrar o auto e, caso o órgão estadual
também o lavre, prevalecerá o que foilavrado primeiro.
b)lícita, pois, apesar de competir, em regra, ao
órgão estadual licenciador lavrar auto de infração ambiental, o
município atuou legitimamente, diante da inércia do órgão estadual.
c)ilícita, pois compete privativamente ao órgão estadual responsável pelo
licenciamento da atividade lavrar auto deinfração ambiental, vedada
a atuação do município.
d)ilícita, pois, apesar de competir, em regra, ao
órgão estadual licenciador lavrar auto de infração ambiental, em
caso de sua inércia, apenas a União poderia suplementar
a atividade defiscalização ambiental.
Resposta: B
270) (FGV/2022/OAB/XXXV/EXAME DE ORDEM UNIFICADO)
A sociedade empresária Beta atua no ramo de
produção de produtos agrotóxicos, com regular licença ambiental, e
vem cumprindo satisfatoriamente todas as condicionantes da licença.
Ocorre que, porum acidente causado pela queda de um
Questões da Banca FGV
raio em uma das caldeiras deprodução, houve vazamento
de material tóxico, que causou grave contaminação do solo,
subsolo e lençol freático. Não obstante a sociedade
empresária tenha adotado, de plano,algumas medidas iniciais para
mitigar e remediar parte dos impactos,fato é que
ainda subsiste considerável passivo ambiental a ser remediado. 
Tendo em vista que a sociedade empresária Beta parou
de atender às determinações administrativas do órgão ambiental competente,
o Ministério Público ajuizou ação civil pública visando à
remediação ambiental da área. Na qualidade de advogado(a) da
sociedade empresária Beta, paraque seu cliente decida se
irá ou não celebrar acordo judicial com oMP,
você lhe informou que, no caso em tela,
a responsabilidade civil por danos ambiental é
a)afastada, haja vista que a atividade desenvolvida pelo empreendedor
era lícita e estava devidamente licenciada.
b)afastada, pois se rompeu o nexo de causalidade,
diante daocorrência de força maior.
c)subjetiva e, por isso, diante da ausência de
dolo ou culpa porprepostos da sociedade empresária, não
há que se falar emobrigação de reparar o
dano.
d)objetiva e está fundada na teoria do risco
integral, de maneiraque não se aplicam as excludentes
do dever de reparar o dano docaso fortuito
e força maior.
Resposta: D
271) (FGV/2022/PC-AM/DELEGADO DE POLÍCIA)
José, de forma livre e consciente, causou poluição
hídrica em níveis tais que resultou em danos
à saúde humana, sendo certo que o crime
doloso praticado tornou necessária a interrupção do abastecimento
público de água da comunidade afetada.De acordo com
a legislação de regência, José praticou
a) crime ambiental e está sujeito a detenção
Questões da Banca FGV
de seis meses a três anos.
b) crime contra a saúde pública e está
sujeito a reclusão de dois a quatro anos.
c) crime de menor potencial ofensivo e, caso
preencha os requisitos legais, tem direito à transação
penal.
d) crime contra a saúde pública de menor
potencial ofensivo e está sujeito a detenção de
seis meses a um ano.
e) crime ambiental e está sujeito a reclusão
de um a cinco anos.
Resposta: E
272) (FGV/2022/PC-AM/DELEGADO DE POLÍCIA)
João praticou crime ambiental de maus-tratos contra animais
silvestres, consistentes em cinco micos-leões-dourados encontrados
machucados e desnutridos. Os animais foram devidamente apreendidos
pela Autoridade Policial responsável pela operação, que lavrou o
respectivo auto.Conforme dispõe a legislação de regência e a
jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, os animais serão
a) libertados em seu habitat, entregues a jardins
zoológicos, fundações ou entidades assemelhadas, para guarda e
cuidados sob a responsabilidade de técnicos habilitados ou
abatidos imediatamente, mediante decisão discricionária da
autoridade policial. 
b) libertados em seu habitat, entregues a jardins
zoológicos, fundações ou entidades assemelhadas, para guarda e
cuidados sob a responsabilidade de técnicos habilitados ou
abatidos imediatamente, mediante decisão judicial, ouvidos previamente
todos os policiais que participaram da operação.
c) entregues a fiel depositário que demonstre aptidão
técnica para recebê-los, até que sejam libertados em
seu habitat ou colocados em jardins zoológicos, fundações
ou entidades assemelhadas, sendo constitucional a interpretação da
legislação federal que possibilita o abate imediato de
animais apreendidos em situação de maus-tratos.
d) prioritariamente libertados em seu habitat ou, sendo
Questões da Banca FGV
tal medida inviável ou não recomendável por questões
sanitárias, entregues a jardins zoológicos, fundações ou entidades
assemelhadas, para guarda e cuidados sob a responsabilidade
de técnicos habilitados, de maneira que é constitucional
a interpretação da legislação federal que possibilita o
abate imediato de animais apreendidos em situação de
maus-tratos.
e) prioritariamente libertados em seu habitat ou, sendo
tal medida inviável ou não recomendável por questões
sanitárias, entregues a jardins zoológicos, fundações ou entidades
assemelhadas, para guarda e cuidados sob a responsabilidade
de técnicos habilitados, de maneira que é inconstitucional
a interpretação da legislação federal que possibilita o
abate imediato de animais apreendidos em situação de
maus-tratos.
Resposta: E
273) (FGV/2022/PC-AM/DELEGADO DE POLÍCIA)
A sociedade empresária Alfa, que possui regular licença
ambiental de operação e vem cumprindo todas as
condicionantes da licença, durante o desenvolvimento de sua
atividade empresarial deixou vazar, por acidente, grande quantidade
de lama tóxica (bauxita), que atingiu quilômetros de
extensão, se espalhou por três cidades do Estado
Beta e deixou inúmeras famílias desabrigadas e sem
seus bens móveis e imóveis.No caso em tela,
de acordo com a jurisprudência do Superior Tribunal
de Justiça,
a) não há que se falar em responsabilidade
por dano ambiental, pois a sociedade empresária possuía
regular licença ambiental de operação e vinha cumprindo
todas as condicionantes da licença.
b) não há que se falar em responsabilidade
por dano ambiental, exceto se restar comprovado que
empregadosda sociedade empresária agiram com dolo ou
culpa.
c) aplica-se a responsabilidade objetiva por dano ambiental,
Questões da Banca FGV
informada pela teoria do risco administrativo, não havendo
necessidade de se comprovar que empregados da sociedade
empresária agiram com dolo ou culpa.
d) aplica-se a responsabilidade objetiva por dano ambiental,
informada pela teoria do risco integral, sendo o
nexo de causalidade o fator aglutinante que permite
que o risco se integre na unidade do
ato.
e) aplica-se a responsabilidade subjetiva por dano ambiental,
informada pela teoria do risco administrativo, e é
imprescindível a comprovação do nexo de causalidade entre
a conduta e o dano.
Resposta: D
274) (FGV/2022/PC-AM/DELEGADO DE POLÍCIA)
A Constituição da República, em seu Art. 225,
dispõe que todos têm direito ao meio ambiente
ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo
e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se
ao Poder Público e à coletividade o dever
de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e
futuras gerações. A parte final do dispositivo deixa
claro que as presentes gerações devem observar a
preservação do meio ambiente, adotando políticas ambientais que
permitam às presentes e futuras gerações a utilização
do meio ambiente, não podendo usufruir dos recursos
ambientais de forma a privar seus descendentes desses
recursos naturais.Trata-se do princípio de Direito Ambiental do(a)
a) poluidor-pagador.
b) solidariedade intergeracional.
c) prevenção.
d) usuário-pagador.
e) precaução.
Questões da Banca FGV
Resposta: B
275) (FGV/2022/PC-AM/DELEGADO DE POLÍCIA)
De acordo com a Lei nº 9.985/00, que
instituiu o Sistema Nacional de Unidades de Conservação
da Natureza, dentro do Grupo das Unidades de
Uso Sustentável, aquela definida como área com cobertura
florestal de espécies predominantemente nativas e que tem
como objetivo básico o uso múltiplo sustentável dos
recursos florestais e a pesquisa científica, com ênfase
em métodos para exploração sustentável de florestas nativas,
é chamada de
a) Estação Ecológica.
b) Reserva Biológica.
c) Floresta Nacional.
d) Parque Nacional.
e) Área de Proteção Ambiental.
Resposta: C
276) (FGV/2022/PM-AM/OFICIAL DA POLÍCIA MILITAR)
Sobre os crimes militares, em especial os crimes
militares contra a flora, assinale a afirmativa correta
a) Conforme previsão legal expressa, os institutos despenalizadores
da Lei nº 9.099/1995 aplicam-se aos crimes militares.
b) A partir da edição da Lei 13.491/2017,
tornou-se possível que a Justiça Militar processe e
julgue militar pelos crimes previstos na Lei nº
9.605/1998 que trata de sanções penais de condutas
e atividades lesivas ao meio ambiente
c) É crime de perigo abstrato o ato
de soltar balões que possam provocar incêndio nas
florestas e demais formas de vegetação
d) Os crimes militares contra a flora são
de competência exclusiva da Justiça Militar da União,
visto que se trata de bem sob responsabilidade
Questões da Banca FGV
e tutela da União
e) Compete ao Conselho de Justiça processar e
julgar crimes militares cometidos por civis
Resposta: B
277) (FGV/2022/TJ-AP/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO)
Tendo em vista a grande especulação imobiliária do
Município X, o prefeito decide reduzir a área
de determinada Unidade de Conservação, para permitir a
construção de novas unidades imobiliárias. Sobre o caso,
é correto afirmar que o prefeito:
a) não pode mudar as dimensões da Unidade
de Conservação por decreto, o que apenas pode
ser feito por lei específica
b) pode reduzir as dimensões da Unidade de
Conservação caso ela tenha sido criada por decreto
do chefe do Poder Executivo municipal
c) apenas pode alterar as dimensões da Unidade
de Conservação caso ela tenha sido criada após
05 de outubro de 1988;
d) pode reduzir as dimensões da Unidade de
Conservação caso não haja derrubada de vegetação nativa
e não atinja área de proteção integral
e) não pode alterar a área da Unidade
de Conservação, o que depende de estudo prévio
de impacto ambiental e de licenciamento ambiental
Resposta: A
278) (FGV/2022/TJ-AP/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO)
A sociedade Alfa Ltda., após obter licença ambiental
para construção de estacionamento em área inserida em
Estação Ecológica, é processada em ação civil pública,
Questões da Banca FGV
em razão do dano ambiental causado. O autor
da ação comprova erro na concessão da licença,
tendo em vista que é vedada a construção
dentro da referida Unidade de Conservação. Em defesa,
a sociedade Alfa Ltda. alega que realizou a
construção amparada em licença ambiental presumidamente
válida. Sobre o caso, é correto afirmar que a ação
deve ser:
a) rejeitada e a licença ambiental mantida, em
respeito ao princípio da segurança jurídica e da
proteção da confiança;
b) rejeitada e a licença ambiental mantida, com
a imputação de responsabilidade integral à autoridade que
concedeu a licença indevidamente
c) acolhida em parte, para que a licença
seja concedida, mas limitada temporalmente, até que o
réu possa ser ressarcido dos investimentos efetivamente realizados
d) acolhida para a anulação da licença ambiental,
mas não para a reparação da lesão ambiental,
tendo em vista que o dano foi causado
por fato de terceiro, no caso, a concessão
da licença de forma errada;
e) acolhida, tendo em vista que os danos
ambientais são regidos pelo modelo da responsabilidade objetiva
e pela teoria do risco integral
Resposta: E
279) (FGV/2022/TJ-MG/JUIZ)
Quanto à área de Reserva Legal, assinale a
afirmativa correta
a) Durante o prazo de vigência da servidão
ambiental, é permitida a alteração da destinação da
área, nos casos de retificação dos limites do imóvel
b) A servidão ambiental será sempre onerosa e
temporária, com prazo máximo de 10 (dez) anos
c) A restrição ao uso ou à exploração da vegetação da
Questões da Banca FGV
área sob servidão ambiental deve ser, no mínimo, a
mesma estabelecida para a Reserva Legal
d) É vedado ao detentor da servidão ambiental aliená-la,
podendo, apenas, cedê-la, parcialmente, por prazo determinado,
em favor de entidade pública, com fins especificamente
previstos em contrato
Resposta: C
280) (FGV/2022/TJ-MG/JUIZ)
O direito ao contraditório e à ampla defesa
é consagrado no inciso LV, do Art. 5º da Constituição
Federal. Em relação ao processo administrativo,
assinale a afirmativa correta
a) A área de Reserva Legal deverá ser
registrada no órgão ambiental competente por meio de
inscrição no Cadastro Ambiental Rural – CAR, assim
como eventual alteração de sua destinação, nos casos
de transmissão ou de desmembramento e, em se
tratando de posse do imóvel rural, a área
de Reserva Legal será assegurada por meio de
contrato firmado entre o possuidor e o órgão
ambiental competente, ficando o possuidor dispensado das obrigações
assumidas, em caso de transferência da posse
b) No parcelamento de imóveis rurais, a área
de Reserva Legal poderá ser agrupada em regime
de condomínio entre os adquirentes
c) A inserção do imóvel rural em perímetro
urbano definido mediante lei municipal desobriga o proprietário
da manutenção da área de Reserva Legal
d) O manejo florestal sustentável da vegetação da
Reserva Legal com propósito comercial estará dispensado da
autorização do órgão competente, desde que previamente comprovado
que será assegurada a manutenção da diversidade das
espécies.
Questões da Banca FGV
Resposta: B
281) (FGV/TRIB.JUSTIÇA AMAPÁ-AP/JUIZ SUBSTITUTO/2022)
Com o objetivo de incentivar o desenvolvimento econômico
estadual, o governador do Estado X propõe projeto de lei de
regulamentação de atividade garimpeira e de exploração mineral,
simplificando o licenciamento ambiental, tornando-o de fase
única.
Sobre o caso, é correto afirmar que a lei é inconstitucional:
(A) por vício de iniciativa, tendo em vista que a iniciativa de lei de
licenciamento ambiental é de competência exclusiva da
Câmara dos Deputados;
(B) por vício de competência, tendo em vista que compete
privativamente à União legislar sobre jazidas, minas, outros
recursos minerais e metalurgia;
(C) tendo em vista que atividade garimpeirae de exploração
mineral exige licença prévia, licença de fixação, licença de
instalação, licença de operação e licença de controle
ambiental;
(D) tendo em vista que novas atividades garimpeiras e de
exploração mineral são vedadas no Brasil, sendo permitidas
apenas as já existentes;
(E) tendo em vista que apenas são permitidas atividades
garimpeiras e de exploração mineral em território indígena,
com prévia aprovação da Funai.
Resposta: B
282) (FGV/TRIB.JUSTIÇA AMAPÁ-AP/JUIZ SUBSTITUTO/2022)
A sociedade Alfa Ltda., após obter licença ambiental para
construção de estacionamento em área inserida em Estação
Ecológica, é processada em ação civil pública, em razão do dano
ambiental causado. O autor da ação comprova erro na concessão
da licença, tendo em vista que é vedada a construção dentro da
referida Unidade de Conservação.
Em defesa, a sociedade Alfa Ltda. alega que realizou a construção
amparada em licença ambiental presumidamente válida.
Questões da Banca FGV
Sobre o caso, é correto afirmar que a ação deve ser:
(A) rejeitada e a licença ambiental mantida, em respeito ao
princípio da segurança jurídica e da proteção da confiança;
(B) rejeitada e a licença ambiental mantida, com a imputação de
responsabilidade integral à autoridade que concedeu a
licença indevidamente;
(C) acolhida em parte, para que a licença seja concedida, mas
limitada temporalmente, até que o réu possa ser ressarcido
dos investimentos efetivamente realizados;
(D) acolhida para a anulação da licença ambiental, mas não para
a reparação da lesão ambiental, tendo em vista que o dano
foi causado por fato de terceiro, no caso, a concessão da
licença de forma errada;
(E) acolhida, tendo em vista que os danos ambientais são regidos
pelo modelo da responsabilidade objetiva e pela teoria do
risco integral.
Resposta: E
283) (FGV/TRIB.JUSTIÇA AMAPÁ-AP/JUIZ SUBSTITUTO/2022)
Tendo em vista a grande especulação imobiliária do Município X,
o prefeito decide reduzir a área de determinada Unidade de
Conservação, para permitir a construção de novas unidades
imobiliárias.
Sobre o caso, é correto afirmar que o prefeito:
(A) não pode mudar as dimensões da Unidade de Conservação
por decreto, o que apenas pode ser feito por lei específica;
(B) pode reduzir as dimensões da Unidade de Conservação caso
ela tenha sido criada por decreto do chefe do Poder
Executivo municipal;
(C) apenas pode alterar as dimensões da Unidade de
Conservação caso ela tenha sido criada após 05 de outubro
de 1988;
(D) pode reduzir as dimensões da Unidade de Conservação caso
não haja derrubada de vegetação nativa e não atinja área de
proteção integral;
(E) não pode alterar a área da Unidade de Conservação, o que
Questões da Banca FGV
depende de estudo prévio de impacto ambiental e de
licenciamento ambiental.
Resposta: A
Direito Civil
284) (DPE/MS/2022/FGV/DEFENSOR PÚBLICO)
Andréa sempre foi bastante cautelosa, tendo celebrado seguro
de vida em benefício dos filhos e também
fez seguro sobre o seu automóvel. No último
dia 15, todavia, bebeu três cervejas com amigos
e faleceu em decorrência de um acidente ao
conduzir seu veículo. A partir disso, é correto
afirmar que:
a) os filhos de Andréa não poderão exigir
a indenização pelo seguro de vida, pois sua
embriaguez é reputada agravamento intencional do risco
b) a ingestão de álcool gera uma presunção
relativa de agravamento do risco no seguro do
automóvel, admitindo-se que os herdeiros provem a ausência
de nexo causal
c) a perda da cobertura securitária nos dois
seguros dependerá de a seguradora comprovar o nexo
causal entre a embriaguez e o acidente;
d) os herdeiros poderão exigir ambas as indenizações
securitárias, pois somente ocorreria a perda do direito
à garantia se houvesse a intenção de agravar
o risco
Resposta: B
285) (DPE/MS/2022/FGV/DEFENSOR PÚBLICO)
Renata vem sofrendo grandes dificuldades em fruir com
Questões da Banca FGV
tranquilidade de sua chácara, por conta dos transtornos
decorrentes de obras que vêm sendo realizadas na
propriedade de seu vizinho, Evandro. Depois de anos
de desleixo, com construções de integridade questionável, Evandro
foi obrigado a realizar algumas dessas obras por
imposição do poder público, para reparar inclusive violações
à regulamentação ambiental aplicável àquela área. Sobre o
caso, é correto afirmar que:
a) por se tratar de obras justificadas por
interesse público, não pode Renata pretender de Evandro
indenização pelos prejuízos sofridos, mas poderá exigir a
sua redução, ou eliminação, quando estas se tornarem
possíveis
b) no tocante às construções de integridade questionável,
ante o risco de ruína iminente, poderá Renata
exigir de Evandro não somente a demolição ou
reparação delas, mas também que lhe preste caução
pelo dano iminente
c) se as obras no terreno de Evandro
ensejarem curso de água para o terreno de
Renata, ela poderá exigir que ele seja desviado
ou que ela seja indenizada pelos prejuízos sofridos,
independentemente de o novo curso de água lhe
trazer algum benefício
d) Renata poderá recusar que a tubulação subterrânea
de serviços de utilidade pública destinada ao terreno
de Evandro passe pelo seu terreno, salvo se
ele comprovar que seja impossível proceder de outro
modo
Resposta: B
286) (DPE/MS/2022/FGV/DEFENSOR PÚBLICO)
Rejane adquiriu um automóvel de seu vizinho Altair
pelo preço de R$ 8.000,00. Três meses depois,
todavia, veio a ser parada numa blitz e
o veículo foi apreendido porque constava que há
cerca de um ano ele fora roubado do
Questões da Banca FGV
real proprietário, que não era Altair. Diante disso,
Rejane tem direito a exigir de Altair:
a) os R$ 8.000,00 de volta, corrigidos monetariamente,
independentemente do valor de mercado do veículo quando
foi apreendido
b) indenização pelo valor de mercado do bem,
além de eventuais perdas e danos decorrentes da
apreensão, se provar que Altair tinha ciência do
roubo
c) ressarcimento pelas benfeitorias e melhoramentos que tiver
feito no carro, se provar sua boa-fé na
época em que as realizou
d) a devolução do preço pago se no
contrato com ele constasse cláusula que exclui a
garantia contra evicção, desde que ela não tenha
assumido o risco relativo ao roubo
Resposta: D
287) (DPE/MS/2022/FGV/DEFENSOR PÚBLICO)
Herculano aceitou figurar como fiador solidário de seus
sobrinhos, Enzo e Gabriel, quando eles alugaram um
imóvel. O contrato previa o pagamento de aluguel
mensal de R$ 2.000,00, sob pena de juros.
Após um ano de vigência do negócio, os
sobrinhos começaram a ter dificuldades financeiras e ficaram
inadimplentes por dois meses, quando a locadora, Efigênia,
passou a cobrar o pagamento do total devido,
com os encargos, diretamente de Herculano. Sobre o
caso, é correto afirmar que:
a) se pagar tudo que é devido, Herculano,
na condição de devedor solidário, sub-roga-se no crédito
perante os sobrinhos, podendo cobrar de cada um
a terça parte do que foi pago
b) se Efigênia perdoar Gabriel, ele não mais
pode ser demandado por ela, mas tanto Herculano
como Enzo continuam a ser responsáveis perante ela
Questões da Banca FGV
pela totalidade da dívida, em virtude da solidariedade
c) se Gabriel assumir encargos adicionais em negociação
com Efigênia, isso atingirá também Enzo e Herculano,
independentemente do seu consentimento, por serem devedores solidários
d) mesmo que reste comprovado que o atraso
se deu somente por culpa de Enzo, Efigênia
pode exigir a totalidade da dívida de Gabriel,
mas somente Enzo responderá perante ele pelo acrescido
Resposta: D
288) (DPE/MS/2022/FGV/DEFENSOR PÚBLICO)
Quando Hermenegildo morreu, deixou o pequeno casebre onde
residiu nos últimos anos da sua vida e
alguns bens pessoais. Sua vizinha tentou alegar que
era companheira do falecido, mas não houve comprovação
satisfatória dessa alegação. Há notícia de que ele
teria deixado um filho, que o abandonara há
muitos anos, bem como teria um primo em
outro Estado, mas não há elementos indicativos de
quem sejam. Diante disso, é correto afirmar que:
a) a herança ficará jacente, figurando sua vizinha
como curadora até que seobtenha a localização
do filho e, na ausência deste por cinco
anos, ela se torna proprietária dos bens
b) o juiz mandará arrolar e arrecadar os
bens, mas pode ser dispensada a expedição de
editais, ante a notícia de que haveria herdeiros
c) findo o prazo de um ano, a
herança passará à propriedade do ente público, extinguindo-se
os direitos de eventuais herdeiros;
d) declarada a vacância da herança, seu primo
não terá mais qualquer direito, mas seu filho
ainda poderá reivindicar os bens por cinco anos
Questões da Banca FGV
Resposta: D
289) (FGV/2020/OAB/XXXI EXAME DE ORDEM UNIFICADO)
Jacira mora em um apartamento alugado, sendo a
locação garantida por fiança prestada por seu pai,
José. Certa vez, Jacira conversava com sua irmã
Laura acerca de suas dificuldades financeiras, e declarou
que temia não ser capaz de pagar o
próximo aluguel do imóvel. Compadecida da situação da
irmã, Laura procurou o locador do imóvel e,
na data de vencimento do aluguel, pagou, em
nome próprio, o valor devido por Jacira, sem
oposição desta. Nesse cenário, em relação ao débito
do aluguel daquele mês, assinale a afirmativa correta.
a)Laura, como terceira interessada, sub-rogou-se em todos os
direitos que o locador tinha em face de
Jacira, inclusive a garantia fidejussória.
b)Laura, como terceira não interessada, tem apenas direito
de regresso em face de Jacira.
c)Laura, como devedora solidária, sub-rogou-se nos direitos que
o locador tinha em face de Jacira, mas
não quanto à garantia fidejussória.
d)Laura, tendo realizado mera liberalidade, não tem qualquer
direito em face de Jacira.
Resposta: B
290) (FGV/2020/OAB/XXXI EXAME DE ORDEM UNIFICADO)
Salomão, solteiro, sem filhos, 65 anos, é filho
de Lígia e Célio, que faleceram recentemente e
eram divorciados. Ele é irmão de Bernardo, 35
anos, médico bem-sucedido, filho único do segundo casamento
de Lígia. Salomão, por circunstâncias sociais, não mantinha
contato com Bernardo.Em razão de uma deficiência física,
Salomão nunca exerceu atividade laborativa e sempre morou
com o pai, Célio, até o falecimento deste.
Com frequência, seu primo Marcos, comerciante e grande
Questões da Banca FGV
amigo, o visita.Com base no caso apresentado, assinale
a opção que indica quem tem obrigação de
pagar alimento a Salomão.
a)Marcos é obrigado a pagar alimentos a Salomão,
no caso de necessidade deste.
b)Por ser irmão unilateral, Bernardo não deve, em
hipótese alguma, alimentos a Salomão.
c)Bernardo, no caso de necessidade de Salomão, deve
arcar com alimentos.
d)Bernardo e Marcos deverão dividir alimentos, entre ambos,
de forma igualitária.
Resposta: C
291) (FGV/2020/OAB/XXXI EXAME DE ORDEM UNIFICADO)
João, único herdeiro de seu avô Leonardo, recebeu,
por ocasião da abertura da sucessão deste último,
todos os seus bens, inclusive uma casa repleta
de antiguidades.Necessitando de dinheiro para quitar suas
dívidas, uma das primeiras providências de João foi alienar
uma pintura antiga que sempre estivera exposta na
sala da casa, por um valor módico, ao
primeiro comprador que encontrou.João, semanas depois, leu nos
jornais a notícia de que reaparecera no mercado
de arte uma pintura valiosíssima de um célebre
artista plástico. Sua surpresa foi enorme ao descobrir
que se tratava da pintura que ele alienara,
com valor milhares de vezes maior do que
o por ela cobrado. Por isso, pretende pleitear
a invalidação da alienação.A respeito do caso narrado,
assinale a afirmativa correta.
a)O negócio jurídico de alienação da pintura celebrado
por João está viciado por lesão e chegou
a produzir seus efeitos regulares, no momento de
sua celebração.
b)O direito de João a obter a invalidação
do negócio jurídico, por erro, de alienação da
Questões da Banca FGV
pintura, não se sujeita a nenhum prazo prescricional
c)A validade do negócio jurídico de alienação da
pintura subordina-se necessariamente à prova de que o
comprador desejava se aproveitar de sua necessidade de
obter dinheiro rapidamente.
d)Se o comprador da pintura oferecer suplemento do
preço pago de acordo com o valor de
mercado da obra, João poderá optar entre aceitar
a oferta ou invalidar o negócio.
Resposta: A
292) (FGV/2020/OAB/XXXI EXAME DE ORDEM UNIFICADO)
Antônio, divorciado, proprietário de três imóveis devidamente
registrados no RGI, de valores de mercado semelhantes, decidiu
transferir onerosamente um de seus bens ao seu
filho mais velho, Bruno, que mostrou interesse na
aquisição por valor próximo ao de mercado. No
entanto, ao consultar seus dois outros filhos (irmãos
do pretendente comprador), um deles, Carlos, opôs-se à
venda. Diante disso, bastante chateado com a atitude
de Carlos, seu filho que não concordou com
a compra e venda do imóvel, decidiu realizar
uma doação a favor de Bruno. Em face
do exposto, assinale a afirmativa correta.
a)A compra e venda de ascendente para descendente
só pode ser impedida pelos demais descendentes e
pelo cônjuge, se a oposição for unânime.
b)Não há, na ordem civil, qualquer impedimento à
realização de contrato de compra e venda de
pai para filho, motivo pelo qual a oposição
feita por Carlos não poderia gerar a anulação
do negócio.
c)Antônio não poderia, como reação à legítima oposição
de Carlos, promover a doação do bem para
um de seus filhos (Bruno), sendo tal contrato
nulo de pleno direito.
d)É legítima a doação de ascendentes para descendente,
Questões da Banca FGV
independentemente da anuência dos demais, eis que o
ato importa antecipação do que lhe cabe na
herança.
Resposta: D
293) (FGV/2020/OAB/XXXI EXAME DE ORDEM UNIFICADO)
Arnaldo faleceu e deixou os filhos Roberto e
Álvaro. No inventário judicial de Arnaldo, Roberto, devedor
contumaz na praça, renunciou à herança, em 05/11/2019,
conforme declaração nos autos. Considerando que o falecido
não deixou testamento e nem dívidas a serem
pagas, o valor líquido do monte a ser
partilhado era de R$ 100.000,00 (cem mil reais).
Bruno é primo de Roberto e também seu
credor no valor de R$ 30.000,00 (trinta mil
reais). No dia 09/11/2019, Bruno tomou conhecimento da
manifestação de renúncia supracitada e, no dia 29/11/2019,
procurou um advogado para tomar as medidas cabíveis.Sobre
esta situação, assinale a afirmativa correta.
a)Em nenhuma hipótese Bruno poderá contestar a renúncia
da herança feita por Roberto.
b)Bruno poderá aceitar a herança em nome de
Roberto, desde que o faça no prazo de
quarenta dias seguintes ao conhecimento do fato.
c)Bruno poderá, mediante autorização judicial, aceitar a herança
em nome de Roberto, recebendo integralmente o quinhão
do renunciante.
d)Bruno poderá, mediante autorização judicial, aceitar a herança
em nome de Roberto, no limite de seu
crédito.
Resposta: D
Questões da Banca FGV
294) (FGV/2020/OAB/XXXI EXAME DE ORDEM UNIFICADO)
Em função do incremento nas atividades de transporte
aéreo no Brasil, a sociedade empresária Fast Plane,
sediada no país, resolveu adquirir helicópteros de última
geração da pessoa jurídica holandesa Nederland Air Transport,
que ficou responsável pela fabricação, montagem e envio
da mercadoria. O contrato de compra e venda
restou celebrado, presencialmente, nos Estados Unidos da América,
restando ajustado que o cumprimento da obrigação se
dará no Brasil. No momento de receber as
aeronaves, contudo, a adquirente verificou que o produto
enviado era diverso do apontado no instrumento contratual.
Decidiu a sociedade empresária Fast Plane, então, buscar
auxílio jurídico para resolver a questão, inclusive para
a propositura de eventual ação, caso não haja solução consensual.
Considerando-se o enunciado acima, aplicando-se a
Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro
(Decreto-lei no 4.657/42) e o Código de Processo
Civil, assinale a afirmativa correta.
a)A lei aplicável na solução da questão é
a holandesa, em razão do local de fabricação
e montagem das aeronaves adquiridas.
b)A autoridade judiciária brasileira será competente para
processar e julgar eventual ação proposta pela Fast Plane,
mesmo se estabelecida cláusula de eleição de foro exclusivo
estrangeiro, em razão do princípioda inafastabilidade 
da jurisdição.
c)A autoridade judiciária brasileira tem competência exclusiva
para processar e julgar eventual ação a ser proposta
pela Fast Plane para resolver a questão.
d)A autoridade judiciária brasileira tem competência concorrente
para processar e julgar eventual ação a ser proposta
pela Fast Plane para resolver a questão.
Resposta: D
295) (FGV/2020/OAB/XXXI EXAME DE ORDEM UNIFICADO)
Márcia, adolescente com 17 anos de idade, sempre
Questões da Banca FGV
demonstrou uma maturidade muito superior à sua faixa
etária. Seu maior objetivo profissional é o de
tornar-se professora de História e, por isso, decidiu
criar um canal em uma plataforma on-line, na
qual publica vídeos com aulas por ela própria
elaboradas sobre conteúdos históricos. O canal tornou-se um
sucesso, atraindo multidões de jovens seguidores e despertando
o interesse de vários patrocinadores, que começaram a
procurar a jovem, propondo contratos de publicidade. Embora
ainda não tenha obtido nenhum lucro com o
canal, Márcia está animada com a perspectiva de
conseguir custear seus estudos na Faculdade de História
se conseguir firmar alguns desses contratos. Para facilitar
as atividades da jovem, seus pais decidiram emancipála,
o que permitirá que celebre negócios com futuros
patrocinadores com mais agilidade. Sobre o ato de
emancipação de Márcia por seus pais, assinale a
afirmativa correta.
a)Depende de homologação judicial, tendo em vista o
alto grau de exposição que a adolescente tem na internet.
b)Não tem requisitos formais específicos, podendo ser concedida
por instrumento particular.
c)Deve, necessariamente, ser levado a registro no cartório
competente do Registro Civil de Pessoas Naturais.
d)É nulo, pois ela apenas poderia ser emancipada
caso já contasse com economia própria, o que ainda não aconteceu.
Resposta: C
296) (FGV/2020/OAB/XXXI EXAME DE ORDEM UNIFICADO)
Aldo e Mariane são casados sob o regime
da comunhão parcial de bens, desde setembro de
2013. Em momento anterior ao casamento, Rubens, pai
de Mariane, realizou a doação de um imóvel
à filha. Desde então, a nova proprietária acumula
os valores que lhe foram pagos pelos locatários
do imóvel. No ano corrente, alguns desentendimentos fizeram
com que Mariane pretendesse se divorciar de Aldo.
Questões da Banca FGV
Para tal finalidade, procurou um advogado, informando que
a soma dos aluguéis que lhe foram pagos
desde a doação do imóvel totalizava R$ 150.000,00
(cento e cinquenta mil reais), sendo que R$
50.000,00 (cinquenta mil reais) foram auferidos antes do
casamento e o restante, após. Mariane relatou, ainda,
que atualmente o imóvel se encontra vazio, sem
locatários.Sobre essa situação e diante de eventual divórcio,
assinale a afirmativa correta.
a)Quanto aos aluguéis, Aldo tem direito à meação
sob o total dos valores.
b)Tendo em vista que o imóvel locado por
Mariane é seu bem particular, os aluguéis por
ela auferidos não se comunicam com Aldo.
c)Aldo tem direito à meação dos valores recebidos
por Mariane, durante o casamento, a título de aluguel.
d)Aldo faz jus à meação tanto sobre a
propriedade do imóvel doado a Mariane por Rubens,
quanto sobre os valores recebidos a título de
aluguel desse imóvel na constância do casamento.
Resposta: C
297) (FGV/2020/TJ-RS/OFICIAL DE JUSTIÇA)
O direito civil identifica e classifica os diferentes
tipos de bens, com o objetivo de facilitar
a aplicação do direito ao caso concreto. De
acordo com o Código Civil brasileiro, é correto
afirmar que os bens:
a) fungíveis e móveis podem ser substituídos por
outros de mesma espécie e quantidade;
b) singulares incluem os que se consideram de
per si independentemente dos demais, embora reunidos;
c) imóveis incluem tudo que for incorporado ao
solo, desde que seja de forma natural, inclusive
o próprio solo;
d) móveis são suscetíveis de movimento próprio sem
Questões da Banca FGV
alteração da substância ou destinação econômica e social,
exceto os bens de remoção por força alheia;
e) divisíveis podem ser fracionados sem alterar sua
substância, mesmo com diminuição considerável de valor, desde
que sem prejuízo do uso a que se
destina.
Resposta: B
298) (FGV/2020/TJ-RS/OFICIAL DE JUSTIÇA)
Maria, grávida de 5 meses, preocupa-se com a
proteção dos direitos do seu futuro bebê. O
marido de Maria, pai da criança, está hospitalizado
em quadro de saúde gravíssimo e a relação
de Maria com a família do seu marido
não é harmoniosa.A afirmação que melhor reflete a
situação do nascituro é:
a) nascituro goza de proteção jurídica;
b) nascituro tem personalidade civil plena;
c) nascituro não é titular de direitos subjetivos;
d) embrião e nascituro têm o mesmo tratamento
legal;
e) material genético humano congelado é um nascituro.
Resposta: A
299) (FGV/2020/TJ-RS/OFICIAL DE JUSTIÇA)
Vitor foi contratado para representar o senhor Gervásio
na realização de determinados atos jurídicos que lhe
reverteriam benefício patrimonial. No curso da atuação,
entretanto, Vitor toma ciência de que Gervásio veio a
falecer.Diante disso, o mandato:
a)se extingue, e Vitor não deve mais atuar;
Questões da Banca FGV
b)se extingue, mas Vitor deve concluir os atos
já começados, se houver perigo na demora;
c)se mantém até a abertura de inventário, e
Vitor deve continuar atuando;
d)se mantém, mas os atos de Vitor deverão
ser ratificados pelo inventariante;
e)se mantém até que Vitor termine todos os
atos de que foi incumbido, não podendo o
inventariante revogar seus poderes.
Resposta: B
300) (FGV/2021/DPE-RJ/DEFENSOR PÚBLICO)
Em 2003, Francisco adquiriu de Pedro lote de
terreno de 330 m2 , em área urbana,
através de contrato particular de compra e venda,
contrato esse não levado a registro. No contrato
estava previsto o pagamento de 30 parcelas de
R$ 300,00. Francisco reside no local desde 2003
e não possui qualquer outro imóvel urbano ou
rural. Em janeiro de 2021, Francisco procura o(a)
Defensor(a) Público(a) da Comarca em que reside para
regularizar a situação imobiliária do imóvel. O(A) Defensor(a)
Público(a), ao analisar a documentação, verifica o seguinte:
a parte apresentou comprovante de pagamento de todas
as parcelas, o contrato não está assinado por
Pedro e o lote em questão não é
registrado no Registro de Imóveis competente. O(A) Defensor(a)
Público(a) deverá:
a) ajuizar ação de usucapião ordinário;
b) ajuizar ação de adjudicação compulsória;
c) ajuizar ação de usucapião constitucional urbano;
d) informar que não é possível o ajuizamento
de qualquer demanda, oficiando para a Corregedoria-Geral da
Defensoria Pública;
e) encaminhar as partes para o cartório do
Registro Geral de Imóveis (RGI) competente para lavratura
de escritura de usucapião extrajudicial.
Questões da Banca FGV
Resposta: A
301) (FGV/2021/DPE-RJ/DEFENSOR PÚBLICO)
A respeito do princípio da reparação integral, contido
no Código Civil Brasileiro, é correto afirmar que:
a) o ordenamento jurídico brasileiro, de lege lata,
não admite a condenação a verba punitiva, seja
como parcela do dano moral, seja como verba
autônoma;
b) a gradação da culpa tem relevância para
a configuração do ato ilícito na esfera civil,
assim como no direito penal, cujo caráter punitivo
recomenda a análise da intensidade do desvio cometido
pelo agente;
c) o ordenamento jurídico brasileiro autoriza que o
julgador fixe uma parcela autônoma de danos punitivos,
que se somarão às outras parcelas de danos
verificados no caso concreto, para punir o ofensor
nas hipóteses de danos causados por culpa grave;
d) o ordenamento jurídico brasileiro autoriza que o
julgador fixe uma parcela autônoma de danos punitivos,
que se somarão às outras parcelas de danos
verificados no caso concreto, para punir o ofensor
nas hipóteses de danos causados por dolo;
e) a cumulação da função punitiva da responsabilidade
civil com a função indenizatória é admissível, segundo
o Código Civil, desde que as parcelas indenizatórias
sejam quantificadas de modo autônomo e individual.
Resposta: A
302) (FGV/2021/DPE-RJ/DEFENSOR PÚBLICO)
Eduardo é casado com Josefa, pelo regime de
comunhãoparcial de bens. Eduardo trabalhou com carteira
assinada até se aposentar, em janeiro de 2018.
Da união nasceram Lúcio e Nádia, maiores, casados
e com filhos. Antes do casamento, Eduardo já
Questões da Banca FGV
possuía um imóvel de sua propriedade e adquiriu
mais um após o matrimônio. Em fevereiro de
2021, Eduardo começou a se sentir mal e
foi levado para a emergência, ocasião em que
foi constatada uma doença cardíaca. Eduardo ficou preocupado,
pois, além de Lúcio e Nádia, criou sua
enteada, Cecília, e optou por realizar um testamento
particular no próprio hospital, eis que Cecília não
era sua herdeira legítima. Contudo, por estar acamado,
Eduardo não conseguiu redigir o testamento de próprio
punho, e o ditou para a enfermeira do
hospital, tendo aposto sua digital no documento. O
testamento foi feito na presença de três técnicos
de enfermagem, que o subscreveram. Horas depois, Eduardo
faleceu em razão de infarto fulminante.Diante da situação,
é correto afirmar que:
a)tratando-se de circunstância excepcional, o testamento feito por
Eduardo poderia ser confirmado pelo juiz, independentemente da
presença de testemunhas;
b)esse testamento pode ser validado, mesmo sem a
assinatura do testador, em razão do princípio da
prevalência da vontade do testador;
c)Josefa não é herdeira de Eduardo, eis que
já é meeira, possuindo, no entanto, direito real
de habitação;
d)na hipótese de um dos filhos de Eduardo
renunciar à herança, os netos dele sucedem por
cabeça;
e)Cecília não poderá receber quinhão maior do que
os filhos biológicos de Eduardo, eis que herdeira
testamentária.
Resposta: B
303) (FGV/2021/DPE-RJ/DEFENSOR PÚBLICO)
Henrique, motorista cauteloso, conduzindo seu veículo automotor
dentro do limite de velocidade e devidamente habilitado, para
evitar o atropelamento de João, que atravessava a
Questões da Banca FGV
rua fora da faixa de pedestres, desvia de
João e colide com Maria. Maria tem danos
materiais e estéticos em razão do acidente.Nesse contexto,
é correto afirmar que Henrique:
a)não praticou ato ilícito, considerando ter atuado em
estado de necessidade e, portanto, não deverá indenizar
Maria;
b)responde objetivamente pelos danos a que der causa,
ressarcindo integralmente Maria dos danos estéticos, morais e
materiais;
c)cometeu ato ilícito, causando dano material, moral e
estético a Maria e, portanto, deve regularmente indenizá-la
em razão do princípio da reparação integral;
d)não responde pelos danos a que der causa
por ter praticado ato lícito na forma do
exercício regular do direito, estando habilitado e dentro
do limite de velocidade permitido na via;
e)não praticou ato ilícito, considerando ter atuado em
estado de necessidade, mas, ainda que não tenha
cometido ato ilícito, assistirá direito a Maria de
ser indenizada por Henrique.
Resposta: E
304) (FGV/2021/OAB/XXXIII/EXAME DE ORDEM UNIFICADO)
Daniel, habilitado e dentro do limite de velocidade,
dirigia seu carro na BR 101 quando uma
criança atravessou a pista, à sua frente. Daniel,
para evitar o atropelamento da criança, saiu de
sua faixa de rolamento e colidiu com o
carro de Mário, taxista, que estava a serviço
e não teve nenhuma culpa no acidente. Daniel
se nega ao pagamento de qualquer valor a
Mário por alegar que a responsabilidade, em verdade,
seria de José, pai da criança. A respeito
da responsabilidade de Daniel pelos danos causados no
acidente em análise, assinale a afirmativa correta.
Questões da Banca FGV
a) Ele não praticou ato ilícito mas, ainda
assim, terá que indenizar Mário.
b) Ele praticou ato ilícito ao causar danos
a Mario, violando o princípio do neminem laedere.
c) Ele não praticou ato ilícito e não
terá que indenizar Mario por atuar em estado
de necessidade.
d) Ele praticou ato ilícito ao causar danos
a Mário e responderá objetivamente pelos danos a
que der causa.
Resposta: A
305) (FGV/2021/OAB/XXXIII/EXAME DE ORDEM UNIFICADO)
Matheus, médico clínico-geral, recebe para atendimento em seu
consultório o paciente Victor, mergulhador profissional.
Realizando a anamnese, Victor relata que é alérgico à ácido
acetilsalicílico. Desatento, Matheus ministra justamente esta
droga a Victor como parte de seu tratamento. Victor tem
danos permanentes em razão do agravamento de sua
asma pelo uso inadequado do medicamento, tendo que
comprar novos medicamentos para seu tratamento e, ainda
mais grave, fica impedido de trabalhar nos dois
anos seguintes. A respeito da responsabilidade civil de
Matheus, assinale a afirmativa correta.
a) Ele responderá pelo regime objetivo de responsabilidade
civil, tendo em vista que a atividade de
Matheus é arriscada.
b) Ele deverá indenizar Victor independentemente de culpa,
isto é, de imperícia de sua parte, considerando
existir relação de consumo.
c) Ele, sendo profissional liberal, terá apurada sua
responsabilidade mediante a verificação de culpa,
responsabilizando-se unicamente pelos danos diretos
verificados no caso.
d) Ele deverá indenizar Victor pelas despesas do
tratamento e pelos lucros cessantes até o fim
da convalescença, além da pensão correspondente à importância
Questões da Banca FGV
do trabalho para que se inabilitou.
Resposta: D
306) (FGV/2021/SEFAZ-ES/AUDITOR FISCAL DA RECEITA ESTADUAL)
Renato, estudante de quinze anos, foi contemplado com
vasto legado deixado por seu tio avô, o
que lhe permitia oferecer à Luiza, sua mãe,
conforto material. Luiza era viúva e os únicos
bens que lhe pertenciam eram os que integravam
o enxoval de uma das casas que Renato
recebeu, onde com ele residia. Certo dia, Renato,
representado por sua mãe, adquire uma bicicleta e,
ao sair da loja, desequilibra-se e cai na
pista de rolamento da rua em frente ao
estabelecimento. No momento da queda, Joaquim, que conduzia
seu carro, desvia-se de Renato, que nada sofre,
mas colide com a lateral do automóvel de
Carla, estacionado do outro lado da rua. A
colisão ocasionou danos em ambos os veículos automotores,
mas, como trafegava em baixa velocidade, Joaquim saiu
fisicamente ileso. Diante destes fatos, assinale a afirmativa
correta.
a) Carla faz jus a indenização pelos danos
ocasionados ao seu carro por Joaquim, que poderão
ser por ele ressarcidos.
b) A incapacidade civil de Renato, impede Joaquim
de o responsabilizar patrimonialmente pelos danos sofridos.
c) Joaquim deverá provar a negligência de Luiza
no exercício da autoridade parental para haver indenização.
d) O fortuito ocorrido não permite que Joaquim
pleiteie indenização de Luiza.
e) Joaquim nada deverá pagar a Carla, pois
agiu em estado de necessidade.
Questões da Banca FGV
Resposta: A
307) (FGV/2021/SEFAZ-ES/AUDITOR FISCAL DA RECEITA ESTADUAL)
Com relação a direitos sucessórios de companheiros que
concorrem com filhos comuns, analise as afirmativas a
seguir. I. O(A) companheiro(a) sobrevivente fará jus aos
bens adquiridos onerosamente durante a união estável. II.
Os bens particulares serão herdados pelos(as) companheiros(as)
sobreviventes, salvo na hipótese de separação obrigatória de bens.
III. Os(As) companheiros(as) sobreviventes participam da meação
deixada pelo(a) companheiro(a) falecido. Está correto o que se
afirma em
a) I, somente.
b) II, somente.
c) III, somente.
d) I e III, somente.
e) I, II e III.
Resposta: B
308) (FGV/2021/TJ-PR/JUIZ SUBSTITUTO)
Um caminhão, com peso bruto de 23 toneladas
e comprimento de 14 metros, de propriedade da
pessoa jurídica Alfa e dirigido por seu funcionário
Bernardo, encontrava-se corretamente estacionado em
uma ladeira em área urbana de pacata cidade do interior
do Paraná. Por um vício de fabricação do sistema
de frenagem do veículo, este veio a descer
ladeira abaixo, atropelando um cidadão que morrera no
local. Ajuizada a ação indenizatória por parte da
viúva do falecido, é correto afirmar que:
a) a responsabilidade de Bernardo é objetiva e
indireta, pois depende da comprovação de culpa do
seu preposto
b) Alfa responde independentemente da prova de culpa
em razão do risco criado pela atividade normalmente
Questões da Banca FGV
desenvolvida;
c) o proprietário do caminhão é parte ilegítima,pois a causa direta e imediata da conflagração
do dano foi o defeito de fabricação, sendo
o fabricante o único responsável pelo dano;
d) a teoria do risco do empreendimento gera
para o proprietário do caminhão responsabilidade civil sem
culpa, sendo assegurado o regresso contra o fabricante
do caminhão
e) o pedido deve ser julgado improcedente, pois
o caminhão estava corretamente estacionado, sendo o resultado
danoso decorrente de um vício de fabricação que
não pode ser imputado ao dono do caminhão
Resposta: B
309) (FGV/2021/TJ-PR/JUIZ SUBSTITUTO)
Renato sempre teve um apreço especial pelo imóvel
de seu avô, a Chácara XX, que abrangia
um terreno, delimitado por uma cerca de alvenaria,
com piscina e uma casa com dez cômodos,
onde passava suas férias na infância. Assim, quando
o avô faleceu e deixou a Chácara XX
para seu tio Roberto, Renato negociou com o
tio e comprou dele a Chácara XX por
um milhão de reais. Entretanto, depois da venda,
constatou que o imóvel tinha somente quatrocentos e
sessenta metros quadrados, e não os quinhentos metros
quadrados afirmados pelo tio no momento da venda.
Nessa situação, Renato:
a) tem direito de reclamar a resolução do
contrato, com a devolução do imóvel a Roberto,
recebendo Renato de volta todo o preço pago;
b) tem direito de reclamar o abatimento do
preço pago e, caso haja provas de que
Roberto sabia da disparidade entre as medidas anunciadas
e a real dimensão do bem, indenização;
c) tem direito de reclamar a resolução do
Questões da Banca FGV
contrato ou abatimento proporcional ao preço, diante da
impossibilidade de exigir o complemento da área;
d) não tem direito de reclamar, porque a
diferença não excede de um décimo da área
total enunciada, caracterizando a venda como ad corpus,
e não ad mensuram;
e) não tem direito de reclamar, porque o
imóvel foi vendido como coisa certa e discriminada,
tendo sido apenas enunciativa a referência às suas
dimensões
Resposta: E
310) (FGV/2022/DPE-MS/DEFENSOR PÚBLICO SUBSTITUTO)
Andréa sempre foi bastante cautelosa, tendo celebrado seguro
de vida em benefício dos filhos e também
fez seguro sobre o seu automóvel. No último
dia 15, todavia, bebeu três cervejas com amigos
e faleceu em decorrência de um acidente ao
conduzir seu veículo. A partir disso, é correto
afirmar que:
a) os filhos de Andréa não poderão exigir
a indenização pelo seguro de vida, pois sua
embriaguez é reputada agravamento intencional do risco;
b) a ingestão de álcool gera uma presunção
relativa de agravamento do risco no seguro do
automóvel, admitindo-se que os herdeiros provem a ausência
de nexo causal;
c) a perda da cobertura securitária nos dois
seguros dependerá de a seguradora comprovar o nexo
causal entre a embriaguez e o acidente;
d) os herdeiros poderão exigir ambas as indenizações
securitárias, pois somente ocorreria a perda do direito
à garantia se houvesse a intenção de agravar
o risco.
Questões da Banca FGV
Resposta: B
311) (FGV/2022/DPE-MS/DEFENSOR PÚBLICO SUBSTITUTO)
Herculano aceitou figurar como fiador solidário de seus
sobrinhos, Enzo e Gabriel, quando eles alugaram um
imóvel. O contrato previa o pagamento de aluguel
mensal de R$ 2.000,00, sob pena de juros.
Após um ano de vigência do negócio, os
sobrinhos começaram a ter dificuldades financeiras e ficaram
inadimplentes por dois meses, quando a locadora, Efigênia,
passou a cobrar o pagamento do total devido,
com os encargos, diretamente de Herculano. Sobre o
caso, é correto afirmar que:
a) se pagar tudo que é devido, Herculano,
na condição de devedor solidário, sub-roga-se no crédito
perante os sobrinhos, podendo cobrar de cada um
a terça parte do que foi pago;
b) se Efigênia perdoar Gabriel, ele não mais
pode ser demandado por ela, mas tanto Herculano
como Enzo continuam a ser responsáveis perante ela
pela totalidade da dívida, em virtude da solidariedade;
c) se Gabriel assumir encargos adicionais em negociação
com Efigênia, isso atingirá também Enzo e Herculano,
independentemente do seu consentimento, por serem devedores
solidários;
d) mesmo que reste comprovado que o atraso
se deu somente por culpa de Enzo, Efigênia
pode exigir a totalidade da dívida de Gabriel,
mas somente Enzo responderá perante ele pelo acrescido.
Resposta: D
312) (FGV/2022/DPE-MS/DEFENSOR PÚBLICO SUBSTITUTO)
Rejane adquiriu um automóvel de seu vizinho Altair
pelo preço de R$ 8.000,00. Três meses depois,
todavia, veio a ser parada numa blitz e
o veículo foi apreendido porque constava que há
Questões da Banca FGV
cerca de um ano ele fora roubado do
real proprietário, que não era Altair. Diante disso,
Rejane tem direito a exigir de Altair:
a) os R$ 8.000,00 de volta, corrigidos monetariamente,
independentemente do valor de mercado do veículo quando
foi apreendido;
b) indenização pelo valor de mercado do bem,
além de eventuais perdas e danos decorrentes da
apreensão, se provar que Altair tinha ciência do
roubo;
c) ressarcimento pelas benfeitorias e melhoramentos que tiver
feito no carro, se provar sua boa-fé na
época em que as realizou;
d) a devolução do preço pago se no
contrato com ele constasse cláusula que exclui a
garantia contra evicção, desde que ela não tenha
assumido o risco relativo ao roubo.
Resposta: D
313) (FGV/2022/DPE-MS/DEFENSOR PÚBLICO SUBSTITUTO)
Josivaldo, 75 anos, viúvo, e Luara, 70 anos,
separada de fato, vivem um relacionamento público, contínuo,
duradouro, com o objetivo de constituir família. Celebraram
contrato de convivência e optaram pelo regime da
comunhão universal de bens. A partir disso, é
correto afirmar que:
a) o fato de Luara ser separada de
fato a mantém no estado civil de casada,
configurando impedimento para a constituição da união estável
com Josivaldo;
b) Josivaldo e Luara são considerados companheiros e
o regime de bens será o da comunhão
universal, em razão do contrato de convivência por
eles celebrado;
c) na hipótese de Josivaldo realizar aquisição onerosa
de bens, se Luara desejar a partilha, deverá
Questões da Banca FGV
realizar prova do esforço comum;
d) os direitos de Luara a eventual sucessão
por falecimento de Josivaldo seriam distintos se eles
tivessem se casado.
Resposta: C
314) (FGV/2022/DPE-MS/DEFENSOR PÚBLICO SUBSTITUTO)
Geraldo, depois de alguns meses percebendo que não
conseguiria pagar o empréstimo que contraíra, procurou seu
credor para renegociar a dívida. Firmaram então um
termo de novação, em que Geraldo se comprometia
a pagar um montante maior, mas com taxas
de juros mais baixas. Somente depois de celebrada
a novação, Geraldo constatou que a dívida original
crescera tão rapidamente porque o contrato inicial continha
cláusulas proibidas. A partir disso, é correto afirmar
que:
a) não é mais possível a Geraldo questionar
os termos do contrato original porque a novação
o extinguiu, restando somente a nova dívida;
b) a novação opera a confirmação do contrato
original, implicando renúncia ao direito de impugná-lo
judicialmente, salvo comprovado vício na própria novação;
c) ainda é possível a Geraldo impugnar os
termos da dívida anterior, pois não podem ser
objeto de novação obrigações nulas;
d) a revisão do valor devido é possível,
contanto que o termo de novação faça referência
expressa às cláusulas proibidas do contrato original.
Resposta: C
Questões da Banca FGV
315) (FGV/2022/DPE-MS/DEFENSOR PÚBLICO SUBSTITUTO)
Juliano viveu uma vida de excessos e se
preocupa em dar um fim útil ao considerável
conjunto de bens que amealhou durante a sua
vida. Por isso, deseja que, após a sua
morte, 20% dos seus bens sejam destinados à
instituição de uma fundação para fins de defesa,
conservação e promoção do meio ambiente dos povos
ribeirinhos. A partir disso, é correto afirmar que:
a) se insuficientes para instituir a fundação, os
bens deixados por Juliano deverão retornar ao monte
a ser inventariado, a fim de que se
faça a partilha;
b) para alterar o estatuto da fundação, a
reforma deve ser deliberada por 2/3 dos competentes
para gerir e representála e não desvirtuar ou
contrariar o seu fim;
c) se o estatuto não for elaborado no
prazo assinado

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