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Infecções Congênitas Citomegalovírus ● Introdução: ○ família herpes-vírus ○ causa mais comum de infecção congênita ○ doença de inclusão citomegálica (congênita) ○ adultos: síndrome mononucleose-like ● Fontes de transmissão: ○ saliva ○ leite materno ○ secreções vaginais ○ urina ○ sêmen ○ fezes ○ sangue (> com transfusão de leucócitos) ● Epidemiologia: ○ risco de infecção fetal ● IMPORTANTE: ○ Infecção congênita: ■ 90% assintomático ● perda auditiva neurossensorial (7%) → ao longo do tempo SURDEZ ○ 5% doença de inclusão citomegálica grave ○ 5% doença leve a moderada ● Doença de inclusão citomegálica: ○ RCIU ○ prematuridade ○ hepatoesplenomegalia ○ icterícia ○ trombocitopenia ○ microcefalia ○ calcificações intracranianas PERIVENTRICULARES ● Outros problemas neurológicos: ○ surdez neurossensorial ○ coriorretinite ○ aumento da PROTEÍNA no líquor ● Infecção perinatal: ○ transmissão: ■ secreções cervicovaginais - 6 a 12% ■ leite materno - 50% ○ maioria assintomática ● Diagnóstico: ○ cultura ou PCR - urina e saliva ○ sorologia: IgG ou IgM ■ pouco sensível e pouco específica ● Tratamento: ○ ganciclovir - 6 semanas (1ª escolha) ○ foscarnete Herpes - Simples vírus ● Introdução: ○ HSV-1: infecta pele e mucosa acima da cintura ○ HSV-2: infecção de genitália e do neonato ● HSV - Infecção perinatal: ○ maioria: HSV-2 ○ predomina a transmissão durante o parto ○ 5% - transmissão intrauterina ○ 10% pós-parto ○ infecção materna primária: taxa de transmissão de 33 - 50% ○ doença materna recorrente: taxa de transmissão de 1 a 3% ● Manifestações clínicas - 3 categorias: ○ 1- infecção de pele, olho e boca (5 - 6 dias após o parto) ○ 2- infecção do SNC (8 - 12 dias após o parto) → meningoencefalite herpética ○ 3- infecção disseminada (5 - 6 dias após o parto) ● Lesão característica: ○ vesículas e úlceras de pele (30 - 43% dos recém-nascidos) ● Acometimento do SNC: ○ letargia ○ tônus muscular reduzido ○ convulsões ● Atenção para: ○ pústulas - vesículas ○ ceratoconjuntivite ○ 70% das infecções localizadas não tratadas → doença do SNC ou disseminada ● Diagnóstico: ○ quadro clínico ○ isolamento do vírus ○ sorologia específica ○ demonstração em material de biópsia ou LCR ○ Meningoencefalite herpética: ■ PCR do líquor ■ líquor: hemácias, pleocitose (linfócitos - MONONUCLEARES), aumento da PTN, glicose normal ● Pegadinha: ○ HSV - Diagnóstico: ■ Meningoencefalite: ● EEG e RNM: lesão temporal, devemos pensar em meningoencefalite herpética. ● Tratamento: ○ Aciclovir (14 - 21 dias) ● Manejo obstétrico de gestante com HSV genital: lesões primárias ou recorrentes no início do trabalho de parto indica CESÁREA. Toxoplasmose ● Introdução: ○ O toxoplasma gondii é um protozoário adquirido por via oral ou transplacentário ● Toxoplasmose congênita: ○ Gestantes com infecção não tratada adquirida no 1º trimestre ■ taxa de transmissão para o feto: 17% (grave) ○ Gestante com infecção não tratada adquirida no 3º trimestre ■ taxa de transmissão para o feto: 65% (leve) ● CAI NA PROVA: ○ Toxoplasmose congênita: ■ Tríade clássica ● coriorretinite ● hidrocefalia ● calcificações cerebrais - GROSSEIRAS ● IMPORTANTE: ○ Toxoplasmose congênita: ■ > 50% dos recém nascidos são considerados normais ■ quase 100% terão lesões oculares ao longo da vida ● Outros sinais: ○ RCIU ○ Icterícia ○ trombocitopenia ○ microcefalia ○ surdez neurossensorial ● Diagnóstico: ○ fetal: ■ USG + PCR do líquido amniótico ○ RN: ■ identificação do toxoplasma no sangue ou fluidos corpóreos ○ Sorologia: ■ IgM ELISA ■ IgM ISAGA ou IgG (aumento 4x) ● Tratamento: ○ pirimetamina + sulfadiazina + ácido folínico durante 1 ano ■ O ácido folinico entra não como tratamento, mas sim para previnir os efeitos colaterais na interferência do metabolismo do ácido folico. ○ Prednisona: coriorretinite aguda envolvendo a mácula ou aumento PTN líquor ○ Tratamento durante a gestação: ■ Espiramicina no 1º trimestre de gestação (quando não tem suspeite de infecção fetal, querendo tratar somente a mãe) ■ Sulfadiazina + Pirimetamina após o 1º trimestre (quando tem suspeita de infecção fetal, e dai devemos tratar com essa pois ultrapassa a barreira placentária). ● Teste de avidez: ○ a avidez é a capacidade do anticorpo IgG de se ligar ao antígeno, sendo que com o passar do tempo a avidez aumenta (que é quanto o AC tem para se ligar no AG). Logo, acidez alta, mostra que faz tempo e avidez baixas determina infecção recente. Só tem valor pedir avidez, se o diagnóstico aconteceu no primeiro da gestação, pois iremos conseguir determinar se a infecção foi antes da gestação ou durante a gestação com perigo para o feto. ○ a sua força de ligação dependerá do tempo de exposição ao antígeno: ■ com o passar do tempo, os anticorpos da classe IgG vão apresentando avidez cada vez maior ○ porcentagem < ou = 30%: infecção teria ocorrido nos últimos 60 dias ○ porcentagem > ou = 60%: infecção há mais de 60 dias ○ porcentagem entre 31 - 59%: não permitem determinar o tempo de infecção. ● IMPORTANTE: ○ Síndrome da rubéola congênita: CATARATA + CO MPROMETIMENTO CARDÍACO + SURDEZ NEUROSSENSORIAL. ■ RCIU ■ Catarata ■ coração: miocardite, defeitos estruturais (PCA, estenose aa. pulmonar) ■ surdez ● Faça diagnóstico diferencial das infecções congênitas pelas imagens: 1- CMV - Calcificações periventricular 2- Toxoplasmose - calcificações grosseiras 3- Catarata / rubéola congênita 4- Herpes-simples 5- Herpes-zóster congênito → hipoplasia de membros 6- Sífilis congênita precoce 7- Sífilis congênita tardia
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