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Infecções Congênitas TORCH T- Toxoplasmose; O- Outras (HIV, HBV, Sífilis); R- Rubéola; C- Citomegalovírus; H- Herpes simples; Infecções Congênitas Transmitida via placentária, não pelo canal do parto; Transmitida em qualquer época da gestação, desde que a gestante esteja com infecção aguda; No 3° trimestre, maior chance de transmissão; No 1° trimestre, maior a gravidade; Suspeitas de TORCH ⇞ Microcefalia (PC <32 cm); ⇞ Catarata; ⇞ Hepatoesplenomegalia; ⇞ Infecção, sepse; ⇞ Plaquetopenia; ⇞ Anemia hemolítica; ⇞ Icterícia; ⇞ Petéquias e sufusões; ⇞ Alteração no SNC; Doença congênita mais comum no Brasil é a Sífilis; Virose congênita mais comum é o CMV; Sífilis Agente: Treponema pallidum (bactéria gram negativa); Na sífilis sexualmente adquirida, T. pallidum entra pelas membranas, mucosas ou pela pele, alcança os linfonodos regionais dentro de horas e rapidamente se dissemina ao longo do corpo; Pode ser transmitido não sexualmente por contato cutâneo ou transplacentário; Risco de transmissão é de aproximadamente 30% com um contato sexual com uma pessoa com sífilis primária; 60 a 80% de mãe para filho; Infecção anterior não confere imunidade contra reinfecção; Características no adulto Primária - Cancro; Secundária - Disseminação sistêmica; Terciária - Cardiológico, neurológico e cutâneo; Primária 9 a 90 dias de inoculação; Cancro duro - Lesão ulcerada com fundo limpo, indolor; Linfadenopatia regional importante, móvel e indolor; Autolimitada com 1 mês de evolução, sendo esse período de possível transmissão; VDRL negativo; Secundária Bactéria é disseminada pela corrente sanguínea produzindo lesões mucocutâneas generalizadas, edema de linfonodos; Sintomas iniciam 4 a 12 semanas depois de aparecer o cancro; Mais de 80% dos pacientes apresentam lesões mucocutâneas; 25% permanecem com um cancro residual; Sem tratamento, lesões podem desaparecer em poucos dias ou semanas, ser transitórias, persistentes; Terciária Sífilis cardiovascular (aortite, aneurisma), neurosífilis, paralisia geral, nódulos cutâneos; Não transmite mais a doença; VDRL -; Sífilis congênita Precoce (2 a 4 semanas pós parto); Tardia (após 2 anos de vida); Precoce Prematuridade; Óbito intra-útero; Mais frequente é hidropsia fetal (hemólise, anasarca); Pele Erupções eritemato-descamativas, úlceras peri-orais, descamação palmo-plantar ou lesões vesicobolhosas com conteúdo serossanguinolento; Aparelho respiratório Coriza, rinite pio-sanguinolenta, pneumonia alba (inativa surfactante, RX branco por microatelectasia) – lesão rica em treponemas; Estado geral Dificuldade no crescimento; Ossos Dores em ossos longos, periostite, osteocondrite metaepifisária, pseudoparalisia de Parrot (não mexe o membro porque dói); Abdome Hepatoesplenomegalia; Olhos Coriorretinite em sal e pimenta (pontos de hemorragia) Pode curar espontaneamente, porém com sequela; Tardia Em > de 2 anos; Ceratite intersticial ocular; Nariz em sela, fronte olímpica, dentes de Hutchinson, tíbia em sabre; Cicatrizes em forma de rágades em ângulo da boca; Diagnóstico Testes treponêmicos; O VDRL é o exame de rastreio mais usado no diagnóstico; Um resultado positivo surge habitualmente entre 2 a 4 semanas após a infeção. Se o teste for realizado um ou dois dias após o aparecimento da Sífilis, o VDRL pode ser falso negativo; Interpretação: ex: 1/8 – 8 é a quantidade de diluições até o soro parar de reagir com o antígeno (qto maior o denominador, + “infectado” o paciente está); Comparação do valor da mãe com o RN, se o do RN 4x o da mãe, está infectado. Se da mãe é 1/32 (ex.) e do RN é 1/8, pode ser que passou só o IgG pela placenta, não está necessariamente infectado; Liquor; Rx ossos longos; Os testes treponêmicos, como o FTA-ABS (Fluorescent Treponemal Antibody Absorption) ou TPHA (Treponema pallidum Hemaglutination Assay), pesquisam anticorpos dirigidos à bactéria Treponema pallidum, são testes confirmatórios, mais específicos e sensíveis que o VDRL. A sua janela imunológica é mais curta, podendo apresentar um resultado positivo poucos dias após o aparecimento da doença. O FTA-ABS também apresenta menores taxas de falsos positivos que o exame VDRL. O VDRL é utilizado como método de rastreio da Sífilis FTA-ABS é usado para confirmação. Na interpretação de resultados, deve-se considerar: VDRL Positivo e FTA-ABS Positivo - Presença da doença Sífilis; VDRL Positivo e FTA-ABS Negativo – Existência de outra doença que não Sífilis; VDRL Negativo e FTA-ABS Positivo - Sífilis na fase inicial ou já tratada ou na fase terciária; VDRL Negativo e FTA-ABS Negativo – Ausência da doença Sífilis. Tratamento com Penicilina; Toxoplasmose Congênita Agente - Toxoplasma gondii; Possui 3 formas: Oocistos, bradizoítos e taquizoítos; Hospedeiros definitivos: felinos em geral; Hospedeiros intermediários: mamíferos, aves, roedores e répteis; Transmissão Transplacentária Mais frequente- na infecção aguda no 3º trimestre (quanto mais tardia a infecção materna > a chance de toxo congênita); Casos mais graves e sintomáticos para o feto – infecção nos primeiros trimestres; Sintomas fetais NEUROLÓGICA (INFECÇÃO + PRECOCE): Calcificações intracranianas, alteração LCR, retinocoroidite, convulsões, hidrocefalia , microcefalia; •GENERALIZADA (INFECÇÃO + TARDIA): retinocoroidite, alt. LCR, hepatoesplenomegalia, linfadenopatia, icterícia, trombocitopenia e anemia; •Tétrade de Sabin (presente em pequena parte dos casos): - Hidro ou microcefalia - Calcificações cerebrais intraparenquimatosas - Coriorretinite (retinocoroidite bilateral), retardo mental; Tratamento Espiramicina; Na fase final: Pirimetamina, Sulfadiazina e Leucovorin; Citomegalovírus Família do Herpesviridae; DNA vírus; Encontrado em líquidos e secreções do organismo; Transmissão por contato direto ou indireto; Virose congênita mais frequente no Brasil; Se não tratada, sequela auditiva; Maior risco no início da gestação; Durante o trabalho de parto ou nas primeiras semanas de vida pode ocorrer contaminação com secreções uterinas infectadas; Contaminação com leite materno contendo CMV; Sintomas congênitos Icterícia; Hepatoesplenomegalia; Petéquias; Microcefalia; Coriorretinite; Calcificações cerebrais (periventriculares): + característico Pneumonia intersticial; Anemia hemolítica; Surdez uni ou bilateral ,Cegueira; Retardo mental; Paralisia espástica ou flácida; Diagnóstico Sorologia; Detecção de antígenos do CMV através de anticorpos monoclonais; PCR; Tratamento Aciclovir; Rubéola Família Togaviridae; Disseminação por aerossóis; Características Eritema (rash) maculopapular; Linfadenopatia; Febre; Artropatia; Síndrome da rubéola congênita Tríade clássica é catarata, defeitos cardíacos e surdez; Transitórias Baixo peso ao nascimento, hepatoesplenomegalia, púrpura trombocitopênica, lesões ósseas, meningoencefalite, hepatite, anemia hemolítica, pneumonia, linfadenopatia Permanentes Surdez, lesões cardíacas (estenose pulmonar periférica), estenose valvular pulmonar, ductoarterioso patente, defeito septal ventricular, defeitos oculares (retinopatia, catarata, microftalmia, glaucoma, miopia severa), outros defeitos (microcefalia, diabetes mellitus, distúrbios da tireóide, anormalidades dermatoglípticas; Diagnóstico Sorologia; Coleta de sangue do cordão umbilical; Herpes Tipo 1 - Labial; Tipo 2 - Genital; Agente - Herpesvirus hominus; Se acumula em gânglio nervoso; Transmissão - Contato com secreção infectada; Indicação de cesárea; Não tem cura; Períodos de transmissão Lesões primárias - No mínimo uma semana; Infecção recorrente: 3-4 dias; Transmissão pré-natal - Via uterina transplacentária ou genital ascendente; Transmissão perinatal e pós natal; Mãe com HSV genital Tempo de infecção Antes da 32° semana: 10% de chance de transmissão; Durante o parto: 40-80% de chance de transmissão; Nascidos vivos (infecção congênita): Icterícia, hepatoesplenomegalia Sangramentos Microcefalia Conjuntivite, microftalmia, coriorretinite Convulsões e irritabilidade Hipo ou hipertermia Podem aparecer as vesículas em pele (facilita o diagnóstico) Lesões podem acompanhar nervo, simulando Zoster ( diferencia por a herpes simples não ter vesículas e crostas ao mesmo tempo) Diagnóstico Cultura viral; Gold standart; Reação de PCR; Detecção do DNA viral; Tratamento Aciclovir;
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