Buscar

EstadoNutricionalAntropometrico-AzevAdo-2022

Prévia do material em texto

1 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE 
FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DO TRAIRI 
GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
GABRIEL PEREIRA DE AZEVÊDO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESTADO NUTRICIONAL ANTROPOMÉTRICO DE IDOSOS RESIDENTES EM 
UMA INSTITUIÇÃO DE LONGA PERMANÊNCIA DO INTERIOR DO RIO GRANDE 
DO NORTE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SANTA CRUZ – RN 
2022 
2 
 
 
GABRIEL PEREIRA DE AZEVÊDO 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESTADO NUTRICIONAL ANTROPOMÉTRICO DE IDOSOS RESIDENTES EM UMA 
INSTITUIÇÃO DE LONGA PERMANÊNCIA DO INTERIOR DO RIO GRANDE DO 
NORTE 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso 
apresentado a Faculdade de Ciências da 
Saúde do Trairi da Universidade Federal 
do Rio Grande do Norte, como requisito 
parcial para obtenção do título de Bacharel 
em Nutrição. 
Orientador: Prof. Dr. Marcos Felipe Silva 
de Lima 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SANTA CRUZ – RN 
2022 
3 
 
 
 
 
4 
 
 
 
 
 
GABRIEL PEREIRA DE AZEVÊDO 
 
 
 
ESTADO NUTRICIONAL ANTROPOMÉTRICO DE IDOSOS RESIDENTES EM UMA 
INSTITUIÇÃO DE LONGA PERMANÊNCIA DO INTERIOR DO RIO GRANDE DO 
NORTE 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso 
apresentado a Faculdade de Ciências da 
Saúde do Trairi da Universidade Federal 
do Rio Grande do Norte, como requisito 
parcial para obtenção do título de Bacharel 
em Nutrição. 
 
 
 
Aprovado em: 
 
 
 
 
 
BANCA EXAMINADORA: 
 
 
 
 
Prof. Dr. Marcos Felipe Silva de Lima – Orientador 
Universidade Federal do Rio Grande do Norte 
 
 
 
Prof. Dr. Dimitri Taurino Guedes 
Universidade Federal do Rio Grande do Norte 
 
 
 
Nutricionista Ully Ferreira Leite 
Nutricionista da ILI Com Cuidado Residencial Geriátrico 
4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
À Jeanne Cristina Pereira, e a Geraldo José 
de Azevêdo, pessoas que Deus me deu a 
honra de ter como mãe e pai, por todos os 
sacrifícios, renúncias e apoio incansável, 
por terem sido a força nos momentos de 
desânimo e a paz nos momentos de 
desespero, por serem meu maior exemplo 
de caráter e honestidade e por me darem a 
educação como maior herança, 
Dedico. 
4 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
A Deus, a Nossa Senhora e a São José, pela proteção e providência concedida 
durante todo este caminho, por me darem força e coragem para prosseguir e por me 
permitirem realizar esse sonho. 
A minha mãe Jeanne Cristina, por todo o esforço e cuidado para que eu concluísse 
esse curso, por tanta dedicação, amor, zelo e doação, e por ser o meu maior exemplo 
de vida. 
A meu pai Geraldo José, por todo esforço financeiro para não me deixar faltar nada, 
pela certeza que me dá de que sempre vai acreditar no meu sucesso e também por 
cuidar e ser um exemplo de pai. 
A minha avó Graça, por não medir esforços para me ajudar financeiramente junto a 
meu pai e me sustentar em Santa Cruz. Por ter rezado e acreditado sempre que eu 
conseguiria alcançar meu objetivo. 
A meus irmãos Adriano e Adonis, por me apoiarem em tudo, por todo amor e 
companheirismo, por serem tão presentes e por sempre acreditarem em mim. Vocês 
são exemplos de seres humanos que aprendo todos os dias, obrigada por tanto. 
A minha namorada Dauane Pontes, por ter estado ao meu lado em todos os 
momentos, por me dar sempre a calma que precisei e ser meu refúgio nos momentos 
mais difíceis, por tanto amor, carinho e por sempre torcer e acreditar no meu sucesso. 
Você disse que um dia eu conseguiria e hoje contemplo essa vitória. 
A toda a minha família que sempre torceu para que tudo desse certo, por estarem 
sempre em oração por mim, em especial a minha vó Maria, meus tios, meus primos e 
minha sogra Ceci. 
A meu orientador Marcos Felipe, por ter me acolhido como um de seus orientandos, 
por todo ensinamento e por ter me guiado nessa parte final de minha graduação. 
Aos professores que foram exemplos de profissionais e que se dedicaram em 
repassar os conhecimentos para que formassem futuros nutricionistas dispostos a dar 
o melhor. 
 
7 
 
 
 
 
A todos os idosos e a instituição que disponibilizou o espaço com boa vontade para 
que fosse realizada a pesquisa. 
Aos amigos, Andrei Gomes, Joedson Pires e Samuel Gomes que sempre estiveram 
presente e que tornam a vida mais leve e prazerosa. E também a Lucas Santos, por 
sempre rezar por mim, sendo sinal da Voz de Deus em minha vida. 
Aos meus amigos de curso, em especial Lucas Araújo, Isaac Silva e Eduardo Alves, 
por terem estado ao meu lado durante todo esse tempo, e principalmente por todas 
as resenhas vivenciadas que ficarão eternizadas em minha memória e meu coração. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Compartilho com todos vocês essa conquista. 
Muito obrigado por tudo! 
 
8 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO.................................................................................. 09 
2 OBJETIVOS...................................................................................... 11 
2.1 OBJETIVO GERAL........................................................................ 11 
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS.......................................................... 11 
3 REFERENCIAL TEÓRICO............................................................... 11 
3.1 ENVELHECIMENTO POPULACIONAL......................................... 11 
3.2 INSTITUIÇÕES DE LONGA 
PERMANÊNCIA................................................................................... 
 
12 
3.3 ESTADO NUTRICIONAL DE IDOSOS 
INSTITUCIONALIZADOS.................................................................... 
3.4 AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL................................... 
3.4.1 Indicadores gerais de reserva energético-proteico............... 
3.4.2 Indicadores de adiposidade e de distribuição de gordura 
corporal 
3.4.3 Indicadores de muscularidade................................................ 
 
13 
14 
15 
 
 
16 
16 
4 METODOLOGIA.............................................................................. 17 
4.1 TIPO DE ESTUDO........................................................................ 17 
4.2 POPULAÇÃO DO ESTUDO E ASPECTOS ÉTICOS................... 17 
4.2.1 População do estudo............................................................... 
4.2.2 Aspectos éticos........................................................................ 
4.3 PROCEDIMENTO PARA COLETA DOS DADOS........................ 
4.4 VARIÁVEIS DO ESTUDO............................................................. 
4.5 ANÁLISE DE DADOS................................................................... 
5 RESULTADOS................................................................................ 
6 DISCUSSÃO................................................................................... 
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................ 
ABSTRACT........................................................................................ 
17 
18 
18 
20 
21 
22 
24 
27 
28 
REFERÊNCIAS.................................................................................. 29 
9 
 
 
 
 
 
 
 
Estado nutricional antropométrico de idosos residentes em uma Instituição de 
longa permanência do interior do Rio Grande do Norte 
 
 
Gabriel Pereira de Azevêdo1 
 
 
Resumo: O envelhecimento populacional, fenômeno mundial, faz com que as famílias 
encontrem formas de ofertar aos idosos uma assistência relacionada as dificuldades 
enfrentadas por esse segmento populacional, sendo as Instituições de Longa 
Permanência para Idosos (ILPI), uma prestadora desse serviço ao idoso. Sabe-se que 
a institucionalização potencializa perdas físicas e funcionais associadas ao 
envelhecimento, as quais são fatores de risco para desnutrição e morbimortalidade, 
sendo necessário o monitoramento do estado nutricional. Objetivo: Avaliar o estado 
nutricional de idosos institucionalizados residentes em uma ILPI sem fins lucrativos no 
município de Caicó/RN. Metodologia: Trata-se de umapesquisa de natureza 
observacional, individualizada e transversal, aonde foi aplicado um questionário 
sociodemográfico e realizado a avaliação antropométrica em 34 idosos. Resultados: 
Foi visto uma prevalência de idosos desnutridos e com excesso de adiposidade. 
Houve diferença estatisticamente significativa para peso e altura entre os gêneros, 
como também para peso e IMC quando comparado com idosos de faixa etária até 75 
anos e acima de 75 anos. Conclusão: A desnutrição foi verificada através dos 
indicadores gerais que avaliam o estado nutricional do idoso. Percebeu-se elevados 
percentuais de excesso de peso por meio do IMC e DCT, caracterizando uma dupla 
carga de má-nutrição. 
Palavras-chave: Envelhecimento. Instituições de Longa Permanência para Idosos. 
Desnutrição. Sobrepeso. 
1 INTRODUÇÃO 
 
O envelhecimento populacional é visto como um fenômeno que tem crescido 
de forma acelerada em todos os países, em que a expectativa de vida tem aumentado 
devido a menor taxa de fecundidade e mortalidade. Com isso, o processo de 
 
 
1 Graduando de Nutrição da Universidade Federal do Rio Grande do Norte 
10 
 
 
 
 
envelhecer se tornou um direito de todos, mesmo que ainda não se tenha de forma 
igualitária nos diferentes países e contextos socioeconômicos, acarretando um grande 
desafio para a sociedade atual (VERAS; RAMOS; KALACHE, 1987; VERAS; 
OLIVEIRA, 2018). 
Considerando o crescimento da população idosa, passa a existir junto a isso a 
necessidade de um maior cuidado com esse segmento populacional, visto que o 
próprio envelhecimento pode levar ao declínio da capacidade funcional, que pode se 
agravar e tornar o idoso dependente da ajuda de pessoas. Devido a esse cenário 
enfrentado por muitas famílias, fez-se necessário que optassem, por vezes, colocar 
os idosos nas Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI), em que irão 
morar e serem cuidados por profissionais pertencentes a instituição (FAGUNDES et 
al. 2017). 
De acordo com a RDC 283/2005 da ANVISA (BRASIL, 2005), as ILPI são 
instituições definidas como governamental e não-governamental de caráter 
residencial, destinada a domicílio coletivo de pessoas com idade igual ou superior a 
60 anos, com ou sem suporte familiar, em condição de liberdade e dignidade e 
cidadania. É responsável pela atenção ao idoso e deve propiciar o exercício dos 
direitos humanos (civis, políticos, econômicos, sociais, culturais e individuais) de seus 
residentes. 
Pode-se considerar diferentes motivos que levam os idosos e as famílias a 
procurarem as ILPI, tais como a diminuição de integrantes da família, condições 
físicas insuficientes, falta de recursos financeiros e condições psicológicas para 
prestar o cuidado em domicílio e o desejo do próprio idoso em não perturbar seus 
familiares, que muitas vezes geram dificuldades de convívio com os familiares, morte 
do cônjuge e diversas doenças que podem aparecer (PERLINI; LEITE; FURINI, 2007). 
A entrada do idoso nas ILPI exigem uma adaptação que pode ser 
compreendida por um misto de sentimentos que são causados pela distância, 
indiferença, solidão, aceitação e o abandono. Portanto, o idoso institucionalizado se 
coloca, geralmente, como um indivíduo que foi privado da sua antiga vida, 
ocasionando estados depressivos, sentimentos negativos e obstáculos para uma vida 
ativa que interferem diretamente no seu EN (CREUTZBERG; GONÇALVES; 
SOBOTTKA, 2008; MARIN et al. 2012). 
O estado nutricional (EN) do idoso pode ser impactado por alguns fatores, como 
a perda da capacidade motora, falha na mastigação pelo fato de degradação dos 
11 
 
 
 
 
dentes ou redução da saliva, diminuição da cognição, capacidade de preparar suas 
refeições, o quadro atual de saúde com a presença ou não de comorbidades, 
situações fisiológicas relacionadas ao processo de absorção e eliminação, 
escolaridade e fatores relacionados aos hábitos e preferências alimentares (CAMPOS 
et al. 2007; WACHHOLZ; RODRIGUES; YAMANE, 2011). De acordo com esses 
fatores, o idoso pode vir a lidar com algumas consequências, que podem impedi-lo de 
se alimentar corretamente e acarretar numa inadequação do seu EN. 
 
1.1 JUSTIFICATIVA 
 
Diante da importância de acompanhar o estado nutricional dos idosos devido a 
vulnerabilidade enfrentada pelo grupo com relação a distúrbios nutricionais, 
adoecimento e mortalidade, é necessário que se tenha um cuidado voltado ao 
monitoramento do estado nutricional para que se possa minimizar os riscos 
associados a déficits e excessos nutricionais. De acordo com a normatização da 
Agência Nacional de Vigilância Sanitária, é obrigatório que as ILPI façam o 
acompanhamento nutricional dos idosos mensalmente. Com isso, faz-se necessário 
o estudo para contribuir com a ILPI e colaborar para o monitoramento dos idosos, 
assim como para poder fazer planejamentos e intervenções dietéticas. 
 
2 OBJETIVOS 
 
2.1 OBJETIVO GERAL: 
 
Avaliar o estado nutricional de idosos institucionalizados residentes em uma 
ILPI sem fins lucrativos no município de Caicó. 
 
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS: 
 
 Caracterizar a população de estudo por meio de aspectos demográficos e 
socioeconômicos. 
 Avaliar o estado nutricional antropométrico idosos institucionalizados 
residentes em uma ILPI. 
 
3 REFERENCIAL TEÓRICO 
 
3.1 ENVELHECIMENTO POPULACIONAL 
12 
 
 
 
 
O envelhecimento populacional, que vem crescendo nos países desenvolvidos 
e em desenvolvimento, inclusive de forma muito acelerada no Brasil, decorre de um 
processo durante a vida dos seres humanos envolvendo modificações nas questões 
políticas e socioeconômicas que originam alterações nos aspectos epidemiológicos e 
demográficos (PORCIÚNCULA et al. 2014). 
A transição demográfica se dá pela diminuição da taxa de mortalidade devido 
aos avanços da saúde, e posteriormente, pela diminuição da taxa de fecundidade com 
a modernização da sociedade ao implementar métodos contraceptivos. Isso gera um 
número maior de indivíduos envelhecendo ou idosos vivos, e assim, faz com que se 
tenha um aumento da expectativa de vida (CLOSS; SCHWANKE, 2012; 
VASCONCELOS; GOMES, 2012). 
De acordo com os indicadores de estrutura etária, fecundidade e mortalidade 
de 1950 a 2010, do IBGE, no Brasil ao longo das décadas a idade mediana passou 
de 18 para 27 anos. Outro dado que mostra a transição demográfica e aumento de 
idosos, é que a porcentagem de pessoas acima de 60 anos passou de 4,3% a 10,8%, 
e o índice de envelhecimento (número de pessoas com 60 ou mais anos de idade, 
para cada 100 pessoas menores de 15 anos de idade, na população residente em 
determinado espaço geográfico) ao longo dos anos cresceu de 10,3% a 44,8% 
(CLOSS; SCHWANKE,2012). Portanto, a população brasileira tem caminhado para o 
incremento do envelhecimento populacional e esses dados servem de alerta para a 
sociedade e o Estado. 
Alguns fatores têm influenciado para a população envelhecer, como a transição 
demográfica, com o deslocamento da população em massa para as zonas urbanas, a 
mudança de cultura entre as famílias com relação a número de filhos, aumento das 
mulheres no mercado de trabalho, o avanço da tecnologia que junto a saúde fez 
desenvolver diversas técnicas/métodos contraceptivos e tratamentos contra doenças 
(MIRANDA; MENDES; SILVA, 2016). 
Com esse processo acelerado vivenciado no Brasil, algumas implicações 
sociais, econômicas e de saúde tornam-se uma preocupação, visto que os idosos 
precisam de mais assistência em saúde, na qual tendem a ter um custo relevante e 
interferir na economia. Outra preocupação associada aos aspectos sociais diz respeito 
a visão da sociedade ao acolher o idoso, tratando-o com igualdade sem excluí-lo da 
vivência em comunidade para que isso não venha afetar o seu bem-estar e a saúde 
(DUCA et al. 2010). 
13 
 
 
 
 
3.2 INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA 
 
A ANVISA define como “Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI)- instituições governamentais ou não governamentais, de caráter residencial, 
destinada a domicílio coletivo de pessoas com idade igual ou superior a 60 anos, com 
ou sem suporte familiar, em condição de liberdade e dignidade e cidadania” (BRASIL, 
2005). 
As ILPI são normatizadas pela RDC 283/2005 da ANVISA, que determina o 
regulamento técnico para funcionamento das instituições, para garantir e assegurar 
aos idosos os direitos, prevenir os riscos associados a institucionalização, deliberar 
os critérios para funcionamento e monitoramento das instituições e para qualificar a 
prestação dos serviços públicos e privados desses locais. 
As ILPI podem ser do tipo governamental, sem fins lucrativos, onde o Estado 
acolhe, cuida e arca com os custos dos idosos de baixa renda que não tem condições 
financeiras e que necessitam da assistência. Há também a instituição filantrópica, sem 
fins lucrativos, que são mantidas muitas vezes pelas obras de caridade relacionada à 
Igreja ou instituições religiosas. E por fim, do tipo privada, com fim lucrativo, que tem 
crescido mais e se tornado uma saída para as famílias que precisam de um serviço 
melhor pelos idosos (CREUTZBERG; GONÇALVES; SOBOTTKA, 2007). 
O número de ILPI aumenta proporcionalmente com o envelhecimento 
populacional. Os idosos tendem a ser segmento populacional que necessita de 
assistência, que frequentemente as famílias não conseguem prestar precisamente. As 
ILPI, então, surgem como alternativas para essas famílias que precisam ofertar a seus 
familiares idosos, um cuidado capacitado e auxílio na execução de atividades básicas 
de vida diária (POLLO; ASSIS, 2008; SALCHER; PORTELLA; SCORTEGAGNA, 
2015). 
Para Lopes et al. (2018), existem determinados motivos que levam o idoso a 
institucionalização, dentre eles, o mais comum é quando o idoso tem uma relação 
frágil com sua família e apresenta um sentimento de que é um fardo para eles. Outros 
motivos são por morar sozinho, ter uma capacidade funcional afetada, falecimento do 
cônjuge, dificuldades financeiras, entre outros. 
 
3.3 ESTADO NUTRICIONAL DE IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS 
14 
 
 
 
 
O estado nutricional é influenciado pela institucionalização, visto que o idoso já 
apresenta mudança no seu perfil nutricional com o envelhecimento, e isso pode se 
agravar com a institucionalização. Uma vez que, esses locais contribuem para uma 
mudança da rotina, alteram a forma de se alimentar, de conviver socialmente. Esses 
fatores propiciam um comprometimento do estado nutricional do idoso (VOLPINI; 
FRANGELLA, 2013). 
Avaliar o estado nutricional do idoso é importante para que se entenda como 
anda o quadro de saúde, já que um idoso nutricionalmente adequado pode responder 
melhor às alterações vivenciadas durante o envelhecimento, diminuindo a incidência 
de doenças crônicas e retardando a perda de capacidade funcional, sendo importante 
para que a institucionalização não venha afetar de forma negativo a condição 
nutricional (MANTOVANI; VIEBIG; MORIMOTO, 2018). 
O estado nutricional dos idosos sofre alterações do envelhecimento, que 
podem ser agravados com o surgimento da obesidade, que é fator associado a 
doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), como diabetes, hipertensão e doenças 
cardiovasculares (SANTOS et al. 2013; SILVEIRA; KAC; BARBOSA, 2009). 
A desnutrição está associada à morbidade e diminuição da capacidade 
funcional em idosos, fatores que guardam relação com a mortalidade. Daí a 
importância do acompanhamento do idoso na institucionalização, já que ela traz 
consigo diversos fatores de risco que interferem no estado nutricional (DAMO et al. 
2018; FIDELIX; SANTANA; GOMES, 2013; REZENDA et al. 2010). 
 
3.4 AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL 
 
A importância de avaliar o estado nutricional dos idosos está relacionada a 
detecção precoce de possíveis alterações do estado nutricional. Por meio de 
informações socioeconômicas, antropométricas, dietéticas, bioquímicas e clínicas, é 
possível obter um diagnóstico de como se encontra o idoso e identificar quais os riscos 
ou necessidades presentes nesses indivíduos, para que, por meio disso, possam ser 
traçadas estratégias visando manter ou recuperar o estado nutricional do idoso 
(RAUEN et al. 2008; TAVARES et al. 2015). 
Os métodos para avaliação nutricional envolvem o consumo alimentar, os 
exames bioquímicos, semiologia e a antropometria. O consumo alimentar se faz 
necessário como instrumento para avaliar e monitorar a alimentação, devido ao 
crescente aumento de DCNT e deficiências ou excessos nutricionais (PEREIRA et al. 
15 
 
 
 
 
2020). Os exames bioquímicos são essenciais para o acompanhamento dos níveis 
séricos dos nutrientes, visto que é um método que identifica condições subclínicas 
(SAMPAIO, 2004). A semiologia em um atendimento deve ser considerada importante 
e minuciosa, uma vez que, por meio dela é detectável os sinais de deficiências 
nutricionais e qual nutriente pode estar relacionado a eles (ACUÑA e CRUZ, 2004). A 
antropometria, dentre os métodos de avaliação, é considerada o mais confiável e 
acessível que entrega um resultado satisfatório acerca do estado nutricional do idoso 
(SOUZA et al. 2013). 
A antropometria é um método que apresenta baixo custo, que fornece medidas 
físicas e de composição corporal com resultados rápidos e que é pouco invasivo 
(MENEZES; MARUCCI, 2005). Além disso, fornece indicadores essenciais para 
compreender a composição corporal e o estado nutricional do indivíduo (MELLO et al. 
2017). Ressalva-se, no entanto, a importância dessa avaliação ser realizada por uma 
pessoa treinada para minimizar erros de medida, o risco de um diagnóstico 
inadequado e, consequentemente, uma intervenção inadequada. 
Para a avaliação nutricional do idoso, obtém-se os principais indicadores 
antropométricos que se compreendem como, indicadores gerais de reserva 
energética-proteica que têm o Índice de Massa Corporal (IMC) e o Perímetro Braquial 
(PB), os indicadores de adiposidade que abordam o Perímetro da Cintura (PC), a 
porcentagem de Gordura Corporal (%GC), Área Gordurosa do Braço (AGB) e a Dobra 
Cutânea Tricipital (DCT), e por fim dos indicadores de muscularidade que envolvem o 
Perímetro Muscular do Braço (PMB) e o Perímetro da Panturrilha (PP) (LIMA, 2019). 
 
3.4.1 Indicadores gerais de reserva energético-proteico 
 
Com relação aos indicadores gerais de reserva energético-proteico, o IMC se 
apresenta como o mais utilizado, devido a fácil adaptação com as variações corporais 
dos indivíduos, possibilita uma compreensão do grau de nutrição do indivíduo e por 
ter relações com morbimortalidade (GRZEGORZEWSKA et al., 2016; LIMA, 2019; 
PEREIRA; SPYRIDES; ANDRADE, 2016). 
O IMC é calculado a partir da relação do peso e da estatura, que são duas 
medidas que contribuem para entender o estado nutricional. Além do mais, o peso 
serve de parâmetro para intervenções medicamentosas e dietéticas, sendo 
necessário em cálculos de gasto energético e necessidade de macronutrientes (LIMA, 
2019; RABITO et al., 2008). Devido a diminuição na capacidade de se mobilizar e de 
16 
 
 
 
 
equilíbrio, essas medidas podem se tornar difícil de realizar. Para isso, é necessário 
que se faça a estimativa de peso a partir da altura do joelho, perímetros, dobras 
cutâneas, sexo e idade (CHUMLEA et al., 1988; LIMA, 2019; RABITO et al., 2008). 
Com relação à estimativa da estatura, devido a rigidez articular dificultar o 
posicionamento apropriado dos membros, pode comprometer a mensuração da altura 
do joelho, meia envergadura do braço ou comprimento da ulna. Ressalta-se ainda, a 
importância da altura do joelho, que é a medida mais confiável para relacionar com a 
estatura em idosos (CHUMLEA; ROCHE; STEINBAUGH, 1985; KWOK; WHITELAW, 
1991; LIMA et al., 2018; LIMA, 2019; RABITO et al., 2008). 
O perímetro do braço, é um indicador que faz a medição de tudo que 
compreende a região horizontaldo braço, sendo a pele, gordura subcutânea, músculo 
e o osso. Portanto, à medida que se aumenta ou diminui as quantidades de gordura e 
músculo, interferem diretamente no resultado, não sendo indicado a sua avaliação 
isolada (LIMA, 2019; WHO, 1995). 
3.4.2 Indicadores de adiposidade e de distribuição de gordura corporal 
 
Para indicadores de adiposidade, a AGB pode ser obtida a partir de perímetro 
de braço e a dobra cutânea tricipital, não sendo utilizado o músculo presente no braço. 
Esse indicador pode ser classificado pelos percentis de NHANES III (1988 – 1994) e 
pontos de corte de Kuczmarski (2000). 
Com relação ao indicador da dobra cutânea tricipital, também é classificada 
pelos percentis e pontos de corte de de NHANES III (1988 – 1994) e pontos de corte 
de Kuczmarski (2000). Na DCT, é avaliado através da gordura subcutânea na região 
do músculo tricipital com o uso de um adipômetro. 
Já os indicadores de distribuição de gordura corporal, são utilizados para 
avaliar o risco cardiovascular, visto que a presença de níveis elevados de gordura 
visceral pode indicar um maior risco para o desenvolvimento de doenças 
cardiovasculares (WHO, 1995). O perímetro da cintura é o indicador frequentemente 
utilizado para avaliar esse risco, onde é feita a medição no ponto médio entre a última 
costela fixa e a parte superior da crista ilíaca na linha axilar média (LOHMAN; ROCHE; 
MARTORELL, 1988). 
 
3.4.3 Indicadores de muscularidade 
17 
 
 
 
 
Para os indicadores de muscularidade, entende-se que o perímetro muscular 
do braço e o perímetro da panturrilha são os mais utilizados para avaliação. O 
perímetro muscular do braço é obtido a partir de um cálculo que envolve as medidas 
da dobra cutânea tricipital e o perímetro do braço. Através dele é possível avaliar a 
quantidade muscular presente no braço de forma mais isolada, sendo classificada 
também de acordo com os percentis de NHANES III (1988 – 1994) e pontos de corte 
de Kuczmarski (2000). 
Já o perímetro da panturrilha, é considerado o marcador que apresenta maior 
sensibilidade para avaliar a massa muscular em idosos, pois indica se há alteração 
da massa magra que tende a ocorrer à medida que se aumenta a idade e também se 
diminui o nível de atividade física (PORTERO-MCLELLAN et al., 2010). Esse 
marcador é classificado como referente a perda muscular, quando o valor obtido está 
abaixo de 31cm (LOHMAN; ROCHE; MARTORELL, 1988; WHO, 1995). 
 
4 METODOLOGIA 
 
4.1 TIPO DE ESTUDO 
 
A pesquisa caracterizou-se por ser observacional com relação a posição do 
investigador, visto que não houve intervenção por parte do investigador. De acordo 
com a unidade de observação e análise, foi do tipo individualizado, acerca dos idosos 
residentes em uma ILPI no município de Caicó/RN. Por fim, no que diz respeito à 
dimensão temporal, foi caracterizado como sendo transversal, já que a produção e 
coleta dos dados realizou-se em um único momento no tempo. 
 
4.2 POPULAÇÃO DO ESTUDO E ASPECTOS ÉTICOS 
 
4.2.1 População do estudo 
 
O estudo foi realizado com idosos de uma ILPI no município de Caicó/RN, 
localizado no interior do estado, na região do Seridó. Com relação aos critérios de 
elegibilidade, foram incluídos no estudo todos os residentes que tinham idade igual ou 
superior a 60 anos e estiveram presentes no momento das etapas de coleta de dados. 
E foram excluídos aqueles que apresentaram membros amputados ou condições 
físicas diminuídas, como dificuldade de movimentar, levantar da cama e pós- 
18 
 
 
 
 
operatório que impossibilitaram a mensuração dos dados antropométricos. A pesquisa 
contou com um número de 34 idosos que residem na ILPI sem fins lucrativos. 
 
4.2.2 Aspectos éticos 
 
O projeto foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa do Campus de Santa 
Cruz, da Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi - da Universidade Federal do Rio 
Grande do Norte, e foi aprovado sob número CAAE 48263721.9.0000.5568. Ainda de 
acordo com a resolução CNS 466/12, todos os indivíduos e o responsável pela ILPI 
envolvidos na pesquisa, receberam explicações a respeito da pesquisa. Foram 
inclusos no estudo os idosos ou os responsáveis que assinaram o Termo de 
Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (Apêndice 1). 
 
4.3 PROCEDIMENTO PARA COLETA DOS DADOS 
 
A coleta de dados foi realizada por um estudante do curso de graduação em 
Nutrição, que passou por um treinamento prévio para tornar mínimo os possíveis erros 
durante a pesquisa. A coleta se deu no segundo semestre do ano de 2021, mais 
precisamente entre os meses de agosto e setembro. Compareceu-se à ILPI para a 
coleta dos dados e se fez uma segunda visita, a fim de minimizar perdas amostrais 
por ausência de residentes. 
Devido à pandemia de COVID-19 e o risco de contaminação, foi adotado um 
protocolo de biossegurança durante a coleta dos dados. Nesse sentido, o pesquisador 
responsável pela coleta dos dados estava vacinado e utilizou máscara PFF2 durante 
toda sua permanência na ILPI. Além disso, as avaliações foram realizadas de maneira 
individual e houve higienização das mãos e de equipamentos com álcool 70º a cada 
troca de voluntário da pesquisa. 
Previamente para a coleta dos dados foi elaborado um instrumento para auxiliar 
na coleta das informações. Esse instrumento contou com dados sociodemográficos e 
antropométricos. 
Em seguida, foi realizada a avaliação antropométrica com as medidas de peso, 
estatura, da panturrilha (PP) e braquial (PB), dobra cutânea tricipital (DCT) e 
subescapular (DCSE) e altura do joelho (AJ). 
Para a mensuração das medidas antropométricas foram utilizados um 
adipômetro científico Cescorf®, com precisão de 0,1 mm para as dobras cutâneas; 
19 
 
 
 
 
uma trena antropométrica (SANNY®) de 150 cm para as medidas de perímetros e um 
antropômetro de 100 cm para a altura do joelho. Todos os equipamentos foram 
conferidos antecipadamente à calibração dos pesquisadores, a fim de averiguar e 
garantir a precisão das medidas. 
As técnicas utilizadas para cada medida foram apresentadas abaixo (quadro 
1): 
 
Quadro 1: Técnicas realizadas para a antropometria. 
 
Perímetro da panturrilha 
(PP) 
Com o indivíduo sentado, a perna posicionada 
em 90° e a fita aplicada horizontalmente ao redor 
do perímetro máximo da panturrilha; 
Perímetro braquial (PB) Com o indivíduo em pé ou deitado, com o braço 
relaxado, no ponto médio entre o acrômio e 
olecrano; 
Dobra cutânea triciptal 
(DCT) 
Com o avaliador posicionado atrás do idoso, 
horizontalmente no ponto médio entre o acrômio 
e olecrano e verticalmente na linha de referência 
do músculo triciptal; 
Dobra cutânea 
subescapular (DCSE) 
Com o indivíduo de costas para o avaliador, dois 
dedos abaixo do ângulo inferior da escápula; 
Altura do joelho (AJ) Com o indivíduo sentado ou deitado formando 
um ângulo de 90º e o equipamento posicionado 
com uma extremidade na sola do pé e a outra 
acima da patela. 
 
Além das medidas, foi feito também a aferição do peso corporal dos idosos que 
conseguiam deambular, com uma balança portátil digital da marca Líder®, que foi 
posicionada no solo plano de modo que ajudasse os idosos a subir na balança e 
fornecesse dados corretos. 
A medição da estatura foi realizada com idosos que não apresentaram restrição 
de mobilidade, através de um estadiômetro portátil Caumaq® de 1,0 mm de precisão 
e base antiderrapante. Para a aferição foi posicionado o idoso no centro e abaixo do 
equipamento, com a cabeça disposta em plano de Frankfurt e sem adereços, onde se 
20 
 
 
 
 
fez a leitura da estatura mantendo o indivíduo posicionado e sem soltar a parte móvel 
do equipamento (LIMA, 2019). 
 
4.4 VARIÁVEIS DO ESTUDO 
 
Com relação ao Índice de Massa Corporal (IMC), para a obtenção do valor, é 
necessário fazer um cálculo: IMC = Peso (kg) / Altura² (m). Podendo ser classificado 
de acordo com Lipschitz (1994), como baixo peso com o IMC ≤ 22 kg/m²;eutrófico 
com IMC entre 22 kg/m² e 27 kg/m²; e excesso de peso com IMC ≥ 27 kg/m². 
Para estimar o peso, foram utilizadas equações (Quadro 2) que necessitaram 
de medidas referentes à altura do joelho (AJ), perímetro da panturrilha (PP) e do braço 
(PB), que se diferenciam para idosos com o PB menor ou igual a 27cm, ou PB maior 
que 27 (LIMA, 2019). 
Quadro 2: Equações para estimativa de peso em idosos. 
 
Público – alvo Equações preditivas 
PB ≤ 27 cm Peso (Kg) = (2,134 * PB) + (0,613 * PP) + (0,646 * AJ) + 
(0,061 * Idade) – (0,797 * Sexo) – 50,831 
PB > 27 cm Peso (Kg) = (1,031 * PB) + (1,424 * PP) + (1,227 * AJ) – 
(0,102 * Idade) – (1,826 * Sexo) – 59,226 
 
Para estimar a estatura, pode-se empregar medidas que compreendem a altura 
do joelho (AJ), com o sexo e a idade, e aplicar na seguinte equação (LIMA, 2019): 
Estatura (cm) = 58,845 – (SEXO * 2,757) – (IDADE * 0,182) + (AJ * 2,331) 
 
O perímetro do braço foi classificado segundo os percentis de NHANES III 
(1988 – 1994), em que foram utilizados os pontos de corte de Kuczmarski (2000) para 
avaliar o indicador de reserva energética. Onde: 
 Percentil: > 25 = eutrofia 
 Percentil: ≤ 25 = desnutrição 
 
Com relação ao perímetro muscular do braço (PMB), foi realizado um cálculo 
que envolve o perímetro do braço e a dobra cutânea tricipital. O cálculo foi feito da 
seguinte forma: 
21 
 
 
 
 
PMB (cm) = PB – [ π x (DCT ÷ 10)] 
 
Onde, π = 3,14; PMB = perímetro muscular do braço; PB = perímetro do braço. 
 
A classificação foi realizada segundo Kuczmarski (2000), em que se tem as 
seguintes classificações: 
 Percentil: > 25 = eutrofia 
 Percentil: ≤ 25 = desnutrição 
 
Para a dobra cutânea tricipital (DCT), a classificação se deu a partir dos 
percentis de NHANES III (1988 – 1994), onde se utilizou o valor obtido da 
antropometria de acordo com o sexo, e analisado dentro dos pontos de cortes 
indicados por de acordo com Kuczmarski (2000). 
 
A classificação foi obtida segundo Kuczmarski (2000), com as seguintes 
classificações: 
 Percentil: ≥ 75 = excesso de reserva adiposa 
 Percentil: 75 – 25 = eutrofia 
 Percentil: 10 – 25 = reduzida reserva adiposa 
 Percentil: < 10 = desnutrição 
 
Para o perímetro da panturrilha, foi utilizada a classificação de acordo com 
WHO (2011), na qual valores < 31cm são indicativos de perda de massa muscular. 
 
4.5 ANÁLISE DOS DADOS 
 
Os dados foram digitados no software Microsoft Office® Excel e transferidos 
para o IBM SPSS® 23.0 para Microsoft Windows®. Foi realizada análise descritiva 
para caracterização da população de estudo. Utilizou-se o teste t-Student para 
amostras independentes para verificar diferença de médias entre as variáveis 
antropométricas e o sexo dos idosos residentes. Em relação à faixa etária, os idosos 
foram divididos em dois grupos (idade ≤ 75 anos e > 75 anos). O teste t-Student para 
amostras independentes foi utilizado verificar diferença de médias entre as variáveis 
antropométricas e as categorias de faixa etária. Para todos os testes foi aceito como 
valor de significância p < 0,05. 
22 
 
 
 
 
5 RESULTADOS 
 
No momento da coleta de dados havia 41 residentes na ILPI. Desse total, 3 
recusaram a participação no estudo e 4 não apresentaram condições físicas mínimas, 
como levantar da cama, movimentar os membros e membro amputado, para 
participação, conforme critério de exclusão. A taxa de não-resposta do presente 
estudo foi de 17%. A população do estudo foi composta por 34 indivíduos idosos, 
sendo 32,4% do sexo masculino (n = 11) e 67,6% do sexo feminino (n = 23). 
A população de estudo teve idade média de 79,7 (8,3) anos. Estratificando a 
população por faixa etária, pode-se observar que a maioria dos indivíduos se 
encontram acima de 75 anos, sendo 67,6% ou n = 23, e 32,4% ou n = 11 abaixo de 
75 anos. 
As variáveis que caracterizam a população do estudo estão apresentadas na 
tabela 1. Os dados mostram que as únicas variáveis encontradas na pesquisa que 
apresentaram médias diferentes para ambos os sexos foram peso e estatura. Os 
homens apresentaram peso médio 10,2kg maior que o das mulheres. Com relação a 
estatura, os homens tiveram média de 13,3 cm maior que as mulheres. 
Tabela 1 – Características antropométricas da população de estudo, Abrigo 
Dispensário Walfredo Gurgel, 2021. 
 
 Todos Masculino Feminino 
Variável 
Média DP Média DP Média DP 
 
p-valor 
Peso (kg) 55,3 13,1 62,2 15,6 52,0 10,6 *0,032 
Estatura (cm) 150,7 9,5 159,7 7,4 146,4 7,1 *0,001 
IMC (kg/m²) 24,2 4,6 24,2 4,9 24,2 4,5 0,978 
DCT (mm) 17,4 6,3 15,6 5,3 18,3 6,7 0,262 
PB (cm) 24,6 4,2 25,6 4,4 24,1 4,2 0,332 
PP (cm) 30,9 4,9 31,9 3,5 30,4 5,4 0,403 
PMB (cm) 19,0 4,0 20,7 3,6 18,3 4,1 0,114 
Fonte: autoria própria; *: Valor estatisticamente significativo para diferença de médias entre 
os sexos masculino e feminino; DP = desvio padrão. 
A Tabela 2 apresenta a caracterização da população de estudo estratificando 
pela faixa etária de até 75 anos e acima de 75 anos. Os dados obtidos mostram que 
a variável peso apresentou média maior no grupo com idade menor que 75 anos. Uma 
23 
 
 
 
 
vez que a variável IMC é composta pelo peso e estatura, e a estatura média não teve 
diferença estatisticamente significativa, o IMC foi outra variável em que o grupo de 
idosos com menos de 75 anos obtiveram maior média. 
Tabela 2 – Características antropométricas da população de estudo segundo a faixa 
etária, Abrigo Dispensário Walfredo Gurgel, 2021. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: autoria própria; *: Valor estatisticamente significativo para diferença de médias entre o 
grupo com idade até 75 anos e o grupo com menos de 75 anos; DP = desvio padrão. 
A Tabela 3, mostra como estão classificados os indicadores do estado 
nutricional dos idosos de acordo com cada variável estudada. A classificação do IMC 
mostrou elevadas prevalências de excesso de peso e de magreza, coexistindo ambos 
os problemas na população de estudo. Em relação ao PB, a maior parte dos avaliados 
encontra-se desnutrido. 
O indicador de adiposidade trabalhado, DCT, evidencia prevalências elevadas 
de déficit de tecido adiposo e de excesso de reserva adiposa. Quanto aos indicadores 
de muscularidade, PP e PMB, observa-se valores elevados de indicativos de perda 
de massa muscular e de desnutrição. 
Tabela 3 - Classificação dos indicadores de estado nutricional, Abrigo Dispensário 
Walfredo Gurgel, 2021. 
 
Variável Categoria n % 
 Magreza 11 32,4 
IMC Eutrofia 10 29,4 
 Excesso de peso 13 38,2 
 Todos ≤ 75 > 75 
Variável 
Média DP Média DP Média DP 
p-valor 
Peso (kg) 55,3 13,1 62,1 17,1 52,0 9,5 *0,033 
Estatura (cm) 150,7 9,5 151,7 13,6 150,2 7,2 0,657 
IMC (kg/m²) 24,2 4,6 26,5 4,4 23,1 4,3 *0,040 
DCT (mm) 17,4 6,3 17,4 6,4 17,5 6,5 0,963 
PB (cm) 24,6 4,2 26,3 4,5 23,8 3,9 0,105 
PP (cm) 30,9 4,9 33,2 4,2 29,8 4,9 0,058 
PMB (cm) 19,0 4,0 20,8 4,2 18,2 3,8 0,094 
 
24 
 
 
 
 
PB 
Desnutrição 24 70,6 
Eutrofia 10 29,4 
 Desnutrição 3 8,8 
DCT 
Reduzida reserva adiposa 7 20,6 
Eutrofia 14 41,2 
 Excesso de reserva adiposa 10 29,4 
PP 
Perda de massa muscular 17 50 
Eutrofia 17 50 
PMB 
Desnutrição 28 82,4 
Eutrofia 6 17,6 
Fonte: autoria própria. 
 
6 DISCUSSÃO 
 
A partir da análise dos resultados, foi possível observar uma maior proporção 
de idosos do sexo feminino residentes nas ILPI. Estudo de Rosa, Roque e Gonçalves 
(2020) trouxe um levantamento do IBGE, no qual 56% da população brasileira 
corresponde ao sexo feminino, portanto já se espera um percentual maior de 
mulheres. Outro possível fator que pode estar associado ao resultado observado é a 
maior expectativa de vida presente nas mulheres, que tem sobrevida média de 3,5 
anos a mais que os homens (CAMARGOS; GONZAGA, 2015; CAMARGOS; 
GONZAGA; COSTA; BOMFIM, 2019). Estudos realizados em ILPI mostram 
resultadossemelhantes ao estudo atual (LACERDA et al. 2017; POLARO et al. 2012). 
Outro achado no presente estudo mostra que a média de idade dos idosos se 
encontra acima de 75 anos. Essa longevidade é característica da população brasileira 
atual, visto que as projeções mostram crescimento no número de idosos devido ao 
aumento na expectativa de vida do país (MIRANDA; MENDES; SILVA, 2016). Outro 
fator relacionado ao estudo, é a maior presença dos idosos sobrenvelhecidos nas 
ILPIs, que acontece devido a dependência criada pelo idoso com o envelhecimento e 
que recorre ao serviço dessas instituições em busca de ajuda (MEDEIROS, 2012). 
Estudos realizados trazem dados que comprovam isso, mostrando que 49% e 35,2% 
dos idosos de ILPIs estão na faixa etária acima de 80 anos (POLARO et al. 2012; 
ALVES; FORTES, 2021). 
A partir da análise dos dados na Tabela 1, foi possível perceber que os homens 
apresentam peso médio e estatura média maior que as mulheres. Como esperado, o 
25 
 
 
 
 
resultado observado seguiu o padrão, de que os homens apresentaram maior 
estatura, e consequentemente, maior peso que as mulheres. 
A partir da análise dos resultados na Tabela 2, foi possível observar o peso 
médio menor e o IMC médio menor no grupo com mais de 75 anos. Esses achados 
podem estar associados a diversos fatores, visto que são medidas relacionadas 
diretamente. Dentre os fatores, pode-se considerar as perdas funcionais, 
sedentarismo (MATOS et al. 2018), edentulismo (LOPES et al. 2021), redução de 
olfato, paladar (PEREIRA; COTTA; FRACESCHINI, 2006), problemas psicológicos 
relacionados a depressão, sensação de abandono (GUIMARÃES, 2019), polifarmácia 
(CORREIA; TESTON, 2020), e a alimentação da ILPI que diverge do hábito de vida 
do idoso (CARMARGOS et al. 2015). Estudo realizado em uma ILPI revelam 
sugestões parecidas ao estudo atual (SOUSA et al. 2014). 
Sabe-se que a diminuição do peso e IMC decorrente do menor consumo 
alimentar, tende a tornar o idoso mais fragilizado, com diminuição da imunidade e 
maior susceptibilidade a infecções aumentando o risco de mortalidade nesse 
segmento populacional (SANTOS; MACHADO; LEITE, 2010). Visto isso, é perceptível 
a importância de detectar de forma precoce as alterações no estado nutricional com a 
finalidade de proporcionar o cuidado específico voltado para a recuperação do EN dos 
idosos, a fim de evitar um prognóstico desfavorável (SANTOS; MACHADO; LEITE, 
2010). 
O IMC é um indicador que serve de base para chegar a um diagnóstico do 
estado nutricional do idoso. A partir da análise dos resultados da Tabela 3, foi possível 
identificar que o IMC mostrou elevada prevalência de excesso de peso e de magreza. 
Estudos realizados com idosos institucionalizados mostram resultados que 
corroboram com o presente estudo, no qual um apresentou 48,8% dos idosos em 
baixo peso (LIMA, 2020), e o outro com a prevalência de excesso de peso para ambos 
os sexos (ROSA; ROQUE; GONÇALVES, 2020). 
Outro achado, mostra que o PB apresentou maior prevalência de diagnóstico 
associado à desnutrição entre os idosos. Isso pode estar relacionado a diminuição de 
massa magra, que é perceptível durante a avaliação nutricional e que também pode 
estar presente mesmo em idosos com excesso de peso, como foi visto em estudos 
realizados (ROSA; ROQUE; GONÇALVES, 2020; OLIVEIRA et al. 2019). 
A variável DCT que serve de indicador para avaliar a distribuição de gordura 
corporal, apresentou a maioria dos idosos fora da classificação de eutrofia, tendo uma 
26 
 
 
 
 
porcentagem significativa de idosos com excesso de reserva adiposa. Schmidt et al. 
(2017), também apresentaram resultados semelhantes que mostraram maior 
prevalência de idosos fora da classificação de eutrofia, sendo os homens com maior 
percentual de excesso de adiposidade. 
A variável PP apresentou metade dos idosos com perda de massa muscular, 
sendo considerado um valor significativo e preocupante, visto que esse indicador está 
relacionado com a perda de capacidade funcional, mobilidade e mortalidade 
(PAGOTTO et al. 2018). Estudo realizado em ILPI apresentam resultados que se 
assemelham ao presente estudo, mostrando que cerca de 31% dos homens e 50% 
das mulheres indicaram depleção da massa muscular (ROSA; ROQUE; 
GONÇALVES, 2020). 
Por fim, a variável PMB também apresentou maior presença de desnutrição 
entre os idosos. Esse achado indica relação com a dificuldade que o idoso tem em 
desempenhar suas funções e o declínio da força, como pode ser visto em estudo 
realizado que indicou relação que corroboram com atual estudo (SCHMIDT et al. 
2017). 
Nesse contexto, pode-se caracterizar os idosos em uma dupla carga de má 
nutrição, na qual se apresenta indicadores com excesso de adiposidade e desnutrição 
ao mesmo tempo, ou seja, o idoso se encontra com diminuição da massa muscular e 
acúmulo de massa gorda, caracterizando como uma obesidade sarcopênica 
(SANTOS et al. 2017). Estudo realizado por Hollanda; Braga; Machado (2020), traz 
que a obesidade sarcopênica pode trazer malefícios para o idoso, interferindo na sua 
capacidade funcional, no envelhecimento ativo e saudável, aumentando a fragilidade 
e dependência nas suas atividades cotidianas. 
De acordo com Medeiros (2012), a capacidade funcional é vista como uma 
relação do cotidiano de vida dos idosos e como eles conseguem resolver e agir em 
suas vidas de forma autônoma. Ou seja, é a capacidade de conseguir fazer as 
atividades básicas de vida diária (tomar banho, alimentar-se, vestir-se) e as atividades 
instrumentais de vida diária (fazer compras, dirigir, tarefas domésticas). 
A perda de capacidade funcional está associada a desnutrição proteica e ao 
sedentarismo. Isso ocorre durante o envelhecimento, quando há uma perda gradativa 
de massa corpórea magra que causa diminuição da força muscular e, 
consequentemente, da sua capacidade funcional tornando o idoso incapaz de realizar 
27 
 
 
 
 
suas atividades diárias, fazendo com que ele venha a se tornar sedentário (JOBIM; 
JOBIM, 2015). 
Com isso, a morbimortalidade se torna um fator associado à perda da 
capacidade funcional, uma vez que, quanto mais o idoso se torna sedentário, mais 
riscos de doenças como depressão, obesidade, diabetes, hipertensão e doença 
arterial coronariana, relacionadas a baixa incidência de atividades físicas ele pode vir 
a adquirir (JOBIM; JOBIM, 2015). 
Por fim, o estudo apresenta limitações relacionadas a ausência de indicadores 
dietéticos e bioquímicos para subsidiar uma avaliação mais acurada e completa 
acerca do estado nutricional do idoso. Há limitação com relação a instituição ser 
filantrópica, localizada no interior do nordeste brasileiro, em um município polo na 
região. 
Assim, recomenda-se realizar o monitoramento da avaliação nesse público, a 
fim de prestar assistência necessária, especializada e em tempo hábil, para que seja 
possível a reversão das perdas ponderais. É imprescindível que se tenha atenção 
quanto ao cuidado nutricional e para isso ressalta-se a presença de um profissional 
nutricionista dentro das ILPI como forma de auxiliar nesse cuidado. 
 
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
A realização do presente estudo permitiu verificar que a maioria dos idosos 
residentes na ILPI avaliada encontra-se com desnutrição, a partir de indicadores 
gerais de reserva proteico-energéticas, de adiposidade e de muscularidade. Foi 
possível, ainda, verificar elevados percentuais de excesso de peso por meio do IMC 
e DCT, caracterizando uma dupla carga de má-nutrição. Dessa maneira, é importante 
que na rotina das ILPI aconteça o monitoramento longitudinal do estado nutricional, a 
fim de identificar precocemente desvios nutricionais, propiciando uma intervenção 
precoce, que reverta o estado nutricional dos residentes. 
28 
 
 
 
 
Anthropometric nutritional status of elderly residents in a long stay institution 
in the interior of Large Northern RiverAbstract: With the growth of population aging around the world, the need to pay more 
attention to the elderly has grown, since they have become increasingly vulnerable due 
to the changes they face during the aging process, leading to a decline in capacity 
functional and self-care. This makes families find ways to offer the elderly assistance 
related to the difficulties faced by this population segment, and the Long Stay 
Institutions for the Elderly (LSIE) are responsible for this. Objective: To evaluate the 
nutritional status of institutionalized elderly residents in a non-profit LSIE in the city of 
Caicó/RN. Methodology: This is an observational, individualized and cross-sectional 
study, where a sociodemographic questionnaire was applied and an anthropometric 
assessment was carried out in 34 elderly people. Results: There was a statistically 
significant difference for weight and height between genders, as well as for weight and 
BMI when compared with elderly people aged up to 75 years and over 75 years. A high 
prevalence of malnourished and with excess adiposity was observed. Conclusion: 
Malnutrition was verified through the general indicators of protein-energy reserve, 
adiposity and muscularity. High percentages of excess weight were observed through 
BMI and DCT, characterizing a double burden of malnutrition. 
Keywords: Aging. Long Stay Institutions for the Elderly. Malnutrition. Overweight. 
29 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
ACUÑA, Kátia; CRUZ, Thomaz. Avaliação do estado nutricional de adultos e idosos 
e situação nutricional da população brasileira. Arquivos Brasileiros de 
Endocrinologia & Metabologia, [S.L.], v. 48, n. 3, p. 345-361, jun. 2004. 
ALVES, Tamara Rodrigues; FORTES, Renata Costa. Avaliação nutricional de idosos 
residentes em instituições de longa permanência. Revista Brasilia Medica, v. 58, 
2021. 
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução da Diretoria Colegiada 
- RDC nº 283, de 26 de setembro de 2005. Regulamento Técnico que define normas 
de funcionamento para as Instituições de Longa Permanência para Idosos. 2005. 
BRASIL, Conselho Nacional de Saúde. Resolução n. 466 de 26 de setembro de 
2012. Diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres 
humanos. Brasil, 2012. 
BATISTA, Ana Luzia Araújo et al. Fatores de risco associados à perda dentária em 
idosos: uma revisão integrativa. Research, Society And Development, [S.L.], v. 10, 
n. 11, p. 1-11, 5 set. 2021. 
CAMARGOS, Mirela Castro Santos; GONZAGA, Marcos Roberto. Viver mais e 
melhor? Estimativas de expectativa de vida saudável para a população 
brasileira. Cadernos de Saúde Pública, [S.L.], v. 31, n. 7, p. 1460-1472, jul. 2015. 
CAMARGOS, Mirela Castro Santos et al. Estimativas de expectativa de vida livre de 
incapacidade funcional para Brasil e Grandes Regiões, 1998 e 2013. Ciência & 
Saúde Coletiva, [S.L.], v. 24, n. 3, p. 737-747, mar. 2019. 
CAMARGOS, Mirela Castro Santos et al. Aspectos relacionados à alimentação em 
Instituições de Longa Permanência para Idosos em Minas Gerais. Cadernos Saúde 
Coletiva, [S.L.], v. 23, n. 1, p. 38-43, mar. 2015. 
CAMPOS, Marta Alice Gomes et al. Estado nutricional e fatores associados em 
idosos. Rev. Assoc. Med. Bras., Minas Gerais, v. 52, n. 4, p. 214-21, 2006. 
CHUMLEA, W. C. et al. Prediction of body weight for the nonambulatory elderly from 
anthropometry. Journal of the American Dietetic Association, [s. l.], 1988. 
CHUMLEA, W. C.; ROCHE, A. F.; STEINBAUGH, M. L. Estimating stature from knee 
height for persons 60 to 90 years of age. Journal of the American Geriatrics 
Society, [s. l.], v. 33, n. 2, p. 116–120, 1985. 
CHUMLEA, Wm. Camero. et al. Stature prediction equations for elderly non- 
Hispanic white, non-Hispanic black, and Mexican-American persons developed 
from NHANES III data.Journal of the American Dietetic Association, 1998. 
CLOSS, Vera Elizabeth; SCHWANKE, Carla Helena Augustin. A evolução do índice 
de envelhecimento no Brasil, nas suas regiões e unidades federativas no período de 
1970 a 2010. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, [S.L.], v. 15, n. 3, p. 
443-458, set. 2012. 
CORREIA, Wellington; TESTON, Ana Paula Margioto. Aspectos relacionados à 
polifarmácia em idosos: um estudo de revisão/aspects related to polypharmacy in the 
30 
 
 
 
 
elderly. Brazilian Journal Of Development, [S.L.], v. 6, n. 11, p. 93454-93469, 
2020. 
CREUTZBERG, Marion; GONÇALVES, Lúcia Hisako Takase; SOBOTTKA, Emil 
Albert. The economic survival of long stay institutions for impoverished aged 
people. Revista Latino-Americana de Enfermagem, [S.L.], v. 15, n. , p. 748-754, 
out. 2007. 
CREUTZBERG, Marion; GONÇALVES, Lucia Hisako Takase; SOBOTTKA, Emil 
Albert. Instituição de longa permanência para idosos: a imagem que 
permanece. Enfermagem, [S.L.], v. 17, n. 2, p. 273-279, jun. 2008. 
DAMO, Cássia Cassol et al. Risk of malnutrition and associated factors in 
institutionalized elderly persons. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, 
[S.L.], v. 21, n. 6, p. 711-717, dez. 2018. 
DUCA, Giovâni Firpo del et al. Hospitalização e fatores associados entre residentes 
de instituições de longa permanência para idosos. Cadernos de Saúde Pública, 
[S.L.], v. 26, n. 7, p. 1403-1410, jul. 2010. 
FAGUNDES, Karolina Vitorelli Diniz Lima et al. Entidades de larga permanencia 
como alternativa para acoger adultos mayores. Revista de Salud Pública, [S.L.], v. 
19, n. 2, p. 210-214, 1 mar. 2017 
FIDELIX, Marcia Samia Pinheiro; SANTANA, Anatacha Ferreira de França; GOMES, 
Jessica Rodrigues. Prevalência de desnutrição hospitalar em idosos. Rev. da 
Assoc. Bras. de Nutrição, [S.L], v. 5, n. 1, p. 60-68, jan-jun. 2013. 
GRZEGORZEWSKA, Agata et al. Proper BMI ranges for the elderly in the context of 
morbidity, mortality and functional status. GERONTOLOGIA POLSKA, [s. l.], 2016. 
GUIMARÃES, Lara de Andrade et al. Sintomas depressivos e fatores associados em 
idosos residentes em instituição de longa permanência. Ciência & Saúde Coletiva, 
[S.L.], v. 24, n. 9, p. 3275-3282, set. 2019. 
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Indicadores de 
estrutura etária, fecundidade e mortalidade de 1950 a 2010. Disponível em: 
https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv42597.pdf 
HOLLANDA, Bárbara Carvalho de; BRAGA, Vanessa Augusta Souza; MACHADO, 
Renata Evangelista Tavares. Impacto da obesidade sarcopênica na capacidade 
funcional de idosos. Revista de Enfermagem Ufpe On Line, [S.L.], v. 14, n. 2, p. 1- 
10, 21 fev. 2020. Revista de Enfermagem, UFPE Online. 
JOBIM, Fátima Angelina Rondis da Cruz; JOBIM, Eduardo Furtado da Cruz. 
UNOPAR Cient. Ciênc. Biol. Saúde, Londrina, v. 17, n. 4, nov. 2015. 
KWOK, T.; WHITELAW, M. N. The use of armspan in nutritional assessment of the 
elderly. Journal of the American Geriatrics Society, [s. l.], v. 39, n. 5, p. 492–496, 
1991. 
KUCZMARSKI, Marie Fanelli; KUCZMARSKI, Robert J.; NAJJAR, Matthew. 
Descriptive anthropometric reference data for older Americans. Journal of the 
American Dietetic Association, [s. l.], 2000. 
31 
 
 
 
 
LACERDA, Tatiana Teixeira Barral de et al. Characterization of long-term care 
facilities for the elderly in the metropolitan region of Belo Horizonte. Revista 
Brasileira de Geriatria e Gerontologia, [S.L.], v. 20, n. 6, p. 743-753, dez. 2017. 
LIMA, Marcos Felipe Silva De et al. Estimating the height of elderly nursing home 
residents: Which equation to use? Plos One, [s. l.], v. 13, n. 10, p. e0205642, 2018. 
LIMA, Marcos Felipe Silva de. Estado nutricional antropométrico, desenvolvimento e 
validação de equações para a estimativa de peso e estatura em idosos 
institucionalizados. 2019. 118f. Tese (Doutorado em Saúde Coletiva) - Centro de 
Ciências da Saúde, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2019. 
LIMA, Caliana Rocha. Impacto da desnutrição na qualidade de vida de idosos 
institucionalizados no município de Itabuna-BA. 2020. Dissertação (Mestrado) – 
Curso de Bioengenharia, UniversidadeBrasil, São Paulo, 2020. 
LIPSCHITZ, D. A. Screening for nutritional status in the elderly. Primary care, [s. l.], 
1994. 
LOHMAN, Timothy G.; ROCHE, Alex F.; MARTORELL, Reynaldo. Anthropometric 
standardization reference manual. Champaign, IL: Human Kinetics Books, 1988. 
LOPES, Valderina Moura et al. O que levou os idosos à institucionalização? Revista 
de Enfermagem Ufpe On Line, [S.L.], v. 12, n. 9, p. 2428-2435, 8 set. 2018. 
MANTOVANI, Luisa Montone; VIEBIG, Renata Furlan; MORIMOTO, Juliana Masami. 
Associação entre estado nutricional e vulnerabilidade em idosos institucionalizados. 
Rev. Bras. de Nutri. Parenteral e Enteral, [S.L], v. 33, n. 2, p. 181-187, jan. 2018. 
MARIN, Maria José Sanches et al. Compreendendo a história de vida de idosos 
institucionalizados. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, [S.L.], v. 15, n. 
1, p. 147-154, 2012 
MARQUES, Ana Paula de Oliveira et al. Envelhecimento, obesidade e consumo 
alimentar em idosos. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, [S.L.], v. 10, 
n. 2, p. 231-242, ago. 2007. 
MATOS, Fernanda Souza et al. Redução da capacidade funcional de idosos 
residentes em comunidade: estudo longitudinal. Ciência & Saúde Coletiva, [S.L.], v. 
23, n. 10, p. 3393-3401, out. 2018. 
MEDEIROS, Paulo. Como estaremos na velhice? Reflexões sobre envelhecimento e 
dependência, abandono e institucionalização. POLÊM!CA, [S.I.], v. 11, n. 3, p. 439 – 
453, ago. 2012. Disponível em: < https://www.e- 
publicacoes.uerj.br/index.php/polemica/article/view/3734/2616> Acesso em: 09 fev. 
2022. 
MELLO, Amanda de Carvalho et al. Consumo alimentar e antropometria 
relacionados à síndrome de fragilidade em idosos residentes em comunidade de 
baixa renda de um grande centro urbano. Cadernos de Saúde Pública, [S.L.], v. 33, 
n. 8, p. 1-12, 21 ago. 2017. 
MENEZES, Tarciana Nobre de; MARUCCI, Maria de Fátima Nunes. Antropometria 
de idosos residentes em instituições geriátricas, Fortaleza, CE. Revista de Saúde 
Pública, [S.L.], v. 39, n. 2, p. 169-175, abr. 2005. 
32 
 
 
 
 
MIRANDA, Gabriella Morais Duarte; MENDES, Antonio da Cruz Gouveia; SILVA, 
Ana Lucia Andrade da. Population aging in Brazil: current and future social 
challenges and consequences. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, 
[S.L.], v. 19, n. 3, p. 507-519, jun. 2016. 
OLIVEIRA, Victor Batista. et al. Risco cardiovascular, indicadores antropométricos e 
mini avaliação nutricional reduzida: associação com índice de massa corporal na 
avaliação nutricional de idosos. Nutrición Clínica y Dietética Hospitalaria, v. 39, n. 
1, p. 69-75, 2019. 
PAGOTTO, Valéria et al. Circunferência da panturrilha: validação clínica para 
avaliação de massa muscular em idosos. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 71, 
n. 2, p. 343-350, 2018. 
PEREIRA, Bruna Padilha et al. Consumo alimentar e multimorbidade entre idosos 
não institucionalizados de Pelotas, 2014: estudo transversal *. Epidemiologia e 
Serviços de Saúde, [S.L.], v. 29, n. 3, p. 1-15, jun. 2020. 
PEREIRA, Ingrid Freitas da Silva; SPYRIDES, Maria Helena Constantino; 
ANDRADE, Lára de Melo Barbosa. Estado nutricional de idosos no Brasil: uma 
abordagem multinível. Cadernos de Saúde Pública, [S.L.], v. 32, n. 5, p. 1-12, 
2016. 
PEREIRA, Renata Junqueira; COTTA, Rosangela Minardi Mitre; FRANCESCHINI, 
Sylvia do Carmo Castro. Fatores associados ao estado nutricional no 
envelhecimento. Rev. Med. Minas Gerais, [S.L.], v. 16, n. 3, p. 160-164, set. 2006. 
PERLINI, Nara Marilene O. Girardon; LEITE, Marinês Tambara; FURINI, Ana 
Carolina. Em busca de uma instituição para a pessoa idosa morar: motivos 
apontados por familiares. Revista da Escola de Enfermagem da Usp, [S.L.], v. 41, 
n. 2, p. 229-236, jun. 2007. 
POLARO, Sandra Helena Isse et al. Idosos residentes em instituições de longa 
permanência para idosos da região metropolitana de Belém-PA. Revista Brasileira 
de Geriatria e Gerontologia, [S.L.], v. 15, n. 4, p. 777-784, dez. 2012. 
POLLO, Sandra Helena Lima; ASSIS, Mônica de. Instituições de longa permanência 
para idosos - ILPIS: desafios e alternativas no município do rio de janeiro. Revista 
Brasileira de Geriatria e Gerontologia, [S.L.], v. 11, n. 1, p. 29-44, abr. 2008. 
PORCIÓNCULA, Rita de Cássia Román da et al. Perfil socioepidemiológico e 
autonomia de longevos em Recife-PE, Nordeste do Brasil. Revista Brasileira de 
Geriatria e Gerontologia, [S.L.], v. 17, n. 2, p. 315-325, 2014. 
PORTERO-MCLELLAN, Kátia Cristina et al. The use of calf circumference 
measurement as an anthropometric tool to monitor nutritional status in elderly 
inpatients. Journal of Nutrition, Health and Aging, [s. l.], 2010. 
RABITO, E. I. et al. Validation of predictive equations for weight and height using a 
metric tape. Nutricion Hospitalaria, [s. l.], v. 23, n. 6, p. 614–618, 2008. 
RAUEN, Michelle Soares et al. Avaliação do estado nutricional de idosos 
institucionalizados. Revista de Nutrição, [S.L.], v. 21, n. 3, p. 303-310, jun. 2008. 
REZENDE, Edna Maria et al. Mortalidade de idosos com desnutrição em Belo 
Horizonte, Minas Gerais, Brasil: uma análise multidimensional sob o enfoque de 
33 
 
 
 
 
causas múltiplas de morte. Cadernos de Saúde Pública, [S.L.], v. 26, n. 6, p. 1109- 
1121, jun. 2010. 
ROSA, Ana Carolina Soares; ROQUE, Jéssica Ribeiro; GONÇALVES, Danielle 
Raquel. Estado nutricional de idosos residentes em instituição geriátrica e a relação 
com o consumo alimentar. Rev. Contexto & Saúde, [S.I.], v. 20, n. 41, p. 25 – 35, 
dez. 2020. 
SALCHER, Eduarda Brum Guedes; PORTELLA, Marilene Rodrigues; 
SCORTEGAGNA, Helenice de Moura. Cenários de instituições de longa 
permanência para idosos: retratos da realidade vivenciada por equipe 
multiprofissional. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, [S.L.], v. 18, n. 2, 
p. 259-272, jun. 2015. 
SAMPAIO, Lílian Ramos. Avaliação nutricional e envelhecimento. Revista de 
Nutrição, [S.L.], v. 17, n. 4, p. 507-514, dez. 2004. 
SANTOS, Rodrigo Ribeiro dos et al. Obesity in the elderly. Revista Médica de 
Minas Gerais, [S.L.], v. 23, n. 1, p. 64-73, 2013. 
SANTOS, Vanessa Ribeiro. Obesidade, sarcopenia, obesidade sarcopênica e 
mobilidade reduzida em idosos brasileiros com 80 anos ou mais. Einstein, v. 15, n. 
4, p. 435-40, ago., 2017. 
SANTOS, Ana Cecilia Oliveira dos; MACHADO, Myrtes Maria de Oliveira; LEITE, 
Elder Machado. Envelhecimento e alterações do estado nutricional. Geriatria & 
Gerontologia, v. 4, n. 3, p. 168-175, 2010. 
SCHMIDT, Leucinéia et al. Avaliação nutricional de idosos institucionalizados de 
uma ILPI do interior do estado do Rio Grande do Sul. RBCEH, v. 14, n. 1, p. 83-93, 
abr. 2017. 
SILVA, Juliana Lourenço et al. Fatores associados à desnutrição em idosos 
institucionalizados. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, [S.L.], v. 18, n. 
2, p. 443-451, jun. 2015. 
SILVEIRA, Erika Aparecida; KAC, Gilberto; BARBOSA, Larissa Silva. Prevalência e 
fatores associados à obesidade em idosos residentes em Pelotas, Rio Grande do 
Sul, Brasil: classificação da obesidade segundo dois pontos de corte do índice de 
massa corporal. Cadernos de Saúde Pública, [S.L.], v. 25, n. 7, p. 1569-1577, jul. 
2009. 
SOUSA, Kamilla Tavares de et al. Baixo peso e dependência funcional em idosos 
institucionalizados de Uberlândia (MG), Brasil. Ciência & Saúde Coletiva, [S.L.], v. 
19, n. 8, p. 3513-3520, ago. 2014. 
SOUZA, Raphaela et al. Avaliação antropométrica em idosos: estimativas de peso e 
altura e concordância entre classificações de imc. Revista Brasileira de Geriatria e 
Gerontologia, [S.L.], v. 16, n. 1, p. 81-90, mar. 2013. 
TAVARES, Elda Lima; SANTOS, Débora Martins dos; FERREIRA, Aline Alves; 
MENEZES, Maria Fátima Garcia de. Avaliação nutricional de idosos: desafios da 
atualidade. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, [S.L.], v. 18, n. 3, p. 
643-650, set. 2015. 
34 
 
 
 
 
VASCONCELOS, Ana Maria Nogales; GOMES, Marília Miranda Forte. Transição 
demográfica: a experiência brasileira. Epidemiologia e Serviços de Saúde,[S.L.], 
v. 21, n. 4, p. 539-548, dez. 2012. 
VERAS, Renato Peixoto; OLIVEIRA, Martha. Envelhecer no Brasil: a construção de 
um modelo de cuidado. Ciência & Saúde Coletiva, [S.L.], v. 23, n. 6, p. 1929-1936, 
jun. 2018. 
VERAS, Renato P.; RAMOS, Luiz Roberto; KALACHE, Alexandre. Crescimento da 
população idosa no Brasil: transformações e conseqüências na sociedade. Revista 
de Saúde Pública, [S.L.], v. 21, n. 3, p. 225-233, jun. 1987. 
VOLPINI, Milena Maffei; FRANGELLA, Vera Silvia. Avaliação nutricional de idosos 
institucionalizados. Einstein (São Paulo), [S.L.], v. 11, n. 1, p. 32-40, mar. 2013. 
WACHHOLZ, Patrick Alexander; RODRIGUES, Sueleen Cristiane; YAMANE, Roseli. 
Estado nutricional e a qualidade de vida em homens idosos vivendo em instituição 
de longa permanência em Curitiba, PR. Revista Brasileira de Geriatria e 
Gerontologia, [S.L.], v. 14, n. 4, p. 625-635, 2011. 
WHO. Physical status: the use and interpretation of anthropometry. Report of a 
WHO Expert Committee.World Health Organization technical report series, 
1995. a. 
WHO. Physical status: The use and interpretation of anthropometryWorld 
Health Organization technical report series, 1995. b. 
WORLD HEALTH ORGANIZATION. Obesity: preventing and managing the global 
epidemic. Report of a WHO consultation. World Health Organization - Technical 
Report Series, [s. l.], 2000.

Continue navegando