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Sistema de Gestão Ambiental 
Aula 05 – Controle da poluição: tecnologias fim-de-tubo 
 
 
Tecnologia em Gestão Ambiental a Distância 
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GOVERNO DO BRASIL
Presidente da República
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Ministro da Educação
FERNANDO HADADD
Secretário de Educação a Distância
CARLOS EDUARDO BIELSCHOWSKY
Diretor Geral do CEFET/RN
BELCHIOR DA SILVA ROCHA
Coordenador da COTED/UAB
ERIVALDO CABRAL
Coordenadora Adjunta da UAB
ANA LÚCIA SARMENTO HENRIQUE
Coordenadora do Curso de Tecnologia em
Gestão Ambiental
NARLA SATHLER MUSSE
 
 
 
SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL – 
AULA 05 
 
Professor Pesquisador/Conteudista 
HANDSON CLAUDIO DIAS PIMENTA 
 
Coordenação da Produção de Material 
Didático 
ARTEMILSON LIMA 
 
Design Instrucional 
ILANE CAVALCANTE 
 
Revisão Linguística 
KLÉBIA DE SOUZA 
 
Formatação Gráfica 
KENJI YOKOIGAWA 
MARCELO POLICARPO 
EDICLEIDE PINHEIRO 
 
Ilustrador 
KENJI YOKOIGAWA 
MARCELO POLICARPO 
EDICLEIDE PINHEIRO 
 
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Aula 05 
 
 
Conteúdo: CONTROLE DA POLUIÇÃO: TECNOLOGIAS 
FIM-DE-TUBO 
 
 
APRESENTANDO A AULA 
 
Os resíduos sólidos, efluentes líquidos e emissões 
atmosféricas são formas de poluentes resultantes 
das atividades produtivas, além de 
outras formas de poluição, como 
ruídos e vibrações. Frente aos efeitos desses 
poluentes e outras formas de 
interação com meio ambiente, 
além disso, considerando o avanço da 
legislação ambiental, que passou a 
regulamentar e a exigir o 
atendimento do principio do 
Poluidor-Pagador, estudado em 
aulas anteriores, as empresas se viram 
obrigadas a controlar seus efeitos no meio ambiente. 
Assim, nesta aula, você verá algumas formas de 
controle da poluição das atividades produtivas, através das 
tecnologias de fim-de-tubo. Você perceberá que, geralmente, 
essas tecnologias são condicionadas pelos dispositivos legais, 
por exemplo, o estabelecimento de limites de poluentes 
contidos em um efluente líquido a ser lançado em um corpo 
d´água pode induzir na escolha da opção tecnológica de 
tratamento desses. 
Para tanto, esta aula abrangerá: tratamento de 
efluentes líquidos e gerenciamento de resíduos sólidos. 
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DEFININDO OBJETIVOS: 
Ao final desta aula, você deverá ser capaz de: 
- identificar e orientar a aplicação de tecnologias de fim-de-
tubo visando à adequação ambiental de empresas. 
 
 
 
 
CARACTERISTICAS GERAIS DAS TECNOLOGIAS DE FIM-
DE-TUBO 
 
A exigência dos órgãos ambientais para a adequação 
das atividades produtivas, principalmente sob a ótica dos 
princípio do poluidor-pagador, fez com que as empresas 
passassem a controlar seus efeitos no meio ambiente. 
Um procedimento padrão, para as empresas 
inicialmente se adequarem frente às questões ambientais, 
consiste na busca do licenciamento ambiental, que você já 
estudou em disciplinas anteriores. Recapitulando, o 
licenciamento ambiental trata-se de um instrumento utilizado 
pelo Estado para gerenciar o meio ambiente e foi instituído 
pela Política Nacional de Meio Ambiente (PNMA), Lei 
6.938/81, de 31 de agosto de 1981. 
Pela PNMA, os empreendimentos efetivos ou 
potencialmente poluidores deverão ser previamente 
licenciados, assim como os órgãos financiadores deverão 
adotar medidas que exijam a conformidade com as Normas 
do CONAMA. 
Assim, no processo de licenciamento ambiental, o 
órgão responsável exige das atividades produtivas os projetos 
técnicos de controle da poluição e comprovação de execução 
dos mesmo, ou seja, a operação de estações de tratamento 
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de efluentes líquidos, projeto de gerenciamento de resíduos, 
com correta destinação final desses (reciclagem, tratamento, 
e/ou aterro sanitário), projeto de isolamento acústico, dentre 
outros. 
Um dos pontos fortes das tecnologias de 
fim-de-tubo é a adequação do lançamento dos 
poluentes no meio ambiente sob a óptica da 
exigência da legislação ambiental, isto é, os 
padrões exigidos geralmente pelas resoluções 
do CONAMA. 
Entretanto, esses equipamentos de 
controle da poluição agregam custos adicionais 
durante toda a vida útil da empresa em 
decorrência das operações necessárias e das 
providências para solucionar os problemas 
gerados pelos poluentes captados. 
Por exemplo, o custo com substâncias 
químicas utilizadas para tratar um efluente 
de uma indústria de tintas, o custo de 
energia elétrica consumida em uma 
estação de tratamento do tipo lagoa 
aerada e os custos dos funcionários 
responsáveis pelo tratamento. 
Nas tecnologias de fim-de-tubo, 
basicamente ocorre a mudança de estado físico dos 
poluentes, por exemplo, o poluente contido no efluente líquido 
e convertido em lodo na estação de tratamento, sendo 
necessária a disposição final desse. 
No próximo tópico, você estudará algumas tecnologias 
de tratamento de efluentes líquidos, em seguida, o 
gerenciamento de resíduos sólidos. 
 
 
 
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ATIVIDADE 01 
A atividade a seguir deve ser feita antes de prosseguir nos 
estudos da aula. 
01 Explique a relação da legislação ambiental com as 
tecnologias de fim-de-tubo. 
 
 
TECNOLOGIAS DE FIM-DE-TUBO 
 
Tratamento de efluentes líquidos 
O lançamento de efluentes líquidos 
in natura nos recursos hídricos resulta, 
além de vários problemas socioambientais, em 
impactos significativos sobre a vida aquática e o meio 
ambiente como um todo. Por exemplo, a matéria 
orgânica presente nos dejetos ao entrar em um 
sistema aquático leva a uma grande proliferação de 
bactérias aeróbicas, provocando o consumo de oxigênio o 
que compromete a vida aquática aeróbica. 
São outros exemplos de impactos a eutrofização, a 
disseminação de doenças de veiculação hídrica, 
agravamento do problema de escassez de água de 
boa qualidade, desequilíbrio ecológico, dentre outros 
(PIMENTA et al, 2002). 
Os esgotos são compostos por constituintes 
físicos, químicos e biológicos. Desde que não haja 
significativa contribuição de despejos industriais a 
composição do esgoto doméstico ou sanitário é 
razoavelmente constante. Esse efluente contém 
aproximadamente 99,9% de água e apenas 0,1% 
de sólidos. 
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É devido a essa fração de sólidos que ocorrem os 
problemas de poluição nas águas, trazendo a necessidade do 
tratamento. A fração inorgânica dos efluentes corresponde a 
30% da quantidade de matéria sólida existente. Seus 
principais componentes são os detritos minerais pesados, sais 
e metais (MOTA, 1997). 
Os efluentes industriais, além da matéria orgânica, 
podem levar substâncias químicas tóxicas ao homem e 
outros animais. Esses variam muito em sua 
constituição, ou seja, apresentam uma 
série de contaminantes em 
concentrações variadas, os 
quais precisam ser removidos 
para que os corpos de água 
receptores não sejam alterados 
quanto a sua qualidade, 
mantendo-se dentro dos padrões fixados 
pela legislação (BRAILE,1979). 
Na tabela a seguir, você verá as características de 
alguns efluentes industriais: 
Atividade DBO 
mg/L 
Sólidos 
Mg/L 
DQO 
mg/L 
Graxas 
mg/L 
Abatedouro de bovinos 1300 960 2500 460 
Extração de óleo de soja 220 140 440 - 
Produtos de borracha 200 250 300 - 
Sorvete 910 260 1830 - 
Queijo 3160 970 5600 - 
Laminação de metais 8 27 36 - 
Tapeçarias 140 60 490 - 
Doces 1560 260 2960 200 
Fábrica de motos 30 26 70 - 
Batatas fritas 600 680 1260 - 
Farinha 330 330 570 - 
Laticínios 1400 310 3290 - 
Lavanderia industrial 770 450 2400 520 
Indústria farmacêutica 270 150 390 160 
Abatedouro de aves 200 310 450 - 
Refeições 270 60 420 - 
Refrigerantes 480 480 1000 - 
Engarrafamento de leite 230 110 420 - 
Tabela 01 - Composição típica do esgoto bruto de algumas atividades produtivas 
Fonte: Adaptado (MENDONÇA, 1990). 
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Assim, você pode notar que o efluente precisa ser 
coletado, tratado e ter um destino final adequado. De forma 
geral, não existe um sistema de tratamento padrão para ser 
utilizado. Vários fatores influenciarão na escolha das opções 
tecnológicas, tais como, disponibilidade de área, qualidade 
desejada para o efluente tratado, da legislação referente ao 
local, disponibilidade de recursos financeiros, dentre outros. 
O tratamento de efluentes consiste na remoção de 
poluentes de forma a transformar a matéria orgânica em 
inorgânica (mineralização e consequente redução de DBO) e 
a remoção de micro-organismos patogênicos, além de outros 
poluentes. 
Muitas opções de tratamento se baseiam em 
processos que ocorrem normalmente na natureza, os quais 
são denominados de autodepuração ou estabilização. A 
autodepuração de um corpo aquático consiste na capacidade 
de receber e depurar, através de mecanismos naturais, certa 
quantidade de matéria orgânica. Esse processo inclui toda 
assimilação, decantação e digestão de compostos estranhos, 
inclusive os metais. 
Não existe um sistema de tratamento padrão para ser 
utilizado. Vários fatores influenciarão na escolha das opções 
tecnológicas. Veja alguns deles: 
• disponibilidade de área; 
• clima favorável; 
• tipologia industrial; 
• características do efluente bruto; 
• qualidade desejada para o efluente tratado; 
• capacidade do corpo receptor de receber a 
carga poluidora; 
• exigências dos órgãos ambientais; 
• disponibilidade de recursos financeiros; 
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• legislação referente ao local. 
Em relação à legislação, hoje no Brasil, um dos 
principais diplomas legais em vigência é a resolução do 
CONAMA n° 357/2005, que dispõe sobre a classificação dos 
corpos de água e diretrizes ambientais para o seu 
enquadramento, bem como estabelece as condições e 
padrões de lançamento de efluentes e dá outras providências. 
No Capítulo IV da resolução acima mencionada, a 
partir do 24° parágrafo, é estabelecido que os efluentes de 
qualquer fonte poluidora somente poderão ser lançados, 
direta ou indiretamente, nos 
corpos de água, após o devido 
tratamento e desde que 
obedeçam às condições, aos 
padrões e às exigências dispostos 
nessa Resolução e em outras 
normas aplicáveis, sendo vedado 
o lançamento e a autorização de 
lançamento de efluentes em 
desacordo com a mesma. 
Você poderá observar 
outras especificações da 
resolução, conforme segue a 
seguir: 
• é vedado, nos 
efluentes, o lançamento dos Poluentes Orgânicos 
Persistentes-POPs, mencionados na Convenção de 
Estocolmo, ratificada pelo Decreto Legislativo no 204, 
de 07 de maio de 2004. Nos processos onde possa 
ocorrer a formação de dioxinas e furanos deverá ser 
utilizada a melhor tecnologia disponível para a sua 
redução, até a completa eliminação (Artigo 27); 
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• a disposição de efluentes no solo, mesmo 
tratados, não poderá causar poluição ou contaminação 
das águas (Artigo 29); 
• no controle das condições de lançamento, é 
vedada, para fins de diluição antes do seu lançamento, 
a mistura de efluentes com águas de melhor 
qualidade, tais como as águas de abastecimento, do 
mar e de sistemas abertos de refrigeração sem 
recirculação (Artigo 30); 
• no artigo 34 são especificadas algumas 
características que o efluente deve atender antes de 
ser lançado, saiba quais são: 
I - pH entre 5 a 9; 
II - temperatura: inferior a 40ºC, sendo que a 
variação de temperatura do corpo receptor não 
deverá exceder a 3ºC na zona de mistura; 
III - materiais sedimentáveis: até 1 mL/L em teste de 
uma hora em cone Imhoff. Para o lançamento em 
lagos e lagoas, cuja velocidade de circulação seja 
praticamente nula, os materiais sedimentáveis 
deverão estar virtualmente ausentes; 
IV - regime de lançamento com vazão máxima de 
até 1,5 vezes a vazão média do período de 
atividade diária do agente poluidor, exceto nos 
casos permitidos pela autoridade competente; 
V - óleos e graxas: óleos vegetais e gorduras 
animais até 50mg/L; e 
VI - ausência de materiais flutuantes. 
No Brasil, principalmente no Nordeste, devido a sua 
grande área e a grande incidência luminosa durante o ano, é 
recomendo sistemas de ação biológica, como o valo de 
oxidação e a lagoa de estabilização. Entretanto, como já 
exposto, outras variáveis poderão ser consideradas na 
escolha da opção tecnológica. 
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A seguir, você verá alguns tratamentos biológicos: 
 
Lagoas de estabilização 
De acordo com o autor Suetonio Mota (1997), “as 
lagoas de estabilização constituem um processo de 
tratamento de esgoto que aproveita fenômenos naturais, 
sendo mais indicadas para regiões de clima tropical”. 
Seu tratamento é feito através de fenômenos naturais: 
físicos, químicos e biológicos, sem a necessidade de energia 
externa, exceto a solar. Outras vantagens podem ser citadas, 
como a simplicidade de operação e funcionamento, o baixo 
custo de operação e manutenção e a excelente eficiência de 
tratamento. 
A matéria orgânica dissolvida no efluente das lagoas é 
bastante estável e a DBO, geralmente, encontra-se numa 
faixa de 30 a 50 mg/L e a remoção de coliformes, no qual se 
tem alcançado até 99,9999% de eficiência nas lagoas de 
maturação em série (CNTL, 2003). 
Vale destacar que alguns autores incluíram as lagoas 
aeradas mecanicamente entre as lagoas de estabilização. 
Mas observa-se que esse processo engloba ônus como 
equipamentos, energia, manutenção, entre outros, 
diferenciando, assim, das lagoas de estabilização 
propriamente dita. 
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Filtros biológicos 
Os filtros biológicos ou leitos bacterianos são 
constituídos de cascalhos de pedra, ou pedra britada, 
enchimentos plásticos, ou ainda de tijolos, nos quais, com a 
entrada do esgoto no sistema, ocorre a formação de uma 
colônia de micro-organismos (bactérias, fungos, protozoários 
etc). 
Os filtros biológicos são sistemas aeróbios, pois o ar 
circula nos espaços vazios entre o meio filtrando concedendo 
o oxigênio para a respiração dos micro-organismos. A 
ventilação é usualmente natural e os efluentes são aplicadossob a forma de gotas ou jatos. 
Logo, a presença de matéria orgânica, como 
alimento, e de oxigênio para respiração mantém o 
sistema. 
Os filtros são normalmente circulares, 
podendo variar seu diâmetro. Contrariamente ao seu 
nome, a função primária do filtro não é a de filtrar, 
uma vez que o diâmetro das pedras permite a 
formação de grande espaço de vazios, ineficientes 
para filtração. A função do meio é tão somente a de 
fornecer suporte para a formação da película 
microbiana, que removerá a matéria orgânica (CNTL, 
2003). 
Destaca-se que a aplicação dos efluentes 
sobre o meio é, frequentemente, feita por meio de 
distribuidores rotativos (o que demanda consumo de 
energia elétrica). O líquido escoa rapidamente pelo 
meio suporte, no entanto, a matéria orgânica é 
adsorvida pela película microbiana, ficando retida um 
tempo suficiente para a sua estabilização (CNTL, 
2003). 
 
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Reatores anaeróbicos 
A biodigestão anaeróbica vem se tornando uma opção 
viável para certos tipos de despejos, principalmente os mais 
facilmente biodegradáveis, tais como despejos de indústrias 
alimentícias, agroindústrias etc. 
Esse processo baseia-se em uma série de reações em 
sequência, desencadeadas por micro-organismos 
anaeróbicos, os quais promovem a redução das moléculas 
orgânicas, como gorduras, aldeídos, álcoois, entre outras. 
 
Valo de oxidação 
O valo de oxidação pode ser 
definido como um processo de depuração 
biológica chamado de lodos ativados 
modificados. Mais precisamente esse 
processo está enquadrado dentro de um 
grupo de tratamento de mistura completa 
com aeração prolongada, processo que 
consiste em combinar aspectos biológicos, 
tais como, a oxidação de moléculas 
complexas, pela respiração das bactérias, 
com a aeração constante do efluente 
(PIMENTA et al, 2002). 
 
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Fossas sépticas 
Esse sistema de tratamento, na verdade, é composto 
por duas unidades: o tanque séptico e uma unidade de 
disposição do seu efluente. O projeto, a construção e a 
operação de sistemas de tanques sépticos e das unidades de 
disposição de seus efluentes estão disciplinados pela norma 
NBR - 7229/1993, da ABNT. 
A fossa séptica está destinada a receber contribuições 
de esgotos domésticos, possuindo a capacidade de dar aos 
esgotos um grau de tratamento equivalente a sua simplicidade 
e custo (PIMENTA et al, 2002). 
A presença dessas fossas pode representar um risco 
ao aquífero subterrâneo, tendo em vista, à infiltração no solo e 
os efeitos ofensivos provenientes da decomposição da 
matéria orgânica, bem como os efeitos maléficos possíveis, 
causados à saúde humana, levando-se em consideração a 
presença de micro-organismos patogênicos na água 
consumida pela população. 
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GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS 
 
O tema gerenciamento de resíduos sólidos (RS) é 
considerado um dos assuntos de maior amplitude nas 
questões ambientais, em vista dos aspectos técnicos 
envolvidos e dos impactos decorrentes. De acordo com a 
ABNT (2004), são considerados RS os resíduos em estado 
sólido e semissólido, incluindo os lodos provenientes de 
sistemas de tratamento de água, aqueles gerados em 
equipamentos e instalações de controle de poluição, bem 
como determinados líquidos cujas particularidades tornem 
inevitável o seu tratamento na rede pública de esgotos ou 
corpos de água, ou exijam para isso soluções técnicas e 
economicamente inevitáveis em face à melhor tecnologia 
disponível. 
O gerenciamento de resíduos sólidos para uma 
empresa é um processo que aponta e descreve as ações 
relativas ao manejo dos resíduos sólidos no âmbito dos 
estabelecimentos, contemplando a segregação na origem, 
coleta, manipulação, acondicionamento, armazenamento, 
transporte, minimização, reutilização, reciclagem, tratamento e 
disposição final (PIMENTA; MARQUES JUNIOR, 2006) 
Na abordagem corretiva que você viu na aula três, isto 
é, nas tecnologias fim-de-tubo, o foco do gerenciamento de 
resíduos sólidos nas empresas consiste na disposição final e 
no tratamento, conforme você pode perceber na figura 1. As 
potencialidades de reaproveitamento, reciclagem ou mesmo a 
busca por oportunidades de minimização da geração dos 
resíduos são desconsideradas. Tendo a visão apenas de um 
entulho que precisa ser retirado da empresa, o que também 
acarreta em custos. 
 
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Figura 01 – Padronização das cores para segregação de resíduos. 
Fonte: Adaptado (CNTL, 2003) 
 
Assim, a seguir, você verá a as etapas componentes 
de um programa de gerenciamento de resíduos sólidos, que 
podem favorecer tanto o processo de disposição final ou 
tratamento, quanto facilitar o encaminhamento dos resíduos 
para o reaproveitamento ou reciclagem. O processo de 
minimização da geração você verá na Aula 6 – Produção mais 
Limpa. 
 
Segregação na origem e acondicionamento 
Antes de qualquer coisa, é necessário que você defina 
aquilo que vai ser controlado, ou seja, é preciso saber quais 
resíduos são gerados, principalmente definir sua 
periculosidade. 
A segregação na origem consiste na separação dos 
resíduos de acordo com sua classificação no local ou etapa 
do processo produtivo onde o mesmo foi gerado, em 
acondicionadores apropriados. 
A correta separação é uma importante etapa no 
gerenciamento de resíduos, pois permite o tratamento 
diferenciado, a racionalização de recursos despendidos e 
facilita a reciclagem. A segregação é importante porque evita 
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a mistura de resíduos incompatíveis e reduz o volume de 
resíduos perigosos a ser tratados. Além disso, devem ser 
observados os seguintes itens, conforme CNTL (2003): 
- a separação deve ser realizada no local de origem; 
- devem ser separados os resíduos que possam gerar 
condições perigosas quando combinados; 
- deve-se evitar misturar resíduos semissólidos com 
resíduos sólidos. 
A seguir, na figura 2, você verá uma padronização da 
segregação de resíduos através do estabelecimento de cores 
padrão pela Resolução CONAMA nº 275/01: 
Figura 2 – Padronização das cores para segregação de resíduos. 
Fonte: Adaptado (BRASIL, 2001) 
 
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Assim, o processo de acondicionamento tem como 
finalidade depositar os resíduos nos recipientes designados e 
apropriados para cada um, de acordo com suas 
características e possibilidade de reaproveitamento, 
tratamento ou destino para reciclagem. 
No acondicionamento devem ser respeitadas 
informações básicas sobre o resíduo, tais como: 
características, quantidades geradas, periodicidade, tipo de 
transporte utilizado e forma de tratamento ou disposição final. 
Normalmente, são utilizados dois tipos de recipientes: o de 
pequena capacidade e o de grande capacidade. A seguir, 
você verá alguns tipos de acondicionadoresconforme CNTL 
(2003): 
- tambores de 200L; 
- a granel; 
- caçamba (container); 
- tanque; 
- tambores de outros tamanhos e bombonas; 
- fardos; 
- sacos plásticos; 
- baldes plásticos. 
É importante observar a necessidade de treinamento e 
conscientização das pessoas que atuam na empresa, 
principalmente aquelas que manuseiam os resíduos. 
 
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Coleta e transporte interno 
A coleta e o transporte interno 
objetivam recolher os resíduos que 
foram devidamente acondicionados 
nas áreas de geração e transportá-
los através de equipamentos 
adequados ou manualmente, pelas 
áreas internas da empresa até a área 
de armazenagem temporária de 
resíduos. Alguns cuidados nessa 
fase, você deverá ter tais como: 
equipamentos de proteção individual 
para os funcionais, como botas, 
luvas, mascaras, dentre outros. 
 
Armazenamento 
Contenção temporária de resíduos em área 
com uso específico para tal fim, constituída 
de cobertura e piso impermeável a 
espera de reciclagem/reutilização, 
tratamento ou disposição final 
adequada, desde que atenda às 
condições básicas de segurança. 
O armazenamento dos 
resíduos deverá ser executado 
conforme as condições estabelecidas nas 
normas: 
- NBR 12235 – Armazenamento de resíduos 
perigosos; 
- NBR 11174 – Armazenamento de resíduos não 
inertes e inertes; 
- NBR 98 – Armazenamento e manuseio de líquidos 
inflamáveis e combustíveis. 
 
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Coleta e transporte externo 
Recolher os resíduos armazenados temporariamente e 
transportá-los através de equipamentos adequados, por áreas 
externas à empresa até os locais de 
reciclagem externa, tratamento ou 
disposição final, requer que você tenha 
alguns cuidados: 
- certifique-se de que o motorista possua o 
devido treinamento; 
- certifique-se das boas condições do 
veículo de transporte; 
- verifique a existência de equipamentos 
para situações de emergência e de 
proteção individual; 
- avalie o acondicionamento, a distribuição 
dos resíduos no veículo e a correta 
colocação dos rótulos de risco e painéis de 
segurança. 
 
Reutilização 
Uso direto do resíduo dentro do processo, ou 
aproveitando as características físicas e químicas do resíduo 
para outro fim (PIMENTA; MARQUES JÚNIOR, 2006). 
 
Reciclagem 
Reúso ou recuperação de resíduos ou de 
seus constituintes por terceiros, diminuindo, 
assim, a quantidade de resíduos 
lançados no meio ambiente, além 
de contribuir para conservação 
dos recursos naturais não 
renováveis. 
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Tratamento 
Submeter o resíduo a determinado processo com o 
objetivo de modificar suas características físicas e/ou 
químicas como, por exemplo, redução de seu volume ou 
redução ou perda de toxicidade. 
Existem várias formas de se tratar um resíduo: 
convertendo constituintes agressivos em formas menos 
perigosas; alterando a estrutura química de determinados 
componentes, destruindo quimicamente produtos 
indesejáveis, tornando mais fácil sua assimilação pelo meio 
ambiente. 
A seguir, você verá alguns tipos de tratamento de 
resíduos: 
Classificação Característica Exemplo 
Físico separação e redução de volume. adensamento, desaguamento, secagem, filtração, 
centrifugação, adsorção, 
Físico-químico inertização e redução da toxicidade. encapsulamento e neutralização 
Químico separação e redução de volume e 
toxicidade. 
incineração, precipitação, oxidação, redução, co-
processamento, recuperação eletrolítica, 
gaseificação 
Biológico redução da toxicidade land-farming, digestão anaeróbia, compostagem, 
uso de plantas enraizadas 
Figura 02 – Tipos de tratamento de resíduos sólidos. 
Fonte: Adaptado (CNTL, 2003) 
 
Disposição final 
Dispor o resíduo de forma definitiva em área 
apropriada como, por exemplo, dispor o resíduo em aterro 
sanitário ou industrial. 
Esse processo consiste na disposição dos resíduos 
sólidos no solo (semelhante à prática com lixo domiciliar) que, 
fundamentado em critérios de engenharia e normas 
operacionais específicas, permite a confinação segura em 
termos de controle de poluição ambiental e proteção à saúde 
pública (CNTL, 2003) 
 
Sistema de Gestão Ambiental 
Aula 05 – Controle da poluição: tecnologias fim-de-tubo 
 
 
Tecnologia em Gestão Ambiental a Distância 
21
 
 
ATIVIDADE 02 
De acordo com esse tópico, responda as questões abaixo: 
01 Por que as tecnologias de fim-de-tubo acarretam custos 
adicionais para o empresário? 
02 Por que essas tecnologias desconsideram as abordagens 
preventivas e corretivas de gestão ambiental 
 
 
 
 
 
RESUMINDO 
Nesta aula, você aprendeu sobre as tecnologias de fim-de-
tubo. Viu que essas pertencem a abordagem corretiva de 
gestão ambiental e têm como grande vantagem a adequação 
da empresa frente às exigências legais, além de evitar 
maiores modificações no meio ambiente. Estudou, também, 
que o tratamento fim-de-tubo acarreta custos para empresa e 
muitas vezes desconsidera a potencialidade de minimização 
das cargas poluidoras, bem como o desenvolvimento de 
ações estratégicas para empresa. Como exemplo dessas 
tecnologias, você viu o tratamento de efluentes líquidos e o 
gerenciamento de resíduos sólidos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sistema de Gestão Ambiental 
Aula 05 – Controle da poluição: tecnologias fim-de-tubo 
 
 
Tecnologia em Gestão Ambiental a Distância 
22
 
 LEITURA COMPLEMENTAR 
 Para um aprofundamento desta aula, leia a obra 
descrita a seguir: 
PIMENTA, H. C. D; MARQUES JUNIOR, S. Modelo de 
gerenciamento de resíduos sólidos: um estudo de caso na 
indústria de panificação em Natal-RN. In: ENCONTRO 
NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO, 26, 2006, 
Fortaleza. Anais ... Fortaleza: ABEPRO, 2006. 
 
 
 
AVALIANDO SEUS CONHECIMENTOS 
 
Considerando que você compreende bem sobre as 
tecnologias fim-de-tubo, elabore um artigo contendo as 
vantagens e desvantagens das tecnologias de fim-de-tubo, 
além de caracterizar os tratamentos das tecnologias a seguir: 
incineração e Co-geração. 
 
 
CONHECENDO AS REFERÊNCIAS 
 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – 
ABNT. ABNT NBR 10004 – Resíduos sólidos: classificação. 
Rio de Janeiro: ABNT, 2004. 
 
 
BRAILE, Pedro Marcio. Manual de tratamento de águas 
residuárias industriais. São Paulo: CETESB, 1979. 
 
 
BRASIL. Resolução CONAMA nº 275, de 25 de abril de 2001. 
Estabelece o código de cores para os diferentes tipos de 
resíduos, a ser adotado na identificação de coletores e 
transportadores, bem como nas campanhas informativas para 
a coleta seletiva. In MEDAUAR, Odete. Coletânea de 
Sistema de Gestão Ambiental 
Aula 05 – Controle da poluição: tecnologias fim-de-tubo 
 
 
Tecnologia em Gestão Ambiental a Distância 
23
legislação ambiental. 6. ed. São Paulo: Revista dos 
Tribunais, 2007. 996 p. 
 
 
BRASIL. Resolução CONAMA nº 357, de 11 de março de 
2005. Dispõe sobre a classificação dos corpos de água e 
diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como 
estabelece as condições e padrões de lançamento de 
efluentes. In MEDAUAR, Odete. Coletânea de legislação 
ambiental. 6. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2007. 996 
p. 
 
 
CENTRO NACIONAL DE TECNOLOGIAS LIMPAS - CNTL. 
Implementação de produçãomais limpa na pequena e 
microempresa. Porto Alegre: CNTL, 2003. 
 
 
MOTA, Suetônio. Introdução à engenharia ambiental. Rio 
de Janeiro: ABES, 1997. 
 
 
MENDONÇA, Sergio Rolim; CEBALOS, Beatriz Susana de O. 
Lagoa de estabilização e aeradas mecanicamente: novos 
conceitos. João Pessoa. 
 
 
PIMENTA, H. C. D; MARQUES JÚNIOR, S. Modelo de 
gerenciamento de resíduos sólidos: um estudo de caso na 
indústria de panificação em Natal-RN. In: ENCONTRO 
NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO, 26, 2006, 
Fortaleza. Anais ... Fortaleza: ABEPRO, 2006. 
 
 
ILUSTRAÇÕES POR PÁGINA 
 
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Aula 05 – Controle da poluição: tecnologias fim-de-tubo 
 
 
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