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Tecido Conjuntivo

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PCI I – Bloco I 
Histologia – Prof. Ronaldo – Aulas I e II 
 
O tecido conjuntivo é mais um dos quatro tecidos básicos dos animais e é 
composto por células, matriz extracelular (MEC) e fibras. Tem como principais funções 
fornecer a sustentação estrutural, armazenamento e transporte, além de possuir sistema 
de defesa e reparo. 
Origem embrionária 
Esse tecido possui origem embrionária no mesoderma, camada germinativa média 
que dá origem a praticamente todos os tecidos conjuntivos do corpo, e na crista neural, 
que são os tecidos da região da cabeça. 
 
Classificação 
O tecido conjuntivo é classificado de acordo com suas diferentes características e 
propriedades funcionais, podendo ser tecido conjuntivo embrionário, tecido 
conjuntivo especializado ou tecido conjuntivo propriamente dito. 
 Tecido Conjuntivo Embrionário: tecido mesenquimal (presente no embrião). 
 Tecido Conjuntivo Especializado: subdivido em tecido cartilaginoso, tecido 
ósseo, tecido sanguíneo e tecido adiposo. 
 
Tecido Conjuntivo Propriamente Dito (TCPD) 
1. Células: fazem parte desse tecido as células mesenquimais, fibroblastos, 
macrófagos, mastócitos, adipócitos, plasmócitos (transitórios) e leucócitos 
(transitórios). 
2. Matriz extracelular: composta de porção fibrosa, substância fundamental e 
fluido intersticial. 
2.1. Porção fibrosa: 
a) Sistema Colagênico: possui fibras colágenas e reticulares. 
b) Sistema Elástico: possui fibras elásticas, elaunínicas e oxitalânicas. 
2.2. Substância fundamental: possui glicosaminoglicanos (GAGs), 
proteoglicanos (PGs) e glicoproteínas de adesão. 
3. Fluido Intersticial: composto por água, íons, pequenas moléculas e proteínas de 
baixo peso molecular. 
 
Cada tópico acima será discutido detalhadamente a seguir 
 
Matriz extracelular – porção fibrosa – sistema colagênico 
 Fibras colágenas 
O colágeno é a proteína mais abundante no corpo e possui fibras acidófilas que 
são resistentes à trações (daí sua função de dar resistência ao tecido). 
Síntese de colágeno 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
As fibras colágenas são classificadas de acordo com sua estrutura e função: 
o Colágenos que formam fibrilas: I, II, III, V e XI dão resistência ao tecido; 
o Colágenos que se associam a fibrilas: IX e XII ligam fibrilas entre si e a outros 
componentes da MEC; 
o Colágeno que forma rede: IV fornece aderência e filtração; 
São constituídas pela proteína elastina (aminoácidos: desmosina e isodesmosina) e 
microfibrilas de fibrilina. 
As numerosas ligações cruzadas entre as moléculas garantem o alto grau de elasticidade. 
o Colágeno de ancoragem: VII prende as fibras colágenas à lâmina basal. 
 
 Fibras reticulares 
São fibrilas estreitas (colágeno tipo III), que possuem ramificações e não formam 
fibras espessas. Formam uma extensa rede em certos órgãos, fazendo com que as células 
fiquem apoiadas (daí sua função de ser uma estrutura de sustentação). Além disso, contêm 
muitos açúcares (PAS+) e têm afinidade pela prata (argirófilas), não sendo identificáveis 
por HE. 
O limite entre o epitélio e o tecido conjuntivo é chamado de lâmina reticular. As 
fibras reticulares se encontram em torno dos adipócitos, pequenos vasos sanguíneos, 
nervos, células musculares lisas, hepatócitos e algumas glândulas endócrinas (adrenal) 
Formam estroma de sustentação de órgãos hematopoéticos e linfáticos (tecido conjuntivo 
reticular). 
 
Matriz extracelular – porção fibrosa – sistema elástico 
 Fibras elásticas 
São fibras de estrutura variável e ocasionalmente ramificadas, podem formar 
feixes grosseiros em ligamentos da coluna vertebral, ligamento nucal do pescoço e nas 
lamelas elásticas fenestradas das paredes de artérias de grande calibre (tecido conjuntivo 
elástico). Essas fibras são produzidas por fibroblastos e células musculares lisas dos vasos 
sanguíneas. São encontradas nas cartilagens elásticas, produzidas pelos condrócitos 
(condro: sufixo que se refere a algo que seja relacionado a cartilagem). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Substância fundamental – glicosaminoglicanos (GAGs) 
São polissacarídeos longos, não flexíveis, não ramificados e constituídos de 
unidades dissacarídeas repetitivas. São carregadas negativamente e atraem cátions, que 
por sua vez atraem água, tornando a SFA hidratada e mais resistente à compressão. 
Alguns exemplos de GAGs são: ácido hialurônico, queratm-sulfato, heparam-sulfato, 
heparina, condroitim-4-sulfato e condroitim-6-sulfato. 
 
Substância fundamental – glicosaminoglicanos (GAGs) e proteoglicanos 
Com exceção do ácido hialurônico, todos os GAGs são sulfatados e fazem 
ligações covalentes com as proteínas, fazendo com que os proteoglicanos sejam 
formados. 
Os proteoglicanos possuem núcleo proteico, no qual se ligam diversas GAGs e 
são altamente hidratados. Diversos proteoglicanos podem se ligar a uma molécula de 
ácido hialurônico, formando agregados de proteoglicanos responsáveis pelo estado de gel 
da MEC. Eles se ligam a moléculas sinalizadoras, fazendo com que sua difusão seja 
retardada ou fazendo com que elas se concentrem em locais específicos. Eles ligam 
células a macromoléculas da MEC, quando são de superfície celular. São resistentes à 
compressão e retardam o movimento rápido de microorganismos e células metastáticas. 
Além disso, se associam à lâmina basal e servem como filtros. 
 
Substância fundamental – glicoproteínas de adesão 
São moléculas de proteínas globulares às quais se associam, covalentemente, a 
cadeias ramificadas de monossacarídeos. Mais da metade das proteínas já são 
caracterizadas como sendo glicosiladas. Os componentes glicídicos dão direcionamento 
de proteínas, fazem o reconhecimento imunológico, agem na inflamação, na 
patogenicidade, na metástase, etc. 
 Fibronectina: é a glicoproteína mais abundante do tecido conjuntivo; 
 Laminina: lâmina basal e externa; 
 Integrinas: proteína de superfície celular. 
 
 
São células indiferenciadas, capazes de dar origem a células 
especializadas/diferenciadas, além de possuir a capacidade de auto-renovação (in vivo). 
A auto-renovação é importante para garantir que sempre haja a produção de células-
tronco no corpo. 
Curiosidade: hoje em dia há um estudo que mostra que é possível que as células-tronco 
podem estar presentes em todos os tecidos do corpo. 
Fluido intersticial 
É basicamente uma solução aquosa, clara e transparente que banha as células 
animais, composto por água, íons, pequenas moléculas e proteínas de baixo peso 
molecular. Preenche o espaço vazio entre as células e os vasos sanguíneos, favorecendo 
a interação entre essas duas estruturas. 
 
Células – célula mesenquimal indiferenciada 
É uma célula “mesenquimal por ser uma célula derivada do mesênquima e 
“indiferenciada” porque é uma célula que ainda não se diferenciou. É uma célula com 
formato irregular, fusiforme ou estrelada, com delicadas expansões citoplasmáticas. 
Possui núcleo oval com presença de cromatina frouxa e nucléolos evidentes. Além disso, 
possui a matriz quase exclusivamente de substância fundamental e não possui fibras 
maduras (mais reticulares). 
 
Células-tronco: definição 
 
 
 
 
 
Células – adipócito 
Os adipócitos têm origem do mesoderma, derivados portanto das células 
mesenquimais, possuem a função de produzir e armazenar gordura. Suas células podem 
ser unilocular ou multilocular. 
 
Células – fibroblastos 
Derivados das células mesenquimais (são os principais), são responsáveis pela 
síntese da MEC do TCPD e apresentam morfologia diferenciada de acordo com sua 
atividade funcional, podendo ser fibroblastos (células ativas) ou fibrócitos (células 
quiescentes). 
 Fibrócitos: possuem um nucléolo pouco proeminente e células com poucos 
prolongamentos (fusiformes). Possuem pouca quantidade de retículo 
endoplasmático granular e baixo desenvolvimento do Complexo de Golgi. 
 
Células – miofibroblastos 
 Células especializadascom características de fibroblastos e células musculares 
lisas, possuem filamentos de actina e um núcleo ondulado (são responsáveis pela 
contração celular). Não possuem lâmina basal circunvizinha, diferente da célula muscular 
lisa. O miofibroblasto é um fibroblasto modificado que respondeu à estímulos associados 
a lesão e reparo tecidual. 
 
Células – macrófagos 
 São derivados dos monócitos do sangue e possuem uma morfologia variável, 
estando de acordo com o seu estado funcional. O núcleo e o formato são irregulares e 
possuem atividade fagocítica (lisossomos) e de apresentação de antígeno. 
 
Células – mastócitos 
Os mastócitos são derivados de precursores encontrados na medula óssea, suas 
células são ovoides e com núcleo esférico e central. Possuem numerosos grânulos 
citoplasmáticos que estão envolvidos por uma unidade de membrana, com conteúdo 
metacromático (devido a heparina). As IgE liberadas por plasmócitos se ligam a 
receptores Fc na membrana dos plasmócitos. Os mastócitos são encontrados nas mucosas 
do trato digestório, respiratório e pele e são ausentes no cérebro e na medula espinhal. 
São responsáveis pela regulação da resposta imunológica no sistema imune, 
portanto estão envolvidos na eliminação de parasitas, reações alérgicas e imunitárias. 
O conteúdo dos seus grânulos são mediadores primários: heparina (anticoagulante 
com função desconhecida no mastócito), fator quimiotático de eosinófilos (atraem 
eosinófilos para o local da inflamação), fator quimiotático de neutrófilos (atraem 
neutrófilos para o local da inflamação), aril-sulfatases (limita a ação da resposta 
inflamatória – antagonista do leucotrieno) e histamina (vasodilatadora, produtora de 
muco e bronquioconstritora). Os leucotrienos são mediadores secundários e ainda mais 
potentes, eles controlam a resposta inflamatória. 
Todos os mediadores, sejam eles primários ou secundários, iniciam uma resposta 
inflamatória, fazendo com que o sistema de defesa seja ativado no organismo através da 
atração de leucócitos para o local da inflamação. 
 
Células – plasmócitos 
Os plasmócitos são os responsáveis pela produção de anticorpos. Originados do 
linfócito B, são encontrados em áreas de inflamação crônica e em áreas de fácil 
penetração de agentes patogênicos. Suas células são ovoides ou piramidais, possuem um 
halo perinuclear com Complexo de Goldi e retículo endoplasmático rugoso bem 
desenvolvidos. Seu núcleo é excentricamente posicionado. 
O tecido conjuntivo ainda pode ser classificado de duas formas: 
 Tecido Conjuntivo Frouxo 
 Tecido Conjuntivo Denso 
 
Tecido Conjuntivo Frouxo 
O tecido conjuntivo frouxo é o mais comum entre os tecidos conjuntivos, ele 
possui fibras finas e relativamente escassas. Possui mais substância fundamental, além de 
uma grande quantidade e variedade de tipos celulares. 
 
Tecido Conjuntivo Denso 
O tecido conjuntivo denso possui uma porção fibrosa bem predominante, possui 
menor quantidade de células (tipicamente apenas fibroblastos), é menos flexível e 
também mais resistente à tensão em relação ao tecido conjuntivo frouxo. Dependendo da 
organização de suas fibras, pode ser classificado em: 
 Tecido Conjuntivo Denso Não Modelado: suas fibras estão dispostas 
aleatoriamente, sem uma direção definida e é resistente a trações em qualquer que 
seja a direção. Estão presentes por exemplo nas submucosas e na camada reticular 
ou profunda da derme. 
Tecido Conjuntivo Denso Não Modelado Tecido Conjuntivo Denso Modelado 
 Tecido Conjuntivo Denso Modelado: suas fibras estão orientadas paralelamente 
e são resistentes a trações apenas no plano de orientação de suas fibras. Estão 
presentes nos tendões e ligamentos. 
 
Tecido Conjuntivo Denso Não Modelado x Modelado 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tecido Conjuntivo Frouxo x Denso

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