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25- INFECÇÕES CONGÊNITAS

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Infecções Congênitas
Citomegalovírus
● Introdução:
○ família herpes-vírus
○ causa mais comum de infecção congênita
○ doença de inclusão citomegálica (congênita)
○ adultos: síndrome mononucleose-like
● Fontes de transmissão:
○ saliva
○ leite materno
○ secreções vaginais
○ urina
○ sêmen
○ fezes
○ sangue (> com transfusão de leucócitos)
● Epidemiologia:
○ risco de infecção fetal
● IMPORTANTE:
○ Infecção congênita:
■ 90% assintomático
● perda auditiva neurossensorial (7%) → ao longo do tempo
SURDEZ
○ 5% doença de inclusão citomegálica grave
○ 5% doença leve a moderada
● Doença de inclusão citomegálica:
○ RCIU
○ prematuridade
○ hepatoesplenomegalia
○ icterícia
○ trombocitopenia
○ microcefalia
○ calcificações intracranianas PERIVENTRICULARES
● Outros problemas neurológicos:
○ surdez neurossensorial
○ coriorretinite
○ aumento da PROTEÍNA no líquor
● Infecção perinatal:
○ transmissão:
■ secreções cervicovaginais - 6 a 12%
■ leite materno - 50%
○ maioria assintomática
● Diagnóstico:
○ cultura ou PCR - urina e saliva
○ sorologia: IgG ou IgM
■ pouco sensível e pouco específica
● Tratamento:
○ ganciclovir - 6 semanas (1ª escolha)
○ foscarnete
Herpes - Simples vírus
● Introdução:
○ HSV-1: infecta pele e mucosa acima da cintura
○ HSV-2: infecção de genitália e do neonato
● HSV - Infecção perinatal:
○ maioria: HSV-2
○ predomina a transmissão durante o parto
○ 5% - transmissão intrauterina
○ 10% pós-parto
○ infecção materna primária: taxa de transmissão de 33 - 50%
○ doença materna recorrente: taxa de transmissão de 1 a 3%
● Manifestações clínicas - 3 categorias:
○ 1- infecção de pele, olho e boca (5 - 6 dias após o parto)
○ 2- infecção do SNC (8 - 12 dias após o parto) → meningoencefalite herpética
○ 3- infecção disseminada (5 - 6 dias após o parto)
● Lesão característica:
○ vesículas e úlceras de pele (30 - 43% dos recém-nascidos)
● Acometimento do SNC:
○ letargia
○ tônus muscular reduzido
○ convulsões
● Atenção para:
○ pústulas - vesículas
○ ceratoconjuntivite
○ 70% das infecções localizadas não tratadas → doença do SNC ou
disseminada
● Diagnóstico:
○ quadro clínico
○ isolamento do vírus
○ sorologia específica
○ demonstração em material de biópsia ou LCR
○ Meningoencefalite herpética:
■ PCR do líquor
■ líquor: hemácias, pleocitose (linfócitos - MONONUCLEARES),
aumento da PTN, glicose normal
● Pegadinha:
○ HSV - Diagnóstico:
■ Meningoencefalite:
● EEG e RNM: lesão temporal, devemos pensar em
meningoencefalite herpética.
● Tratamento:
○ Aciclovir (14 - 21 dias)
● Manejo obstétrico de gestante com HSV genital: lesões primárias ou recorrentes
no início do trabalho de parto indica CESÁREA.
Toxoplasmose
● Introdução:
○ O toxoplasma gondii é um protozoário adquirido por via oral ou
transplacentário
● Toxoplasmose congênita:
○ Gestantes com infecção não tratada adquirida no 1º trimestre
■ taxa de transmissão para o feto: 17% (grave)
○ Gestante com infecção não tratada adquirida no 3º trimestre
■ taxa de transmissão para o feto: 65% (leve)
● CAI NA PROVA:
○ Toxoplasmose congênita:
■ Tríade clássica
● coriorretinite
● hidrocefalia
● calcificações cerebrais - GROSSEIRAS
● IMPORTANTE:
○ Toxoplasmose congênita:
■ > 50% dos recém nascidos são considerados normais
■ quase 100% terão lesões oculares ao longo da vida
● Outros sinais:
○ RCIU
○ Icterícia
○ trombocitopenia
○ microcefalia
○ surdez neurossensorial
● Diagnóstico:
○ fetal:
■ USG + PCR do líquido amniótico
○ RN:
■ identificação do toxoplasma no sangue ou fluidos corpóreos
○ Sorologia:
■ IgM ELISA
■ IgM ISAGA ou IgG (aumento 4x)
● Tratamento:
○ pirimetamina + sulfadiazina + ácido folínico durante 1 ano
■ O ácido folinico entra não como tratamento, mas sim para
previnir os efeitos colaterais na interferência do metabolismo do
ácido folico.
○ Prednisona: coriorretinite aguda envolvendo a mácula ou aumento PTN
líquor
○ Tratamento durante a gestação:
■ Espiramicina no 1º trimestre de gestação (quando não tem suspeite
de infecção fetal, querendo tratar somente a mãe)
■ Sulfadiazina + Pirimetamina após o 1º trimestre (quando tem
suspeita de infecção fetal, e dai devemos tratar com essa pois
ultrapassa a barreira placentária).
● Teste de avidez:
○ a avidez é a capacidade do anticorpo IgG de se ligar ao antígeno, sendo que
com o passar do tempo a avidez aumenta (que é quanto o AC tem para se
ligar no AG). Logo, acidez alta, mostra que faz tempo e avidez baixas
determina infecção recente. Só tem valor pedir avidez, se o diagnóstico
aconteceu no primeiro da gestação, pois iremos conseguir determinar se a
infecção foi antes da gestação ou durante a gestação com perigo para o feto.
○ a sua força de ligação dependerá do tempo de exposição ao antígeno:
■ com o passar do tempo, os anticorpos da classe IgG vão
apresentando avidez cada vez maior
○ porcentagem < ou = 30%: infecção teria ocorrido nos últimos 60 dias
○ porcentagem > ou = 60%: infecção há mais de 60 dias
○ porcentagem entre 31 - 59%: não permitem determinar o tempo de infecção.
● IMPORTANTE:
○ Síndrome da rubéola congênita: CATARATA + CO MPROMETIMENTO
CARDÍACO + SURDEZ NEUROSSENSORIAL.
■ RCIU
■ Catarata
■ coração: miocardite, defeitos estruturais (PCA, estenose aa.
pulmonar)
■ surdez
● Faça diagnóstico diferencial das infecções congênitas pelas imagens:
1- CMV - Calcificações periventricular
2- Toxoplasmose - calcificações grosseiras
3- Catarata / rubéola congênita
4- Herpes-simples
5- Herpes-zóster congênito → hipoplasia de membros
6- Sífilis congênita precoce
7- Sífilis congênita tardia

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