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* Elementos da Culpabilidade (e suas excludentes) Imputabilidade. Excluem-na Doença mental – art.26 Menoridade – art. 27 Embriaguez – art. 28, § 1o Potencial Consciência da Ilicitude, afasta-a O Erro de Proibição – art. 21 Exigibilidade de Conduta Diversa Coação Moral Irresistível – art.22 Obediência Hierárquica – art. 22 * Artigo 26 do CPB: “É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou omissão inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.” * TÍTULO III – DA IMPUTABILIDADE PENAL (Arts. 26 a 28 do CPB) Imputabilidade - É um dos elementos da culpabilidade. Consiste na capacidade de entender o caráter ilícito do fato e de determinar-se de acordo com esse entendimento. A imputabilidade apresenta dois aspectos sem os quais o agente não será responsável pelos seus atos: intelectivo Volitivo Art. 26 “caput” – Inimputabilidade É uma das causas de exclusão da culpabilidade, o fato típico e ilícito subsiste, mas o agente não recebe pena por ausência de reprovabilidade. * Causas de exclusão da imputabilidade Doença mental; Desenvolvimento mental incompleto; Desenvolvimento mental retardado; Embriaguez completa proveniente de caso fortuito ou força maior. Doença mental compreende uma infinidade de moléstias mentais que podem ter duração crônica ou transitória Ex. psicose maníaco-depressiva, arteriosclerose, tumores cerebrais, epilepsia em geral, paranóia, psicose alcóolica ou por medicamentos, etc. * 2. Desenvolvimento mental incompleto trata-se do desenvolvimento que ainda não alcançou a plenitude, imaturidade mental ou emocional, ou falta ao agente o conhecimento empírico. Ex. Menores de 18 anos (Lei nº8.069/90 – ECA); os silvícolas inadaptados e os surdos – mudos sem instrução adequada. 3. Desenvolvimento mental retardado é o estado mental inferior a idade cronológica, ou seja, a plena potencialidade mental jamais será atingida. Ex. São os oligofrênicos: Débeis mentais (idade mental entre 12 a 7 anos); Imbecis (idade mental entre 7 a 5 anos); Idiotas (idade mental entre 5 a 3 anos). * Critérios de aferição da inimputabilidade Sistema biológico importa em aferir se o agente é port1ador de anomalia ou não atingiu a idade cronológica da maioridade; Sistema psicológico importa em aferir se o agente ao tempo da ação ou omissão tinha capacidade de entender o caráter ilícito do fato; Sistema biopsicológico ou misto (adotado como regra pelo CP) – importa em aferir se o agente é portador de anomalia e se ao tempo da ação ou omissão tinha capacidade de entender o caráter a ilicitude do fato. * Art. 26, § único - REDUÇÃO DE PENA Refere-se à capacidade ou entendimento reduzido. O agente nesses casos tem “meia capacidade” daqueles entendimentos, pois não é inteiramente incapaz. Ocorre a imputabilidade diminuída ou semi-imputabilidade. Conseqüência jurídica: a pena será diminuída de 1/3 a 2/3 e se o condenado necessitar de tratamento curativo, o Juiz poderá substituir a pena privativa de liberdade aplicada por Medida de Segurança - art. 98 CP. * Conseqüências judiciais: Absolvição própria – não comprovada a autoria, a materialidade, o fato típico ou a ilicitude, não haverá qualquer sanção penal (pena ou medida de segurança); Absolvição imprópria – quando é reconhecida a inimputabilidade (exame de insanidade mental) e fica comprovada a autoria e materialidade do crime, o agente será absolvido e receberá Medida de Segurança (arts. 96 e 97). * Art. 27 – MENORES DE 18 ANOS Idêntico a redação do art. 228 da CF/88. O dispositivo trata expressamente da inimputabilidade do menor. Aquele menor de 18 anos que realiza fato definido como crime ou contravenção é isento de pena, mas, comprovada a autoria e materialidade do ato infracional, ficará sujeito às sanções da lei especial - ECA - Estatuto da Criança e do Adolescente – Lei nº 8.069 de 13 de julho de 1990: Art. 101 (para crianças – até 12 anos incompletos) Art. 112 (para adolescentes - 12 a 18 anos incompletos). * Art. 28, I – EMOÇÃO E PAIXÃO Não exclui a imputabilidade, estão expressa no Códex para não se argumentar tais motivos. Emoção - aguda e de curta duração Consiste numa atenuante – art. 65, inciso III, alínea “c” CP Paixão - crônica e de existência mais duradoura. * Para refletir: Francisco Dirceu Barros: “Já enfrentei algumas situações no Tribunal do Júri em que o réu afirmou que matou por amor. Para esses sempre leio uma frase do grande Roberto Lyra: O verdadeiro passional não mata. O amor é, por natureza e por finalidade, criador, fecundo, solidário, generoso. Ele é cliente das pretorias, das maternidades, dos lares e não do necrotérios, dos cemitérios, dos manicômios. O amor, o amor mesmo, jamais desceu ao banco dos réus. Para os fins da responsabilidade, a lei considera apenas o momento do crime. E nele o que atua é o ódio. O amor não figura nas cifras da mortalidade e sim nas da natalidade; não tira, põe gente no mundo. Está nos berços e não túmulos”. * QUADRO ILUSTRATIVO ACERCA DA EMBRIAGUEZ Aplicação da Teoria actio libera in causan: * Graus de embriaguez: Incompleta: resta consciência, o agente se torna excitado e desinibido (fase de excitação). De 0,8 a 2 g de álcool por litro de sangue. Completa: confusão mental, falta de consciência e vontade livre e coordenação motora (fase de depressão). De 2 a 3 g por litro de sangue. Comatosa: se trata de embriaguez completa, mas o agente cai em sono profundo (fase letárgica) De 4 a 5 g por litro de sangue.
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