Buscar

TRABALHO ESCRITO SAÚDE DA MULHER

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 23 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 23 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 23 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS 
ENFERMAGEM – 5º PERÍODO 
 
 
 
 
 
 
 
Isabella Machado 
Leandra Sales 
Luciano Neris 
 
 
 
 
 
 
SAÚDE DA MULHER 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Poços de Caldas – MG 
2020 
Isabella Machado 
Leandra Sales 
Luciano Neris 
 
 
 
 
SAÚDE DA MULHER 
 
 
 
 
 
Trabalho de aprendizagem apresentado 
à Pontifícia Universidade Católica de 
Minas Gerais como requisito de avaliação 
na disciplina de Saúde da família, 
orientado pelo docente responsável; 
Profa. Dra. Mirella Castelhano Souza. 
 
 
 
 
 
 
Poços de Caldas - MG 
2020 
Resumo 
A história das políticas públicas dirigidas à saúde da mulher no Brasil são de 
suma importância para garantir os direitos humanos das mulheres de forma a reduzir 
a morbimortalidade por causas preveníveis e evitáveis. O Ministério da Saúde 
considerando a saúde das mulheres do Brasil como uma prioridade neste governo, foi 
elaborado o documento Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher - 
PNAISM. Este trabalho descreve a trajetória da aquisição desses direitos e analisa 
todas as áreas no que diz respeito as fases de vida da mulher. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sumário 
 
1. Introdução e objetivos ........................................................................................... 5 
2. Políticas públicas voltadas para a saúde da mulher no Brasil ................................ 6 
3. Objetivos específicos do PNAISM ......................................................................... 8 
4. Planejamento familiar ............................................................................................ 9 
4.1 É responsabilidade do enfermeiro ............................................................ 9 
4.2 Métodos contraceptivos ............................................................................. 9 
4.3 Pré-natal ................................................................................................. 10 
4.4 Condutas de enfermagem na gravidez e pré-natal ................................. 11 
4.5 Condutas de enfermagem na saúde da mulher grávida ......................... 12 
4.6 Cuidados básicos em Puericultura .......................................................... 13 
5. Câncer de colo de útero ...................................................................................... 14 
5.1 Fatores de risco ...................................................................................... 14 
5.2 Sintomatologia ......................................................................................... 14 
5.3 Tratamento ............................................................................................. 15 
5.4 Prevenção e vacina contra o HPV .......................................................... 15 
5.5 Consulta ginecológica ............................................................................. 15 
5.6 Passo a passo para realização do exame de Papanicolau ..................... 16 
6. Câncer de mama ................................................................................................. 19 
6.1 Papel do enfermeiro no câncer de mama ............................................... 19 
6.2 12 sintomas do câncer de mama ............................................................. 20 
7. Menopausa .......................................................................................................... 21 
7.1 O enfermeiro na saúde da mulher com menopausa ............................... 21 
7.2 Menopausa e a saúde da mulher ............................................................. 21 
8. Conclusão ........................................................................................................... 22 
9. Referências ......................................................................................................... 23 
 
 
 
5 
 
1 Introdução e objetivos 
O Ministério da Saúde considerando a saúde das mulheres do Brasil como uma 
prioridade neste governo, foi elaborado o documento “Política Nacional de Atenção 
Integral à Saúde da Mulher” em parceria com diversos setores da sociedade, em 
especial o movimento das mulheres, o movimento negro e o de trabalhadoras rurais, 
sociedades científicas e pesquisadoras, organizações não governamentais, gestores 
do SUS e agências de cooperação internacional. Partindo deste ponto, é demonstrado 
o compromisso com a implementação de ações de saúde que contribuem para a 
garantia dos direitos humanos das mulheres de forma a reduzir a morbimortalidade 
por causas preveníveis e evitáveis. 
 
Os objetivos que deverão ser explanados ao decorrer deste trabalho, se 
fundamentam acerca de: 
 Explicar sobre a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher 
(PNAISM) e seus objetivos; 
 Ressaltar a importância do Planejamento Familiar e a atividade do 
enfermeiro; 
 O enfermeiro inserido na consulta e acompanhamento no pré-natal e 
gravidez; 
 Cuidados e atribuições básicas nos estágios de vidas iniciais de recém-
nascidos; 
 Discutir algumas patologias pertinentes as mulheres e a participação do 
enfermeiro no cuidado e prevenção; 
 Menopausa. 
 
 
 
 
 
 
6 
 
2 Políticas públicas voltadas para a saúde da mulher no Brasil 
 No Brasil, a política de assistência à saúde da mulher está em constante 
construção, e ainda se faz necessário a ocorrência de uma mobilização de vários 
agentes públicos e sociais, visando implementar novas políticas públicas de saúde 
dirigidas às mulheres no país. 
Luta pela construção de políticas de saúde para mulheres: antes do sus 
Na história das políticas públicas de saúde no Brasil, a atenção à saúde da mulher, 
tem sido baseada, em grande parte, aos parâmetros da atenção materno-infantil e, 
mesmo assim, é frequentemente postergado. Na década de 1950, as ações de saúde 
sofriam significativa influência nos chamados “Estados de Bem Estar Social”, criado 
na Europa. No Brasil, no que diz respeito à saúde da mulher, o propósito era fazer das 
mulheres as “melhores mães”, assim a maternidade era o papel mais relevante da 
mulher na sociedade. No início da década de 80, ocorreram importantes mudanças 
econômicas e políticas, determinando o esgotamento do modelo médico-assistencial 
privatista e sua substituição por outro modelo de atenção à saúde, com isso, 
ressurgiram os movimentos sociais que forçaram o processo de redemocratização no 
Brasil, marcado por conquistas relevantes, destacando-se o movimento sanitário. 
O movimento sanitarista foi um dos mais resistentes núcleos quanto à implantação 
de programas de controle demográfico, e parte desse movimento, ajudando a 
sustentação técnica e política conferida ao Programa de Assistência Integral à Saúde 
da Mulher (PAISM), que ocorreu em 1984 . Em seguida, foram se definindo alianças 
estratégicas envolvendo setores governamentais, em particular o Conselho Nacional 
dos Direitos das Mulheres, juntamente com o Ministério da Saúde e do movimento 
feminista. 
Na atualidade a busca é por uma política pública voltada para a integralidade. A 
atenção integral à mulher se dá a um conjunto de ações de promoção, proteção, 
assistência e recuperação da saúde, executadas nos diferentes níveis de atenção à 
saúde. Tais políticas públicas visam diminuir as desigualdades sociais, economias e 
culturais, essas desigualdades colaboram para os processos de adoecer e morrer das 
populações e de cada pessoa em particular. 
A Política Nacional de Atenção Integral a Saúde da Mulher (PNAISM) foi elaborada 
em 2004 a partir do diagnóstico epidemiológico da situação da mulher no Brasil e do 
reconhecimento da importância de se contar com diretrizes que orientassem as 
7 
 
políticas de saúde da mulher. Este documento incorpora, num enfoque de gênero, a 
integralidade e a promoção da saúde como princípiosnorteadores e busca consolidar 
os avanços no campo dos direitos sexuais e reprodutivos, com ênfase na melhoria da 
atenção obstétrica, no planejamento familiar, na atenção ao abortamento inseguro e 
no combate à violência doméstica e sexual. Agrega, também, a prevenção e o 
tratamento de mulheres vivendo com HIV/aids e as portadoras de doenças crônicas 
não transmissíveis e de câncer ginecológico. Além disso, amplia as ações para grupos 
historicamente alijados das políticas públicas, nas suas especificidades 
e necessidades. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
3 Objetivos específicos do PNAISM 
Uma das principais mudanças implementadas pela Política Nacional de 
Atenção Integral à Saúde da Mulher (PNAISM) no Brasil está relacionada à ampliação 
do conceito de saúde da mulher a partir da incorporação de questões como, por 
exemplo, a garantia dos direitos sexuais e reprodutivos. 
“A PNAISM consolidou os avanços do Programa de Assistência Integral à 
Saúde da Mulher (PAISM), de 1984, que redefiniu a agenda relativa à saúde 
da mulher, ampliando o leque de ações, até então focadas na assistência ao 
ciclo gravídico-puerperal, para incluir outros aspectos relevantes da saúde da 
população feminina, tais como a assistência às doenças ginecológicas 
prevalentes, a prevenção, a detecção e o tratamento do câncer de colo 
uterino e de mama, a assistência ao climatério, a assistência à mulher vítima 
de violência doméstica e sexual, os direitos sexuais e reprodutivos e a 
promoção da atenção à saúde de segmentos específicos da população 
feminina, entre outros”. (Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da 
Mulher - Portal Saúde - MS) 
Segundo o Ministério da Saúde, são objetivos da Política Nacional de Atenção Integral 
à Saúde da Mulher: 
1. Estimular a implantação da assistência em planejamento reprodutivo; 
2. Promover atenção obstétrica e neonatal humanizada e qualificada, 
incluindo a assistência ao abortamento em condições inseguras; 
3. Promover a atenção às mulheres e adolescentes em situação de violência 
doméstica e sexual; 
4. Promover a prevenção e o controle das IST/HIV/AIDS na população 
feminina; 
5. Reduzir a morbimortalidade por câncer na população feminina; 
6. Implantar e implementar a atenção à saúde das mulheres na terceira idade 
e à saúde da mulher na menopausa; 
7. Promover a atenção à saúde da mulher negra, indígena, trabalhadoras do 
campo e cidade e das mulheres em situação de prisão; 
8. Fortalecer a participação e o controle social na definição e implementação 
das políticas de atenção à saúde das mulheres. 
 
http://portal.saude.gov.br/portal/saude/odm_saude/visualizar_texto.cfm?idtxt=35196
http://portal.saude.gov.br/portal/saude/odm_saude/visualizar_texto.cfm?idtxt=35196
9 
 
4 Planejamento familiar 
Planejamento Familiar é um conjunto de ações que auxiliam homens e 
mulheres a planejar a chegada dos filhos, e também de prevenir a gravidez não 
planejada. Decretado por lei federal 9.263/96, o planejamento familiar é direito de todo 
cidadão e se caracteriza pelo conjunto de ações de regulação da fecundidade que 
garanta direitos iguais de constituição, limitação ou aumento da família pela mulher, 
pelo homem ou pelo casal. Em outras palavras, planejamento familiar é dar à família 
o direito de ter quantos filhos quiser, no momento que lhe for mais conveniente, com 
toda a assistência necessária para garantir isso integralmente. Para o pleno exercício 
do direito ao planejamento familiar, devem ser oferecidos ao casal, a mulher e ao 
homem, todos os métodos e técnicas de concepção e contracepção cientificamente 
aceitos e que não coloquem em risco a vida e a saúde das pessoas, garantindo a 
liberdade de opção. 
4.1. É responsabilidade do enfermeiro 
 O enfermeiro tem um papel fundamental na educação da vida sexual da 
população, através de orientações e explicações. A inserção deste profissional 
colabora para a melhoria da qualidade de vida da população, pois o mesmo tem 
exercido o papel de educador. A atuação do enfermeiro no que diz respeito à 
educação em saúde promove aos usuários aprendizado em relação à sua patologia, 
de modo a prevenir doenças e se tornarem multiplicadores de saberes saudáveis. 
Algumas orientações passadas e que são de extrema importância para a saúde da 
mulher se baseiam em: 
 Orientar sobre a gravidez e as consequências de uma gravidez não 
desejada; 
 Explicar a anatomia e fisiologia da sexualidade humana e sua função 
reprodutiva; 
 Discorrer sobre métodos contraceptivos; 
 Explanar os riscos de doenças sexualmente transmissíveis como AIDS, 
hepatites B e C, sífilis entre outras. 
 
4.2. Métodos contraceptivos 
Métodos contraceptivos são aqueles que evitam gravidez ou DTS’s, sendo 
obrigatoriedade de o estado fornecer meios adequados de prevenção e controle de 
10 
 
gravidez. Com o objetivo de garantir que as mulheres e homens, adultos, jovens e 
adolescentes possam viver plenamente a sexualidade sem medo, vergonha e culpa, 
independente da condição física, idade e estado civil, o Ministério da Saúde oferece 
no SUS uma série de serviços que garantem acolhimento e sigilo sem discriminação. 
Além disso, também disponibiliza mais de um tipo de contraceptivo. São eles: 
preservativo masculino e feminino, pílula combinada, anticoncepcional injetável 
mensal e trimestral, dispositivo intrauterino com cobre, diafragma, anticoncepção de 
emergência e minipílula. É sempre importante lembrar, que antes de decidir qual 
método usar é necessário procurar orientação de um profissional da saúde para 
verificar riscos e benefícios para o seu corpo e qual o melhor método você se adapta. 
Os métodos podem ser divididos em: 
 Métodos de barreira: impedem fisicamente que o espermatozóide encontre o 
óvulo, funcionando como barreiras mecânicas. Como por exemplo a camisinha e o 
diafragma. 
 Métodos comportamentais: baseiam-se em mudanças no comportamento 
sexual, como abstenção sexual no período fértil e relações em que o esperma não é 
colocado no interior da vagina. A tabelinha e o coito interrompido são exemplos de 
métodos comportamentais. 
 Métodos hormonais: são medicamentos que contêm hormônios que atuam 
evitando a ovulação ou dificultando a passagem do espermatozoide através do 
espessamento do muco. Dentre os métodos hormonais, destacam-se os 
contraceptivos orais combinados e os contraceptivos orais constituídos apenas de 
progesterona. 
 Métodos cirúrgicos: são aqueles em que são feitos processos cirúrgicos que 
promovem a esterilização, que pode ser do homem ou da mulher. São exemplos de 
métodos definitivos a laqueadura tubária e vasectomia. 
 
4.3. Pré-natal 
A realização do pré-natal representa papel fundamental na prevenção e 
detecção precoce de patologias tanto maternas como fetais, permitindo um 
desenvolvimento saudável do bebê e reduzindo os riscos da gestante. Informações 
sobre as diferentes vivências devem ser trocadas entre as mulheres e os profissionais 
11 
 
de saúde. Essa possibilidade de intercâmbio de experiências e conhecimentos é 
considerada a melhor forma de promover a compreensão do processo de gestação. 
A Regulamentação do Exercício Profissional Baseado na Lei nº 7.498, de 25 de junho 
de 1986 diz: “O pré-natal de baixo risco pode ser inteiramente acompanhado pela 
enfermeira”. 
 
4.4. Condutas de enfermagem na gravidez e pré-natal 
 Consulta de Pré-Natal: a consulta de enfermagem tem a finalidade de 
identificar situações de risco e intercorrências no ciclo gravídico-puerperal. Durante a 
consulta, o enfermeiro objetiva o bem-estar materno infantil, a detecção e avaliação 
de fatores fisiológicos da gestante/puérpera e principalmente, orientação à prática do 
aleitamento materno. 
 Captação da gestante para o acompanhamento pré-natal: a relação do 
enfermeiro com as pacientes é uma das questões mais importantes no tratamento, 
através do tratamentohumano que se dá a essa mãe, talvez ainda sem informações 
sobre sua nova etapa de vida, fará toda a diferença na construção do vínculo. 
Uma equipe de enfermagem humana, atenciosa trará confiança ao paciente e com 
isso a relação enfermeiro paciente será potencializada. 
 Abertura e preenchimento do prontuário: para manter todas as informações 
sobre a mãe e sobre o bebe em dia, deve-se manter os prontuários e fichas 
atualizadas para que não ocorram divergências. 
 Preenchimento do SisPreNatal: O SisPreNatal é o software que foi 
desenvolvido pelo Datasus, com a finalidade de permitir o acompanhamento 
adequado das gestantes inseridas no Programa de Humanização no Pré-Natal e 
Nascimento (PHPN), do Sistema Único de Saúde. No SisPreNatal está definido o 
elenco mínimo de procedimentos para uma assistência pré-natal adequada. Permite 
o acompanhamento das gestantes, desde o início da gravidez até a consulta de 
puerpério. 
 Preenchimento do cartão da gestante: o Ministério da Saúde, em conjunto com 
as Secretarias Estaduais, Municipais e do Distrito Federal, elaborou a Caderneta da 
Gestante, distribuída gratuitamente nas Unidades Básicas de saúde no início do pré-
natal. Nela, é possível encontrar vários assuntos importantes, tais como: 
 Direitos antes e depois do parto; 
12 
 
 O cartão de consultas e exames, com espaço para você anotar dúvidas; 
 Dicas para uma gravidez saudável e sinais de alerta; 
 Informações e orientações sobre a gestação e o desenvolvimento do bebê, 
alguns cuidados de saúde, o parto e o pós-parto; 
 Informações e orientações sobre amamentação; e 
 Como tirar a Certidão de Nascimento de seu filho. 
O profissional de saúde anotará na caderneta todos os dados do pré-natal e 
escreverá o resultado de consultas, exames, vacinas e o que for importante para um 
bom acompanhamento da gestação. 
O enfermeiro também pode realizar solicitação de exames, orientações referentes 
ao calendário de vacinas e estimulação de atividades educativas. 
4.5. Condutas de enfermagem na saúde da mulher grávida 
A perda ou o excesso de peso nesta fase pode trazer prejuízos tanto para a 
saúde da criança quanto da mãe – como o desenvolvimento do diabetes gestacional. 
Para uma gestação saudável, é importante que se adote uma alimentação equilibrada, 
pois isso pode evitar problemas sérios, como o diabetes gestacional. 
As mulheres grávidas devem realizar as suplementações, como por exemplo o 
Ácido Fólico (garante uma gravidez saudável e o bom desenvolvimento do bebê, 
prevenindo lesões no tubo neural do bebê e doenças. A dosagem ideal deve ser 
orientada pelo obstetra e é aconselhado iniciar o seu consumo no mínimo 1 mês antes 
de engravidar) e o Sulfato Ferroso (tem a função de suprir a deficiência de ferro no 
sangue e prevenir a Anemia Ferropriva, que é a anemia mais comum durante a 
gestação. O uso é recomendado apenas para mulheres que apresentam pré-
disposição para anemia. Caso isso aconteça, o suplemento deve ser tomado do início 
até o final da gestação, podendo estender-se também até o pós-parto. Alguns exames 
complementares pedidos durante o período da gestação: 
 ABO-Rh: verifica o tipo de sangue e se o fator Rh é positivo ou negativo. Caso 
a mulher seja Rh negativo e o homem Rh positivo, há o risco de o corpo da 
mãe produzir anticorpos contra o sangue do bebê – o que é conhecido como 
Eritroblastose Fetal. Com esse exame, é possível impedir a produção dos anticorpos 
com medicação específica; 
 Hemograma completo: detecta anemia e infecções; 
13 
 
 Glicemia: útil para detectar intolerância à glicose e diabetes; 
 VDRL: é útil para detectar problemas como a sífilis, em caso de teste positivo 
deve ser tratado rapidamente. 
 
4.6. Cuidados básicos em Puericultura 
É um importante acompanhamento médico realizado por pediatra, a 
puericultura visa proteger o paciente contra algum agravo que possa interferir em seu 
desenvolvimento físico e mental. É um trabalho voltado para pacientes com idade 
entre zero e 24 meses e se difere da consulta tradicional ao pediatra, aquela realizada 
quando há uma queixa específica. A consulta de puericultura é destinada à avaliação 
completa do paciente, desde a pesagem, capacidade auditiva e visual até o 
desenvolvimento neuro psicomotor e da sexualidade. Também faz estímulo ao 
aleitamento materno, que deve ser exclusivo até os 6 meses de vida do bebê, 
avaliação antropométrica, crescimento do perímetro craniano, palpar fontanelas, 
avaliar tônus e força, assim como reflexos do recém-nascido, orientar quanto à higiene 
correta da mamadeira e utensílios utilizados na alimentação do bebê, avaliar e 
atualizar o calendário vacinal da criança e fortalecer o vínculo mãe e filho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
5 Câncer de colo de útero 
 
É responsável pela morte de milhares de mulheres em todo o mundo, devendo 
ser devidamente prevenido e controlado. Há estudos feitos que comprovam que 99% 
das mulheres que tem câncer de colo uterino, foram antes infectadas pelo vírus do 
HPV. No Brasil, cerca de 7.000 mulheres morreram anualmente por esse tipo de 
tumor, sendo um número muito alto pois há a prevenção. 
O útero da mulher é comporto por um colo, corpo e fundo. Inicialmente, o tumor 
limita-se a região do colo, logo após a vagina. Sua evolução ocorre vagarosamente e 
é curável na maioria dos casos. Porém se não for tratado em tempo adequado, pode 
se estender-se para o útero e outros órgãos. 
 
5.1 Fatores de risco 
 
 Infecção por Vírus Papiloma vírus Humano (HPV) e o Herpes vírus Tipo II 
(HSV): é pelo contato com o vírus que desencadeia a maioria dos casos; 
 Baixa condição socioeconômica: mulheres que não tem a informação correta 
sobre prevenção; 
 Hábitos de vida como a má alimentação; 
 Atividade sexual antes dos 18 anos; 
 Gravidez antes dos 18 anos; 
 Vício de fumar; 
 Mulheres com muitos parceiros (ou tem relações com um homem que teve 
muitas parceiras). 
 
5.2 Sintomatologia 
Na fase inicial da doença, não há sintomas característicos, sendo apenas o 
exame de Papanicolau capaz de identificar a sua presença logo no início. 
Em seguida, vale destacar: 
 Pequeno sangramento vaginal ou entre menstruações; 
 Menstruações mais longas e volumosas que o normal; 
 Secreção vaginal espessa, que pode apresentar cheiro; 
 Dor durante relações sexuais e dor pélvica. 
15 
 
5.3 Tratamento 
Através do exame de colposcopia com biópsia detecta-se a área atingida, qual 
o grau está e o tratamento ocorre conforme evolução da doença. 
Vai desde uma cauterização até a retirada de parte do útero ou o órgão por 
completo. Às vezes é necessário tratamento quimioterapia e/ou radioterápico (a 
quimioterapia pode ser usada para tratar a disseminação da doença para outros 
órgãos e tecidos - câncer de colo do útero avançado - também pode ser útil no 
tratamento da recidiva da doença após o tratamento com quimiorradiação) 
 
5.4 Prevenção e vacina contra o HPV 
A principal forma de prevenção é a vacina contra o HPV, o uso de camisinha nas 
relações sexuais são de extrema importância pois evita o contato direto. 
 HPV vírus transmitido pelo contato direto com pele ou mucosas infectadas por 
meio de relação sexual; 
 Também pode ser transmitido de mãe para filho no momento do parto; 
 A vacina possui eficácia de 98,8 por cento contra o câncer de colo de útero; 
 Meninas de 9 a 11 anos de idade; 
 Confere proteção contra os tipos 6, 11, 16 e 18; 
 Administração de três doses: 0, 6 meses e cinco anos; 
 É uma prevenção do câncer do colo do útero; 
 A vacina não substitui a realização do exame preventivo e o uso de 
preservativos. 
 
5.5 Consulta ginecológica 
O enfermeiro pode realizar a consulta ginecológica de enfermagem com 
procedimentos como anamnese, exame físico geral, exame pélvico e exame 
especular (Papanicolau). 
 
 
 
 
 
16 
 
5.6 Passo a passo da realizaçãodo exame de Papanicolau 
 
Os instrumentos necessários para a realização do exame são: espátula de Ayres, espéculo, 
luvas, pinça de Sharon, escova endocervical, cuba, gases estéreis e lâmina de vidro. 
 
 
 
 
 
 Fonte: https://pt.wikihow.com/Fazer-um-Papanicolau 
 
 Preparação da paciente 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: https://pt.wikihow.com/Fazer-um-Papanicolau 
 
Para fazer o exame de Papanicolau a mulher se deita na posição ginecológica, com as 
pernas elevadas e apoiadas por um suporte 
 
 
 
 
 
 
Fonte:https://pt.wikihow.com/Fazer-um-Papanicolau 
https://pt.wikihow.com/Fazer-um-Papanicolau
https://pt.wikihow.com/Fazer-um-Papanicolau
https://pt.wikihow.com/Fazer-um-Papanicolau
17 
 
O ginecologista ou o enfermeiro abre caminho com a ajuda de um espéculo 
 
 
 
 
 
 Fonte: https://pt.wikihow.com/Fazer-um-Papanicolau 
 
Depois, o especialista extrai células da parede vaginal e do colo do útero com uma espátula e 
uma cerda – é normal sentir um leve incômodo durante a coleta. 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: https://pt.wikihow.com/Fazer-um-Papanicolau 
 
 
A partir daí o material é enviado para um laboratório, que faz a análise. Além disso, são feitas 
duas lâminas a partir do material coletado durante o exame que é enviado para o laboratório 
de microbiologia para identificar a presença de microrganismos. 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte:https://pt.wikihow.com/Fazer-um-Papanicolau 
https://pt.wikihow.com/Fazer-um-Papanicolau
https://pt.wikihow.com/Fazer-um-Papanicolau
https://pt.wikihow.com/Fazer-um-Papanicolau
18 
 
Retirada do espéculo, deve-se retirar com o instrumento fechado para que não ocorra lesões 
 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: https://pt.wikihow.com/Fazer-um-Papanicolau 
 
 
É de extrema importância que a mulher busque os seus exames e seus resultados e marque a 
consulta para o retorno e leitura do resultado final de seu exame 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: https://pt.wikihow.com/Fazer-um-Papanicolau 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://pt.wikihow.com/Fazer-um-Papanicolau
https://pt.wikihow.com/Fazer-um-Papanicolau
19 
 
6 Câncer de mama 
Diferentemente ao câncer de colo de útero, o câncer de mama está fortemente 
associado a causas genéticas e a idade. 
O câncer de mama é o tipo de câncer que mais acomete as mulheres em todo 
o mundo. A doença que acontece quando as células localizadas na mama se 
multiplicam de forma descontrolada e rápida. 
Cerca de 50% dos casos de câncer de mama são diagnosticados em estágios 
avançados. 
Pode-se evitar com práticas exercícios físicos, consequentemente diminuindo 
as chances de desenvolver o câncer de mama, bebida álcool em excesso aumenta as 
chances de se desenvolver o câncer de mama. 
Para o diagnóstico há o exame de mamografia, há uma Lei 11.664, de 2008 
(Dispõe sobre a efetivação de ações de saúde que assegurem a prevenção, a 
detecção, o tratamento e o seguimento dos cânceres do colo uterino e de mama, no 
âmbito do Sistema Único de Saúde – SUS) em que todas as mulheres tem direito a 
mamografia a partir de 40 anos. 
 
6.1 Papel do enfermeiro no câncer de mama 
O principal papel do enfermeiro é na realização da mamografia, buscar fazer a 
educação em saúde com as medidas de prevenção, orientação para o Autoexame 
das mamas (principalmente se ela já tiver histórico da doença ou fator genético 
favorável), examinar, cuidados pós cirúrgicos de mastectomia ou na reconstrução de 
mama, cuidados na radioterapia ou/e quimioterapia. 
Para a realização do exame feito nas mulheres há alguns passos necessários: 
1. Inspeção estática das mamas: deve-se observar a simetria, estado da pele, 
feridas, estado da aréola e mamilo, tônus muscular; formato e tamanho das mamas e 
detectar o tipo, sendo eles: grau I criança, grau II adolescente, grau III adulto e grau 
IV grande; 
2. Inspeção dinâmica: verificar a presença de abaulamentos ou retrações ao 
promover o deslizamento das mamas sobre o músculo peitoral e inspecionar 
incômodos ou dor; 
20 
 
3. Palpação: verificar a consistência, sensibilidade, temperatura, presença de 
secreções e massas, tômus e cadeia de linfonodos. 
 
6.2 12 sintomas do câncer de mama 
1. Endurecimento; 
2. Sulcos; 
3. Erosão na pele; 
4. Vermelhidão ou ardor; 
5. Fluído desconhecido; 
6. Buracos; 
7. Nódulo interno; 
8. Pele de laranja; 
9. Assimetria; 
10. Afundamento do mamilo; 
11. Veia crescente; 
12. Protuberância. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
21 
 
7 Menopausa 
A menopausa é uma fase da vida da mulher em que ocorre a interrupção natural 
da menstruação, pois os hormônios femininos (estrogênio e progesterona) já não são 
mais produzidos pelos ovários. Costuma ocorrer, em média, entre os 48 e 51 anos de 
idade. Alguns dos sintomas mais frequentes da menopausa são: ansiedade, aumento 
de peso, depressão, dor de cabeça, queda da libido, fadiga e insônia, calor excessivo, 
irritabilidade, osteoporose pela queda abrupta dos hormônios, ressecamento vaginal 
e lapsos de memória. 
7.1 O enfermeiro na saúde da mulher com menopausa 
É fundamental que haja um acompanhamento sistemático visando à promoção 
da saúde por meio do diagnóstico precoce, do tratamento imediato dos agravos e da 
prevenção de danos. 
A educação em saúde para mulheres na menopausa, considerando os 
aspectos sociais e culturais individuais e coletivos. 
Destaca-se, nesse contexto, os grupos operativos, com oferta de informações 
sobre hábitos saudáveis de vida e necessidade de exames preventivos e a oferta de 
atividades físicas nos serviços de saúde. 
 
7.2 Menopausa e a saúde da mulher 
A prática de atividade física regular, a realização dos exercícios de Kegel (são 
um tipo específico de exercícios que ajuda a fortalecer os músculos da região pélvica, 
sendo muito importantes para combater a incontinência urinária, além de aumentar a 
circulação de sangue no local) e a adoção de uma alimentação saudável são de 
grande relevância para a promoção à saúde da mulher na Peri menopausa e na pós-
menopausa. 
O enfermeiro que atua na saúde da mulher deve estar sensibilizado com a 
importância do seu papel na prestação de cuidados primários à mulher. No cenário de 
desigualdades sociais e de gênero, de urbanização crescente e de envelhecimento 
populacional, muitos desafios apresentam-se para os enfermeiros. Além do 
conhecimento científico e do desenvolvimento de habilidades necessárias para tal 
cuidado, é importante que o profissional de Enfermagem desenvolva uma postura 
ética, crítica e reflexiva que possibilite uma ação política e articulada com a equipe de 
saúde, os integrantes das redes de apoio e os gestores da atenção. 
22 
 
8 Conclusão 
 
A medida que falamos em direitos das mulheres (e neles, o direito à saúde), 
isso nos resulta em pensar sobre as fases da vida da mulher, e em todos os eventos 
em que ela pode passar ao longo da vida. Visto dessa forma, o PNAISM constitui um 
excelente instrumento para a integralidade e a promoção da saúde. Logo, o processo 
de acolhimento implica transformações profundas nas concepções e práticas dos 
gestores, dos profissionais de saúde (em especial os enfermeiros) e das próprias 
mulheres para que juntos, alcancemos uma excelência da assistência à saúde dessas 
mulheres. Para finalizar, pontuo a necessidade e propriedade das reflexões para a 
constituição de uma consciência mais abrangente no que diz respeito a saúde da 
mulher, em todos os seus aspectos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
23 
 
9 Referências 
 
1. https://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/biblioteca/politica-nacional-de-
atencao-integral-a-saude-da-mulher-pnaism/ 
2. http://www.compromissoeatitude.org.br/politica-nacional-de-atencao-
integral-a-saude-da-mulher/ 
3. https://aps.bvs.br/aps/o-que-e-planejamento-familiar/ 
4. https://www.biologianet.com/embriologia-reproducao-humana/metodos-contraceptivos.htm 
5. Imagens: Fonte: https://pt.wikihow.com/Fazer-um-Papanicolau 
 
 
https://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/biblioteca/politica-nacional-de-atencao-integral-a-saude-da-mulher-pnaism/
https://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/biblioteca/politica-nacional-de-atencao-integral-a-saude-da-mulher-pnaism/
http://www.compromissoeatitude.org.br/politica-nacional-de-atencao-integral-a-saude-da-mulher/
http://www.compromissoeatitude.org.br/politica-nacional-de-atencao-integral-a-saude-da-mulher/
https://aps.bvs.br/aps/o-que-e-planejamento-familiar/
https://www.biologianet.com/embriologia-reproducao-humana/metodos-contraceptivos.htm
https://www.biologianet.com/embriologia-reproducao-humana/metodos-contraceptivos.htm
https://pt.wikihow.com/Fazer-um-Papanicolau

Outros materiais