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Agentes Biológicos e o Ambiente Ocupacional
Nesta aula você irá entender a respeito dos Agentes Biológicos com ênfase no Ambiente Ocupacional conceitos, critérios, classificação e atividades. 
Aprenderá as questões referentes ao Risco Bacteriológico e fundamentos importantes sobre a classificação de microorganismos. 
Com esses princípios norteadores você será capaz de atingir os seguintes objetivos traçados:
Compreender os princípios que norteiam o Risco bacteriológico 
Entender a relação da Biossegurança com o grande marco das descobertas dos agentes antomicrobianos a todas áreas do conhecimento em saúde
Resumo:
Conceitos de Agentes Biológicos
Para poder entender o conteito de Agentes Biológicos é necessário revisar algumas definições como: Material Biológico, Agente de Risco e Riscos Biológicos. 
Santos e Ribeiro (2017), apresentam algumas definições. 
Os Agentes de Risco são os elementos de natureza física, química, biológica ou radioativa capazes de prejudicar a saúde do homem, animais, meio ambiente e também a qualidade do trabalho. 
Material biológico é todo aquele que possui informação genética e habilidade de auto-reprodução ou de ser reproduzido em um sistema biológico. Como os organismos cultiváveis e agentes infecciosos (Vírus, bactérias, fungos filamentosos, leveduras e protozoários); células humanas, animais e vegetais, partes replicáveis destes organismos e células, príons e organismos ainda não cultivados.
E os Riscos Biológicos dizem respeito a probabilidade de que ocorra danos ou agravos à saúde do homem, animal ou meio ambiente, a partir da exposição a agentes ou materiais que apresentam perigos do ponto de vista da perspectiva biológica (ex: bactérias, fungos, vírus, parasitas e agentes infecciosos manuseados em laboratórios). Os Riscos Biológicos são divididos em quatro classes, em ordem crescente do menor para o maior potencial de risco. 
Critérios de Agentes Biológicos 
Ao se realizar a avaliação de risco de agentes biológicos é necessário examinar os critérios que possibilitam o reconhecimento, identificação e probabilidade do dano advindo destes, determinando a sua classificação em classes de risco conforme a magnitude do dano causado. 
O mais importante ao ser realizada a avaliação de risco dos agentes biológico é a estimativa do risco, na mensuração da estrutura para a contenção e na tomada de decisão para o gerenciamento dos riscos. Para este fim, alguns critérios são observados. De acordo com o Ministério da Saúde (2017), os critérios são: 
Natureza do Agente Biológico:
São os organismos ou meléculas que possuem potencial ação biológica infecciosa para o homem, animais, plantas e meio ambiente 
Virulência:
Diz respeito a capacidade patogênica de um agente biológico, mensurada pela sua capacidade de aderir, invadir, multiplicar e se propagar em alguns sítos de infecção e tecidos do hospedeiro, levando em consideração os índices de morbi-mortalidade que ele gera. Pode-se avaliar a virulência através de coeficientes de mortalidade e de gravidade. O coeficiente de mortalidade aponta o percentual de casos da doença que são mortais, e o coeficiente de gravidade, o percentual dos casos considerados graves. 
Modo de transmissão:
 É o caminho realizado pelo agente biológico desde o local de exposição até o hospedeiro. A compreensão do modo de transmissão do agente biológico é indispensável para a execução de ações que almejem a contenção da disseminação do patógeno. 
Estabilidade:
Se trata da capacidade de conservação do potencial infeccioso de um agente biológico no meio ambiente, mesmo quando estão expostos a circunstâncias adversas (exposição à luz solar, à radiação ultravioleta, à temperatura, à umidade relativa e aos agentes químicos). 
Concentração e volume:
Diz respeito à quantidade de agentes biológicos por unidade de volume. Conforme a concentração aumenta maior será o risco. O volume do agente biológico também deverá ser considerado, uma vez que na maior parte das ocorrências os fatores de risco crescem proporcionalmente ao aumento do volume. 
Origem do agente biológico potencialmente patogênico:
É importante levar em consideração a origem do hospedeiro do agente biológico (humano ou animal), além da localização geográfica (áreas endêmicas) e o vetor. 
Disponibilidade de medidas profiláticas eficazes:
Compreendem a profilaxia por vacinação, agentes microbianos, antissoros e imunoglobulinas. Além da adesão de medidas sanitárias, monitoramento dos vetores e medidas de quarentena em movimentos transfronteiriços. A realização destas medidas diminui o risco. 
Disponibilidade de tratamento eficaz:
Um tratamento eficiente em proporcionar o controle do agravamento e a cura da doença gerada pela exposição ao agente biológico. Fazendo uso de antissoros, vacinas pós-exposição e medicamentos terapêuticos específicos. É necessário ponderar a possibilidade de ocorrência de resistência a antimicrobianos no meio dos agentes biológicos envolvidos. 
Dose infectante
Diz respeito ao número mínimo de agentes biológicos que são necessários para gerar a doença. Tem variabilidade conforme a virulência do agente biológico e a vulnerabilidade do indivíduo à infecção. 
Manipulação do agente biológico:
Manipular o agente biológico poderá aumentar o risco, como em procedimentos para multiplicação, sonicação, liofilização e centrifugação. E também é necessário evidencia que nos procedimentos de manipulação abrangendo a inoculação experimental em animais, terá uma variabilidade dos riscos conforme as espécies e protocolos aplicados. É importante salientar também o risco de infecções latentes mais comumentes evidenciadas em animais capturados na natureza. 
Eliminação do agente biológico:
É importante conhecer as vias de eliminação do agente para a adesão de medidas de contingenciamento. A eliminação por excreções ou secreções de agentes biológicos pelos organismos infectados, principalmente, os que são transmitidos por via respiratória, poderão requerer medidas extras de contenção. Pessoas que convivem com animais experimentalmente infectados com agentes biológicos patogênicos tem um maior risco de exposição por causa da chance de ocorrer mordidas, arranhões e inalação de aerossóis.
Além das questões sanitárias, é necessário atentar também para os impactos socioeconômicos da disseminação de agentes patogênicos em novas áreas e regiões ontem préviamente não havia estes agentes biológicos. Por isso, as classificações dos agentes biológicos com potencial patogênico em vários países, apesar de entarem em concordânica na maior parte, divergem em função de fatores regionais específicos. 
É necessário destacar a relevância de uma composição multiprofissional e da abordagem interdisciplinar nas análises de risco. Transpassando o enfoque técnico e os agentes biológicos de risco, e abrangendo os seres humanos e animais, de naturezas e relações complexas e variadas.
Classificação Agentes Biológicos
Os agentes biológicos capazes de prejudicar a saúde do homem, animais e plantas estão divididos em 4 classes, segundo o Ministério da Saúde (2017): 
Classe de risco 1 (baixo risco individual e para a comunidade):
 São os agentes biológicos que não geram doenças no homem ou nos animais adultos saudáveis. Exemplos: Lactobacillus spp. e Bacillus subtilis. 
Classe de risco 2 (moderado risco individual e limitado risco para a comunidade): 
São os agentes biológicos capazes de gerar infecções no homem ou animais, com limitado potencial de propagação na comunidade e disseminação no meio ambiente, para estes há medidas profiláticas e terapêuticas eficientes. Exemplos: Schistosoma mansoni e vírus da rubéola. 
Classe de risco 3 (alto risco individual e moderado risco para a comunidade): 
São os agentes biológicos com capacidade de transmissão, principalmente através da via respiratória, capazes de gerar doenças em humanos ou animais potencialmente letais, para estes frequentemente há medidas profiláticas e terapêuticas. Caracterizam risco caso haja a propagação na comunidade e no meio ambiente, sendo capaz de se propagarde pessoa a pessoa. Exemplos: Bacillus anthracis e Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV).
Classe de risco 4 (alto risco individual e para a comunidade):
São os agentes biológicos com enorme poder de transmissibilidade, principalmente através da via respiratória, ou de transmissão desconhecida. Ainda não existem medida profiláticas ou terapêuticas eficientes para combater as infecções causadas por estes agentes. Eles geram doenças humanas e animais de alta gravidade, com alta capacidade de disseminação na comunidade e no meio ambiente. Aqui estão inclusos especialmente vírus. Exemplos: vírus Ebola e vírus da varíola.
Atividades
As atividades envolvendo agentes biológicos estão presentes em vários segmentos da economia, dentre eles, ressaltamos:
Serviços de saúde 
Serviços hospitalares multisetoriais;
Laboratórios Clínicos;
Laboratórios de Pesquisas;
Unidades de saúde de um modo geral;
Laboratórios de Diagnósticos e Pesquisa.
Frigoríficos e locais de abate: Brucelose, leptospirose, tuberculose e outras.
Coleta, transporte e tratamento de lixo: Tuberculose, Peste bulbônica, febre tifóide.
Esgoto 
Indústria do segmento farmacêutico (vacinas) e alimentícia
Exumação de corpos, funeráris, coveiros, salas para realizar necrópsia, etc
Trabalhos no Campo: controle de vetores, vigilância epidemiológica e sanitária
Cabe ressaltar que os riscos biológicos não são mensuráveis, podemos determinar apenas a presença ou não dos agentes patogênicos na atividade analisada. 
O Ministério da saúde disponibilizou um protocolo para manejo do corpo no contexto de COVID 19. 
Conforme o protocolo, os corpos de pessoas que morreram por coronavírus poderão ser enterrados ou cremados, porém os velórios e funerais pessoas com confirmação ou suspeita de COVID 19, não são indicados. 
E o risco de transmissão nessas situações também está relacionada ao contato entre a família e os amigos. 
É preconizado que a cerimônia de sepultamento seja realizada em lugares bem ventilados e, se possível, abertos. E deverão participar no máximo 10 pessoas, atentando a distância mínima de dois metros entre elas, e também as outras medias de isolamento social. 
O caixão deverá ficar fechado em todo o decorrer do velório a fim de impedir o contato com o corpo. É preconizado também que pessoas do grupo de risco (maiores de 60 anos, gestantes, lactantes, portadores de doenças crônicas e imunodeprimidos) e pessoas com sintomas respiratórios (febre e tosse) não participem dessas cerimônias. 
A transmissão do novo coronavírus, além de outras doenças infecciosa, podem acontecer também ao manusear os corpos. Sendo assim os profissionais que realizam os cuidados com o corpo estão expostos ao risco de infecção. Devido a isso, é muito importante que utilizem proteções a fim de evitar contato com sangue, fluidos corporais, objetos ou superfícies contaminadas. E nestes casos não é indicada a autópsia. 
Atividade Extra:
Para aprimorar seu conhecimento eu recomendo a leitura do artigo “Classificação de Risco dos Agentes Biológicos” do MINISTÉRIO DA SAÚDE. Disponível em PDF na Biblioteca Virtual de Saúde, podendo ser acessado através do link abaixo: 
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/classificacao_risco_agentes_biologicos_3ed.pdf
Indico também que assista o vídeo “Produção de agentes biológicos | Entrevista Ciência e Empreendedorismo” do Canal Futura. Disponível no link abaixo:
https://www.youtube.com/watch?v=w9gDsetErqQ
Referência Bibliográfica: 
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento do Complexo Industrial e Inovação em Saúde. Classifcação de risco dos agentes biológicos. – 3. ed. – Brasília : Ministério da Saúde, 2017.
MACHI JUNIOR, Amaury et al. Desfechos de acidentes de trabalho com exposição a agente biológico. Rev. bras. crescimento desenvolv. hum. São Paulo, v. 24, n. 3, p. 249-254, 2014. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-12822014000300003&lng=pt&nrm=iso>. acesso em 24 set. 2020.
SANTOS, R. V.; RIBEIRO F. K. C. Manual de Biossegurança. Espírito Santo, 2017. 
BRASIL. Ministério da Saúde. Manejo de Corpos no Contexto do Novo Coronavírus. Brasília, 2020.
01
Nos termos da Norma Regulamentadora do Ministério do Trabalho e Emprego, que trata do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA), NR-09, consideram-se agentes biológicos:
02
(CESGRANRIO, 2011) Conforme as diretrizes gerais para o trabalho em contenção com material biológico, os agentes biológicos humanos e animais são divididos em classes de risco. Os agentes que possuem risco individual alto e limitado para a comunidade correspondem à classe de risco.
03
(FUNRIO, 2017) São exemplos de agentes biológicos, EXCETO:

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