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Assistência de Enfermagem na Saúde da Mulher, Adulto e Idoso

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Prévia do material em texto

Indaial – 2019
AssistênciA de enfermAgem 
nA sAúde dA mulher, 
Adulto e idoso
Prof.ª Amanda Caroline Sartori
Prof.ª Nádia Rodrigues Chagas Alves
Prof.ª Juliana Mello Função Lopes
Prof.ª Taís de Campos Moreira
Prof. Alexandre Machado Lehnen
Prof.ª Pamela Catiuscia Rodrigues Martins
Prof.ª Paula Gabriela Loss Neto
Prof.ª Caroline Costa Nunes Lima
Prof. Patrick da Silveira Gonçalves
Prof. Robert L. Kane
Prof. oseph G. Ouslander
Prof. Itamar B. Abrass
Prof.ª Barbara Resnick
Prof.ª Carolina Abbud
Prof.ª Michele Caroline da Silva Rodrigues
Prof. Admilson Soares de Paula
Prof. Lafaiete Luiz de Oliveira Junior
Prof.ª Marcela Carnier
Prof.ª Sandra Muttonir
1a Edição
Copyright © UNIASSELVI 2019
Elaboração:
Prof.ª Amanda Caroline Sartori
Prof.ª Nádia Rodrigues Chagas Alves
Prof.ª Juliana Mello Função Lopes
Prof.ª Taís de Campos Moreira
Prof. Alexandre Machado Lehnen
Prof.ª Pamela Catiuscia Rodrigues Martins
Prof.ª Paula Gabriela Loss Neto
Prof.ª Caroline Costa Nunes Lima
Prof. Patrick da Silveira Gonçalves
Prof. Robert L. Kane
Prof. oseph G. Ouslander
Prof. Itamar B. Abrass
Prof.ª Barbara Resnick
Prof.ª Carolina Abbud
Prof.ª Michele Caroline da Silva Rodrigues
Prof. Admilson Soares de Paula
Prof. Lafaiete Luiz de Oliveira Junior
Prof.ª Marcela Carnier
Prof.ª Sandra Muttonir
Revisão, Diagramação e Produção:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Conteúdo produzido
Copyright © Sagah Educação S.A.
Impresso por:
III
ApresentAção
Olá, acadêmico! Bem-vindo ao estudo da Assistência de Enfermagem 
na Saúde da Mulher, Adulto e Idoso. Com o estudo deste conteúdo esperamos 
que você amplie seus conhecimentos sobre o papel da enfermagem na saúde 
desses diversos públicos. Confira, a seguir, os principais aspectos que serão 
abordados nas unidades de ensino de nosso livro.
 
Na Unidade 1 vamos começar estudando sobre a assistência à 
saúde da mulher. Vamos destacar a Política Nacional da Atenção Integral 
à Saúde da Mulher, estudar a anatomia e fisiologia do Sistema Reprodutor 
Feminino e como quais os cuidados que o profissional de enfermagem deve 
ter na prevenção de agravos, como nos cuidados e atendimentos com essas 
pacientes.
 
Na Unidade 2, vamos estudar a assistência à saúde do adulto, 
visando estratégias de acolhimento e ao atendimento mais humanizado. 
Vamos estudar a importância da alimentação saudável e equilibrada para a 
promoção da saúde e prevenção de doenças. 
 
Por fim, na Unidade 3 será abordado a assistência de enfermagem ao 
idoso, o aspecto histórico e legal sobre o tema, bem como a atenção integral, 
o acolhimento e a proteção ao idoso.
 
Desejamos a você, uma ótima leitura e bons estudos!!
IV
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para 
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há 
novidades em nosso material.
Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos os acadêmicos desde 2005, é 
o material base da disciplina. A partir de 2017, nossos livros estão de visual novo, com um 
formato mais prático, que cabe na bolsa e facilita a leitura. 
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova 
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também 
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Assim, a UNIASSELVI, preocupando-se com o impacto de nossas ações sobre o ambiente, 
apresenta também este livro no formato digital. Assim, você, acadêmico, tem a possibilidade 
de estudá-lo com versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador. 
 
Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para 
apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assunto 
em questão. 
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas 
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa 
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Aproveito o momento para convidá-lo para um bate-papo sobre o Exame Nacional de 
Desempenho de Estudantes – ENADE. 
 
Bons estudos!
NOTA
V
VI
Olá, acadêmico! Iniciamos agora mais uma disciplina e com ela 
um novo conhecimento. 
Com o objetivo de enriquecer teu conhecimento, construímos, além do livro 
que está em tuas mãos, uma rica trilha de aprendizagem, por meio dela terás 
contato com o vídeo da disciplina, o objeto de aprendizagem, materiais complementares, 
entre outros, todos pensados e construídos na intenção de auxiliar teu crescimento.
Acesse o QR Code, que te levará ao AVA, e veja as novidades que preparamos para teu estudo.
Conte conosco, estaremos juntos nessa caminhada!
LEMBRETE
VII
UNIDADE 1 – ATENÇÃO A SAÚDE DA MULHER ..........................................................................1
TÓPICO 1 – SAÚDE INTEGRAL ...........................................................................................................3
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................................................3
2 POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DA MULHER .......................3
2.1 EVOLUÇÃO DAS POLÍTICAS DE ATENÇÃO À SAÚDE DA MULHER ...............................4
2.2 PROGRAMA DE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DA MULHER E POLÍTICA 
NACIONAL DE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DA MULHER ..........................................7
2.2.1 Diretrizes da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher .........................8
2.2.2 Objetivos gerais da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher ..............9
2.2.3 Objetivos específicos e estratégias da Política Nacional de Atenção Integral à 
 Saúde da Mulher .....................................................................................................................10
2.3 CUIDADOS DE ENFERMAGEM À SAÚDE DA MULHER .....................................................10
2.3.1 Cuidados de enfermagem à mulher na gestação ...............................................................12
2.3.2 Cuidados de enfermagem à mulher na prevenção do câncer do colo uterino e
 de mamas .................................................................................................................................13
2.3.3 Cuidados de enfermagem à mulher na atenção reprodutiva e à saúde sexual .............13
2.3.4 Cuidados de enfermagem à mulher em situação de violência sexual ............................14
2.3.5 Cuidados de enfermagem à mulher no climatério ............................................................14
2.3.6 Cuidados em relação à saúde mental e ao gênero .............................................................15
3 ANATOMIA E FISIOLOGIA DO APARELHO REPRODUTOR FEMININO E
 CICLO MENSTRUAL ..........................................................................................................................15
3.2 ANATOMIA DO APARELHO REPRODUTOR FEMININO ....................................................16
3.2.1 Genitália interna .....................................................................................................................18
3.2.1.1 Ovários ..................................................................................................................................18
3.2.1.2 Tubas uterinas ......................................................................................................................20
3.2.1.3 Útero ......................................................................................................................................22
3.2.1.4 Vagina ....................................................................................................................................23
3.2.1.5 Genitália externa ..................................................................................................................25
3.3 FUNÇÕES FISIOLÓGICAS DO APARELHO REPRODUTOR FEMININO...........................26
3.3.1 Hormônios hipofisários .........................................................................................................26
3.3.2 Hormônios ovarianos .............................................................................................................27
3.3.3 Puberdade e menarca .............................................................................................................28
3.3.4 Menopausa ..............................................................................................................................28
3.4 ETAPAS DO CICLO MENSTRUAL ..............................................................................................28
3.4.1 Ciclo ovariano .........................................................................................................................28
3.4.2 Ciclo uterino ............................................................................................................................29
4 PREVENÇÃO DE AGRAVOS RELACIONADOS A SAÚDE DA MULHER ...........................30
4.1 PRINCIPAIS AGRAVOS À SAÚDE DA MULHER ....................................................................30
4.1.1 Câncer de mama .....................................................................................................................31
4.1.2 Câncer de colo de útero .........................................................................................................31
4.1.3 Infecções sexualmente transmissíveis ..................................................................................32
4.1.4 Corrimento vaginal e cervicites ............................................................................................32
4.1.5 Violência sexual e doméstica.................................................................................................32
sumário
VIII
4.1.6 Dor pélvica ...............................................................................................................................33
4.1.7 Miomas .....................................................................................................................................33
4.1.8 Queixas urinárias ....................................................................................................................33
4.1.8.1 Perda urinária .......................................................................................................................33
4.2 AGRAVOS GINECOLÓGICOS ......................................................................................................34
4.2.1 Endometriose...........................................................................................................................34
4.1.8.2 Dor e aumento da frequência .............................................................................................34
4.2.2 Doença inflamatória da pelve ...............................................................................................36
4.2.3 Infertilidade .............................................................................................................................37
4.2.4 Sangramento uterino anormal (SUA) ..................................................................................38
4.2.5 Atraso menstrual e amenorreia .............................................................................................38
4.2.6 Sintomas pré-menstruais .......................................................................................................39
4.3 PREVENÇÃO DE AGRAVOS E CUIDADOS DE ENFERMAGEM À SAÚDE
 DA MULHER ...................................................................................................................................39
4.3.1 Objetivos e estratégia para prevenção de agravos (BRASIL, 2011) .................................39
4.3.2 Cuidados de enfermagem à saúde da mulher ....................................................................40
4.3.2.1 Cuidados na prevenção do câncer de colo uterino e mama (SÃO PAULO, 2012) .....40
4.3.3 Cuidados de enfermagem à mulher vítima de violência doméstica e sexual
 (SÃO PAULO, 2012) ...............................................................................................................41
4.3.4 Cuidados de enfermagem na dor pélvica ...........................................................................41
4.3.5 Cuidados de enfermagem para mulheres com miomas ...................................................42
4.3.6 Cuidados de enfermagem nas queixas urinárias ...............................................................42
4.3.7 Cuidados de enfermagem na endometriose .......................................................................42
4.3.8 Cuidados de enfermagem na doença inflamatória da pelve ............................................43
4.3.9 Cuidados de enfermagem na infertilidade .........................................................................43
4.3.10 Cuidados de enfermagem nos distúrbios menstruais .....................................................43
RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................44
AUTOATIVIDADE .................................................................................................................................46
TÓPICO 2 – SAÚDE GINECOLÓGICA E PLANEJAMENTO FAMILIAR .................................47
1 INTRODUÇÃO .....................................................................................................................................47
2 INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS ......................................................................47
2.1 PRINCIPAIS INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS .............................................48
2.1.1 Sífilis..........................................................................................................................................49
2.1.2 Vírus da imunodeficiência humana (HIV) ..........................................................................51
2.1.3 Hepatites virais .......................................................................................................................52
2.2 SINAIS E SINTOMAS DAS PRINCIPAIS INFECÇÕES SEXUALMENTE
 TRANSMISSÍVEIS ...........................................................................................................................54
2.2.1 Sífilis..........................................................................................................................................54
2.2.2 Diagnósticos ............................................................................................................................56
2.2.3 Vírus da imunodeficiência humana (HIV) ..........................................................................57
2.2.4 Hepatites virais .......................................................................................................................58
2.3 PLANO DE CUIDADOS PARA A MULHER COM INFECÇÕES SEXUALMENTE 
TRANSMISSÍVEIS............................................................................................................................60
3 PREVENÇÃO DO CÂNCER CÉRVICO ...........................................................................................62
3.1 CÂNCER CERVICOUTERINO E CÂNCER DE MAMA: PRINCIPAIS CAUSAS,
 SINAIS E SINTOMAS ...............................................................................................................63
3.1.2 Causas e fatores de risco ........................................................................................................63
2.1.3 Sinais e sintomas .....................................................................................................................65
3.2 DIAGNÓSTICO, TRATAMENTO E PREVENÇÃO DO CÂNCER CERVICOUTERINO
 E DE MAMA .....................................................................................................................................663.2.1 Câncer de colo uterino ...........................................................................................................66
IX
3.2.1.1 Diagnóstico ..........................................................................................................................67
3.2.1.2 Tratamento ............................................................................................................................68
3.2.1.3 Prevenção do câncer de colo uterino ................................................................................69
3.2.1.3 Vacinação contra o HPV .....................................................................................................70
3.2.2 Câncer de mama .....................................................................................................................70
3.2.2.1 Diagnóstico ...........................................................................................................................70
3.2.2.2 Tratamento ............................................................................................................................72
3.2.2.3 Local .......................................................................................................................................73
3.3 CUIDADOS DE ENFERMAGEM NO CÂNCER CERVICOUTERINO E NO
 CÂNCER DE MAMA ........................................................................................................................74
3.2.2.4 Sistêmico ...............................................................................................................................74
4 PLANEJAMENTO FAMILIAR E MÉTODOS CONTRACEPTIVOS .........................................77
4.1 POLÍTICAS PÚBLICAS E PLANEJAMENTO FAMILIAR ........................................................77
4.2 MÉTODOS CONTRACEPTIVOS ..................................................................................................80
4.2.1 Contraceptivos hormonais ....................................................................................................82
4.2.1.1 Orais .......................................................................................................................................82
4.2.1.2 Injetáveis ...............................................................................................................................83
4.2.1.3 Implante subcutâneo, anel vaginal e adesivo percutâneo .............................................83
4.2.2 Dispositivos ou sistemas intrauterinos (DIU e SIU) ..........................................................83
4.2.2.1 Sistema liberador de levonorgestrel (SIU) .......................................................................83
4.2.2.2 Dispositivo intrauterino (DIU) de cobre ..........................................................................84
4.2.2.3 Barreira ..................................................................................................................................84
4.2.2.4 Diafragma .............................................................................................................................85
4.2.2.5 Espermicida ..........................................................................................................................85
4.2.2.6 Esponja contraceptiva .........................................................................................................85
4.2.2.7 Capuz cervical ......................................................................................................................86
4.2.2.8 Preservativo feminino e masculino ...................................................................................86
4.2.3 Métodos comportamentais ou naturais ...............................................................................87
4.2.3.1 Tabela ou calendário (Ogino-Knaus) ................................................................................87
4.2.3.2 Curva térmica basal ou de temperatura ...........................................................................88
4.2.3.3 Billings (mucocervical) ........................................................................................................88
4.2.3.4 Sintotérmico ..........................................................................................................................89
4.2.3.5 Coito interrompido ..............................................................................................................89
4.2.4 Métodos contraceptivos definitivos .....................................................................................89
4.2.4.1 Ligadura tubária .................................................................................................................89
4.2.4.2 Vasectomia ............................................................................................................................90
4.2.5 Elegibilidade do método contraceptivo ..............................................................................90
4.2.6 Atuação do enfermeiro no planejamento familiar .............................................................93
RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................95
AUTOATIVIDADE .................................................................................................................................96
TÓPICO 3 – ENFERMAGEM NA SAÚDE DA MULHER ...............................................................97
1 INTRODUÇÃO .....................................................................................................................................97
2 CUIDADOS DE ENFERMAGEM NO CLIMATÉRIO ..................................................................97
2.1 A SAÚDE DA MULHER DURANTE O CLIMATÉRIO .............................................................98
2.2 MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS NO CLIMATÉRIO E NA MENOPAUSA ..............................99
2.3 CUIDADOS DE ENFERMAGEM NO CLIMATÉRIO ..............................................................105
3 TREINAMENTO PARA MULHERES .............................................................................................109
3.1 A MENSTRUAÇÃO E O TREINAMENTO FÍSICO ................................................................109
3.2 O CORPO E O EXERCÍCIO FÍSICO — RELAÇÕES DE ADAPTAÇÕES
 FISIOLÓGICAS ..............................................................................................................................111
3.3 MULHERES, METABOLISMO E EXERCÍCIO FÍSICO ............................................................114
X
3 INGESTÃO DE NUTRIENTES ANTES, DURANTE E PÓS-EXERCÍCIO ..............................116
3.1 OS NUTRIENTES E A PRÁTICA ESPORTIVA: UMA RELAÇÃO MUITO PRÓXIMA ....116
3.1.1 A alimentação e sua influência na prática esportiva .......................................................116
3.1.2 Os nutrientes no exercício físico ........................................................................................117
3.2 CARACTERÍSTICAS DA ALIMENTAÇÃO ANTES DA ATIVIDADE FÍSICA ..................120
3.2.1 Cuidados alimentares antes do exercício físico ...............................................................120
3.3 CONSUMO ALIMENTAR DURANTE E APÓS O EXERCÍCIO FÍSICO ..............................122
3.3.1 Alimentação durante o exercício físico .............................................................................122
3.3.2 Alimentação depois do exercício físico .............................................................................123
RESUMO DO TÓPICO 3......................................................................................................................125
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................127
UNIDADE 2 – ATENÇÃO NA SAÚDE DO ADULTO ...................................................................129TÓPICO 1 – PROMOÇÃO DA SAÚDE ............................................................................................131
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................131
2 ESTRATÉGIAS DE ACOLHIMENTO AO ADULTO ..................................................................131
2.1 ACOLHIMENTO E SUA EVOLUÇÃO NO SUS .......................................................................131
2.2 FUNCIONAMENTO E IMPORTÂNCIA DO ACOLHIMENTO À DEMANDA 
ESPONTÂNEA ...............................................................................................................................134
2.3 ESTRATÉGIAS PARA O ACOLHIMENTO DO ADULTO ......................................................137
3 EDUCAÇÃO EM SAÚDE COMO ESTRATÉGIA PARA PROMOÇÃO DA SAÚDE
 DO ADULTO .......................................................................................................................................139
3.1 EDUCAÇÃO EM SAÚDE E PROMOÇÃO DA SAÚDE ..........................................................140
3.2 ESTRATÉGIAS PARA EDUCAÇÃO EM SAÚDE NA PREVENÇÃO DE DOENÇAS .......142
3.3 ESTRATÉGIAS PARA EDUCAÇÃO EM SAÚDE: MELHORANDO A ADERÊNCIA
 DO PACIENTE AO TRATAMENTO CLÍNICO ........................................................................144
4 BRINCAR É COISA DE CRIANÇA. SERÁ? .................................................................................147
4.1 O LÚDICO E A BRINCADEIRA NA VIDA ADULTA .............................................................147
4.2 A INFLUÊNCIA DAS BRINCADEIRAS DA INFÂNCIA NA VIDA ADULTA ...................149
4.3 RELAÇÕES ENTRE CRIANÇAS E ADULTOS POR MEIO DE BRINCADEIRAS ...........151
RESUMO DO TÓPICO 1......................................................................................................................154
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................156
TÓPICO 2 – NUTRIÇÃO E DIETÉTICA
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................157
2 RECOMENDAÇÃO DE NUTRIENTES: ADULTO .....................................................................157
2.1 CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DE ADULTOS ..........................................................................157
2.1.1 Adultez jovem .......................................................................................................................158
2.1.2 Adultez média inicial, plena e madura .............................................................................159
2.2 NECESSIDADES NUTRICIONAIS DE ADULTOS ..................................................................161
2.3 NUTRIENTES IMPORTANTES PARA ADULTOS ...................................................................163
2.3.1 Carboidratos ..........................................................................................................................163
2.3.2 Lipídeos ..................................................................................................................................164
2.3.3 Proteínas .................................................................................................................................164
2.3.4 Micronutrientes .....................................................................................................................165
3 ORGANIZAÇÃO DE PLANOS ALIMENTARES: ADULTO.....................................................165
3.1 O PLANO ALIMENTAR PARA O ADULTO SAUDÁVEL .....................................................166
3.2 ELABORAÇÃO DO PLANO ALIMENTAR ..............................................................................168
3.2.1 Traçar objetivos e estratégias ..............................................................................................170
3.2.2 Cálculo do valor energético total ........................................................................................170
3.2.3 Organização das refeições e distribuição de macronutrientes .......................................171
XI
3.2.3 A elaboração do material de entrega .................................................................................174
3.3 O PLANO ALIMENTAR E SEUS DESAFIOS ............................................................................178
4 RECOMENDAÇÕES DE NUTRIENTES: ADULTO ....................................................................181
4.1 CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DE ADULTOS ..........................................................................181
4.1.1 Adultez jovem .......................................................................................................................182
4.1.2 Adultez média inicial, plena e madura .............................................................................183
4.1.3 Necessidades nutricionais de adultos ................................................................................185
4.2 NUTRIENTES IMPORTANTES PARA ADULTOS ...................................................................187
4.2.1 Carboidratos ..........................................................................................................................187
4.2.2 Lipídeos ..................................................................................................................................188
4.2.3 Proteínas .................................................................................................................................189
4.2.4 Micronutrientes .....................................................................................................................189
RESUMO DO TÓPICO 2......................................................................................................................190
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................191
TÓPICO 3 – DESENVOLVIMENTO HUMANO ............................................................................193
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................193
2 ADULTO JOVEM: DESENVOLVIMENTO FÍSICO, COGNITIVO E PSICOSSOCIAL .....193
2.1 OS DESENVOLVIMENTOS FÍSICO, COGNITIVO E PSICOSSOCIAL EM ADULTOS 
JOVENS ...........................................................................................................................................194
2.2 ELEMENTOS FUNDAMENTAIS DO DESENVOLVIMENTO DAS PRINCIPAIS 
CARACTERÍSTICAS DO ADULTO JOVEM .............................................................................199
2.3 ATRIBUIÇÕES DA EDUCAÇÃO FÍSICA NA ATENÇÃO AO DESENVOLVIMENTO 
FÍSICO, COGNITIVO E PSICOSSOCIAL EM ADULTOS JOVENS .......................................201
3 PROCESSO SAÚDE DOENÇA ........................................................................................................206
3.1 O CONCEITO DE SAÚDE ...........................................................................................................206
3.1.1 Qualidade de vida e saúde ..................................................................................................207
3.2 O CONCEITO DE DOENÇA .......................................................................................................208
3.3 SAÚDE, DOENÇA E EPIDEMIOLOGIA ...................................................................................211
4 ADESÃO À ATIVIDADE FÍSICA ...................................................................................................213
4.1 MOTIVOS PARA A ADESÃO DE ADULTOS A PROTOCOLOS DE TREINAMENTO 
FÍSICO ..............................................................................................................................................213
4.1.1 Recomendação médica .........................................................................................................2154.1.2 Estética e autoconceito .........................................................................................................216
4.1.3 Lazer e qualidade de vida ...................................................................................................216
4.2 FATORES QUE AUMENTAM OU REDUZEM A ADESÃO DE IDOSOS A
 PROGRAMAS DE ATIVIDADES FÍSICAS ................................................................................217
4.2.1 Melhora da saúde .................................................................................................................218
4.2.2 Convívio social ......................................................................................................................218
4.2.3 Diminuição do estresse ........................................................................................................219
4.2.4 Aquisição de um estilo de vida saudável ..........................................................................220
4.2.5 Percepção de segurança .......................................................................................................220
4.2.6 Suporte social e incentivo familiar .....................................................................................220
4.3 MEDIDAS E ESTRATÉGIAS PARA AUMENTAR A ADESÃO AOS PROGRAMAS DE 
ATIVIDADE FÍSICA NO ÂMBITO DA SAÚDE .......................................................................221
4.3.1 Acessibilidade .......................................................................................................................222
4.3.2 Viabilidade financeira ..........................................................................................................223
4.3.3 Flexibilidade de horários .....................................................................................................223
4.3.4 Características de atividades ...............................................................................................223
4.3.5 Vínculos socioafetivos ..........................................................................................................224
RESUMO DO TÓPICO 3......................................................................................................................225
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................227
XII
UNIDADE 3 – ATENÇÃO BÁSICA E PROMOÇÃO DA SAÚDE DO IDOSO ........................229
TÓPICO 1 – ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO IDOSO ....................................................231
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................231
2 INTRODUÇÃO À GERIATRIA E GERONTOLOGIA ...............................................................231
3 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM GERONTOLÓGICA I .....................................................235
4 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM GERONTOLÓGICA II ....................................................235
4.1 IDOSO E SEXUALIDADE ...........................................................................................................237
4.2 DIRETRIZES DO SUS REFERENTES À ASSISTÊNCIA INTEGRAL À SAÚDE
 DO IDOSO ......................................................................................................................................238
4.3 CUIDADO DE ENFERMAGEM AO IDOSO EM SITUAÇÃO ESPECIAL ...........................239
RESUMO DO TÓPICO 1......................................................................................................................241
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................242
TÓPICO 2 – ATENÇÃO INTEGRAL AO IDOSO ...........................................................................243
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................243
2 O IDOSO: DESENVOLVIMENTO FÍSICO, COGNITIVO E PSICOSSOCIAL ....................243
2.1 ELEMENTOS FUNDAMENTAIS PARA O DESENVOLVIMENTO DAS
 PRINCIPAIS ALTERAÇÕES EM IDOSOS .................................................................................249
2.2 O COMPROMISSO DA EDUCAÇÃO FÍSICA COM O DESENVOLVIMENTO
 FÍSICO, COGNITIVO E PSICOSSOCIAL DO IDOSO .............................................................251
3 TREINAMENTO PARA IDOSOS ...................................................................................................254
3.1 ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DA POPULAÇÃO IDOSA NO BRASIL .........................256
3.2 PROGRAMAS DE TREINAMENTO ESPECÍFICOS PARA IDOSOS ....................................259
4 DANÇA PARA TERCEIRA IDADE ................................................................................................263
4.1 FORMAS DE EXPRESSÃO CORPORAL POR MEIO DA DANÇA .......................................266
4.2 OS DOMÍNIOS COGNITIVO, AFETIVO-SOCIAL E MOTOR POR MEIO DA
 PRÁTICA DE DIFERENTES DANÇAS ......................................................................................268
RESUMO DO TÓPICO 2......................................................................................................................271
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................272
TÓPICO 3 – ACOLHIMENTO E PROTEÇÃO AO IDOSO ..........................................................273
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................273
2 PROGRAMAS E SERVIÇOS DE ATENDIMENTO AO IDOSO ..............................................273
2.1 DIREITOS SOCIAIS DO IDOSO E ARCABOUÇO LEGAL .....................................................276
2.2 DESAFIOS DA ATENÇÃO INTEGRAL AP IDOSO E ASPECTOS 
 INTERNACIONAIS DO CUIDADO ...........................................................................................279
3 POLÍTICA NACIONAL DO IDOSO E ESTATUTO DO IDOSO .............................................281
3.1 POLÍTICA NACIONAL DO IDOSO ..........................................................................................284
3.2 ESTATUTO DO IDOSO ................................................................................................................285
3.3 A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA NA ATENÇÃO À PESSOA IDOSA ..................................287
3.4 UNIVERSALIDADE ......................................................................................................................287
3.5 PREFERÊNCIA ..............................................................................................................................287
4 ASILO: PLANEJAMENTO, ORGANIZAÇÃO E GESTÃO .......................................................287
4.1 IDENTIFICAÇÃO DAS ATRIBUIÇÕES DO NUTRICIONISTA EM UMA ILPI
 OU ASILO .......................................................................................................................................291
4.2 RECONHECIMENTO DAS ETAPAS DE PLANEJAMENTO, ORGANIZAÇÃO E
 GESTÃO PARA AS UANs DENTRO DAS ILPIs OU ASILOS ................................................293
4.3 PLANEJAMENTO EM UNIDADES DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO (UAN) .............294
4.4 ORGANIZAÇÃO EM UANs .......................................................................................................295
4.5 DIREÇÃO EM UANs ....................................................................................................................295
4.6 CONTROLE EM UANs.................................................................................................................296
XIII
RESUMO DO TÓPICO 3......................................................................................................................298
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................300REFERÊNCIAS .......................................................................................................................................301
XIV
1
UNIDADE 1
ATENÇÃO A SAÚDE DA MULHER
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
• identificar a evolução das políticas de atenção à saúde da mulher;
• explicar o Programa de Atenção à Saúde da Mulher (PAISM) 
e a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher (PNAISM);
• reconhecer os cuidados de enfermagem à saúde da mulher com base 
nas políticas públicas, nas questões de gênero, e nos direitos sexuais e 
reprodutivos;
• analisar a anatomia do aparelho reprodutor feminino;
• identificar as funções fisiológicas do aparelho reprodutor feminino;
• descrever as etapas do ciclo menstrual;
• reconhecer os principais agravos relacionados à saúde da mulher;
• identificar os agravos ginecológicos: endometriose, doença inflamatória 
pélvica, infertilidade e distúrbios menstruais;
• descrever as formas de prevenção de agravos e cuidados de enfermagem 
relacionados à saúde da mulher;
• definir as principais infecções sexualmente transmissíveis;
• descrever os sinais e sintomas das principais infecções sexualmente 
transmissíveis;
• elaborar um plano de cuidados para a mulher com infecções sexualmente 
transmissíveis;
• definir as causas, os sinais e os sintomas do câncer cervicouterino 
e do câncer de mama;
• identificar as formas de tratamento de câncer cervicouterino e de mama;
• elaborar um plano de cuidados para a mulher com câncer cervicouterino 
e de mama por meio da realização da consulta de enfermagem na saúde 
da mulher;
• definir planejamento familiar e métodos contraceptivos;
• descrever as vantagens e desvantagens dos métodos contraceptivos;
• elaborar um plano de cuidados de enfermagem em planejamento familiar;
• definir climatério e as suas etapas;
• analisar as diferenças entre climatério e menopausa, bem como as suas 
manifestações clínicas transitórias e não transitórias;
• descrever os cuidados de enfermagem no climatério;
• relacionar o ciclo menstrual com o desempenho durante o treinamento;
• identificar as funções e adaptações dos principais sistemas fisiológicos 
envolvidos na prática de exercícios físicos;
• descrever como funciona o metabolismo no exercício físico moderado e 
intenso de curta e longa duração em mulheres;
2
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade você 
encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
TÓPICO 1 – SAÚDE INTEGRAL
TÓPICO 2 – SAÚDE GINECOLÓGICA E PLANEJAMENTO FAMILIAR
TÓPICO 3 – ENFERMAGEM NA SAÚDE DA MULHER
Preparado para ampliar seus conhecimentos? Respire e vamos 
em frente! Procure um ambiente que facilite a concentração, assim 
absorverá melhor as informações.
CHAMADA
• reconhecer a estreita relação entre os nutrientes e a prática esportiva;
• descrever orientações para o consumo de nutrientes antes do exercício 
físico;
• demonstrar orientações para o consumo de nutrientes durante e após o 
exercício físico;
3
TÓPICO 1
UNIDADE 1
SAÚDE INTEGRAL
1 INTRODUÇÃO
Olá Acadêmico, vamos iniciar nossos estudos sobre a assistência à saúde 
da mulher. Sabemos que as políticas públicas de saúde, em especial, à mulher, 
passaram por várias etapas até ganharem sua devida importância. Iremos fazer 
um histórico desta trajetória, até a implementação da Política Nacional da Atenção 
Integral à Saúde da Mulher, vamos conhecer seus principais marcos e objetivos. 
Ainda neste tópico, vamos estudar a estrutura e fisiologia do sistema 
reprodutor feminino, vamos conhecer os principais órgãos que compõem este 
importante sistema, bem como, entrar em detalhes sobre o ciclo hormonal, e as 
fases do ciclo menstrual. 
E por fim, vamos abordar os principais agravos que podem acometer 
a mulher, impactando diretamente na sua saúde. Como o profissional de 
enfermagem pode e deve atuar tanto na prevenção desses agravos, como nos 
cuidados e atendimentos com essas pacientes.
Vamos lá?
2 POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO
INTEGRAL À SAÚDE DA MULHER
No Brasil, a maior parte da população é composta por mulheres (50,64%), que 
também são as principais usuárias do sistema público de saúde, visto que também, 
acompanham crianças, familiares, idosos, amigos e vizinhos nas consultas (BRASIL, 
2011). A saúde abrange vários pontos da vida, incluindo as relações com o meio 
ambiente, o lazer, a alimentação e as condições de trabalho e moradia. Além dessas 
questões, as mulheres ainda enfrentam problemas em decorrência da discriminação 
no trabalho e ficam sobrecarregadas com as tarefas domésticas e familiares. Portanto, 
a evolução das políticas de atenção à saúde da mulher representa um marco histórico 
para essa população, antes assistida somente na gestação e no parto.
UNIDADE 1 | ATENÇÃO A SAÚDE DA MULHER
4
2.1 EVOLUÇÃO DAS POLÍTICAS
DE ATENÇÃO À SAÚDE DA MULHER
A saúde da mulher foi inserida nas políticas nacionais de saúde nas primeiras 
décadas do século XX, embora considerada insuficiente por abranger somente 
questões referentes à gestação e ao parto, já que os programas materno-infantis 
criados em 1930, 1950 e 1970 fundamentavam-se nas características biológicas da 
mulher e no seu papel social de mãe e dona de casa, incumbida da criação e da 
educação dos filhos e do cuidado com a saúde da sua família. A criação de tais 
programas tinha a finalidade de resguardar os grupos considerados de risco e em 
situação de vulnerabilidade, como as crianças e as gestantes, segundo a concepção 
da época. No entanto, foram desaprovados em decorrência da interpretação 
reducionista da mulher, que somente recebia assistência à saúde no momento da 
gestação e do parto, mas não nos demais momentos da vida (BRASIL, 2011).
Destaca-se que o movimento das mulheres colaborou para a inserção na 
agenda da política nacional de temas menosprezados até aquele momento, pelo fato 
de serem vistos como exclusivos ao ambiente e às relações privativas. O foco desse 
movimento consistia em demonstrar as desigualdades entre os homens e as mulheres 
em questões relacionadas a condições de vida, questões relacionadas à sexualidade 
e à reprodução, dificuldades associadas à anticoncepção e à prevenção de doenças 
sexualmente transmissíveis, além da sobrecarga de trabalho, visto que eram as 
mulheres que cuidavam da casa e criavam os filhos (ÁVILA; BANDLER, 1991).
As mulheres que participavam desse movimento questionavam as 
desigualdades nas relações sociais entre os homens e as mulheres, o que também 
abarcava as questões de saúde que acometiam especialmente o público feminino. Em 
vista disso, era essencial, naquele momento, tecer críticas, para que esses fatos fossem 
reconhecidos e sugerir processos políticos capazes de transformar ações na sociedade 
e, por conseguinte, aumentar a qualidade de vida dos cidadãos (BRASIL, 2011).
Portanto, por meio desses argumentos, recomendou-se que a perspectiva 
de transformação das relações sociais entre os homens e as mulheres alicerçasse a 
criação, a efetivação e a análise das políticas de saúde da mulher, momento a partir 
do qual as mulheres passaram a exigir seus direitos além do período da gestação 
e do momento do parto, exigindo a criação de ações que assegurassem a melhoria 
das condições de saúde da mulher em todas as etapas da vida (BRASIL, 2011).
Em 1984, o Ministério da Saúde criou o Programa de Atenção Integral à 
Saúde da Mulher (PAISM), considerado um marco por desconstruir conceitos 
com os princípios norteadores da política de saúde da mulher e os parâmetros 
para escolha de prioridades desse âmbito (BRASIL, 1984). Em suas linhas de 
ação, o PAISM estabeleceu os princípios de integralidade e equidade, abordando 
a saúde da mulher de maneira global e em todas as fases do seu ciclo vital.
Na década de 1980, a partir da realização de pesquisas para analisar as fases 
de implantação da política de saúde da mulher, identificaram-se a complexidadee a dificuldade em instituir as ações, pois as cidades tinham problemas políticos, 
técnicos e administrativos particulares (BRASIL, 2011).
TÓPICO 1 | SAÚDE INTEGRAL
5
No âmbito da saúde da mulher, a NOAS determina para as cidades a segurança 
das “ações básicas mínimas de pré-natal e puerpério, planejamento familiar e prevenção 
do câncer de colo uterino e, para garantir o acesso às ações de maior complexidade, 
prevê a conformação de sistemas funcionais e resolutivos de assistência à saúde, por meio 
da organização dos territórios estaduais” (COELHO, 2003 apud BRASIL, 2011, p. 18).
INTERESSA
NTE
Vale ressaltar que a determinação das ações básicas mínimas para as cidades 
é consequência da identificação dos problemas para a solidificação do SUS e das 
falhas ainda presentes na atenção à saúde da comunidade. Entretanto, esse plano 
não incluiu a totalidade das atividades publicadas nos documentos que orientam 
a Política de Atenção Integral à Saúde da Mulher, que, somente em 2003, passou a 
abranger os fatores da atenção à saúde da mulher antes impedidos, além de incluir 
questões emergenciais que lesam a saúde da mulher (BRASIL, 2004).
As ações executadas entre 1998 e 2002 fizeram referência à solução das 
dificuldades, priorizando a saúde reprodutiva e a diminuição da mortalidade 
materna, e investindo no pré-natal, na assistência no momento do parto e na 
anticoncepção da mulher. Portanto, o objetivo era alcançar a atenção integral à 
saúde da mulher, apesar de questões relacionadas a ações de transversalidade de 
gênero e raça ainda serem prejudicadas, em detrimento de um avanço a respeito 
da integralidade e de uma quebra das ações verticalizadas desenvolvidas no 
passado, visto que as dificuldades não foram abordadas isoladamente e terem 
sido incluídos outros assuntos, como a violência sexual (CORREA; PIOLA, 2002).
Ademais, identificaram-se diversas falhas, como na atenção ao 
climatério e à menopausa, reclamações ginecológicas, saúde da mulher na fase 
da adolescência, doenças infectocontagiosas, saúde ocupacional, infertilidade 
e reprodução assistida, doenças crônico-degenerativas, além da necessidade 
de incluir questões relacionadas a gênero e raça nas atividades que devem ser 
elaboradas (BRASIL, 2011).
Diante disso, no ano de 2003, a Área Técnica de Saúde da Mulher reconheceu 
a necessidade de união com as demais áreas técnicas e da apresentação de outras 
ações, como a atenção às mulheres rurais, com deficiência, lésbicas, presidiárias, 
negras e indígenas, e a atuação dessas mulheres nos debates referentes à saúde da 
mulher e ao meio ambiente (BRASIL, 2011).
Na perspectiva de minimizar essas dificuldades, o Ministério da Saúde 
modificou a Norma Operacional de Assistência à Saúde (NOAS) (BRASIL, 2001), 
aumentando as atribuições dos municípios na Atenção Básica, estabelecendo o 
processo de regionalização da assistência, elaborando meios para consolidar a 
gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) e renovando as normas de habilitação 
para os estados e municípios (BRASIL, 2001).
UNIDADE 1 | ATENÇÃO A SAÚDE DA MULHER
6
Outro marco da história se deu em 2004, com a realização da 1ª Conferência 
Nacional de Políticas para as Mulheres e a determinação e divulgação do I Plano 
Nacional de Políticas para as Mulheres, enfocado em promover a equidade de 
gênero. Além disso, o Ministério da Saúde propôs diretrizes para a humanização 
e a qualidade do atendimento, questões ainda pendentes na atenção à saúde das 
mulheres (BRASIL, 2011; TILIO, 2012).
Ainda em 2004, foi elaborada a Política Nacional de Atenção Integral à 
Saúde da Mulher (PNAISM), fundamentado no PAISM de 1983, com os objetivos 
de promover a melhoria das condições de vida e da saúde das mulheres, contribuir 
para a redução da morbidade e da mortalidade feminina, principalmente por 
causas evitáveis, e ampliar, qualificar e humanizar a atenção integral à saúde da 
mulher no SUS (BRASIL, 2011).
No ano de 2008, a Secretaria de Políticas para Mulheres elaborou e divulgou 
o II Plano Nacional de Políticas para as Mulheres, em que preservou as diretrizes do 
I Plano Nacional de Políticas para as Mulheres, porém o aprofundou e introduziu 
outros eixos de atuação, objetivos, metas e planos de ações (TILIO, 2012).
Em 2011, foi realizada a 3ª Conferência Nacional de Políticas para as 
Mulheres, resultando no Plano Nacional de Políticas para as Mulheres 2013–2015, 
plano que cooperou para a consolidação e a institucionalização da PNAISM, que 
corroborou com os princípios norteadores da PNAISM e que consiste na autonomia 
das mulheres, na obtenção da igualdade concreta entre mulheres e homens, no 
respeito à heterogeneidade e na luta contra a discriminação, com caráter laico do 
Estado, universalidade dos serviços e benefícios disponibilizados pelo Estado, 
participação ativa das mulheres nas políticas públicas e transversalidade como 
princípio norteador de todas as políticas públicas (BRASIL, 2013a; BRASIL, 2013b).
O Plano Nacional de Políticas para as Mulheres 2013-2015 está organizado em 
dez capítulos, cada um deles com objetivos gerais e específicos, metas, linhas de ação e ações. 
• Capítulo 1: aborda a igualdade no trabalho e a autonomia econômica. 
• Capítulo 2: inclui ações de educação para igualdade e cidadania. 
• Capítulo 3: evidencia a saúde integral das mulheres, os direitos sexuais e os direitos 
reprodutivos. 
• Capítulo 4: traz questões referentes ao enfrentamento da violência à mulher. 
• Capítulo 5: tem a finalidade de consolidar a atuação das mulheres no âmbito de poder e 
na tomada de decisão. 
• Capítulo 6: discorre sobre o desenvolvimento sustentável com igualdade econômica e social. 
• Capítulo 7: tem o propósito de promover o direito à terra com igualdade para as mulheres 
do campo e da floresta. 
• Capítulo 8: incorpora atividades às áreas de cultura, esporte, comunicação e mídia. 
• Capítulo 9: traz assuntos associados a racismo, sexismo e lesbofobia. 
• Capítulo 10: debate sobre a igualdade para as mulheres jovens, idosas e com deficiência 
(BRASIL, 2013a; BRASIL, 2013c).
ATENCAO
TÓPICO 1 | SAÚDE INTEGRAL
7
2.2 PROGRAMA DE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE
DA MULHER E POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO 
INTEGRAL À SAÚDE DA MULHER
Em 1984, o Ministério da Saúde, com o desenvolvimento do PAISM, 
divulgou à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) a questão da 
explosão demográfica, em um debate que se referia ao controle da natalidade. 
Nesse sentido, o Ministério da Saúde interveio na esfera do Governo Federal, 
passando a defender o livre arbítrio da população em questões referentes a 
quantidades de filhos, ao espaçamento de tempo entre os filhos e quando tê-los 
(BRASIL, 1984).
Desse modo, o PAISM representa um marco histórico fundamental, pois 
incluiu um conjunto de ideias feministas para a atenção à saúde integral, até 
mesmo atribuindo a responsabilidade ao estado em relação às questões da saúde 
reprodutiva. Assim, as ações prioritárias foram determinadas considerando as 
necessidades das mulheres, quebrando com o antigo modelo de atenção materno-
infantil (BRASIL, 1984).
Ainda, esse novo programa para a saúde da mulher incluiu como princípios 
e diretrizes as sugestões de descentralização, hierarquização e regionalização dos 
serviços, assim como a integralidade e a equidades da atenção, em uma época em 
que, com o Movimento Sanitário, nascia o esboço conceitual que fundamentaria a 
elaboração do SUS (BRASIL, 1984).
O PAISM abrangia as atividades educativas, preventivas, de diagnóstico, 
tratamento e recuperação, além da assistência à saúde da mulher em clínica 
ginecológica, no período de pré-natal, parto e puerpério, no climatério, em 
planejamento familiar, em doenças sexualmente transmissíveis, e no câncer de 
colo de útero e de mama (BRASIL, 1984). 
É importante destacar que o processo de desenvolvimento do SUS teve 
uma enorme influência na implantação do PAISM. O SUS tem sido construído a 
partir de princípios e diretrizes que integram a legislação básica daConstituição 
de 1988, a Lei n.º 8.080/1990 e a Lei n.º 8.142/1990, Normas Operacionais Básicas 
(NOB) e as Normas Operacionais de Assistência à Saúde (NOAS), atualizadas 
pelo Ministério da Saúde. 
Nesse contexto, especialmente com a implantação da NOB 96, solidifica-
-se o processo de municipalização das atividades e dos trabalhos no Brasil. 
A municipalização da gestão do SUS vem se desenvolvendo em um âmbito 
favorecido de reestruturação das atividades e dos serviços básicos, incluindo as 
ações de atenção à saúde da mulher, incorporados ao sistema e acompanhando 
suas orientações (BRASIL, 2011).
UNIDADE 1 | ATENÇÃO A SAÚDE DA MULHER
8
Portanto, o processo de estabelecimento e execução do PAISM apresenta 
particularidades no período de 1984 a 1989 e na década de 1990, sendo inspirado 
pela premissa do SUS, pelas propriedades das novas políticas de saúde e pelo 
processo de municipalização e reforma da Atenção Básica, mediante a estratégia 
do Programa Saúde da Família (BRASIL, 2011).
No ano de 2003, iniciava o processo de elaboração da PNAISM, no 
momento em que a equipe técnica de saúde da mulher analisou os avanços e os 
retrocessos obtidos na gestão anterior. 
E no mês de maio de 2004, o Ministério da Saúde publicou a PNAISM, 
elaborada por meio da premissa do SUS e de acordo com as especificidades da 
nova política de saúde. 
Em um prisma de gênero, a política contém a integralidade e a promoção 
da saúde como princípio orientador e pretende solidificar os progressos na 
esfera dos direitos sexuais e reprodutivos, enfocando na melhoria da atenção 
obstétrica, no planejamento familiar, na atenção ao abortamento inseguro e na 
luta contra à violência sexual e doméstica. Inclui também o cuidado, a prevenção 
e o tratamento de mulheres com HIV/aids, as mulheres com doenças crônicas 
não transmissíveis e aquelas com câncer ginecológico. Outrossim, tais ações são 
estendidas aos grupos rejeitados pelas políticas públicas, nas suas particularidades 
e necessidades (BRASIL, 2011).
Essa política contempla a pluralidade dos 5.561 municípios, dos 26 
estados e do Distrito Federal, que salienta distintos níveis de desenvolvimento e 
organização dos seus sistemas locais de saúde e o tipo de gestão. Assim, a política 
representa uma orientação da elaboração concomitante e do respeito à autonomia 
dos vários integrantes, evidenciando a relevância do empoderamento dos sujeitos 
e sua participação nas instâncias de controle social (BRASIL, 2011).
2.2.1 Diretrizes da Política Nacional
de Atenção Integral à Saúde da Mulher
De acordo com o Ministério da Saúde (BRASIL, 2011), as diretrizes da 
PNAISM são as descritas a seguir.
• O SUS precisa estar norteado e qualificado para a atenção integral à saúde 
da mulher, em um entendimento que englobe e compreenda a promoção da 
saúde, as exigências de saúde das mulheres, o controle das doenças de maior 
incidência e assegure os direitos relacionados à saúde.
• A PNAISM deve abranger todas as mulheres integralmente, preservando as 
características de cada idade e dos diferentes grupos populacionais.
TÓPICO 1 | SAÚDE INTEGRAL
9
• A criação, a efetivação e a análise das políticas de saúde da mulher devem 
orientar-se pela concepção de gênero, raça e etnia, e pelo aumento do foco, 
quebrando as barreiras da saúde sexual e reprodutiva, para atingir todas as 
questões da saúde da mulher.
• A administração da Política de Atenção à Saúde deve determinar uma atividade 
abrangente;
• As políticas de saúde da mulher precisam ser entendidas em sua perspectiva 
mais abrangente, com finalidade de elaborar e amplificar as condições 
necessárias ao exercício dos direitos da mulher.
• A atenção integral à saúde da mulher está associada a várias ações de promoção, 
proteção, assistência e recuperação da saúde, efetuadas nos distintos níveis de 
atenção à saúde.
• O SUS deve assegurar o acesso das mulheres à atenção à saúde. É 
responsabilidade dos gestores municipais, estaduais e federais assegurar as 
condições para a realização da Política de Atenção à Saúde da Mulher.
• A atenção integral à saúde da mulher envolve a assistência à mulher por meio 
de uma vasta compreensão de seu contexto de vida, da forma como demonstra 
alguma necessidade, bem como de sua individualidade e autonomia.
• A atenção integral à saúde da mulher acarreta para os profissionais a 
determinação de relações com outras pessoas. A assistência à saúde deve ser 
orientada pelo respeito.
• As práticas em saúde precisam ser orientadas pelo princípio da humanização.
• No processo de criação, efetivação e análise da Política de Atenção à Saúde da 
Mulher, deve ser incentivada a presença da sociedade civil organizada.
• Entende-se que a presença da sociedade civil na implantação das atividades 
de saúde da mulher, nas três esferas do governo, deve aperfeiçoar e qualificar 
os mecanismos de repasse das informações referentes às políticas de saúde da 
mulher.
• Aperfeiçoar e aumentar a qualidade dos meios de transmissão de informações 
referentes às políticas de saúde da mulher e sobre as ferramentas de gestação e 
regulação do SUS.
• As atividades enfocando a melhoria das condições de vida e saúde da mulher 
devem ser feitas de maneira planejada com setores governa- mentais e não 
governamentais.
2.2.2 Objetivos gerais da Política Nacional 
de Atenção Integral à Saúde da Mulher
O objetivo geral da PNAISM consiste em melhorar as condições de 
saúde e de vida das brasileiras, por meio da segurança dos direitos legalmente 
constituídos e do aumento do acesso aos serviços de saúde, abrangendo a 
promoção da saúde, a prevenção de agravos, a assistência e a recuperação da 
saúde em todo o Brasil. Também compreende um dos objetivos da PNAISM 
a colaboração para a redução da morbidade e mortalidade feminina no país, 
principalmente por causas evitáveis, em todos os ciclos de vida e nos vários 
UNIDADE 1 | ATENÇÃO A SAÚDE DA MULHER
10
grupos populacionais, sem nenhuma diferenciação. Ademais, a PNAISM tem as 
finalidades de amplificar, qualificar e humanizar a atenção integral à saúde da 
mulher no SUS (BRASIL, 2011).
2.2.3 Objetivos específicos e estratégias da Política 
Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher
Segundo o Ministério da Saúde (BRASIL, 2011), os objetivos específicos e 
as estratégias da PNAISM consistem nas descritas a seguir.
• Amplificar e qualificar a atenção clínico-ginecológica, até mesmo para as 
mulheres com infecções pelo HIV e outras doenças sexualmente transmissíveis.
• Incentivar a instituição e a efetivação da assistência voltada ao planejamento 
familiar, tanto para as mulheres quanto para os homens, na fase adulta ou na 
adolescência, na esfera da atenção integral à saúde.
• Proporcionar atenção obstétrica e neonatal, qualificada e humanizada, 
abrangendo a assistência ao abortamento em situações de insegurança, para as 
adolescentes e mulheres.
• Propiciar a atenção às mulheres e aos adolescentes em situações de violência 
sexual e doméstica.
• Viabilizar, com o Programa Nacional de DST/aids, a prevenção e o controle 
das doenças sexualmente transmissíveis e das infecções pelo HIV/aids nas 
mulheres.
• Diminuir a morbimortalidade em decorrência do câncer em mulheres.
• Estabelecer um modelo de atenção à saúde mental das mulheres, salientando o 
gênero.
• Elaborar e estabelecer a atenção à saúde da mulher na fase do climatério.
• Ofertar a atenção à saúde da mulher idosa.
• Possibilitar a atenção à saúde da mulher negra.
• Proporcionar a atenção à saúde das mulheres que trabalham no campo e na 
cidade.
• Proporcionar a atenção à saúde da mulher indígena.
• Viabilizar a atenção à saúde da mulher encarcerada, abrangendo a promoção 
das ações de prevenção e controle das doenças sexualmente transmissíveis e 
das infecções pelo HIV/aids.
• Consolidar a presença e o controle social na determinação e na implantação 
das políticas de atenção integral à saúde da mulher.
2.3 CUIDADOS DE ENFERMAGEM À SAÚDE DA MULHER
Atualmente, estima-se que a populaçãobrasileira chegue a 210.126.320 
pessoas, com estimativa de alcançar 224.868.462 em 2030. Entre essa população, 
107.374.549 representa os sujeitos do sexo feminino, podendo atingir o número 
TÓPICO 1 | SAÚDE INTEGRAL
11
de 115.139.700 em 2030, com expectativa de vida de 82 anos (INSTITUTO 
BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA, 2019, documento on-line). 
A luta pela igualdade entre homens e mulheres teve início no século 
XVIII, momento em que se acreditava que o masculino exercia poder sobre o 
feminino, ou seja, na existência de uma hierarquia de gênero: nessa cultura 
patriarcal, o homem, um ser independente e com liberdade na sociedade, era 
considerado superior à mulher, que, por sua vez, era vista como dependente da 
família ou de seu marido perante a sociedade, além de julgada por suas ações e 
sua aparência. Nesse contexto, a mulher era enxergada naturalmente como frágil, 
passiva, fraca, indefesa, tímida e com desejos reprimidos; por consequência, sua 
função na sociedade consistia em obedecer aos homens, sendo fadada à reclusão 
domiciliar, aos deveres domésticos e à educação dos filhos (TARDIN; BARBOSA; 
LEAL, 2015).
No século XIX, principalmente a partir da Revolução Industrial, surgiram 
novas frentes de luta feminista, quando a mulher passou a reivindicar o direito aos 
meios de trabalho. Assim, pela ausência dos homens nas fábricas e a necessidade 
de mão de obra, as mulheres foram inseridas nas indústrias, o que adicionou 
mais um papel às suas funções — além de filhas, mães e esposas, passaram a 
ser trabalhadoras. Esse período também foi marcado pelo surgimento de novos 
tipos de família, a ruptura dos padrões familiares patriarcais e os movimentos 
feministas, que buscavam ascensão, igualdade e liberdade da mulher, além de 
espaço na política, direito ao voto e direito à educação. Entretanto, as mulheres que 
participavam desses movimentos feministas eram ridicularizadas, denominadas 
mal-amadas, solteironas, rancorosas ou mulheres-homens (TARDIN; BARBOSA; 
LEAL, 2015).
No século seguinte, os esforços femininos voltaram-se para o direito ao 
voto e à busca de maior independência financeira e profissional das mulheres, em 
que muitas delas vendiam seus produtos agrícolas, eram leiteiras, cozinheiras, 
faxineiras, costureiras, babás e também destacavam-se no magistério. Porém, pode-
se observar que todos os trabalhos realizados pelas mulheres se assemelhavam 
a trabalhos domésticos, vistos como algo prazeroso e uma tarefa natural a ser 
cumprida. Esse século também foi marcado pela busca dos direitos do corpo, do 
prazer e do sexo feminino, principalmente em 1960 e 1970, quando, no Brasil, 
passou a ser comercializada a pílula anticoncepcional, promovendo uma maior 
liberdade sobre o corpo e maior autonomia relacionada à tomada de decisão 
sobre si mesma. As feministas daquele século reivindicavam a igualdade entre 
os sexos e questionavam mais profundamente seu papel na sociedade, causando 
uma reflexão política relacionada à divisão entre público e privado (TARDIN; 
BARBOSA; LEAL, 2015).
Atualmente, no século XXI, a igualdade feminina ainda permanece um 
desafio, principalmente no mercado de trabalho: de acordo com o Instituto 
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ano-base 2014, as mulheres recebem 
74,5% do que ganham os homens, mesmo que mais escolarizadas, além do fato de 
UNIDADE 1 | ATENÇÃO A SAÚDE DA MULHER
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fatores como filhos e licença-maternidade influenciarem na contratação da mulher; 
em compensação, os homens ainda são taxados como livres e independentes 
(TARDIN; BARBOSA; LEAL, 2015).
Quanto aos cuidados de enfermagem à saúde da mulher com base nas 
políticas públicas, nas questões de gênero e nos direitos sexuais e reprodutivos, 
pode-se dividi-los em assistência de enfermagem à mulher na gestação, na 
prevenção do câncer de colo de útero e de mamas, na atenção ao direito 
reprodutivo e à mulher no climatério.
2.3.1 Cuidados de enfermagem à mulher na gestação
A assistência de enfermagem à gestante tem início quando da confirmação 
da gestação na primeira consulta de pré-natal e permanece por todo o período 
gestacional.
Desse modo, apresentamos os cuidados de enfermagem nesse cenário 
(BRASIL, 2016; SÃO PAULO, 2012).
• Orientar sobre a importância de realizar o pré-natal adequadamente.
• Realizar o histórico de enfermagem.
• Verificar os sinais vitais e realizar exame físico.
• Solicitar os exames de rotina.
• Fazer os testes rápidos para doenças sexualmente transmissíveis, como HIV, 
sífilis e hepatites B e C.
• Conforme a evolução da gestação, mediar a altura uterina, auscultar os 
batimentos cardíacos fetais e realizar palpação obstétrica.
• Realizar orientações referentes à imunização.
• Orientar sobre os direitos da gestante.
Após o parto, os cuidados de enfermagem à puérpera englobam (BRASIL, 
2016; SÃO PAULO, 2012) os seguintes.
• Coletar dados sobre o parto.
• Orientar sobre a amamentação.
• Orientar sobre dor, fluxo vaginal e sangramentos.
• Orientar sobre o planejamento familiar.
• Orientar sobre as atividades sexuais e a contracepção.
• Realizar exame físico após o parto.
• Orientar quanto à suplementação de ferro.
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2.3.2 Cuidados de enfermagem à mulher na
prevenção do câncer do colo uterino e de mamas
O câncer de colo de útero e de mama representam um grave problema de 
saúde, com risco estimado de 15.43 casos a cada 100 mil mulheres e 56,33 casos a 
cada 100 mil mulheres, respectivamente. Desse modo, o câncer de mama é o mais 
frequente entre as mulheres, seguido dos tumores de pele não melanoma e do 
câncer de colo de útero (INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER JOSÉ ALENCAR 
GOMES DA SILVA, 2018).
No entanto, muitas mulheres não têm a consciência de que precisam realizar 
o exame de citologia oncótica e o autoexame das mamas, por isso a importância de 
os profissionais da saúde, especialmente os enfermeiros, atuarem na sensibilização 
desse público para essa necessidade (BRASIL, 2016; SÃO PAULO, 2012).
Portanto, listamos a seguir os cuidados de enfermagem à mulher na 
prevenção do câncer do colo uterino e mamas (BRASIL, 2016; SÃO PAULO, 2012).
• Coletar os dados, incluindo dados obstétricos e ginecológicos.
• Realizar exame físico (principalmente das mamas), ginecológico e especular.
• Orientar sobre a coleta da citologia oncótica.
• Realização o exame de citologia oncótica.
• Orientar sobre os riscos de doenças sexualmente transmissíveis.
• Orientar sobre o uso de preservativo.
• Orientar sobre a importância de realizar o autoexame das mamas.
2.3.3 Cuidados de enfermagem à mulher 
na atenção reprodutiva e à saúde sexual
O planejamento familiar constitui uma decisão do casal, portanto a atenção 
reprodutiva e à saúde sexual da mulher enfoca a humanização da assistência e 
da qualidade da atenção ao planejamento familiar, tanto na preconcepção quanto 
na anticoncepção, além da diminuição da mortalidade materna e neonatal, 
e da gravidez precoce e indesejada, sempre respeitando os direitos sexuais e 
reprodutivos da mulher (BRASIL, 2016; SÃO PAULO, 2012).
Assim, os cuidados de enfermagem à mulher na atenção reprodutiva e a 
saúde sexual abrangem (BRASIL, 2016; SÃO PAULO, 2012) os descritos a seguir.
• Coletar dados.
• Orientar a mulher a anotar a data da última menstruação.
• Verificar os sinais vitais e o peso corporal.
• Orientar sobre a importância de fazer o exame de citologia oncótica.
• Investigar doenças, como rubéola, hepatite B e toxoplasmose.
• Ofertar a realização dos testes rápidos para doenças sexualmente transmissíveis.
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• Verificar a situação vacinal da mulher.
• Verificar a presença de patologias crônicas e fatores de risco genéticos.
• Orientar sobre a suplementação com ácido fólico nos 3 meses antes da 
concepção.
• Realizar exame físico.
• Orientar sobre o uso de preservativo, demais métodos contraceptivos e o risco 
de contrair doenças sexualmente transmissíveis.
2.3.4 Cuidados de enfermagem à mulher
em situação de violênciasexual
Em relação a mulheres, adolescentes ou crianças que sofreram violência 
sexual, o atendimento é emergencial e prioritário. Os cuidados são listados a 
seguir (BRASIL, 2016; SÃO PAULO, 2012).
• Identificar as necessidades da mulher.
• Acolher a mulher e evitar fazer comentários ou críticas.
• Realizar uma escuta empática e compreensiva.
• Analisar o grau de risco de vida.
• Respeitar a autonomia da mulher.
• Notificar e acionar o Conselho Tutelar ou a Vara da Infância se houver suspeita 
ou confirmação de violência contra uma criança ou uma adolescente.
• Oferecer apoio psicológico.
• Avaliar as lesões físicas e genitais.
• Prevenir contra a gestação indesejada utilizando o protocolo de anti-concepção 
de emergência.
• Orientar que, mesmo realizando o protocolo de anticoncepção de emergência, 
pode ocorrer gravidez.
• Orientar sobre os direitos sexuais da mulher, como aborto legal, realização de 
boletim de ocorrência, exame de corpo de delito, etc.
• Notificar ao serviço de vigilância epidemiológica.
2.3.5 Cuidados de enfermagem à mulher no climatério
O climatério corresponde à transição da mulher do ciclo reprodutivo para 
a fase de senilidade, caracterizada pela transição entre a menopausa e a pós--
menopausa, normalmente entre os 40 e 59 anos, embora também possa ocorrer 
antes dos 40 anos (climatério precoce) ou entre 52 e 55 anos (climatério tardio)
(BRASIL, 2016; SÃO PAULO, 2012).
Assim, os cuidados de enfermagem à mulher no climatério incluem 
(BRASIL, 2016; SÃO PAULO, 2012) os descritos a seguir.
• Coletar dados.
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• Explicar sobre as alterações comuns do climatério.
• Orientar sobre o câncer de mama e de colo de útero e realizar exame de citologia 
oncótica.
• Orientar sobre utilização de preservativo e o risco de contrair doenças 
sexualmente transmissíveis.
• Orientar sobre alimentação.
• Orientar a utilização de lubrificantes vaginais (se necessário).
• Controlar o diabetes melito, dislipidemias e alterações cardiovasculares.
• Orientar sobre a necessidade de exposição ao sol nos horários não nocivos.
• Realizar uma escuta qualificada.
• Orientar sobre vida social, lazer e sexualidade.
2.3.6 Cuidados em relação à saúde mental e ao gênero
O cuidado à saúde mental das mulheres com enfoque no gênero surgiu 
do entendimento de que as mulheres sofrem amplamente com os impactos dos 
transtornos mentais, decorrentes de situações sociais, culturais e econômicas 
vivenciadas por essas mulheres e fortalecidas pela desigualdade de gênero, que 
pode ser identificada, por exemplo, no mercado de trabalho, no qual as mulheres 
ganham menos, estão concentradas em profissões mais desvalorizadas, têm menos 
espaço de decisão no âmbito político e econômico, e sofrem maior violência, tanto 
física e doméstica quanto sexual e emocional (BRASIL, 2011).
Ponderar gênero e saúde mental não está somente relacionado ao 
sofrimento provocado pelos transtornos mentais que atinge as mulheres ou, 
então, às tendências de algumas mulheres em desencadear depressões e crises. 
Inicialmente, é preciso analisar, conforme o contexto, as situações presentes 
no dia a dia da mulher, e reconhecer sua estrutura social, a fim de determinar 
as questões práticas da vida e aceitar que a sobrecarga das responsabilidades 
femininas representa um grande fardo (BRASIL, 2011).
Ressalta-se a necessidade de intervir no modelo vigente de atenção à saúde 
mental das mulheres para proporcionar uma assistência mais justa, humana, 
eficiente e eficaz, com a inclusão da integralidade e dos temas relacionados ao 
gênero como referência na formação dos profissionais responsáveis por essa 
população (BRASIL, 2011).
3 ANATOMIA E FISIOLOGIA DO APARELHO
REPRODUTOR FEMININO E CICLO MENSTRUAL
O sistema genital feminino abrange os órgãos da cavidade pélvica 
internos, os principais órgãos do aparelho reprodutor feminino envolvendo 
ovários, tubas uterinas, útero e vagina, e externos, que correspondem a monte 
do púbis, lábios maiores e menores do pudendo, clitóris, bulbo do vestíbulo e 
glândulas vestibulares maiores e glândulas de Skene.
UNIDADE 1 | ATENÇÃO A SAÚDE DA MULHER
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3.2 ANATOMIA DO APARELHO REPRODUTOR FEMININO
O sistema genital feminino (Figura 1) é responsável por produzir os 
óvulos — os gametas femininos e os hormônios sexuais femininos (o estrógeno 
e a progesterona) —, e suas estruturas compreendem o espaço de fecundação, 
implantação e desenvolvimento do ovo ou zigoto, além de representarem o local 
do canal do parto (MARTINI; TIMMONS; TALLITSC, 2009).
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3.2.1 Genitália interna
3.2.1.1 Ovários
Referem-se a gônadas femininas com formato ovalado e coloração 
cinzento--rósea, medindo cerca de 5 cm de comprimento, 2,5 cm de largura e 8 
mm de espessura (Figura 2), localizadas na cavidade peritoneal pélvica, à frente 
do ligamento largo do útero, em cavidades nomeadas fossas ováricas, e presas 
à porção superolateral do útero pelo ligamento útero-ovárico (BECKER et al., 
2018).
Os ovários atuam no desenvolvimento das células germinativas 
femininas, denominadas óvulos, e funcionam como glândulas endócrinas na 
produção dos hormônios estrógeno e progesterona, responsáveis por controlar o 
desenvolvimento das características sexuais femininas secundárias e agir sobre o 
útero nos mecanismos de implantação.
O interior dos ovários é revestido por epitélio germinativo, apresentando a 
região do córtex, uma região periférica, na qual se encontram os folículos ováricos 
primários, e o estroma, a extensão central do ovário, além de tecido conjuntivo e 
vasos sanguíneos.
Ademais, a superfície do ovário permanece lisa e brilhante até a fase da 
puberdade, ficando rugoso ao dar início a puberdade e as outras fases seguintes, 
em decorrência da expulsão dos ovócitos (BECKER et al., 2018).
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3.2.1.2 Tubas uterinas
Trata-se de órgãos tubulares musculares ocos com cerca de 13 cm de 
comprimento (Figura 3), cuja função consiste em captar o ovócito na cavidade 
peritoneal e levá-lo até o útero, além de representarem o local de fecundação e 
segmentação (MARIEB; HOEHN, 2009).
Nas extremidades das tubas uterinas, são encontradas fendas nomeadas 
óstio abdominal da tuba uterina, que está rodeada por fímbrias. Quando há a 
ovulação, as tubas uterinas fazem movimentos semelhantes aos de varredura na 
cavidade peritoneal, na tentativa de encontrar o ovócito, pegando-o por meio das 
fímbrias e levando-o para o seu interior por meio do óstio abdominal da tuba 
uterina.
A tuba uterina apresenta quatro partes distintas (MARIEB; HOEHN, 
2009):
• Parte uterina (intramural): situada na espessura da parede uterina e que 
abrange o óstio uterino da tuba.
• Istmo: área fina e próxima do útero, que corresponde ao terço medial da tuba 
uterina.
• Ampola: com diâmetro um pouco mais elevado e que corresponde ao terço 
lateral da tuba uterina.
• Infundíbulo: a área terminal e distal da tuba uterina, bastante dilatada e 
semelhante a um funil.
Normalmente, a fecundação ocorre na região dilatada da tuba uterina, 
nomeada ampola, contexto no qual é formado o zigoto, que se deslocará pela tuba 
uterina durante cerca de 3 dias, até encontrar o útero. Conforme o zigoto percorre, 
a tuba uterina segmenta-se, formando-se a mórula, que avança em direção ao 
útero, região em que forma o blastocisto; normalmente no 8º dia posterior à 
fecundação, implanta-se a mucosa uterina.
Segundo Marieb e Hoehn (2009), a túnica mucosa da tuba uterina 
apresenta várias pregas longitudinais, chamadas de pregas tubárias

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