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APLICAÇÃO DA PROVA REGIMENTAL (P2) ONLINE 
IDENTIFICAÇÃO 
CURSO: ENFERMAGEM 
BIMESTRE: 2 PERÍODO: 7˚ 
DISCIPLINA: CUIDAR ENFERMAGEM EM SAÚDE MENTAL 
PROFESSORA: JÚLIA CAROLINA DE MATTOS CERIONI SILVA 
DATA: 07/06/2021 
 
 
Numa manhã de segunda-feira, R., 36 anos, casada, foi levada ao Pronto Socorro por 
seu marido. Estava agitada, entrou gritando, chutou a porta do consultório médico, 
ameaçou os funcionários e precisou ser contida. Após 10 horas de ter sido medicada, 
teve alta e voltou para casa. 
Na noite de quarta-feira, R, retorna ao Pronto Socorro com seu marido. Este relata que 
a mesma ingeriu grande quantidade de medicamentos tranquilizantes (não sabe 
informar o qual), diz apenas que são medicamentos que foram receitados pelo médico 
plantonista que atendeu R na manhã de segunda-feira. Após o atendimento inicial, R. é 
encaminhada a Unidade de Internação. 
Na Unidade de internação, R. foi recepcionada pela enfermeira Virgínia. Esta ao olhar a 
ficha já pode perceber que se tratava de mais uma paciente deprimida e suicida. 
Quando R. entrou com seu marido para o atendimento, Virginia se sentiu 
imediatamente ligada a ela por uma sensação de empatia. Virginia conta que ela era 
miúda, de aparência frágil, com um rosto bem magro e cansado. Seus cabelos longos e 
escuros escondiam-lhe parcialmente o rosto. Ela ignorou as apresentações da Enf. 
Virginia, olhando fixamente para o chão. Virginia tinha como desafio inicial conquistar a 
confiança de R. para abrir os canais de comunicação, avaliar seu potencial para o 
suicídio e proporcionar um ambiente seguro. Conta que R. tinha um risco alto de ferir a 
si mesma. Ela foi colocada sob rígidas precauções contra o suicídio. O trabalho inicial 
de Virginia consistiu em observar R. em relação à sua aparência, gestos, interesses, 
sua comunicação não-verbal. Frequentemente, R. ficava se balançando para frente e 
para trás, enrolada em um cobertor cor-de-rosa, durante as interações com Virginia. 
Por mais que Virgínia buscasse estimular o desenvolvimento de um assunto R. pouco 
respondia. Mesmo assim a enfermeira persistiu em realizar o início das interações e 
conduzi-las dessa forma durante todo o tempo. 
Após alguns encontros, Virginia perguntou a R. como era estar deprimida. Isso foi o 
início das revelações de R., ela então conseguiu admitir seu medo e dor, e começou a 
contar quais eram as suas necessidades insatisfeitas. Contou sobre a sua infância, 
onde havia vivido em casas infestadas de ratos. Seu pai trabalhava em uma padaria e 
às vezes a única comida que tinham era o pão que ele trazia para casa. Ela tinha dois 
irmãos e duas irmãs, e morava com estes e mais um tio e um avô. À medida que sua 
 
 
confiança em Virginia aumentava, ela revelou o abuso sexual que sofrera pelo tio e 
pelo avô. Às vezes, os detalhes vinham-lhe tão claramente que ela tremia e chorava. 
As conversas trataram também da sua vida atual, sobre a sua frigidez, sobre a filha de 
seis anos e sobre seus pesadelos. Ela com frequência comentava que seu marido e 
sua filha viveriam melhor sem ela. Comentou que já havia tentado o suicídio 
anteriormente com ingestão de tranquilizantes, Virgínia explicou sinteticamente o 
mecanismo de ação dos tranquilizantes quando ingerido em grande quantidade e se 
colocou à disposição para outras dúvidas e também para caso R. não se sinta bem. R. 
ainda chorava muito durante as interações e revelava sentir-se desesperançosa e 
extremamente triste. Sabendo da baixa autoestima de R., Virginia começou a trabalhar 
com ela mais individualmente e de forma mais próxima. Contudo, a enfermeira 
percebeu que estava se envolvendo demais na situação. Consultou a sua supervisora 
e discutiu algumas opções. Questionou-se a respeito do nível de ajuda que estava 
oferecendo à sua paciente, notando que às vezes podia desejar sentir-se como uma 
salvadora onipotente, e não tinha certeza se estava apoiando a independência ou a 
dependência de R. Era importante reconhecer os seus sentimentos enquanto 
terapeuta, conversando com alguém abertamente e discuti-los, para poder avançar. 
Embora Virginia sentisse vínculo, sabia que precisava ajudar R. a encontrar suas 
próprias forças. 
Virgínia passou a encorajar R a reconhecer suas emoções e a perceber que os 
acontecimentos de sua vida são partes essenciais ao que R. é hoje em dia. R. relatou 
ter contado sobre seu passado ao seu marido e relatou ter se sentido mais aliviada 
depois disso. Disse também ter se esforçado em brincar mais com a filha e percebeu 
que a criança gostava de sua companhia. Virgínia ficou extremamente satisfeita com 
todas as descobertas de R. 
Discutiram a data provável de sua alta, conversaram sobre as prioridades e as 
decisões que ela tomara. Conversaram sobre boas e más escolhas, e sobre a ausência 
de escolhas também. R. já estava fazendo planos para o futuro. 
Virginia conta que ficou até mais tarde no trabalho no dia da alta de R., que enviou 
cartões de Natal, deixou presentes e inclusive tentou ligar na casa de Virginia algum 
tempo depois. Era difícil para Virginia, pois ela desejava falar com R. novamente, mas 
conhecia os limites de um relacionamento terapêutico e sabia que a paciente ficaria 
bem. Ela inclusive procurou o terapeuta ambulatorial de R., e ele informou que ela 
estava fazendo curso sobre linguagem de sinais (durante sua internação, R. tornara-se 
amiga de uma senhora surda) e também de palhaço, algo que ela sempre quisera fazer 
para divertir as pessoas e sentir-se bem. 
 
Adaptado. Stuart GW, Laraia MT. Enfermagem psiquiátrica: princípios e práticas. Porto Alegre: Artemd, 2001. p. 
414. 
 
 
 
QUESTÃO 01. (Valor: 0,50). Sobre os tipos de internações em psiquiatria, coloque V 
para as afirmações que considere verdadeiras e F para as falsas. Após, assinale a 
alternativa que possui a sequência correta. 
( ) Voluntária: aquela que se dá com o consentimento do usuário. 
( ) Involuntária: aquela que se dá sem o consentimento do usuário e a pedido de 
terceiro. 
( ) Compulsória: Se distingue da involuntária por ser requerida pela justiça. Mesmo 
que a internação seja involuntária ou compulsória, o tratamento involuntário só poderá 
ser imposto ao cliente para atender ao interesse maior das necessidades dele. 
a) V, F, V. 
b) V, V, F. 
c) F, V, V. 
d) V, V, V. 
e) V, V, F 
 
QUESTÃO 02. (Valor: 0,50) Agitação psicomotora é diferente de agressividade. A 
agressividade visa causar lesões físicas a si ou a outras pessoas. Assinale a alternativa 
que apresenta as características de um comportamento agressivo. 
a) rosto fechado, aproximação excessiva e fazer ameaças. 
b) estar falante, andar de um lado para o outro e não desejar ser atendido. 
c) dar socos e murros nos objetos. 
d) gritar, não deixar o profissional de enfermagem medicá-lo, entrar nos consultórios 
sem ser convidado. 
e) A e C estão corretas. 
 
QUESTÃO 03. (Valor: 0,50) A tentativa de suicídio é uma urgência ou uma 
emergência? Justifique sua resposta. 
QUESTÃO 04. (Valor: 1,00) Cite 8 estratégias da Comunicação Terapêutica e 
classifique essas estratégias em: expressão, clarificação e validação. 
QUESTÃO 05. (Valor: 1,00) Foi prescrito Fluoxetina 20 mg (1 cp pela manhã). Esta 
medicação é um inibidor seletivo da receptação de serotonina. Quais são os principais 
efeitos colaterais desta medicação? Quais seriam as orientações de enfermagem 
relacionadas à interação medicamentosa e alimentar? 
 
 
QUESTÃO 06. (Valor: 1,00) Sublinhe (ou grife com cores diferentes) no texto e aponte 
as fases do Relacionamento Interpessoal. 
QUESTÃO 07. (Valor: 0,50) A fase da resolução ocorreu de forma esperada? Justifique 
sua resposta 
QUESTÃO 08. (Valor: 1,00) Quais são os papéis que o enfermeiro pode desenvolver 
durante o relacionamento terapêutico? Leia o caso e aponte dois papéis que a 
enfermeira desempenhou durante a relação terapêutica.

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