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Licensed to Darlanny Pereira dos Santos - darlannypereira@gmail.com - 095.947.994-55 Tiny.cc/ProfessorHugoDias Instagram.com/professorhugodias Hugodiascursos.com.br Sumário LÍNGUA PORTUGUESA COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO DE GENÊRO VARIADOS E RECONHECIMENTO DE TIPOS E GÊNEROS TEXTUAIS ......................................................... 2 QUESTÕES ................................................................................................................. 6 DOMÍNIO DA ORTOGRAFIA OFICIAL E DOMINÍNIO DOS MECANISMO DE COESÃO TEXTUAL ..................................................................................................................................... 37 QUESTÕES ................................................................................................................. 58 DOMÍNIO DA ESTRUTURA MORFOSSINTÁTICA DE PERÍODO E DA REESCRITA DE FRASES E PARÁGRAFOS (PARTI 1) ......................................................................................................... 60 QUESTÕES .............................................................................................. 74 DOMÍNIO DA ESTRUTUTRA MORFOSSINTÁTICA DE PERÍODO E REESCRITA DE FRASES E PARÁGRAFOS (PARTE 2). ......................................................................................................... 83 QUESTÕES ............................................................................................... 95 Licensed to Darlanny Pereira dos Santos - darlannypereira@gmail.com - 095.947.994-55 Tiny.cc/ProfessorHugoDias Instagram.com/professorhugodias Hugodiascursos.com.br LÍNGUA PORTUGUESA Os níveis de compreensão Embora sejam palavras parecidas, visto que o dicionário as apresenta como sinônimos, entender e compreender não são as mesmas coisas. Entre suas diferenças fundamentais, está o fato de que as pessoas podem (e costumam) entender um texto, mas não o compreender. Por exemplo, ao ler uma notícia, o leitor pode ser capaz de reproduzir as informações que lá estão, mas não ser capaz de compreender suas implicações. Veja bem: Ao estudar física, você pode estudar uma fórmula, saber replicá-la, mas não ser capaz de identificar os elementos e forças que lá estão representados, bem como explicar a interação (destes elementos) proposta pelos cálculos. Ex.1: E = 〖MC〗^2 Sem ao menos compreender o que cada letra representa, é possível reproduzir a equação. Assim sendo, compreender a mensagem tende a ser uma diferença crucial entre o sucesso e o fracasso. Logo, temos que o entendimento da mensagem é apenas o primeiro dos muitos níveis de compreensão que podemos depreender de um mesmo texto. Por assim dizer, entender nada mais é que ―o conhecimento do código‖; ―ser capaz de ler‖. Por sua vez, a compreensão parte de um nível mais profundo que o puro entendimento. Além de replicar as informações, é interpretar; ser capaz de deduzir ―o que o autor quis dizer‖; ―o que o texto diz‖; ―as entrelinhas‖. Conceitos iniciais: Língua, linguagem e comunicação Língua: É o conjunto de elementos regrados; a norma; o que rege o idioma; Linguagem: É a capacidade que o homem tem de estabelecer comunicação; Comunicação: É a interação em si; Em qualquer comunidade, o ato de se comunicar com outros indivíduos é autoexplicativo e suficiente em si mesmo. Comunicamo-nos porque vivemos em sociedade. Ou seja, porque é preciso! No entanto, para que nos comuniquemos, precisamos criar textos. Temos que ―texto‖ é todo e qualquer enunciado que constitua comunicação. Esses, por sua vez, precisam ser codificados. Explica-se: Visto que o homem é desprovido de capacidades telepáticas, não há como transmitir informação a outro ser/pessoa, se não por meio dos textos. Tais intermediários do processo comunicativo são fundamentais ao próprio. Por sua vez, a informação, enquanto ideia primitiva e objetivo da compreensão final, é intima ao locutor. Isto é, não adianta ―querer dizer‖ e, por descuido ou incapacidade, o texto impossibilitar o interlocutor de compreender devidamente o que se objetivou transmitir. No mais, o locutor não pode ser responsabilizado completamente pela incompreensão da informação. É necessário que o locutor disponha de ―bagagem‖ suficiente para compreender além de entender, bem como que fatores externos não prejudiquem ou impossibilitem o processo. Comunicar-se exige, além do conhecimento mútuo do código e acesso ao meio onde a informação se propaga, que os colocutores se esforcem para reconhecer o contexto e interpretar os significados pretendidos. Isso é: Não é porque determinada interpretação é possível, que ela é obrigatoriamente a correta. Por mais que o emissor possa não ter se expressado da maneira mais eficiente possível, o receptor não pode escolher o que vai entender por comodismo. Então, temos que uma conversa é um processo onde os envolvidos tentam se fazer entender, bem como compreender um ao outro. Signo linguístico: O signo linguístico é a unidade básica do processo comunicativo. Em suma, ele é uma composição artificial, formada a partir da associação entre significados e significantes. Significado: É o pensamento; o que se deseja representar; Significante: É a forma codificada da informação; da mensagem. Processo comunicativo: Licensed to Darlanny Pereira dos Santos - darlannypereira@gmail.com - 095.947.994-55 4 Tiny.cc/ProfessorHugoDias Instagram.com/professorhugodias Hugodiascursos.com.br É a transmissão de informação ocorrida pela interação entre dois ou mais seres. Faz-se necessário lembrar que o homem não é o único ser capaz de estabelecer comunicação, bem como o processo comunicativo não é restrito a forma alguma de transmissão. Historicamente, a domesticação do lobo selvagem ocorreu devido a facilidade em estabelecer comandos simples entre as espécies, proporcionando uma maior eficiência ao caçador em sua busca por alimento, como também melhores chances de sobrevivência ao animal. Ao longo das eras, os lobos mais adaptados ao convívio humano e, por assim dizer, os mais hábeis em dialogar com os homens foram importados para a convivência humana. Dito isto, analisemos o processo: O emissor precisa codificar a informação em alguma forma transmissível, para que ela possa ser encaminhada ao receptor, propagando-se um meio. Logo, temos que: I. Emissor: É aquele que envia a mensagem; II. Informação: É a mensagem que se deseja transmitir; III. Código: É o que permite a transmissão da mensagem; IV. Forma: É o formato da mensagem; V. Receptor: É a quem a mensagem se dirige; VI. Meio: É o canal onde a informação se propaga. Perceba que emissor e receptor precisam conhecer o mesmo código para que seja possível codificar e decodificar a informação sem grandes perdas sintáticas ou semânticas. Observe ainda que a informação não pode ser transmitida de forma automática. Ela precisa se propagar por um meio. No entanto, isto só é possível se ela for codificada. Logo, sem o código, não poderíamos nos comunicar. Portanto, a capacidade de se comunicar está intimamente ligada a habilidade de codificar informações. Linguagem verbal, não verbal e mista Trata da codificação e do uso – ou não – do verbo. Note: Codificação é o processo em que transformamos pensamento/informação bruta em uma forma transmissível. É através da codificação que formamos a mensagem. Linguagem VERBAL: É aquela que faz uso da palavra – seja escrita ou falada; Linguagem NÃO VERBAL: É aquela que não faz uso do verbo. São as representações em forma de códigos não verbais. Ou seja, símbolos, sons, gestos, [...]. Linguagem MISTA: Como o próprio nome sugere, é um misto das formas de linguagem apresentadas anteriormente. Faz uso simultâneo de elementos verbais e não verbais. Conotação e denotação Entender um texto não significa compreender a mensagemque ele traz. Aliás, é bem aí que encontramos o analfabetismo funcional: A capacidade exclusivamente de decodificar o verbo, não identificando a mensagem transmitida. Pois bem: Denotar remete ao conhecimento literal do que está expresso. Se estamos falando de uma palavra, denotamos seu significado a partir de um dicionário. Conotar, no entanto, exige que o receptor perceba a intenção do falante a partir do que está expresso na mensagem. Polissemia É a capacidade das palavras em serem empregadas nos mais distintos sentidos, reformulando seus significados. Licensed to Darlanny Pereira dos Santos - darlannypereira@gmail.com - 095.947.994-55 5 Tiny.cc/ProfessorHugoDias Instagram.com/professorhugodias Hugodiascursos.com.br Assim sendo, é a associação de múltiplos significados a um mesmo significante. Variações linguísticas Também é importante lembrar que a língua é uma construção orgânica. Logo, ela é mutável e evolui. Por consequência, ela sofre alterações de acordo com o falante. Variações históricas: São as transformações que a língua sofre pelo decorrer do tempo; Variações regionais: São alterações que a língua sofre de acordo com a região geográfica onde o falante se encontra; Variações sociais: São alterações que a língua sofre em decorrência do nicho social no qual o falante está contido; Variações estilísticas: São alterações que o falante provoca na língua de acordo com a adequação as mais variadas situações de uso. Não esqueça: Ao falarmos de variação linguística, estamos falando de uma comparação entra a mensagem expressa e o idioma padrão. Não existe, contudo, um modelo correto ou errado: Rotular, pois, uma variação como certa, errada, superior ou inferior é preconceito linguístico. Funções da linguagem São as formas como os indivíduos organizam suas falas, dependendo da intenção contida na mensagem. I. Função referencial: Foca na informação, prezando pela objetividade na transmissão da mesma. Própria dos textos jornalísticos; II. Função conativa ou apelativa: Foca no receptor, prezando pelo convencimento do mesmo. Própria dos textos publicitários; III. Função emotiva: Foca no emissor, demarcando no texto toda carga sentimental e subjetividade do mesmo; IV. Função poética: Foca na forma da mensagem, preocupando-se com a construção estética da mesma; V. Função fática: Foca no canal, utilizada quando a intenção do emissor é testar a qualidade de transmissão do meio e possui valor semântico irrisório; VI. Função metalinguística: Foca no código, explorando o processo de codificação. Própria dos dicionários e gramáticas. Vale lembrar que um mesmo texto pode estar associado a mais de uma intenção. Portanto, a mais de uma função da linguagem. Tipologia e gêneros textuais Quando falamos de tipologia textual, estamos nos referindo a estrutura do texto. No entanto, os gêneros correspondem às situações de uso. Como assim? Estruturas (tipos) se referem a quatro principais: Descrição: Textos descritivos são reproduções da experiência do falante a partir de como ele as sente. Digo, através do tato, olfato, paladar, visão e audição. Um texto jamais será apenas descritivo! Comumente, acompanham narrações e dissertações. As descrições podem ser objetivas ou subjetivas: Objetivas: São exatas e não admitem que o falante exerça juízo de valor. Por exemplo, quando as características físicas de uma pessoa são descritas. Subjetivas: O falante exerce juízo de valor sobre os fatos, tornando-os passíveis de Licensed to Darlanny Pereira dos Santos - darlannypereira@gmail.com - 095.947.994-55 6 Tiny.cc/ProfessorHugoDias Instagram.com/professorhugodias Hugodiascursos.com.br interpretação. Para o falante, uma pessoa pode ser alta, enquanto que para o leitor não. Também podemos diferenciar descrições físicas de descrições psicológicas: Físicas: Foca no aspecto físico da coisa, independente do juízo de valor. Dizer objetivamente que fulano tem um metro e noventa de altura, ou o chamar de ―alto‖, refere- se ao aspecto físico de fulano. Psicológicas: Partem das percepções subjetivas. ―Raivoso‖, ―valente‖, ―atrevido‖ e ―arrogante‖ são traços psicológicos que podem ser atribuídos a um personagem, onde o leitor julgará suas ações a partir das premissas de seu comportamento estabelecidas. Cuidado: O tempo, por mais que seja uma grandeza física, pode ser relativizado. Ou seja, pode ser subjetivo. Assim sendo, o modo como os personagens percebem a passagem do tempo pode ser diferente, inclusive do relógio. Injunção: Também chamados de textos instrucionais, explicam ou orientam algo – seja a montagem de um equipamento ou quais atitudes tomar para prevenir uma doença, por exemplo. São textos próprios dos manuais de instrução, das bulas, cartilhas de prevenção, [...]. Narração: ―Narrar‖ é contar. Logo, alguém conta algo que ocorreu, ocorre ou ocorrerá com determinados personagens, em determinado local e em determinado momento. Dito isto, note a existência de 5 elementos: Narrador: É aquele quem conta a história, podendo ser apenas observador ou participar da história, sendo também personagem. Podendo também ser ou não ser onisciente. Onisciente: Que sabe tudo. Enredo: É o desenrolar dos acontecimentos na história; a sucessão de conflitos na qual os personagens estão inseridos. Local: É a ambientação; onde o enredo ocorre. Tempo: É o momento no qual o enredo se desenrola. Personagens: São os envolvidos na história; aqueles com os quais os conflitos ocorrem. Cuidado: Tempo, local e narrador também podem ser personagens. Dissertação: Por sua vez, ―dissertar‖ é ―falar sobre‖. Assim sendo, trata da apresentação de informações, opiniões e argumentos. E, dependendo da presença ou não de argumentos, podemos dividir os textos dissertativos em dois: Argumentativos ou expositivos. Informação: Dado verificável. Quando é dito que há 30 alunos em sala, é possível conferir se realmente são 30. Opinião: Juízo de valor exercido sobre algum dado. É possível dizer que há muitos alunos em sala, mas o que é ―muito‖? Essencialmente, o valor que torne muito para uma pessoa, não necessariamente é o mesmo para outra. Argumentos: Argumentar está intimamente relacionado a defesa de um ponto de vista. Logo, consiste em encadear fatos e opiniões que sustentem ou refutem um ponto de vista – normalmente do autor. Novamente, o mais correto não é dizer que tal texto pertence a um tipo específico, mas que há predominância de certa tipologia no texto. Em se tratando de gêneros textuais, temos que eles são as situações de uso do texto. Logo, gêneros são construções mutáveis e passiveis de não serem mais usadas. Antes da criação da internet, não faria sentido que falássemos a respeito do gênero e-mail, por exemplo. Observe, no entanto, que o gênero preserva as características do tipo predominante de texto ao qual pertence. Notícias são objetivas e curtas, apenas expondo informações – uma vez que pertencem ao tipo expositivo das dissertações. Licensed to Darlanny Pereira dos Santos - darlannypereira@gmail.com - 095.947.994-55 7 Tiny.cc/ProfessorHugoDias Instagram.com/professorhugodias Hugodiascursos.com.br Nas reportagens, no entanto, o repórter (ou o jornal) pode evidenciar seu ponto de vista. Se assim o fizer, a reportagem preservará as características das dissertações argumentativas. São gêneros textuais: Notícias • Reportagens; • E-mail; • WhatsApp; • Crônica; • Conto; • Charge; • Tirinha; • Bulas de remédios; • [...]. Estilística Consiste no estudo da expressividade da linguagem, do modo como os sentidos se constroem, atribuindo aos enunciados uma forma específica, que revela as intenções de quem o enuncia. Explora a conotatividade, fazendo uso dos recursos disponíveis, afetando a interpretaçãoe a compreensão dos textos. É na estilística que estudamos as figuras de linguagem: São recursos ligados a semântica do texto e que auxiliam no processo de construção dos sentidos. Podem ser divididas em quatro classificações: ➢ Figuras de palavras; Relacionadas aos significados, essas figuras alteram os sentidos atribuídos aos vocábulos. Exemplos: Comparação ou símile: Estabelece uma relação entre dois elementos através de um termo comparativo. Ex.: Rápido como um raio. Metáfora ou comparação metafórica: Atribuição de um novo significado às palavras. Ex.: Dando murro em ponta de faca. Catacrese: Antigamente chamada de metáfora viciada, a catacrese consiste na utilização de uma metáfora para se referir a algo que não possui denominação. Ex.: Pé da mesa. Metonímia: Troca de palavras por aproximação de ideias – da parte pelo todo; do autor pela obra; da marca pelo produto; [...]. Ex.: Gosto de ler Machado de Assis. Antonomásia: Troca de um nome próprio por um comum, onde ambos possuam uma relação lógica inconfundível. Ex.: O timão é a quarta força em São Paulo. ➢ Figuras de pensamento; Estabelecem uma relação entre o enunciado e a realidade extratextual. Prosopopeia: Ou personificação, consiste na atribuição de características humanas ao que não é humano. Ex.: O cachorro sorriu. Cuidado: Em alguns livros, o conceito de prosopopeia é dado como atribuição de características humanas a seres inanimados. No entanto, inanimação sugere que o ser é desprovido de animação (movimento). Portanto, o conceito está impreciso deste modo. Antítese: Aproximação de ideias opostas. Ex.: Tristezas e felicidades são constantes da vida. Paradoxo: Consiste na oposição de ideias que se anulam, construindo um enunciado Licensed to Darlanny Pereira dos Santos - darlannypereira@gmail.com - 095.947.994-55 8 Tiny.cc/ProfessorHugoDias Instagram.com/professorhugodias Hugodiascursos.com.br absurdo. Ex.: É ferida que dói e não se sente. Eufemismo: Ocorre quando o falante quer minimizar o impacto da mensagem no interlocutor. Ex.: Vovô bateu as botas. Hipérbole: Ocorre quando o emissor reforça uma ideia na mensagem por meio do exagero. Ex.: Chorou um mar. Ironia: Emprego de um termo (ou expressão) em um sentido oposto ao seu significado. Ex.: Quem foi o inteligente que apagou as fotos? Gradação: Sequencia gradativa de ideias, em ordem crescente ou decrescente. Ex.: O problema, que era grande, se tornou menor, um grão, quase nada. Sinestesia: Mistura de sentidos do corpo humano. Percepção de sensações pelos órgãos errados. Ex.: O doce cheiro das rosas. ➢ Figuras de construção (figuras de sintaxe); São as figuras de linguagens que interferem na ordem sintática do enunciado; Hipérbato: Quebra da ordem sintática natural da oração. Ex.: Ouviram do Ipiranga às margens plácidas, de um povo heroico o brado retumbante [...]. Pleonasmo: É a redundância na informação. Ex.: Proibido fazer barulho sonoro. Elipse: Omissão de um termo facilmente entendido. Ex.: Na sala de aula, apenas cinco ou seis alunos. Zeugma: Omissão de um termo já citado. Ex.: Meus amigos adoram praia, e eu também. Assíndeto: Ausência de conectivo. Ex.: ―Vim, vi venci‖. Polissíndeto: Repetição do conectivo. Ex.: ―Deus criou o sol e a lua e as estrelas. E fez o homem e deu-lhe inteligência e fê-lo chefe da natureza‖. Anáfora: Repetição de um termo ou expressão no início dos períodos. Ex.: Vi uma estrela tão alta, vi uma estrela tão fria, vi uma estrela luzindo. Silepse: Concordância estabelecida com a ideia, não com o termo. Ex.: Rio de Janeiro é perigosa. ➢ Figuras fônicas (figuras de harmonia); Explora o potencial expressivo dos fonemas. Aliteração: Repetição de sons consonantais. Ex.: O Tempo perguntou ao Tempo, quanto tempo o Tempo tem? O Tempo respondeu ao Tempo, que o Tempo tem tanto tempo quanto o Tempo tem. Assonância: Repetição de sons vocálicos. Ex.: Berro pelo aterro, pelo desterro Berro por seu berro, pelo seu erro Quero que você ganhe, que você me apanhe Sou o seu bezerro gritando mamãe (Qualquer Coisa – Caetano Veloso) Note: Neste exemplo, além da assonância (repetição dos fonemas /e/ e /o/, ocorre também uma aliteração (repetição do /rr/). Paronomásia: Emprego de parônimos. Ex.: O tráfego aéreo clandestino movimenta o tráfico de drogas. Onomatopeia: Formação de palavras a partir de sons. Ex.: Licensed to Darlanny Pereira dos Santos - darlannypereira@gmail.com - 095.947.994-55 9 Tiny.cc/ProfessorHugoDias Instagram.com/professorhugodias Hugodiascursos.com.br EXERCÍCIOS Romanos usavam redes sociais há dois mil anos, diz livro Ao tuitar ou comentar embaixo do post de um de seus vários amigos no Facebook, você provavelmente se sente privilegiado por viver em um tempo na história em que é possível alcançar de forma imediata uma vasta rede de contatos por meio de um simples clique no botão ―enviar‖. Você talvez também reflita sobre como as gerações passadas puderam viver sem mídias sociais, desprovidas da capacidade de verem e serem vistas, de receber, gerar e interagir com uma imensa carga de informações. Mas o que você talvez não saiba é que os seres humanos usam ferramentas de interação social há mais de dois mil anos. É o que afirma Tom Standage, autor do livro Writing on the Wall — Social Media, The first 2 000 Years (Escrevendo no mural — mídias sociais, os primeiros 2 mil anos, em tradução livre). Segundo Standage, Marco Túlio Cícero, filósofo e político romano, teria sido, junto com outros membros da elite romana, precursor do uso de redes sociais. O autor relata como Cícero usava um escravo, que posteriormente tornou-se seu escriba, para redigir mensagens em rolos de papiro que eram enviados a uma espécie de rede de contatos. Estas pessoas, por sua vez, copiavam seu texto, acrescentavam seus próprios comentários e repassavam adiante. ―Hoje temos computadores e banda larga, mas os romanos tinham escravos e escribas que transmitiam suas mensagens‖, disse Standage à BBC Brasil. ―Membros da elite romana escreviam entre si constantemente, comentando sobre as últimas movimentações políticas e expressando opiniões‖. Além do papiro, outra plataforma comumente utilizada pelos romanos era uma tábua de cera do tamanho e da forma de um tablet moderno, em que escreviam recados, perguntas ou transmitiam os principais pontos da acta diurna, um ―jornal‖ exposto diariamente no Fórum de Roma. Essa tábua, o ―iPad da Roma Antiga‖, era levada por um mensageiro até o destinatário, que respondia embaixo da mensagem. NIDECKER, F. Disponível em: www.bbc.co.uk. Acesso em: 7 nov. 2013 (adaptado). 1. Na reportagem, há uma comparação entre tecnologias de comunicação antigas e atuais. Quanto ao gênero mensagem, identifica-se como característica que perdura ao longo dos tempos o(a) a) Imediatismo das respostas b) Compartilhamento de informações c) Interferência direta de outros no texto original d) Recorrência de seu uso entre membros da elite e) Perfil social dos envolvidos na troca comunicativa Resposta: B Tal como hoje em dia, onde informações são replicadas e compartilhadas por meio de computadores, os romanos o faziam por meio de escravos e escribas. 2. A acta diurna, as tábuas de cera da Roma antiga, as quais o autor se refere como os ipads da época, bem como os e- mails e demais tecnologias modernas constituem gêneros textuais, pois são: a) Situações específicas de uso, adequadas às particularidades da época – locutor, período, tecnologias... b) Estruturas textuais que preservam aspectos em comum, apesar de não compartilharem uma mesma forma; c) Idênticos quanto a estrutura do processo comunicativo, onde emissor e receptor alternam seus papeis em função da própria fala (e do feedback); d) Utilizadospara os mesmos propósitos, ainda que em épocas diferentes; e) Estruturas textuais que preservam o mesmo meio onde se propagam. Resposta: A Enquanto os tipos textuais estão relacionados às estruturas dos textos, os Licensed to Darlanny Pereira dos Santos - darlannypereira@gmail.com - 095.947.994-55 http://www.bbc.co.uk/ 10 Tiny.cc/ProfessorHugoDias Instagram.com/professorhugodias Hugodiascursos.com.br gêneros caracterizam as situações onde optamos pela utilização deles. 3. Das tipologias textuais abaixo listadas, o texto acima melhor se caracteriza como: a) Injuntivo – pois ensina ao leitor que na Roma antiga havia de alguma forma a utilização de redes sociais primitivas; b) Dissertativo argumentativo – pois o autor faz referência à opinião de terceiros; c) Dissertativo expositivo – apesar de conter opinião, o autor não constrói argumentos objetivando a defesa de um determinado ponto de vista; d) Narrativo – pois o autor narra a vida social da Roma antiga; e) Descritivo – pois o autor descreve a origem das redes sociais em Roma. Resposta: B O autor expõe a opinião de terceiros, é verdade, mas o faz para defender a existência das redes sociais primitivas na Roma antiga. Elencar informações e opiniões, ainda que não sejam próprias, faz parte da construção dos argumentos. 4. Comumente encontradas em ambientes jornalísticos, as reportagens possuem como característica prioritária: a) Informar, podendo ou não conter a opinião de seu autor; b) Descrever um fato, apresentando características gerais ou específicas; c) Contar uma história, cuja a temática retrata alguma ocorrência geral; d) Opinar, visando o convencimento do leitor; e) Opinar; entretanto, apenas expondo a opinião do autor. Resposta: A O texto jornalístico presa pela informação. Ainda que exista opinião, o texto é centralizado na mensagem em si, ou seja: No assunto. 5. Ainda sobre o texto acima, é correto afirmar que sua estrutura e características gerais se assemelham a(o)s: a) Propagandas, visto que há uma clara intenção do autor em inferir uma opinião/comportamento sobre o leitor; b) Resenhas críticas, visto que o autor resume uma outra produção textual, sintetizando as informações e opinando acerca dos fatos; c) Resumos, visto que o autor apenas sintetiza um outro texto para facilitar a leitura de terceiros; d) Notícias, visto que o autor preza pela objetividade ao retratar a vida social na Roma antiga; e) Textos opinativos, podendo ser parte efetiva de uma coluna, artigo de opinião ou mesmo uma reportagem. Resposta: E O texto de fato contém a opinião do autor, mas a passagem é insuficiente para classificar devidamente. Logo, sem poder observar o texto original, resta o classificar de maneira um tanto quanto genérica, preservando apenas o que há de concreto – ser opinativo. 6. “É o que afirma Tom Standage, autor do livro Writing on the Wall — Social Media, The first 2 000 Years (Escrevendo no mural — mídias sociais, os primeiros 2 mil anos, em tradução livre)”. Neste trecho do último parágrafo, o existe uma preocupação em explicitar a fonte, com a finalidade de: a) Reforçar uma informação apresentada anteriormente; b) Provar dogmativamente que o autor está certo; c) Elencar dados para que o texto ocupe o devido número de linhas exigido pelo jornal; d) Contribuir com o arrolamento de dados (bem como de opiniões), o qual faz parte do processo de argumentação; e) Denotar a preocupação do autor em provar que suas fontes são as únicas confiáveis. Resposta: A Ainda o dado em si faça parte do processo argumentativo, o autor lista a fonte para reforçar uma assertiva anteriormente posta Licensed to Darlanny Pereira dos Santos - darlannypereira@gmail.com - 095.947.994-55 11 Tiny.cc/ProfessorHugoDias Instagram.com/professorhugodias Hugodiascursos.com.br no texto. De tal forma, o leitor pode conferir a informação original e verificar os dados e informações apresentados. Garcia tinha-se chegado ao cadáver, levantara o lenço e contemplara por alguns instantes as feições defuntas. Depois, como se a morte espiritualizasse tudo, inclinou-se e beijou-a na testa. Foi nesse momento que Fortunato chegou à porta. Estacou assombrado; não podia ser o beijo da amizade, podia ser o epílogo de um livro adúltero […]. Entretanto, Garcia inclinou-se ainda para beijar outra vez o cadáver, mas então não pôde mais. O beijo rebentou em soluços, e os olhos não puderam conter as lágrimas, que vieram em borbotões, lágrimas de amor calado, e irremediável desespero. Fortunato, à porta, onde ficara, saboreou tranquilo essa explosão de dor moral que foi longa, muito longa, deliciosamente longa. ASSIS, M. A causa secreta, Disponível em: www.dominimopublico.gov.br Acesso em: 9 out. 2015. 7. No fragmento, o narrador adota um ponto de vista que acompanha a perspectiva de Fortunato. O que singulariza esse procedimento narrativo é o registro do(a) a) Indignação face à suspeita do adultério da esposa. b) Tristeza compartilhada pela perda da mulher amada. c) Espanto diante da demonstração de afeto de Garcia. d) Prazer da personagem em relação ao sofrimento alheio. e) Superação do ciúme pela comoção decorrente da morte. Resposta: D No trecho “Fortunato, à porta onde ficara, saboreou tranquilo essa explosão de dor moral que foi longa”, fica evidente o prazer da personagem em se sentir vingado ao observar o sofrimento de Garcia, apontando assim para a perspectiva narrada em função de Fortunato. 8. Analisando o texto, é possível denotar que a participação do autor na própria obra ocorre: a) Em carácter participativo, visto que ao narrar a história, o narrador é também personagem; b) Apenas em carácter observatório, visto que o narrador se quer faz uso da 1ª pessoa do discurso; c) Em carácter dúbio, visto que é possível denotar a participação apenas em trechos específicos; d) O autor não deixa explícita a sua participação na obra, cabendo ao leitor decidir se ele é personagem ou não; e) Dissertativo, visto que o autor se preocupa em falar sobre os fatos que permeiam a história. Resposta: B Note que inclusão do narrador na história que conta denota o uso obrigatório da 1ª pessoa do discurso – referente a ação verbal a qual remete ao locutor. 9. Fortunato, à porta, onde ficara, saboreou tranquilo essa explosão de dor moral que foi longa, muito longa, deliciosamente longa. Na passagem acima do texto, é possível encontrar algumas figuras de linguagem, tais como: a) Metáfora, quando ocorre a mistura de sensações em ―saborear a dor‖; b) Sinestesia, quando ocorre a mistura de sensações em ―saborear a dor‖; c) Sinestesia, a qual podemos verificar em explosão de dor moral; d) Eufemismo, a qual podemos verificar em explosão de dor moral; e) Sinestesia, a qual podemos verificar em ―deliciosamente longa‖. Resposta: B A sinestesia consiste na mistura de sensações do corpo humano. Ao “saborear a dor”, percebe-se uma confusão entre o paladar e o tato. 10. Os textos são classificados de acordo Licensed to Darlanny Pereira dos Santos - darlannypereira@gmail.com - 095.947.994-55 http://www.dominimopublico.gov.br/ 12 Tiny.cc/ProfessorHugoDias Instagram.com/professorhugodias Hugodiascursos.com.br com o tipo e gênero predominantes nele. Nesta produção de Machado de Assis, é possível notar as características da narração em detrimento aos demais. No entanto, também encontramos: a) Passagens que se assemelham aos textos descritivos, apesar da associação entre narração e descrição ser rara; b) Passagens que se assemelham aos textos descritivos, ocorrência bastante comum entre descrições e narrações; c) Aspectos da descrição objetiva e da passagem de tempo apenas cronológico; d) Características dos textos jornalísticos, em passagens onde descreve o cadáver, o tempo... e) Características da linguagemmista, onde o autor busca criar as imagens na mente do leitor. Resposta: B Os textos descritivos jamais são puros. Logo, sua associação aos demais não é coisa rara. Passagens como o retrato de Fortunato deleitando a longa passagem de dor moral de Garcia caracterizam também a descrição. 11. O texto evidencia a ocorrência da sucessão de conflitos em um(a): a) Cemitério, visto que há um personagem morto em vias de ser enterrado; b) Certa casa, visto que era o ambiente tipicamente utilizado para velar corpos na época; c) Local pouco detalhado, não havendo uma referência precisa, mas é possível concluir que se trata de um velório; d) Lugar onde há poucas referências que construam uma nítida imagem do local. No entanto, trata-se de um ambiente mórbido; e) Necrotério, visto que é o ambiente onde os corpos são armazenados cobertos. Resposta: D Não é descrito mais do que a presença de uma porta, onde Fortunato ficara, e aqueles presentes no local. No entanto, a presença de um corpo, bem como o árduo momento de Garcia não fazem daquele o melhor dos ambientes. 12. TEXTO I Terezinha de Jesus De uma queda foi ao chão Acudiu três cavalheiros Todos os três de chapéu na mão O primeiro foi seu pai O segundo, seu irmão O terceiro foi aquele A quem Tereza deu a mão ATISTA, M. F. B. M.; SANTOS, I. M. F. (Org.). Cancioneiro da Paraíba. João Pessoa: Grafset, 1993 (adaptado). TEXTO II Outra interpretação é feita a partir das condições sociais daquele tempo. Para a ama e para a criança para quem cantava a cantiga, a música falava do casamento como um destino natural na vida da mulher, na sociedade brasileira do século XIX, marcada pelo patriarcalismo. A música prepara a moça para o seu destino não apenas inexorável, mas desejável: o casamento, estabelecendo uma hierarquia de obediência (pai, irmão mais velho, marido), de acordo com a época e circunstâncias de sua vida. Disponível em: http://provsjose.blogspot.com.br. Acesso em: 5 dez. 2012. O comentário do texto II sobre o texto I evoca a mobilização da língua oral que, em determinados contextos, a) Assegura a existência de pensamentos contrários à ordem vigente. b) Mantém a heterogeneidade das formas de relações sociais. c) Conserva a influência religiosa sobre certas culturas. d) Preserva a diversidade cultural e comportamental. e) Reforça comportamentos e padrões culturais. Resposta: E Em ambos os textos, a mulher é retratada Licensed to Darlanny Pereira dos Santos - darlannypereira@gmail.com - 095.947.994-55 http://provsjose.blogspot.com.br/ 13 Tiny.cc/ProfessorHugoDias Instagram.com/professorhugodias Hugodiascursos.com.br como figura inferior e submissa ao homem. Assim sendo, fica perceptível o reforço aos padrões da época. 13. Ninguém nasce mulher: torna-se mulher. Nenhum destino biológico, psíquico, econômico define a forma que a fêmea humana assume no seio da sociedade; é o conjunto da civilização que elabora esse produto intermediário entre o macho e o castrado que qualificam o feminino. BEAUVOIR, S. O segundo sexo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1980 Na década de 1960, a proposição de Simone de Beauvoir contribuiu para estruturar um movimento social que teve como marca o(a) a) Ação do Poder Judiciário para criminalizar a violência sexual. b) Pressão do Poder Legislativo para impedir a dupla jornada de trabalho. c) Organização de protestos púbicos para garantir a igualdade de gênero. d) Oposição de grupos religiosos para impedir os casamento homoafetivos. e) Estabelecimento de políticas governamentais para promover ações afirmativas. Resposta: C Simone apresenta uma diferença conceitual acerca de “ser mulher” (biológica) e do “ser mulher” (cultural), bem como empoderando o gênero feminino, colocando-o em pé de igualdade com os homens. 14. O trecho “Ninguém nasce mulher: Torna-se mulher” pode confundir alguns dos leitores mais distraídos. Em tal passagem, há claramente uma divergência quanto ao sentido do termo que se repete. O fenômeno que nomeia e explica esta permeabilidade semântica é: a) Polissemia; b) Monossemia; c) Ambiguidade; d) Variação linguística; e) Coerência. Resposta: A Ainda que o sentido não seja o mesmo, não há ocorrência de ambiguidade – visto que é possível identificar corretamente o significado do vocábulo em ambas as colocações. A polissemia é o fenômeno que explica a associação de um mesmo significante a vários significados. 15. A ironia, fenômeno linguístico que explora a conotatividade da língua, faz parte das figuras de linguagem arroladas no estudo da estilística. Entre os subgrupos, é classificada como: a) Figura de pensamento, pois linka o enunciado à realidade extratextual; b) Figura de sintaxe, pois trabalha a construção da sentença ao explorar o sentido figurado da palavra; c) Figura de palavra, pois explora unicamente o significado de um vocábulo/expressão; d) Figura fônica, pois ocorreu na variação falada da língua; e) Figura fônica, pois trabalha o potencial expressivo do foema. Resposta: C Figuras de palavras são as figuras de linguagem que manipulam o signo linguístico, inferindo novos sentidos; variações de significados. Mas assim que penetramos no universo da web, descobrimos que ele constitui não apenas um imenso “território” em expansão acelerada, mas que também oferece inúmeros “mapas”, filtros, seleções para ajudar o navegante a orientar-se. O melhor guia para a web é a própria web. Ainda que seja preciso ter a paciência de explorá-la. Ainda que seja preciso arriscar-se a ficar perdido, aceitar “a perda de tempo” para familiarizar-se com esta terra estranha. Talvez seja preciso ceder por um instante a seu aspecto lúdico para descobrir, no desvio de um link, os sites que mais se aproximam de nossos interesses profissionais ou de Licensed to Darlanny Pereira dos Santos - darlannypereira@gmail.com - 095.947.994-55 14 Tiny.cc/ProfessorHugoDias Instagram.com/professorhugodias Hugodiascursos.com.br nossas paixões e que poderão, portanto, alimentar da melhor maneira possível nossa jornada pessoal. 16. O usuário iniciante sente-se não raramente desorientado no oceano de informações e possibilidades disponíveis na rede mundial de computadores. Nesse sentido, Pierre Lévy destaca como um dos principais aspectos da internet o(a) a) espaço aberto para a aprendizagem. b) grande número de ferramentas de pesquisa. c) ausência de mapas ou guias explicativos. d) infinito número de páginas virtuais e) dificuldade de acesso aos sites de pesquisa. Resposta: A O autor aponta as dificuldades em adaptar- se ao mundo online como desafio a ser superado pelos navegadores, citando inclusive o quão compensatório podem ser os resultados. Tudo, é claro, na base da paciência e do aprendizado. 17. Em se tratando do meio online, temos que as novas ferramentas tecnológicas e possibilidades que a internet oferece alteram a forma como nos comunicamos em sociedade. Não faz sentido falar de e- mail antes dos computadores, bem como de carta antes do papel... No entanto, se pudermos os associar uns aos outros, a carta estaria para o e-mail, bem como as bibliotecas estariam para os links. Segundo Lévy, os links: a) São ferramentas exclusivamente didáticas; b) São recursos lúdicos da internet que distraem o navegador de seus objetivos; c) Não devem ser utilizados por navegantes com pouca experiência; d) São ferramentas lúdicas e proveitosas; e) Não possuem qualquer utilidade para o mundo virtual. Resposta: D O autor alerta para a possibilidade de os links distraírem o navegador, mas conota um agradável potencial lúdico desta distração. No entanto, a existência de tais links também é fruto da vastidão do mundo cibernético, proveitosa ao aprendizado. 18. Ao se referir a internet como melhor guia de si própria, o texto apresenta:a) Função poética, preocupada com a forma da mensagem; b) Função fática, preocupada em testar o entendimento do leitor; c) Função metalinguística, tal como usar o verbo para explicar uma frase; d) Função apelativa, buscando convencer o leitor acerca das ideias do autor; e) Função referencial, focando-se exclusivamente na informação. Resposta: C Quando o processo remete a si próprio, ocorre a função metalinguística. É o caso da internet guiando seu próprio uso; do verbo instruindo acerca de outros verbos, sejam eles falados ou escritos. 19. O consumidor do século XXI, chamado de novo consumidor social, tende a se comportar de modo diferente do consumidor tradicional. Pela associação das características apresentadas no diagrama, infere-se que esse novo consumidor sofre influência da a) cultura do comércio eletrônico. b) busca constante pelo menor preço. c) divulgação de informações pelas empresas. Licensed to Darlanny Pereira dos Santos - darlannypereira@gmail.com - 095.947.994-55 15 Tiny.cc/ProfessorHugoDias Instagram.com/professorhugodias Hugodiascursos.com.br d) necessidade recorrente de consumo. e) postura comum aos consumidores tradicionais. Resposta: A O infográfico explicita comportamentos próprios do meio online, existentes somente após a popularização do comércio virtual. 20. É visto na imagem acima o uso de elementos gráficos, bem como a utilização de palavras. Ambos são complementares entre si, contribuindo para a composição da mensagem. Claramente, é um exemplo de: a) Linguagem verbal, pois faz uso do verbo; b) Linguagem mista, pois faz uso de elementos gráficos e não verbais; c) Linguagem não verbal, pois faz uso de elementos gráficos; d) Linguagem coloquial, pois não obedece às normas padrões da língua portuguesa; e) Linguagem verbal e não verbal, pois faz uso do verbo e de elementos gráficos. Resposta: E O verbo, seja ele falado ou escrito, representa a variação verbal da lingua. Ao mesclar elementos não verbais, temos a presença de ambas as linguagens (linguagem mista). 21. A língua tupi no Brasil Há 300 anos, morar na vila de São Paulo de Piratininga (peixe seco, em tupi) era quase sinônimo de falar língua de índio. Em cada cinco habitantes da cidade, só dois conheciam o português. Por isso, em 1698, o governador da província, Artur de Sá e Meneses, implorou a Portugal que só mandasse padres que soubessem “a língua geral dos índios”, pois “aquela gente não se explica em outro idioma”. Derivado do dialeto de São Vicente, o tupi de São Paulo se desenvolveu e se espalhou no século XVII, graças ao isolamento geográfico da cidade e à atividade pouco cristã dos mamelucos paulistas: as bandeiras, expedições ao Sertão em busca de escravos índios. Muitos bandeirantes nem sequer falavam o português ou se expressavam mal. Domingos Jorge Velho, o paulista que destruiu o Ouilombo dos Palmares em 1694, foi descrito pelo bispo de Pernambuco como “um bárbaro que nem falar sabe”. Em suas andanças, essa gente batizou lugares como Avanhandava (lugar onde o índio corre), Pindamonhangaba (lugar de fazer anzol) e Itu (cachoeira). E acabou inventando uma nova língua. “ Os escravos dos bandeirantes vinham de mais de 100 tribos diferentes”, conta o historiador e antropólogo John Monteiro, da Universidade Estadual de Campinas. “Isso mudou o tupi paulista, que, além da influência do português, ainda recebia palavras de outros idiomas.” O resultado da mistura ficou conhecido como língua geral do sul, uma espécie de tupi facilitado. ÂNGELO, C. Disponível em: <http://super.abril.com.br>. Acesso em: 8 ago. 2012. (Adaptado). O texto trata de aspectos sócio-históricos da formação linguística nacional. Ouanto ao papel do tupinaformação do português brasileiro, depreende-se que essa língua indígena a) Contribuiu efetivamente para o léxico, com nomes relativos aos traços característicos dos lugares designados. b) Originou o português falado em São Paulo no século XVII, em cuja base gramatical também está a fala de variadas etnias indígenas. c) Desenvolveu-se sob influência dos trabalhos de catequese dos padres portugueses, vindos de Lisboa. d) Misturou-se aos falares africanos, em razão das interações entre portugueses e negros nas investidas contra o Ouilombo dos Palmares. e) Expandiu-se paralelamente ao português falado pelo colonizador, e juntos originaram a língua dos bandeirantes paulistas. Resposta: A O referido artigo explicita a herança Licensed to Darlanny Pereira dos Santos - darlannypereira@gmail.com - 095.947.994-55 http://super.abril.com.br/ http://super.abril.com.br/ 16 Tiny.cc/ProfessorHugoDias Instagram.com/professorhugodias Hugodiascursos.com.br residual que temos da língua tupi, presente em topônimos. Tal ocorrência é referida no trecho “[...] Em suas andanças, essa gente batizou lugares [...]”. 22. Em 1698, Arthur de Sá e Meneses, governador da província, implorou à Portugal que os padres enviados ao Brasil soubessem “a língua geral dos índios”, pois: a) Era a língua preferida dos habitantes, visto que o período colonial não havia acabado e a exploração dos índios estava em alta; b) Era o modo mais eficaz para estabelecer comunicação, visto que os nativos da floresta não queriam ser letrados em português; c) Poucos eram os conhecedores do português. Logo, não faria sentido haver padres fluentes em tal idioma; d) Apenas uma parcela diminuta da população local era conhecedora do português. Assim sendo, conhecer a língua geral dos índios facilitaria a comunicação; e) Portugal não desejava impor seu idioma, bem como seus hábitos culturais sobre os povos oriundos das terras brasileiras. Resposta: D No início do texto, quando o autor afirma que “morar na vila de São Paulo de Piratininga (peixe seco, em tupi) era quase sinônimo de falar língua de índio”, deixa claro a pouca familiaridade dos locais para com o idioma português. 23. O farrista Quando o almirante Cabral Pôs as patas no Brasil O anjo da guarda dos índios Estava passeando em Paris. Quando ele voltou de viagem O holandês já está aqui. O anjo respira alegre: “Não faz mal, isto é boa gente, Vou arejar outra vez”. O anjo transpôs a barra, Diz adeus a Pernambuco, Faz barulho, vuco-vuco, Tal e qual o zepelim Mas deu um vento no anjo, Ele perdeu a memória. E não voltou nunca mais. MENDES, M. História do Brasil. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1992 A Obra de Murilo Mendes situa-se na fase inicial do Modernismo, cujas propostas estéticas transparecem, no poema, por um eu lírico que a) Configura um ideal de nacionalidade pela integração regional. b) Remonta ao colonialismo assente sob um viés iconoclasta. c) Repercute as manifestações do sincretismo religioso. d) Descreve a gênese da formação do povo brasileiro. e) Promove inovações no repertório linguístico. Reposta: B Ao valorizar a linguagem coloquial – típica da primeira fase modernista –, utilizando expressões como “vuco-vuco” e “zepelim”, o poema desmistifica o colonizador, retirando dele o carácter divino. 24. PROPAGANDA – O exame dos textos e mensagens de Propaganda revela que ele apresenta posições parciais, que refletem apenas o pensamento de uma minoria, como se exprimissem, em vez disso a convicção de uma população; trata-se, no fundo, de convencer o ouvinte ou leitor de que, em termos de opinião, está fora do caminho certo, e de induzi-lo a aderir às teses que lhes são apresentadas, por um mecanismo bem conhecido da psicologia social, o do conformismo induzido por pressões do grupo sobre o indivíduo isolado. BOBBIP, N.; MATTEUCCI, N.; PASQUINO, G. Dicionário de política. Brasília: UnB, 1998 (adaptado). De acordo com o texto, as estratégias argumentativas e o uso da linguagem na produção da propaganda favorecem a a) Reflexão da sociedade sobre os produtos Licensed to DarlannyPereira dos Santos - darlannypereira@gmail.com - 095.947.994-55 17 Tiny.cc/ProfessorHugoDias Instagram.com/professorhugodias Hugodiascursos.com.br anunciados. b) Difusão do pensamento e das preferências das grandes massas. c) Imposição das ideias e posições de grupos específicos. d) Decisão consciente do consumidor a respeito de sua compra. e) Identificação dos interesses do responsável pelo produto divulgado. Resposta: C Nada melhor que as últimas orações do próprio texto para justificar esta resposta: “[...] induzido por pressões do grupo sobre o indivíduo isolado”. 25. Por mais que a marca, produto ou o anunciante varie, as propagandas tendem a conservar como característica geral: a) A intenção de induzir o consumidor a comprar, adotar determinada postura ou mudar suas convicções acerca do exposto; b) A necessidade de expor algum produto, forçando seus valores sobre o consumidor; c) A necessidade de expor um valor, forçando sobre o consumidor seus produtos; d) A carência de atenção, pois a boa propaganda sempre é aquela que cativa um público maior; e) A necessidade de informar o consumidor acerca dos benefícios do produto. Resposta: A Toda propaganda tem a intenção de inferir no leitor um comportamento, visão ou necessidade de compra – aspectos próprios da função apelativa. 26. Sítio Gerimum Este é o meu lugar (…) Meu Gerimum é com g Você pode ter estranhado Gerimum em abundância Aqui era plantado E com a letra g Meu lugar foi registrado. OLIVEIRA, H. D. Língua Portuguesa, n. 88, fev. 2013 (fragmento) Nos versos de um menino de 12 anos, o emprego da palavra “Gerimum” grafada com a letra “g” tem por objetivo a) Valorizar usos informais caracterizadores da norma nacional. b) Confirmar o uso da norma-padrão em contexto da linguagem poética. c) Enfatizar um processo recorrente na transformação da língua portuguesa. d) Registrar a diversidade étnica e linguística presente no território brasileiro. e) Reafirmar discursivamente a forte relação do falante com seu lugar de origem. Resposta: E Ainda que jerimum não seja escrito com “g”, estando, portanto, gramaticalmente errado, a mudança na grafia ocorre devido a variação da língua em função da localidade (variação regional). 27. Quando o menino se refere ao leitor, dizendo “você pode ter estranhado”, ele reflete acerca do preconceito que seu “gerimum com g” pode provocar. No entanto, o interlocutor não deixa de compreender a mensagem. Logo, o preconceito linguístico (estranhamento) é causado: a) Pela ignorância das normas gramaticais; b) Por se tratar de uma forma minoritária do vocábulo, se quer previsto na gramática, presente apenas naquela região; c) Porque o interlocutor desconhece o local de origem do menino; d) Para gerar um recurso gráfico no texto e atrair a atenção do leitor; e) Apenas pelo leitor, visto que não há interlocutor incomodado na obra. Resposta: B Ainda que possua variações, a língua segue uma norma padrão. Ao desviar-se do senso comum, o emissor pode provocar estranhamentos no interlocutor, ainda que estes não impossibilitem o processo comunicativo. TEXTO I Criatividade em publicidade: teorias e Licensed to Darlanny Pereira dos Santos - darlannypereira@gmail.com - 095.947.994-55 18 Tiny.cc/ProfessorHugoDias Instagram.com/professorhugodias Hugodiascursos.com.br reflexões Resumo: O presente artigo aborda uma questão primordial na publicidade: a criatividade. Apesar de aclamada pelos departamentos de Criação das agências, devemos ter a consciência de que nem todo anúncio é, de fato, criativo. A partir do resgate teórico, no qual os Conceitos são tratados à luz da publicidade, busca-se estabelecer a compreensão dos temas. Para elucidar tais questões, é analisada uma campanha impressa da marca XXXX. As reflexões apontam que a publicidade criativa é essencialmente simples e apresenta uma releitura do cotidiano. Depexe, S D. Travessias: Pesquisas em Educação, Cultura, Linguagem e Artes, n. 2, 2008. 28. Os dois textos apresentados versam sobre o tema Criatividade. O Texto I é um resumo de Caráter Científico e o Texto II, uma homenagem promovida por um site de publicidade. De que maneira O Texto II exemplifica o conceito de criatividade em publicidade apresentado no Texto I? a) Fazendo menção ao difícil trabalho das mães em criar seus filhos. b) Promovendo uma leitura simplista do papel materno em seu trabalho de criar os filhos. c) Explorando a polissemia do termo ―criação‖. d) Recorrendo a uma estrutura linguística simples. e) Utilizando recursos gráficos diversificados. Resposta: C O signo linguístico, composição artificial que associa significantes a significados, permite a variação dos sentidos ao alterar as relações semânticas dentro dos contextos. A este fenômeno, é dado o nome de polissemia. 29. Observando o texto II, é possível notar uma preocupação no tocante a forma da mensagem, ao variar o tamanho da fonte e a cor do vocábulo “criação”. Logo, nota-se a presença da função: a) Fática; b) Emotiva; c) Poética; d) Apelativa; e) Metalinguística. R: C A preocupação com a forma é característica própria da função poética, onde a forma da mensagem tem relevância perante sua criação. 30. Textos e hipertextos: Procurando o equilíbrio Há um medo por parte dos pais e de alguns professores de as crianças desaprenderem quando navegam, medo de elas viciarem, de obterem informação não confiável, de elas se isolarem do mundo real, como se o computador fosse um agente do mal, um vilão. Esse medo é reforçado pela mídia, que costuma apresentar o computador como um agente negativo na aprendizagem e na socialização dos usuários. Nós sabemos que ninguém corre o risco de desaprender quando navega, seja em ambientes digitais ou em materiais impressos, mas é preciso ver o que se está aprendendo e algumas vezes interferir nesse processo a fim de otimizar ou orientar a aprendizagem, mostrando aos usuários outros temas, outros caminhos, outras possibilidades diferentes daquelas que eles encontraram sozinhos ou Licensed to Darlanny Pereira dos Santos - darlannypereira@gmail.com - 095.947.994-55 19 Tiny.cc/ProfessorHugoDias Instagram.com/professorhugodias Hugodiascursos.com.br daquelas que eles costumam usar. É preciso, algumas vezes, negociar o uso para que ele não seja exclusivo, uma vez que há outros meios de comunicação, outros meios de informação e outras alternativas de lazer. É uma questão de equilibrar e não de culpar. COSCARELLI, C. V. Linguagem em (Dis)curso, n. 3, set.-dez. 2009. A autora incentiva o uso da internet pelos estudantes, ponderando sobre a necessidade de orientação a esse uso, pois essa tecnologia a) Está repleta de informações confiáveis que constituem fonte única para a aprendizagem dos alunos. b) Exige dos pais e professores que proíbam seu uso abusivo para evitar que se torne um vício. c) Tende a se tomar um agente negativo na aprendizagem e na socialização de crianças e jovens. d) Possibilita maior ampliação do conhecimento de mundo quando a aprendizagem é direcionada. e) Leva ao isolamento do mundo real e ao uso exclusivo do computador se a navegação for desmedida. Resposta: D De forma ponderada, a autora não se vez avessa à internet como ferramenta de estudo. Muito pelo contrário, ela se posiciona a favor e critica a forma amplamente negativa como a ferramenta é tratada. 31. No título, a autora faz referência aos hipertextos, explorando seu uso como ferramenta contribuinte ao aprendizado no texto mais abaixo. Segundo o que se observa nas palavras da autora, o item que melhor descreve o hipertexto é: a) A utilização ponderada de diversas fontes de informação, de tal modo que se façam complementares e otimizem o estudo; b) Uma nova e superior modalidade de texto, advinda das novidadesdo meio online; c) Uma nova forma de estudar, onde o aluno pode usar a internet para se comunicar com seus colegas e professores; d) A utilização da internet como ferramenta complementar aos livros escolares; e) A utilização da internet para aprender a estudar, assim otimizando o tempo de estudo e aumentando a eficiência. Resposta: A A autora alerta para o uso ponderado e explicita a forma negativa como a internet é retratada pela mídia em se tratando de ferramenta para estudos, mas aponta as possibilidades e novas formas de estudar por hiperlink – utilizando os meios como ferramentas complementares, buscando informações em fontes variadas. 32. O mundo revivido Sobre esta casa e as árvores que o tempo esqueceu de levar. Sobre o curral de pedra e paz e de outras vacas tristes chorando a lua e a noite sem bezerros. Sobre a parede larga deste açude onde outras cobras verdes se arrastavam, e pondo o sol nos seus olhos parados iam colhendo sua safra de sapos. Sob as constelações do sul que a noite armava e desarmava: as Três Marias, o Cruzeiro distante e o Sete-Estrelo. Sobre este mundo revivido em vão, a lembrança de primos, de cavalos, de silêncio perdido para sempre. DOBAL, H. A província deserta . Rio de Janeiro: Artenova, 1974. No processo de reconstituição do tempo vivido, o eu lírico projeta um conjunto de imagens cujo lirismo se fundamenta no a) Inventário das memórias evocadas afetivamente. b) Reflexo da saudade no desejo de voltar à infância. c) Sentimento de inadequação com o presente Licensed to Darlanny Pereira dos Santos - darlannypereira@gmail.com - 095.947.994-55 20 Tiny.cc/ProfessorHugoDias Instagram.com/professorhugodias Hugodiascursos.com.br vivido. d) Ressentimento com as perdas materiais e humanas. e) Lapso no fluxo temporal dos eventos trazidos à cena. Resposta: A Arrolando memórias passadas, o eu lírico resgata memórias. 33. A ascensão social por meio do esporte mexe com o imaginário das pessoas, pois em poucos anos um adolescente pode se tornar milionário caso tenha um bom desempenho esportivo. Muitos meninos de famílias pobres jogam com o objetivo de conseguir dinheiro para oferecer uma boa qualidade de vida à família. Isso aproximou mais ainda o futebol das camadas mais pobres da sociedade, tornando- o cada vez mais popular. Acontece que esses jovens sonham com fama e dinheiro, enxergando no futebol o único caminho possível para o sucesso. No entanto, eles não sabem da grande dificuldade que existe no início dessa jornada em que a minoria alcança a carreira profissional. Esses garotos abandonam a escola pela ilusão de vencer no futebol, à qual a maioria sucumbe. O caminho até o profissionalismo acontece por meio de um longo processo seletivo que os jovens têm de percorrer. Caso não seja selecionado, esse atleta poderá ter que abandonar a carreira involuntariamente por falta de uma equipe que o acolha. Alguns podem acabar em subempregos, à margem da sociedade, ou até mesmo em vícios de correntes desse fracasso e dessa desilusão. Isso acontece porque no auge da sua formação escolar e na Condição juvenil de desenvolvimento, eles não se preparam e não são devidamente orientados para buscar alternativas de experiências mais amplas de ocupação fora e além do futebol. BALZANO, O N MORAIS, J. S. A formação do jogador de futebol e sua relação Com a escola EFDeportes, n. 172, set 2012 (adaptado) Ao abordar o fato de, no Brasil, muitos jovens depositarem suas esperanças de futuro no futebol, o texto critica o(a) a) Despreparo dos jogadores de futebol para ajudarem suas famílias a superar a miséria. b) Garantia de ascensão social dos jovens pela carreira de jogador de futebol. c) Falta de investimento dos clubes para que os atletas possam atuar profissionalmente e viver do futebol. d) Investimento reduzido dos atletas profissionais em sua formação escolar, gerando frustração e desilusão profissional no esporte. e) Despreocupação dos sujeitos com uma formação paralela à esportiva, para habilitá-los a atuar em Outros setores da vida. Resposta: E O texto aponta que os garotos são iludidos pelo futebol e abandonam a escola. 34. Declaração de amor Esta é uma confissão de amor: amo a língua portuguesa. Ela não é fácil. Não é maleável. […] A língua portuguesa é um verdadeiro desafio para quem escreve. Sobretudo para quem escreve tirando das coisas e das pessoas a primeira capa de superficialismo. Às vezes ela reage diante de um pensamento mais c omplicado. As vezes se assusta com o imprevisível de uma frase. Eu gosto de manejá- la – Como gostava de estar montada num cavalo e guiá-lo pelas rédeas, às vezes a galope. Eu queria que a língua portuguesa chegasse ao máximo em minhas mãos. E este desejo todos os que escrevem têm. Um Camões e outros iguais não bastaram para nos dar para sempre uma herança de língua já feita. Todos nós que escrevemos estamos fazendo do túmulo do pensamento alguma coisa que lhe dê vida. Essas dificuldades, nós as temos. Mas não fale do encantamento de lidar com uma língua que não foi aprofundada. O que recebi de herança não me chega. Se eu fosse muda e também não pudesse escrever, e me perguntassem a que língua eu queria pertencer, eu diria. inglês, que é preciso e belo. Mas, como não nasci muda e pude escrever, tornou-se absolutamente claro para mim que eu queria mesmo era escrever em português. Eu até queria não ter aprendido outras línguas: só para que a minha Licensed to Darlanny Pereira dos Santos - darlannypereira@gmail.com - 095.947.994-55 21 Tiny.cc/ProfessorHugoDias Instagram.com/professorhugodias Hugodiascursos.com.br abordagem do português fosse virgem e límpida. LISPECTOR, C. A descoberta do mundo Rio de Janeiro Rocco, 1999 (adaptado). O trecho em que Clarice Lispector declara seu amor pela língua portuguesa, acentuando seu caráter patrimonial e sua capacidade de renovação, é a) ―A língua portuguesa é um verdadeiro desafio para quem escreve‖. b) ―Um Camões e outros iguais não bastaram para nos dar para sempre uma herança de língua já feita‖. c) ―Todos nós que escrevemos estamos fazendo do túmulo do pensamento alguma coisa que lhe dê Vida‖. d) ―Mas não falei do encantamento de lidar com uma língua que não foi aprofundada‖. e) ―Eu até queria não ter aprendido outras línguas: só para que a minha abordagem do português fosse Virgem e límpida‖. Resposta: B A passagem afirma que “um Camões e outros iguais {uma só forma de escrever; de pensar} não bastaram para nos dar para sempre uma herança de língua já feita {que a língua não é herdada pronta. Ou seja: que está em constante transformação}”. 35. TEXTO II Na sua produção, Goeldi buscou refletir seu caminho pessoal e político, sua melancolia e paixão sobre os intensos aspectos mais latentes em sua obra, como: cidades, peixes, urubus, caveiras, abandono, solidão, drama e medo. ZULIETTI, L. F. Goeldi: da melancolia ao inevitável. Revista de Arte, Mídia e Política. Acesso em: 24 abr. 2017 (adaptado). O gravador Oswaldo Goeldi recebeu influências de um movimento artístico europeu do início do século XX, que apresenta as características reveladas nos traços da obra de: A) B) C) D) Licensed to Darlanny Pereira dos Santos - darlannypereira@gmail.com - 095.947.994-55 22 Tiny.cc/ProfessorHugoDias Instagram.com/professorhugodias Hugodiascursos.com.br E) Resposta: A A assertiva em questão aponta para as características que o enunciado traz, como a melancolia e o drama. 36. TEXTO I A língua ticuna é o idioma mais falado entre os indígenas brasileiros. De acordo com o pesquisador Aryon Rodrigues, há 40 mil índios que falam o idioma. A maioria mora ao longo do Rio Solimões, no Alto Amazonas. É a maior nação indígena do Brasil, sendo também encontrada noPeru e na Colômbia. Os ticunas falam uma língua considerada isolada, que não mantém semelhança com nenhuma outra língua indígena e apresenta complexidades em sua fonologia e sintaxe. Sua característica principal é o uso de diferentes alturas na voz. O uso intensivo da língua não chega a ser ameaçado pela proximidade de cidades ou mesmo pela convivência com falantes de outras línguas no interior da própria área ticuna: nas aldeias, esses outros falantes são minoritários e acabam por se submeter à realidade ticuna, razão pela qual, talvez, não representem uma ameaça linguística. Lingua Portuguesa, n. 52, few 2010 (adaptado) TEXTO II Riqueza da língua ―O inglês está destinado a ser uma língua mundial em sentido mais amplo do que o latim foi na era passada e o francês é na presente‖, dizia o presidente americano John Adams no século XVIII. A profecia se cumpriu o inglês é hoje a língua franca da globalização. No extremo oposto da economia linguística mundial, estão as línguas de pequenas comunidades declinantes. Calcula-se que hoje se falem de 6 000 a 7 000 línguas no mundo todo. Quase metade delas deve desaparecer nos próximos 100 anos, A última edição do Ethnologue – o mais abrangente estudo sobre as línguas mundiais -, de 2005, listava 516 línguas em risco de extinção. Veja, n. 36, set 2007 (adaptado). Os textos tratam de línguas de culturas completamente diferentes, cujas realidades se aproximam em função do(a) a) Semelhança no modo de expansão. b) Preferência de uso na modalidade falada. c) Modo de organização das regras sintáticas. d) Predomínio em relação às outras línguas de contato. e) Fato de motivarem o desaparecimento de línguas minoritárias. Resposta: D O texto em questão evidencia como a língua ticuna, juntamente com o inglês, assemelham-se por sobrepor as demais línguas de contato. 37. A atrizes Naturalmente Ela sorria Mas não me dava trela Trocava a roupa Na minha frente E ia bailar sem mais aquela Escolhia qualquer um Lançava olhares Debaixo do meu nariz Dançava colada Em novos pares Com um pé atrás Com um pé a fim – Surgiram outras Naturalmente Sem nem olhar a minha Cara Tomavam banho Na minha frente Para Sair com outro cara Porém nunca me importei Com tais amantes (…) com tantos filmes Na minha mente É natural que toda atriz Licensed to Darlanny Pereira dos Santos - darlannypereira@gmail.com - 095.947.994-55 23 Tiny.cc/ProfessorHugoDias Instagram.com/professorhugodias Hugodiascursos.com.br Presentemente represente Muito para mim CHICOBUARQUE Carioca, Rio de Janeiro Biscoito Fino, 2006 (fragmento) Na Canção, Chico Buarque trabalha uma determinada função da linguagem para marcar a subjetividade do eu lírico ante as atrizes que ele admira. A intensidade dessa admiração está marcada em a) ―Naturalmente. Ela sorria/ Mas não me dava trela‖ b) ―Tomavam banho/ Na minha frente/ Para sair com outro Cara‖. c) ―Surgiram outras Naturalmente/ Sem nem olhar a minha Cara‖. d) ―Escolhia qualquer um/Lançava olhares / Debaixo do meu nariz‖. e) ―É natural que toda atriz Presentemente represente/ Muito para mim‖. Resposta: E A presença da 1ª pessoa do discurso – o locutor –, fator que inclui o eu-lírico na história, bem como a acentuada caracterização emotiva dele apontam para a presnça da função emotiva. 38. E aqui, antes de continuar este espetáculo, é necessário que façamos uma advertência a todos e a cada um. Neste momento, achamos fundamental que cada um tome uma posição definida. Sem que cada um tome uma posição definida, não é possível continuarmos. É fundamental que cada um tome uma posição, seja para a esquerda, seja para a direita. Admitimos mesmo que alguns tomem uma posição neutra, fiquem de braços cruzados. Mas é preciso que cada um, uma vez tomada sua posição, fique nela! Porque senão, companheiros, as cadeiras do teatro rangem muito e ninguém ouve nada. FERNANDES, M.; RANGEL, F. Liberdade, liberdade. Porto Alegre: L&PM, 2009, A peça Liberdade, liberdade, encenada em 1964, apresenta o impasse vivido pela sociedade brasileira em face do regime vigente. Esse impasse é representado no fragmento pelo(a) a) barulho excessivo produzido pelo ranger das cadeiras do teatro. b) indicação da neutralidade como a melhor opção ideológica naquele momento. c) constatação da censura em função do engajamento social do texto dramático. d) correlação entre o alinhamento politico e a posição corporal dos espectadores. e) interrupção do espetáculo em virtude do comportamento inadequado do público. Resposta: D O texto brinca com os vocábulos “esquerda” e “direita”, relacionando-os ao posicionamento político, bem como a posição das cadeiras no teatro. 39. Uma noite em 67, de Renato Tera e Ricardo Calil. Editora Planeta, 296 páginas. Mas foi um noite, aquela noite de sábado 21 de outubro de 1967, que parou o nosso país. Parou pra ver a finalíssima do III Festival da Record, quando um jovem de 24 anos chamado Eduardo Lobo, o Edu Lobo, saiu carregado do Teatro Paramount em São Paulo depois de ganhar o prêmio máximo do festival com Ponteio, que cantou acompanhado da charmosa e iniciante Marília Medalha. Foi naquele noite que Chico Buarque entoou sua Roda viva ao lado do MPB-4 de Magro, o arranjador. Que Caetano Veloso brilhou cantando Alegria, alegria com a plateia ao com das guitarras dos Beat Boys, que Gilberto Gil apresentou a tropicalista Domingo no parque com os Mutantes. Aquela noite que acabou virando filme, em 2010, nas mãos de Renato Terra e Ricardo Calil, agora virou livro. O livro que está sendo lançado agora é a história daquela noite, ampliada e em estado que no jargão jornalístico chamamos de matéria bruta. Quem viu o filme vai se deliciar com as histórias – e algumas fofocas – que cada um tem para contar, agora sem os contes necessários que um filme exige. E quem não viu o filme tem diante de si um livro de histórias, pensando bem, de História. VILLAS, A. Disponível em: www.cartacapital.com.br. Acessado em: 18 jun. 2014 (adaptado). Licensed to Darlanny Pereira dos Santos - darlannypereira@gmail.com - 095.947.994-55 http://www.cartacapital.com.br/ 24 Tiny.cc/ProfessorHugoDias Instagram.com/professorhugodias Hugodiascursos.com.br Considerando os elementos constitutivos dos gêneros textuais circulantes na sociedade, nesse fragmento de resenha predominam a) caracterização de personalidades do contexto musical brasileiro dos anos 1960. b) questões polêmicas direcionadas à produção musical brasileira nos anos 1960. c) relatos de experiências de artistas sobre os festivais de música de 1967. d) explicação sobre o quadro cultural do Brasil durante a década de 1960. e) opinião a respeito de uma obra sobre cena musical de 1967. Resposta: E A resenha crítica, gênero textual derivado dos textos dissertativos e com carácter opinativo. 40. Analisando o texto anterior, a mais correta classificação acerca de seu gênero textual é: a) Resumo, pois sintetiza as informações de outro texto; b) Resumo, pois opina acerca de outro texto; c) Resumo, pois sintetiza e opina a respeito de outro texto; d) Resenha, pois o autor sintetiza outro texto e opina sobre ele; e) Resenha, pois o autor opina sobre outro texto. Resposta: D Idem explicação do item anterior: A resenha consiste em uma modalidade de resumo que apresenta a opinião do autor. 41. Apesar de muitas crianças e adolescentes terem a Barbie como um exemplo de beleza, um infográfico feito pelo site Rehabs.com comprovou que, caso uma mulher tivesse as medidas da boneca de plástico, ela nem estaria viva. Não é exatamente uma novidade que as proporções da boneca mais famosa do mundo são absurdas para o mundo real. Ativistas que lutam pela construção de uma autoimagem mais saudável, pesquisadores de distúrbios alimentares e pessoas que se preocupam com o impacto da indústria culturalna psique humana apontam, há anos, a influência de modelos como a Barbie na distorção do corpo feminino. Pescoço Com um pescoço duas vezes mais longo e 15 centímetros mais fino do que o de uma mulher, a Barbie seria incapaz de manter sua cabeça levantada. Cintura Com uma cintura de 40 centímetros (menor do que a sua cabeça), a Barbie da vida real só teria espaço em seu corpo para acomodar metade de um rim e alguns centímetros de intestino. Quadril O índice que mede a relação entre a cintura e o quadril da Barbie é de 0,56, o que significa que a medida da sua cintura representa 56% da circunferência de seu quadril. Esse mesmo índice, em uma mulher americana média, é de 0,8. Disponivel em: http://oglobo.globo.com. Acesso em: 2 maio 2015. Ao abordar as possíveis influências da indústria de brinquedos sobre a representação do corpo feminino, o texto analisa a a) Noção de beleza globalizada veiculada pela indústria cultural. b) Influência da mídia para a adoção de um estilo de vida salutar pelas mulheres. c) Relação entre a alimentação saudável e o padrão de corpo instituído pela boneca. d) Proporcionalidade entre a representação do corpo da boneca e a do corpo humano. e) Influência mercadológica na construção de uma autoimagem positiva do corpo feminino Resposta: D O texto revisa as proporções corporais da boneca, estabelecendo comparações diretas entre ela e o corpo humano, evidenciando os padrões impossíveis que o brinquedo estabelece. 42. Nuances Euforia: alegria barulhenta. Felicidade: alegria silenciosa. Gravar: quando o ator é de televisão. Filmar: quando ele quer deixar claro que não é de Licensed to Darlanny Pereira dos Santos - darlannypereira@gmail.com - 095.947.994-55 http://oglobo/ 25 Tiny.cc/ProfessorHugoDias Instagram.com/professorhugodias Hugodiascursos.com.br televisão. Grávida: em qualquer ocasião. Gestante: em filas e assentos preferenciais. Guardar: na gaveta. Salvar: no Computador. Salvaguardar: no Exército. Menta: no sorvete, na bala ou no xarope. Hortelã: na horta ou no suco de abacaxi. Peça: quando você vai assistir. Espetáculo: quando você está em cartaz com ele. DUVIVIER, G. Folha de S. Paulo, 24 mar. 2014 (adaptado) O texto trata da diferença de sentido entre vocábulos muito próximos. Essa diferença é apresentada considerando-se a(s) a) Alternâncias na sonoridade. b) Adequação às situações de uso. c) Marcação flexional das palavras. d) Grafia na norma-padrão da língua. e) Categorias gramaticais das palavras. Resposta: B O texto aproxima vocábulos próximos, mas estabelece distinções entre eles, destacando as situações onde suas devidas utilizações são cabíveis. 43. Campanhas publicitárias podem evidenciar problemas sociais. O Cartaz tem como finalidade a) Alertar os homens agressores sobre as consequências de seus atos, b) Conscientizar a população sobre a necessidade de denunciar a violência doméstica. c) Instruir as mulheres sobre o que fazer em casos de agressão. d) Despertar nas crianças a capacidade de reconhecer atos de violência doméstica. e) Exigir das autoridades ações preventivas contra a Violência doméstica. Resposta: B Ao aproximar os conceitos de “mulher” e de “família”, o texto aborda não a violência de gênero, mas a violência familiar. 44. TEXTO I Fundamentam-se as regras da Gramática Normativa nas obras dos grandes escritores, em cuja linguagem as classes ilustradas põem o seu ideal de perfeição, porque nela é que se espelha o que o uso idiomático estabilizou e consagrou. LIMA, C. H. R. Gramática normativa da língua portuguesa, Rio de Janeiro José Olympio, 1989 TEXTO II Gosto de dizer. Direi melhor: gosto de palavrar. As palavras são para mim corpos tocáveis, sereias visíveis, sensualidades incorporadas. Talvez porque a sensualidade real não tem para mim interesse de nenhuma espécie – nem sequer mental ou de sonho -, transmudou-se- me o desejo para aquilo que em mim Cria ritmos Verbais, ou os escuta de Outros. Estremeço se dizem bem. Tal página de Fialho, tal página de Chateaubriand, fazem formigar toda a minha vida em todas as veias, fazem-me raivar tremulamente quieto de um prazer inatingível que estou tendo. Tal página, até, de Vieira, na sua fria perfeição de engenharia sintáctica, me faz tremer como um ramo ao vento, num delírio passivo de coisa movida. PESSOA, F. O livro do desassossego São Paulo Brasiliense, 1986 A linguagem cumpre diferentes funções no processo de comunicação. A função que predomina nos textos I e II Licensed to Darlanny Pereira dos Santos - darlannypereira@gmail.com - 095.947.994-55 26 Tiny.cc/ProfessorHugoDias Instagram.com/professorhugodias Hugodiascursos.com.br a) Destaca o ―como‖ se elabora a mensagem, considerando-se a seleção, Combinação e sonoridade do texto. b) Coloca o foco no ―Com o quê‖ se constrói a mensagem, sendo o código utilizado o seu próprio objeto. c) Focaliza o ―quem‖ produz a mensagem, mostrando seu posicionamento e suas impressões pessoais. d) O orienta-se no ―para quem‖ se dirige a mensagem, estimulando a mudança de seu comportamento. e) Enfatiza sobre ―o quê‖ versa a mensagem, apresentada com palavras precisas e objetivas. Resposta: B Os textos utilizam o código como referência a si próprio, denotando acentuada utilização da função metalinguística. 45. Contranarciso em mim eu vejo o outro e outro e outro enfim dezenas trens passando vagões cheios de gente centenas o outro que há em mim é você você e você assim como eu estou em você eu estou nele em nós e só quando estamos em nós estamos em paz mesmo que estejamos a sós Leminsky P. Toda poesia. São Paulo: Cia. das Letras, 2013. A busca pela identidade constitui uma faceta da tradição literária, redimensionada pelo olhar contemporâneo. No poema, essa nova dimensão revela a a) ausência de traços identitários. b) angústia com a solidão em público. c) valorização da descoberta do ―eu‖ autêntico. d) percepção da empatia como fator de autoconhecimento. e) impossibilidade de vivenciar experiências de pertencimento. Resposta: D Passagens como “em mim eu vejo o outro” e “o que há em mim é você” demarcam a empatia (colocar-se no lugar do outro) do eu lírico. ―Não existe essa coisa de um ano sem Senna, dois anos sem Senna... Não há calendário para a saudade‖ 46. Segundo o texto, a saudade: a) Aumenta a cada ano; b) É bem maior no primeiro ano; c) É maior na data do falecimento; d) É constante; e) Incomoda muito. Resposta: D O texto não especifica um prazo para a saudade. Logo, ela é atemporal; a mesma o tempo todo. 47. A segunda oração do texto tem um claro valor: a) Concessivo; b) Temporal; c) Causal; d) Condicional; e) Proporcional; Resposta: C Não haver um calendário para a saudade é a causa de não existir isso de um ano sem Senna. 48. A repetição da palavra ―não‖ exprime: a) Dúvida; b) Convicção; c) Tristeza; Licensed to Darlanny Pereira dos Santos - darlannypereira@gmail.com - 095.947.994-55 27 Tiny.cc/ProfessorHugoDias Instagram.com/professorhugodias Hugodiascursos.com.br d) Confiança; e) Esperança. Resposta: B O eu lírico repete o advérbio de negação (não) para correlacionar as orações, apontando que tem ampla certeza de que não há tempo para a tristeza. 49. A figura de linguagem que consiste na repetição estrutural de um termo/expressão no início dos períodos, a qual ocorre no caso da palavra não, denomina-se: a) Anáfora; b) Silepse; c) Sinestesia; d) Pleonasmo; e) Metonímia. Resposta: A Anáfora = Repetição no início dos períodos. 50. No esporte-participação ou esporte popular, a manifestação ocorre no princípio do prazer lúdico, que tem como finalidade o bem- estar social dos seus praticantes. Está associado intimamente com o lazer e o tempo livre e ocorre em espaços não comprometidos
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