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Geovana Sanches, TXXIV 
INTRODUÇÃO 
 
 Ginecologia e obstetrícia é o ramo da 
medicina que cuida dos males do aparelho 
ginecológico e das mamas e da gravidez, parto e 
puerpério e medicina fetal. 
 O termo “Obstetrícia” é proveniente de 
obstare (Ob: à frente, no caminho; Stare: ficar de 
pé), o qual deriva da posição em que fica o 
parteiro, na frente da mulher. Já o termo 
ginecologia é proveniente do grego “Gyne”, que 
significa mulher e “Logos”, referente ao estudo de 
algo. 
 
ANATOMIA DO SISTEMA REPRODUTOR 
FEMININO 
 
 
 O sistema reprodutor feminino pode ser 
dividido nos órgãos genitais externos, ou seja, 
aqueles que podem ser avaliados durante o exame 
físico, e os órgãos genitais internos, cuja avaliação 
depende de exames de imagem. Inclui-se aqui, 
ainda, o estudo das mamas, as quais apesar de não 
serem um órgão genital, são de responsabilidade 
do ginecologista. 
ÓRGÃOS GENITAIS EXTERNOS 
 Os órgãos genitais externos incluem a 
vulva, vagina e o colo do útero. 
Vulva 
 A vulva compreende o monte pubiano, os 
grandes e pequenos lábios, o clitóris, o vestíbulo 
da vagina, as glândulas de Bartholin, a abertura da 
uretra e a vagina. 
 
 Os grandes lábios são 2 pregas cutâneo-
mucosas intensamente irrigadas e inervadas, cuja 
função é proteger a entrada da vagina. Elas 
apresentam tecido gorduroso. Os pequenos 
lábios, por sua vez, são pregas cutaneomucosas 
mais internas, responsáveis por fechar a entrada 
da vagina. 
 No encontro entre as pregas dos pequenos 
lábios está o clitóris, estrutura composta por 
tecido esponjoso erétil homólogo ao pênis. Ele é 
recoberto pelo prepúcio, uma dobra de pele. 
 
Entre os pequenos lábios, encontra-se 
também o meato uretral externo. Há ainda a 
região determinada vestíbulo da vagina, que 
consiste em sua entrada. Nele está contido o 
introito vaginal, ou seja, o orifício da vagina. 
Na região da vulva/vestíbulo estão as 
glândulas vestibulares (ou Glândulas de Bartholin), 
as quais tem como função a lubrificação vaginal 
durante o ato sexual. Durante o exame físico, 
eventualmente é possível identificar o orifício 
dessas glândulas e até mesmo vê-las jorrando a 
secreção produzida na vulva. 
A infecção dessas 
glândulas é denominada 
Bartolinite e pode ser tratada 
com antibióticos; entretanto, 
pode-se formar um cisto de 
Bartholin, sendo necessário a 
retirada cirúrgica nesses 
casos. 
Hímen 
 O hímen é uma membrana circular que 
protege o introito vaginal, fechando parcialmente 
o orifício vulvo-vaginal. Existem várias formas 
diferentes do hímen, tais como o anular (único), 
septado (apresenta uma divisão) e cribriforme 
(presença de pequenos orifícios). 
 
Após a primeira relação sexual e 
especialmente após o parto, o hímen é rompido, 
restando apenas seus resquícios; essa cicatriz é 
denominada carúncula himenal. Algumas 
mulheres apresentam hímen complacente, ou 
seja, aquele que não se rompe com a relação 
sexual, apenas após o parto. 
Outra condição existente é o hímen 
imperfurado, o qual consiste numa malformação 
em que não há nenhum orifício entre a vagina e o 
meio externo. Com isso, quando a mulher 
menstrua, o sangue não sai do organismo, 
acumulando-se. Nesses casos, faz-se necessária 
uma intervenção cirúrgica com a perfuração deste 
hímen. 
Geovana Sanches, TXXIV 
Vagina 
 A vagina apresenta função de transporte 
da secreção e do sangue menstrual. Trata-se de 
um órgão elástico, de forma que, durante o 
estímulo sexual, ela aumenta o seu tamanho 
habitual (7 a 10 cm) para alocar o pênis. Essa 
adaptação ocorre através do retesamento de 
estruturas, de forma que a vagina é “puxada” para 
cima, aumentando o seu comprimento. 
 
 
ÓRGÃOS GENITAIS INTERNOS 
 Os órgãos genitais internos incluem o 
corpo do útero, as tubas uterinas e os ovários. 
 
Útero 
 O útero é um órgão intrapélvico (abaixo do 
púbis), localizado entre 
a bexiga urinária e o 
reto. É dividido em 
fundo, corpo, istmo e 
cérvix (colo), sendo o 
corpo e o fundo 
basicamente a mesma 
estrutura. Devido a sua 
localização, durante o exame físico abdominal 
habitual, ele não é palpado, à exceção do útero 
gravídico, presença de mioma ou ao exame de 
toque bimanual. 
 Ele é formado por uma espessa parede 
muscular lisa, denominada miométrio, e revestido 
internamento por um tecido funcional glândulo-
estromal, o endométrio. Seu peso está entre 40 e 
80g e o tamanho normalmente é próximo ao da 
mão fechada em punho. 
 
Posições 
 A posição normal do útero é mediovertido 
ou antivertido, com uma discreta curvatura para a 
parede abdominal. Entretanto, há algumas 
variações anatômicas, as quais sempre devem ser 
descritas no exame ginecológico quando 
encontradas. 
 
 A alteração da posição do útero em si não 
é uma doença. Todavia, algumas vezes isso pode 
estar acompanhado de outras condições que 
prejudicam, por exemplo, a gestação. 
Tubas uterinas 
 As tubas uterinas, também denominadas 
Ovidutos ou Trompas de Falópio, são ductos com 
cerca de 10 cm de comprimento que comunicam o 
útero com ovário. Tem um lúmen de 0,5 a 2mm, 
coberto por epitélio de revestimento – as células 
ciliadas apresentam movimentos peristálticos, o 
que junto a contração muscular é responsável pelo 
transporte do ovo da tuba até o útero após a 
fecundação. 
 
Geovana Sanches, TXXIV 
 Elas podem ser divididas na porção 
intramural istmo, ampola e infundíbulo e fímbrias. 
É na ampola que ocorre a concepção, ou seja, em 
que o óvulo e o espermatozoide se encontram, 
iniciando a fecundação. 
Ovários 
Os ovários são órgãos endócrinos 
responsáveis pela produção de hormônios 
(estrógeno, testosterona e progesterona) e dos 
gametas femininos. Cada uma das áreas do ovário 
é responsável pela produção de um elemento. 
 
Eles apresentam forma oval, medindo em 
torno de 3x4x2 cm. São livres dentro da pele, ou 
seja, não apresentam peritônio, entretanto, são 
fixos pelos ligamentos: 
• Ligamento infundíbulo-pélvico (vasos 
ováricos) 
• Ligamento tubo-ovárico 
• Ligamento útero-ovárico ou próprio do 
ovário 
• Mesovário: prega peritoneal dupla 
O ligamento redondo passa pelo ligamento 
inguinal e segue rumo ao grande lábio. Ele é 
responsável por manter o útero na posição em que 
ele está, não permitindo que esse órgão rotacione. 
Esses ligamentos são ricos em fibras nervosas, 
tecido conjuntivo e musculatura lisa, o que 
permite que o útero se eleve durante o ato sexual, 
aumento o tamanho da vagina. 
 
PELVE 
Assoalho pélvico 
 O assoalho pélvico é um emaranhado de 
músculos que envolvem a abertura da vagina. Não 
existem ligamentos que os seguram ao redor da 
vagina e da uretra, apenas os tendões, os quais 
geram o entrelaçamento de ambos os lados. Isso é 
necessário pois senão, a cada contração, como 
decorrente de um espirro, a vagina e a uretra se 
abririam. 
 
 A dissecção e lesão desses músculos pode 
causar distopias vaginais (deslocamento de 
alguma estrutura da pelve). 
Vascularização da pelve 
 A artéria uterina, ramo da ilíaca interna (ou 
hipogástrica), é responsável pela irrigação de 
quase todo o útero. Essa artéria pode se 
anastomosar as artérias vaginais. 
 A artéria ovariana, por sua vez, é ramo 
direto da aorta. Entretanto, a esquerda pode ser 
ramo da artéria renal (variação anatômica). 
 Os vasos linfáticos da pelve podem ser 
profundos, pélvicos, paraórticos ou inguinais. O 
acometimento de cada uma dessas porções 
depende da altura em que há comprometimento. 
 
MAMAS 
 As mamas não são órgãos genitais, porém 
são inclusos no estudo dos órgãos femininos pois 
é função do ginecologista tratá-las. É o órgão 
responsável pela amamentação, sendo este o 
momento em que ela sofre seu amadurecimento 
completo. 
 
Em geral, são duas mamas, mas pode-se 
ter mamas acessórias ou não as ter (nos casos de 
Geovana Sanches, TXXIV 
mastectomia). Apresenta uma pele muito fina, 
dotada de glândulas sebáceas e sudoríparas, as 
quais protegem a aréola do atrito; ela recobre a 
mama e sustenta o seu formato oval junto a tecidoadiposo e fibroso. 
 O parênquima é composto por tecido 
glandular (ácinos), com 15 a 20 lobos piramidais 
que drenam para a papila. No estroma, por sua 
vez, predomina tecido adiposo, que é sustentado 
por trabéculas de tecido conjuntivo. 
A drenagem linfática das mamas é 
basicamente para a axila. Há as cadeias 
supraclaviculares e infraclaviculares, sendo 
também possível a drenagem para cadeia 
paraesternal – todas essas devem ser palpadas. Há 
ainda a cadeia mediastinal, porém esta é 
intratorácica, não sendo possível a palpação.

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