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Bronquiolite Viral Aguda 02

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Bronquiolite Viral Aguda 
J Definição: primeiro episódio agudo de sibilância em lactentes, precedido por um quadro 
catarral de vias áreas superiores. PRECISA SER EM ATÉ 2 ANOS DE VIDA! 
MAIORES DE 2 ANOS NÃO ENTRAM COMO BRONQUIOLITE. É a principal 
causa de internação em crianças < de 1 ano de idade no mundo. A população de risco 
é: Prematuros, pneumopatas, cardiopatas e imunodeprimidos. 
M Critérios: até 2 anos de idade (pico aos 3-4 meses de idade), pródromos de 
coriza de 1-3 dias seguidos de tosse persistente, taquipneia e ou tiragem 
subcostal e sibilos ou creptações na ausculta pulmonar. 
J É muito prevalente. Até os 5 anos pelo menos todas as crianças terão contato com o vírus. 
J Agente etiológico: vírus sincicial respiratório. Sua sazonalidade é entre Março-Agosto, com 
pico entre Maio-Junho. 
J Fisiopatologia: ocorre edema, inflamação e necrose das células epiteliais respiratórias 
(bronquíolos terminais). Isso ocorre em pelo menos 48h. Algumas células sofrem a 
atelectasia, que fazem com que a troca gasosa não ocorra. 
J Não necessariamente um esforço respiratório demonstra gravidade. Um nariz entupido pode 
causar esforço respiratório. Precisamos olhar alguns detalhes para saber se é grave ou não. 
J Quadro clínico: “Após a inoculação do vírus pela mucosa nasal, a criança fica assintomática 
por um período de quatro a cinco dias (período de incubação). A doença se inicia com 
pródromo típico de IVAS, com coriza, espirros, obstrução nasal, hiporexia e febre, por um a 
três dias, seguido de manifestações clínicas de infecções de vias aéreas inferiores como 
sibilância, expansão torácica diminuída, expiração prolongada e até sinais de desconforto 
respiratório. O pico da doença costuma ser entre três a cinco dias após seu início, com 
melhora gradual a partir desse momento, durante cerca de 7-10 dias, com melhora dentro de 
14-21 dias do início do quadro.” 
 
J “Investigar quadro familiar de atopia, rinite, tabagismo domiciliar.” O quadro febril é bem 
inicial, com febre baixa, que volta após longo espaço pós medicação. 
J Fatores de risco/quadros graves: prematuridade, doença pulmonar e cardíaca 
crônicas e RN/lactentes jovens (1 e 6 semanas de vida); exposição a fatores 
irritantes de VA como tabagismo positivo, poluição atmosférica (fatores 
agravantes). 
J Exame físico: ausculta com estertores creptantes, subcreptantes e sibilos. 
Taquipneia, batimento de asa nasal, fúrcula retraída, dentre outros. 
J Diagnóstico: anamnese e exame físico. A coleta do vírus é só para diagnóstico ETIOLÓGICO 
e não realizamos em todo mundo. Realizar somente em crianças internadas. 
J Diagnóstico laboratorial: pesquisa de vírus nas crianças internadas (aspirado de nasofaringe 
- IF e RT-PCR), RX de tórax em crianças internadas —> presença de atelectasias e 
pneumotórax; oximetria para detectar a hipoxemia (<94%) e acompanhar a resposta a 
oxigenoterapia. 
J Diagnóstico diferencial: coqueluche (tosse paroxística e cianose), síndromes aspirativas (não 
tem quadro infeccioso associado), IC no lactente e miocardite (inicialmente pode se 
assemelhar a bronquiolite viral aguda). 
J Tratamento: suporte com O2 e hidratação. 
M Indicação para internação: desconforto respiratório ou incapacidade de manter 
hidratação adequada; “deve ser realizada na presença de sinais clínicos de 
insuficiência respiratória, hipoxemia persistente (< 92%) em ar ambiente, 
cianose, apneia com/sem cianose ou bradicardia, alteração do nível de 
consciência, comprometimento hemodinâmico, incapacidade de ingerir 
líquidos, situação social preocupante.” Lembrando também que vômito é um 
sinal de gravidade, já que a criança não consegue eliminar secreção do jeito 
que os adultos eliminam, então ela elimina pelo vômito. 
 
M Grupo de alto risco: < 3 meses, prematuros, pneumopatas, cardiopatas, portadores 
de imunodeficiências (internação em um estágio mais precoce da doença). 
M Ensinar sinais de alerta aos pais de criança em tratamento domiciliar.

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