Qualidade-Higienico-SanitaIüria-de-carne-de-frango-in-natura-comercializada-no-municiIüpio-de-Santa-CruzRN

Prévia do material em texto

1	
  
	
  
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE 
FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DO TRAIRI 
GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RAFAEL VICTOR VIEIRA DE MELO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Qualidade Higiênico Sanitária de carne de frango in natura comercializada no 
município de Santa Cruz/RN 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SANTA CRUZ 
2016 
2	
  
	
  
 RAFAEL VICTOR VIEIRA DE MELO 
 
 
 
Qualidade Higiênico Sanitária de carne de frango in natura comercializada no 
município de Santa Cruz/RN 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Artigo Científico apresentado Faculdade 
de Ciências da Saúde do Trairi da 
Universidade Federal do Rio Grande do 
Norte, para obtenção do título de 
Graduação em Nutrição. 
 
Orientador: Edvaldo Vasconcelos de 
Carvalho Filho 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SANTA CRUZ 
2016 
3	
  
	
  
 
 
 
 
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
 
 
 
 
4	
  
	
  
RAFAEL VICTOR VIEIRA DE MELO 
 
Qualidade Higiênico Sanitária de carne de frango in natura comercializada 
no município de Santa Cruz/RN 
 
 
Artigo Científico apresentado 
Faculdade de Ciências da Saúde do 
Trairi da Universidade Federal do 
Rio Grande do Norte, para obtenção 
do título de Graduação em Nutrição. 
 
 
 
Aprovado em: 09 de junho de 2016. 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
 
Prof. Dr. Edvaldo Vasconcelos de Carvalho Filho – Orientador 
Universidade Federal do Rio Grande do Norte 
 
 
Profa. Ms. Katya Anaya Jacinto Lopes - Membro da banca 
Universidade Federal do Rio Grande do Norte 
 
 
Profa. Dra. Ediane Maria Gomes Ribeiro – Membro da banca 
Universidade Federal do Rio Grande do Norte 
 
 
 
 
 
5	
  
	
  
AGRADECIMENTOS 
 
A Deus por ter me dado saúde e força para superar as dificuldades. 
 
 
À minha esposa Ingrid, pelo incentivo, paciência e compreensão nos 
momentos mais importantes. 
 
 
Aos meus pais José Antônio e Marineide, pelo amor e apoio. 
 
 
Meus agradecimentos a Jéssyca Camila e Luís Otávio, companheiros de 
trabalho e na amizade que fizeram parte da minha formação. 
 
 
Ao Prof. Dr. Edvaldo pela oportunidade e apoio na elaboração deste 
trabalho. 
 
 
A todos que direta ou indiretamente fizeram parte da minha formação, о 
meu muito obrigado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6	
  
	
  
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“A persistência é o menor caminho do êxito”. (Charles Chaplin) 
7	
  
	
  
LISTA DE TABELAS 
 
Tabela 1 Contagem total de microrganismos aeróbios mesófilos em peito 
de frango........................................................................................... 
13 
Tabela 2 Número mais provável de coliformes totais em peito de frango....... 14 
Tabela 3 Número mais provável de coliformes termotolerantes em peito de 
frango................................................................................................ 
14 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
	
  
8	
  
	
  
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO..................................................................................... 10 
2 MATERIAIS E MÉTODOS................................................................... 11 
2.1 COLETA DA AMOSTRA...................................................................... 11 
2.2 MÉTODOS........................................................................................... 11 
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO.......................................................... 13 
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................ 16 
 REFERÊNCIAS................................................................................... 17 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9	
  
	
  
Qualidade Higiênica Sanitário da carne de frango in naturacomercializado 
no município de Santa Cruz/RN 
 
Rafael Victor Viera de Melo1 
 
Resumo:No contexto atual em que se enfatiza a produção de alimentos em 
larga escala, a criação de aves desponta como uma atividade rentável. A 
avicultura de corte garante ao país posição de destaque no cenário mundial e 
em 2004 tornou-se o maior exportador, à frente dos Estados Unidos da 
América. No entanto esse aumento ocorreu devido a mudanças significativas 
nos hábitos alimentares da população, que muito contribuiu para um crescente 
aumento do mercado. Com isso é de grande importância a análise 
microbiológica da carne de frango, sendo uma forma de assegurar ao 
consumidor um produto com qualidade, coerente com o que a legislação 
sanitária vigente. O presente trabalho teve como objetivo analisar a qualidade 
microbiológica de carne de frango in natura comercializada em alguns pontos 
do município de Santa Cruz/RN. Logo, foram realizadas análises de bactérias 
Aeróbias mesófilas, Coliformes Totais e Termotolerantes, Escherichia coli, 
Staphylococcus aureus e Salmonella spp. De acordo com os resultados obtidos 
pode-se verificar que as amostras apresentaram um elevado nível de 
contaminaçãopor bactérias aeróbias mesófilas, coliformes totais e 
termotolerantes. Para Staphylococcus aureus, as amostras apresentaram-se 
isentas. Em relação à Salmonellasppe aEscherichia coli, ambas estavam 
presentes em 100% das amostras. Perante os resultados obtidos no presente 
estudo, pode-se perceber que as amostras de peito de frango comercializadas 
no comercio varejista do município de Santa Cruz– RN não apresentam 
qualidade higiênico-sanitária satisfatória, demonstrando desta forma um 
produto com um elevado risco de causar intoxicação alimentar aos 
consumidores. 
 
Palavras-chave: Analise microbiológica.Intoxicação alimentar. Frango. 
	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  
1 Graduando do curso de Nutrição da Universidade Federal do Rio Grande do Norte 
10	
  
	
  
1INTRODUÇÃO 
 
No contexto atual em que se enfatiza a produção de alimentos, a criação 
de aves desponta como uma atividade rentável. Sendo a produção de frangos 
de corte uma atividade simples que por meio da introdução de novas técnicas 
de nutrição, o melhoramento genético, manejo e controle sanitário permitem a 
obtenção de índices elevados de resultado visando à diversificação na 
produção (LIMA et al., 2013). 
O consumo de carne de frango tem aumentado substancialmente nas 
últimas décadas, dando posição de destaque ao Brasil como um dos maiores 
produtores mundiais de carne de aves. Com isso, vem crescendo a 
preocupação com a qualidade deste produto, em especial pelas implicações 
com toxinfecções alimentares (VIEIRA, 2000). 
A avicultura de corte garante ao país posição de evidência no cenário 
mundial e em 2004 tornou-se o maior exportador, à frente dos Estados Unidos 
da América, bem como o terceiro maior produtor, à frente da União Europeia 
(MIELE; GIROTTO, 2010). No ano de 2014, a produção de frangos alcançou 
mais de 12 milhões de toneladas, com um total 67,7% destinado para o 
consumo interno e 32,3% para o externo. Deste modo, o Brasil alcançou o 
posto de maior exportador mundial de frangos (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA 
DE PROTEÍNA ANIMAL, 2015). 
Esse aumento na produção ocorreu devido a mudanças significativas 
nos hábitos alimentares da população, que muito contribuiu para um crescente 
aumento do mercado, frisando a imagem da carne de frango como um produto 
nutritivo e saudável. Porém vale ressaltar que há algumas restrições quanto ao 
seu preparo e manuseio, onde a má utilização do produto pode resultar em 
doenças alimentares (OLIVEIRA; SALVADOR, 2011). 
Com isso é de grande importância à análise microbiológica da carne de 
frango, sendo uma forma de assegurar ao consumidor um produto com 
qualidade, coerente com o que a legislação vigente regulamentada. 
Assim, tendo em vista que a demanda porcarne de frango tem crescido 
nos últimos anos, e considerando o limitado número de estudos científicos na 
região do Trairi, torna-se relevante e oportuna a realização do presente estudo. 
11	
  
	
  
Deste modo o presente trabalho teve como objetivo analisar a qualidade 
microbiológica da carne de frangoin natura comercializada no comercio 
varejista de frango do município de Santa Cruz/RN. 
 
2MATERIAIS E MÉTODOS 
 
2.1 COLETA DA AMOSTRA 
 
Foram coletadasduas amostras emdoispontos de comercio varejista de 
frangoin natura localizadas no município de Santa Cruz – RN. As amostras 
(carne de peito de frango) foram coletadas em recipientes estéreis e 
apresentavam-se em temperatura ambiente, após a obtenção das amostras, as 
mesmas foram encaminhadas para o Laboratório de Microbiologia de 
Alimentos da Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi - FACISA, onde foram 
submetidas à análise microbiológica realizada em duplicata. 
 
2.2 MÉTODOS 
 
Contagem total de aeróbios mesófilos em placas, a qual foi obtida por 
meio de 25g da amostra homogeneizada em 225mL de solução salina 
peptonada, a partir das quais se realizou diluições decimais seriadas em 
solução salina peptonada, da ordem de 10-1 a 10-3, sendo alíquotas de 0,1 mL 
semeadas em superfície (spread plate) individualmente em duplicatas em 
placas de Petri contendo aproximadamente 20 mL de Ágar Padrão para 
Contagem (PCA). Após o processo, as placas foram incubadas em posição 
invertida em estufa bacteriológica a 35±1oC/48±2h(SILVA et al., 2010). 
Contagem de Coliformes Totais, Termotolerantes e Escherichia coli: A 
partir de 25g de amostra homogeneizada em 225mL de solução salina 
peptonada, realizou-se diluições seriadas também na ordem de 10-1 a 10-3 no 
mesmo tipo de solução. Destas diluições realizaram-se novas diluições em 
caldo Lauril Sulfato triptose (LST) para o teste presuntivo, incubando-se os 
12	
  
	
  
tubos em estufa bacteriológica a 35±0,5oC/24-48±2h, e posteriormente, 1 
alçada dos tubos com crescimento e produção de gás foi retirada e inoculada 
em caldo E.coli (EC) para o teste confirmativo de coliformes termotolerantes 
em 45,5±0,2oC/24±2h em banho-maria, e 1 alçada foi retirada e inoculada em 
caldo Verde Brilhante Bile (VB) a 35±0,5oC/24-48±2h em estufa bacteriológica 
para o teste confirmativo de coliformes totais. Para a pesquisa de E.coli, 
retirou-se uma alçada dos tubos confirmativos de coliformes termotolerantes, e 
destes realizou-se estrias de esgotamento em placas de Petri contendo Ágar 
Levine Eosina Azul de Metileno (L-EMB), os quais ficaram incubados a 
35ºC/24h. As placas que apresentaram colônias típicas tiveram uma alçada 
retirada, inoculando-a em Ágar Citrato de Simons e incubando-a a 35ºC/96h 
para o teste de citrato (SILVA et al., 2010). 
Na detecção de Salmonella spp. realizou-se o pré-enriquecimento, com 
a incubação de 25g de amostra por pelo menos 18 horas a 37ºC±1ºC. Em 
seguida, o enriquecimento em dois tipos de caldo seletivo, o Tetrationato e 
Selenito Cistina, sendo inoculados 1 mL e 0,1mL respectivamente e incubados 
a 37ºC±1ºC/24±3h e 41,5±1ºC/24±3h, respectivamente. O plaqueamento 
seletivo diferencial foi realizado com os meios de Ágar Entérico de Hectoen e 
Ágar Verde Brilhante, e incubou-se a 37ºC±1ºC/24±3h. Isolou-se 1 colônia 
formada de cada meio para o teste bioquímico e confirmação das colônias 
suspeitas do microrganismo em Ágar Tríplice AçúcarFerro (TSI) (SILVA et al., 
2010). 
A análise de Staphylococcus aureus coagulase positivo ocorreu 
utilizando-se 25g da amostra homogeneizada em 225mL de solução salina 
peptonada, a partir das quais se realizou diluições decimais seriadas em 
solução salina peptonada, da ordem de 10-1 a 10-3, sendo alíquotas de 0,1 mL 
semeadas em superfície (spread plate) individualmente em duplicatas em 
placas de Petri contendo aproximadamente 20 mL de Ágar Baird-Perker. Após 
o processo, as placas foram incubadas em posição invertida em estufa 
bacteriológica a 35 – 37oC/45-48 (SILVA et al., 2010). 
 
 
13	
  
	
  
4RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
A Tabela 1 demonstra os resultados analisados quanto à determinação 
de Aeróbios mesofilos, os resultados encontrados apresentaram valores 
distintos entre as amostras, com uma variação de 3,1x10³ a 9,1x104 UFC/g. 
 
Tabela 1 –Contagem total de microrganismos aeróbios mesófilos em peito de frango. 
 UFC/g 
Ponto 01 Amostra 01 
Amostra 02 
3,1 x 103 
3,4 x 104 
Ponto 02 Amostra 01 
Amostra 02 
5,6 x 104 
9,1 x 104 
Fonte: Autoria Própria 
Para Guzzoet al. (2015), a presença em grande número de Aeróbios 
mesófilos indica que o produto demonstra uma contaminação excessiva, a 
limpeza e desinfecção da superfície dos equipamentos e bancadas estão 
inadequadas, higiene insuficiente na produção e condições inapropriadas de 
tempo e temperatura durante a produção ou mesmo a conservação dos 
alimentos. 
Segundo Penteado eEsmerino (2011), que analisaram carcaça de frango 
coletadas em pontos de vendas no município de Ponta Grossa, Paraná, 
encontraram resultados semelhantes aos desta pesquisa, quais sejam, 
aeróbios mesofilos variando de5,3x10² a 6,0x104UFC/g. 
Conforme Lima (2010), mesmo que os patógenos estejam ausentes e 
que não tenham ocorrido alterações nas condições organolépticas do alimento, 
um número elevado de microrganismos mesófilos indica que o alimento é 
insalubre e que podem ter ocorrido problemas em relação ao tempo ou 
temperatura de armazenamento do produto. 
Em relação aoStaphylococcus aureusnenhuma dasamostrasapresentou 
colônias características para o microrganismo, necessitando então de provas 
bioquímicas para a identificação da espécie de microrganismo queestava 
presente nas amostras analisadas. 
Após análise de coliformes totais e termotolerantes, que obtiveram 
resultados semelhantes para ambos os estabelecimentos comerciaiscom uma 
14	
  
	
  
variação entre 23 NMP/g e >1.100 NMP/g, podemos perceber a presença de 
contaminação por esses microrganismosnas amostras.De acordo comBrasil 
(2001) que estabelece um limite máximo de 104 NMP/g de coliformes à 45ºC 
(termotolerantes ou fecais) em carnes resfriadas, congeladas ou in natura de 
aves. 
 
Tabela 2–Número mais provável de coliformes totais em peito de frango. 
 NMP/g 
Ponto 01 Amostra 01 
Amostra 02 
23 
>1.100 
Ponto 02 Amostra 01 
Amostra 02 
>1.100 
>1.100 
Fonte: Autoria Própria 
 
Tabela 3–Número mais provável de coliformes termotolerantes em peito de frango. 
 NMP/g 
Ponto 01 Amostra 01 23 
Amostra 02 1.100 
Ponto 02 Amostra 01 >1.100 
Amostra 02 >1.100 
Fonte: Autoria Própria 
Simas et al. (2013) observaram em seus estudos uma redução de 
aproximadamente 90% da contaminação nas carcaças de frango na contagem 
de coliformes termotolerantes quando comparado o antes e após o pré-
resfriamento. Contudo a contaminação por coliformes totais em alimentos está 
relacionada a práticas inadequadas de sanitização e processamento desses 
produtos, ou mesmo a sua recontaminação após esses procedimentos (SALES 
et al., 2014), o que pode ter acontecido com as amostras analisadas nesta 
pesquisa. 
Sales et al. (2014) avaliaram, na Cidade de Curitiba/PR, as condições 
higiênico-sanitárias de 10 amostras de cortes de peito de frango resfriado 
comercializadas no varejo (supermercados) e encontraram 80% das amostras 
contaminadas para coliformes totais e 10% das amostras contaminadas para 
termotolerantes.Diferentemente do presente estudo, pois asamostras 
15	
  
	
  
analisadas apresentaram 75% de contaminação para coliformes totais e de 
50% para coliformes termotolerantes. 
Foram encontrados nos dois pontos de comercialização de frango na 
cidade de Santa Cruz-RN a presença de Salmonellasppem 100% das 
amostras, indicando uma contaminação por esse microrganismo. 
Diferentemente dos resultados encontrados por Guzzo et al. (2015), que 
demonstrou ausência para todas as amostras analisadas depeito de frango de 
supermercados e feiras livres da Região do Alto Uruguai Gaúcho - RS. 
Estudos realizados com alimentos que apontam os principais envolvidos 
na veiculação de Salmonellaspp são os de origem animal, sendo ovos, carne 
de aves e seus derivados os mais envolvidos em surto alimentar em 
consequência da contaminação cruzada e do preparo inadequado, a ave, 
especialmente carne de frango de corte é um dos mais importantes 
reservatórios de Salmonellaspp na cadeia alimentar do homem (CARDOSO; 
TESSARI, 2008). 
Já no estudo realizado por Brito, Alves e Costa (2010) verificaram que 
do total de 40 amostras de carcaça de frango in natura comercializado no 
mercado público de São Luiz, 5 (12,50%) apresentaram contaminação por 
Salmonella spp.Em estudos realizados por Borsoi et al. (2010), encontraram 
um percentual em isolamento de Salmonellaspp em carcaça de frango abatido 
e comercializado em varejo na região nordeste do Rio Grande do Sul de um 
total de 180 amostras, 12,2% estavam contaminadas. 
A ausência de Salmonellasppna carne de frango destinada ao consumo 
humano é uma importante condição para a inocuidade para esse produto. 
Cabe ressaltar que Salmonellasppé causadora de graves toxinfecções 
alimentares, e sua presença nas amostras demonstra a necessidade de 
medidas de controle e garantia da segurança alimentar (OLIVEIRA et al., 
2009). 
Em relação aos resultados de contaminação porEscherichia 
coli,observou-se presença nas amostras em sua totalidade, demostrou 
contaminação. Corroborando com nossos estudosBrizoet al.(2013), 
encontraram em 13 amostras analisadas, 100% de positividade para E. coli, e 
sendo nove (69%) destas adquiridas em abatedouros clandestinos, atribuindo 
assim as inadequações sanitárias durante o processamento dos produtos 
16	
  
	
  
analisados, evidenciando que os cuidados com as práticas higiênicas muitas 
vezes são negligenciados, confirmando o perigo em potencial para os 
consumidores e a necessidade de uma inspeção sanitária eficiente, para ter um 
controle melhor sobre os produtos. 
Cardoso et al. (2014) descrevem que os microrganismos que são 
encontrados em maior frequência nas aves são os aeróbios mesófilos e que 
destes, são poucos os que conseguem se desenvolver em temperaturas 
inferiores a 7°C. Contudo, sua contagem tem sido utilizada como indicador da 
qualidade higiênica, pois quando apresenta-se em grande número indica que 
ocorreu falhas durante a produção. 
 
5CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Perante os resultados obtidos no presente estudo, pode-se perceber que 
as amostras de peito de frango comercializadas no comercio varejista do 
município de Santa Cruz– RN não apresentam qualidade higiênico-sanitária 
satisfatória, demonstrando desta forma um produto com um elevado risco de 
causar intoxicação alimentar aos consumidores. Diante o exposto, faz-se 
necessário uma fiscalização sanitária pelos órgãos responsáveis com 
finalidade de capacitação dos manipuladores e a implantação de Boas 
Práticas, a fim de melhorar a qualidade do produto final. 
 
Quality Hygienic Sanitary chicken meat in natura sold in the city of Santa 
Cruz / RN 
 
Abstract:In the current context in which it emphasizes the production of large-
scale food, poultry emerged as a profitable activity. The poultry production 
ensures the country a prominent position on the world stage and in 2004 
became the largest exporter, ahead of the United States of America. However 
this increase was due to significant changes in eating habits of the population, 
which greatly contributed to increasing the market. It is of great importance to 
microbiological analysis of chicken meat, and a way to ensure the consumer a 
quality product, consistent with the current health legislation. This study aimed 
to analyze the microbiological quality of chicken meat in natura marketed in 
some parts of the municipality of Santa Cruz / RN. Thus, bacteria analyzes 
were performed mesophilic Aerobic, Total and fecal coliforms, Escherichia coli, 
Staphylococcus aureus and Salmonella spp. According to the results it can be 
seen that the samples showed a high level of contamination by mesophilic 
17	
  
	
  
aerobic bacteria, total and fecal coliforms. Staphylococcus aureus, the samples 
presented Exempted. Regarding Salmonella spp and Escherichia coli, both 
were present in 100% of the samples. Given the results obtained in this study, it 
can be noticed that the chicken breast samples sold in the retail trade in the city 
of Santa Cruz-RN does not have satisfactory sanitary conditions, thus 
demonstrating a product with a high risk of causing poisoning food to 
consumers. 
 
Key words: Microbiological analysis. Food poisoning. Chicken. 
 
REFERÊNCIAS 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PROTEÍNA ANIMAL. Relatório anual de 
atividades 2014. São Paulo: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PROTEÍNA 
ANIMAL; 2015. Disponível em: <http://abpa-
br.com.br/setores/avicultura/mercado-externo>. Acesso em: 9 de maio de 2016. 
 
 
BORSOI, A. et al. Número mais provável de Salmonella isoladas de carcaças 
de frango resfriadas. Ciência Rural, Santa Maria, v.40, n.11, p.2338-2342, nov. 
2010. 
 
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. 
Resolução RDC nº12, de 02 de Janeiro de 2001. Aprova o regulamento sobre 
padrões microbianos para alimentos. Diário Oficial da União. Brasília, n. 7, p. 
48, 2001. 
 
 
BRITO, D. A. P; ALVES, L. M. C; COSTA, F. N. Detecção de 
SalmonellaAlbany, Staphylococcuscoagulase positivos e Micro-organismos 
mesófilos em carcaças de frango in natura. Arq. Inst. Biol., São Paulo, v.77, 
n.1, p.149-152, jan./mar., 2010. 
 
 
BRIZIO, A.P.D.R.; SALLES, B.P.; PRENTICE, C. Avaliação microbiológica de 
pés de frango destinados ao consumo humano. Semina: Ciência Agrárias, 
Londrina, v. 34, n. 6, p. 2847-2852, nov/dez. 2013. 
 
 
CARDOSO, A. L. S. P. et al. Pesquisa de Salmonellaspp., coliformes totais, 
coliformes fecais, mesófilos, em carcaças e cortes de frango. Revista Higiene 
Alimentar, v. 19, n. 128, p. 144-150, 2005. 
	
  
 
CARDOSO, A. L. S. P.; TESSARI, E, N. C. Salmonela na segurança 
dosalimentos.Divulgação técnica. Biológico, São Paulo, v. 70, n. 1, p. 11-13, 
jan./jun., 2008. 
18	
  
	
  
 
 
GUZZO et al. Avaliação microbiológica efísico-química de peitos de frango de 
supermercados efeiras Livres da Região do Alto Uruguai Gaúcho. In: XI 
SEMANA ACADÊMICA DO INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO 
EDUCACIONAL DO ALTO URUGUAI, 6., 2015, Getúlio Vargas. Anais... 
Getúlio Vargas, 2015. 
 
 
LIMA, K. B. et al. Avaliação do sistema de produção da avicultura industrial nas 
regiões de Pombal e Catolé do Rocha – PB. Revista Verde, Mossoró, v. 8, n. 
2, p. 224–239, abr./jun. 2013. 
 
 
LIMA, M.R. A carne de frango e suas características.Doutorando em Zootecnia 
CCA/UFPB. maio 2010. Disponível em: <http://pt.engormix.com/MA-
avicultura/administracao/artigos/carne-frango-caracteristicas-t272/p0.htm>. 
Acesso em: 11 de maio de 2016. 
 
 
MIELE, M.; GIROTTO, A. F. Análise da situação atual e perspectivas da 
avicultura de corte. Editora Animal World Ltda, Paulínia, 2010. 
 
 
OLIVEIRA, A.L. et al. Qualidade microbiológica da carne de frango irradiada em 
embalagem convencional e a vácuo. Arq. Bras. Med. Vet. Zootec.,v. 61, n. 5, 
p. 1210-1217, 2009. 
 
 
OLIVEIRA, F. A.; SALVADOR, F. C. Determinação da contaminação 
microbiológica da carne de frango comercializada na Cidade de Apucarana e 
Califórnia – PR. Revista F@pciência, Apucarana, v.8, n.15 p.159 – 171, 2011. 
 
 
PENTEADO, F. R; ESMERINO, L. A. Avaliação da qualidade microbiológica da 
carne de frango comercializada no Município de Ponta Grossa – Paraná. Publ. 
UEPG Biol. Health Sci., Ponta Grossa, v.17, n.1, p. 37-45, jan./jun. 2011. 
 
 
SALES, W. B. et al. AVALIAÇÃO MICROBIOLÓGICA DA CARNE DE 
FRANGO. Cadernos da Escola de Saúde, Curitiba, v. 2, n. 12, p. 40 – 49, 
2014. 
 
 
SILVA, N. et al. Manual de métodos de análise microbiológica de alimentos 
e água. 4. ed.São Paulo: LivrariaVarela, 2010. 624 p. 
 
 
SIMAS, V. S. et al. Pré-resfriamento na redução de coliformes em carcaças de 
frango de corte. Ciência Rural, Santa Maria, v.43, n.9, p.1618-1622, set. 2013. 
19	
  
	
  
 
 
VIEIRA, S.L. Considerações sobre as características de qualidade de carne de 
frango e fatores que podem afetá-la. Arquivos do Instituto Biológico, São 
Paulo, v.67, n.1, p.8-16, 2000.