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1 Tópicos Integradores III

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UNIDADE I
TÓPICOS INTEGRADORES III
CIÊNCIAS AERONÁTICAS
2
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste material poderá ser reproduzida ou transmitida de 
qualquer modo ou por qualquer outro meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação ou 
qualquer outro tipo de sistema de armazenamento e transmissão de informação, sem prévia autorização, 
por escrito, do Grupo Ser Educacional.
Edição, revisão e diagramação: 
Equipe de Desenvolvimento de Material Didático EaD 
 
___________________________________________________________________________
__
Chiaroni, Stephan
Tópicos Integradores III – Ciências Aeronáuticas - Unidade 1 -
Recife: Grupo Ser Educacional, 2019.
 
___________________________________________________________________________
Grupo Ser Educacional
Rua Treze de Maio, 254 - Santo Amaro
CEP: 50100-160, Recife - PE
PABX: (81) 3413-4611
3
Sumário
Para início de converSa ...................................................................................... 4
o comPorTamenTo Humano e a inSTruÇÃo ..................................................... 4
a relação do instrutor com o aluno ................................................................................................. 6
as necessidades e motivação humanas ......................................................................................... 6
Fatores que inibem o aprendizado ................................................................................................... 9
as reações emocionais ..................................................................................................................... 10
4
 TÓPicoS inTeGradoreS iii – ciÊnciaS aeronáuTicaS
unidade i 
Para início de converSa
Olá, caro (a) aluno (a)!
Seja bem-vindo (a) a primeira unidade da nossa disciplina “Tópicos Integradores 
III – Ciências Aeronáuticas”.
Nestes tópicos integrados, iremos imergir no conhecimento técnico sobre o ensino 
teórico e prático da instrução de um piloto, bem como o papel do instrutor como 
professor e responsável pelo ensino do aluno. 
Vamos conhecer o aluno recebe, analisa e guarda todas estas informações. 
Vamos começar?
orienTaÇõeS da diSciPlina
Neste primeiro capítulo, iremos abordar o comportamento humano, e como é importante que o instrutor 
saiba interpretar o comportamento do aluno, como os elementos como ansiedade afetam o entendimento 
do aluno na sala de aula e inibem o processo de aprendizagem do aluno. 
Está preparado (a)?
Bons estudos!
o comPorTamenTo Humano e a inSTruÇÃo 
O comportamento humano dentro de uma sala de aula pode afetar o processo de aprendizagem de um aluno. 
É necessário aprendermos como instrutor, que aprender é aquisição de conhecimento ou compreensão 
de um assunto ou habilidade através da educação, experiência, prática ou estudo. No capítulo 1, iremos 
abordar, o processo de motivação, comportamento humano e os fatores que inibem o aprendizado. 
5
Como dito acima, aprender algo novo é a aquisição de conhecimento ou compreensão de um assunto ou 
habilidade através da educação, experiência, prática ou estudo. A mudança de comportamento resulta do 
aprendizado. Um instrutor de voo deve saber como seus alunos aprendem para que possam avançar com 
sucesso uma nova matéria ou lição. 
A chamada psicologia educacional aplicada nos ajuda muito a entender este processo, pois uma instrução 
eficaz, como bem disse FAA, 2008, “Para ser um instrutor eficaz, é preciso conhecimento do comportamento 
humano, das necessidades humanas básicas, dos mecanismos de defesa que os humanos usam para 
impedir a aprendizagem [...]”. 
Ao estudarmos o comportamento humano, na verdade, estamos explicando “por que?” nós seres 
humanos nos comportamos da maneira como nos comportamos. Por certo, existem muitas definições 
para o comportamento humano, contudo, para o meio científico, o comportamento humano é visto como 
o produto de fatores que levam uma pessoa a agir de formas ou maneiras previsíveis. Podemos citar um 
exemplo, como falar em público, é muito comum em muitas pessoas hoje em dia. 
O comportamento humano diante disso, é desencadeado por certas respostas biológicas inatas nos seres 
humanos, como um aumento na taxa de respiração. Contudo, em duas pessoas diferentes, através de 
suas próprias experiências, o modo como elas irão lidar com este medo será diferente. A pessoa que 
nunca falou em público pode ser incapaz de falar em público, contudo, outra pessoa, conhecendo seu 
trabalho, exige falar em público, pode optar por ter uma aula de falar em público para aprender como lidar 
com o medo. 
Não obstante a isto, o comportamento humano, também é definido, como as tentativas do ser humano 
de satisfazer as suas necessidades, algumas óbvias como comida e água, outras complexas, como a 
aceitação e respeito em um determinado grupo, ou outras como autoestima etc. Através do estudo do 
comportamento humano, é possível ao instrutor, entender melhor o seu aluno, e porque ele age daquela 
forma. 
É importante ressaltar, que apesar da grande variedade de diferenças culturais em nossa sociedade, 
alguns comportamentos e sentimentos são em sua grande parte universais, como por exemplo: amor, 
amizade, fraternidade, lealdade, compromisso, etc. Outra definição de comportamento humano se 
concentra no curso de vida típico dos seres humanos. Essa abordagem enfatiza o desenvolvimento 
humano ou as sucessivas fases de crescimento, nas quais o comportamento humano é caracterizado por 
um conjunto distinto de características físicas, fisiológicas e comportamentais, pensamentos, sentimentos 
e comportamento de um bebê diferem radicalmente de um adolescente. Pesquisas mostram - à medida 
que o indivíduo amadurece, seu modo de ação passa da dependência para a auto direção. Portanto, a 
idade do aluno afeta o modo como o instrutor projeta o currículo. 
6
a relação do instrutor com o aluno 
Graças a estudos realizados no passado, sabemos que os indivíduos possuem uma personalidade que é 
influenciada pela cultura nacional de uma determinada região, juntamente com os conceitos ou crenças 
pessoais. Contudo, a personalidade não se resume à somente como nós nos relacionamos diariamente, 
mas também, como nós aprendemos. Hoje em dia, temos muitos recursos para identificar nossa 
personalidade, e não obstante, a melhor forma de aprendermos. 
É importante destacar, que o ensino levando em consideração a personalidade do indivíduo, tem sua crítica, 
mas em contrapartida, tem muitos benefícios que auxiliam o aluno em sua caminhada de aprendizagem. O 
instrutor, por exemplo, ao identificar os traços de personalidade de um indivíduo, pode trabalhar de uma 
maneira que as tarefas repassadas ao aluno, sejam absorvidas e aprendidas. 
Devemos lembrar, que a compatibilidade ou incompatibilidade entre o modo como um instrutor ensina 
dentro da sala de aula, e o modo como um aluno aprende, contribui para a satisfação ou insatisfação do 
aluno. Alunos que se identificam com a abordagem do instrutor, tendem a reter o maior número possível 
de informação, e por conseguinte, aplicar tais informações de uma maneira mais eficaz, bem como, 
apresentar uma postura positiva em relação ao curso. 
as necessidades e motivação humanas
Nós seres humanos temos necessidades, as quais necessitamos para o nosso desenvolvimento. Tais 
necessidades foram estudadas por profissionais da psicologia, as quais foram sendo categorizadas 
de várias maneiras. Um dos fundadores da psicologia da personalidade, Henry A, notou uma lista de 
necessidades psicológicas básicas em 1938. Ele descreveu essas necessidades como sendo primárias 
(baseadas em necessidades biológicas, como a necessidade para alimentos) ou secundárias (geralmente 
psicológica, como a necessidade de independência). 
Murray acreditava que a interação dessas necessidades produz distintos tipos de personalidade e são 
influências internas sobre o comportamento. Esta pesquisa, sustentou anos mais tarde, o trabalho do 
psicólogo AbrahamMaslow, que de forma igual, estudava necessidades humanas, a motivação e sua 
personalidade. É importante ressaltar, que durante os primeiros anos de pesquisa em macacos, fora 
notado que algumas necessidades possuíam mais importância que as outras. Um exemplo disto, é a 
sede aliviada antes da fome, porque a necessidade de água é uma necessidade mais forte do que a 
necessidade de comida. 
No ano de 1954, Maslow ficou famoso através de uma publicação conhecida como “Hierarquia das 
Necessidades de Maslow”, a qual é válida nos dias de hoje. De acordo com Maslow, as necessidades 
humanas vão além das necessidades físicas óbvias de comida e abrigo, para incluir necessidades 
psicológicas, segurança e proteção, amor e pertença, autoestima e autorrealização para alcançar os 
objetivos da pessoa. Nós seres humanos, trabalhamos para conquistar estes níveis de necessidade, onde 
quando conquistam um, partem para conquistar o outro.
7
Figura 1: Pirâmide de Maslow
 
 
Fonte: (meusucesso.com, 2014).
Como podemos ver acima, cada item da pirâmide recebe um nome referente a sua necessidade específica. 
Na base, temos as necessidades fisiológicas, as quais se traduzem em necessidades biológicas. Eles 
consistem na necessidade de ar, comida, água e manutenção do corpo humano. Se um estudante não 
está bem, então pouco mais importa. A menos que as necessidades biológicas sejam satisfeitas, uma 
pessoa não pode se concentrar totalmente em aprendizado, auto expressão ou qualquer outra tarefa. 
Os instrutores devem monitorar seus alunos para se certificar de que suas necessidades físicas básicas 
foram atendidas.
Um estudante com fome ou cansado pode não ser capaz de executar como o esperado. No segundo item, 
temos a segurança, a qual se traduz nas necessidades básicas de emprego, saúde, família, propriedade 
etc. Nós seres humanos necessitamos nos sentir seguros em nossas atividades. Quando não temos 
esta segurança, ficamos em estado de alerta e, portanto, não conseguimos nos concentrar com o que é 
ensinado. O instrutor de aviação que enfatiza a segurança de voo durante o treinamento mitiga sentimento 
de insegurança.
O terceiro item da pirâmide, se refere ao relacionamento humano. Quando não nós sentimos ameaçados 
com o ambiente ou com a situação, buscamos satisfazer nossas necessidades sociais. Maslow, afirma 
que nós seres humanos, sempre procuramos superar sentimentos de solidão e alienação. Isto está 
intimamente envolvido em dar e receber amor, carinho e senso de pertencente. Por exemplo, estudantes 
de aviação, geralmente seu entorno é durante o treinamento, e sua necessidade de associação e pertença 
é mais pronunciada. Instrutores devem fazer todos os esforços para ajudar os novos alunos a se sentirem 
à vontade e reforçar sua decisão de seguir carreira ou hobby na aviação. 
Em nosso quarto item da pirâmide, temos a “Estima”, a qual se traduz em sentir-se bem consigo mesmo. 
Os indivíduos são estimados de duas maneiras: interna ou externamente. Internamente, uma pessoa julga-
se digna de padrões definidos pessoalmente. Alta autoestima resulta em autoconfiança, independência, 
realização, competência e conhecimento.
8
A maioria das pessoas, no entanto, busca a estima externa através de aprovação e estima de outras 
pessoas, julgando-se pelo que os outros pensam deles. Autoestima externa à sua reputação, como 
status, reconhecimento, apreciação, e respeito de associados. Quando as necessidades de estima são 
satisfeitas, a pessoa se sente autoconfiante e valioso como pessoa no mundo. Quando essas necessidades 
estão frustradas, a pessoa se sente inferior, fraca, indefesa e inútil. Estima não só precisa ter uma forte 
influência sobre a relação professor-aluno, mas também pode ser o principal motivo para o interesse de 
um estudante em treinamento de aviação. 
Figura 2: Instrução teórica
Fonte: (AEROLOCARNO, 2019).
É importante ressaltar, o acréscimo dos itens “Cognitivo” e “Estética” à pirâmide. Maslow notou que 
nós, seres humanos, temos uma enorme necessidade de entender o que está a nossa volta. Quando 
compreendemos o que está ocorrendo ao nosso redor, podemos controlar de uma melhor maneira uma 
situação, ou então, fazer escolhas sobre qual o melhor caminho a ser seguido. 
O nosso cérebro reforça esta necessidade, liberando dopamina sempre que aprendemos algo que nos 
traz uma sensação de satisfação, ou melhor dizendo, um momento “Eureka”! Um exemplo didático sobre 
esta situação, é o aluno em um voo solo. Já o fator “Estética”, são as necessidades que se conectam 
diretamente com as emoções humanas, o que faz com que seja um fator sutil no domínio da persuasão.
Quando alguém gosta de outra pessoa, de uma casa, de uma pintura ou de uma música, as razões não 
são examinadas - ele simplesmente gosta dela. Essa necessidade pode ser fatorada no relacionamento 
aluno-instrutor. Se um instrutor não “gostar” de um aluno, esse sentimento sutil pode afetar a capacidade 
do instrutor de ensinar esse aluno. 
9
Fatores que inibem o aprendizado 
Assim como nosso organismo possuem mecanismos de defesa contra algo, o nosso psicológico também 
possui tais mecanismos. Nosso instinto quando somos deparados com um perigo ou estamos diante de 
uma ameaça é de fugir ou lutar. Substâncias químicas em nosso organismo, como a adrenalina e outras 
mais, são liberadas em nosso sangue, o que resulta em uma alteração do ritmo cardíaco e aumento da 
pressão arterial. Uma ocasião a qual ocorre isso, é quando um aluno piloto que possui ansiedade, e está 
aprendendo a planar uma aeronave, ou a realizar autorrotação em um helicóptero. 
O treinamento em procedimentos de emergência é necessário para a prática, pois o resultado de uma 
emergência real está diretamente relacionado à capacidade do piloto reagir instantânea e corretamente, 
e ao tomar a ação corretiva adequada, pois pode haver tempo limitado para analisar o problema. A 
ansiedade que o aluno piloto pode sentir ao praticar tais manobras, pode resultar em uma resposta de 
“luta ou fuga”.
Com isto, o instrutor pode demonstrar para o aluno, a realização da manobra de forma progressiva, 
ajudando o aluno a assimilar aquela etapa, de forma confiante e confortável. Sigmund Freud introduziu 
em 1894, o conceito psicológico do mecanismo de defesa do Ego. Este mecanismo de defesa, se resume 
em um processo que ocorre em nosso cérebro, de forma inconsciente para nos proteger de sentimentos, 
ansiedade e emoções que são desagradáveis a nós. Como também, refúgios diante de uma situação, a 
qual uma pessoa não consiga lidar naquele momento.
“Por exemplo, alguém que apaga a memória de ser agredido fisicamente está usando um mecanismo 
de defesa. As pessoas usam essas defesas para impedir que ideias ou impulsos inaceitáveis entrem na 
consciência. Mecanismos de defesa suavizam sentimentos de fracasso, aliviam sentimento de culpa, 
ajudam o indivíduo a lidar com a realidade e protegem a autoimagem” (EUA, 2008).
Como dito acima, a ansiedade é uma inimiga para a realização da tarefa. Quando ela “ataca”, nossa mente 
tenta resolver o presente problema, ou então, busca uma fuga do problema. Contudo, estes mecanismos 
não funcionam, então os mecanismos de defesa são “acionados”. Os mecanismos de defesa compartilham 
duas propriedades comuns, geralmente aparecem inconscientemente e tendem a distorcer, transformar 
ou de outra forma falsificar a realidade. Contudo, você deve estar se perguntando “por que nossa mente 
irá distorcer a realidade?”, pois desta maneira, nossa percepção muda, o que provoca a redução da 
ansiedade, o que consequentemente provoca uma redução da tensão. A repressão e a negação são as 
defesas primárias dos mecanismos de defesa. 
De modo geral, a repressão pode ser traduzida como aquele pensamento a qual é “jogado” em uma 
“área inacessível em nossa mente inconsciente. De forma igual, situação a qual uma pessoa passou, são 
“jogadas” para muito longe, pois naquele determinado momento, o indivíduo não possuiferramentas 
para digerir tal situação. É importante destacarmos, que o nível do processo de repressão, pode variar 
de um leve esquecimento temporário sobre o ocorrido, a até mesmo à uma amnésia. Onde os eventos 
que provocaram a ansiedade, e por conseguinte, a repressão, estão agora profundamente enterrados. 
Contudo, devemos lembrar, que tais lembranças reprimidas não desaparecem, onde podem reaparecer 
nos sonhos ou nos deslizes da língua (“escorregões freudianos”). Por exemplo, um estudante piloto pode 
ter um medo reprimido de voar que inibe sua habilidade de aprender a voar.
10
Já o processo de negação, trabalha com a negação da realidade externa, pois é muito ameaçadora para 
o indivíduo. Esse a recusa em reconhecer o que aconteceu, está acontecendo ou irá acontecer. É uma 
forma de repressão através da qual pensamentos estressantes são banidos da memória. Relacionado a 
negação e minimização. Quando uma pessoa minimiza alguma coisa, ela aceita o que aconteceu, mas de 
forma diluída.
Por exemplo, o instrutor encontra uma chave de fenda na asa de uma aeronave, a qual o aluno piloto de 
manutenção estava consertando e explica os riscos de danos a objetos estranhos (FOD). O estudante, não 
querendo aceitar a realidade de que sua desatenção poderia ter causado um acidente, ele nega ter tido 
pressa no dia anterior, ou então, ele minimiza o incidente, aceitando que ele ou ela deixou a ferramenta, 
mas apontando que nada de ruim aconteceu como resultado da ação.
as reações emocionais 
É evidente que um instrutor de voo não necessita ser um psicólogo, contudo, é de extrema utilidade e 
importância que ele seja capaz de analisar o comportamento do aluno piloto durante a aula teórica e 
a aula prática. Isto auxilia o instrutor a desenvolver técnicas para a instrução. Dentre muitos aspectos 
que podem interferir num voo, a ansiedade é o mais significativo. Não podemos nos esquecer que voar, 
é em si, uma experiencia potencialmente ameaçadora para aqueles indivíduos aos quais não estão 
acostumados, pois o sentimento de cair é algo universal nos seres humanos. O sentimento de ansiedade, 
é decomposto em uma preocupação, nervosismo ou desconforto, sobre alguma circunstância que possui 
um resultado incerto para o indivíduo. Pois resulta do medo de qualquer coisa, real ou imaginária, que 
ameace a pessoa que a experimenta e possa ter um efeito potente nas ações e na capacidade de aprender 
com as percepções. 
A nossa resposta à ansiedade, variam de hesitação ou paralisação em fazer algo, à um impulso em 
tomar uma determinada atitude, mesmo que tal atitude não seja correta ou adequada. Contudo, algumas 
pessoas, mesmo com o sentimento de ansiedade, conseguem reagir de forma adequada a uma determinada 
situação. No outro lado, muitos indivíduos podem congelar e serem incapazes de tomar qualquer atitude 
para corrigir a situação que causou sua ansiedade. Outras pode fazer coisas sem pensamento racional ou 
razão. Reações normais e anormais à ansiedade são preocupantes para o instrutor de voo.
As reações normais são significativas, porque eles indicam uma necessidade de instrução especial para 
aliviar a ansiedade. As reações anormais são ainda mais importantes, porque elas podem significar um 
problema profundo. A ansiedade pode ser combatida reforçando o prazer de voar dos alunos e ensinando-
os a lidar com seus medos e inseguranças. Uma técnica eficaz é tratar os medos como uma reação normal, 
em vez de ignorá-los. Tenha em mente que a ansiedade dos alunos pilotos, são geralmente associadas a 
certos tipos de operação de voo e das manobras. 
11
Os instrutores devem introduzir essas manobras com cuidado, para que os alunos saibam o que esperar 
e quais devem ser suas reações. Ao realizar a manobra de estol, os instrutores por exemplo, devem 
primeiro revisar os princípios aerodinâmicos, e então, explicar como o estol afeta as características do 
voo. Em seguida, ele deverá descrever cuidadosamente as sensações físicas esperadas, bem como os 
procedimentos de recuperação. A ansiedade do estudante pode ser minimizada ao longo do treinamento, 
enfatizando os benefícios e experiências prazerosas que podem ser derivadas do voo, em vez de citar 
continuamente as consequências infelizes de um desempenho não eficaz. As práticas de voo seguro 
devem ser apresentadas como propícias a operações satisfatórias, eficientes e ininterruptas, em vez de 
serem necessárias apenas para evitar uma catástrofe.
Temos ainda, as reações normais e anormais de estresse. Como citamos anteriormente, quando nosso 
cérebro reconhece uma situação de perigo, ele coloca nosso corpo em estado de alerta. Onde a glândula 
adrenal ativa os hormônios, que preparam o corpo para enfrentar a ameaça ou se retirar dela, conhecido 
como a síndrome da luta ou fuga. 
Os Indivíduos normais começam a responder rápido e exatamente, dentro dos limites de sua experiência 
e treinamento. Muitas respostas são automáticas, destacando a necessidade de treinamento adequado 
em operações de emergência antes de uma emergência real. O indivíduo afetado pensa racionalmente, 
age rapidamente e é extremamente sensível a todos os aspectos do ambiente.
 Figura 3: A glândula adrenal.
.
 
 
Fonte: (ciênciasecognicao.ORG, 2019).
12
Contudo, temos as reações anormais de estresse, as quais podem produzir respostas anormais em 
algumas pessoas. Com eles, a resposta à ansiedade ou ao estresse pode estar completamente ausente 
ou pelo menos inadequada. Suas respostas podem ser aleatórias ou ilógicas, ou podem fazer mais do 
que o requerido pela situação. Durante a instrução de voo, os instrutores são normalmente os únicos 
que podem observar os alunos quando estão sob pressão. Os instrutores, portanto, estão em posição 
de diferenciar entre ações de pilotagem seguras e inseguras. Os instrutores também podem detectar 
problemas psicológicos em potencial. As seguintes reações do aluno são indicativas de reações anormais 
ao estresse. Nenhum deles fornece uma indicação absoluta, mas a presença de qualquer um deles sob 
condições de estresse é motivo para uma cuidadosa avaliação do instrutor.
•	 Reações inadequadas, como extrema sobrecarga de trabalho, autocontrole meticuloso, inade-
quada de riso ou canto, e mudanças muito rápidas nas emoções.
•	 Marcadas mudanças de humor em diferentes lições, como excelente moral seguido por depres-
são profunda.
•	 Raiva severa dirigida ao instrutor de voo, pessoal de serviço e outros.
Em situações difíceis, os instrutores de voo devem examinar cuidadosamente as respostas dos alunos 
e suas próprias respostas aos alunos. Essas respostas podem ser os produtos normais de uma situação 
complexa de aprendizagem, mas também podem ser indicativas de anormalidades psicológicas que 
inibem o aprendizado ou são potencialmente muito perigosas para futuras operações de pilotagem. 
PalavraS FinaiS
Prezado (a) aluno (a),
Chegamos ao término do conteúdo da nossa primeira unidade. Espero que você tenha aprendido a 
importância do processo mental e do diagnóstico da ansiedade por parte do instrutor, seja na sala de 
aula, seja no voo.
É de extrema importância reconhecer os aspectos comportamentais de um aluno, a fim de auxiliá-lo da 
melhor forma possível para seu ensino. 
Nesta unidade, iniciamos nossos conhecimentos sobre os processos mentais e o comportamento humano 
dentro de uma sala de aula ou em um voo de instrução. 
Aprendemos os fatores que inibem um indivíduo de aprender e como nosso cérebro reage à situação de 
perigo ou ameaça. Por fim, neste primeiro capítulo, vimos as reações normais e anormais de um indivíduo 
quando está sobre estresse. 
Lembre-se de fazer as atividades avaliativas disponíveis no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA). Se 
ficou alguma dúvida do que foi sinalizado nesse Guia, converse com o seu Tutor. Ele estará à disposição 
para atendê-lo (a) e auxiliar no que for necessário.
13
Muito obrigadopela sua presença nesta caminhada de conhecimento. 
Nos encontramos na próxima unidade. 
Até lá!
reFerÊnciaS BiBlioGráFicaS
MEUSUCESSO.COM, Entenda a teoria da Pirâmide de Maslow. 2014. Disponível em: <https://meusucesso.
com/artigos/vendas/entenda-a-teoria-da-piramide-de-
maslow-347/>. Acesso em: 23 ago. 2019.
AEROLOCARNO (Suíça).  Flight Instructor Course (FI).  Disponível em: <https://aerolocarno.ch/en/home/
about-us.html>. Acesso em: 23 ago. 2019.
CIêNCIASECOGNICAO.ORG (Org.).  Bases Neurobiológicas da Ansiedade – por Ariadne Belavenutti 
Magrinelli-extraído do livro “Tópicos em Neurociência Clínica”-Elisabete Castelon Konkiewitz-editora 
UFGD-2009.  Disponível em: <http://cienciasecognicao.org/neuroemdebate/?p=1942>. Acesso em: 24 
ago. 2019.
EUA. FEDERAL AVIATION ADMINISTRATION (FAA). (Org.). Aviation Instructor’s 
Handbook. [s.l.]: Faa, 2008. 228 p. Disponível em:<https://www.faa.gov/regulations_policies/handbooks_
manuals/aviation/aviation_instructors_handbook/media/faa-h-8083-9a.pdf>. Acesso em: 20 ago. 2019
	Para início de conversa
	O COMPORTAMENTO HUMANO E A INSTRUÇÃO 
	A relação do instrutor com o aluno 
	As necessidades e motivação humanas
	Fatores que inibem o aprendizado 
	As reações emocionais

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