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07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 Módulo: Princípios das Ciências Criminais 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 4 Aula 02 – Publicidade A Publicidade dos atos judiciários possui previsão Constitucional, bem como pre- visão na Convenção Americana de Direitos Humanos e no Código de Processo Penal, con- forme podemos ver abaixo: CF, art. 5º, XXXIII - “todos têm direito a receber dos órgãos públicos informa- ções de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aque- las cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado” CF, art. 5º, LX - “a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem” Convenção Americana de Direitos Humanos (Pacto de San José da Costa Rica), Art. 8º, 5 “O processo penal deve ser público, salvo no que for ne- cessário para preservar os interesses da justiça”. CPP, art. 792, caput - “As audiências, sessões e os atos processuais serão, em regra, públicos e se realizarão nas sedes dos juízos e tribunais, com as- sistência dos escrivães, do secretário, do oficial de justiça que servir de por- teiro, em dia e hora certos, ou previamente designados”. Nota-se que a Publicidade permite a transparência da atividade jurisdicional, per- mitindo que toda a sociedade (que, em última análise, é a destinatária da justiça) possa conhecer e fiscalizar as posturas adotadas pelo Poder Judiciário. Essa “fiscalização” é re- forçada por conta da necessidade de fundamentação das decisões. Com relação ao sigilo, temos que a Publicidade é a regra e o sigilo é exceção, ad- missível apenas em respeito a determinados valores constitucionalmente assegurados, como a intimidade e a vida privada. Vejamos mais detalhadamente: a) Publicidade ampla ou externa É a regra no processo. Qualquer pessoa pode acompanhar audiências, olhar processos etc. b) Publicidade restrita, específica ou interna É excepcional. Chamada muitas vezes de “segredo de justiça”. Nesse sentido, observe as seguintes disposições do CPP e do CP: CPP, art. 201, § 6.º “O juiz tomará as providências necessárias à preserva- ção da intimidade, vida privada, honra e imagem do ofendido, podendo, in- clusive, determinar o segredo de justiça em relação aos dados, depoimentos e outras informações constantes dos autos a seu respeito para evitar sua exposição aos meios de comunicação”. CPP, art. 792, § 1o Se da publicidade da audiência, da sessão ou do ato processual, puder resultar escândalo, inconveniente grave ou perigo de perturbação da ordem, o juiz, ou o tribunal, câmara, ou turma, 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 5 Princípios das Ciências Criminais poderá, de ofício ou a requerimento da parte ou do Ministério Público, determinar que o ato seja realizado a portas fechadas, limitando o número de pessoas que possam estar presentes. CP, art. 234-B. “Os processos em que se apuram crimes definidos neste Título [Título VI – Crimes contra a Dignidade Sexual] correrão em segredo de justiça”. CPP, art. 485. Não havendo dúvida a ser esclarecida, o juiz presidente, os jurados, o Ministério Público, o assistente, o querelante, o defensor do acu- sado, o escrivão e o oficial de justiça dirigir-se-ão à sala especial a fim de ser procedida a votação. c) Publicidade restrita às próprias partes Excepcionalíssima e temporária. Admi- tido nos casos previstos em lei e amparado no interesse público (assegurar a eficácia da investigação). Ex.: interceptação telefônica. Durante a investigação preliminar é comum o sigilo, pois do contrário frustraria as investigações. Por fim, ao advogado é resguardado o direito a examinar em qualquer instituição res- ponsável por conduzir a investigação os autos de flagrante e de investigações de qualquer natureza, bem como outros direitos também foram resguardados viabilizando a boa prática da advocacia no Estatuto da Advocacia e a Ordem dos Advogados do Brasil. Vejamos: EOAB (LEI 8.906/1994) Art. 7º. São direitos do advogado: XIV - examinar, em qualquer instituição responsável por conduzir investiga- ção, mesmo sem procuração, autos de flagrante e de investigações de qual- quer natureza, findos ou em andamento, ainda que conclusos à autoridade, podendo copiar peças e tomar apontamentos, em meio físico ou digital; (In- cluído pela Lei nº 13.245, de 2016) XV - ter vista dos processos judiciais ou administrativos de qualquer natu- reza, em cartório ou na repartição competente, ou retirá-los pelos prazos legais; § 11. No caso previsto no inciso XIV, a autoridade competente poderá deli- mitar o acesso do advogado aos elementos de prova relacionados a diligên- cias em andamento e ainda não documentados nos autos, quando houver risco de comprometimento da eficiência, da eficácia ou da finalidade das diligências. (Incluído pela Lei nº 13.245, de 2016) § 12. A inobservância aos direitos estabelecidos no inciso XIV, o forneci- mento incompleto de autos ou o fornecimento de autos em que houve a retirada de peças já incluídas no caderno investigativo implicará responsa- bilização criminal e funcional por abuso de autoridade do responsável que impedir o acesso do advogado com o intuito de prejudicar o exercício da defesa, sem prejuízo do direito subjetivo do advogado de requerer acesso aos autos ao juiz competente. (Incluído pela Lei nº 13.245, de 2016) 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 Tema 04 - Aula 02 6 Súmula vinculante 14 do STF - É direito do defensor, no interesse do repre- sentado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa. Constituição Federal Art. 93, IX - todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não preju- dique o interesse público à informação. Código de Processo Penal DECRETO-LEI Nº 3.689, DE 3 DE OUTUBRO DE 1941. EOAB LEI Nº 8.906, DE 4 DE JULHO DE 1994. EMENTA: REMESSA NECESSÁRIA - MANDADO DE SEGURANÇA - CONSELHO TUTE- LAR - ACESSO A PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO - DIREITO DO ADVOGADO - NEGATIVA - VIOLAÇÃO A DIREITO LÍQUIDO E CERTO. Consoante dispõe o art. 133 da Constituição da República de 1988, o advogado é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei. A Lei Federal nº 8.906/1994 (Estatuto da Advocacia e a Ordem dos Advogados do Brasil), em seu art. 7º, inciso XIV, estabelece o direito do advogado de “examinar, em qualquer instituição respon- sável por conduzir investigação, mesmo sem procuração, autos de flagrante e de investi- gaçõesde qualquer natureza, findos ou em andamento, ainda que conclusos à autoridade, podendo copiar peças e tomar apontamentos, em meio físico ou digital”. As hipóteses de limitação ao direito do advogado estão previstas no art. 7º da Lei Federal nº 8.906/1994 e não se fazem presente no caso em julgamento. Mostra-se ilegal e abusiva a negativa do Conselho Tutelar em disponibilizar os documentos de procedimento administrativo a ad- vogado que representa pessoa envolvida e interessada no feito. (TJ-MG - Remessa Neces- sária-Cv: 10471180037353001 MG, Relator: Leite Praça, Data de Julgamento: 08/11/2018, Legislação Jurisprudência 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689compilado.htm http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/DEL%203.689-1941?OpenDocument http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8906.htm http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%208.906-1994?OpenDocument 7 Princípios das Ciências Criminais Data de Publicação: 14/11/2018). ALVES, Jamil Chaim. Manual de Direito Penal (Parte geral e parte especial). Salva- dor: Editora Juspodivm, 2020. BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada em 5 de outu- bro de 1988. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constitui- cao.htm >. Acesso em: Acesso em: 18 de março. 2020. BRASIL. Código de Processo Penal: decreto lei nº 3.689, de 03 de outubro de 1941. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/CCIVIL/Decreto-Lei/Del3689.htm . Acesso em: 18 de março. 2020. NUCCI, Guilherme de Souza. Princípios Constitucionais Penais e Processuais Penais. 4 ed. Rio de Janeiro : Forense, 2015. 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm http://www.planalto.gov.br/CCIVIL/Decreto-Lei/Del3689.htm 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8
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