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Embriologia do fígado 
LARA CAMILA DA SILVA ALVES – MEDICINA – 3º SEMESTRE 
 
O fígado surge da porção distal do intestino anterior na 4ª semana de vida embrionária, quando surge o divertículo hepático 
– também chamado de broto hepático. 
➢ O intestino anterior é revertido internamente por endoderma; 
há uma hipótese de que essas células endodérmicas são 
bipotenciais, ou seja, podem se diferenciar em outro tipo 
celular a depender do estímulo. Ou seja, a depender do 
estímulo elas podem se transformar no divertículo hepático, ou 
nos brotos que irão dar origem aos pâncreas. O que faz com que 
essas células se diferenciem e formem o divertículo hepático é 
o FGF – Fator de crescimento de fibroblastos, que é produzido 
pelo coração em desenvolvimento. 
➢ O divertículo hepático cresce dentro do mesogástrio ventral, 
sendo revestido por peritônio, em direção a uma estrutura chamada de septo transverso. 
O septo transverso é uma porção do mesoderma esplâncnico que fica 
superiormente ao mesogástrio ventral. Após o nascimento, o septo 
transverso é o tendão fibroso do diafragma, pois o septo transverso 
separa a cavidade torácica da cavidade abdominal. 
OBS: como a parte superior do fígado encosta no septo transverso, 
essa parte não será revestida por peritônio. Por isso, essa região é 
chamada de área/zona nua. 
 
➢ Na 5ª semana, o divertículo irá se transformar em duas porções: porção cranial e porção 
caudal. A porção cranial é a maior e é a que dará origem ao fígado, a porção caudal dará 
origem à vesícula biliar. 
Os cordões hepáticos representam sequências de células hepáticas (hepatócitos) que começaram 
a se desenvolver. Essas células se originam das células endodérmicas – que também dão origem 
ao revestimento dos ductos biliares intra-hepáticos. À medida que esses cordões hepáticos vão 
crescendo em direção ao septo transverso, eles irão se encontrar com o capilares sinusóides 
hepáticos. 
OBS: a veia umbilical carrega sangue oxigenado em direção ao fígado; quando entra no fígado irá emitir capilares 
sinusóides, os quais se encontrarão com os cordões hepáticos. 
>> A vascularização da veia umbilical é importante para o crescimento/desenvolvimento do fígado 
e para a segmentação hepática. 
➢ Por volta da 6ª semana, o fígado se torna um órgão 
hematopoiético. Por isso, ele se torna bem avermelhado. 
Inicialmente, o fígado tem um tamanho único, mas com o 
desenvolvimento o lobo direito fica maior que o lobo esquerdo. 
 
O mesogástrio ventral vai formar o omento menor (ligamento 
hepatoduodenal e hepatogastrico) e o ligamento falciforme. 
Por fim, o fígado irá acompanhar a rotação do estômago. 
Por volta da 12ª semana o fígado começa a originar a vesícula biliar. 
 
Histologia do fígado 
LARA CAMILA DA SILVA ALVES – MEDICINA – 3º SEMESTRE 
 
• O fígado está localizado na cavidade abdominal, e sua maior parte fica no hipocôndrio direito; 
• Corresponde ao segundo maior órgão do nosso corpo; é a maior glândula do nosso organismo; é uma glândula mista. 
• A maior parte dos alimentos que são absorvidos no TGI passa pelo fígado antes de cair na circulação, o que faz com 
que ele tenha a função de direcionar para onde esses nutrientes devem ir/armazenar. 
OBS: lipídios mais complexos, como os quilomícrons, chegam no fígado através da artéria hepática. 
 
O fígado recebe uma dupla circulação: ele recebe uma circulação arterial e uma venosa. 
O sangue venoso chega pela veia porta, e o sangue arterial chega pela artéria hepática. 
➢ Cerca de 80% do sangue que o fígado recebe vem da veia porta, apenas o 
restante vem da artéria hepática. 
O sangue da veia porta está rico em nutrientes, pois está vindo do intestino que acabou 
de fazer absorção; enquanto o sangue da artéria hepática não é tão rico assim em 
nutrientes, mas possui quilomícrons e tem uma saturação de oxigênio elevada. Assim, 
o fígado garante nutrientes e oxigênio. 
• O fígado é recoberto por uma cápsula de tecido conjuntivo; é uma cápsula delicada, 
mas se torna mais espessa na região do hilo hepático. Essa cápsula do fígado também 
é denominada de cápsula de Glisson. 
OBS: a cápsula do fígado não é a mesma coisa que o peritônio. A cápsula recobre todo 
o fígado, pois dá sustentação às células hepáticas. Por cima dessa cápsula é onde encontramos o peritônio, exceto na área 
nua. 
A cápsula acompanha as estruturas do hilo hepático até uma região chamada de espaço porta. A partir desse espaço, temos 
apenas fibras elásticas e reticulares para dar sustentação aos hepatócitos. Ou seja, a parte interna do fígado é desprovida 
de tecido conjuntivo 
➢ A presença das fibras reticulares é para que os capilares sejam de baixa resistência ao fluxo sanguíneo, ou seja, tenham 
uma facilidade de distensão. 
 
LÓBULO HEPÁTICO 
Anatomicamente, o fígado é dividido em lobos: lobo direito, lobo 
esquerdo, lobo quadrado e lobo caudado. Dentro dos lobos, 
encontramos vários lóbulos – unidade funcional importante do fígado. 
O lóbulo hepático é uma estrutura hexagonal que podemos encontrar 
de 3 a 6 espaços portas. 
➢ O espaço porta (também conhecido como tríade portal) é 
composto por: um ramo da artéria hepática, um ramo da veia porta e 
um ducto biliar. 
Nos humanos, como não há tecido conjuntivo nos lóbulos – apenas as fibras -, não conseguimos definir o limite de um 
lóbulo para o outro. A referência é a veia centro lobular que fica no centro de um lóbulo. 
Os lóbulos também são formados por hepatócitos – células hepáticas – que estão dispostas radialmente. Entre a sequência 
dessas células, encontramos os capilares sinusóides que se direcionam para o centro desse lóbulo, formando a veia centro 
lobular. 
Entre os hepatócitos e os capilares sinusóides há um espaço 
chamado de espaço de Dissi, onde encontramos as fibras 
reticulares que dão sustentação ais hepatócitos. 
No lúmen do capilar sinusóide encontramos as células de 
kupffer, Essas células são macrófagos que têm função de 
defesa, por isso ficam bem próximos da veia porta, pois o 
sangue que está chegando pode vir com bactérias, e os 
macrófagos irão atuar fazendo o papel de defesa. Além disso, 
essas células participam do sistema reticoendotelial que 
ajuda na degradação das hemácias, produção de bilirrubina 
etc. 
 
➢ Quando a veia porta chega na região dos lóbulos, começa a emitir 
ramos: vênula interlobular → vênulas distribuidoras (vaso em torno do 
lóbulo) → vênulas de entrada (vasos que entram no lóbulo). 
➢ A artéria hepática vai emitir vários ramos, quando chega na região 
dos lóbulos: arteríola interlobular → arteríolas distribuidoras → arteríolas de 
entrada. 
Quando há a união da vênula de entrada com a arteríola de entrada, há a 
formação dos capilares sinusóides. 
OBS: capilares sinusóides são aqueles que possuem poros maiores para 
permitir a passagem de macromoléculas. No local dos poros, normalmente, 
a membrana basal é descontínua para permitir a passagem fácil de 
substâncias. 
Assim, esses capilares sinusóides receberão tanto sangue arterial, quanto 
sangue venoso e carregarão o sangue em direção ao centro do lóbulo, 
nutrindo os hepatócitos. À medida que eles chegam no centro, juntam-se para formar a veia centro lobular. Ou seja, a veia 
centro lobular é o primeiro vaso de saída do sangue. 
À medida que essa veia centro lobular vai descendo, ela vai recebendo mais 
capilares sinusoides e sua parede vai ficando mais espessa. Em seguida, irá se 
juntar com outras veias centro lobulares, e formará a veia sublobular que se 
juntará com outras veias sublobulares e formarão as veias hepáticas que 
desembocarão na veia cava inferior. 
As células hepáticas que estão mais próximas da região do centro – as células 
centro lobulares – já não recebem um sangue tão rico em oxigênio e nutrientes, 
o que faz com que essas células tenham um comportamento diferente: são 
suscetíveis a estresses/lesões diferentes. 
As células estreladas/célulasde Ito, em condições 
normais, ajudam na deposição da MEC, funcionam 
como armazenamento de substâncias retnóicas – VitA 
-, liberam substâncias que fazem variação do 
diâmetro do capilar sinusóide etc. Em condições patológicas, uma vez ativada, ela pode se tornar 
um miofibroblasto, e se depositar no espaço de Dissi causando uma fibrose, o que faz com que a 
resistência desse capilar aumente, e assim, o sangue já encontrará uma alta resistência. 
➢ Esse é um mecanismo relacionado à cirrose – em uma situação de inflamação do fígado, essas 
células de Ito (estreladas) podem ser ativadas, aumentando a resistência dos capilares, 
ocasionado hipertensão portal. 
 
HEPATÓCITOS 
Representam o principal tipo celular existente no fígado; é a que faz a principal função: 
Realizam todas as funções endócrinas e exócrinas do fígado. Lembre-se: o fígado é uma glândula mista. 
Dispõe-se de maneira radial com diversas anastomoses, e entre as sequências de hepatócitos encontramos os capilares 
sinusóides. 
Quem primeiro recebe o sangue que chega no fígado, são os 
hepatócitos que estão na periferia; esses hepatócitos são 
chamados de células perilobulares. Os hepatócitos que recebem 
o sangue por último – os que estão mais próximos da veia centro 
lobular – são chamados de células centrolobulares. Além disso, 
essas células têm um comportamento diferente. 
Podemos dividir um lóbulo em zonas: zona 1 (periferia); zona 2 
(intermediária); zona 3 (centro). 
Em situações de lesão, essas zonas podem sofrer de maneira 
diferente. Quando temos uma lesão por mecanismos 
oxidativos, é mais comum que atinja primeiro as células 
peritibulares, enquanto lesões ocasionadas por isquemia são 
mais comuns nas células centrolobulares. 
Nos hepatócitos, há uma alta quantidade de mitocôndrias – o que está relacionado à atividade de canais iônicos/bombas 
que o hepatócito possui. Além disso, também há REL em abundância, que está relacionado com a função de detoxicação 
de drogas/substâncias, fazer a conjugação de bilirrubina e ácidos biliares etc. 
>> O fato de o hepatócito ser rico em mitocôndrias e REL faz com que ele tenha uma marcação eosinófila. 
O REL é capaz de se adaptar de acordo com o estímulo que ele possa sofrer. Ex: quando o paciente toma alguma medicação 
constante (ex: barbitúricos) que é metabolizada no fígado, o REL irá hipertrofiar e assim, o processo de metabolização 
acontecerá de maneira mais rápida. Desse modo, a dose que o paciente ingere pode se tornar uma dose subclínica, e será 
necessário aumentá-la. 
O RER também é encontrado nos hepatócitos, pois o fígado também está associado à síntese de proteínas, como a maior 
parte das proteínas do sangue (principalmente a albumina), e a síntese dos fatores de coagulação. 
 
As paredes dos hepatócitos ( tanto as que são voltadas para o vaso, quanto as que são voltadas para outro hepatócito) são 
chamadas de domínios; os domínios voltados para o capilar sinusóide são chamados de domínios sinusóides, e os domínios 
voltados para outro hepatócito são chamados de domínios laterais. 
 
OBS: podemos usar outros termos → a membrana voltada para o vaso/capilar podemos chamar de membrana basolateral; 
e a membrana apical pode ser a que separa um hepatócito de outro. 
 
 
ZONA 1 ZONA 3 ZONA 2 
CORRELAÇÃO CLÍNICA: ao fazer biópsia e analisar qual a 
zona do lóbulo que está sendo mais atingida, é possível 
suspeitar o mecanismo que está ocasionando a lesão. 
CORRELAÇÃO CLÍNICA: indivíduos com cirrose têm comprometimento da função hepática; 
assim, eles apresentarão uma redução da síntese de albumina e dos fatores de coagulação. Por 
isso, ele pode apresentar edema e dificuldade na coagulação do sangue, o que predispõe a 
hemorragias. Por isso, a medida de albumina sérica e o tempo de coagulação é utilizada para 
fazer a análise da função hepática. 
 
➢ O domínio sinusoidal possui uma grande quantidade de microvilosidades; e esse domínio não encosta diretamente no 
vaso, pois entre eles tem o espaço de Dissi que permite a troca de substâncias, mas não permite o contato íntimo entre 
os dois. Essas microvilosidades aumentam a área de superfície da membrana permitindo que a secreção e absorção 
seja mais eficaz, otimizando essa atividade. 
Algumas substâncias que são secretadas/absorvidas pelo fígado necessitam de um transporte ativo. Por isso, no domínio 
sinusoidal podemos encontrar transportadores e bomba de Na+/K+. 
 
➢ O domínio perisinusoidal/lateral possui uma luz que é 
formada quando dois hepatócitos se encontram. Essa 
estrutura é a primeira via biliar, chamada de canalículo biliar. 
Ao lado do canalículo, as paredes dos hepatócitos se encostam 
e possui junções oclusivas que impedem o extravasamento 
excessivo dos componentes que serão secretados no 
canalículo, como por exemplo, a bile. 
Ou seja, quando o fígado secreta algo para o vaso ele está fazendo 
uma secreção endócrina; quando secreta algo para o canalículo é 
uma secreção exócrina (bile). 
>> As vias biliares iniciam no fígado, e nós temos as vias intra-
hepáticas e extra-hepáticas. A primeira via biliar começa no 
fígado, que é o canalículo biliar. 
Além disso, nos domínios laterais também existem as junções 
comunicantes/GAP, que permitem a comunicação entre uma 
célula e outra. 
As microvilosidades do canalículo biliar também possuem bomba de Na+/K+. 
 
VIAS BILIARES INTRA-HEPÁTICAS 
A junção de vários canalículos biliares formará uma estrutura chamada de dúctulos biliares, que irão se juntar e formarão 
o ducto biliar intralobular – que faz parte do espaço porta. Os ductos biliares intralobulares vão se juntar e formarão o 
ducto hepático direito e esquerdo, que são as últimas vias intra-hepáticas. 
O dúctulos biliares têm um epitélio simples cubóide, já os ductos biliares têm um epitélio que pode ser cubóide ou colunar, 
já os ductos hepáticos direito e esquerdo terão um epitélio colunar.

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