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Língua Portuguesa
43
Expediente
Academia Militar das Agulhas Negras
Comandante - Gen Bda João Felipe Dias Alves
Chefe da Divisão de Ensino- Cel Janilson Campos Teixeira
Organização e Coordenação – Seção de Ensino H
Chefe da Seção De Ensino H – Cel Alessandra Martins Gomes Feitosa
Coordenador da Cadeira de Red/Est – Maj Heitor Fredmann
 
Professores Adjuntos – Maj Saulo Freire Landgraf
 Ten Bárbara Barreiros Cruz
 
 
AMAN: Escola de Líderes!
Líderes são leitores e escrevem!
INTRODUÇÃO
Prezado Cadete,
	O estudo da Língua Portuguesa apresenta uma importância considerada para a formação do Oficial do Exército Brasileiro. A alta proficiência em leitura e escrita, além de diferenciar vocês como cidadãos, certamente serão importantes ferramentas na qualificação ao longo da carreira que, em breve será iniciada.
Tomemos como base a Competência Principal dos currículos de sua Formação:
Desempenhar as funções de oficial subalterno e intermediário não aperfeiçoado, bacharel em Ciências Militares, alicerçado nos valores e tradições do EB.
nossa atividade deverá focar na preparação específica de todos os cadetes para as atribuições nos postos de Tenente e Capitão. As ações que serão empreendidas por todos, nos diferentes lugares do nosso Brasil continental, serão permeadas por diferenças linguísticas específicas da Língua Portuguesa e pela necessidade em produzir textos dentro do rigor da norma culta. 
Por esse motivo, apresentamos esse material didático, que será construído ao longo de todo o ano escolar e adaptado às reais necessidades de todos os Cadetes.
Por fim, teremos um ano escolar bem ativo e buscaremos estudar a Redação e Estilística aplicada à leitura e elaboração dos gêneros textuais militares que estarão bem mais relacionados à pratica de vida de todos.
Desejamos um ano cheio de aprendizagens especiais e de especiais plantios para futuras colheitas mui excelentes!
Bons Estudos!!
 Cel Alessandra M. G. Feitosa 
 Chefe da Seção de Ensino H
Caro Cadete,
	este material foi elaborado para o seu preparo intelectual. Abaixo, você encontrará alguns ícones que orientarão seu estudo:
- parte teórica 
- exercícios
- tome nota
- desafios
- links de vídeos complementares
- aprofundando
 - AVA
 - texto para leitura fora da sala de aula
CÓDIGOS DE CORREÇÃO DE REDAÇÃO
	Código
	O que tem que ser verificado
	Ø
	Ausência de palavra
	Tv
	Tempo verbal inadequado
	xxxxxxx
	Ortografia
	
	Repetição de palavras
	
	Concordância nominal ou verbal
	/
	Pontuação
	Co
	Coesão
	Coer
	Coerência
	
	Regência verbal ou nominal
	
	Colocação pronominal
	TF
	Tópico frasal
	Arg
	Argumento
	Conc
	Conclusão
	IL
	Incoerência localizada
	Red
	Redundância
	Clic
	Clichê
	Mo
	Marcas de oralidade
	MP
	Mudança de pessoa
	
	Parágrafo
	
	Margem 
	
	
	
	
GRADE DE CORREÇÃO DE REDAÇÃO
	GRADE DE CORREÇÃO – AMAN – RED EST
	COMPETÊNCIA ESCRITORA
	1- MODALIDADE ESCRITA
	Deverá ser observado se o CADETE demonstra domínio da modalidade escrita formal da Língua Portuguesa.
	0
	Demonstra desconhecimento da modalidade escrita da língua portuguesa. 
	1
	Demonstra domínio precário da modalidade escrita, de forma sistemática, com diversos e frequentes desvios gramaticais, de escolha de registro e de convenções de escrita – até 02 ocorrências para cada desvio citado. 
	2
	Demonstra domínio mediano da modalidade escrita formal da língua portuguesa e de escolha de registro e de convenções de escrita – até 01 ocorrência para cada desvio citado. 
	3
	Demonstra excelente domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa e de escolha de registro e de convenções de escrita – nenhuma ocorrência
	2- COMPETÊNCIA LEITORA/ INTERTEXTUALIDADE
	Deverá ser observado se o CADETE compreendeu a proposta da redação, articulou as diferentes leituras da coletânea e aplicou conceitos das diferentes áreas e ‘diferentes leituras’ para desenvolvimento do tema de acordo com o gênero textual proposto.
	0
	Fuga total ao tema/ não atendimento à estrutura dissertativo-argumentativa.
	1
	Apresenta o assunto, tangenciando o tema, ou demonstra domínio precário do texto dissertativo-argumentativo, com traços constantes de outros tipos textuais.
	2
	Desenvolve o tema recorrendo à cópia de trechos dos textos da coletânea ou apresenta domínio insuficiente do texto dissertativo-argumentativo, não atendendo à estrutura com proposição, argumentação e conclusão.
	3
	Desenvolve o tema por meio de argumentação previsível e apresenta domínio mediano do texto dissertativo-argumentativo, com proposição, argumentação e conclusão.
	4
	Desenvolve o tema por meio de argumentação consistente, apresenta bom domínio do texto dissertativo-argumentativo, com proposição, argumentação e conclusão.
	3. COMPÊTENCIA ESCRITORA/ TEXTUALIZAÇÃO/ INFORMATIVIDADE/ INTENCIONALIDADE
	Deverá ser observado se o CADETE organiza, relaciona e interpreta fatos, opiniões e argumentos.
	0
	Apresenta informações, fatos e opiniões não relacionados à proposta de produção textual.
	1
	Apresenta informações, fatos e opiniões pouco relacionados à proposta de produção textual.
	2
	Apresenta informações, fatos e opiniões relacionados à proposta de produção textual, mas desorganizados ou contraditórios e/ou limitados aos textos motivadores.
	3
	Apresenta informações, fatos e opiniões relacionados à proposta de produção textual, mas limitados aos textos motivadores ou pouco organizados.
	4
	Apresenta informações, fatos e opiniões relacionados à proposta de produção textual, de forma organizada, com indícios de autoria.
	5
	Apresenta informações, fatos e opiniões relacionados à proposta de produção textual, de forma consistente e organizada, configurando autoria.
		 
4. COMPETÊNCIA ESCRITORA / TEXTUALIZAÇÃO/ COERÊNCIA – (Coer)
	Deverá ser observado se o CADETE domina:
a) domina a ordenação paragrafal, ou seja, elabora os parágrafos e estes guardam uma lógica entre si;
b) a lógica interna dos parágrafos e, em consequência, a organização de ideias básicas em cada parágrafo;
c) a coerência externa, mantendo conexão com a coletânea e com a temática abordada.
	1
	Texto apresenta incoerências localizadas que comprometem a lógica textual.
	2
	Texto apresenta incoerências localizadas, ou inter ou intra parágrafos, que não afetam a lógica interna, ou somente paragrafação inadequada.
	3
	Texto apresenta uma paragrafação coerente, mantendo de forma lógica as coerências inter/intraparágrafos, guardando, ainda, uma coerência externa com a temática provocada pela coletânea.
	5. COMPETÊNCIA ESCRITORA / TEXTUALIZAÇÃO/ COESÕES (coes)
	Quanto ao aspecto da coesão, deverão ser observados: 
a) os mecanismos que se referem à retomada, à progressão textual, atentando para o uso variado desses recursos como a elipse, a nominalização, a pronominalização, o sintagma nominal, os conectivos e a pontuação e
b) da capacidade de inserir novos referentes que apresentem indícios de autoria e de posicionamento crítico.
	1
	Não faz uso de elementos coesivos, ou o faz de maneira inadequada e ineficaz, contribuindo para a construção de um texto truncado, ambíguo e ilegível.
	2
	Faz uso de poucos e, às vezes, inadequados elementos coesivos com prejuízos pontuais para a progressão textual. Predomínio de períodos simples, orações absolutas.
	3
	Faz uso de poucos elementos coesivos, com predomínio de um ou dois mecanismos de coesão (por exemplo, pronominalização e repetição), com certo prejuízo para a progressão textual.
	4
	Faz uso de variados elementos coesivos de maneira adequada, mas sem apresentar marcas de autoria.
	5
	Faz uso de elementos coesivos de maneira adequada, contribuindo para a progressão textual, apresentando marcas de autoria.
 Introdução à Redação e Estilística
 	Escrever um texto não é uma atividade fácil e de rápida execução. Há quem diga que para escrever bem tem-se que ler muito. Engano. 
	Parase escrever bem, tem-se que escrever muito. Para se ler bem, tem-se que ler muito. São competências que, embora interligadas, possuem naturezas diferentes por requererem habilidades, também, diferentes e bem específicas, como podemos destacar abaixo: 
	LER
	ESCREVER
	Decodificar
	Codificar
	Compreender
	Normatizar (ortografia, notações)
	Interpretar
	Comunicar
	Estabelecer relações
	Textualizar
	Criticar, replicar
	Intertextualizar
	A partir das habilidades podemos observar que a escrita demanda trabalhos de elaboração bem mais avançados que a leitura, como por exemplo o normatizar, ou seja, escrever dentro dos padrões da norma culta da Língua, ou o intertextualizar e o textualizar que, juntos, retratam as qualidades de um texto bem elaborado.
	Sobre a Leitura, podemos nos apoiar na definição da Professora Ingedore Koch (2006), 
	A leitura é a atividade de captação das ideias do autor, sem se levar em conta as experiências e os conhecimentos do leitor. O foco de atenção é, pois, o autor e suas intenções, e o sentido está centrado no autor, bastando tão-somente ao leitor captar essas informações.
	
A leitura faz parte do nosso dia a dia. O tempo todo estamos lendo. Lemos textos escritos, escutamos textos orais. As diversas semioses (*) que nos circundam fazem com que estejamos sempre atentos, até de forma subconsciente nosso cérebro lê. Quer ver um exemplo?
Imagina que você está dirigindo e, desatento. Percebe que o sinal ficou vermelho e que seu carro está muito acelerado. O que você faz? Ou erradamente vai avançar o sinal, ou vai dar uma brusca freada. Esses dois comportamentos foram acionados a partir da leitura de um código visual, que acionou uma série de comportamentos internos em você sobre o que é certo ou errado no trânsito.
Acontece que, como seres multifacetados (*) e multiletrados (*) que somos, participamos de diversas esferas ou círculos sociais. Essas esferas de convivência podem ser a escola, a família, a Igreja, o trabalho... enfim,
 Esferas são instâncias de atividade humana que produzem textos com algumas características comuns, isto é o lugar onde os textos ocorrem/circulam (lugar de produção/recepção), Como o literário, o religioso, o jornalístico, o escolar, etc.
TOME NOTA 
ESCREVA COM SUAS PALAVRAS
	SEMIOSES
	
	MULTIFACETADO
	
	MULTILETRADO
	
UDI – INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE TEXTO
Assunto: a) Noção de Gênero Textual, conceito e características.
Os textos produzidos em contextos específicos chamaremos de GÊNERO TEXTUAL.
Segundo Baktin (1997), gêneros textuais são tipos relativamente estáveis de enunciados elaborados nas diferentes esferas de utilização da língua. Tomados como enunciados concretos (orais e escritos), refletem as condições específicas e as finalidades de cada esfera pelo conteúdo temático, pelo estilo verbal e pela construção composicional.
Podemos resumir gênero textual como 
· um enunciado estável; 
· com estrutura prototípica definida pelo conteúdo temático; 
· propósito comunicativo; e
· estilo verbal.
Outro estudioso importante, Bazerman (2006), define Gênero Textual como um conjunto de convenções (ou “códigos de significação”) associados a uma prática social e à prescrição de papéis e identidades, com formas tipificadas de interação social.
A expressão “prescrição de papéis” está relacionada aos diferentes momentos e posturas que os interlocutores ocupam no processo de interação social. Trata-se de entender com quem se fala, o que se fala, por que se fala e como se fala.
Exercícios
1- Identifique os gêneros textuais abaixo e justifique a partir da tríade: tema, estrutura composicional e propósito comunicativo
	a)
	___________________________________________-_______________
___________________________________________________________
___________________________________________________________
___________________________________________________________
	b) 
	__________________________________________________________
___________________________________________________________
___________________________________________________________
___________________________________________________________
	c)
	___________________________________________________________
___________________________________________________________
___________________________________________________________
___________________________________________________________
____________________________________________________________
	d)
	___________________________________________________________
___________________________________________________________
___________________________________________________________
___________________________________________________________
	e)
	___________________________________________________________
___________________________________________________________
___________________________________________________________
___________________________________________________________
___________________________________________________________
___________________________________________________________
	f)
	__________________________________________________________
___________________________________________________________
___________________________________________________________
___________________________________________________________
___________________________________________________________
___________________________________________________________
 Tome Nota!
Fonte: Aula Inaugural Red Est- Cel Alessandra- 01 FEV 23
As diferentes esferas, de que o indivíduo/sujeito participa, requerem dele conhecimento específico para interagir e participar das atividades daquele grupo. Esses posicionamentos e essas práticas possuem discursos próprios, ligados aos seus sistemas de crenças. 
Por esse motivo que, quando você está da Igreja, participando de alguma reunião religiosa, você precisa acreditar nas temáticas que ali são professadas, você precisa participar das práticas discursivas e se posicionar quanto ao que ali é difundido.
Quando você está na AMAN, você participa das reuniões, instruções e acredita na Instituição, na missão que ela possui e se identifica com a Doutrina Militar e com suas tradições e seus valores. Esse conjunto de práticas é regido por textos específicos para as diferentes finalidades. Dentre eles citamos as Leis, os Decretos, os Regulamentos, as Instruções Gerais, os Manuais, os documentos próprios da rotina militar, dentre outros. Aqui, listamos os mais importantes, nesse momento de formação enquanto Cadete: alusivo, DIEx, Relatório, Nota para BI, Ordem de Serviço, Ofício, dentre outros.
Nesse contexto emerge o conceito de Discurso, que será aqui entendido como o uso da linguagem como forma de prática social e não como atividade puramente individual ou reflexo de variáveis situacionais.
1- é o modo de ação sobre o mundo e sobre os outros, um modo de representação;
2- a relação dialética entre o discurso e a estrutura social (é moldado e restringido pela estrutura social);
Por isso é tão importante a percepção das práticas discursivas, dada a relevância desse conceito no desenvolver a elaboração de textos orais ou escritos com a finalidade de influenciar os leitores e/ou interlocutores.
GÊNEROS TEXTUAIS DA ESFERA MILITAR
No âmbito militar, várias documentações são produzidas com o intuito de orientar atividades, missões, manobras e de promover as visitas, inspeções e coordenação do Comando do Exército Brasileiro: Regulamentos, Manuais, Ordem de Serviço, Relatórios, Pareceres, Requerimentos, Alusivos, Memórias, Notas Técnicas, são documentos específicos que são produzidos sob a orientação específica de um setor com tipos textuais bem especificados.
Documentos de rotina, que buscam a comunicação interna e externa da OM são veiculados por meio de um sistema eletrônico, o Sistema de Protocolo e Eletrônico de Documentos (SPED). Trata-se de uma ferramentas desenvolvida pelos profissionais da Força para consumo e divulgação interna do 
Exército Brasileiro.Dentro do SPED, ao clicar em redigir documentos, abre-se a tela com os documentos da rotina militar:
Nesse rol de documentos, você vai encontrar todos esses listados acima, com as seguintes especificidades:
a) DIEx - Forma de correspondência utilizada pela autoridade militar ou pelo militar, com a finalidade de tratar de assuntos oficiais, transmissão de ordens, instruções, decisões, recomendações, encaminhamentos de documentos, solicitações, comunicar assuntos de serviço, esclarecimentos, informações e outros, devendo ser preferencialmente utilizado com suporte eletrônico (0 documento arquivado/enviado por rede de computadores ou por meio físico de transporte de dados, outros, porém continua sendo um DIEx), para permitir agilidade e oportunidade.
b) DIEX simplificado - é destinado para encaminhamento, remessa e restituição de outros documentos, como capa de 'FAX', restrito no âmbito da Força e para rápida comunicação entre as partes interessadas.
c) Ofício- documento pelo qual as autoridades militares se correspondem com autoridades da Administração Pública e Privada, nas esferas Nacional e Internacional, a respeito de assunto técnico ou administrativo, de caráter exclusivamente oficial, podendo:
1. tramitar por meio físico / papel impresso;
2. substituir o documento FAX, desde que seja citada a forma de transmissão no corpo do documento, e
3. ser utilizado com suporte eletrônico (o documento é arquivado/enviado por rede de computadores ou por meio físico de transporte de dados, outros, porém continua sendo um oficio), desde que seja certificado digitalmente por estrutura definida pelo Ministério da Defesa.
d) Nota para Boletim- documento proposto por uma autoridade subordinada competente, sujeito à aprovação do comandante, chefe ou diretor, para fim de publicação em seu BI, podendo ser utilizado suporte eletrônico (o documento é arquivado/enviado por rede de computadores), ou ser substituído por mensagem eletrônica, sempre que houver meios físicos adequados.
e) Informação para requerimento:
A informação sobre o requerente segue as disposições estabelecidas e deve possuir:
1. cabeçalho.
2. texto.
a. o amparo do requerente - apenas citar o enquadramento completo do texto legal sobre o assunto, que constitua o fundamento legal da pretensão;
b. o estudo fundamentado - onde são apreciados os dados informativos sobre o requerente, verificando-se a coerência entre o que é requerido e o amparo legal, e
c. Parecer - nos escalões de comando diferentes daquele a quem é dirigido o requerimento, caberão apenas dois tipos de pareceres básicos, o encaminhamento ou o arquivamento, conforme exemplificado a seguir: Todo requerimento que satisfizer às exigências legais sairá da OM de origem instruído com as informações e os documentos necessários ao seu estudo e à decisão, sendo encaminhado à autoridade competente (despacho final), por meio do escalão de comando.
f) Requerimento- documento em que o signatário pede à autoridade competente o reconhecimento ou a concessão de direito que julga possuir, amparado na legislação que regula o objeto pretendido.
	Fora do SPED, os demais documentos que transitam na esfera, eminentemente, militar são:
a) Relatório – Expediente contendo exposição minuciosa de fatos ou atividades que devam ser apreciados por autoridade competente e modelos para elaboração deste documento são encontrados em regulamentos, manuais e instruções específicas, podendo ser manuscrito ou utilizado suporte eletrônico, sempre que houver meios físicos adequados. O relatório consta de três partes: 
1) cabeçalho, destinado à identificação; 
2) parte expositiva, na qual constará o assunto propriamente dito do relatório; e 
3) conclusão, contendo os principais resultados obtidos e as sugestões sobre determinados assuntos que devam ser postos em evidência. 
 
b) Ordem de Serviço – Documento formal emitido por uma autoridade com a finalidade de determinar e orientar ao escalão subordinado a execução de alguma atividade administrativa, eventual ou de rotina. A ordem de serviço consta das seguintes partes:
1) Finalidade;
2) Referências;
3) Objetivos;
4) Execução (participantes, período, uniforme, cronograma sintético);
5) Ordem aos Elementos subordinados; e
6) Prescrições diversas.
c) Ordem de Instrução – Documento formal emitido por uma autoridade com a finalidade de determinar e instruir o escalão subordinado a execução de alguma ação em combate, instrução militar ou serviço de escala.
d) Parecer – é a manifestação de um órgão técnico sobre assunto submetido à sua consideração e pode fazer parte de um processo para o qual apresenta uma solução, justificando-a por meio de dispositivos legais e informações
e) Ata - é lavrada, geralmente, em livro próprio, devidamente autenticado, cujas páginas são rubricadas pela autoridade que redigiu o termo de abertura, ou em folhas de papel, tais como ata de exame, ata de inspeção de saúde e outras. É constituída das seguintes partes: preâmbulo, contendo a data, o local da reunião, as pessoas presentes e o assunto (s) a ser (em) tratado(s); parte expositiva, onde são narrados todos os assuntos tratados na reunião (sessão); e fecho, onde constará a hora, o motivo do encerramento e a assinatura do presidente e do secretário dos trabalhos. 
Os termos utilizados na parte expositiva serão escritos por extenso, sejam números, abreviaturas ou siglas. Quando lavrada em livro próprio, não haverá abertura de parágrafos, bem como espaços e/ou linhas em branco.
f) Memória – Documento utilizado para a auxiliar a tomada de decisão do escalão superior. Caracteriza-se pela análise de algum problema, discriminando de forma sucinta o assunto; a origem do problema; a descrição do problema; o levantamento dos dados disponíveis; a apreciação à luz dos dados disponíveis e da legislação vigente; o relacionamento da legislação pertinente; e, a apresentação de uma proposta de solução. É marcada pelo perfeito entendimento de seu objeto (o problema), e pelo ordenamento dos dados e das ideias que possibilitem a solução, por intermédio da aplicação de método simplificado de raciocínio lógico. Constitui um instrumento de grande valor à disposição do chefe militar para a tomada de decisões, particularmente em assuntos mais simples. Em seu timbre, a colocação das Armas Nacionais é opcional.
g) Nota Técnica- É um documento elaborado por técnicos especializados em determinado assunto e difere do Parecer pela análise completa de todo o contexto, devendo conter histórico e fundamento legal, baseados em informações relevantes. É emitida quando identificada a necessidade de fundamentação formal ou informação específica da área responsável pela matéria e oferece alternativas para tomada de decisão.
h) Manual- Documento que trata de questões relativas a doutrina, instrução e emprego das organizações militares da Força Terrestre. 
i) Instruções Gerais – prescrevem normas de procedimento relativas às atividades gerais do Exército, não especificadas em outras publicações.
j) Regulamentos- conjunto de preceitos que regulam o comportamento, as atitudes militares e a vida administrativa das organizações militares.
k) Decretos- ato administrativo de competência do Presidente da República, destinado a prover situações gerais ou individuais, abstratamente previstas, de modo expresso ou implícito, na lei.
i) Alusivos – documentos de caráter histórico-enaltecedor das virtudes militares de antigos líderes militares ou de momentos históricos de grande relevância, com a finalidade de celebrar um dia de importância festiva no Exército Brasileiro. São divididos em quatro momentos, a saber:
1) Primeiro momento – contextualização da data e o que ela comemora.
2) Segundo momento – dados sobre a vida de determinado vulto histórico
3) Terceiro momento- importância do vulto ou data para o EB.
4) Quarto momento – convocação aos discípulos ou reflexão dos integrantes da Força quanto ao contexto histórico do fato.
APROFUNDANDO
Essas orientações podem ser acessadas na EB10IG 01.001 INSTRUÇÕES GERAIS PARA. A CORRESPONDÊNCIA.DO EXÉRCITO 
Em nível acadêmico, considerando a formação do futuro Bacharel em Ciências Militares, temos inclusive a elaboração de:
a) Resumo- é um gênero textual que busca sintetizar, evidenciar, destacar as ideias principais de um texto maior, sem apresentar juízo de valor ou emitir opinião pessoal a respeito do tema. De caráter meramente expositivo, ressalta as ideias principais.
b) Resenha- é um gênero textual que mescla o resumo, e descreve, ou analisa, ou opina, sobre determinado livro, filme, álbum musical ou qualquer obra de natureza cultural. Esse gênero pode ser dividido em duas modalidades:
- resenha descritiva (de caráter expositivo); e
 - resenha crítica (de caráter expositivo-argumentativo).
c) Artigo de Opinião- é um texto de caráter argumentativo em que o autor defende um ponto de vista sobre determinado tema. Escrever um artigo de opinião é manifestar no papel o seu ponto de vista sobre determinado assunto. É utilizar-se de seu conhecimento de mundo para convencer o seu leitor a aceitar ou adotar as suas percepções e impressões sobre determinado tema. Esse tipo de texto está presente no cotidiano de todos e, por meio dele, tomamos conhecimento de uma infinidade de perspectivas sobre um mesmo fato, o que auxilia no desenvolvimento da capacidade crítica e argumentativa.
 Reconhecendo o texto:
· A linguagem é não literária
· O assunto é amplo e deve ser objeto da expressão da realidade (ecologia, terrorismo, educação, direitos humanos, entre outros).
· O tema é a especificidade do assunto, um recorte do assunto. Repare:
	Assunto
	Tema
	Guerra
	O conflito entre a Rússia e a Ucrânia 
· A tese é o posicionamento de quem redige e aparece, na estrutura do texto, depois do tema. Repare: 
O desenvolvimento intelectual é um esforço contínuo de aprendizagem (tema). Somente muito estudo alcança-se o raciocínio crítico, entende-se com clareza diversos assuntos, questiona-se falsos conceitos e, por consequência, desenvolve-se a inteligência (tese). 
O título constitui o resumo do tema e sua importância consiste em chamar a atenção do leitor para o seu texto. Portanto, recomenda-se que seja criativo, curto e simples.
 Lembre-se: palavras rebuscadas não costumam atrair leitores.
Reconhecendo a estrutura do Gênero, o artigo de opinião possui três partes: 
a. Introdução;
b. Desenvolvimento e 
c. Conclusão
d) Trabalho de Conclusão de Curso – Trata-se de uma pesquisa acadêmica realizada como avaliação final de um Curso de Graduação. O tipo de pesquisa e a orientação do TCC variam de acordo com a área do curso de graduação. No caso da AMAN, bacharelado em Ciências Militares, a pesquisa é voltada para os objetos de estudo de interesse do EB e apreendidos durante o curso de formação de oficial combatente.
Exercícios
1- Reconheça os gêneros textuais abaixo, justificando-o por meio de sua estrutura composicional, de seu propósito comunicativo e de sua temática abordada.
a)
b) 
c) Em uma determinada fase da evolução da humanidade, nossos ancestrais conscientizaram-se de que era necessário se reunir em grupos para enfrentar as dificuldades da melhor maneira possível. Essa organização de auxílio mútuo foi evoluindo, e seus integrantes passaram a pintar seus corpos com cores específicas e a usar vestimentas semelhantes, permitindo o seu reconhecimento. Mas apenas isso não bastava, pois era importante que outros grupos pudessem identificar, a certa distância, seus componentes, suas terras e suas propriedades. Dessa forma, as cores identificadoras começaram a ser levantadas em lanças e mastros, criando, então, a bandeira. Essa distinção por meio de formas e cores ganhou tanta força que perdura até os dias atuais.
A Bandeira Nacional significa muito mais do que nos foi ensinado nos bancos escolares. Além das riquezas naturais, da índole pacífica do nosso povo e da aspiração de ordem para que haja progresso, o verde, o amarelo, o azul e o branco representam um passado de conquistas, árduas lutas e intensos esforços por parte de nossos antecessores para que, hoje, possamos desfrutar da herança que nos legaram neste vasto território. As cores também traduzem o compromisso que assumimos para transmitir aos nossos descendentes um País ainda melhor.
(...)
Soldados do invicto Exército Brasileiro, diante de vós desfralda-se o símbolo máximo da unidade indivisível de nossa Pátria, tesouro histórico, invicto e imortal! Esta Bandeira encerra o heroísmo e o sacrifício das vitórias passadas, os desafios do presente e a grandiosidade do futuro do Brasil. A ela deveis vos dedicar. Com fé inabalável na nossa missão constitucional, estejamos sempre preparados para defender, com nosso sangue generoso, o símbolo maior de nossa Pátria. Assim seremos dignos de viver sob sua majestosa proteção como cidadãos honrados e conscientes de nossas obrigações para com a Bandeira e o povo de nosso amado Brasil.
Exército Brasileiro, em continência à Bandeira, apresentar arma!
 Brasília - DF, 19 de novembro de 2022.
Assunto: b) Critérios de Textualidade dentro dos Gêneros Textuais
Para se ler bem um texto, precisamos utilizar as seguintes estratégias: seleção - antecipação - inferência e verificação.
	Todas essas estratégias são iniciadas pela leitura do título e das informações que circulam esse texto, tais como, nome do autor, meio de veiculação do texto, gênero textual, título e a distribuição e configuração das informações no texto.
	A partir desses dados, fazemos a antecipação de informações e levantamos hipóteses que, durante a leitura do texto, serão refutadas ou rejeitadas. Se as hipóteses forem rejeitadas, nossa mente fará o processo de reformulação novamente, estabelecendo, assim, o processo de interação com o texto. Este mesmo processo deve ser projetado para o texto a ser produzido. 
Um texto bem escrito precisa atender aos critérios de textualidade: 
· INFORMATIVIDADE,
· INTENCIONALIDADE, 
· INTERTEXTUALIDADE, 
· ACEITABILIDADE, 
· SITUACIONALIDADE, 
· COESÃO E 
· COERÊNCIA. 
	Vejamos esses critérios:
Informatividade
- refere-se à distribuição da informação no texto e ao grau de previsibilidade/redundância com que a informação nele contida é veiculada. Para que seu texto tenha um bom nível de informatividade é preciso que seu conhecimento de mundo seja amplo, diversificado e, se possível, dependendo do assunto, aprofundado de modo a que você tenha repertório para elaborar o seu projeto de dizer.
A leitura é a principal porta de alimentação para a informatividade. 
Quem lê muito, angaria condições de desenvolver as habilidades de criticar, replicar e estabelecer relações entre os assuntos, os temas, os fatos e os argumentos.
Segundo Koch (2006), 
“todo texto organiza-se pela combinação de dois movimentos, um de retroação, por meio do qual se retoma a informação anteriormente introduzida, que vai servir de ancoragem para o movimento de progressão, responsável pela introdução de informação nova. (KOCH, 2006; p.41)”
Vamos aplicar esse conhecimento:
Título: A educação em tempos de Covid-19
Tema: educação e pandemia
1- A respeito do título, enuncie três hipóteses de argumentação que podem ser traçadas no artigo de opinião.
a)_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
b)_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
c)_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
2- A partir de suas hipóteses, sua perspectiva discursiva é a de que o texto agregue informações positivas, ou apresente questões para reflexão?
_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________3- O texto que será apresentado é um trecho de um artigo de opinião escrito por Mozart Neves Ramos, professor do Instituto de Estudos Avançados da USP-Ribeirão Preto. Publicado no Correio Braziliense, 02/04/2020. Considerando a qualificação do autor do texto, você acredita que ele trará soluções ou questionamentos, ou nenhum dos dois?
_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Vamos à leitura do Texto:
A educação em tempos de Covid-19
Possivelmente, aqui no Brasil, a melhor solução para os alunos das redes públicas de ensino consistirá no uso de conteúdos transmitidos por meio dos celulares com internet. Exemplo dessa situação vem do estado de São Paulo, no qual a Secretaria de Educação negocia com as operadoras o patrocínio para bancar a conexão de Wi-Fi dos alunos que tenham ao menos um smartphone. Esse período vai exigir dos gestores que pensem fora da caixa.
No meu ponto de vista, essa será oportunidade para repensar o papel da escola e dos pais na vida escolar dos estudantes. Os pais, sobrecarregados pelos diferentes afazeres, estão cada vez mais terceirizando para a escola o seu dever de educar, na contramão do que apregoa o art. 205 da Constituição Federal, que afirma que educar é um dever do Estado e das famílias. Em uma de suas homilias, o papa Francisco afirmou, em tom preocupado: “Chegou a hora de os pais e as mães voltarem do seu exílio e recuperarem a sua função educativa. Oremos para que o Senhor conceda aos pais esta graça: a de não se autoexilarem da educação dos filhos”.
Outro aspecto que podemos tirar como lição: é preciso estudar como usar as novas tecnologias em harmonia com as aulas presenciais e como estabelecer um equilíbrio entre o ensino presencial e o ensino virtual. Hoje enfrentamos em nosso país árdua discussão sobre o uso do ensino mediado por tecnologias. Talvez esse período nos ensine que ambas as modalidades podem conviver em harmonia em prol de um projeto pedagógico que atenda às necessidades de uma educação voltada para o século 21. O não enfrentamento da questão talvez nos remeta à situação atual no que se refere às enormes desigualdades de acesso entre escolas públicas e particulares.
Trecho de artigo de opinião escrito por Mozart Neves Ramos, professor do Instituto de Estudos Avançados da USP-Ribeirão Preto. Publicado no Correio Braziliense, 02/04/2020.
4- Após a leitura do artigo, como se dá a avaliação da informatividade do texto em relação ao título? Suas hipóteses foram concretizadas? 
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5- Na sua opinião, o texto é pontual, esclarece ou deixa o tema em aberto? 
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6- Observe a estrutura do texto, e responda?
a) Qual a tese que é defendida?
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b) É possível observar a retroação e progressão temática/informativa no texto? Quais palavras garantem essa atividade textual?
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Aceitabilidade
	É a contraparte da intencionalidade. Refere-se à concordância do interlocutor em entrar num "jogo discursivo” e acatar as regras e os papéis prescritos. Trata-se de um aspecto relacionado aos interlocutores e à interação propriamente dita, pois indica a expectativa do receptor em compreender a mensagem do texto. 
É por meio da aceitabilidade que sentidos são acionados, pois dependendo do lugar e de quem fala, determinado texto pode ter ou não sentido e aceitação dentro da esfera social. O sentido não se constrói somente pela intenção do autor em apresentar uma ideia, mas o receptor, por sua vez, também tentará estabelecer uma coerência possível para ofertar uma interpretação plausível ao documento.
Imagine esse corpo de um DIEx resposta. O DIEX original solicitava a informação de quantos alunos foram aprovados em um determinado concurso. A resposta foi a seguinte:
1. Informo que nenhum aluno deste Estabelecimento de Ensino foi aprovado no processo seletivo indicado.
2. Esclareço, conforme a tabela abaixo, o efetivo de alunos aprovado:
1 º ano
0
2 º ano
0
3 º ano
0
3. Para maiores esclarecimentos, coloco à disposição desta Diretoria, o Maj xxxxxxxxxxx, por meio do ramal 6087.
Como pode ser operado o fator da Aceitabilidade (tanto na perspectiva do emissor quanto do receptor) nesse documento?
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Retomando ao texto constante do fator INFORMATIVIDADE, apresente suas considerações sobre a questão da aceitabilidade associada ao fator informatividade.
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Intencionalidade
 Refere-se aos diversos modos como os sujeitos usam os textos para concretizar suas intenções comunicativas. Está relacionada à intenção como o locutor mobiliza os tipos de texto, os gêneros textuais, as manifestações linguísticas e coesivas de modo a obter efeitos específicos.
Uma das formas de marcar a intencionalidade é por meio da combinação das diversas semioses, ou das palavras, dentre elas destaca-se o uso de modalizadores, do léxico valorativo e de uma seleção lexical específica para obter o efeito e o objetivo desejados; dentre outras. 
Dessa forma, podemos afirmar que não existe discurso neutro, isso porque todo texto é produzido através da mediação de nossos propósitos, perspectivas e convicções, marcados pela nossa subjetividade e pelos nossos conhecimentos (de mundo, enciclopédico, linguístico...).
A mensagem pode estar implícita ou explícita no texto. Caberá ao leitor desvendar esses segredos a partir das pistas textuais nele constantes.
Observe o cartaz abaixo:
Disponível em: acnur.org. Acesso em: 11 dez. 2018.
No cartaz acima, o uso da imagem do calçado aliada ao texto verbal tem o objetivo de:
a) criticar as difíceis condições de vida dos refugiados. 
b) revelar a longa trajetória percorrida pelos refugiados. 
c) incentivar a campanha de doações para os refugiados. 
d) denunciar a situação de carência vivida pelos refugiados. E simbolizar a necessidade de adesão à causa dos refugiados
Leia a tirinha abaixo e responda:
a. Qual a intencionalidade inicial presumida na tirinha?
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b. Essa intencionalidade se preserva após a leitura de todo o texto? Por quê? Justifique argumentando qual o recurso discursivo acionado para construir esse critério de textualidade. 
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Intencionalidadena comparação de textos escritos com a mesma temática
Gênero Textual: Notícia
Notícia 1: O que se sabe sobre os objetos voadores derrubados pelos EUA
A derrubada pelos Estados Unidos de quatro objetos voadores não identificados (óvnis) que sobrevoavam a América do Norte nos últimos dias levantou preocupações de segurança e acirrou as já tensas relações entre os governos americano e chinês.
No domingo (12/2), os EUA anunciaram que derrubaram o quarto objeto perto do Lago Huron, na fronteira com o Canadá. A ordem veio do presidente americano, Joe Biden.
Por meio de um comunicado, o Pentágono, sede do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, informou que havia uma preocupação de que o objeto, voando a uma altitude de 6,1 mil metros, interferisse no tráfego aéreo comercial.
O artefato foi detectado pela primeira vez no Estado americano de Montana no sábado, acrescentou o órgão.
O general Glen VanHerck, chefe do Comando de Defesa Aeroespacial, descreveu o objeto como não tripulado, de forma octogonal, e não como uma ameaça militar. Ele foi abatido por um caça F-16 às 14h42, horário local.
"O que estamos vendo são objetos muito, muito pequenos que produzem uma seção transversal de radar muito, muito baixa," disse ele.
A especulação sobre o que os objetos podem ser se intensificou nos últimos dias.
Em um pronunciamento nesta segunda, o porta-voz de Segurança da Casa Branca John Kirby afirmou que os EUA concluíram que a China tem um programa militar de balões de altitude para coleta de dados de inteligência - ou seja, um programa de balões espiões.
Kirby afirmou que o primeiro objeto é um balão chinês, mas que ainda faltam informações sobre os outros três. Segundo ele, alguns deles caíram no mar ainda não foram recuperados - e só então o governo terá certeza sobre sua finalidade.
Tanto os Estados Unidos quanto o Canadá continuam trabalhando para recuperar os destroços, mas a busca no Alasca foi dificultada pelas condições no Ártico.
Ele também disse que, embora os três objetos derrubados no fim de semana não sejam uma ameaça militar, eles oferecem um alto risco para a aviação civil por poderem causar acidentes.
Sem evidência de alienígenas
Embora sejam associados a naves de procedência extraterrestre no imaginário popular, óvnis consistem em qualquer objeto voador que não possa ser imediatamente identificado ou explicado, o que inclui balões meteorológicos, aeronaves militares, veículos privados ou fenômenos naturais.
Antes do pronunciamento de Kirby nesta segunda, a secretária de Comunicação do governo, Karine Jean-Pierre, afirmou que não há nenhuma indicação de que os objetos tenham origem alienígena.
A secretária de Comunicação provocou risadas entre muitos jornalistas ao dizer que adorava o filme ET - O Extraterreste, mas queria assegurar a população dos EUA que não há indicação de seres vindos de outros planetas para a Terra.
https://www.bbc.com/portuguese/articles/cprvewwy8j9o acesso em 15 FEV23
Notícia 2: Não há evidência de que ovnis abatidos sejam da China, dizem EUA Segundo informações do NY Times, o governo norte-americano diz que os objetos voadores podem ter objetivos comerciais ...
Os Estados Unidos afirmaram nesta 3ª feira (14.fev.2023) não terem indícios de que os 3 objetos voadores derrubados pelas Forças Armadas do país desde 6ª feira (10.fev.2023) sejam de origem chinesa. Segundo o governo, existe a possibilidade de os ovnis (objetos voadores não identificados) terem fins comerciais. As informações são do jornal New York Times. Até o momento, o governo norte-americano abateu objetos voadores no Alasca, no Lago Huron, entre o Estado de Michigan e a província de Ontário, e no Canadá....
 O porta-voz dos EUA, John F. Kirby, disse na 2ª feira (13.fev) que a origem e o objetivo dos equipamentos voadores ainda não haviam sido identificados e não existiam evidências de que os objetos abatidos estariam relacionados ao suposto balão chinês.  Na manhã desta 3ª feira (14.fev), os Estados Unidos recuperaram equipamentos que estavam no balão chinês derrubado em 4 de fevereiro por militares norte-americanos, incluindo “todos os sensores prioritários e peças eletrônicas, bem como grandes partes da estrutura”. O Departamento Federal de Investigação dos EUA (FBI, na sigla em inglês) está a analisando as novas partes encontradas do objeto. A derrubada desencadeou uma nova onda de tensão diplomática entre EUA e China. A Casa Branca acusou o governo chinês de invadir o espaço aéreo norte-americano para fins de espionagem. A China disse que o objeto era um “dirigível chinês” usado para fins meteorológicos e teve a trajetória alterada por correntes de vento.  Segundo o Pentágono, o balão adentrou o território norte-americano pelo Alasca e percorreu uma trajetória diagonal pelos EUA a uma altitude de 60.000 pés (cerca de 18.000 metros de altura) até ser abatido na costa marítima da a Carolina do Sul. Depois da derrubada do objeto, os EUA anunciaram que também abateram ovnis que sobrevoavam o Alasca e o lago Huron, em Michigan, além de um no território canadense...
Leia mais no texto original: (https://www.poder360.com.br/internacional/nao-ha-evidencia-de-que-ovnis-abatidos-sejam-da-china-dizem-eua/), acesso em 15 FEV 23. 
 Após a leitura dos textos, considerando que a publicação ocorreu no mesmo período, responda aos itens abaixo:
c. Em qual dos textos a linguagem é mais IMPESSOAL? Por quê?
c. Qual palavra presente no texto precisou ser trabalhada conceitualmente para evitar distorções? Justifique o motivo a partir de elementos textuais.
c) Que recursos estilístico-gramaticais são empregados para tornar o texto mais pessoal?
d) Considerando os princípios da intencionalidade, aceitabilidade e informatividade, apresente uma avaliação comparativa entre os dois textos
Intertextualidade
	Relaciona-se com as diversas formas de um texto se reportar a outros, ou de que forma, o entendimento de um depende do conhecimento de outros. A intertextualidade também se refere aos diversos tipos de relações que um texto mantém com outros textos.
Trata-se de uma virtude e denota capacidade de estabelecer relações e de demonstrar conhecimento de mundo.
É por meio da intertextualidade que um texto responde a outro e que se constrói, em parte, a coerência geral, considerando que existe um atrelamento temático ao contexto geral, à esfera e ao letramento a que se está vinculado.
Observe os gêneros textuais abaixo e explique como se constrói a intertextualidade:
a) 
b) 
c) 
Situacionalidade
	Pode ser em duas direções: da situação para o texto e vice-versa. Refere-se às condições de produção e recepção em que um dado texto será inserido. Estes fatores afetam à seleção lexical, as regras de polidez, o grau de formalidade, a variedade linguística, o tratamento do tema, etc.
	Um segundo sentido aponta para os reflexos que este texto causará no mundo. Reflete a mediação mundo real e mundo construído pelo texto.
Exemplo:
Coesão
	A forma como os elementos linguísticos se interligam e se interconectam de modo a compor a trama textual.
	Temos dois tipos de coesão: sequencial e referencial. Num texto esses tipos ocorrem intraparágrafos e interparágrafos.
1- Coesão Sequencial – é a responsável pela sequência entre as frases, as orações, os períodos e os parágrafos. Para isso, podemos nos valer das palavras de transição, conectivos, operadores argumentativos, todos esses significam a mesma coisa e executam o mesmo papel: promover a progressão sequencial do texto.
2- Coesão Referencial – é a responsável pela progressão do texto na perspectiva do bem escrever, da fluidez das ideias, sem repetir palavras, ou expressões que muitas vezes, empobrecem o texto. É por meio de recursos da coesão referencial que o autor marca sua autoria, por exemplo ao empregar encapsuladores anafóricos.
A coesão referencial acontece quando uma palavra remete a outra para ser entendida, essa remissão pode ser:
a) Endófora. A referência é endofórica quando o referente se acha expressono próprio texto, é dividida em: anáfora e catáfora.
-Anáfora: Ela acontece quando o referente precede o item coesivo.
 Por exemplo:  Antônio saiu. Ele volta logo.
- Catáfora: Ela acontece quando o referente vem após o item coesivo.
 Por exemplo: João trouxe vários objetos: lápis, borracha, caneta, etc.
b) Exófora. Ela acontece quando a remissão é feita a algum elemento que está fora do texto.
   Por exemplo: Você está no [Português | Concurso]
   O referente "você" está fora da estrutura textual, ou seja, uma remissão exofórica.
	Para se escrever bem, há uma série de recursos coesivos, tais como:
1) Epítetos – palavra ou frase que qualifica pessoa ou coisa.
Ex: Olavo Bilac escreveu poesias memoráveis. Pena que o poeta brasileiro tenha morrido tão cedo.
2) Nominalizações – quando se emprega um substantivo que remete a um verbo enunciado anteriormente.
Ex: Eles foram testemunhar sobre o caso. O juiz disse, porém, que tal testemunho não era válido por serem parentes do assassino.
Obs: pode ocorrer o contrário: o verbo retomar um substantivo já enunciado.
3) Palavras ou expressões sinônimas ou quase-sinônimas
Ex: Os quadros de Van Gogh não tinham nenhum valor em sua época. Houve telas que serviram até de portas de galinheiro
 
4) Repetição de uma palavra – podemos repetir uma palavra (com ou sem determinante) quando não for possível substituí-la por outra.
Ex: “A propaganda, seja ela comercial ou ideológica, está sempre ligada aos objetivos e aos interesses da classe dominante. Essa ligação, no entanto, é ocultada por uma inversão: a propaganda sempre mostra quem sai ganhando com o consumo de tal ou qual produto ou ideia não é o dono da empresa, nem os representantes do sistema, mas sim, o consumidor. Assim, a propaganda é mais um veículo da ideologia dominante.”
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda & MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando: introdução à filosofia. São Paulo, Moderna, 1993. P.50.
5) Um termo- síntese
Ex: O país é cheio de entraves burocráticos. É preciso preencher um sem-número de papéis. Depois pagar uma infinidade de taxas. Todas essas limitações acabam prejudicando o importador.
6) Pronomes
· Vitaminas fazem bem à saúde; mas não devemos tomá-las ao acaso.
· O Colégio é um dos melhores da cidade. Seus dirigentes se preocupam muito com a educação integral.
· Aquele político deve ter um discurso muito convincente. Ele já foi eleito seis vezes.
· Há uma grande diferença entre Paulo e Maurício. Este guarda rancor de todos, enquanto aquele tende a perdoar.
7) Numerais
· Recebemos dois telegramas. O primeiro confirmava a sua chegada; o segundo dizia justamente o contrário.
· Não se pode dizer que toda a turma esteja mal preparada. Um terço pelo menos parece estar dominando o assunto.
8) Advérbios pronominais (aqui, ali, lá, aí)
 
Ex: Não podíamos deixar de ir ao Louvre. Lá está a obra-prima de Leonardo da Vinci: a “Monalisa”.
9) Elipse
Ex: O ministro foi o primeiro a chegar. (Ele) Abriu a sessão às oito em ponto e (ele) fez então seu discurso emocionado.
10) Repetição do nome próprio (ou parte dele)
Ex: Manuel da Silva Peixoto foi um dos ganhadores do maior prêmio da loto. Peixoto disse que ia gastar todo o dinheiro na compra de uma fazenda e em viagens ao exterior.
	
11) Metonímia – é o processo de substituição de uma palavra por outra, fundamentada numa relação de contiguidade semântica.
Ex: O governo tem-se preocupado com os índices de inflação. O Planalto diz que não aceita qualquer remarcação de preço.
12) Associação – uma palavra retoma outra porque mantém com ela, em determinado contexto, vínculos precisos de significação.
Ex: São Paulo é sempre vítima das enchentes de verão. Os alagamentos prejudicam o trânsito, provocando engarrafamentos de até 200 quilômetros.
Obs: alagamentos foi empregada por associação a enchentes, mas outras palavras poderiam, também, ser empregadas: Transtornos, acidentes, transbordamento do Tietê, dentre outras.
Exercícios
1- Identifique nos textos a seguir todos os termos que retomam as palavras em itálico:
a) Em outubro de 1839, Paris ainda possuía a mesma mística embriagadora que Chopin experimentara ao chegar lá em setembro de 1831. A ausência de 11 meses só servira para aumentar seu apaixonado fascínio pela magnífica metrópole espraiada ao longo das sinuosas margens do Sena. Paris havia-se tornado a amante de Chopin muito antes de ele conhecer Mme. Sand e durante vários anos subsequentes suas afeições ficariam divididas entre as duas. Ambas o adoravam, do mesmo modo que eram, por sua vez, cultuadas por ele, e ambas eram essenciais à sua existência. Com a saúde debilitada, o jovem músico não podia sobreviver ao estímulo de uma sem o amparo da outra.
ATWOOD, William. A leoa e seu filhote. Trad. Bárbara Heliodora. Rio de Janeiro, Zahar, 1982. P. 139.
b) Um antigo morador de São Cristóvão contava que, na mocidade, viajara diariamente, na barca que fazia o trajeto entre aquela praia e o Cais Pharoux, ou dos Franceses, como então se dizia, com um adolescente aparentando 13 ou 14 anos, magrinho, modesta, mas limpamente vestido. A barca vinha cedo para a cidade, e voltava à tarde, conduzindo sempre os mesmos passageiros, gente que tinha empregos no centro. Como era natural, a camaradagem se estabeleceu entre esses companheiros diários, todos conversavam para matar o tempo. Só o mocinho magro, sempre com um livro na mão, nunca dirigiu a palavra a ninguém. Mal se sentava, logo afundava na leitura, e assim, ia e voltava, parecendo ignorar os que o cercavam, sem levantar os olhos do livro, indiferente aos espetáculos da viagem, à beleza da baía, às embarcações que encontravam. Era Machado de Assis.
		Afinal, a única informação segura, clara, que nos chega sobre o princípio da adolescência de Joaquim Maria é essa imagem. Com certeza, só sabemos que ia todas as manhãs, bem cedo, do seu bairro para o centro urbano.
PEREIRA, Lúcia Miguel. Machado de Assis. Belo Horizonte/São Paulo, Itatiaia/Edusp, 1988. Pp45-6.
2- Para cada uma das frases abaixo, redija uma segunda, utilizando o recurso de coesão sugerido entre parênteses.
· Um dos graves problemas das metrópoles são os meios de locomoção. (palavra sinônima ou quase sinônima)
· Ayrton Senna foi um dos maiores esportistas brasileiros. (epíteto)
· Não se pode comparar São Paulo com o Rio de Janeiro. (uso de pronomes)
· Muitas pessoas estão preferindo ir morar em pequenas cidades do interior. (advérbio pronominal)
· O crescimento desordenado degrada qualquer cidade. (nominalização)
3- Para cada item do exercício anterior, acrescente uma terceira frase que dê continuidade ao seu pensamento, utilizando um recurso de coesão a sua escolha.
 
 APROFUNDANDO...
	IDEIA DE 
CONTINUAÇÃO
	TEMPO
	CONCLUSÃO
	COMEÇO, INTRODUÇÃO
	SEMELHANÇA
CONFORMIDADE
	ainda mais
por outro lado
do mesmo modo
juntamente com
	logo depois
imediatamente
frequentemente
ao mesmo tempo
posteriormente
nesse ínterim
simultaneamente
	enfim
em síntese
em suma
definitivamente
afinal
dessa forma
assim
logo
	antecipadamente
antes de mais nada
a princípio
de antemão
à primeira vista
desde já
primeiramente
	da mesma forma
de acordo com
igualmente
segundo
sob o mesmo ponto de vista
assim também
por analogia, 
de maneira idêntica, de conformidade com, conforme, 
tal qual,
 tanto quanto, 
como, 
assim como,
bem como, 
corno se.
	PRIORIDADE, RELEVÂNCIA
	CONDIÇÃO, HIPÓTESE
	CONTRASTE, OPOSIÇÃO, RESTRIÇÃO, RESSALVA
	AFIRMAÇÃO
	CAUSALIDADE
	Em primeiro lugar, acima de tudo precipuamente, principalmente, primordialmente, sobretudo
	Se, 
caso, 
eventualmente, 
desde que, 
contanto que, 
a não ser que, 
salvo se, 
como, 
conforme,
 segundo, 
de acordo com, 
em conformidade com, 
consoante, 
para, 
em consonância.
	Pelo contrário em contraste com, salvo, exceto, menos, mas, contudo, todavia, entretanto, embora, apesar, ainda que, mesmo que, posto que, conquanto que, se bem que, por mais que, por menos que, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto, não obstante,senão, opor-se, contrariar, negar, impedir, surgir em oposição, surgir em contraposição apresentar em oposição, ser contrário.
	Consistir,
 constituir, 
significar, 
denotar, 
mostrar, 
traduzir-se por, 
expressar, 
representar, 
evidenciar.
	Causar, 
motivar,
 originar, 
ocasionar,
 gerar, 
propiciar, 
resultar, 
provocar, 
produzir, 
contribuir, 
determinar, 
criar.
Coerência
	É o que vincula o texto ao mundo real garantindo interpretabilidade ao texto e alinhamento às ordens discursivas.
	Uma das responsáveis pela coerência do texto é a coesão e a construção da cadeia coesiva. A construção do sentido do texto progride por meio da coesão sequencial.
1- Em cada um dos itens abaixo – (a), (b), (c), (d), ( e) – são apresentados cinco temas sobre o mesmo assunto. Numere-os de 1 a 5, ordenando-os do mais amplo para o mais delimitado.
a) ( ) A televisão
 ( ) Influência da televisão no comportamento social
 ( ) Influência da televisão sobre as crianças
	 ( ) Efeito da televisão
 ( )	 A violência na televisão e seus efeitos no comportamento das crianças
	b) ( )	A música popular brasileira
	 ( ) Tendências atuais da música popular brasileira
	 ( ) Evolução da música popular brasileira
	 (	 ) A música como veículo de comunicação
	 ( )	A música popular brasileira como expressão da cultura brasileira
	c) (	 )	Leitura
	 ( )	Causas do interesse pela história em quadrinhos
	 ( )	lmportância da leitura
	 ( )	O livro de que mais gostei
	 ( )	Livro ou revista?
d) ( )	A eficácia da publicidade
	 ( )	A publicidade no mundo atual
	 ( )	Efeitos da publicidade sobre o comportamento social
	 ( )	Publicidade: exigência de uma sociedade de consumo
	 ( ) Influência da publicidade sobre o nível de aspiração dos indivíduos.
	e) ( )	Papel do vestibular no sistema de ensino brasileiro
	 ( )	O acesso ao ensino superior no Brasil
	 ( )	Vantagens e desvantagens do vestibular como mecanismo de seleção ao curso superior
	 ( ) O ensino superior no Brasil
	 ( )	Solução para o desequilíbrio entre oferta e demanda de vagas no ensino superior

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