Buscar

Aula2-Introduçãoafarmacognosia-ParteI.pdfparaalunos (1)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

14/02/2019
1
INTRODUÇÃO À FARMACOGNOSIA
PARTE I
HISTÓRIA E CONCEITOS GERAIS EM
FARMACOGNOSIA
Prof.: MSc.: Marcela Ísis Morais
SUMÁRIO
� Objetivo Geral 
� 1. Introdução 
� 1.1. Evolução tecnológica e farmacognosia
� 1.2. Abordagens de estudo de plantas medicinais
� 1.3. Etnobotânica, etnofarmacologia e a valorização do 
conhecimento popular
� 1.4. O ensino em farmacognosia
� 2. Conceitos básicos em farmacognosia (RDC ANVISA 
n° 26, de 13 de maio de 2014)
� 3. Questões para discussão
� 4. Referências
OBJETIVO GERAL
� Conhecer as principais fontes de fármacos, e quais
delas a farmacognosia estuda.
� Saber o conceito de farmacognosia e sua
multidisciplinaridade.
� Compreender como são realizadas as pesquisas na
área da farmacognosia, e a importância do
conhecimento popular na abordagem etnodirigida.
� Compreender os conceitos básicos em farmacognosia.
1. INTRODUÇÃO
� Várias fontes de fármacos
� Naturais (vegetal, animal, mineral, microorganismos)
� Semi-síntese
� Síntese
M
A
IO
R
IA
Origem Natural
Sintetizados a partir 
de compostos naturais
O desenvolvimento de 
fármacos a partir de 
compostos de origem natural 
é muito mais comum do que 
pensamos.
� Fonte vegetal
� Salicilatos: obtidos de Salix alba (ácido salicílico �
posteriormente síntese do ácido acetilsalicílico)
� Fonte vegetal
� Digoxina: obtidos de Digitalis purpúrea . Tratamento de 
doenças cardíacas.
14/02/2019
2
N
HO
H3CO
N
H2C=HC
Quinina
� Fonte vegetal:
� Quinina: antimalárico, isolado da casca de Cinchona officinalis
• Fonte por microorganismos
◦ Penicilinas, cefalosporinas, cloranfenicol,
tetraciclinas), antineoplásicas, imunossupressoras
(ciclosporina A), antifúngicos (griseofulvina).
◦ Fontes marinhas: importantes fontes de
substâncias bioativas.
Esponja Disidea avara
Inibidor do HIV
Alga Chondria armata
Anti-helmíntico
Peixes da ordem
Tetraodontiformis
Anestésico local
Avarol
N
COOH
Me
Me
COOH
COOH
HÁcido domóico
O
O
O-
N
HN
H
+H2N
HO
OH
HO
OH
CH2OH
Tetrodotoxina
� Farmacognosia: 
� Ciência que estuda os princípios ativos naturais, sejam
animais ou vegetais (incluindo os microorganismos) � enfoque
principal são os vegetais!!!
� Área mais antiga dos estudos de farmácia, tendo iniciado sua
história com a busca do homem por fontes naturais de cura
para suas mazelas.
� O uso de ervas e extratos vegetais nos processos de tratamento e cura
está presente em toda a história da humanidade.
� Termo surgiu em 1811
� Estuda as propriedades físicas, químicas, bioquímicas e
biológicas dos compostos naturais (vegetal ou animal)
� Palavras gregas: “pharmacon = fármaco ou veneno” e “gnoses
= conhecimento”.
� Ampliando o conceito:
� Farmacognosia: É multidisciplinar!
14/02/2019
3
1.1. EVOLUÇÃO TECNOLÓGICA E FARMACOGNOSIA
� Evolução tecnológica � não diminuiu a importância
das pesquisas envolvendo os princípios ativos de
origem vegetal
� Hoje boa parte das descobertas médicas está relacionada a
plantas de interesse farmacológico.
� Progresso científico impulsionou ainda mais os estudos
com extratos vegetais de interesse
� Já que hoje é possível identificar com precisão os
componentes de interesse farmacológico presentes em uma
planta medicinal.
� Com o desenvolvimento da ciência moderna
� Isolamento desses compostos 
� Possibilidade de realizar a síntese dessas moléculas em 
laboratório (síntese, semi-síntese)
� Traçar perfis químicos e farmacológicos para eles.
Garantiu que muitos compostos de origem natural ganhassem 
uma amplificação significativa no seu uso
Garantiu, por meio de estudos específicos, que sua utilização 
seja feita com maiores critérios de segurança.
� O desenvolvimento científico e tecnológico, assim como a
necessidade de buscar curas e tratamentos para novas
doenças
� Evolução dos estudos e aplicação clínica dos conhecimentos
� Traçou-se caminhos de pesquisa eficientes para buscar ativos 
vegetais que possam ser usados como terapêuticos:
� Abordagem randômica
� Abordagem quimiotaxonômica
� Abordagem etnodirigida
A escolha da abordagem depende de fatores inerentes à natureza do estudo, 
aos resultados pretendidos, entre outros. Todavia, é importante destacar que 
todas elas têm a sua utilidade em contextos específicos.
1.2. ABORDAGENS DE ESTUDO DE PLANTAS
MEDICINAIS
� Abordagem randômica:
� Compreende a coleta de plantas ao acaso, que posteriormente
são submetidas a triagens fitoquímicas e farmacológicas. Esta
é uma abordagem que se baseia na aleatoriedade, mas nem
por isso deixa de ter seus critérios de realização, que são
determinados por cada desenho de estudo adotado.
� Abordagem quimiotaxonômica ou filogenética:
� Esta abordagem se baseia na seleção de espécies de uma
família ou gênero de plantas das quais ao menos uma das
espécies possua algum estudo fitoquímico que tenha
despertado interesse.
� Essa abordagem é bastante utilizada quando se rastreia um
ativo de interesse e se deseja identificar se mais espécies da
mesma família ou grupo possuem este ativo, além de ser
possível descobrir variações de concentração e qualidade de
ativos em espécies diferentes, pertencentes a grupos ou
família comuns.
� Abordagem etnofarmacológica ou etnodirigida: 
� Esta abordagem usa como premissa básica o conhecimento
preexistente sobre as espécies vegetais. Nela, as espécies são
selecionadas para estudo de acordo com a indicação de grupos
populacionais específicos, obedecendo a contextos de
utilização e enfatizando a importância do conhecimento
construído localmente pelas comunidades ou etnias locais,
com relação aos recursos naturais e sua aplicação em seus
processos de saúde e doença.
Maior destaque! 
Bons resultados em 
relação ao tempo de 
pesquisa e custos 
envolvidos na coleta de 
informações!
Mais frequente 
identificação de ativos 
vegetais que as outras 
abordagens!
14/02/2019
4
� Devido ao sucesso da abordagem etnodirigida, as
disciplinas que auxiliam nessa abordagem, que são a
etnobotânica e a etnofarmacologia, têm ganhado
destaque
• Disciplina que estuda a “inter-relação direta entre pessoas e
plantas”. Essa inter-relação inclui a percepção e a
apropriação de recursos vegetais pelas comunidades, ou seja,
a relação do indivíduo, sua família, seu povo ou comunidade,
com a flora natural que o cerca.
Etnobotânica
• Tem como base de seus estudos as formulações ou
preparados à base de plantas, animais, fungos ou minerais,
utilizados tradicionalmente por comunidades.
• “Identificação e o registro dos diferentes usos medicinais de
plantas por diferentes grupos”.
Etnofarmacologia
1.3. ETNOBOTÂNICA, ETNOFARMACOLOGIA E A
VALORIZAÇÃO DO CONHECIMENTO POPULAR
� A etnobotânica e a etnofarmacologia
� Aproximam o tradicional do científico e o popular do
acadêmico e possibilitam o uso clínico após teste e liberação
de uso.
� O conhecimento popular sobre as funções medicinais 
das plantas e a utilização delas: 
� Muitas vezes são o único recurso terapêutico de uma 
comunidade ou etnia, 
� São fatos pertencentes às mais diversas culturas e povos, 
sendo extremamente muito presentes no contexto histórico 
brasileiro.
� A cultura de que o uso de plantas medicinais não
traz riscos à saúde é ainda muito comum entre a
população brasileira.
� A falta de conhecimento a respeito dos riscos
toxicológicos envolvendo o uso indiscriminado de
plantas medicinais é ainda uma realidade nacional.
� As pesquisas envolvendo plantas medicinais têm como
finalidade:
� Ampliar as possibilidades de tratamento e cura para patologias
e consequentemente melhorar a saúde humana.
� Contribuir para o uso correto dessas fontes naturais e garantir
que os riscos de uso sejam minimizados.
1.4. O ENSINO DE FARMACOGNOSIA
� Por que estudar farmacognosia de maneira completa e
atualizada?
� Maioria dos fármacos utilizados na história da humanidade
tem sua base de desenvolvimento em matérias-primas
naturais
� Necessidade crescente de ações relacionadas ao uso seguro de
fitoterápicos
� Uso tradicional de plantas medicinais pela população
� Muitas plantas daflora natural brasileira não tiveram estudos
mais completos dedicados às suas atividades farmacológicas
� Potencial de descoberta de compostos ativos na diversidade
vegetal brasileira. Região Amazônica???
� Discussão – Valorização do conhecimento popular
� Como utilizar as informações de maneira segura?
� As informações etnofarmacológicas são coletadas com pré-
requisitos?
� A planta X que uma pessoa chama em uma determinada
região, é a mesma de uma outra região?
� Qual a importância de fazer pesquisas científicas com as
informações obtidas por abordagens etnodirigidas?
� Aspectos a serem considerados: Toxicidade, abrangência de
uso para outros indivíduos, diversidade de cultura no nosso
país, padronização, passagem de informações de geração em
geração, identificação da planta...
14/02/2019
5
� Planta medicinal
� Espécie vegetal, cultivada ou não, utilizada com propósitos 
terapêuticos.
� Planta Medicinal Fresca
� Qualquer espécie vegetal com finalidade medicinal, usada 
logo após a colheita/coleta, sem passar por qualquer processo 
de secagem.
2. CONCEITOS BÁSICOS EM FARMACOGNOSIA
(RDC ANVISA N° 26, DE 13 DE MAIO DE 2014)
� Droga vegetal
� Planta medicinal, ou suas partes, que contenham as
substâncias responsáveis pela ação terapêutica, após
processos de coleta/colheita, estabilização, quando aplicável,
e secagem, podendo estar na forma íntegra, rasurada,
triturada ou pulverizada.
� Derivado vegetal
� Produto da extração da planta medicinal in natura ou da 
droga vegetal, podendo ocorrer na forma de extrato, tintura, 
alcoolatura e outros;
� Matéria-prima vegetal
� Planta medicinal fresca, droga vegetal ou derivado vegetal.
� Extratos
� Preparações de consistência líquida, sólida ou
intermediária, obtidas a partir de matéria-prima de origem
vegetal, preparados por percolação, maceração ou outro
método adequado e validado, utilizando como solvente
etanol, água ou outro solvente adequado.
� Fármaco: 
� Substância principal da formulação do medicamento,
responsável pelo efeito terapêutico. Composto químico obtido
por extração, purificação ou síntese.
� Insumo farmacêutico ativo vegetal (IFAV):
� Matéria-prima ativa vegetal, ou seja, droga ou derivado
vegetal, utilizada no processo de fabricação de um fitoterápico.
� Medicamento:
� “Forma farmacêutica acabada, contendo o princípio ativo ou
fármaco, apresentado em variadas formas farmacêuticas:
cápsula, líquido, comprimido etc.
� Princípio ativo: 
� Princípio ativo em farmacognosia é o termo que usaremos
para nos referir às substâncias com atividade farmacológica.
Na lista de definições disponibilizadas pela ANVISA,
princípio ativo é definido como:
14/02/2019
6
3. QUESTÕES PARA DISCUSSÃO
� 1- Qual a importância da observação do uso tradicional
das plantas medicinais em diferentes comunidades?
� 2- Quanto à identificação dos ativos, como o diálogo e a
observação podem contribuir?
RESPOSTAS:
� 1. Observando a relação dos moradores da comunidade com as plantas
medicinais cultivadas, é possível compreender quais são as principais
utilizações medicinais de cada planta. No caso das comunidades
indígenas, que contam com o apoio do conhecimento de pajés, é possível
obter ainda mais informações sobre os riscos e os benefícios do uso de
cada planta, já que o conhecimento deles tende a ser mais aprofundado
e empírico (observação).
� 2. A observação de quais partes das plantas são mais utilizadas e quais
os processos empregados para o seu preparo e utilização podem
contribuir para a identificação da parte da planta que possui mais
ativo, por exemplo. Outro indicativo sobre a classe química dos ativos é
a sua permanência após a realização das operações de preparo, plantas
que podem ser fervidas por um tempo maior indicam a presença de
ativos mais resistentes ao calor, por exemplo. Essa parte das
observações traz contribuições tanto para a identificação dos ativos
quanto para os estudos de etnofarmacologia, já que avalia também a
eficiência dos preparados tradicionais.
4. BIBLIOGRAFIA
� Rodrigues, A. T. Farmacognosia. Editora e
Distribuidora Educacional S.A., 2018. 208 p.
� Eldin, S.; Dunford, A. Fitoterapia. Manole: São Paulo, 
163p. 2001.
� Lorenzi, H.; Matos, F.J.A. Plantas medicinais do
Brasil. 2 ed. Nova Odessa: São Paulo, 2008. 544p.

Continue navegando