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Aula 5 Florestas viveiros

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Notas de Aula de ENT 115 – Manejo Integrado de Pragas Florestais 
 
Prof. Ronald Zanetti - Depto de Entomologia/UFLA, CxP 3037, CEP 37200-000, Lavras, MG. zanetti@ufla.br 
1 
PRAGAS DE VIVEIROS FLORESTAIS 
 
 A fase de viveiro é a mais suscetível do desenvolvimento de uma floresta implantada e, 
quando mal planejada, poderá comprometer todas as operações seguintes, inviabilizando o projeto de 
reflorestamento. A tecnologia de produção de mudas florestais teve grande avanço nos últimos anos, 
deixando a produção de mudas por sementes em sacos plásticos depositados sobre o solo, para a 
produção por estaquia em tubetes colocados em viveiros suspensos, chegando até as casas de 
vegetação com a micro-propagação. Durante esse percurso a produção de mudas florestais teve que 
enfrentar diversos fatores que contribuíam para o insucesso do empreendimento, como as pragas e 
doenças. As principais pragas que podem danificar as mudas florestais são as lagartas-rosca, 
lagarta-elasmo, grilos, paquinhas, cupins, formigas cortadeiras, besouros desfolhadores e moscas 
minadoras. 
 Geralmente, o que determina a ocorrência dessas pragas é o tipo de sistema de produção 
de mudas (viveiros suspensos ou não) e o tipo de manejo das mudas. Viveiros suspensos têm menor 
probabilidade de ocorrência de pragas, pois a maioria delas está associada ao solo, como cupins, 
paquinhas, formigas e grilos. O manejo das mudas está relacionado aos cuidados dispensados na 
sua produção. Mudas mal nutridas ou viveiros mal cuidados favorecem a ocorrência de pragas de 
viveiros. 
 Embora a suspensão dos viveiros e a produção de mudas em casa de vegetação tenham 
reduzido em grande parte a ocorrência de pragas, existem, ainda, diversas essências florestais 
nativas e exóticas, que são produzidas pelo sistema antigo e que, por isso, sofrem o ataque de um 
grande número de pragas. 
 
a) Principais espécies 
 
 As principais espécies de pragas que atacam viveiros florestais estão distribuídas em 
diferentes ordens e famílias, conforme descrito na Quadro 5. 
 
QUADRO 5. Principais espécies de pragas em viveiros florestais. 
Nome Comum Nome Científico Família 
Lagarta-rosca Agrotis ipsilon Noctuidae 
Lagarta-rosca Agrotis repleta Noctuidae 
Lagarta-rosca Agrotis subterranea Noctuidae 
Lagarta-rosca Spodoptera frugiperda Noctuidae 
Lagarta-rosca Spodoptera latifascia Noctuidae 
Lagarta-rosca Nomophila noctuella Pyralidae 
Grilo Gryllus assimilis Gryllidae 
Paquinha Noecurtilla hexadactila Gryllotalpidae 
Paquinha Scapteriscus didactyllus Gryllotalpidae 
Paquinha Tridactylus politus Tridactylidae 
Formigas cortadeiras Acromyrmex spp. Formicidae 
Formigas cortadeiras Atta spp. Formicidae 
Cupim Armitermes spp. Termitidae 
Cupim Cornitermes spp. Termitidae 
Cupim Heterotermes spp. Rhinotermitidae 
Cupim Procornitermes spp. Termitidae 
Cupim Syntermes spp. Termitidae 
Mosca minadora Bradisia spp. Liriomyzidae 
Mosca minadora Liriomyza spp. Liriomyzidae 
Broca-do-cedro Hypsipylla grandella Pyralidae 
 
 
2 
Lagarta elasmo Elasmopalpus lignosellus Pyralidae 
Besouro-amarelo Costalimaita ferruginea Chrysomelidae 
 
b) Reconhecimento das principais espécies 
 
Lagartas-rosca 
Espécies: Agrotis spp. e Spodoptera spp (Lepidoptera: Noctuidae) 
Ocorrência: todo Brasil. 
Adulto: Agrotis spp. - mariposas com 35 mm, com asas anteriores marrons com algumas manchas 
pretas triangulares no ápice, asas posteriores transparentes. Spodoptera spp - mariposas com 35 
mm, com asas anteriores pardo escuras, asas posteriores branco acinzentadas. 
Lagarta : Agrotis spp - 40 a 50 mm, marrom escuro, sem listras longitudinais. Spodoptera spp - 35 a 
40 mm, com três listras amarelas longitudinais na parte dorsal do corpo. 
Injúria: lagartas e adultos têm habito noturno; lagartas abrigam-se em túneis ou galerias entre os 
recipientes ou entulhos, ficando enroladas. Elas secionam a muda no coleto e carregam -na para o 
abrigo. O ataque é em reboleira. Ocorre a presença de fezes e folhas entre os recipientes, 
denunciando a presença das lagartas. Os danos são maiores nos primeiros dias após a germinação. 
Atacam eucalipto, acácia-negra, seringueira, pinus, araucária, entre outras. 
 
Grilos 
Espécie: Gryllus assimilis Fabr.,1775 (Orthoptera: Gryllidae) 
Ocorrência: todo Brasil. 
Adulto: 23 a 28 mm, castanho escuro. Fêmeas com ovipositor longo. Hábito noturno, ficando 
escondidos em túneis entre os recipientes ou sob os entulhos durante o dia. 
Ninfas: semelhantes aos adultos. 
Injúria: comem raízes, folhas e caules tenros. Cortam as mudas no coleto e carregam -na para o 
abrigo. O ataque é aleatório e não em reboleira como nas lagartas-rosca. Perfuram embalagens. 
Atacam eucalipto, acácia-negra, seringueira, pinus, araucária, entre outras. 
 
Paquinhas 
Espécies: Neocurtilla hexadactyla e Scapteriscus didactylus (Orthoptera: Gry llotalpidae), Tridactylus 
politus (Orthoptera: Gryllotalpidae). 
Ocorrência: todo Brasil. 
Adultos: 30 a 50 mm, corpo aveludado, cinza ou marrom no dorso, amarelado no ventre, asa anterior 
cobre metade do corpo, primeiro par de pernas fossorial. Vivem de 3 a 5 anos sob o solo onde abrem 
galerias. 
Ninfas: semelhante aos adultos. 
Injuria: comem as raízes das mudas, abrem galerias no solo provocando sua elevação, reduzindo a 
germinação das sementes e destruindo os recipientes. Dano é mais importante em sementeiras, 
principalmente de seringueira, mas atacam eucalipto, acácia-negra, entre outras. 
 
Formigas cortadeiras 
Espécies: Atta spp. e Acromyrmex spp. (Hymenoptera: Formicidae) 
Ocorrência: todo Brasil. 
Adulto: formiga marrom avermelhada, 3 a 15 mm, clípeo bem desenvolvido, sem ocelos, abdome 
peciolado, apresenta 2 segmentos entre o gáster e o tórax conhecidos como pecíolo e pós-pecíolo. 
Vivem em colônias sob o solo, com milhões de indivíduos. Insetos sociais. 
Injúria: cortam e transportam grandes quantidades de mudas em pouco tempo, levando para o 
interior do formigueiro, principalmente durante a noite. Atacam eucalipto, acácia-negra, seringueira, 
pinus, araucária, entre outras. 
 
Notas de Aula de ENT 115 – Manejo Integrado de Pragas Florestais 
 
Prof. Ronald Zanetti - Depto de Entomologia/UFLA, CxP 3037, CEP 37200-000, Lavras, MG. zanetti@ufla.br 
3 
Cupins 
Espécies: Armitermes spp. , Cornitermes spp., Procornitermes spp., Syntermes spp. (Isoptera: 
Termitidae), Heterotermes spp. (Isoptera: Rhinotermitidae). 
Ocorrência: todo Brasil. 
Adulto: cupim amarelo claro a escuro, indivíduos com cabeça marrom escura, 3 a 5 mm, abdome 
séssil. Vivem em colônias sob o solo, com milhões de indivíduos. Insetos sociais. 
Injuria: corroem a casca das raízes das mudas abaixo do coleto, matando a planta por dessecação. 
Perfuram os recipientes. 
 
Moscas-minadoras 
Espécies: Bradisia spp. e Liriomyza spp. (Diptera: Liriomyzidae) 
Ocorrência: todo Brasil. 
Adulto: mosca de 1 mm de comprimento, cor preta. 
Larvas: 1a 3 mm, brancas. 
Injuria: larvas abrem galerias no mesófilo foliar e na casca das estacas na casa de vegetação, 
reduzindo a brotação. 
 
Besouro-amarelo 
Espécie: Costalimaita ferruginea vulgata (Lefréve, 1885) (Coleoptera: Chrysomelidae) 
Ocorrência: RN, PA, MA, BA, GO, SP, PR, MG. 
Adulto: 5 a 6 mm, forma elíptica, cor amarelo-claro-brilhante. Caem ao serem tocados. 
Larva: no solo. 
Injúria: Rendilham as folhas jovens, podendo destruir grande quantidade de mudas quando o ataque 
é intenso. 
 
Broca-do-cedro 
Espécie: Hypsipyla grandella Zeller, 1848 (Lepidoptera: Pyralidae) 
Ocorrência: todo Brasil 
Adulto: asas anteriores cinza e posteriores branco-hialinas. A envergadura da fêmea varia de 28 a 34 
mm e no macho de 22 a 26 mm 
Lagarta : rósea a azulada no último ínstar. Abre galerias nos ramos, que ficam exudando seiva 
misturada à serragem. 
Pupa: marrons, dentro de um casulo de teia, na galeria. 
Injúria: destroem mudas em viveiro. No campoatacam frutos e ramos apicais causando bifurcação 
do fuste, reduzindo seu valor comercial. 
 
Lagarta-elasmo 
Espécie: Elasmopalpus lignocelus Zeller, 1848 (Lepidoptera: Pieridae) 
Adulto - A mariposa mede de 15 a 25 mm de envergadura, com as asas de coloração cinza. 
Lagarta - 15 mm, verde azulada, salta quando tocada; na base da planta encontra-se um casulo de 
teia misturado com excrementos e terra. 
Injúria - abre galerias nas brotações e mudas de araucária, na região do coleto da planta, 
provocando o sintoma conhecido por “coração morto”. 
 
Ácaros 
Ácaro rajado - Tetranychus urticae Koch, 1836 (Acari: Tetranych idae). 
Adulto - A fêmea adulta tem forma ovalada, com o dorso revestido de pequenos espinhos. A cor varia 
do amarelo pálido ao esverdeado até o avermelhado nas formas hibernantes. Apresentam manchas 
escuras no dorso e um par de ocelos vermelhos na região dorso-lateral. 
Ácaro vermelho: Tetranychus ludeni Zacher, 1913 (Acari: Tetranychidae). 
 
 
4 
Adulto - Apresentam cor vermelha intensa, sendo freqüentemente confundidos, pela semelhança 
biológica e comportamento, com o ácaro rajado. Caracterizam -se por tecer abundante teia que cobre 
as populações e às vezes as plantas atacadas. 
Ovos - são esféricos e depositados na face inferior dos folíolos. 
Injúria - As espécies são cosmopolitas e alimentam-se de uma grande diversidade de plantas. 
Atacam as folhas das mudas na face inferior onde tecem teia, ocasionando manchas branco-
prateadas. Na face superior, áreas de início cloróticas, tornam-se bronzeadas. Quando o ataque é 
intenso, as folhas secam e caem, podendo causar a morte da planta atacada. 
 
Pulgões 
Espécie - Schizaphis graminum (Rondani, 1852) (Hemiptera: Aphididae). 
Adulto - Apresentam coloração verde-limão, com 3 riscas mais escuras no dorso e alimentam-se na 
face inferior ou bainha das folhas mais maduras das plantas. A reprodução é por partenogênese e 
devido seu potencial biótico pode formar grandes populações num período curto de tempo. 
Injúria - tanto os adultos como as ninfas sugam seiva das folhas e introduzem toxinas que provocam 
bronzeamento e morte da área afetada que, dependendo da infestação, podem causar a morte de 
toda a planta. Os adultos, principalmente as formas aladas, são também importantes vetores de 
vírus. Embora o inseto infeste a face inferior das folhas, na face superior podem ser observadas 
manchas bronzeadas ou necrosadas. Devido à intensa sucção de seiva, os insetos produzem um 
volume significativo de excrementos que cobrem as folhas inferiores deixando-as pegajosas ou 
coberta com uma camada escura (fumagina). Também a presença de exúvias brancas e esses 
excrementos pegajosos nas folhas são sintomas de infestação pelo pulgão. 
 
c) Monitoramento de pragas de viveiros 
 
As empresas florestais brasileiras têm programas de monitoramento de pragas nos viveiros 
para determinar se essas mudas sofrerão tratamento químico. Esse monitoramento é feito por 
viveiristas treinados para reconhecer as principais pragas, onde os mesmos anotam em determinada 
ficha todas as informações que observarem durante o monitoramento (Figura 13). 
O nível de controle para as pragas de viveiros é de 2 a 5 % de mudas atacadas. Deve-se 
fazer um levantamento constante dos danos as mudas enviveiradas para a detecção imediata dos 
danos e para verificar a necessidade do tratamento, em cada unidade de manejo que pode ser um 
canteiro ou uma casa-de-vegetação: 
 1º – selecionar três pontos aleatórios em cada unidade de manejo; 
 
 
 
 
 
 
2º - em cada ponto, contar o número total de mudas e o número de mudas danificadas 
pelos insetos numa área de aproximadamente 1m2; 
3º - calcular a % mudas danificadas; 
 4º - fazer o tratamento químico das mudas se atingir o nível de controle de 2 a 5% de 
mudas atacadas. 
 
 
 
 
 
 
Notas de Aula de ENT 115 – Manejo Integrado de Pragas Florestais 
 
Prof. Ronald Zanetti - Depto de Entomologia/UFLA, CxP 3037, CEP 37200-000, Lavras, MG. zanetti@ufla.br 
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Ficha de monitoramento de pragas de viveiros 
Viveiro: Canteiro: Data: 
Espécie: Idade: Monitor: 
Praga: 
Número de mudas Amostra 
Totais Danificadas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Total 
% Mudas atacadas: Ação: 
Observações: 
 
 
 
 
Data: Ass. Monitor: Ass. Supervisor: 
 
FIGURA 13. Ficha de monitoramento de pragas em viveiros florestais. 
 
d) Estratégias e táticas do MIP-viveiros 
 
 
 
6 
 O grau de incidência de pragas num viveiro florestal depende de alguns pré-requisitos 
básicos adotados antes mesmo de sua instalação. Antes do preparo do solo para instalar o viveiro é 
preciso eliminar colônias de formigas cortadeiras e de cupins da área do viveiro e em 200 metros ao 
seu redor. Nesse caso, utilizam-se todos os métodos de controle químico, como isca granulada, pó 
seco e termonebulização. Após a instalação do viveiro, somente os pós-secos e a termonebulização 
são recomendados, pois têm ação rápida e são compatíveis com a irrigação. 
 Outra preocupação é quanto ao sistema de produção de mudas. Viveiros suspensos têm 
menor probabilidade de ocorrência de pragas , pois a maioria delas está associada ao solo, como 
cupins, paquinhas, formigas e grilos; portanto, devem ser preferidos. 
 
- Táticas de controle cultural 
 
Procurar manter uma faixa limpa ao redor do viveiro para impedir o acesso de lagartas -rosca 
que, geralmente desenvolvem-se em pastagens adjacentes ao viveiro e possibilitar a visualização 
mais fácil de formigueiros. 
Retirar os entulhos da área do viveiro para evitar o aparecimento de grilos, paquinhas e 
lagartas -rosca, que se alojam e reproduzem nesses locais. 
Armazenar a matéria orgânica do substrato de mudas em local específico. 
Eliminação das plantas atacadas no viveiro pela broca do cedro. 
 
- Táticas de controle mecânico 
 
Fazer coleta manual de besouros desfolhadores, grilos e lagartas-rosca durante a 
movimentação rotineira das mudas. Esse método tem se mostrado tão eficiente quanto o controle 
químico. No entanto, isso só é viável se o ataque for pequeno. 
O cultivo das mudas em casa-de-vegetação ou em casas teladas impede o acesso de 
muitas pragas às mudas. 
 
- Táticas de controle físico 
 
Instalar armadilhas luminosas para capturar insetos como lagartas-rosca e broca-do-cedro, 
principalmente. 
 
- Táticas de controle químico 
 
A aplicação de inseticidas em viveiros de mudas florestais pode ser feita através de 
pulverizadores costais ou através da água de irrigação, em viveiros abertos, ou por nebulização, em 
casas-de-vegetação. As recomendações de controle químico para as principais pragas de viveiros são 
descritas a seguir. 
 
- Formigas cortadeiras: os formigueiros devem ser mortos assim que encontrados, independente 
de avaliação da percentagem de mudas danificadas, pois um único formigueiro é suficiente para 
provocar danos maiores que em nível de perda aceitável num único dia. A utilização de pós-secos 
e da termonebulização (Quadro 6), constituem os métodos de controle químico indicados para o 
controle de formigas cortadeiras em viveiros, pois as iscas granuladas não são compatíveis com 
a irrigação. Consiste na mistura do ingrediente ativo num veículo (querosene ou óleo diesel) que 
são “queimados” no aparelho e a fumaça resultante transporta o produto para o interior do 
formigueiro, matando-o rapidamente. O produto é aplicado até que se sature o formigueiro com 
fumaça, o que ocorre quando a fumaça estiver saindo por todos os olheiros. A utilização dos pós -
secos consiste na aplicação de um inseticida na formulação pó, diretamente no formigueiro, 
usando-se uma polvilhadeira. É recomendado para formigueiros pequenos (até 5 m2) e em dias 
Notas de Aula de ENT 115 – ManejoIntegrado de Pragas Florestais 
 
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secos, pois quando o solo está molhado dificulta a penetração do produto. Deve-se escolher um 
olheiro bem grande e mais ativo e introduzir a mangueira da polvilhadeira e aplicar o produto, 
tomando o cuidado de não forçar a mangueira dentro do canal, para não entupir a saída do pó. 
 
QUADRO 6. Principais produtos recomendados no combate a formigas cortadeiras em viveiros. 
 
Métodos Nome Técnico Nome Comercial Dosagem 
Termonebulização Clorpirifós Lakree Fogging Saturação do 
formigueiro 
Pós-secos Deltametrina K-Othrine 2P N.A. 6 g/m2 de terra solta 
 
- Cupins de mudas: o ataque de cupins só ocorre em viveiros convencionais com produção de 
mudas em sacos plásticos sobre o solo. Viveiros modernos com produção de mudas em tubetes 
não têm problemas com cupim, pois os canteiros são suspensos, impedindo o ataque da praga. 
Caso ocorram, os cupins podem ser combatidos de duas formas: 
 
- Tratamento do cupinzeiro: no caso de cupim de montículo, deve-se localizar o cupinzeiro, 
perfurá-lo com um vazador até atingir a câmara de celulose e introduzir uma mangueira com 
um funil e tratá-lo com inseticida (Quadro 7). Não há necessidade de fechar o orifício após o 
tratamento, pois os cupins se encarregam disso. 
 
QUADRO 7. Principais produtos recomendados para tratamento de cupinzeiros em viveiros florestais. 
 
Nome Técnico Nome Comercial Dosagem 
Fention Lebaycid 500 CE 300 mL/100 L água - 1 L 
calda/ninho 
Imidacloprid Confidor 700 GrDA 30 g/100L água - 1 L calda/ninho 
Fipronil Regent 20 G 5 g/ninho 
 
- Tratamento das mudas: Nesse caso, não há necessidade de localizar o cupinzeiro. Deve-se 
fazer um levantamento dos danos às mudas enviveiradas, para verificar a necessidade do 
tratamento; se atingir o nível de controle (2 a 5% de mudas atacadas), fazer o tratamento 
químico das mudas com o inseticida (Quadro 8). 
 
QUADRO 8. Principais produtos recomendados para o tratamento de mudas contra cupins em 
viveiros. 
 
Nome Técnico Nome Comercial Dosagem 
Fipronil Tuit NA 
125g/ha – pulverizar as mudas no 
coleto com 20ml/planta. 
 
- Outras pragas: Deve-se fazer um levantamento dos danos às mudas enviveiradas, para verificar a 
necessidade do tratamento; se atingir o nível de controle (2 a 5% de mudas atacadas), fazer o 
tratamento químico das mudas, com inseticida (Quadro 9). 
 
QUADRO 9. Principais produtos recomendados para o tratamento de mudas contra diferentes pragas 
em viveiros. 
 
 
 
8 
Praga Nome Técnico Nome Comercial Dosagem 
Acephate Orthene 750 BR 
100 g/100 l água - 
pulverizar as mudas nos 
canteiros 
deltametrina Decis 25 CE 
200 ml/ha - pulverizar as 
mudas nos canteiros 
Lagarta-rosca 
Bacillus 
turingiensis 
Dipel PM 
400 g/100 l água - 
pulverizar as mudas nos 
canteiros 
Grilo e 
Paquinha 
Besouro-
amarelo-do-
eucalipto 
Mosca 
minadora 
deltametrina Decis 25 CE 
200 ml/ha - pulverizar as 
mudas nos canteiros 
Ácaros fenpyroximate Ortus 50 SC 100 ml/100 l água - 
pulverizar com bico 
cônico - volume de calda 
de 700 a 1000 litros/ha 
Pulgão imidacloprid Confidor 700 WG 400 ml/100 l água - 
pulverizar com bico 
cônico 
 
BILBIOGRAFIA CONSULTADA 
ANGEL, R.V. La ecologia y el control de las plagas florestais. In: Seminário Plagas Florestais, 
Socolen, Pereira, Colômbia, p. 1-33, 1980. 
ANJOS, N. Entomologia Florestal: Manejo integrado de pragas florestais no Brasil. Notas de aula. 
UFV. 1994. 
BARBOSA, P. & SCHULTZ, J.C. Insect outbreaks. Academic Press, New York, 1987, 578p. 
BERRYMAN, A.A. Forest insects: principles and practice of population management. Plenum Press, 
London. 1986. 279p. 
BERTI FILHO, E. Cupins ou térmitas. Manual de Pragas em Florestas, vol.3. IPEF/SIF. 1993. 56p. 
COULSON, R.N. & WITTER, J. A. Forest entomology: ecology and management. John Wiley & Sons, 
New York, 1984, 669 p. 
CROCOMO, W.B. (Ed.). Manejo de pragas. Botucatu, UNESP, 1990, 237 p. 
WALLINGFORD, D. Biotechnology and integrated pest management. CAB International, 1986, 475 p. 
DELLA LUCIA, T.M.C. (Ed.). As formigas cortadeiras. Viçosa, Folha de Viçosa, 1993, 262 p. 
DENT, D. Insect pest management. Wallington CAB. International, 1991, 640 p. 
DIEHL-FLEIG, E. Formigas: organização social e ecologia comportamental. Editora Unisinos, 1995. 
166p. 
GALLO, D. et al. Manual de Entomologia Agrícola. Ed. Agronômica Ceres. São Paulo, 2002. 578p. 
HORN, D.J. Ecological approach to pest management. Guilford, New York, 1988, 285 p. 
IEDE, E.T. et al. Atas do treinamento sobre uso de inimigos naturais para o controle de Sirex noctilio. 
EMBRAPA florestas. Colombo, PR, 1996. 100p. 
METCALF, R.L. & LUCKMANN, W.H. (Ed.). Introduction to insect pest management. 2nd. ed.. New 
York, John Wiley, 1982. 578p. 
PEDIGO, L.P. Entomology and pest management. Macmillan, New York, 1989, 646 p. 
PEDROSA MACEDO, J.H. et al. Pragas Florestais do Sul do Brasil. Manual de Pragas em Florestas, 
vol.2. IPEF/SIF. 1993. 111p. 
PFADT, R.E. (Ed.) Fundamentals of applied entomology. 4th. ed.. New York, Macmillan, 1985. 
Notas de Aula de ENT 115 – Manejo Integrado de Pragas Florestais 
 
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SPEIGHT, M.R. & WAINHOUSE, D. Ecology and management of forest insects. Oxford, Clarendon 
Press, 1989. 374p. 
TVEDTEN, S. History of pest management. http://www.safe2use.com/ca-ipm/01-04-27.htm. 2006. 
ZANETTI, R.; CARVALHO, G. A.; A.; SANTOS, A.; SOUZA-SILVA,A.; GODOY, M. S. Manejo 
Integrado de Formigas Cortadeiras. Lavras: UFLA, 2002. 16p. 
ZANETTI, R.; CARVALHO, G. A.; SOUZA-SILVA, A.; SANTOS, A.; GODOY, M. S. Manejo Integrado 
de Cupins. Lavras: UFLA, 2002. 29p. 
ZANUNCIO, J.C. et al. Lepidópteros desfolhadores de eucalipto: biologia, ecologia e controle. Manual 
de Pragas em Florestas, vol. 1. IPEF/SIF. 1993. 140p.

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