POLUIÇÃO DO AR E CAMADA DE OZÔNIO

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QUÍMICA AMBIENTAL
POLUIÇÃO DO AR E CAMADA DE OZÔNIO
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Olá!
Ao final desta aula, o aluno será capaz de:
1. Reconhecer os principais poluentes da atmosfera, seus diferentes tipos de fontes de formação naturais,
antropogênicos e de liberação: fixa ou móvel;
2. Descrever cada poluente em função da sua ação com o meio ambiente e com o homem, analisando algumas
medidas mitigadoras e normalizações mediante a introdução de substâncias químicas na atmosfera;
3. Identificar a função e os principais danos/alterações que ocorrem na camada de ozônio.
1 Introdução
A poluição do ar é uma das principais causas da degradação do meio ambiente. Ela se caracteriza pela introdução
de gases tóxicos e partículas sólidas e líquidas no ar, através das chaminés das fábricas e indústrias, veículos
automotores, queimadas naturais e artificiais.
Durante muito tempo, o homem viveu em equilíbrio com o meio ambiente em virtude da baixa população
mundial, porém em função do aumento exagerado da humanidade, levou a uma ocupação desordenada na Terra,
concomitantemente a uma grande explosão econômica, industrial e tecnológica.
As características climáticas de cada região, em função das posições geográficas e dos ventos, podem contribuir
para a poluição atmosférica. Locais longe do litoral e com pouco vento são os de maior concentração de poluição
atmosférica, pois o ar não se movimenta e os poluentes se acumulam. Locais com maior desenvolvimento
industrial (países desenvolvidos) tem uma maior quantidade de poluição. Essa situação se modifica a cada ano
nos países em desenvolvimento onde as unidades industriais de produção de energia, refinarias, siderurgias,
indústrias químicas etc., aumentam a emissão de gases poluentes em função da utilização de combustíveis para a
produção de energia para o seu funcionamento.
2 Os poluentes podem ser classificados em função da sua 
fonte
Podemos dividir as fontes de poluição do ar em naturais e artificiais ou podem ser designadas antropogênicas.
As fontes naturais são oriundas de processos naturais que ocorrem no meio ambiente, e as artificiais são
oriundas dos processos feitos pelo homem.
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• Fonte Natural
Vulcões Os vulcões, quando ativos, são os grandes responsáveis por enviar para atmosfera grande –
quantidade de poeiras e cinzas, com a presença de enxofre e cloro.
Tempestades de areia Lançam uma grande quantidade de areia e pó a longas distâncias, liberando - 
uma grande quantidade de partículas na atmosfera as quais denominamos material particulado.
Incêndios florestais Grandes responsáveis pela emissão de monóxido e dióxido de carbono, além da – 
queima incompleta gerando fumos e cinzas.
Atividades de plantas e animais Esses seres em processos de decomposição liberam o gás metano, –
que é emitido para a atmosfera.
• Fonte Antropogênica
Pode ser dividida em dois grupos:
Processos industriais os poluentes originam-se de processos industriais como siderúrgicas, –
petroquímico, químico etc., diferenciando os compostos em função das atividades.
Processos de combustão os poluentes originam-se da combustão incompleta de incineradores, –
veículos automotores, centrais térmicas etc.
3 Os poluentes podem ser classificados em função do local 
de emissão.
Fontes específicas
Esse tipo de fonte é caracterizado por um determinado território; ocupam na comunidade área relativamente
limitada e permitem uma avaliação individual. As indústrias são exemplos de fontes específicas de poluição.
Fontes múltiplas
As fontes múltiplas podem ser fixas ou móveis, geralmente se dispersam pela comunidade, oferecendo grande
dificuldade de serem avaliadas uma a uma. Um exemplo de fonte múltipla são os veículos automotores.
Poluentes primários
Os poluentes primários são aqueles que são emitidos diretamente para a atmosfera em função de algum
processo tanto natural quanto artificial. Eles se encontram da mesma forma que foram emitidos pela fonte. Ex:
CO , CO
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Poluentes secundários
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Os poluentes secundários são aqueles que, ao serem emitidos para a atmosfera, sofrem reações químicas
originando os compostos químicos. Logo se formam a partir da interação de dois poluentes primários ou entre
poluentes primários e constituintes naturais do ar. Ex.: H SO
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4 Os poluentes também podem ser classificados em função 
do seu estado, em poluentes sólidos, líquidos e vapores
• Poluentes Sólidos
Poeiras pequenas partículas, com diâmetro de 0,1 m mais de 100 micrômetros. -
Exemplos: Partículas de rochas, de metais, de cimento etc. Pode também ser definido como um aerosol
de partículas sólidas.
Fumos partículas com diâmetro inferior a um micrômetro. - 
Exemplos: fumos de óxidos de chumbo, de zinco etc.
• Poluentes Líquidos
Spray são também partículas de dimensões muito pequenas, em suspensão no ar, resultante da - 
condensação de vapores.
Neblina constituída de partículas de dimensões muito pequenas, em suspensão no ar. - 
• Poluentes Gasosos ou Vapores
Fumaça são partículas em suspensão no ar, geralmente sólidas e oriundas da combustão incompleta de -
materiais orgânicos. As fumaças industriais de importância são formadas por partículas com diâmetros
inferiores a 0,5 m
“Fublina” ou “Smog”- mistura de neblinacom fumaça.
Bruma seca ou névoa seca suspensão de partículas submicrômicas no ar, provocando perda de -
visibilidade.
Aerosol substâncias sólidas ou liquidas de tamanho microscópico, em suspensão no meio gasoso, sob - 
forma particulada.
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5 Os poluentes podem também ser classificados segundo a 
sua toxicidade
Poluentes regulados
São poluentes danosos à saúde que ocorrem com grande frequência. São controlados através de padrões de
qualidade do ar.
Exemplos: CO, CO2, MP, NOx, SOx
Resolução CONAMA 342, de 25 de setembro de 2003.
Regulamenta as emissões de monóxido de carbono, hidrocarbonetos, óxidos de nitrogênio, fumaça e material
particulado, por veículos.
Poluentes perigosos
São poluentes que podem causar ou contribuir para o aumento da mortalidade ou da ocorrência de doenças.
Usualmente, causam somente problemas localizados.
Exemplo: Amianto, Benzeno, Mercúrio etc.
Poluentes incômodos
São os poluentes que possuem odores em geral, como o gás sulfídrico, odorizadores de gás natural etc.
6 Principais poluentes
Material Particulado
O tamanho dessas partículas é de aproximadamente 0,5 milímetro e são originadas de uma grande variedade de
materiais e objetos discretos que podem ser sólidos ou gotículas de líquidos.
Originam de indústrias de mineração, veículos automotores, queimadas e de construção civil. Causam grandes
danos ao meio ambiente e à saúde do homem e dos vegetais.
Exemplos de partículas sólidas menores: as fuligens, iodeto de prata e núcleos de sal formados através da perda
de vapor d'água proveniente do mar.
Óxido de nitrogênio
O óxido nitroso é gerado microbiologicamente e é relativamente inerte na baixa atmosfera, influenciando pouco
nas reações químicas. Seu nível diminui com a altitude na estratosfera causada por reações fotoquímicas. Os
mais encontrados na atmosfera são: óxido nitroso (N 0), óxido nítrico (NO) e dióxido de nitrogênio (NO ).
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Óxido de enxofre
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O SO é muito comum na baixa atmosfera, podendo ser de origem natural ou artificial. O SO natural é
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proveniente de erupções vulcânicas e da decomposição de animais e vegetais, no solo, nos pântanos e nos
oceanos. O SO artificial é resultado da queima de combustíveis que contém enxofre, especialmente o óleo diesel.
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Em combinação com a água e o oxigênio do ar, transforma-se em ácido sulfúrico e é um dos principais
formadores da .chuva ácida
Monóxido de Carbono
Resultante da queima incompleta de combustíveis, o CO é um gás incolor, inodoro e tóxico. É um dos principais
poluentes da atmosfera e sua concentração total é de aproximadamente 0,1PPM. O CO é um dos gases emitidos
pelos veículos automotores, mas muito desse gás está presente como intermediário da reação de oxidação dometano sendo também gerado da liberação do metano.
Dióxido de Carbono
O dióxido de carbono, também conhecido como gás carbônico, é uma substância química formada por dois
átomos de oxigênio e um de carbono. Sua fórmula química é CO2. É um gás importante para o reino vegetal, pois
é essencial na realização do processo de fotossíntese das plantas. Esse gás é liberado da queima de combustíveis,
fósseis, como gasolina, diesel, carvão mineral etc. Alta concentração é prejudicial ao planeta, pois aumenta o
efeito estufa gerando o aquecimento global.
Ozônio - O3
Formado por três átomos de oxigênio, é uma substância química ainda pouco conhecida. A poluição por ozônio
tem características próprias; enquanto outros poluentes estão relacionados diretamente com a emissão das
fontes, o ozônio tem forte relação com fatores climáticos, tendo a sua formação favorecida pela incidência de luz
solar e períodos longos de calmaria como a falta de vento.
Hidrocarbonetos
Formados por átomos de Hidrogênio e carbono, um dos principais é o metano. Os hidrocarbonetos gases e
vapores resultantes da queima incompleta e evaporação de combustíveis (gasolina/diesel) e de outros produtos
voláteis.
7 Problemas ambientais relacionados à poluição.
Ozônio O ozônio (03) é uma molécula formada por três átomos do elemento oxigênio. É um gás de cheiro forte e
cor azul. O oxigênio que respiramos (02) é formado por dois átomos de oxigênio, não tem cheiro e é incolor.
Para saber mais sobre a camada de ozônio, acesse a biblioteca virtual desta aula.
Depleção da camada
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Uma molécula de cloro destrói 100.000 de ozônio estratosférico
1985 1° relato de buraco na camada de ozônio no Polo Sul: 
1997 “buraco” do tamanho da Europa: 
2080 voltará ao nível de 1990, se medidas forem tomadas:
Como consequência, com a destruição da camada de ozônio, os raios ultravioleta atingem mais intensamente a
Terra. Essa radiação provoca câncer de pele, afeta o sistema imunológico, diminuindo a resistência do ser
humano a doenças, sendo também nociva aos animais e ao meio ambiente.
Protocolo de Montreal
É um tratado internacional que tem como objetivo banir as substâncias lesivas que reagem com a camada de
ozônio, incluindo o CFC (clorofluorcarbono)‏. Em 1990, o Brasil aderiu às recomendações internacionais através
de um acordo para substituir as substâncias que reduzem a camada de ozônio. No Brasil foi acordado que 31 de
dezembro de 2009 seria a data limite para importação da substância CFC e, em 31 de dezembro de 2010, seria a
data limite para importação e produção de medicamentos com CFC. Em 2002, 193 países ratificaram o Protocolo
de Montreal e, devido a essa grande adesão mundial, foi um dos acordos mais bem-sucedidos de todos os
tempos.
Fatores naturais
Existem também fatores naturais que contribuem para a diminuição da espessura da camada de ozônio da
atmosfera. É o caso das erupções vulcânicas, que produzem óxidos de nitrogênio, e da diminuição da intensidade
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do campo magnético terrestre. Devido a este fator, partículas mais pesadas, provenientes do vento solar, atingem
a camada de ozônio provocando sua destruição.
Smog fotoquímicos
Esse fenômeno é denominado Smog devido à junção dos fenômenos de fumaça (smoke) e neblina (fog). Ele causa
na atmosfera a diminuição da visibilidade, geralmente associado à ocorrência de altas concentrações de ozônio
troposférico e outros compostos originados por reações fotoquímicas. O efeito visível deste processo é uma
camada roxa acinzentada na atmosfera. O primeiro relato do smog foi em Los Angeles na década de quarenta.
Essa situação se dá geralmente em cidades com grandes veículos que geram poluentes, com os compostos
orgânicos voláteis (COVs) e os óxidos nitrosos (NOx).
Esses poluentes combinados com gotículas de vapor de água geram os smogs, definidos por uma mistura de
hidrocarbonetos oxidados não muito poluentes que formam alcoóis, cetonas e aldeídos, com a presença de
outros poluentes. O grande problema é que o smog se agrava com a grande incidência dos raios UV na superfície
terrestre. A principal ocorrência deste fenômeno se dá em função do tráfego pesado, das altas temperaturas,
ventos calmos e luz solar.
Exemplo: quando existe uma alta umidade na atmosfera, uma mistura de névoa com partículas de fumaça se
acumula perto da terra ao invés de subir formando o smog.
Inversão térmica
Para entender melhor como acontece esse fenômeno, é preciso saber que o ar quente é menos denso e mais leve,
logo ele tende a subir; e o ar frio é mais denso e pesado, logo ele tende a descer. O movimento do ar na atmosfera
é vertical e linear durante a maioria dos dias. Em função disso o ar quente, originado da ação dos raios solares no
solo, sobe para dar lugar ao ar frio. Os poluentes, que são mais quentes e menos densos que o ar, sobem ainda
mais e se dispersam.
Para que ocorra a inversão térmica, é preciso que tenha um fator específico como a baixa umidade do ar. O
fenômeno pode ocorrer em qualquer época do ano, mas fica mais intenso nas épocas de noites longas, com
baixas temperaturas e pouco vento.
Os raios solares se tornam mais leves e frágeis geralmente no final da tarde de um dia de inverno. Assim o solo se
resfria rapidamente e, consequentemente, o ar próximo do solo também. Aquele ar quente que ainda está na
atmosfera continua a subir, mas o ar frio, próximo ao solo, por ser mais denso e pesado, fica parado. Desse modo,
a temperatura cai ainda mais e os poluentes, que normalmente são "levados" pelo ar quente, acabam retidos na
camada mais baixa da atmosfera.
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8 Padrões da qualidade do ar
Os padrões da qualidade do ar definem legalmente o limite máximo de um poluente na atmosfera, o que garante
a proteção do meio ambiente e da saúde humana.
Padrões primários são aqueles nos quais as concentrações de poluentes ultrapassados podem afetar a saúde –
da população. Originam níveis máximos de poluição com metas de curto e médio prazo.
Padrões secundários – são aqueles nos quais a concentração do poluente atmosférico prevê o mínimo efeito 
adverso sobre o bem-estar da população, níveis desejados de concentração de poluentes constituindo metas de
longo prazo.
9 Melhorando a qualidade do ar - medidas mitigadoras
Como podemos melhorar a qualidade do ar? A primeira grande ação é fazer um levantamento das fontes
poluidoras. Conhecendo-as será fácil identificar quem polui, onde se polui e o que polui. Através dessa
identificação, de acordo com padrões de qualidade que podem ser levados em consideração, podemos fazer uma
ação de medidas de controle.
O planejamento e o zoneamento territorial serão de fácil introdução para analisar o posicionamento adequado
da fonte poluidora em relação à área de poluição, distribuição adequada das edificações e utilização de barreiras
em função da propagação dos poluentes. É importante reduzir e eliminar as fontes quando puder através do uso
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de matérias-primas que poluem menos; controlar as emissões, através de equipamentos como filtros, coletores,
ciclones e condensadores que diminuem a liberação dos poluentes na atmosfera.
Para saber mais sobre as medidas para melhorar a qualidade do ar, acesse a biblioteca virtual desta aula.
10 Normalizações ambientais
A Constituição Brasileira/1988 estabelece que a população tenha o direito de viver em um ambiente
ecologicamente equilibrado, e caracteriza como crime toda ação lesiva ao meio ambiente, em função das suas
onde todas as unidades da Federação tenham reserva biológica ou parque nacional e todas as indústrias
potencialmente poluidoras apresentem estudos sobre os danos que podem causar ao meio ambiente.
Ainda se faz necessário a elaboração de leis que regulamentem os dispositivos constitucionais.
A Resolução CONAMA nº 005/89 institui o PRONAR Programa Nacional de Controle da Qualidade do Ar. –
A Resolução CONAMA nº 18/86 estabelece o PROCONVE Programa de Controle do Ar por Veículos –
Automotores.
A Resolução CONAMA nº 008/90estabelece o limite máximo de emissão de poluentes do ar (padrões de
emissão) em fontes fixas de poluição.
O que vem na próxima aula
• Oxigênio tanto bioquímica quanto química - DBO e BQO, os principais testes para qualidade da água e a 
resolução CONAMA Nₒ 357.
CONCLUSÃO
Nesta aula, você:
• Aprendeu os principais tipos de poluentes na atmosfera em função das emissões fixas ou móveis e das 
emissões naturais ou antropogênicas; aprendeu que a camada de ozônio é importante para o planeta e 
que, em função da grande degradação ambiental, está diminuindo. Além disso, conheceu um dos 
principais problemas ambientais causados pela emissão de compostos nocivos com smogs fotoquímicos e 
inversões térmicas.
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