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Ementa: Em torno da epidemiologia e bioestatística; Aula 1) Introdução a bases Científicas na Medicina Sistemas de Informação em Saúde: Precisa-se de 3 matérias primas: 1. Dado: elemento mais simples do processo; 2. Informação: composta de dados com significados para quem os vê; 3. Conhecimento: Experiências acumuladas e a percepção cognitiva irão transformar em conhecimento uma dada realidade. SIS: composto por uma estrutura capaz de obter e transformar dados em informação; Por meio de profissionais envolvidos: DATASUS Seleção > coleta > classificação > armazenamento > análise > divulgação > recuperação de dados; Obtenção de informações, como: ➔ Assistência à Saúde [internação hospitalar, produção ambulatorial, imunização, saúde da família, vigilância alimentar e nutricional]; ➔ Epidemiológica e Morbidade [Morbidade hospitalar, doenças de notificação] ➔ Rede Assistencial [CNES] ➔ Estatísticas Vitais [natalidade, mortalidade, câncer] ➔ Tabnet e Tabwin [tabulação de dados] Dados sem qualidade > comprometimento posterior; Requisitos da qualidade: 1. Fidedignidade; (realidade do evento) 2. Atualidade; (tempo oportuno para uso) 3. Completude; (abrange todas as características do evento) Fontes de produção de informações: Primária: pessoa ou serviço que coleta e usa o dado; Deve-se atender os requisitos de qualidade; Secundária: dado utilizado por serviço ou pessoa que não realizou a coleta; ★ Dados demográficos e socioeconômicos que são utilizados: podem ser primários ou secundários. ★ Citar a fonte do dado; ★ IBGE: 1930 - Suprir a necessidade de realização de pesquisas estatísticas e imagens cartográficas. ➢ Censos demográficos, estimativas e projeções, pesquisa assistência médico-sanitária (AMS), Pesquisa Nacional por amostra de domicílios (pnad), pesquisa nacional de saneamento básico. Organização Pan-Americana de Saúde (Opas): Define Sistema de Inf. de Saúde: ● Conjunto de componentes; ● Estruturas administrativas; ● Departamento de Estatística de Saúde; ● Unidades de Informação em Saúde A fim de produzir informação necessária e oportuna. Departamento de Informática do SUS (DataSUS) - 1991 - Coordenar - SIS - Atender às necessidades do SUS; Incorporou: Equipamentos, softwares, FUNASA, Dataprev, Sucam, FSESP; SIS Objeto Usos 1.Sinan - Sistema de Informação de Agravos de Notificação Agravos e doenças notificáveis Estudos de morbidade de agravos e doenças sob notificação 2.SIM - Sistema de Óbito Perfil de Mortalidade Informação Sobre Mortalidad e 3.SIH-SUS - Sistema de Informaçõe s Hospitalare s do SUS Internações financiadas pelo SUS Perfil de morbidade e mortalidade hospitalar pelo SUS 4.Sinasc - Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos Nascido Vivo Perfil das condições de nascimento 5.Sisab - Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica Ações e procediment os da Atenção Básica Monitorame nto das condições de vida e saúde dos indivíduos e famílias cadastradas 6.SI-PNI - Sistema de Informaçõe s do Programa Nacional de Imunizaçõe s Ações assistenciais e administrativ as do Programa Nacional de Imunizações Monitorame nto da cobertura vacinal e de eventos adversos, controle de estoque; 7.Sisvan - Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional Ações previstas na Política Nacional de Alimentação e Nutrição Monitorame nto do perfil alimentar e da situação nutricional 8.Sisprenata l - Sistema de Acompanha mento da Gestante Ações d o Programa de Pré-Natal Monitorame nto da atenção à gestante e puérpera cadastrada no PHPN (Programa de Humanizaçã o no Pré-Natal e Nasicmento) 9.SIA-Apac - Sistema de Inf. Ambulatori ais do SUS e Autorização de Procedimen tos Amb. de Alta Complexida de Procediment os de Alta Complexida de ou Alto Custo Monitorame nto de quantitativo de procediment os de alto custo e complexidad e 1. Programa Vertical: ● Enfrentamento de problemas de Saúde Pública: ● Diagnóstico; ● Planejamento das ações; ● Avaliação dos resultados; Tuberculose, hanseníase, meningite; 2. Causa, local do óbito, identificação e a residência da pessoa falecida; 3. Documentação comprobatória dos procedimentos realizados; Estudos epidemiológicos e planejamento de ações de vigilância; 4. Quantificar e fornecer informações sobre gravidez, o parto, condições da criança ao nascer; Realização de ações de promoção, de prevenção e de planejamento. 5. Construção de diagnóstico das condições de nascimento, e-SUS Atenção Básica; Mantém os conceitos de território e de responsabilidade sanitária (Pnab), atendimento domiciliar, de consultórios de rua e dos núcleos de apoio à saúde da família; 6. Número de indivíduos vacinados, estoque, distribuição, utilização, perdas técnicas e físicas; 7. Dados de saúde de mulheres em idade fértil e de crianças menores de 7 anos do Sisvan são compartilhados com o Bolsa Família. 8. Acompanhamento da gestante; Elenco mínimo de procedimentos da assistência pré-natal; Os dados e as informações de bases desses SiS’s estão padronizados em cadastros e tabelas utilizados no SUS: Ferramentas de tabulação. TabWin: offline - programa de instalação. TabNet: arquivos que compõem os SIS; Aula 2) Conceitos Básicos I) Trabalho Estatístico ● Fornece método para coleta; ● Organização; ● Descrição; ● Análise; ● Interpretação de Dados; ➔ Tomada de decisões. Processos quantitativos: medir fenômenos coletivos; Estatística Descritiva: Se preocupa com a coleta, organização, classificação, apresentação, interpretação e análise de dados referentes ao fenômeno por meio de gráficos e tabelas. Descrever o fenômeno. Estatística Indutiva: Partindo de uma amostra, estabelece hipóteses, tira conclusões sobre a população de origem e formula previsões. Teoria das probabilidades. Análise e interpretação dos dados. Fases do Método Estatístico: 1. Definição do Problema a. Define o porquê de usar o método estatístico. 2. Planejamento da Pesquisa a. Levantar informações sobre o assunto objeto do estudo. b. Como levantar dados? c. Que dados deverão ser obtidos? d. Como se deve obtê-los? e. Quem pode patrocinar minha pesquisa? f. Levantamento censitário (completo) ou por amostragem (parcial); 3. Coleta de Dados a. Obtenção, reunião e registro sistemático de dados; b. Dados primários ou secundários. 4. Apuração dos Dados a. Tratamento prévio > tornar mais expressivos; b. Contagem e agrupamento > resumir; c. Condensação e de tabulação dos dados; 5. Apresentação dos Dados a. Apresentação tabular; Apresentação numérica; b. Dispor em linhas e colunas; c. Apresentação gráfica: apresentação geométrica; 6. Análise e Interpretação dos Resultados Obtidos a. Última fase: mais delicada; b. Tirar conclusões: resolver seu problema; c. Está ligada essencialmente ao cálculo de medidas: descrever o fenômeno. d. Propor uma medida de intervenção; Amostra e Amostragem (cap 22) Variável: conjunto de resultados possíveis de um fenômeno. 1. Qualitativas: Não numérica: mas apresenta qualidade; a. nominal (sexo…) b. ordinal (classe social…) 2. Quantitativas: Variável que é expressa numericamente a. contínua (peso, altura) b. discreta (número de filhos, carros) População e Amostra Entende-se por população: conjunto de objetos, itens ou eventos com alguma característica ou propriedade comum mensurável, ordenável e comparável. Impossibilidade ou inviabilidade econômica ou temporal: limitação > amostra. A amostragem: inspeção de parte da população. Precisa ser feita com critérios; Existem várias técnicas de amostragem; A escolha deve ser feita pelo pesquisador; Amostragem aleatória simples: Todos os elementos da população têm igual probabilidade de serem selecionados. Amostragem sistemática: Os elementos são selecionados para amostra por um sistema preestabelecido. Ex.: listas telefônicas, prontuários de um hospital; Amostragem estratificada: Utilizada quando a população está dividida em estratos ou grupos diferenciados. N° de elementos das amostras de cada estrato não precisa ser igual, mas deve respeitar as mesmas proporções. Distribuiçãode frequência: Intervalo de classes: quando os valores da variável estão sendo agrupados em intervalos; Incidência: É a frequência de casos novos de uma doença x num determinado período de tempo, oriundo de uma população sob risco de adoecimento no início da observação; Prevalência: Frequência de casos existentes de uma doença x, em uma determinada população e em um dado momento. Prevalência e Incidência Índices: termo genérico mais abrangente e apropriado para referir-se a todos os descritores da vida e da saúde. Termos numéricos; índices absolutos: resultados de medidas básicas, estimativas e projeções sobre a vida e a saúde, quantificando variáveis de duas categorias, ocorrências e prevalências. Mais usados: nascimentos, doenças e óbitos. Indicadores: ● Designar índices; ● Auxiliar tomada de decisão; ● Alertar: desencadear uma ação; ● Indicador: em prol das evidências ou providências. Coeficientes: Termo usado para designar as medidas que descrevem os fenômenos observados; Taxas: Termo usado para designar as medidas auxiliares nos cálculos de estimativas e projeções de fenômenos. Prevalência Frequência de casos Casuística em valores maiores que zero; Destacando-se sobre os demais casos passados, coincidentes com eles no tempo e no espaço, e que já não são mais casos, por terem desaparecido ou evoluído para morte ou cura. Ct = Nt - NL Nt = Tamanho da população estudada NL = Indivíduos livres Ct = Casos prevalentes no instante t Pt = prevalência pontual Por fim, multiplica-se por 100 (%). Fatores determinantes da prevalência: Incidência e duração; Movimentos migratórios; Doentes novos, que imigram, curas, emigram, óbitos. Incidência 1. Intensidade da morbidade que incide sobre uma população num intervalo de tempo; 2. Contagem de casos emergentes e pela frequência absoluta de casos novos relacionados à unidade de intervalo de tempo. I = casos novos de uma doença x no intervalo t0 a t PT = Total de pessoa-tempo gerado a partir da população de estudo acompanhada TI (t0,t) = Taxa de Incidência Entre 400 crianças cadastradas; 20 casos de anemia (entre cadastrados); Durante 1 ano. TI = 20/400 TI = 0,05 [x1000] 50 casos por 1000 crianças. 14 casos | 100% | TI¹ = 3/54546 => 5x10^-5 x 100.000 = 5,5 casos por 100 mil habitantes. Variação da incidência com a velocidade de agregação de casos novos: ● Migrados e recidivas; Baixa velocidade de agregação de casos novos; ? ● Imigrados e recidivas; Alta velocidade de agregação de casos novos; ? Aula 4) Diagnóstico: Sensibilidade, Especificidade, Valor Preditivo, Acurácia Ao solicitar um teste de diagnóstico: possibilidades: 1. Resultar positivo (anormal) na presença da doença (verdadeiro-positivo); 2. Positivo na ausência (falso-positivo) 3. Negativo (normal) na ausência da doença (verdadeiro-negativo) 4. Negativo na sua presença (falso-negativo). Positivo = anormal Negativo = normal presente ausente total positiv o a verdadeiro positivo b falso positivo a+b negativ o c falso-negativ o d verdadeiro-ne gativo c+d total a+c b+d a+b+c +d Deve-se utilizar os testes padrão-ouro, deveria possuir 100% de sensibilidade e 100% de especificidade. Porém, na prática não existe. Sensibilidade (S) - Diagnosticar doença grave Proporção de verdadeiros positivos entre todos os doentes. a = verdadeiro positivo c = falso-negativo S = sensibilidade Especificidade (E) - Confirmar diagnóstico Proporção de verdadeiros negativos entre todos os sadios. d = verdadeiro-negativos b = falso positivo E= Especificidade Valor Preditivo Qual a probabilidade de um resultado positivo ter realmente identificado a doença? Valor Preditivo Positivo (VPP) Proporção de verdadeiros-positivos entre todos os indivíduos com teste positivo. a = verdadeiros positivos b = falso positivos Valor Preditivo Negativo Vpn = d/C+D Proporção de verdadeiros negativos entre todos os indivíduos com teste negativo. Expressa a probabilidade de um x com teste negativo não ter a doença. d = verdadeiros negativos c = falso negativo b = falso positivo Acurácia (A) Proporção de acertos de um teste diagnóstico: verdadeiros-positivos e negativos em relação a todos os resultados possíveis. Mistura a sensibilidade e especificidade; 2° BIMESTRE: AULA 5 - TABELA E GRÁFICOS Servem para facilitar a análise do fenômeno que está sendo observado; Tabela: forma não discursiva de apresentação de informações, representadas por dados numéricos e codificações; 1. Dados numéricos; 2. Ordem determinada; 3. Seja completa e dispense a consulta ao texto. 4. Contenha somente dados necessários; 5. Dados logicamente ordenados; Quanto à apresentação: ● Imediatamente após o trecho em que são citadas pela primeira vez. ● Podem vir no anexo, quando a quantidade de tabelas for grande; ● Se ocupar mais de 1 página, a parte inferior primeira não é fechada e necessita a indicação do termo “continua” e na página seguinte o termo “continuação” no canto direito. ● Devem ser alinhadas de acordo com as margens do texto; Espaçamento de 2 entrelinhas; ● Pode-se reduzir o tamanho da fonte. ● Não devem ser repetidos seus dados em gráficos ou figuras; Elementos Essenciais da Tabela: 1. Número 2. Título 3. Cabeçalho 4. Colunas indicadoras 5. Casas 6. + Complementos = fontes e notas 1. Número a. quando houver mais de uma tabela; b. Ex.: Tabela 3 (no topo); c. Sua menção no texto é obrigatória, na ordem que é referida; 2. Título a. traz as informações a que se referem a tabela; b. Indicando todo o conteúdo da tabela; c. Natureza do fato estudado (o quê), variáveis escolhidas para análise do fato (como), local (onde), e a época (quando) em que os fatores foram observados. d. Grafado com letras minúsculas. 3. Corpo a. Área central com todas as informações brutas; 4. Cabeçalho a. linha onde apresenta os rótulos de cada uma das colunas; 5. Coluna Indicadora a. Identifica cada uma das linhas b. Descreve a quem se refere cada um dos valores apresentados; c. Espaço vertical que especifica o conteúdo das linhas; 6. Linha a. Composta por um determinado rótulo, ou seja, a quem se refere os valores; b. Valores individuais; 7. Casa ou célula: a. valor individual da tabela; b. cruzamento de uma linha com uma coluna; 8. Fonte a. Indica a entidade responsável pelo fornecimento dos dados ou a referência ao documento de onde foram extraídos; b. Deve estar no rodapé; 9. Notas e chamadas a. Esclarecimentos gerais ou específicos do conteúdo da tabela; b. Logo abaixo da fonte; c. Conceituar ou esclarecer o conteúdo da tabela e a indicar a metodologia adotada na coleta; Tabela: Resumo de Observações Tabelas ilustram uma série estatística; ● Série estatística: distribuição de dados estatísticos; ● Cronológica: variação do tempo ● Geográfica: variação local ● Específica: variação do fenômeno em observação estatística geográfica - estatística cronológica Série estatística específica Tabelas compostas (geográfica x cronológica) Quadros: ● Arranjo predominante de palavras dispostas em linhas e colunas, com ou sem indicação de dados numéricos; ● Teor descritivo e esquemático e não estatístico. ● Há a colocação de traços verticais em suas laterais e na separação das casas. Gráficos Estatísticos: Representação gráfica de séries estatísticas; Rápida visualização; Concentração e dispersão dos valores; Devem ser simples, clarões e verídicos; Gráfico em linhas 1. Evolução do fenômeno ou das suas relações 2. Para dados crescentes e decrescentes 3. Linhas unindo os pontos enfatizam o movimento; Gráfico em Colunas/Barras 1. Rápida visualização dos valores ou frequências 2. Fácil comparação Gráfico de Setores 1. Dados proporcionais Gráficos de Dispersão 1. Representações de dados de duas ou mais variáveis que são organizadas em um gráfico; 2. Utiliza coordenadas cartesianas; 1. Correlação positiva (a+), correlação negativa (a-) e inexistente (não é uma função afim). Tipos de Estudos Epidemiológicos Tipos de Pesquisa Classificação Geral: a. Modalidade Exploratória:caracterização inicial do problema e constitui a primeira etapa de toda a pesquisa; Teórica: ampliar os fundamentos teóricos, definir leis mais amplas, estruturar sistemas e modelos teóricos, relacionar hipóteses. Aplicada: investigar, confirmar ou rejeitar hipóteses. Campo: Observa os fatos e como eles ocorrem; Experimental: determina um objeto de estudo, seleciona variáveis capazes de influenciá-lo Bibliográfica: recupera o conhecimento científico acumulado sobre um tema/problema. b. Objetivos Exploratória: proporcionar mais familiaridade com o problema; Pesquisa bibliográfica e estudos de caso; Descritiva: fatos são observados, registrados, analisados, classificados e interpretados sem a interferência do pesquisador. Uso de técnicas de coleta de dados na pesquisa e em observações sistemáticas. Explicativa/analítica: identificar fatores determinantes para a ocorrência dos fenômenos. c. Forma de Abordagem Quantitativa: Traduz em números; Técnicas estatísticas; Qualitativa: Abordagem ampla. Aplicam métodos de investigação, enquetes e leitura. Busca aspectos específicos, particulares, aplicados a grupos específicos. As pesquisas são comumente divididas em dois grupos: Experimental em laboratório (in vitro) Epidemiológica ou Demográfica: Estudo que aborda e investiga a saúde da população e os fatores determinantes para o risco e agravos de doenças. Tem raiz na epidemiologia, que estuda a relação de causa-efeito ou saúde-doença. Interferência no Estudo Observacional O pesquisador simplesmente observa o paciente, sem intervir ou modificar qualquer aspecto que esteja estudado. Intervencional O pesquisador não se limita à simples observação, mas interfere pela exclusão, inclusão ou modificação de um determinado fator. (ensaios clínicos randomizados) Perfil de Avaliação Epidemiológico do Estudo Geram hipóteses - Descritivos Comprovam hipóteses - Analíticos A) Descritivo: descrevem a caracterização de aspectos semiológicos, etiológicos, fisiopatológicos, epidemiológicos de uma doença. Conhecer uma nova ou rara doença, ou agravo à saúde. Estudando sua distribuição no tempo (variação sazonal), espaço (distribuição geográfica) e conforme peculiaridades individuais (sexo, idade…). - Relato de Caso Descrição detalhada de um ou alguns casos clínicos. Fatores +: Colaboram com delineamento de casos clínicos. Fatores -: Pode levar a conclusões equivocadas, uma vez que avaliam acontecimentos passados, não possuem grupos de comparação. Exemplo: “Sintomas induzidos pelo esforço”. - Estudos de Prevalência Visam conhecer a probabilidade de indivíduos assintomáticos desenvolverem ou não a doença ou situação clínica. Inclui casos e não-casos. Estudos transversais - Está presente no mesmo momento ou intervalo de tempo analisado. Corte instantâneo. - Estudos de Incidência Grupo inicialmente livre de uma condição clínica, e que a desenvolve depois de um período determinado de tempo. Estudo de casos novos ou desfechos novos dos casos (ao longo do tempo) existentes que ocorrem numa população que não os apresentava. Constituem-se em estudos longitudinais (sequência temporal - investigar mudanças - sequência de fatos). Estudos de Prevalência: medem quantas pessoas estão doentes. Estudos de Incidência: mede quantas pessoas ficaram doentes (novos casos). - Estudos Ecológicos Compra-se a ocorrência da doença/condição relacionada à saúde e a exposição de interesse entre agregados de indivíduos (populações de países, regiões, municípios…) para verificar a possível existência de associação. Nesse tipo de estudo, não existem informações sobre a doença e exposição do indivíduo, mas do grupo populacional como um todo. O viés ecológico – ou falácia ecológica – é possível porque uma associação observada entre agregados não significa, obrigatoriamente, que a mesma associação ocorra em nível de indivíduos. B) Analítico: Verificar uma hipótese. O investigador introduz um fator de exposição ou um novo recurso terapêutico, avalia-o utilizando ferramentas bioestatísticas. Constituem-se na base dos estudos primários. - Estudo tipo Coorte Significa um grupo de indivíduos que têm uma característica comum que é a presença de uma exposição a um fator em estudo ou, então, a ausência desse fator. O pesquisador, após distribuir os indivíduos como expostos e não expostos a um fator em estudo, segue-os durante um determinado período de tempo para verificar a incidência de uma doença ou situação clínica entre os expostos e não expostos. Se a exposição estiver associada à doença: a incidência entre expostos seja maior do que entre não expostos. Não existe viés de seleção de casos e controles. Coorte permite determinar a incidência da doença entre expostos e não expostos e conhecer sua história natural. Limitações: custo e perda de participantes; Estudo longitudinal e observacional no qual um grupo de pessoas é acompanhado por determinado tempo. Os desfechos são comparados a partir da exploração ou não de uma intervenção. Calcula o risco relativo e estabelece etiologia e fatores de risco, sendo apropriado para descobrir a incidência e a história natural. Parte do fator para o desfecho. (passado para o presente). Prospectivo (acompanhar os indivíduos em um período de tempo - presente ao futuro) x Retrospectivo (informações já disponíveis em prontuários, por ex). - Estudo Caso-Controle Primeiramente, identificam-se casos e os controles para efeito de comparação. Depois, determina-se qual é a Odds da exposição entre casos e controles. Se existir associação entre a exposição e a doença, espera-se que a Odds da exposição entre casos seja maior que a observada entre controles. Diferentemente do E. Coorte, os estudos de c/c partem do efeito (doença) para investigação da causa (exposição). Tempo mais curto, custo mais baixo, doenças raras, ausência de riscos, investigação simultânea; Erros de seleção e de memória (dificuldade na capacidade de lembrar a história da exposição). Comparar doentes versus não doentes, considerando a exposição e os possíveis fatores de risco a que a amostra de doentes foi exposta (no passado). Parte do desfecho em busca do fator. Grupo que apresenta o desfecho (casos) com o grupo controle (não possui). - Ensaio clínico aleatorizado Ensaio clínico consiste em qualquer forma de experimento planejado que envolve pessoas doentes, e é formulado para determinar o tratamento mais apropriado nos futuros pacientes com a mesma doença. Objetiva testar a eficiência de um tratamento por fármacos, por tratamento cirúrgico ou por outro tipo de intervenção. Um grupo recebe a intervenção de interesse e outro é o grupo controle. Estudo longitudinal, experimental/intervencional (interfere pela exclusão, inclusão ou modificação de um determinado fator.). Aleatorizado “pode ser considerado como a técnica mais poderosa para evidenciar a eficácia da intervenção”. - Ensaio Clínico Randomizado Participantes são distribuídos aleatoriamente para aplicação de uma intervenção. Podem possuir custos elevados e serem demorados, por vezes, impossíveis de se realizar por questões éticas, casos raros ou de período prolongado de acompanhamento. Estudos Primários e Secundários Revisões 1) Sistemática Reúne de forma organizada os resultados de estudos primários relacionados a uma intervenção específica. Metanálise: método estatístico utilizado na revisão sistemática para integrar os resultados dos estudos incluídos. É uma análise das análises, ou seja, é um estudo de revisão da literatura em que os resultados de vários estudos, são combinados e sintetizados através de processos estatísticos. 2) Não sistemática (narrativa) Resumo dos estudos primários selecionados de forma não sistemática. Método de pesquisa e de seleção dos estudos não é padronizado. 3) Integrativa Alternativa para revisar e combinar estudos com diversas metodologias mantendo o rigor metodológico das revisões sistemáticas. MEDIDAS DE TENDÊNCIA CENTRAL E DISPERSÃO 1 - Média Vantagem: utiliza todos os valores da distribuição Desvantagem: é influenciadapor valores extremos. 2 - Moda 3 - Mediana Valor que divide a distribuição ao meio. Número par de dados: média dos dois do meio. Maneiras de Medir Dispersão: 1. Amplitude a. Valor maior - valor menor b. Apenas considera extremos; c. Ex: 80, 85, 88, 90, 500. d. 500-80 = 420 de Amplitude 2. Amplitude Interquartil a. Considera apenas a parte central dos valores de um conjunto de dados; b. Joga fora os valores mais altos e os mais baixos. 3. Variância a. É uma medida dos “desvios” (ao quadrado) de cada observação em relação à média. 4. Desvio Padrão a. Raiz quadrada da variância; b. Quanto mais próximo os valores individuais estiverem de sua média, menor é a dispersão e menor o desvio-padrão.
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