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1. O SER HUMANO É CONSTITUÍDO PRINCIPALMENTE DE ÁGUA, O QUE CORRESPONDE A UMA PROPORÇÃO DE APROXIMADAMENTE 60% DE SEU CORPO. PARA O MECANISMO HOMEOSTÁTICO, NO ENTANTO, O COMPARTIMENTO DE ÁGUA CORPORAL QUE É DETERMINANTE É O: A) Líquido intracelular. B) Citoplasma. C) Citosol. D) Líquido extracelular. E) e) Plasma. 2. UM INDIVÍDUO SAUDÁVEL CONSEGUE MANTER A HOMEOSTASIA DURANTE A MAIOR PARTE DO TEMPO QUANDO SE ENCONTRA EM REPOUSO. PARA AS CÉLULAS, A MANUTENÇÃO DA HOMEOSTASIA É FUNDAMENTAL. ASSINALE A OPÇÃO CORRETA PARA JUSTIFICAR ESSA AFIRMAÇÃO. A) As células são independentes umas das outras. B) As células são extremamente resistentes a variações homeostáticas apesar do seu tamanho. C) As células não resistem a grandes variações nos parâmetros fisiológicos. D) As células necessitam de que seu líquido intracelular seja mantido constante. E) A homeostasia é o alimento das células. GABARITO 1. O ser humano é constituído principalmente de água, o que corresponde a uma proporção de aproximadamente 60% de seu corpo. Para o mecanismo homeostático, no entanto, o compartimento de água corporal que é determinante é o: A alternativa "D " está correta. Devemos ressaltar que, para o controle homeostático, o líquido extracelular tem papel importantíssimo, pois é nele que os parâmetros fisiológicos devem ser mantidos quase constantes. 2. Um indivíduo saudável consegue manter a homeostasia durante a maior parte do tempo quando se encontra em repouso. Para as células, a manutenção da homeostasia é fundamental. Assinale a opção correta para justificar essa afirmação. A alternativa "C " está correta. Para que todas as células do corpo humano estejam funcionando plenamente, é imprescindível que os parâmetros fisiológicos sejam mantidos dentro de valores de normalidade, sendo a manutenção da homeostasia fundamental para um bom funcionamento das células que são extremamente sensíveis a variações dos parâmetros fisiológicos, podendo, caso essa manutenção não ocorra, levar o indivíduo a ficar doente ou ao óbito. MÓDULO 2 Identificar o significado e a importância da homeostasia e de seus sistemas de controle HOMEOSTASIA O termo homeostase foi criado pelo fisiologista americano Walter Cannon em 1929. O prefixo homeo indica semelhante, similar, parecido, e o termo estase significa estático, o que indica que o organismo necessita de uma condição de relativa estabilidade para manter suas funções plenas. Observe que o termo não é homostase, com o prefixo homo, que significa igual, deixando claro que Cannon já reconhecia a existência de uma variação nos controles biológicos. Mesmo passado tanto tempo da criação do termo por Cannon, algumas pessoas ainda têm dificuldade de entender esse conceito. Não é raro vê-las se referindo erradamente a homeostase como “o equilíbrio do corpo humano”. Esse ciclo se repete diariamente e alguns parâmetros fisiológicos são afetados diretamente por ele. Um exemplo em que isto ocorre se dá pela quantidade de cortisol, que, no início do dia, é maior em comparação ao período da noite. A produção de hormônio do crescimento, que aumenta muito nas duas primeiras horas de sono, é mais um exemplo de parâmetros fisiológicos controlados circadianamente. Fonte: kanyanat wongsa/Shutterstock. Sendo assim, a homeostasia é mantida basicamente por retroalimentação negativa, exceto em casos bem específicos em que a retroalimentação positiva ou o ciclo circadiano participam do controle em determinados parâmetros fisiológicos. VERIFICANDO O APRENDIZADO 1. NO MOMENTO DE O BEBÊ NASCER ACONTECE UM AUMENTO CONTÍNUO DA CONTRAÇÃO DA MUSCULATURA UTERINA EM RAZÃO DA SECREÇÃO DE UM NEUROHORMÔNIO CHAMADO OCITOCINA. QUANTO MAIS CONTRAÇÕES UTERINAS, MAIS OCITOCINA É PRODUZIDA E SECRETADA E MAIS CONTRAÇÕES UTERINAS ACONTECEM, O QUE PERMITE, ASSIM, A SAÍDA DO BEBÊ. QUAL SISTEMA DE CONTROLE HOMEOSTÁTICO OCORRE DURANTE O PARTO NATURAL? A) Retroalimentação negativa. B) Controle circadiano. C) Sistema nervoso simpático. D) Retroalimentação positiva. E) Sistema nervoso parassimpático. 2. A CONCENTRAÇÃO DE CORTISOL SE ALTERA DURANTE AS HORAS DO DIA, APRESENTANDO SEU PICO PELAS PRIMEIRAS HORAS DA MANHÃ. LOGO AO DESPERTAR, SEUS NÍVEIS VÃO DECLINANDO PROGRESSIVAMENTE AO LONGO DO DIA, FICANDO BASTANTE BAIXOS DURANTE A NOITE. QUAL SISTEMA DE CONTROLE HOMEOSTÁTICO ESTÁ OCORRENDO NESSE CASO? A) Retroalimentação negativa. B) Controle circadiano. C) Sistema nervoso simpático. D) Retroalimentação positiva. E) Sistema nervoso parassimpático. GABARITO 1. No momento de o bebê nascer acontece um aumento contínuo da contração da musculatura uterina em razão da secreção de um neurohormônio chamado ocitocina. Quanto mais contrações uterinas, mais ocitocina é produzida e secretada e mais contrações uterinas acontecem, o que permite, assim, a saída do bebê. Qual sistema de controle homeostático ocorre durante o parto natural? A alternativa "D " está correta. Um exemplo clássico de retroalimentação positiva fisiológica (útil) é o que ocorre no parto natural, em que, à medida que o bebê começa a sair e pressionar o colo uterino, esse estiramento do colo uterino faz com que aumente a secreção de ocitocina e, em função disso, aumentem as contrações uterinas. Dessa forma, o bebê sai um pouco mais e distende mais o colo uterino, fazendo com que tenha mais secreção de ocitocina e aumentem as contrações uterinas até que o bebê saia completamente esse ciclo se repete. 2. A concentração de cortisol se altera durante as horas do dia, apresentando seu pico pelas primeiras horas da manhã. Logo ao despertar, seus níveis vão declinando progressivamente ao longo do dia, ficando bastante baixos durante a noite. Qual sistema de controle homeostático está ocorrendo nesse caso? A alternativa "B " está correta. A quantidade de cortisol que, no início do dia, é maior que no final do dia ou a produção de hormônio do crescimento, que aumenta muito nas duas primeiras horas de sono, são alguns exemplos de parâmetros fisiológicos controlados circadianamente. MÓDULO 3 Reconhecer como o sistema nervoso se divide funcionalmente, quais são os dois tipos de células que o compõem, suas principais características e respectivas funções DIVISÃO FUNCIONAL DO SISTEMA NERVOSO Conhecer as bases anatômicas e fisiológicas do sistema nervoso é fundamental para o profissional da área da saúde. Atualmente, os profissionais que pesquisam sobre o sistema nervoso passaram a ser chamados de neurocientistas. O termo neurociência passou a ser muito utilizado, e nem sempre corretamente. Portanto, se faz necessário que exista um entendimento sobre o que realmente significa neurociência. No entanto, na verdade, não existe uma neurociência, mas as neurociências, pois existem cinco grandes disciplinas neurocientíficas completamente interligadas: NEUROCIÊNCIA MOLECULAR NEUROCIÊNCIA CELULAR NEUROCIÊNCIA SISTÊMICA NEUROCIÊNCIA COMPORTAMENTAL NEUROCIÊNCIA COGNITIVA Dessa forma, o termo neurociências fica melhor empregado no plural, e o estudo da fisiologia do sistema nervoso, que será o assunto discutido a seguir, está inserido no estudo da neurociência sistêmica. ATENÇÃO O conhecimento sobre o funcionamento do sistema nervoso é imprescindível para um profissional da área da saúde, visto que o sistema nervoso e o sistema hormonal são capazes de controlar e regular os demais sistemas orgânicos e, consequentemente, as funções corporais. Hierarquicamente, esses dois sistemas são superiores aos demais e, inclusive, num estado de conhecimento mais avançado, não é raro que sejam estudados de maneira associada, sendo então, nomeados de sistema neuro-hormonal. Dessa forma, estudar o sistema nervoso não é importante apenas para quem pretende preservar ou restaurar a função do sistema nervoso pura e simplesmente como uma visão mais reducionista poderia imaginar, mas para quem quer entender o funcionamento do corpo humano sob qualquer perspectiva e pretende trabalhar diretamente com o organismohumano, seja na Biomedicina, nas Ciências Biológicas, na Educação Física, na Estética e Cosmética, na Enfermagem, na Farmácia, na Fisioterapia, na Medicina, na Nutrição, na Radiologia ou em qualquer outra área da saúde que trabalhe diretamente com seres humanos. Como funciona o sistema nervoso? O sistema nervoso recebe ininterruptamente uma infinidade de estímulos nervosos (informações) provenientes de todas as partes do interior do corpo humano e do meio ambiente. Essas informações são continuamente captadas por receptores sensoriais e conduzidas ao sistema nervoso central (SNC) por vias aferentes. O SNC interpreta tais informações e, caso seja necessário, determina a(s) resposta(s) que será(ão) adequada(s) para cada informação que foi captada. Caberá às suas vias eferentes conduzirem aos efetores (músculos e glândulas) a informação determinada pelo SNC para uma resposta adequada ao estímulo que foi captado. Fonte: Sanja Karin Music/Shutterstock. Por exemplo, o nariz é um órgão sensorial que permite que o indivíduo possa identificar as mais diferentes substâncias odorantes. Na nossa pele, temos receptores sensoriais que sinalizam quando algum objeto externo toca a superfície corporal e, através de receptores espalhados por todo o corpo humano, interna ou externamente, os estímulos são detectados e direcionados ao SNC (via aferente). Além disso, o encéfalo pode armazenar informações, produzir pensamentos e determinar respostas adequadas aos diferentes estímulos que ali chegam. Para que você possa entender como o sistema nervoso se divide funcionalmente, é necessário relembrar como ele foi dividido anatomicamente. Por incrível que possa parecer, ainda existem alguns equívocos sobre essa divisão que não podem passar despercebidos por olhares mais críticos. O critério utilizado pelos anatomistas para dividir o sistema nervoso em sistema nervoso central (SNC) e sistema nervoso periférico (SNP) foi a presença de caixas ósseas, no caso, o crânio e a coluna vertebral. Todas as estruturas que se encontram dentro das caixas ósseas são consideradas como parte do SNC e todas as estruturas que se encontram fora das caixas ósseas fazem parte do SNP (veja a figura a seguir). Dentro das caixas ósseas, encontram-se o encéfalo, a medula espinal e uma parte dos neurônios aferentes (sensitivos) e eferentes (motores). Fora das caixas ósseas, encontram-se uma parte (maior parte) dos neurônios aferentes e eferentes e os gânglios. Fonte: Systemoff/Shutterstock. Estruturas do sistema nervoso central (vermelho) e do sistema nervoso periférico (azul). Funcionalmente, o sistema nervoso é dividido em dois: SISTEMA NERVOSO SOMÁTICO Fonte: RUBINI,2020. Esse sistema relaciona o ser humano ao meio ambiente (seu exterior) e é voluntário e consciente. Portanto, seus efetores serão sempre o músculo estriado esquelético. SISTEMA NERVOSO VISCERAL Fonte: RUBINI,2020. Esse sistema relaciona o ser humano ao seu interior, e é involuntário e inconsciente. Portanto, seus efetores poderão ser os músculos lisos ou o músculo estriado cardíaco ou as glândulas. Os dois sistemas possuem as seguintes estruturas: RECEPTORES São encarregados de captar os estímulos (no meio ambiente ou no interior do corpo humano, sistema nervoso somático e visceral, respectivamente). VIA AFERENTE Conduz os estímulos captados em direção ao SNC. SNC Interpreta os estímulos e analisa se há necessidade de uma resposta para algum ajuste. VIA EFERENTE Conduz um estímulo nervoso proveniente do SNC para uma resposta julgada necessária. EFETOR Responsável por produzir a resposta determinada pelo SNC. ATENÇÃO A via eferente do sistema nervoso visceral se chama sistema nervoso autônomo. O sistema nervoso autônomo é ativado principalmente por centros localizados na medula espinal, no tronco encefálico, no hipotálamo e em parte do córtex cerebral. É responsável pelo controle da frequência cardíaca, pressão arterial, frequência respiratória, temperatura corporal, motilidade gastrintestinal, assim como outras atividades viscerais para manutenção da homeostase. Essa parte do sistema nervoso é subdividida em sistema nervoso simpático e sistema nervoso parassimpático. Veja uma comparação entre as duas partes do sistema nervoso autônomo: Função simpática É mediada, em sua maioria, pela ação de uma substância denominada norepinefrina, que atua nas seguintes funções: aumento da frequência cardíaca, dilatação da pupila, dilatação dos brônquios, constrição dos vasos sanguíneos, aumento da sudorese, inibição dos movimentos peristálticos do trato gastrointestinal e aumento da renina. Função parassimpática É mediada por um neurotransmissor denominado acetilcolina e sua ação repercute da seguinte forma: redução da frequência cardíaca, aumento da secreção de glândulas do olho, aumento da peristalse, aumento da secreção salivar e de glândulas pancreáticas e constrição dos brônquios. A atividade autonômica tem papel preponderante na função fisiológica dos seres humanos. Doenças crônicas como a insuficiência cardíaca, hipertensão arterial, diabetes, entre outras estão associadas ao comprometimento da atividade do sistema nervoso autônomo. TIPOS DE CÉLULAS DO SISTEMA NERVOSO E SUAS PRINCIPAIS FUNÇÕES Como é composto o sistema nervoso? O sistema nervoso é composto por dois tipos de células, os neurônios e as neuroglias ou células da glia. Para cada neurônio, existe, aproximadamente, uma neuroglia, contrariando o que sempre foi reproduzido por estudiosos e diversos livros textos que afirmavam (equivocadamente) que, para cada neurônio, existem 10 neuroglias. Outro equívoco é a de que existem 100 bilhões de neurônios. Na verdade, estima-se que o sistema nervoso possua aproximadamente 86 bilhões de neurônios e 85 bilhões de neuroglias conforme estudo publicado pelo grupo de pesquisadores comandado pelo professor Roberto Lent, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) (LENT et al., 2012). Classicamente, sempre se considerou o neurônio como a unidade morfofuncional mais importante do sistema nervoso, e as neuroglias com um papel secundário, sendo apenas células de “suporte”. No entanto, a importância dessas “células de suporte” aumentou muito ao se entender que as neuroglias também trabalham com sinais, apesar de serem sinais diferentes. São sinais químicos que orientam o crescimento e a migração dos neurônios durante o desenvolvimento, de conexão entre os neurônios na vida adulta, de proteção e reconhecimento de disfunções, entre outros. Sendo assim, ao serem capazes de interferir na comunicação entre os neurônios, podem até alterar a transmissão dessas informações. Os neurônios são células especializadas na condução de estímulos nervosos, ou seja, informações (ver figura a seguir). Um neurônio pode ter três partes: DENDRITOS Principais locais de recepção de estímulos num neurônio. A palavra dendrito deriva do termo grego dendro, que significa árvore. Dependendo do neurônio, ele pode ter apenas um dendrito (bipolar) ou até milhares de dendritos (multipolar) ou não ter dendritos, como os neurônios pseudounipolares. Constituem a parte receptora do neurônio. Em outras palavras, a maioria dos impulsos nervosos que são transmitidos aos neurônios chegam pelos dendritos. CORPO CELULAR (SOMA OU PERICÁRIO) Essa estrutura é encontrada em todos os neurônios e é considerada o seu centro metabólico. Neste local, ficam o núcleo e a maior parte das organelas celulares. É no núcleo que ocorre a síntese das proteínas neuronais e dos seus neurotransmissores. AXÔNIO Estrutura responsável por transmitir os impulsos nervosos até a terminação axonal onde ficam os botões sinápticos com as vesículas secretoras contendo neurotransmissores. Os axônios se iniciam em uma área especializada chamada cone axonal ou segmento inicial e podem estar envoltos por uma camada lipídica chamada bainha de mielina, que interfere diretamente na velocidade de transmissão nervosa. Quanto mais espessa a camadada bainha de mielina, mais rápida é a propagação do impulso nervoso. O espaço entre as bainhas de mielina é denominado nodo de Ranvier. A propagação do impulso nervoso no axônio sempre vai em sentido de sua extremidade, denominada de terminação axonal, que fazem contato com outro neurônio ou com uma célula efetora. Essas conexões são denominadas sinapses. Através das sinapses, as informações de um neurônio são transmitidas a outro neurônio ou a uma célula efetora. Fonte: logika600/Shutterstock. Neurônio típico com dendritos, corpo celular e axônio. Na figura a seguir, estão ilustradas as conexões entre neurônios, as sinapses. Fonte: Andrii Vodolazhskyi/Shutterstock. Conexões entre neurônios. OS IMPULSOS NERVOSOS Neste vídeo, nos aprofundaremos com mais detalhes no processo de transmissão dos impulsos nervosos desde o dendrito até a sinapse. Os neurônios encontrados nos seres humanos podem ser classificados de acordo com sua estrutura: Fonte: Lila Raymond/Shutterstock. MULTIPOLARES São os mais comuns no sistema nervoso central, sendo encontrados no encéfalo e na medula espinal. Eles contêm múltiplos dendritos, podendo chegar a ter milhares, com uma grande capacidade de receber estímulos. Fonte: Lila Raymond/Shutterstock. BIPOLARES São encontrados em órgãos sensoriais, principalmente na retina e no epitélio olfatório, possuem apenas um dendrito e um axônio de cada lado do corpo celular. Fonte: Lila Raymond/Shutterstock. PSEUDOUNIPOLARES Encontrados principalmente nos gânglios espinais, são todos aferentes. Os pseudounipolares não apresentam dendritos, mas um axônio que se subdivide em um ramo dirigido à periferia em direção a um receptor sensorial e um outro ramo que se dirige ao SNC. A informação sensorial proveniente da periferia é enviada diretamente para a medula espinal, sem passar pelo corpo celular. Do ponto de vista funcional, os neurônios podem ser classificados em: AFERENTES OU SENSITIVOS Conduzem os estímulos a partir dos receptores em direção do SNC. INTERNEURÔNIOS São 99% dos neurônios e estão todos localizados no SNC conectando dois neurônios. EFERENTES OU MOTORES Conduzem os estímulos a partir do SNC em direção aos efetores. As neuroglias ou células da glia podem ser divididas em micróglias e macróglias (figura a seguir). O termo glia é proveniente da palavra grega que significa cola. Portanto, neuroglia seria a cola neural. Isso porque antigamente se achava que as neuroglias tinham apenas a função de agregação e sustentação dos neurônios, o que continua sendo correto, embora já se saiba que elas desempenham outras funções de grande importância. Fonte: Designua/Shutterstock. Neuroglias ou células da glia. A seguir, veremos os componentes e funções de cada uma delas: MICRÓGLIAS São as menores neuroglias que existem e estão distribuídas por todo o SNC. Exercem uma função imune no SNC, sendo ativadas pela presença de moléculas inflamatórias, como as citocinas, por exemplo, de maneira muito semelhante ao que ocorre com os macrófagos no sangue. Quando ocorre alguma lesão neuronal, inflamação ou doença degenerativa, elas se proliferam rapidamente na área da lesão, fagocitam as substâncias indesejadas e participam da produção de antígeno. MACRÓGLIAS Dentre as macróglias existem: • Os astrócitos, que têm várias funções importantes, mas podemos destacar o importante papel de preencher os espaços entre os neurônios, dando-lhes maior sustentação estrutural e atuando na nutrição neuronal, pois armazenam glicose que poderá ser disponibilizada aos neurônios para ser utilizada como fonte de energia. Além dessas funções, formam a barreira hematoencefálica que envolve os capilares encefálicos e impede que substâncias tóxicas e nocivas passem de dentro dos vasos para o encéfalo. Sendo assim, cumprem um importante papel de proteção do encéfalo. De forma complementar, também são responsáveis por remover íons e neurotransmissores e secretam fatores de crescimento neuronais. • Os oligodendrócitos, que sintetizam a mielina que envolve os axônios localizados no SNC, podendo mielinizar múltiplos axônios ao mesmo tempo. • As células de Schwann, as quais cumprem função muito semelhante aos oligodendrócitos na síntese da mielina que envolve os axônios localizados no SNP. No entanto, ao contrário dos oligodendrócitos, são capazes de mielinizar um único axônio. • As células ependimárias, que são consideradas células de revestimento. Elas revestem os ventrículos do encéfalo e o canal central da medula espinal. VERIFICANDO O APRENDIZADO 1. OS ASTRÓCITOS SÃO CÉLULAS DA NEURÓGLIA E SÃO AS QUE POSSUEM AS MAIORES DIMENSÕES. RECEBERAM ESSE NOME POR LEMBRAREM ESTRELAS. DENTRE AS SUAS FUNÇÕES, PODE-SE DESTACAR: A) Nutrição neuronal e produção de mielina. B) Produção de mielina e remoção de íons em excesso. C) Formação da barreira hematoencefálica e nutrição neuronal. D) Formação da barreira hematoencefálica e produção de hormônios. E) Fagocitose de substâncias estranhas ao SNC e nutrição neuronal. 2. AS MICRÓGLIAS SÃO UM TIPO DE CÉLULA DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL QUE, DENTRE OUTROS PAPÉIS, TÊM FUNÇÃO DE: A) Produção de mielina que envolve os axônios do SNC. B) Produção de mielina que envolve os axônios do SNP. C) Imunidade do sistema nervoso central. D) Nutrição neuronal. E) Transmissão de impulsos nervosos do SNC ao SNP. GABARITO 1. Os astrócitos são células da neuróglia e são as que possuem as maiores dimensões. Receberam esse nome por lembrarem estrelas. Dentre as suas funções, pode-se destacar: A alternativa "C " está correta. Podemos destacar o importante papel de preencher os espaços entre os neurônios, dando maior sustentação e nutrição neuronal, pois armazenam glicose que poderá ser disponibilizada aos neurônios. Além disso, formam a barreira hematoencefálica que envolve os capilares encefálicos, impedindo que substâncias tóxicas e nocivas passem de dentro dos vasos para o encéfalo. Também removem íons e neurotransmissores e secretam fatores de crescimento neuronais entre outras funções. 2. As micróglias são um tipo de célula do sistema nervoso central que, dentre outros papéis, têm função de: A alternativa "C " está correta.
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