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AULA 14 - AVALIAÇÃO FUNCIONAL E REABILITAÇÃO FÍSICA EM HANSENÍASE

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PROTOCOLOS
AVALIAÇÃO EM HANSENÍASE
	1
Avaliação funcional e reabilitação física em hanseníase
• Lesão (ões) de pele com alteração de sensibilidade;
• Acometimento de nervo(s) com espessamento neural;
• Baciloscopia positiva.
• Face: nervo trigêmeo (V) e facial (VII)
• MMSS (ulnar, mediano e radial)
• MMII (fibular comum e tibial posterior – ramos do isquiático) – gera principalmente perdas motoras. Como é uma lesão nervosa periférica, falamos em paresia ou paralisia.
• O nervo facial é o que inerva a maioria dos nervos da mimica 
• Quanto as perdas sensoriais – parestesia (alteração de sensibilidade), como uma sensação de formigamento. Principalmente no polo Virchoviano não tratado, o paciente pode referir anestesia. 
• O paciente tem uma pele ressecada devido ao acometimento das glândulas (acomete o sistema nervoso simpático principalmente). Esse acometimento também está associado a alterações vasomotoras. 
• Doença crônica
• Pode provocar incapacidades físicas (olhos, mãos e pés) – sensitivo, motor e autonômico 
• Tem tratamento e CURA!
• Doença infecto contagiosa causada pelo Mycobacterium leprae – Bacilo de Hansen, que acomete fundamentalmente os nervos periféricos e a pele (DOENÇA NEURODERMATOLÓGICA).
• Sua variabilidade clínica é determinada pela resposta imunológica do hospedeiro.
• O surgimento de incapacidades físicas é um dos aspectos mais importantes.
• O comprometimento dos nervos periféricos é a característica principal da doença, dando-lhe um grande potencial para provocar incapacidades físicas que podem, inclusive, evoluir para deformidades.
AVALIAÇÃO SIMPLIFICADA DAS FUNÇÕES NEURAIS E COMPLICAÇÕES 
É feita na avaliação diagnostico, tratamento medicamentoso e alta medicamentosa. 
· Multibacilar: 0, 6 e 12 mês 
· Paucibacilar: 0, 4 e 9 mês 
• QP: Perguntar se tem alguma coisa que incomoda nas narinas e deixar o paciente relatar ou dá o sintoma e pergunta se ele sente ou não. Pergunta se incomoda, se arde o nariz, se sangra, se resseca, etc.. A melhor forma é a primeira, porque na segunda você pode induzir o paciente. E mais fidedigno se ele consegue relatar pra você o que está sentindo. Aqui anota o que o paciente relata. 
•RESSECAMENTO/FERIDA/PERFURAÇÃO DO SEPTO: fazer a inspeção pedindo pra fazer uma hiperextensão da coluna cervical e colocar uma luz para observar. Se tem ferida, se tem destruição do septo e ressecamento. Você observa tanto a narina esquerda quanto a direita. Anota sim ou não.
Olhos
• QP: pergunta se tem alguma coisa que incomoda nos olhos. Pode ser ardência, coceira, ressecamento de córnea, etc.
• Fecha os olhos sem força: avalia o musculo orbicular do olho, que é inervado pelo nervo facial. Dessa forma, se ele estiver lesado, o musculo orbicular vai estar paretico ou paralisado. Pede pro paciente abrir e fechar os olhos. Se ele fecha, significa que ele tem força pra isso.
• Fecha os olhos com força: coloca uma resistência (segura a pálpebra) e pede pra tentar fechar. Se tiver a paresia ele pode apresentar o sinal de Lagoftalmo. Com a evolução do tratamento, espera-se que esse sinal diminua ou desapareça. 
• Triquíase é consequência do entrópio, os cílios tocam no globo ocular, gerando o risco de ulcera de córnea e risco de cegueira e ectrópio é quando a córnea fica muito seca, ficando sujeita a lesões. 
• Diminuição da sensibilidade corneana: usa fio dental sem sabor, pede pro paciente olhar diretamente para você e tentar tocar o canto externo inferior do paciente com o fio dental. O paciente normal vai piscar, já o paciente com quadros graves perde esse reflexo, ele não pisca. 
• Opacidade córnea: olha pro paciente e observa se está opaco. O médico generalista tem dificuldade pra fazer isso, por isso se observar algum problema (como catarata), é necessário enviar para a avaliação do oftalmologista. 
• Acuidade visual: usa aquela tabela de Snellen. Fica a 6m do paciente, faz o teste com o óculos. Testa o D e E. Onde tiver dificuldade ou errar tem um numero, e é esse numero que coloca na ficha. Se não tiver a tabela fica a 6m do paciente e pede para contar os dedos. Se tiver dificuldades, enviar para avaliação com o especialista.
Membros superiores 
O nervo ulnar é mais acometido porque é mais superficial. Ele fica dentro do epicôndilo medial do úmero. Ele inerva do cotovelo (epicôndilo medial) até o 5º e metade do 4º dedo tanto da face palmar quanto da face dorsal. Para palpar usa a polpa digital do 2º e 3º dedo da mão.
O nervo pode estar espessado ou ter nodulações que são as globias, aglomerados de bacilos no trajeto do nervo. 
• Nervo mediano: paciente sentado, apoia o antebraço do paciente no antebraço do examinador. Ele fica embaixo dos tendões flexores dos dedos. Vai no lado radial do punho e entre o palmar longo e flexor radial do carpo e palpa o nervo. O paciente pode relatar choque, dor e parestesia. 
• Nervo radial: mais profundo e menos acometido. Um pouco abaixo da marca da BCG, no deltoide, faz a palpação vigorosa, uma vez que ele está abaixo. O radial inerva 1, 2 e 3 e metade do 4 dedo da face dorsal menos a ponta da unha que é o nervo mediano. Todo território dos extensores de punho são inervados pelo radial. 
• Pede para abrir o 5º dedo. Se ele não conseguir, existe uma perda de força muscular. 
• Pega a mão do paciente e pede para ele elevar o polegar. Se ele faz o movimento completo sozinho e vence a gravidade, é grau 3. Se ele vence uma resistência, é grau 4 ou 5. 
• Pede para o paciente ficar com a mão caída para fora da mesa de exame e pede para ele estender a mão. Se conseguir, é grau 3. Se aplicar a resistência e ele vencer, é 4 ou 5. Se ele só esboçar é grau 1.
· Se o paciente chegar com a mão em garra, com o 4 e 5º dedo – garra ulnar 
· Garra dos 5 dedos – acomete o mediano e ulnar 
· Se chegar com o punho caído: lesão do nervo radial 
Tem 3 graus de incapacidade
· 0 – quando não tem nenhum problema, nem no olho, nem nas mãos 
· Grau 1 – perdas sensitivas 
· Grau 2 – deformidades físicas 
Monofilamentos de nylon (ou estesiômetro) testam a sensibilidade tátil. A primeira sensibilidade perdida é a térmica, depois a dolorosa e por fim a tátil. Se ele não sente nada, já diz que o paciente apresenta uma anestesia. 
Toda sensibilidade testa com os olhos fechados. Primeiro pega o verde, que é o mais fino e testa ponto por ponto, fazendo 3 estímulos no mesmo ponto. Depois, pede para o paciente abrir os olhos e mostrar onde você fez o estimulo. Se ele não sentir, vai para o azul. Se não conseguir, vai para o lilás, onde faz uma vez só a estimulação do ponto. Se ele ainda não sentiu, vai para o vermelho e faz 1x. Se não conseguiu, vai para o laranja e faz 1x. Se ainda não sentiu, vai pro pink ou rosa que é bem mais grosso e faz 1x. Se sentir, vai escrever pink ou rosa no desenho. Se ele não sentiu de nenhuma forma, tenho que pintar esse ponto de preto, que significa anestesia. 
· Se sentiu o lilás, não precisa continuar o teste com os outros. Ou seja, eu paro de testar o ponto na cor do filamento que ele sentiu. 
· Só testa a palma da mão porque a região que tem mais risco de cortar e queimar é essa e também porque é um teste simplificado. Testa o mediano e ulnar nesses testes, o radial não. 
· Se tiver muito vermelho, laranja e pink – a sensibilidade esta comprometida. 
· Se tiver muito verde e azul – sensibilidade preservada 
· Se não sentir o lilás – já tem perda sensitiva na mão, já é grau 1 de incapacidade 
· Se pintou só um de vermelho, pink ou laranja, já indica que ele tem perda sensitiva, grau 1 de incapacidade. 
Deformidades físicas 
· Garra móvel: se conseguir mexer as articulações
· Garra rígida: não consegue mover as articulações 
· Reabsorção: processo inflamatório que leva a perda de pedaço do seguimento anatômico pela reabsorção dos tecidos pelos macrófagos. 
· Ferida: observar se tem ulceração, hematoma, etc
· Se tiver garra, ferida ou reabsorção, já é grau 2. 
Membros inferiores 
Paciente sentado na mesa de exame, com as pernas pendentes, com a área desnuda abaixo do joelho e palpa a cabeça da fíbula – vai na fossa poplíteae entre a cabeça e corpo da fíbula você acha o fibular comum. Pode observar parestesia, nodulações, sensação de choque ou dor.
Fibular comum inerva: 
· Ramo profundo inerva o m tibial anterior que faz a extensão do tornozelo 
· Ramo superficial inerva o m fibular longo e m fibular curto, que fazem a eversão do tornozelo. Se a bainha de mielina estiver lesada, o paciente apresenta pé caído ou pé equino. 
Tibial posterior: paciente sentado, com as pernas pendentes, palpa abaixo do maléolo medial da tíbia, palpando o nervo. Faz uma flexão plantar e uma inversão do tornozelo, o que expõe melhor esse nervo.
· Ele inerva toda a região plantar do pé, músculos flexores dos metatarsianos 
· Paciente deitado e pede para fazer a extensão do halux – nervo fibular – m extensor longo do hálux 
· Paciente deitado e pede para elevar o pé – nervo fibular – m tibial anterior 
Avalia o tibial posterior
· Aqui não usa o monofilamento verde e azul, pois são muitos finos, nem no individuo normal sentiria esses dois. Começa diretamente no lilás. 
· Começa 1x só em cada ponto. E é o mesmo esquema.
· Se não sentiu o lilás já indica perda sensitiva. Mesmo se for um ponto, já é perda sensitiva. 
· Pé equino – fibular comum
· Pé em garra – tibial posterior 
· Grau 0 – quando não existe nenhum problema nos olhos, mãos e pés 
· Grau 1- diminuição ou perda de sensibilidade nos olhos, mãos e pés 
· Grau 2 – deformidade física 
- Olhos – lagoftalmo, triquiase, diminuição da acuidade 
- Mãos – feridas, garra, reabsorção, punho caído 
- Pés – feridas, mal perfurante plantar, contratura do tornozelo, ferida, osteomielite
- Espera-se que no final da poliquimioterapia esse grau de incapacidade diminua. 
PROTOCOLOS
 
AVALIAÇÃO 
EM
 
HANSENÍASE
 
1
 
 
Avaliação funcional e reabilitação física em 
hanseníase
 
• Lesão (ões) de pele com alteração de sensibilidade;
 
• Acometimento de nervo(s) com espessamento neural;
 
• Baciloscopia positiva.
 
• Face: 
nervo 
trigêmeo (V) e facial (VII)
 
• 
MMSS (ulnar, mediano e 
radial)
 
• 
MMII (fibular comum e tibial posterior 
–
 
ramos do isquiático) 
–
 
gera principalmente perdas motoras. 
Como é uma lesão nervosa periférica, falamos em paresia ou paralisia.
 
• O nervo facial é o que inerva a maioria dos nervos da mimica 
 
• Quanto as 
perdas sensoriais 
–
 
parestesia (alteração de sensibilidade), como uma sensação de 
formigamento. Principalmente no polo Virchoviano não tratado, o paciente pode referir anestesia. 
 
• O paciente tem uma pele ressecada devido ao acometimento das glândulas (ac
omete o sistema nervoso 
simpático principalmente). Esse acometimento também está associado a alterações vasomotoras. 
 
• Doença crônica
 
• Pode provocar incapacidades físicas (olhos, mãos e pés) 
–
 
sensitivo, motor e autonômico 
 
• Tem tratamento e CURA!
 
• Doe
nça infecto contagiosa causada pelo Mycobacterium leprae 
–
 
Bacilo de Hansen, que acomete 
fundamentalmente os nervos periféricos e a pele (DOENÇA NEURODERMATOLÓGICA).
 
• Sua variabilidade clínica é determinada pela resposta imunológica do hospedeiro.
 
• O sur
gimento de incapacidades físicas é um dos aspectos mais importantes.
 
• O comprometimento dos nervos periféricos é a característica principal da doença, dando
-
lhe um grande 
potencial para provocar incapacidades físicas que podem, inclusive, evoluir para def
ormidades.
 
AVALIAÇÃO SIMPLIFICADA DAS FUNÇÕES NEURAIS E COMPLICAÇÕES 
 
É feita na avaliação diagnostico, tratamento medicamentoso e alta medicamentosa. 
 
·
 
Multibacilar: 0, 6 e 12 mês 
 
·
 
Paucibacilar: 0, 4 e 9 mês 
 
 
• 
QP: 
Perguntar se tem alguma coisa que incomoda nas narinas e deixar o paciente relatar ou dá o sintoma 
e pergunta se ele sente ou não. Pergunta se incomoda, se arde o nariz, se sangra, se resseca, etc.. A melhor 
forma é a primeira, porque na segunda você pode 
induzir o paciente. E mais fidedigno se ele consegue 
relatar pra você o que está sentindo. Aqui 
an
ota
 
o que o paciente relata. 
 
PROTOCOLOS 
AVALIAÇÃO EM HANSENÍASE 
1 
 
Avaliação funcional e reabilitação física em 
hanseníase 
• Lesão (ões) de pele com alteração de sensibilidade; 
• Acometimento de nervo(s) com espessamento neural; 
• Baciloscopia positiva. 
• Face: nervo trigêmeo (V) e facial (VII) 
• MMSS (ulnar, mediano e radial) 
• MMII (fibular comum e tibial posterior – ramos do isquiático) – gera principalmente perdas motoras. 
Como é uma lesão nervosa periférica, falamos em paresia ou paralisia. 
• O nervo facial é o que inerva a maioria dos nervos da mimica 
• Quanto as perdas sensoriais – parestesia (alteração de sensibilidade), como uma sensação de 
formigamento. Principalmente no polo Virchoviano não tratado, o paciente pode referir anestesia. 
• O paciente tem uma pele ressecada devido ao acometimento das glândulas (acomete o sistema nervoso 
simpático principalmente). Esse acometimento também está associado a alterações vasomotoras. 
• Doença crônica 
• Pode provocar incapacidades físicas (olhos, mãos e pés) – sensitivo, motor e autonômico 
• Tem tratamento e CURA! 
• Doença infecto contagiosa causada pelo Mycobacterium leprae – Bacilo de Hansen, que acomete 
fundamentalmente os nervos periféricos e a pele (DOENÇA NEURODERMATOLÓGICA). 
• Sua variabilidade clínica é determinada pela resposta imunológica do hospedeiro. 
• O surgimento de incapacidades físicas é um dos aspectos mais importantes. 
• O comprometimento dos nervos periféricos é a característica principal da doença, dando-lhe um grande 
potencial para provocar incapacidades físicas que podem, inclusive, evoluir para deformidades. 
AVALIAÇÃO SIMPLIFICADA DAS FUNÇÕES NEURAIS E COMPLICAÇÕES 
É feita na avaliação diagnostico, tratamento medicamentoso e alta medicamentosa. 
 Multibacilar: 0, 6 e 12 mês 
 Paucibacilar: 0, 4 e 9 mês 
 
• QP: Perguntar se tem alguma coisa que incomoda nas narinas e deixar o paciente relatar ou dá o sintoma 
e pergunta se ele sente ou não. Pergunta se incomoda, se arde o nariz, se sangra, se resseca, etc.. A melhor 
forma é a primeira, porque na segunda você pode induzir o paciente. E mais fidedigno se ele consegue 
relatar pra você o que está sentindo. Aqui anota o que o paciente relata.

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