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Constituição da República Federativa Brasileira de 1988

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PROTOCOLOS DE ATENÇÃO BÁSICA
REVISÃO AULA SUS
	4
Constituição da República Federativa Brasileira de 1988
O SUS é um produto de um Movimento Social e Político que surgiu em meados da década de 70, em plena vigência da Ditadura Militar. Esse movimento ficou conhecido como MOVIMENTO DA REFORMA SANITÁRIA BRASILEIRA que ao longo de vários anos lutou pela criação do SUS, devido à perversidade que era o sistema anterior (INPS/INAMPS).
O ápice deste movimento aconteceu na famosa VIII CONFERÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE (8ª CNS) que ocorreu, em Brasília, no mês de março de 1986, a qual é considerada um MARCO HISTÓRICO NA SAÚDE PÚBLICA BRASILEIRA, pois nela foram discutidos, principalmente, sobre a necessidade da criação do SUS e o novo conceito ampliado de Saúde. Então, oficialmente, nesta CNS o SUS foi PROPOSTO no RELATÓRIO FINAL.
• Modelo de seguro saúde: a pessoa tem que pagar com a finalidade de formar o seguro e aí ela teria direito ao serviço de saúde. Começa na época do INPS/INAMPS. 
· No artigo I já se estabelece a percepção de bem estar social – a meta é a erradicação da miséria e a redução das desigualdades
· Nos artigos V e VI são citados os direitos sociais e coletivos – SAÚDE COMO UM DIREITO SOCIAL 
SUS é uma politica de Estado, formado por 3 entes federativos: governo estadual, federal e municipal. SUS é uma cláusula pétrea.
TODOS OS PRINCÍPIOS DO SUS FORAM ORIGINADOS DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 05/10/1988 – CAPÍTULO DA SEGURIDADE SOCIAL, SEÇÃO II – DA SAÚDE, ARTIGO 196 A 200. ELES PODEM ESTAR EXPLICITOS OU IMPLÍCITOS NO TEXTO CONSTITUCIONAL.
TÍTULO: DA ORDEM SOCIAL 
CAPÍTULO: SEGURIDADE SOCIAL – a saúde é um direito de todos, então não tem que pagar para poder ter acesso ao serviço, faz parte das politicas sociais do estado. É garantido mediante o financiamento da seguridade social (saúde é direito do cidadão) não está mais associado à contribuição
SEÇÃO II: SAÚDE
Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.
· Principio da universalidade 
· Principio da equidade 
Art. 197. São de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao poder público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feita diretamente ou através de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado.
Art. 198. As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes:
I - descentralização com direção única em cada esfera de governo;
II - atendimento integral com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais;
III – participação da comunidade.
· Possui as emendas constitucionais 29, 45, 51 e 95 
Art. 199. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada. – Nesse artigo, podem existir várias “brechas” para adicionarem novas leis para explicar melhor 
· Fala da complementariedade do setor privado 
    § 1º As instituições privadas poderão participar de forma complementar do sistema único de saúde, segundo diretrizes deste, mediante contrato de direito público ou convênio, tendo preferência as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos.
    § 2º É vedada a destinação de recursos públicos para auxílios ou subvenções às instituições privadas com fins lucrativos.
    § 3º É vedada a participação direta ou indireta de empresas ou capitais estrangeiros na assistência à saúde no País, salvo nos casos previstos em lei.
    § 4º A lei disporá sobre as condições e os requisitos que facilitem a remoção de órgãos, tecidos e substâncias humanas para fins de transplante, pesquisa e tratamento, bem como a coleta, processamento e transfusão de sangue e seus derivados, sendo vedado todo tipo de comercialização.
Art. 200. Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, nos termos da lei:
        I -  controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de interesse para a saúde e participar da produção de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos, hemoderivados e outros insumos;
        II -  executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde do trabalhador;
        III -  ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde;
        IV -  participar da formulação da política e da execução das ações de saneamento básico;
        V -  incrementar, em sua área de atuação, o desenvolvimento científico e tecnológico e a inovação;
        VI -  fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu teor nutricional, bem como bebidas e águas para consumo humano;
        VII -  participar do controle e fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização de substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos;
        VIII -  colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho.
LEAVELL & CLARK 
Em 1965 publicaram um livro chamado “Historia Natural da Doença”, onde definiram que o médico pode fazer prevenção em diversos mentos do evento patológico, que a prevenção pode ocorrer antes da pessoa adquirir o agente patológico. 
→ PREVENÇÃO PRIMÁRIA 
• Promoção à saúde – conjunto de ações com objetivo de fazer o paciente mudar seu estilo de vida (alimentação, renda, exercício físico, moradia, melhoria do ambiente) e com essas condições a pessoa ter a melhora na QUALIDADE DE VIDA, PROMOVENDO A SAÚDE. A pessoa percebe.
· Ex: Médico orienta o paciente a fazer caminhada sem ter como foco uma doença especifica – para melhorar condicionamento físico, liberar endorfina, etc: PREVENÇÃO SEM ENFOQUE NA DOENÇA
• Proteção específica – visa evitar a doença. Nem todas às vezes a pessoa percebe resultado direto
· A pessoa quando usa preservativo para evitar a infecção por HIV
· Quando usa máscara para evitar COVID-19.
→ PREVENÇÃO SECUNDÁRIA – diagnostico precoce e prevenção de incapacidades (pessoa já tem a doença e evita danos dessa doença)
→ PREVENÇÃO TERCIÁRIA – reabilitação – já curou a pessoa 
→ PREVENÇÃO QUATERNÁRIA – evitar iatrogenia – evitar o erro médico que faz mal para o paciente, mas não é conceito do Leavell e Clark
PRINCÍPIOS NORTEADORES/DOUTRINÁRIOS OU ÉTICOS OU ÉTICOS-POLÍTICOS OU FINALÍSTICOS SÃO: 
1. Universalidade – Artigo 196 
Todas as pessoas têm direito à saúde, aí entendida como a garantia do direito aos fatores determinantes e determinantes de saúde e do acesso aos serviços de saúde. Esse direito deriva do já mencionado Artigo nº 196 da Constituição Federal de 1988 que diz “a saúde é um direito de todos e um dever do Estado...”. Pela primeira vez na história do Brasil, uma Constituição (Carta Magna) reconhece a saúde como direito social. Acesso ou acessibilidade universal significa para todos – ricos, pobres, homens, mulheres, velhos e crianças, nordestinos e sulistas, negros e brancos, moradores das cidades e quilombolas, analfabetos e letrados, independente da raça, etnia ou opção sexual.
2. Equidade – art. 196 
O moderno conceito de equidade compreende a ideia de que as pessoas mais fragilizadas e as comunidades mais desprovidas de recursos (sejam eles financeiros ou não) necessitam receber cuidados especiais para obter adequadas condições de saúde. É um princípio de justiça social porque busca diminuir desigualdades. Isto significa tratar desigualmente os desiguais, investindo mais onde a carência é maior.
· Oferecer mais para quem tem menos 
3. Integralidade – Art. 198 (“Atendimento integral”) 
Significa considerar a pessoa como um todo, atendendo a todas as suas necessidades. Para isto, os serviços de saúde devem oferecer um conjunto de ações, incluindo as de promoção da saúde, a de prevenção de doenças e agravos, o tratamento (aqui compreendido: a suspeição diagnóstica, o diagnóstico propriamente dito e o tratamento: medicamentoso, cirúrgico, paliativo) e a reabilitação. Esse princípio tambémpressupõe a articulação da saúde com outras políticas públicas, como forma de assegurar uma atuação intersetorial entre as diferentes áreas que tenham repercussão na saúde e qualidade de vida dos cidadãos.
ORGANIZACIONAIS/ORGANIZATIVOS SÃO: 
1. DESCENTRALIZAÇÃO COM COMANDO ÚNICO EM CADA ESFERA DE GOVERNO - ARTIGO 198 
Redistribuir o poder e responsabilidades entre os níveis de governo (federal, estadual e municipal). Na saúde, a descentralização tem como objetivo prestar serviços de melhor qualidade e garantir o controle e a fiscalização pelos cidadãos, pois quanto mais perto estiver a decisão, maior a chance de acerto.
No SUS entre os três entes federados o MUNICÍPIO tem enorme responsabilidade para com a saúde da população. Esse processo do município assumir a responsabilidade primária da saúde é chamado de MUNICIPALIZAÇÃO, isto é uma forma de aproximar o cidadão das decisões do setor saúde. O município é responsável, principalmente, pela Gestão da ATENÇÃO BÁSICA ou Atenção Primária à Saúde e em alguns casos também por ações e serviços de nível secundário.
2. REGIONALIZAÇÃO E HIERARQUIZAÇÃO - ARTIGO 198 
A regionalização e a hierarquização de serviços significam que eles devem ser organizados em níveis crescentes de densidade tecnológica, de acordo com uma determinada área geográfica na qual se conheça a clientela a ser atendida.
• NÍVEL PRIMÁRIO – compreendem, principalmente, as duas modalidades de Unidades Básicas de Saúde (UBS) – eAB, onde atua uma equipe de Atenção Básica e eSF, onde atua a equipe de Saúde da Família.
• NÍVEL SECUNDÁRIO - compreendem os hospitais de pequeno e médio porte como, por exemplo, as Santas Casas, o Centro de Referência em Saúde, o Ambulatório de Especialidades Médicas (AME), as Unidades de Pronto Atendimento (UPA)
• NÍVEL TERCIÁRIO – compreendem as Policlínicas especializadas, hospitais gerais de grande porte como o Hospital de Base de São José do Rio Preto.
• NÍVEL QUARTENÁRIO – compreendem os grandes Hospitais Universitários
Esse Modelo de Atenção organizado em Níveis de Atenção à Saúde será, gradualmente, substituído pelo Modelo de Pontos de Atenção à Saúde organizado em REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE. A implementação das RRAS aponta para uma maior eficácia na produção de saúde, melhoria na eficiência da gestão do sistema de saúde no espaço regional, e contribui para o avanço do processo de efetivação do SUS.
A interpretação da APS como estratégia de organização do sistema de atenção à saúde implica exercitá-la de forma a obedecer a certos atributos e a desempenhar algumas funções. 
ATRIBUTOS DA APS: 
1. O primeiro contato implica a acessibilidade e o uso de serviços para cada novo problema ou novo episódio de um problema para os quais se procura atenção à saúde. 
2. A longitudinalidade constitui a existência do aporte regular de cuidados pela equipe de saúde e seu uso consistente ao longo do tempo, num ambiente de relação mútua de confiança e humanizada entre equipe de saúde, indivíduos e famílias. 
3. A integralidade significa a prestação, pela equipe de saúde, de um conjunto de serviços que atendam às necessidades da população adstrita nos campos da promoção, da prevenção, da cura, do cuidado, da reabilitação e dos cuidados paliativos, a responsabilização pela oferta de serviços em outros pontos de atenção à saúde e o reconhecimento adequado dos problemas biológicos, psicológicos e sociais que causam as doenças. 
4. A coordenação conota a capacidade de garantir a continuidade da atenção, através da equipe de saúde, com o reconhecimento dos problemas que requerem seguimento constante e se articula com a função de centro de comunicação das RAS. 
5. A focalização na família impõe considerar a família como o sujeito da atenção, o que exige uma interação da equipe de saúde com esta unidade social e o conhecimento integral de seus problemas de saúde e das formas singulares de abordagem familiar. 
6. A orientação comunitária significa o reconhecimento das necessidades das famílias em função do contexto físico, econômico e social em que vivem, o que exige uma análise situacional das necessidades de saúde das famílias numa perspectiva populacional e a sua integração em programas intersetoriais de enfrentamento dos determinantes sociais da saúde proximais e intermediários. 
7. A competência cultural convoca uma relação horizontal entre a equipe de saúde e a população que respeite as singularidades culturais e as preferências das pessoas e das famílias 
FUNÇÕES DA APS: 
1- Resolubilidade 
2 - Comunicação 
3 - Responsabilização 
Só haverá uma APS de qualidade quando os seus sete atributos estiverem sendo operacionalizados, em sua totalidade. Os primeiros quatro são os atributos essenciais e os três últimos os atributos derivados.
3. REFERÊNCIA E CONTRARREFERÊNCIA - ARTIGO 198 
Um cidadão para transitar de um nível de atenção a outro de maior com maior densidade tecnológica em condições rotineiras (exceto urgências e emergências) precisa de um documento expedido por uma unidade de Atenção Básica (UBS/USF) chamado de GUIA DE ENCAMINHAMENTO, a qual é dividida em três partes: Identificação do Cidadão, Referência e Contrarreferência que explicaremos a seguir. Um cidadão é consultado por um médico Clínico Geral da Unidade Saúde da Família que suspeita de um distúrbio endocrinológico. Este médico decide encaminhá-lo para um endocrinologista, pelo SUS. Para que este cidadão possa ser consultado, ele deverá preencher uma parte da Guia de Encaminhamento chamada REFERÊNCIA. No dia da consulta este cidadão deverá levar a GUIA DE ENCAMINHAMENTO devidamente preenchida pelo médico quanto a alguns dados de sua identificação pessoal e o campo referente a Referência para o médico endocrinologista. Após o atendimento esse médico especialista deverá fazer um relatório – na parte da Guia chamada CONTRARREFERÊNCIA - sobre sua consulta explicitando o seu diagnóstico e o tratamento para esse caso e devolver a Guia para o cidadão entregá-la na UBS que originou o caso. Isto se chama CONTRARREFERÊNCIA
4. RESOLUTIVIDADE OU RESOLUBILIDADE - ARTIGO 198 
A Medicina Geral de Família e Comunidade é uma especialidade clínica cujo profissional é capaz de: I - identificar as doenças e enfermidades desde seus momentos iniciais, ainda com manifestações indiferenciadas e atípicas; II - manejar condições crônicas e estáveis, com momentos de agudização e problemas que configurem situações de urgência e emergência, com o objetivo de resolver pelo menos 80% dos problemas de saúde mais prevalentes;
5. PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE - Artigo 198 e Lei Federal nº 8142 de 28 de dezembro de 1990 
Instâncias colegiadas: 
I - a Conferência de Saúde; e 
II - o Conselho de Saúde. 
§ 1° A Conferência de Saúde reunir-se-á a cada quatro anos com a representação dos vários segmentos sociais, para avaliar a situação de saúde e propor as diretrizes para a formulação da política de saúde nos níveis correspondentes, convocada pelo Poder Executivo ou, extraordinariamente, por esta ou pelo Conselho de Saúde.
§ 2° O Conselho de Saúde, em caráter permanente e deliberativo, órgão colegiado composto por representantes do governo, prestadores de serviço, profissionais de saúde e usuários, atua na formulação de estratégias e no controle da execução da política de saúde na instância correspondente, inclusive nos aspectos econômicos e financeiros, cujas decisões serão homologadas pelo chefe do poder legalmente constituído em cada esfera do governo.
O Conselho Municipal de Saúde deverá ser sempre em número pares (composição paritária) assim distribuídos: 50% dos membros dos conselheiros são de usuários do SUS, 25% dos conselheiros de representantes dos profissionais de saúde ou não que atuam no SUS e 25% dos conselheiros são de representantes dos prestadores/gestores de serviços de saúde.
6. INTERSETORIALIDADE - Artigo 198 – derivado da Integralidade 
É o princípio que prescreve a necessidade de haver o comprometimento dos diversos setores (Ministérios, Secretarias, diretorias, coordenadorias) das três esferas de governo com a produção da saúde eo bem estar da população. Além das parcerias com ONGs, Empresas, Igrejas, Lions, Rotary, Associações, etc.
7. TRANSVERSALIDADE - Artigo 198 
É o princípio que estabelece a necessidade de coerência, complementariedade e reforço recíproco entre órgãos, políticas, programas e ações de saúde. Exemplos de Programas transversais no SUS: Programa Nacional de Imunização (administra-se vacinas do Recém-Nascido até os idosos), o Programa de Controle da Obesidade, Programa de Combate ao Tabagismo, Programa de Combate ao Alcoolismo, entre outros.
8. PARTICIPAÇÃO DO SETOR PRIVADO NA ÁREA DA SAÚDE DE FORMA COMPLEMENTAR AO SUS – Artigo 199
As instituições privadas de saúde poderão participar de forma complementar do Sistema Único de Saúde, segundo diretrizes deste, mediante contrato de direito público ou convênio, tendo preferência as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos.
INVESTIMENTO EM SAÚDE 
· Município: 15% 
· Estado: 12%
· Federal: 15%
SISTEMAS DE SAÚDE NO BRASIL
→ O 1º é denominado de Modelo Sanitarista-Campanhista que surgiu no início do Século XX e vai até aproximadamente 1930. Este modelo surge com a contratação do médico Oswaldo Cruz para ser o Diretor da Diretoria Geral de Saúde Pública (órgão equivalente hoje ao Ministério da Saúde) em 1903 que inicia um movimento de saneamento da capital federal da época – o Rio de Janeiro e da realização de intensas Campanhas Sanitárias contra as principais doenças da época. A ênfase era o saneamento dos espaços urbanos, principalmente, dos portos para a exportação do principal mercadoria que era o Café.
→ O 2º é denominado de Modelo Médico Sanitário que compreende o período de 1930 a 1966/7. Esse modelo surge após a criação dos primeiros centros de saúde na cidade de São Paulo e Rio de Janeiro e consolida-se com a criação do Ministério da Saúde e da Educação em 1930 com a tomada do poder pelo gaúcho Getúlio Vargas que rompe com a famosa Política do “Café com Leite” (Lembram-se disto?). Esse modelo procura atender ao Projeto/Processo de INDUSTRIALIZAÇÃO do país, na era de Getúlio Vargas e depois de Juscelino Kubitschek e termina com a criação do INPS quase dois anos após o GOLPE MILITAR de 64.
→ O 3º é denominado de Modelo Médico Assistencial Privatista (Modelo do INPS/INAMPS). Somente quem pagava o INPS (criado em 1966 e implantado a partir de 201/1967) e o INAMPS (criado a partir do INPS em 1977) tinha direito à saúde. Nesta época a população que tinha emprego formal e, portanto, registro em carteira de trabalho tinha direito a eles, além daqueles pessoas que podiam pagar mensalmente sua contribuição no famoso “CARNE DO INPS” , quem não tinha emprego formal e nem podia pagar este carnê era chamado de INDIGENTE, cidadãos de SEGUNDA CLASSE, era um sistema extremamente humilhante, preconceituoso e discriminatório para a maioria da população brasileira.
→ O 4º é o atual, o do Sistema Único de Saúde (SUS), foi criado em 5/10/1988 e é um dos mais jovens sistemas de saúde universais do mundo.

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