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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE TECNOLOGIA CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA ANÁLISE DO DESGASTE DO CONTATO SECO/LUBRIFICADO ENTRE METAIS Jose Jurandir de Barros Junior NATAL- RN, 2019 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE TECNOLOGIA CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA ANÁLISE DO DESGASTE DO CONTATO SECO/LUBRIFICADO ENTRE METAIS Jose Jurandir de Barros Junior Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Engenharia Mecânica da Universidade Federal do Rio Grande do Norte como parte dos requisitos para a obtenção do título de Engenheiro Mecânico, orientado pelo Prof. Me. Antônio Paulino de Araújo Neto. NATAL – RN 2019 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE TECNOLOGIA CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA ANÁLISE DO DESGASTE DO CONTATO SECO/LUBRIFICADO ENTRE METAIS Jose Jurandir de Barros Junior Banca Examinadora do Trabalho de Conclusão de Curso Prof. Me. Antônio Paulino de Araújo Neto ___________________________ Universidade Federal do Rio Grande do Norte – Orientador Prof. Dr. Raphael Araújo Cardoso ___________________________ Universidade Federal do Rio Grande do Norte - Avaliador Interno Prof. Dr. Juliana Ricardo de Souza ___________________________ Universidade Federal do Rio Grande do Norte - Avaliador Externo NATAL, 29 de Novembro de 2019. i Dedicatória Dedico este trabalho aos meus pais, José Jurandir de Barros e Elisama Barreto da Silva (IN MEMORIAM), pois sem eles, nada disso seria possível, eles foram minha fonte inesgotável de forças para que eu conseguisse terminar a graduação, sempre estando ao meu lado nos momentos difíceis, me ensinando que não importa qual a dificuldade que eu esteja passando, eu sempre serei mais forte do que a dificuldade, pois tenho Deus e minha família ao meu lado. O meu pai, que sempre me ensinou que apesar da dimensão do mundo, ele se torna pequeno diante das pessoas que se preparam para o sucesso. E a minha mãe, sem sombra de dúvidas, a mulher mais incrível que eu já conheci, e que Deus me deu o privilégio de vir ao mundo sendo o seu filho, o meu maior agradecimento, estou realizando hoje, um sonho que era nosso, um sonho que sonhamos juntos, espero que a senhora esteja vendo essa minha vitória, ela foi por você e para você. Obrigado aos dois por terem me dado a primeira formação que uma pessoa necessita ter, a formação da vida. ii Agradecimentos Este trabalho não poderia ser concluído sem a ajuda de diversas pessoas as quais presto minha homenagem: Primeiramente quero agradecer a Deus, por me permitir chegar até aqui e realizar esse sonho, me dando saúde e discernimento para enfrentar as grandes atribulações que enfrentei durante o curso. Aos meus pais que sempre estiveram comigo e sempre fizeram todo o esforço necessário, as vezes até sem poder, mas sempre deram um jeito para que eu tivesse o melhor estudo possível, sempre despertando em mim a vontade de estudar e depositando em mim toda a confiança necessária. As minhas irmãs Luanna Victória Barreto de Barros e Gabrielly Najhara Barreto de Barros, que mesmo ainda não entendendo muitas coisas sobre a vida acadêmica, torcem por mim e querem o meu bem. A minha tia Rita Maria Neta, que ajudou diretamente na minha criação e mesmo apesar da distância, está presente em todos os momentos da minha vida, com pensamentos positivos, torcendo por mim e desejando a melhores coisas. As minhas primas Danielly zuíla Torres e Dalliany Tavares da Silva, que estão sempre torcendo pelo meu sucesso. A Vanessa Cristina Muniz Soares, que na maioria do curso, foi a minha grande companheira, aguentando minha inexperiência com a vida acadêmica e meus estresses diários, sempre estando disponível de todas as formas para me ajudar, pessoa que esteve ao meu lado no momento mais difícil da minha vida, fazendo o possível e o impossível para eu me reerguer e me tornar quem sou hoje. Você não tem noção da gratidão que eu sinto por você, muito obrigado por tudo. A família Muniz, em especial a Hercília Maria Muniz Soares (Dona Hercília) e Tertuliano Soares Neto (Seu Tertula), família que por muito tempo, me acolheu em sua casa, fazendo com que eu me sentisse da família. Tenho em minha memória tudo o que vocês fizeram por mim, TUDO, e serei sempre grato por isso. A Dona Hercília, que é uma das mulheres mais alto astral que eu conheço, sempre vendo o lado bom da vida e querendo ser feliz, acima de tudo. A seu Tertuliano, um dos homens mais iii justos e coerente que conheço, trabalhador, pai que não mede esforços para ver o bem estar das pessoas que o cercam. A vocês, meu muito obrigado. A Magnólia Medeiros da Costa Albuquerque, que chegou para somar na minha família, está presente no meu dia a dia, dando toda a atenção, e estando sempre disponível para o que for necessário. A Letícia Sousa Oliveira, minha namorada, que chegou e me deu o gás que eu precisava para concluir essa graduação, me colocando para cima, me incentivando diariamente, puxando a minha orelha nos momentos em que eu pensava em desviar o foco, sendo meu amparo nos momentos de tristeza e sendo minha companheira nos momentos de alegrias. Sem você, isso poderia não estar acontecendo, meu muito obrigado. A todos os meus amigos de curso, que sempre estiveram comigo nas tensões pré provas, nos choros e alegrias pós notas, meus parceiros de resenhas que enfrentaram juntos comigo, toda essa dificuldade que o curso propicia. A Antônio Paulino de Araújo Neto, meu orientador do TCC, que não mediu esforços para que o trabalho acontecesse, que mesmo com as nossas diferenças de horários para se encontrar, sempre deu um jeito para que as coisas fluíssem, sempre passando a sua experiência acadêmica para me tranquilizar. Ao Grupo de estudos de Tribologia e Integridade estrutural, do Departamento de Engenharia Mecânica, que me acolheu, dando a estrutura física que eu precisava para que o trabalho acontecesse, e as pessoas que nele estão, que sempre estiveram a minha disposição para tirar minhas dúvidas e me ajudar no que fosse necessário, a vocês, o meu muito obrigado. Ao Laboratório de Caracterização Estrutural dos Materiais, do Departamento de Engenharia de Materiais, em que fiz todas as caracterizações metalográficas necessárias para que o trabalho acontecesse, a vocês, o meu muito obrigado. Ao laboratório de Caracterização de Materiais, do Departamento de Engenharia de Materiais, onde fiz toda a parte de lixamento, polimento, ataque metalográfico, etc. A vocês o meu muito obrigado. iv Ao laboratório de Manufatura, do departamento de Engenharia Mecânica, onde fiz as retificas dos discos e dos pinos que foram necessários para a execução do trabalho. A vocês, o meu muito obrigado. A todos os professores que ajudaram na minha formação acadêmica, passando o conteúdo da melhor forma possível. Em especial ao professor José Henrique Fernandez, que realmente se preocupa com o aluno e está sempre disposto a ajudar. Obrigado “grande gafanhoto”, sua amizade vale mais do que os “0,1” valiam na época da disciplina. A UFRN, por todo apoio e incentivo para o desenvolvimento deste trabalho. E por toda estrutura física que sempre me atendeu muito bem. A todos vocês, meu muito obrigado. v BARROS JUNIOR, Jose Jurandir de. ANÁLISE DO DESGASTE DO CONTATO SECO/LUBRIFICADO ENTRE METAIS. Trabalho de Conclusão de Curso, Graduação em Engenharia Mecânica - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal-RN, 2019. Resumo Este estudo se concentra em analisar e comparar o desgaste proveniente do contato plano-plano na condição seca e lubrificada, o lubrificante sendo óleo de mamona, através do deslizamento pino disco, a fim de identificar a influência das diferentes condições de desgaste e coeficiente de atrito no comportamentotribológico do material e para avaliar se o lubrificante estará apto para uso na industria. Foi utilizado um tribômetro com configuração pino contra disco. O material utilizado como corpo de prova foi o aço 4140, sendo o pino de aço inoxidável austenítico 304 como contra corpo em contato conforme com parâmetros de V= 0,6 m/s, Carga = 100 N, Duração = 15 min, Pressão = 3,5 MPa. Foram realizados 3 ensaios em cada condição. Os resultados indicam um coeficiente de atrito médio de 0,5, desgaste médio de 1024 μm e variação mássica média de 0,3g para o contato seco, em comparação com um coeficiente de atrito médio de 0,1, desgaste médio de 56 μm, temperatura média de 30ºC e variação mássica média de 0,04 g para o contato lubrificado. Palavras-chave: Tribologia, Metal, Mecânica vi BARROS JUNIOR, Jose Jurandir de. DRY/LUBRIFICATED CONTACT WEAR ANALYSIS OF METALS. Conclusion work project, Graduate in Mechanical Engineering - Federal University of Rio Grande do Norte, Natal-RN, 2019. Abstract This study focuses on analyzing and comparing wear from flat-to-flat contact in the dry and lubricated condition, the lubricant being castor oil, through the disc pin slip, in order to identify the influence of different wear conditions and friction coefficient. in the tribological behavior of the material and to assess whether the lubricant will be fit for use in the industry. A pin-to-disk tribometer configuration was used. The material used as test specimen was 4140 steel, with 304 austenitic stainless steel pin as counter body in contact according to parameters of V = 0.6 m/s, Load = 100 N, Duration = 15 min, Pressure = 3.5 MPa. Three trials were performed under each condition. The results indicate an average friction coefficient of 0.5, average wear of 1024 μm and mean mass change of 0.3g for dry contact, compared to an average friction coefficient of 0.1, average wear of 56 μm, average temperature of 30ºC and average mass variation of 0,04 g for the lubricated contact. Keywords: Tribology, Metal, Mechanics vii Lista de Ilustrações Figura 1 - Mecanismos de abrasão de dois e três corpos _____________________ 5 Figura 2 - Mecanismo de desgaste por Adesão _____________________________ 5 Figura 3 – Desenho esquemático da área aparente e real de contato entre duas superfícies _________________________________________________________ 6 Figura 4 – Curva de Stribek ____________________________________________ 7 Figura 5 – Formas de regime de lubrificação _______________________________ 8 Figura 6 – Desenho esquemático dos diferentes tipos de Mancais _____________ 10 Figura 7 - Fixação dos pinos no suporte utilizado para retificação ______________ 14 Figura 8 - Desenho esquemático do tribômetro utilizado _____________________ 15 Figura 9 - Representação esquemática do posicionamento do pino ____________ 16 Figura 10 - Fluxograma do procedimento experimental utilizado _______________ 17 Figura 11 - Resultado dos valores de rugosidade Ra _______________________ 19 Figura 12 - Resultado referentes a) coeficiente de atrito, b) Desgaste, c) variação de temperatura e d) Variação Mássica na condição 1 _________________________ 20 Figura 13 – a) Região central pino1 seco(50x) b) Região da borda pino1 seco (100x) _________________________________________________________________ 21 Figura 14 - Região central pino 2 seco (50x) b) Região da borda pino 2 seco (50x) 21 Figura 15 – a) Região da borda Disco 1 (50x) b) Trilha de desgaste Disco 1 (50x) _ 22 Figura 16 - a) Região da borda Disco 2 (50x) b) Trilha de desgaste Disco 2 (50x) _ 22 Figura 17 - Resultado referentes a) coeficiente de atrito, b) Desgaste, c) variação de temperatura e d) Variação Mássica na condição 1 _________________________ 24 Figura 18 – a) Região da borda inferior pino 1 (50x) b) Região da borda superior pino 1 (50x) ___________________________________________________________ 25 viii Figura 19 - a) Região central pino 2 (50x) b) Região da borda pino 2 (50x)_______ 25 Figura 20 –Região central disco 1 (50x) b) Região central medida disco 1 (50x) __ 26 Figura 21 – Trilha de desgaste medida disco 2 (50x) b) Trilha de desgaste disco 2 (50x) _____________________________________________________________ 27 Figura 22 – Comparativo do desgaste seco e lubrificado _____________________ 27 ix Lista de Tabelas Tabela 1 – Condições para o ensaios tribológico ...................................................... 16 Tabela 2 – Elementos químicos encontrados através do FRX ................................. 18 x Sumário Dedicatória....................................................................................................... i Agradecimentos .............................................................................................. ii Lista de Ilustrações ....................................................................................... vii Lista de Tabelas ............................................................................................ ix Sumário .......................................................................................................... x 1 Introdução .................................................................................................... 1 1.1 Objetivo ................................................................................................. 3 2 Revisão Bibliográfica ................................................................................... 4 2.1 Desgaste ............................................................................................... 4 2.1.1 Abrasão .......................................................................................... 4 2.1.2 Adesão ........................................................................................... 5 2.2 Rugosidade ........................................................................................... 6 2.3 Lubrificação ........................................................................................... 7 2.3.1 Lubrificação Hidrodinâmica ................................................................ 8 2.3.2 Lubrificação Limítrofe ......................................................................... 8 3.2.3 Lubrificação Mista .............................................................................. 9 2.4 Mancal................................................................................................. 10 2.5 Aço AISI 4140 ..................................................................................... 11 2.6 Óleo de mamona ................................................................................. 11 3 Materiais e Métodos .................................................................................. 13 3.2.1 Caracterização do disco ................................................................... 13 3.2.2 Análise da superfície dos pinos ........................................................ 13 3.2.4 Ensaio tribológico ............................................................................. 14 4 Resultados e Discussões........................................................................... 18 5 Conclusões ................................................................................................ 28 6 Trabalhos futuros ....................................................................................... 29 xi 7 Referências ................................................................................................ 30 1 1 Introdução Há muito tempo o homem percebeu a existência dos metais e iniciou um processo para aproveita-los na elaboração de ferramentas e objetos de uso geral. Talvez as suas descobertas devem ter ocorrido por acaso. Isso porque, quando alguns materiais encontradosna natureza entram em contato com a madeira (que tem um alto teor de carbono), por exemplo, em temperaturas elevadas, ocorre uma reação química que nos dá como produto outro material (que veio a ser chamado de metal), com aspecto brilhante, com uma boa resistência para certos usos e com a possibilidade de ser moldado, tanto por desbaste manual como por fusão (NAVARRO,2006). Portanto, era razoavelmente fácil a utilização desses metais na fabricação de peças de utensílios e decoração, como por exemplo, recipientes, lanças, facas e flechas. Passado o tempo, o homem procurou entender como e por que as reações ocorriam, quais tipos materiais poderiam ser utilizados e como melhorar o processo. Assim, foram sendo obtidos metais mais puros e diferentes. Eles começaram a se tornar uma moeda de troca e sua importância crescia, chegando ao ponto de nomearem uma das fases da evolução da humanidade de a idade do bronze, que se refere a uma liga metálica constituída de cobre e estanho, que eram dois metais de fácil extração a partir de certos minerais (NAVARRO,2006). Diante disso, houve o aprimoramento das técnicas dando início ao ramo da engenharia, em que é feito o uso de vários materiais disponíveis para diversas aplicações, processos e metodologias. A grande maioria dos materiais em metal na engenharia mecânica são divididos em três classes, que são baseadas nas forças atômicas da ligação de um material particular: metálicos, cerâmicos e poliméricos. Depois dessas classificações, os materiais são organizados com base em suas composições químicas e também de acordo com determinadas propriedades físicas ou mecânicas em grupos. Além disso, alguns materiais distintos podem ser combinados para criar um material compósitos, que são agrupados pela forma como estão organizados ou pelos tipos de combinações (ZOLIN,2010). Dessa forma, um dos importantes materiais que devem ser levados em consideração são os metais que se dividem em: Ligas ferrosas (ferros, aços carbono) e ligas não- ferrosas (ZOLIN,2010). 2 Dentre os tipos de metais, podemos destacar o aço carbono, que de longe são os aços mais produzidos, constituindo cerca de 90 % da produção mundial. O Carbono é o principal elemento endurecedor em relação ao ferro. Dentre suas aplicações típicas, estão perfis estruturais, chapas automobilísticas, placas utilizadas na fabricação de tubos, entre outros (CRISPIM,2012). Como exemplo de aço carbono, pode-se citar o aço 4140 que também recebe o nome de aço-cromo-molibdênio, tem classificação de aço de médio carbono ligado para beneficiamento. Em sua estrutura, possui teor de carbono entre 0,3% e 0,5%, justificando assim sua classificação como um aço de médio carbono. Podem chegar a temperaturas de até 480°C, no entanto, valores acima disso, abaixam a resistência do material rapidamente (Rocha, 2004). Em relação ao contato entre metais, observa-se a eminência de possíveis problemas relacionados ao atrito e desgaste. Para isso a indústria faz o uso de lubrificantes dos mais variados tipos para diminuir o contato entre esses metais, de acordo com a necessidade (ALVES,2015). Segundo Raymond Bayer (2004), “desgaste é um dano progressivo a uma superfície causado pelo movimento relativo com outra substância”. É importante ressaltar que desgaste não é limitado a perda de material de uma superfície, pode-se citar como exemplo a mudança na geometria e dimensões de um objeto, proveniente de uma deformação plástica. Somando-se com a fadiga e com a corrosão, o desgaste é um dos três fatores que são levados em consideração no que diz respeito ao limite da vida útil e performance de um componente ou sistema de engenharia (FERNANDES,2017). Diante deste contexto, algumas das formas utilizadas para reduzir o desgaste são: observar se a peça está com lubrificação adequada, selecionar um material adequado, fazer o devido tratamento na superfície do material, com tratamentos térmicos ou revestimentos, por exemplo (ALVES,2015). No tocante à lubrificação, uma de suas primeiras funções é fazer a proteção das peças em movimento através de um filme durável, fazendo com que seja reduzido o atrito e o desgaste da máquina, geração de calor e perda de energia, com isso se tem uma redução nos custos da operação e tempo de inatividade para manutenção. 3 A lubrificação é usada em quase todos os dispositivos mecânicos, como máquinas industriais, motor de automóvel, incluindo os pistões e engrenagens, etc, (ALVES,2015). Somado a isso, a lubrificação é basicamente dividida em limítrofe, hidrodinâmica e mista. Falando sobre lubrificação limítrofe, pode-se dizer que é um fenômeno complexo que vem tendo muitos avanços no entendimento de seus mecanismos que promovem a lubrificação. Esses mecanismos são classificados de acordo com a capacidade de carga relativa e temperatura, nas quais servem para limitar o atrito e são controladas por meios de aditivos presentes no óleo (ALVES,2015). Além disso, no regime de lubrificação limítrofe ocorre a formação de baixos coeficientes de atrito pois são formadas camadas de proteção sobre as superfícies desgastadas (ALVES,2015). Dentre os vários tipos de lubrificantes, pode-se destacar os lubrificantes vegetais como uma boa opção, pois alinham uma boa eficiência no uso, a sustentabilidade, pois os óleos vegetais são obtidos por meio de fontes renováveis e emitem menos gases poluentes. Pode-se citar como exemplo de lubrificante vegetal a Mamona, pois é utilizado manejo sustentável, com pouquíssimos defensivos agrícolas para sua produção. Sem o uso de produtos sanitários, não há o aumento do custo do produtor e nem a degradação do meio ambiente (OLIVEIRA 2009). 1.1 Objetivo Analisar e comparar o contato metal-metal do aço 4140, sendo ele seco e lubrificado, com regime de lubrificação limítrofe, utilizando o óleo de Mamona com lubrificante, para extrair dados como: Rugosidade, Desgaste, Coeficiente de atrito, como se comporta a temperatura e Variação mássica em ensaio de deslizamento pino-disco. 4 2 Revisão Bibliográfica 2.1 Desgaste Quando uma superfície entra em movimento relativo com outra superfície, o desgaste irá ocorrer, podendo haver prejuízo para uma ou para ambas as superfícies. O que se entende por desgaste, é o dano sentido por uma superfície sólida, envolvendo ou não perda do material. Isso é devido ao movimento que acontece entre duas superfícies de contato. É válido ressaltar que essa definição não exclui os danos da superfície sem remoção de material, mesmo que exista apenas deformação plástica, é configurado como desgaste. Normalmente se separa os mecanismos de desgaste em quatro: por abrasão, por adesão, por erosão e por fadiga (ZUM-GAHR, 1987). 2.1.1 Abrasão É o mecanismo mais encontrado na indústria, ocorrendo normalmente em duas situações, com dois ou três corpos (FERNANDES,2017). O desgaste por abrasão Figura 1 ocorre quando um corpo entra em contato com outro de maior dureza (MANG e DRESEL, 2007). Neale (1995) também fala que este mecanismo é ocasionado normalmente por partículas que estão juntas e embutidas em alguma superfície oposta, ou por partículas que estão deslizando (dois corpos) ou rolando (três corpos) entre duas superfícies. Lubrificantes contaminados com produtos abrasivos (como partículas de quartzo) também podem ocasionar desgaste abrasivo (MANG e DRESEL, 2007). 5 Figura 1 - Mecanismos de abrasão de dois e três corpos Fonte: HUTCHINGS (1992) 2.1.2 Adesão Este é um dos mecanismos de desgaste mais complexo (MANG e DRESEL, 2007). Imaginando superfícies totalmente planas, mesmo com o melhor polimento possível, continuará existindo irregularidades. Logo, quando as superfícies entram em contato, o que de fato está em contato são os picos da rugosidade delas, como na Figura 2. Dessa forma, é gerado deformação plástica e uma adesão entre os metaispode ocorrer, ocasionado pelo calor gerado do atrito entre os componentes. Boa parte dos metais possuem essa tendência de adesão (FERNANDES,2017). Figura 2 - Mecanismo de desgaste por Adesão Fonte: Zum-Gahr (1987) 6 2.2 Rugosidade O acabamento é a direção principal do padrão da superfície de componentes de engenharia, em função do resultado de um processo de fabricação, seja torneamento, fresamento ou retificação. Do mesmo jeito que a topografia de uma superfície recém acabada, é dependente do processo de fabricação, a topografia de uma superfície que sofreu desgaste, depende da condição em que o desgaste ocorreu (HUTCHINGS.; SHIPWAY, 2017). A superfície de um material é constituída por vários picos e vales, que são chamados de rugosidade. A percepção da rugosidade tem evoluído constantemente no que tange a sua importância, em razão da sua influência em numerosas propriedades de um material. Como por exemplo na resistência à corrosão, ao desgaste e à fadiga (HUTCHINGS,1992). A Ar fornece o contato em que os pontos realmente se tocam, com isso esses pontos recebem toda a carga normal, e por gerar força de atrito, são, inicialmente, deformados elasticamente (BHUSHAN, 2001). A representação dos contatos “Aa” e “Ar” está identificada na Figura 3. Figura 3 – Desenho esquemático da área aparente e real de contato entre duas superfícies Fonte: Câmara (2019) 7 2.3 Lubrificação A lubrificação tem como intuito a formação de um filme de baixa resistência ao cisalhamento, acarretando a diminuição da resistência do contato, proporcionando a redução da fricção. Em certas situações, o lubrificante não pode evitar totalmente a aproximação entre as asperezas, todavia possa diminuir sua severidade (BINDER, 2009). A Figura 4 mostra a curva de Stribeck, onde se tem a representação do comportamento de cada regime de lubrificação. Figura 4 – Curva de Stribek Fonte: adaptado de (HAMROCK; SCHMID; JACOBSON, 2004) Ademais, a uma maior ou menor extensão, a utilização de lubrificante continuamente diminuirá a taxa de desgaste, em que esta será uma função direta do tipo de lubrificação vigente (BINDER, 2009). Nesse sentido, os lubrificantes são fundamentais para o adequado funcionamento das máquinas, com o objetivo de reduzir atritos em duas partes móveis que entram em contato constantemente. Com isso, os lubrificantes são usados para reduzir o atrito e o desgaste entre peças e componentes (BHUSHAN, 2001). 8 Com isso, é imprescindível esclarecer o tipo de regime de lubrificação a ser empregado, analisando a carga, a velocidade e a rugosidade das superfícies de deslizamento (DUARTE, 2005). Dessa maneira, os regimes de lubrificação são classificados como: hidrodinâmico, elastohidrodinâmico e limítrofe, conforme Figura 5. Figura 5 – Formas de regime de lubrificação Fonte: BHUSHAN (2001) 2.3.1 Lubrificação Hidrodinâmica Considera-se a lubrificação hidrodinâmica como o regime de lubrificação ideal, devido ao desempenho tribológico que este regime de lubrificação oferece: Uma maior resistência ao desgaste e baixos níveis de atrito. A lubrificação hidrodinâmica ocorre quando superfícies com movimento relativo entre elas não tem contato devido a uma película de um fluido lubrificante (PROFITO,2010). Este tipo de lubrificação é aquela que ocorre em mancais de deslizamento (HUTCHINGS,1992). Para que exista a lubrificação hidrodinâmica, as superfícies em questão devem ser conformes, isto é, precisam ser superfícies geometricamente semelhantes, distanciadas por um espaço mínimo, preenchido pelo lubrificante, sobre uma área relativamente grande (LEE e CHENG,1991). 2.3.2 Lubrificação Limítrofe O regime de lubrificação limítrofe é a forma mais extrema de lubrificação por filme fino, também e conhecido como lubrificação de Extrema Pressão (EP). Nesse regime, toda carga é suportada pelas asperezas lubrificadas, com isso, temos como resultado deformação plástica e desgaste (ASM HANDBOOK, 1992). 9 Uma outra definição, diz que a lubrificação limítrofe ocorre sob condições de velocidade de deslizamento altas entre as superfícies e altas cargas (forças) associadas, em rolamentos, engrenagens, anéis de pistão, bombas, transmissões, etc, ocorrendo assim um rompimento da camada de óleo que distancia as duas superfícies, com isso, elas passam a ser separadas apenas por filmes de lubrificante de dimensões moleculares. Em alguns casos, esse regime de lubrificação é crítico, e controla a vida de componentes sujeitos ao desgaste (BHUSHAN, 2001). Nesse regime de lubrificação, película lubrificante é mais fina, em determinados momentos permite o contato entre as superfícies. Normalmente, em casos em que as cargas são elevadas, baixas velocidades ou intermitência na operação, o que impede a formação de uma película fluida, é utilizado um lubrificante com aditivos de oleosidade ou antidesgaste. Em casos em que as condições são muito severas, e estes aditivos perdem a eficiência, sendo conveniente utilizar os aditivos de (EP) (SOUSA, 2012). Para que exista a formação da película lubrificante, é necessário que o fluido apresente duas características muito importantes, são elas: Adesividade, para aderir às superfícies e ser levadas por elas durante o movimento, e coesividade, para que não exista rompimento da película. A propriedade que possui essas duas características de um fluido é denominada oleosidade. A água não é um bom lubrificante; sua adesividade e coesividade são muito menores que as de um óleo (SOUSA, 2012). 3.2.3 Lubrificação Mista A lubrificação mista consiste nas espessuras de filme lubrificantes em que seus tamanhos são adequados para um contato mínimo entre as superfícies. Com isso, tal regime de lubrificação é caracterizado pela junção dos efeitos específico próprio aos regimes hidrodinâmicos e limítrofe. Como consequência, o carregamento externo ativo no sistema é sustentado em conjunto pelo campo de pressões hidrodinâmicas, assim como pela aproximação das asperezas. Semelhantemente, os níveis de atrito serão a intersecção entre os dois regimes extremos (hidrodinâmico e limítrofe) (PROFITO,2010). 10 2.4 Mancal Segundo HUTCHINGS (1992), mancais são elementos que permitem o movimento relativo entre dois dispositivos em uma ou duas dimensões, restringindo o deslocamento nas demais. Eles são elementos responsáveis pelo suporte de cargas e permitem o movimento das estruturas apoiadas. Os mancais se fazem presentes em quase todo mecanismo, seja ele de origem orgânica ou inorgânica. Partindo do grau de importância que o mancal tem no mecanismo no qual ele está inserido, este elemento deve ser projetado meticulosamente, pois a aplicação do mancal tem como consequência a vida útil e a boa operação do sistema de forma geral (Fernandes, 2017, Song et al.,2016, Demirci e Düzcükoglu, 2014; Ünlü et al., 2015). Dessa forma, pode-se dizer também, que o bom funcionamento de uma máquina está diretamente relacionado com uma escolha adequada e com um bom uso dos seus mancais, visto que existem tipos de mancais específicos para cada tipo de uso, conforme a Figura 6, já que a aplicação inapropriada desse elemento resultará no aumento prematuro da vibração, ruído e, dependendo da gravidade de operação, falha do sistema (HUTCHINGS, 1992). Figura 6 – Desenho esquemático dos diferentes tipos de Mancais Fonte: HUTCHINGS (1992) Falando sobre aplicações de apoio de eixo, se destacam dois grupos de mancais: os mancais de deslizamento e os de rolamentos. Os mancais de rolamentos possuem duas pistas: A pista interna e a externa, além disso, também possuem rolamentos localizados entre elas. A pista interna é fixa no eixo apoiado, de forma que fica impossibilitado o movimento relativo entre a superfície do mancal e o contra- corpo. Já nos mancais de deslizamento, como o próprio nome já diz, o eixo deslizasobre o mancal, causando movimento relativo entre eles. Neste caso, temos a 11 possível necessidade do uso de lubrificantes, sólidos ou líquidos. Em contrapartida, mancais de deslizamento de atrito seco, também conhecidos como buchas, não necessitam da aplicação de lubrificantes (NEALE,1995).A41 2.5 Aço AISI 4140 São características comuns ao aço AISI 4140: alta temperabilidade, má soldabilidade e usinabilidade razoável, boa resistência à torção e à fadiga, dureza na condição de temperabilidade variando de 54 a 59 HRC. Esse aço é indicado para peças que exigem alta dureza, resistência e tenacidade. É bastante utilizado na fabricação de automóveis, aviões, virabrequins, bielas, eixos, equipamentos pra petróleo, dentre outros. (Rocha, 2004). É utilizado em componentes para sistemas mecânicos de uso geral onde o uso do aço AISI 1045 não se aplica por consequência de sua melhor capacidade de endurecimento em maiores seções transversais, resistência à fadiga e à fratura. Utilizado em rolamentos, cilindros, engrenagens, eixos hidráulicos, eixos furados, anéis, porcas e parafusos, tirantes etc. (Rocha, 2004). 2.6 Óleo de mamona A mamona, que é conhecida na botânica pelo nome científico Ricinus communis, e conhecida também por outros nomes como: Palma de Cristo, Carrapateira, Rícino ou Bafureira, é uma planta do tipo arbusto, de habitat comum em regiões com clima tropical e subtropical, que tem sua propagação feita por meio de sementes das quais ela é extraída, e, através de prensagem, é obtido o óleo de rícino ou de mamona. O principal componente desse óleo é o ácido graxo ricinoléico que possui variadas aplicações na indústria automotiva, na biomedicina, na agricultura, indústria têxtil, estética, dentre outras (OLIVEIRA,2009; RODRIGUES,2008). A semente da mamona é constituída de 75% de amêndoa, 25% de casca e contém cerca de 43 a 50% de óleo (CONCEIÇÃO et al, 2003). O óleo de mamona possui variadas aplicações em diversos segmentos da sociedade, pode-se citar como exemplo: Na fabricação de próteses para ossos humanos, tintas, isolantes, lubrificantes, base para vários itens da linha de cosméticos e vários produtos farmacêuticos. A mamona também é muito utilizada em processos 12 industriais, como fabricação de corantes, anilinas, desinfetantes, germicidas, nylon e matéria plástica, pois é estável tanto em baixas como em altas temperaturas, e pode ser utilizado em compressores, transformadores e também na formulação de lubrificantes biodegradáveis (RODRIGUES, 2008). Em estudos de especificações de alguns óleos vegetais “in natura” encontraram viscosidade de 296,87 mPa.s para o óleo de mamona a uma temperatura de 27ºC (COSTA NETO, 2000). 13 3 Materiais e Métodos 3.1 Preparação das amostras Para o ensaio do pino-disco foram utilizadas 6 amostras de aço AISI 4140 com Ø: 32 mm e espessura de 6 mm, onde todas passaram pelo processo de retificação. Além disso, foi utilizado óleo de mamona como lubrificante, como base para o estudo. Foi feita uma análise no microscópio óptico da superfície dos pinos, seguido de banho ultrassônico durante 10 minutos para a retirada de impurezas. Também foi feita a pesagem das amostras e dos pinos antes e depois do ensaio do pino disco. 3.2 Procedimento 3.2.1 Caracterização do disco Em uma amostra distinta, foi feita uma análise metalográfica com as lixas #80, #120, #150, #200, #400, #600 e #1200, seguido de um polimento utilizando alumina com granulometria 1 μm e um ataque químico com Nital 2% para análise da microestrutura. 3.2.2 Análise da superfície dos pinos Foram usados 4 pinos de aço inoxidável austenítico 304 (Araújo Neto, 2018) com Ø: 6 mm e L: 25~30 mm, como contra corpo no ensaio tribológico, em que foram submetidos ao acabamento superficial por retificação para promover planicidade e simetria na superfície. Ao longo desse processo de retificação, foram realizados passos de 20 μm até que a altura dos pinos fixos no suporte fosse igual, posteriormente a esse nivelamento, o passo foi diminuído para 10 μm. A Figura 7 mostra a fixação dos pinos na base para passar pelo processo de retificação. 14 Figura 7 - Fixação dos pinos no suporte utilizado para retificação Fonte: Araújo Neto (2018) 3.2.4 Ensaio tribológico Foi usado o tribômetro com configuração pino contra disco com contato conforme (plano-plano) como mostra a Figura 8, a uma temperatura ambiente por volta de 22°C. Foi realizado para simular o contato seco e lubrificado de deslizamento, pressão de contato e velocidade linear constante. O tribômetro possui uma célula de carga localizada tangencialmente a rotação do disco, que mede a força tangencial (força de atrito) no ensaio. Dessa forma, o coeficiente de atrito é definido em função da carga normal (constante) por meio do software do equipamento. Vale salientar, que o sensor LVDT (Transdutor de Deslocamento Linear Variado) mede a profundidade do desgaste, através de um êmbolo na sua extremidade. A máquina também possui um suporte para posicionar o termopar no suporte do pino, colocando o mais próximo possível do contato. Todos os sinais mensurados sem desvio pelo equipamento foram verificados com uma taxa de aquisição de 1Hz. 15 Figura 8 - Desenho esquemático do tribômetro utilizado Fonte: Araújo Neto (2018) adaptado No posicionamento do pino no suporte, foi tomado o devido cuidado para as linhas de retificação dos pinos ficarem posicionadas de forma paralela as linhas de retificação dos discos conforme Figura 9. As dimensões dos pinos são: Ø6 mm e comprimento variando de 25 ~30 mm, por causa dessa variação de altura, quando o pino era posicionado no suporte, existe um nível padrão que foi colocado na parte inferior da barra, para garantir o paralelismo entre as faces. Após os ensaios, todos os pinos foram analisados por microscopia óptica e logo depois retificados para um novo ensaio ser feito. Todo o ensaio foi feito, seguindo as orientações da norma ASTM G99. 16 Figura 9 - Representação esquemática do posicionamento do pino Fonte: Araújo Neto (2018) adaptado Para realização dos ensaios, duas condições de ensaios foram adotas, sendo elas o contato metal-metal seco (sem adição de lubrificante) e o contato metal-metal lubrificado em condição limítrofe, utilizando óleo de Mamona conforme a Tabela 1. Tabela 1 – Condições para o ensaios tribológico Condição 1 2 Carga Normal (W) 100 N 100 N Pressão de contato (P) 3,536 MPa 3,536 MPa Velocidade de deslizamento (v) 0,6 m/s 0,6 m/s Distância de deslizamento (L) 540 m 540 m Raio da trilha de desgaste (r) 10 mm 10 mm Duração do ensaio [min] 15 min 15 min 17 3.2.5 Fluxograma A Figura 10 mostra um fluxograma dos procedimentos feitos com os corpos de prova e os contra corpos durante o experimento. Das 7 amostras existentes, uma foi destinada a análise metalográfica, passando pelos processos de lixamento, polimento, ataque químico e FRX. As outras 6 amostras passaram pelo processo de retificação, análise da rugosidade e dureza, e em seguida foi feito o ensaio tribológico. Em se tratando dos contra corpos, os 4 pinos passaram pelo processo de retificação e posteriormente foi feito o ensaio tribológico. Após cada ensaio, o par tribológico, foi analisado através do microscópio óptico, observando-se o comportamento que existiu nas superfícies de contato. Depois da microscopia óptica os pinos passaram pelo processo de retificação novamente, visto que, existiam 4 pinos para 6 amostras. Figura 10 - Fluxograma do procedimento experimental utilizado Fonte: Elaborada pelo autor 18 4 Resultados e Discussões Nesta etapa do trabalho são apresentados e discutidos os resultados obtidos na análise do material nas condições propostas. Foram preparadas amostras metalográficas, com condição detratamento padrão aplicado ao aço, seguindo procedimentos de padrões de corte, lixamento e polimento, retifica, além de tomar precauções como limpeza, secagem e acondicionamento em local conveniente. 4.1 Caracterização do disco Os resultados apresentados na Tabela 2 indicam que o aço utilizado durante o ensaio tribológico é o aço AISI 4140, pois mediante pesquisa, apresentaram os mesmos elementos que (Rasma, 2015). O aço obteve dureza Vickers = 340,97 HV ± 34,96. Tabela 2 – Elementos químicos encontrados através do FRX ELEMENTO RESULTADO Ferro (Fe) 96,361% Túlio (Tm) 1,244% Cromo (Cr) 0,981% Manganês (Mn) 0,790% Silício (Si) 0,266% Molibdênio (Mo) 0,216% Enxofre (S) 0,116% Vanádio (V) 0,025% 4.2 Rugosidade Os valores da rugosidade Ra, variaram entre 1,1 μm e 1,5 μm aproximadamente, conforme a Figura 11, o que se mostra dentro dos padrões da literatura e também de acordo com o que foi encontrado por DEVERAS, 2016. 19 Figura 11 - Resultado dos valores de rugosidade Ra Fonte: Elaborada pelo autor 4.3 Condição 1 (Ensaio seco) Na Figura 12 podem ser observados os resultados de coeficiente de atrito, desgaste, temperatura e variação mássica do par tribológico. Foram feitos 3 ensaios para garantir uma maior confiabilidade ao experimento. Os discos 1 e 3, tiveram um comportamento semelhante, na Figura 12a o coeficiente de atrito se manteve numa faixa média de aproximadamente 0,5 (Pintaúde 2002), enquanto que o disco 2 apresenta um comportamento inicial com coeficiente de atrito entre 0,1 e 0,2 sendo um contato seco, se assemelhando a um contato lubrificado conforme (Wang, 2018) até aproximadamente 300 s, onde houve um pico em que o coeficiente de atrito se manteve em aproximadamente 0,7, esta variação pode ter ocorrido devido a ação de terceiro corpo entre o contato. A mesma semelhança que foi observada no desgaste, foi percebida na Figura 12b onde é possível perceber a mesma inclinação da curva de desgaste entre os discos 1 e 3, todavia, no disco 2 devido a possível ação do terceiro corpo, percebe-se uma consequência direta no gráfico em que até 300 s o desgaste teve uma tendência constante, posteriormente, a inclinação é aumentada até o término do ensaio. Os discos 1, 2 e 3 tiveram uma variação de temperatura de 43ºC, 38ºC e 42ºC, 20 respectivamente. Na Figura 12d estão apresentados os resultados de variação mássica, onde nota-se o pino 1 e o disco 2 com maior perda mássica. Figura 12 - Resultado referentes a) coeficiente de atrito, b) Desgaste, c) variação de temperatura e d) Variação Mássica na condição 1 Fonte: Elaborada pelo autor 4.3.1 Análise morfológica condição 1 (Ensaio seco) A morfologia de desgaste do pino 1 contra o aço AISI 4140, pode ser observada na Figura 13, que apresenta uma quantidade de riscos abrasivos em todo o pino, o que pode estar associado ao aparecimento de debrís durante o ensaio tribológico. Também pode-se perceber indícios de deformação plástica, como mostrado na Figura 13b, onde acontece a formação de bordas laterais, acumulando material, sem expulsa-los do contato. O pino 3 apresentou características semelhantes ao pino 1. 21 Figura 13 – a) Região central pino1 seco(50x) b) Região da borda pino1 seco (100x) Fonte: Elaborada pelo autor A morfologia de desgaste do pino 2, pode ser observada na Figura 14, que apresenta de forma semelhante ao pino 1, uma quantidade de riscos abrasivos em todo o pino, o que pode estar associado ao aparecimento de debrís durante o ensaio tribológico, Também pode-se perceber indícios de deformação plástica, como mostrado na Figura 14b, onde acontece a formação de bordas laterais, acumulando material, sem expulsa-los do contato. Figura 14 - Região central pino 2 seco (50x) b) Região da borda pino 2 seco (50x) Fonte: Elaborada pelo autor A morfologia de desgaste do aço AISI 4140, pode ser observada na Figura 15, que apresenta uma quantidade de riscos abrasivos em toda a superfície da trilha de desgaste, o que pode estar associado ao aparecimento de debrís durante o ensaio tribológico. Também pode-se perceber indícios de deformação plástica, como mostrado na Figura 15b. O disco 3 apresentou características semelhantes ao disco 1. a) b) a) b) Formação de bordas laterais Remoção de material Desgaste por abrasão Formação de bordas laterais 22 Figura 15 – a) Região da borda Disco 1 (50x) b) Trilha de desgaste Disco 1 (50x) Fonte: Elaborada pelo autor A morfologia de desgaste do disco 2 pode ser observada na Figura 16, que apresenta de forma semelhante ao disco 1, uma quantidade de riscos abrasivos em toda a superfície do disco, porém, com tamanho maior, como observado na Figura 16b, o que pode estar associado ao aparecimento de debrís durante o ensaio tribológico, Também pode-se perceber indícios de deformação plástica, como mostrado na Figura 16a. Figura 16 - a) Região da borda Disco 2 (50x) b) Trilha de desgaste Disco 2 (50x) Fonte: Elaborada pelo autor 4.4 Condição 2 (Ensaio Lubrificado) Para a condição 2, foram adotados os mesmos parâmetros de velocidade, carga, duração e pressão da Condição 1, a diferença se dá, na adição do óleo de Mamona como lubrificante. Foi adicionado sobre a superfície do disco a) b) a) b) Indício de deformação plástica Intersecção das linhas de retífica com a trilha de desgaste Grande remoção de material Indício de deformação plástica 23 aproximadamente 1,5 mL do óleo de forma uniforme, criando assim, um filme de óleo com a função de impedir o desgaste do disco e do pino. A exigência fundamental para duas superfícies serem lubrificadas é que as espessuras operacionais do lubrificante entre as superfícies devem ser maiores que a rugosidade das superfícies (JUVINALL,2013) para que as duas superfícies possam flutuar no filme de lubrificante. Assim como na condição 1, foram feitos 3 ensaios para garantir uma maior confiabilidade ao experimento. Na Figura 17 pode ser observado os resultados de coeficiente de atrito, desgaste, temperatura e variação mássica do par tribológico. Os discos 1, 2 e 3, tiveram um comportamento semelhante, em se tratando do coeficiente de atrito, Figura 17a, onde ele se manteve numa faixa média de aproximadamente 0,1 que está condizente com a literatura (FOLLE, 2012). O desgaste acontece de forma constante como pode ser observado na Figura 17b. A variação e temperatura nos discos 1, 2 e 3 foi de 4ºC, 1ºC e 3ºC, respectivamente. Na temperatura 2, percebe-se uma queda brusca em aproximadamente 770 s, isso aconteceu devido à queda do termopar nos instantes finais do experimento. Na Figura 17d está apresentado o gráfico da variação mássica, onde se tem o pino 2 e os discos 1 e 2 como sendo os que tiveram a maior perda mássica. 24 Figura 17 - Resultado referentes a) coeficiente de atrito, b) Desgaste, c) variação de temperatura e d) Variação Mássica na condição 1 Fonte: Elaborada pelo autor 4.4.1 Análise morfológica condição 2 (Ensaio lubrificado) A morfologia de desgaste do pino 1 contra o aço AISI 4140, pode ser observada na Figura 19, agora na condição 2, onde tem-se a presença do filme lubrificante entre as superfícies de contato. O pino apresenta riscos abrasivos em grande parte da superfície como mostra a Figura 18a, porém, agora de forma bem menos agressiva, devido a proteção da camada lubrificante entre o contato. O pino 3 apresentou características semelhantes ao pino 1. 25 Figura 18 – a) Região da borda inferior pino 1 (50x) b) Região da borda superior pino 1 (50x) Fonte: Elaborada pelo autor A morfologia de desgaste do pino 2, pode ser observada na Figura 19, que apresenta de forma semelhante ao pino 1, uma quantidade de riscos abrasivos em todo o pino, Porém, agora se tem um desgaste mais acentuado, comparado com o pino 1, como mostrado na Figura19b, o que pode estar associado ao aparecimento de debrís durante o ensaio tribológico em uma área específica onde possivelmente houve falta de lubrificante, Também pode-se perceber indícios de deformação plástica, como mostrado na Figura 19b, onde acontece a formação de bordas laterais, acumulando material, sem expulsa-los do contato. Figura 19 - a) Região central pino 2 (50x) b) Região da borda pino 2 (50x) Fonte: Elaborada pelo autor A morfologia de desgaste do aço AISI 4140, pode ser observada na Figura 20, que apresenta uma quantidade de riscos abrasivos em pontos específicos da superfície da trilha de desgaste, o que pode estar associado ao aparecimento de a) b) a) b) Desgaste por abrasão Indício de deformação plástica Grande desgaste abrasivo 26 debrís durante o ensaio tribológico. Na Figura 20b, tem-se a medida da trilha de desgaste, para um melhor entendimento e comparação. O disco 3 apresentou características semelhantes ao disco 1. Figura 20 –Região central disco 1 (50x) b) Região central medida disco 1 (50x) Fonte: Elaborada pelo autor A morfologia de desgaste do disco 2, pode ser observada na Figura 21, que apresenta de forma semelhante ao disco 1, uma quantidade de riscos abrasivos em toda a trilha de desgaste, Porém, agora se tem um desgaste mais acentuado, comparado com o disco 1, o que pode estar associado ao aparecimento de debrís durante o ensaio tribológico em uma área específica onde possivelmente houve falta de lubrificante. Observa-se também, uma maior medida de trilha de desgaste, quando comparada ao disco 1, que pode ter acontecido devido a uma deformação plástica, onde acontece a formação de bordas laterais, acumulando material, sem expulsa-los do contato, aumentando a superfície de contato do pino com o disco, e consequentemente, aumentando a largura da trilha. a) b) 27 Figura 21 – Trilha de desgaste medida disco 2 (50x) b) Trilha de desgaste disco 2 (50x) Fonte: Elaborada pelo autor 4.5 Análise do desgaste Analisando a Figura 22, os quais utilizaram como corpo de prova o aço AISI 4140, após os ensaios secos e lubrificados, pode-se observar visualmente um maior desgaste nos três discos inferiores, que sao provinientes do ensaios seco, o que condiz com as Figura 12d e Figura 17d, onde é mostrado uma maior perda de massa no ensaio seco. Figura 22 – Comparativo do desgaste seco e lubrificado Fonte: Elaborada pelo autor a) b) 28 5 Conclusões De modo geral, esta pesquisa atingiu o seu objetivo principal, que foi analisar o comportamento do desgaste seco e lubrificado no aço AISI 4140. Foi um trabalho preliminar, visto que, é necessário aperfeiçoamento, mas serve como base para trabalhos futuros. Baseado nos resultados avaliados, pode-se concluir que: O ensaio está de acordo com a literatura, em relação aos resultados de coeficiente de atrito e desgaste; Nas condições ensaiadas, os coeficientes de atrito dos pares tribológicos situaram-se entre 0,5 – 0,7 no contato seco. Com a adição do lubrificante, essa faixa caiu para 0,1 – 0,15; Foi obtido êxito no uso do óleo de mamona como lubrificante, visto que, ele cumpriu com o seu papel protetor, diminuindo o contato entre as superficies do pino e do disco; Foi possível observar, através das imagens do microscópio óptico, desgastes por abrasão e a ocorrência de deformação plástica, na superfície dos discos, assim como na superfície dos pinos; 29 6 Trabalhos futuros Testar lubrificantes com aditivo (aditivos de nano partículas, aditivos prontos) Análise química na superfície de contato para tentar identificar os mecanismos de desgaste Analisar partículas menores (análise por MEV), que possa identificar melhor os desgastes abrasivos Fazer uma análise mais completa do lubrificante 30 7 Referências ARAÚJO NETO, Antônio Paulino de. Estudo do deslizamento de aço inoxidável austenítico contra compósito de PTFE e carga de rejeito de scheelita. 2018. 86f. 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