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Clostridioses - veterigadaa

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Clostridioses 
Tétano
O tétano é uma doença cosmopolita que acomete todos os animais pecuários, silvestres e o homem, provocada pelo Clostridium tetani.
Bactérias do gênero Clostridium são bastonetes grandes, gram positivos, esporulados, anaeróbios.
Fontes de infecção: fezes e o solo; as portas de entrada podem ser feridas perfurantes profundas, castração, descola, tosquia, umbigo.
Patogenia
Ferida → queda na tensão de O2 → tetanolisina e tetanoespasmina → sangue → placa motora terminal → bloqueia liberação de neurotransmissores → ↓ a inibição dos neurônios motores → potencialização dos estímulos sensoriais → espasticidade muscular. A morte ocorre por asfixia.
Sinais clínicos
Rigidez muscular, tremor, trismo, prolapso da 3º pálpebra, cauda em bandeira, rigidez dos posteriores com abdução, orelhas em alerta, dilatação das narinas, hiperesteria.
Diagnóstico: apenas clínico.
Tratamento
Penicilina, limpeza da ferida, soro antitetânico, relaxante muscular e tratamento de suporte.
Prevenção
Vacinação nos potros, éguas prenhes e ovelhas.
Botulismo
Causada pelo Clostridium botulinum, as fontes de infecção são: ossos ou carcaças (a carência de fósforo faz os animais procurarem), água contaminada, cama de frango usada como fertilizante, forragem deteriorada, silagem de cereais.
Patogenia
Ingestão da toxina → absorção pelo TGI → sangue → terminação neuro-muscular → interferem na liberação a acetilcolina → paralisia flácida. Morte por paralisia respiratória.
Sinais clínicos
Inquietação, incoordenação, ataxia, tropeços, flexão dos boletos, incapacidade de ficar em pé e erguer a cabeça, midríase e ptose, tremor e fascilação muscular, incapacidade de mastigar e deglutir, perda do tônus da língua.
O diagnóstico é clínico e o tratamento de suporte. A prevenção é a mineralização adequada do rebanho e a remoção das carcaças no pasto, vacinação.
Carbúnculo sintomático
Causada pelo Clostridium chauvoei, geralmente acomete vários animais ao mesmo tempo. Animais de 6 até 24 meses são mais acometidos, a taxa de mortalidade é próxima da 100%. Fontes de infecção: solo e alimento contaminado.
Fatores desencadeantes: traumas com anoxia tecidual, brigas, erupção dentária e vacinação.
Patogenia
Fator desencadeante → crescimento bacteriano e produção de toxina → miosite necrosante da musculatura esquelética.
Sinais clínicos
Pode ser assintomático e causar a morte súbita. Claudicação (manqueira), inchaço da parte superior do membro afetado (quente e dolorosa ou fria e indolor), depressão, anorexia e febre, a morte ocorre em 12 a 36 horas. Diagnóstico é clínico. Prevenção: vacinação.
Enterotoxemias
Doença provocada pela absorção da toxina do C. perfirnigens (A, B, C, D, e E), através do trato intestinal.
Fatores predisponentes: excesso de leite – disenteria, mudança brusca na alimentação, dietas pobres em celulose e rica em proteína + glicose, superalimentação.
Patogenia
Lenta acomodação da microbiota (ruminal) e intestinal → acúmulo de proteínas e carboidratos não digeridos no intestino delgado → alteração na secreção de “fermentos” digestivos → alcalose do bolus → hipotonia intestinal → alteração da atmosfera (condições de anaerobiose) → multiplicação do C. perfringens e produção de toxinas no ID.
Sinais clínicos
Quadro agudo, morte de 24 a 72 horas, os jovens - morte súbita, causa diarreia com sangue e desidratação, dor abdominal, febre e sinais neurológicos.
Adultos: apatia, contração involuntária de massas musculares, incoordenação, decúbito, paralisia, tremores, dispneia, prostração, óbito.
Tratamento
Tetraciclina 100g/ton de ração 
 Bacitracina 250g/ton de ração 
Virginiamicina 50g/ton de ração
Prevenção
Mudança gradual na dieta, dietas mais fibrosas e menos grãos, vacinação nos bovinos, ovinos e fêmeas prenhes.

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