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Sumário 
 
LÍNGUA PORTUGUESA 
COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO DE GENÊRO VARIADOS E 
RECONHECIMENTO DE TIPOS E GÊNEROS TEXTUAIS ......................................................... 2 
QUESTÕES ................................................................................................................. 6 
DOMÍNIO DA ORTOGRAFIA OFICIAL E DOMINÍNIO DOS MECANISMO DE COESÃO 
TEXTUAL ..................................................................................................................................... 37 
QUESTÕES ................................................................................................................. 58 
DOMÍNIO DA ESTRUTURA MORFOSSINTÁTICA DE PERÍODO E DA REESCRITA DE FRASES 
E PARÁGRAFOS (PARTI 1) ......................................................................................................... 60 
QUESTÕES .............................................................................................. 74 
DOMÍNIO DA ESTRUTUTRA MORFOSSINTÁTICA DE PERÍODO E REESCRITA DE FRASES E 
PARÁGRAFOS (PARTE 2). ......................................................................................................... 83 
QUESTÕES ............................................................................................... 95 
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LÍNGUA PORTUGUESA 
 
Os níveis de compreensão 
 
Embora sejam palavras parecidas, visto que o 
dicionário as apresenta como sinônimos, 
entender e compreender não são as mesmas 
coisas. 
Entre suas diferenças fundamentais, está o fato 
de que as pessoas podem (e costumam) 
entender um texto, mas não o compreender. 
Por exemplo, ao ler uma notícia, o leitor pode ser 
capaz de reproduzir as informações que lá 
estão, mas não ser capaz de compreender suas 
implicações. 
Veja bem: Ao estudar física, você pode estudar 
uma fórmula, saber replicá-la, mas não ser 
capaz de identificar os elementos e forças que lá 
estão representados, bem como explicar a 
interação (destes elementos) proposta pelos 
cálculos. 
Ex.1: 
E = 〖MC〗^2 
Sem ao menos compreender o que cada letra 
representa, é possível reproduzir a equação. 
Assim sendo, compreender a mensagem tende 
a ser uma diferença crucial entre o sucesso e o 
fracasso. 
Logo, temos que o entendimento da mensagem 
é apenas o primeiro dos muitos níveis de 
compreensão que podemos depreender de um 
mesmo texto. Por assim dizer, entender nada 
mais é que ―o conhecimento do código‖; ―ser 
capaz de ler‖. 
Por sua vez, a compreensão parte de um nível 
mais profundo que o puro entendimento. Além 
de replicar as informações, é interpretar; ser 
capaz de deduzir ―o que o autor quis dizer‖; ―o 
que o texto diz‖; ―as entrelinhas‖. 
 
Conceitos iniciais: 
Língua, linguagem e comunicação 
Língua: É o conjunto de elementos regrados; a 
norma; o que rege o idioma; 
Linguagem: É a capacidade que o homem tem 
de estabelecer comunicação; 
Comunicação: É a interação em si; 
Em qualquer comunidade, o ato de se 
comunicar com outros indivíduos é 
autoexplicativo e suficiente em si mesmo. 
Comunicamo-nos porque vivemos em sociedade. 
Ou seja, porque é preciso! No entanto, para que nos 
comuniquemos, precisamos criar textos. 
Temos que ―texto‖ é todo e qualquer enunciado que 
constitua comunicação. 
Esses, por sua vez, precisam ser codificados. 
Explica-se: Visto que o homem é desprovido de 
capacidades telepáticas, não há como transmitir 
informação a outro ser/pessoa, se não por meio dos 
textos. Tais intermediários do processo 
comunicativo são fundamentais ao próprio. 
Por sua vez, a informação, enquanto ideia primitiva 
e objetivo da compreensão final, é intima ao locutor. 
Isto é, não adianta ―querer dizer‖ e, por descuido ou 
incapacidade, o texto impossibilitar o interlocutor de 
compreender devidamente o que se objetivou 
transmitir. 
No mais, o locutor não pode ser responsabilizado 
completamente pela incompreensão da 
informação. É necessário que o locutor disponha de 
―bagagem‖ suficiente para compreender além de 
entender, bem como que fatores externos não 
prejudiquem ou impossibilitem o processo. 
Comunicar-se exige, além do conhecimento mútuo 
do código e acesso ao meio onde a informação se 
propaga, que os colocutores se esforcem para 
reconhecer o contexto e interpretar os significados 
pretendidos. 
Isso é: Não é porque determinada interpretação é 
possível, que ela é obrigatoriamente a correta. Por 
mais que o emissor possa não ter se expressado da 
maneira mais eficiente possível, o receptor não pode 
escolher o que vai entender por comodismo. 
Então, temos que uma conversa é um processo 
onde os envolvidos tentam se fazer entender, bem 
como compreender um ao outro. 
Signo linguístico: 
O signo linguístico é a unidade básica do processo 
comunicativo. Em suma, ele é uma composição 
artificial, formada a partir da associação entre 
significados e significantes. 
Significado: É o pensamento; o que se deseja 
representar; 
Significante: É a forma codificada da informação; da 
mensagem. 
Processo comunicativo: 
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É a transmissão de informação ocorrida pela 
interação entre dois ou mais seres. 
Faz-se necessário lembrar que o homem não 
é o único ser capaz de estabelecer 
comunicação, bem como o processo 
comunicativo não é restrito a forma alguma de 
transmissão. 
Historicamente, a domesticação do lobo 
selvagem ocorreu devido a facilidade em 
estabelecer comandos simples entre as 
espécies, proporcionando uma maior eficiência 
ao caçador em sua busca por alimento, como 
também melhores chances de sobrevivência ao 
animal. 
Ao longo das eras, os lobos mais adaptados 
ao convívio humano e, por assim dizer, os 
mais hábeis em dialogar com os homens 
foram importados para a convivência humana. 
Dito isto, analisemos o processo: 
O emissor precisa codificar a informação em 
alguma forma transmissível, para que ela possa 
ser encaminhada ao receptor, propagando-se 
um meio. 
Logo, temos que: 
I. Emissor: É aquele que envia a 
mensagem; 
II. Informação: É a mensagem que se 
deseja transmitir; 
III. Código: É o que permite a transmissão 
da mensagem; 
IV. Forma: É o formato da mensagem; 
V. Receptor: É a quem a mensagem se 
dirige; 
VI. Meio: É o canal onde a informação se 
propaga. 
Perceba que emissor e receptor precisam 
conhecer o mesmo código para que seja 
possível codificar e decodificar a informação 
sem grandes perdas sintáticas ou semânticas. 
 
Observe ainda que a informação não pode ser 
transmitida de forma automática. Ela precisa 
se propagar por um meio. No entanto, isto só 
é possível se ela for codificada. Logo, sem o 
código, não poderíamos nos comunicar. 
Portanto, a capacidade de se comunicar está 
intimamente ligada a habilidade de codificar 
informações. 
 
Linguagem verbal, não verbal e mista 
Trata da codificação e do uso – ou não – do 
verbo. 
Note: Codificação é o processo em que 
transformamos pensamento/informação bruta 
em uma forma transmissível. É através da 
codificação que formamos a mensagem. 
 
 
 
Linguagem VERBAL: É aquela que faz uso 
da palavra – seja escrita ou falada; 
 
Linguagem NÃO VERBAL: É aquela que não 
faz uso do verbo. São as representações em 
forma de códigos não verbais. Ou seja, 
símbolos, sons, gestos, [...]. 
 
Linguagem MISTA: Como o próprio nome 
sugere, é um misto das formas de linguagem 
apresentadas anteriormente. 
Faz uso simultâneo de elementos verbais e não 
verbais. 
 
Conotação e denotação 
 
Entender um texto não significa compreender 
a mensagemque ele traz. Aliás, é bem aí que 
encontramos o analfabetismo funcional: A 
capacidade exclusivamente de decodificar o 
verbo, não identificando a mensagem 
transmitida. 
Pois bem: 
Denotar remete ao conhecimento literal do que 
está expresso. Se estamos falando de uma 
palavra, denotamos seu significado a partir de 
um dicionário. 
Conotar, no entanto, exige que o receptor 
perceba a intenção do falante a partir do que 
está expresso na mensagem. 
 
Polissemia 
 
É a capacidade das palavras em serem 
empregadas nos mais distintos sentidos, 
reformulando seus significados. 
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Assim sendo, é a associação de múltiplos 
significados a um mesmo significante. 
 
Variações linguísticas 
Também é importante lembrar que a língua é 
uma construção orgânica. Logo, ela é mutável 
e evolui. Por consequência, ela sofre alterações 
de acordo com o falante. 
 
Variações históricas: São as transformações 
que a língua sofre pelo decorrer do tempo; 
 
Variações regionais: São alterações que a 
língua sofre de acordo com a região geográfica 
onde o falante se encontra; 
 
Variações sociais: São alterações que a 
língua sofre em decorrência do nicho social no 
qual o falante está contido; 
 
Variações estilísticas: São alterações que o 
falante provoca na língua de acordo com a 
adequação as mais variadas situações de uso. 
 
Não esqueça: Ao falarmos de variação 
linguística, estamos falando de uma 
comparação entra a mensagem expressa e o 
idioma padrão. Não existe, contudo, um modelo 
correto ou errado: Rotular, pois, uma variação 
como certa, errada, superior ou inferior é 
preconceito linguístico. 
 
Funções da linguagem 
 
São as formas como os indivíduos organizam 
suas falas, dependendo da intenção contida na 
mensagem. 
I. Função referencial: Foca na informação, 
prezando pela objetividade na transmissão da 
mesma. Própria dos textos jornalísticos; 
II. Função conativa ou apelativa: Foca no 
receptor, prezando pelo convencimento do 
mesmo. Própria dos textos publicitários; 
III. Função emotiva: Foca no emissor, 
demarcando no texto toda carga sentimental e 
subjetividade do mesmo; 
IV. Função poética: Foca na forma da 
mensagem, preocupando-se com a 
construção estética da mesma; 
V. Função fática: Foca no canal, utilizada 
quando a intenção do emissor é testar a 
qualidade de transmissão do meio e possui 
valor semântico irrisório; 
VI. Função metalinguística: Foca no 
código, explorando o processo de codificação. 
Própria dos dicionários e gramáticas. 
 
Vale lembrar que um mesmo texto pode 
estar associado a mais de uma intenção. 
Portanto, a mais de uma função da 
linguagem. 
 
 
 
Tipologia e gêneros textuais 
 
Quando falamos de tipologia textual, estamos 
nos referindo a estrutura do texto. No entanto, 
os gêneros correspondem às situações de uso. 
Como assim? 
Estruturas (tipos) se referem a quatro 
principais: 
 
 
Descrição: Textos descritivos são 
reproduções da experiência do falante a partir 
de como ele as sente. Digo, através do tato, 
olfato, paladar, visão e audição. 
 
Um texto jamais será apenas descritivo! 
Comumente, acompanham narrações e 
dissertações. 
As descrições podem ser objetivas ou 
subjetivas: 
 
Objetivas: São exatas e não admitem que o 
falante exerça juízo de valor. Por exemplo, 
quando as características físicas de uma 
pessoa são descritas. 
 
Subjetivas: O falante exerce juízo de valor 
sobre os fatos, tornando-os passíveis de 
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interpretação. Para o falante, uma pessoa 
pode ser alta, enquanto que para o leitor não. 
Também podemos diferenciar descrições 
físicas de descrições psicológicas: 
Físicas: Foca no aspecto físico da coisa, 
independente do juízo de valor. Dizer 
objetivamente que fulano tem um metro e 
noventa de altura, ou o chamar de ―alto‖, refere-
se ao aspecto físico de fulano. 
 
Psicológicas: Partem das percepções 
subjetivas. ―Raivoso‖, ―valente‖, ―atrevido‖ e 
―arrogante‖ são traços psicológicos que podem 
ser atribuídos a um personagem, onde o leitor 
julgará suas ações a partir das premissas de 
seu comportamento estabelecidas. 
 
Cuidado: O tempo, por mais que seja uma 
grandeza física, pode ser relativizado. Ou seja, 
pode ser subjetivo. Assim sendo, o modo como 
os personagens percebem a passagem do 
tempo pode ser diferente, inclusive do relógio. 
 
Injunção: Também chamados de textos 
instrucionais, explicam ou orientam algo – seja 
a montagem de um equipamento ou quais 
atitudes tomar para prevenir uma doença, por 
exemplo. 
 
São textos próprios dos manuais de 
instrução, das bulas, cartilhas de 
prevenção, [...]. 
 
Narração: ―Narrar‖ é contar. Logo, alguém 
conta algo que ocorreu, ocorre ou ocorrerá com 
determinados personagens, em determinado 
local e em determinado momento. 
Dito isto, note a existência de 5 elementos: 
 
Narrador: É aquele quem conta a história, 
podendo ser apenas observador ou participar 
da história, sendo também personagem. 
Podendo também ser ou não ser onisciente. 
 
Onisciente: Que sabe tudo. 
 
Enredo: É o desenrolar dos acontecimentos 
na história; a sucessão de conflitos na qual os 
personagens estão inseridos. 
Local: É a ambientação; onde o enredo ocorre. 
 
Tempo: É o momento no qual o enredo se 
desenrola. 
Personagens: São os envolvidos na história; 
aqueles com os quais os conflitos ocorrem. 
 
Cuidado: Tempo, local e narrador também 
podem ser personagens. 
 
Dissertação: Por sua vez, ―dissertar‖ é ―falar 
sobre‖. Assim sendo, trata da apresentação de 
informações, opiniões e argumentos. 
E, dependendo da presença ou não de 
argumentos, podemos dividir os textos 
dissertativos em dois: Argumentativos ou 
expositivos. 
 
Informação: Dado verificável. Quando é dito 
que há 30 alunos em sala, é possível conferir se 
realmente são 30. 
 
Opinião: Juízo de valor exercido sobre algum 
dado. É possível dizer que há muitos alunos em 
sala, mas o que é ―muito‖? Essencialmente, o 
valor que torne muito para uma pessoa, não 
necessariamente é o mesmo para outra. 
 
Argumentos: Argumentar está intimamente 
relacionado a defesa de um ponto de vista. 
Logo, consiste em encadear fatos e opiniões 
que sustentem ou refutem um ponto de vista – 
normalmente do autor. 
Novamente, o mais correto não é dizer que 
tal texto pertence a um tipo específico, mas 
que há predominância de certa tipologia no 
texto. 
Em se tratando de gêneros textuais, temos 
que eles são as situações de uso do texto. 
Logo, gêneros são construções mutáveis e 
passiveis de não serem mais usadas. 
Antes da criação da internet, não faria sentido 
que falássemos a respeito do gênero e-mail, 
por exemplo. 
Observe, no entanto, que o gênero preserva 
as características do tipo predominante de texto 
ao qual pertence. Notícias são objetivas e 
curtas, apenas expondo informações – uma vez 
que pertencem ao tipo expositivo das 
dissertações. 
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Nas reportagens, no entanto, o repórter (ou o 
jornal) pode evidenciar seu ponto de vista. Se 
assim o fizer, a reportagem preservará as 
características das dissertações 
argumentativas. 
São gêneros textuais: 
Notícias 
 
• Reportagens; 
• E-mail; 
• WhatsApp; 
• Crônica; 
• Conto; 
• Charge; 
• Tirinha; 
• Bulas de remédios; 
• [...]. 
 
Estilística 
Consiste no estudo da expressividade da 
linguagem, do modo como os sentidos se 
constroem, atribuindo aos enunciados uma 
forma específica, que revela as intenções de 
quem o enuncia. 
Explora a conotatividade, fazendo uso dos 
recursos disponíveis, afetando a interpretaçãoe a compreensão dos textos. 
É na estilística que estudamos as figuras de 
linguagem: 
 
 
São recursos ligados a semântica do texto e 
que auxiliam no processo de construção dos 
sentidos. 
Podem ser divididas em quatro classificações: 
 
➢ Figuras de palavras; 
Relacionadas aos significados, essas figuras 
alteram os sentidos atribuídos aos vocábulos. 
Exemplos: 
 
Comparação ou símile: Estabelece uma 
relação entre dois elementos através de um 
termo comparativo. 
Ex.: Rápido como um raio. 
 
Metáfora ou comparação metafórica: 
Atribuição de um novo significado às palavras. 
Ex.: Dando murro em ponta de faca. 
 
Catacrese: Antigamente chamada de 
metáfora viciada, a catacrese consiste na 
utilização de uma metáfora para se referir a 
algo que não possui denominação. 
Ex.: Pé da mesa. 
 
Metonímia: Troca de palavras por 
aproximação de ideias – da parte pelo todo; do 
autor pela obra; da marca pelo produto; [...]. 
Ex.: Gosto de ler Machado de Assis. 
 
Antonomásia: Troca de um nome próprio por 
um comum, onde ambos possuam uma relação 
lógica inconfundível. 
Ex.: O timão é a quarta força em São Paulo. 
 
➢ Figuras de pensamento; 
Estabelecem uma relação entre o enunciado e 
a realidade extratextual. 
 
Prosopopeia: Ou personificação, consiste na 
atribuição de características humanas ao que 
não é humano. 
Ex.: O cachorro sorriu. 
 
Cuidado: Em alguns livros, o conceito de 
prosopopeia é dado como atribuição de 
características humanas a seres 
inanimados. No entanto, inanimação sugere 
que o ser é desprovido de animação 
(movimento). Portanto, o conceito está 
impreciso deste modo. 
 
Antítese: Aproximação de ideias opostas. 
Ex.: Tristezas e felicidades são constantes da 
vida. 
 
Paradoxo: Consiste na oposição de ideias que 
se anulam, construindo um enunciado 
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absurdo. 
Ex.: É ferida que dói e não se sente. 
 
Eufemismo: Ocorre quando o falante quer 
minimizar o impacto da mensagem no 
interlocutor. 
Ex.: Vovô bateu as botas. 
 
Hipérbole: Ocorre quando o emissor reforça 
uma ideia na mensagem por meio do exagero. 
Ex.: Chorou um mar. 
 
Ironia: Emprego de um termo (ou expressão) 
em um sentido oposto ao seu significado. 
Ex.: Quem foi o inteligente que apagou as 
fotos? 
 
Gradação: Sequencia gradativa de ideias, em 
ordem crescente ou decrescente. 
Ex.: O problema, que era grande, se tornou 
menor, um grão, quase nada. 
 
Sinestesia: Mistura de sentidos do corpo 
humano. Percepção de sensações pelos 
órgãos errados. 
Ex.: O doce cheiro das rosas. 
 
➢ Figuras de construção (figuras de 
sintaxe); 
São as figuras de linguagens que interferem na 
ordem sintática do enunciado; 
 
Hipérbato: Quebra da ordem sintática natural 
da oração. 
 
Ex.: Ouviram do Ipiranga às margens plácidas, 
de um povo heroico o brado retumbante [...]. 
 
Pleonasmo: É a redundância na informação. 
Ex.: Proibido fazer barulho sonoro. 
 
Elipse: Omissão de um termo facilmente 
entendido. 
Ex.: Na sala de aula, apenas cinco ou seis 
alunos. 
 
Zeugma: Omissão de um termo já citado. 
Ex.: Meus amigos adoram praia, e eu também. 
 
Assíndeto: Ausência de conectivo. 
Ex.: ―Vim, vi venci‖. 
 
Polissíndeto: Repetição do conectivo. 
Ex.: ―Deus criou o sol e a lua e as estrelas. E 
fez o homem e deu-lhe inteligência e fê-lo chefe 
da natureza‖. 
 
Anáfora: Repetição de um termo ou expressão 
no início dos períodos. 
Ex.: Vi uma estrela tão alta, vi uma estrela tão 
fria, vi uma estrela luzindo. 
 
Silepse: Concordância estabelecida com a 
ideia, não com o termo. 
Ex.: Rio de Janeiro é perigosa. 
 
➢ Figuras fônicas (figuras de 
harmonia); 
Explora o potencial expressivo dos fonemas. 
 
Aliteração: Repetição de sons consonantais. 
Ex.: O Tempo perguntou ao Tempo, quanto 
tempo o Tempo tem? O Tempo respondeu ao 
Tempo, que o Tempo tem tanto tempo quanto 
o Tempo tem. 
 
Assonância: Repetição de sons vocálicos. 
Ex.: Berro pelo aterro, pelo desterro 
Berro por seu berro, pelo seu erro 
Quero que você ganhe, que você me apanhe 
Sou o seu bezerro gritando mamãe 
(Qualquer Coisa – Caetano Veloso) 
 
Note: Neste exemplo, além da assonância 
(repetição dos fonemas /e/ e /o/, ocorre 
também uma aliteração (repetição do /rr/). 
 
Paronomásia: Emprego de parônimos. 
Ex.: O tráfego aéreo clandestino movimenta o 
tráfico de drogas. 
 
Onomatopeia: Formação de palavras a partir 
de sons. 
 
Ex.: 
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EXERCÍCIOS 
 
Romanos usavam redes sociais há dois mil 
anos, diz livro 
Ao tuitar ou comentar embaixo do post de um 
de seus vários amigos no Facebook, você 
provavelmente se sente privilegiado por viver 
em um tempo na história em que é possível 
alcançar de forma imediata uma vasta rede de 
contatos por meio de um simples clique no 
botão ―enviar‖. Você talvez também reflita 
sobre como as gerações passadas puderam 
viver sem mídias sociais, desprovidas da 
capacidade de verem e serem vistas, de 
receber, gerar e interagir com uma imensa 
carga de informações. Mas o que você talvez 
não saiba é que os seres humanos usam 
ferramentas de interação social há mais de dois 
mil anos. É o que afirma Tom Standage, autor 
do livro Writing on the Wall — Social Media, The 
first 2 000 Years (Escrevendo no mural — 
mídias sociais, os primeiros 2 mil anos, em 
tradução livre). 
Segundo Standage, Marco Túlio Cícero, 
filósofo e político romano, teria sido, junto com 
outros membros da elite romana, precursor do 
uso de redes sociais. O autor relata como 
Cícero usava um escravo, que posteriormente 
tornou-se seu escriba, para redigir mensagens 
em rolos de papiro que eram enviados a uma 
espécie de rede de contatos. Estas pessoas, 
por sua vez, copiavam seu texto, 
acrescentavam seus próprios comentários e 
repassavam adiante. ―Hoje temos 
computadores e banda larga, mas os romanos 
tinham escravos e escribas que transmitiam 
suas mensagens‖, disse Standage à BBC 
Brasil. ―Membros da elite romana escreviam 
entre si constantemente, comentando sobre as 
últimas movimentações políticas e expressando 
opiniões‖. 
Além do papiro, outra plataforma comumente 
utilizada pelos romanos era uma tábua de cera 
do tamanho e da forma de um tablet moderno, 
em que escreviam recados, perguntas ou 
transmitiam os principais pontos da acta 
diurna, um ―jornal‖ exposto diariamente no 
Fórum de Roma. Essa tábua, o ―iPad da Roma 
Antiga‖, era levada por um mensageiro até o 
destinatário, que respondia embaixo da 
mensagem. 
NIDECKER, F. Disponível em: 
www.bbc.co.uk. Acesso em: 7 nov. 2013 
(adaptado). 
 
1. Na reportagem, há uma comparação 
entre tecnologias de comunicação antigas 
e atuais. Quanto ao gênero mensagem, 
identifica-se como característica que 
perdura ao longo dos tempos o(a) 
 
a) Imediatismo das respostas 
b) Compartilhamento de informações 
c) Interferência direta de outros no texto 
original 
d) Recorrência de seu uso entre membros da 
elite 
e) Perfil social dos envolvidos na troca 
comunicativa 
 
Resposta: B 
Tal como hoje em dia, onde informações são 
replicadas e compartilhadas por meio de 
computadores, os romanos o faziam por 
meio de escravos e escribas. 
 
2. A acta diurna, as tábuas de cera da Roma 
antiga, as quais o autor se refere como os 
ipads da época, bem como os e- mails e 
demais tecnologias modernas constituem 
gêneros textuais, pois são: 
 
a) Situações específicas de uso, adequadas 
às particularidades da época – locutor, 
período, tecnologias... 
b) Estruturas textuais que preservam aspectos 
em comum, apesar de não compartilharem uma 
mesma forma; 
c) Idênticos quanto a estrutura do processo 
comunicativo, onde emissor e receptor 
alternam seus papeis em função da própria fala 
(e do feedback); 
d) Utilizadospara os mesmos propósitos, 
ainda que em épocas diferentes; 
e) Estruturas textuais que preservam o mesmo 
meio onde se propagam. 
 
Resposta: A 
Enquanto os tipos textuais estão 
relacionados às estruturas dos textos, os 
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gêneros caracterizam as 
situações onde optamos pela utilização 
deles. 
 
3. Das tipologias textuais abaixo listadas, o 
texto acima melhor se caracteriza como: 
a) Injuntivo – pois ensina ao leitor que na 
Roma antiga havia de alguma forma a 
utilização de redes sociais primitivas; 
b) Dissertativo argumentativo – pois o autor 
faz referência à opinião de terceiros; 
c) Dissertativo expositivo – apesar de conter 
opinião, o autor não constrói argumentos 
objetivando a defesa de um determinado 
ponto de vista; 
d) Narrativo – pois o autor narra a vida social 
da Roma antiga; 
e) Descritivo – pois o autor descreve a origem 
das redes sociais em Roma. 
 
Resposta: B 
O autor expõe a opinião de terceiros, é 
verdade, mas o faz para defender a 
existência das redes sociais primitivas na 
Roma antiga. Elencar informações e 
opiniões, ainda que não sejam próprias, faz 
parte da construção dos argumentos. 
 
4. Comumente encontradas em ambientes 
jornalísticos, as reportagens possuem como 
característica prioritária: 
 
a) Informar, podendo ou não conter a opinião 
de seu autor; 
b) Descrever um fato, apresentando 
características gerais ou específicas; 
c) Contar uma história, cuja a temática retrata 
alguma ocorrência geral; 
d) Opinar, visando o convencimento do leitor; 
e) Opinar; entretanto, apenas expondo a 
opinião do autor. 
 
Resposta: A 
O texto jornalístico presa pela informação. 
Ainda que exista opinião, o texto é 
centralizado na mensagem em si, ou seja: 
No assunto. 
 
5. Ainda sobre o texto acima, é correto 
afirmar que sua estrutura e características 
gerais se assemelham a(o)s: 
 
a) Propagandas, visto que há uma clara 
intenção do autor em inferir uma 
opinião/comportamento sobre o leitor; 
b) Resenhas críticas, visto que o autor resume 
uma outra produção textual, sintetizando as 
informações e opinando acerca dos fatos; 
c) Resumos, visto que o autor apenas sintetiza 
um outro texto para facilitar a leitura de 
terceiros; 
d) Notícias, visto que o autor preza pela 
objetividade ao retratar a vida social na Roma 
antiga; 
e) Textos opinativos, podendo ser parte efetiva 
de uma coluna, artigo de opinião ou mesmo 
uma reportagem. 
 
Resposta: E 
O texto de fato contém a opinião do autor, 
mas a passagem é insuficiente para 
classificar devidamente. Logo, sem poder 
observar o texto original, resta o classificar 
de maneira um tanto quanto genérica, 
preservando apenas o que há de concreto 
– ser opinativo. 
 
6. “É o que afirma Tom Standage, autor 
do livro Writing on the Wall — Social Media, 
The first 2 000 Years (Escrevendo no mural 
— mídias sociais, os primeiros 2 mil anos, 
em tradução livre)”. 
Neste trecho do último parágrafo, o existe 
uma preocupação em explicitar a fonte, 
com a finalidade de: 
 
a) Reforçar uma informação apresentada 
anteriormente; 
b) Provar dogmativamente que o autor está 
certo; 
c) Elencar dados para que o texto ocupe o 
devido número de linhas exigido pelo jornal; 
d) Contribuir com o arrolamento de dados 
(bem como de opiniões), o qual faz parte do 
processo de argumentação; 
e) Denotar a preocupação do autor em provar 
que suas fontes são as únicas confiáveis. 
 
Resposta: A 
Ainda o dado em si faça parte do processo 
argumentativo, o autor lista a fonte para 
reforçar uma assertiva anteriormente posta 
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no texto. De tal forma, o leitor pode conferir 
a informação original e verificar os dados e 
informações apresentados. 
 
Garcia tinha-se chegado ao cadáver, levantara 
o lenço e contemplara por alguns instantes as 
feições defuntas. Depois, como se a morte 
espiritualizasse tudo, inclinou-se e beijou-a na 
testa. Foi nesse momento que Fortunato 
chegou à porta. Estacou assombrado; não 
podia ser o beijo da amizade, podia ser o 
epílogo de um livro adúltero […]. 
Entretanto, Garcia inclinou-se ainda para beijar 
outra vez o cadáver, mas então não pôde mais. 
O beijo rebentou em soluços, e os olhos não 
puderam conter as lágrimas, que vieram em 
borbotões, lágrimas de amor calado, e 
irremediável desespero. Fortunato, à porta, 
onde ficara, saboreou tranquilo essa explosão 
de dor moral que foi longa, muito longa, 
deliciosamente longa. 
ASSIS, M. A causa secreta, Disponível em: 
www.dominimopublico.gov.br Acesso em: 9 
out. 2015. 
 
7. No fragmento, o narrador adota um 
ponto de vista que acompanha a 
perspectiva de Fortunato. O que singulariza 
esse procedimento narrativo é o registro 
do(a) 
 
a) Indignação face à suspeita do adultério da 
esposa. 
b) Tristeza compartilhada pela perda da 
mulher amada. 
c) Espanto diante da demonstração de afeto 
de Garcia. 
d) Prazer da personagem em relação ao 
sofrimento alheio. 
e) Superação do ciúme pela comoção 
decorrente da morte. 
 
Resposta: D 
No trecho “Fortunato, à porta onde ficara, 
saboreou tranquilo essa explosão de dor 
moral que foi longa”, fica evidente o prazer 
da personagem em se sentir vingado ao 
observar o sofrimento de Garcia, 
apontando assim para a perspectiva narrada 
em função de Fortunato. 
8. Analisando o texto, é possível denotar 
que a participação do autor na própria obra 
ocorre: 
 
a) Em carácter participativo, visto que ao 
narrar a história, o narrador é também 
personagem; 
b) Apenas em carácter observatório, visto que 
o narrador se quer faz uso da 1ª pessoa do 
discurso; 
c) Em carácter dúbio, visto que é possível 
denotar a participação apenas em trechos 
específicos; 
d) O autor não deixa explícita a sua 
participação na obra, cabendo ao leitor decidir 
se ele é personagem ou não; 
e) Dissertativo, visto que o autor se preocupa 
em falar sobre os fatos que permeiam a história. 
 
Resposta: B 
Note que inclusão do narrador na história 
que conta denota o uso obrigatório da 1ª 
pessoa do discurso – referente a ação 
verbal a qual remete ao locutor. 
9. Fortunato, à porta, onde ficara, saboreou 
tranquilo essa explosão de dor moral que foi 
longa, muito longa, deliciosamente longa. 
Na passagem acima do texto, é possível 
encontrar algumas figuras de linguagem, 
tais como: 
 
a) Metáfora, quando ocorre a mistura de 
sensações em ―saborear a dor‖; 
b) Sinestesia, quando ocorre a mistura de 
sensações em ―saborear a dor‖; 
c) Sinestesia, a qual podemos verificar em 
explosão de dor moral; 
d) Eufemismo, a qual podemos verificar em 
explosão de dor moral; 
e) Sinestesia, a qual podemos verificar em 
―deliciosamente longa‖. 
 
Resposta: B 
A sinestesia consiste na mistura de 
sensações do corpo humano. Ao “saborear 
a dor”, percebe-se uma confusão entre o 
paladar e o tato. 
 
10. Os textos são classificados de acordo 
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com o tipo e gênero predominantes nele. 
Nesta produção de Machado de Assis, é 
possível notar as características da 
narração em detrimento aos demais. No 
entanto, também encontramos: 
 
a) Passagens que se assemelham aos textos 
descritivos, apesar da associação entre 
narração e descrição ser rara; 
b) Passagens que se assemelham aos textos 
descritivos, ocorrência bastante comum entre 
descrições e narrações; 
c) Aspectos da descrição objetiva e da 
passagem de tempo apenas cronológico; 
d) Características dos textos jornalísticos, em 
passagens onde descreve o cadáver, o 
tempo... 
e) Características da linguagemmista, onde o 
autor busca criar as imagens na mente do leitor. 
 
Resposta: B 
Os textos descritivos jamais são puros. 
Logo, sua associação aos demais não é 
coisa rara. Passagens como o retrato de 
Fortunato deleitando a longa passagem de 
dor moral de Garcia caracterizam também a 
descrição. 
 
11. O texto evidencia a ocorrência da 
sucessão de conflitos em um(a): 
 
a) Cemitério, visto que há um personagem 
morto em vias de ser enterrado; 
b) Certa casa, visto que era o ambiente 
tipicamente utilizado para velar corpos na 
época; 
c) Local pouco detalhado, não havendo uma 
referência precisa, mas é possível concluir que 
se trata de um velório; 
d) Lugar onde há poucas referências que 
construam uma nítida imagem do local. No 
entanto, trata-se de um ambiente mórbido; 
e) Necrotério, visto que é o ambiente onde os 
corpos são armazenados cobertos. 
 
Resposta: D 
Não é descrito mais do que a presença de 
uma porta, onde Fortunato ficara, e aqueles 
presentes no local. No entanto, a presença 
de um corpo, bem como o árduo momento 
de Garcia não fazem daquele o melhor dos 
ambientes. 
 
12. TEXTO I 
Terezinha de Jesus 
De uma queda foi ao chão 
Acudiu três cavalheiros 
Todos os três de chapéu na mão 
O primeiro foi seu pai 
O segundo, seu irmão 
O terceiro foi aquele 
A quem Tereza deu a mão 
ATISTA, M. F. B. M.; SANTOS, I. M. F. (Org.). 
Cancioneiro da Paraíba. João Pessoa: 
Grafset, 1993 (adaptado). 
 
TEXTO II 
Outra interpretação é feita a partir das 
condições sociais daquele tempo. Para a 
ama e para a criança para quem cantava a 
cantiga, a música falava do casamento 
como um destino natural na vida da mulher, 
na sociedade brasileira do século XIX, 
marcada pelo patriarcalismo. A música 
prepara a moça para o seu destino não 
apenas inexorável, mas desejável: o 
casamento, estabelecendo uma hierarquia 
de obediência (pai, irmão mais velho, 
marido), de acordo com a época e 
circunstâncias de sua vida. 
Disponível em: 
http://provsjose.blogspot.com.br. Acesso 
em: 5 dez. 2012. 
 
O comentário do texto II sobre o texto I evoca 
a mobilização da língua oral que, em 
determinados contextos, 
 
a) Assegura a existência de pensamentos 
contrários à ordem vigente. 
b) Mantém a heterogeneidade das formas de 
relações sociais. 
c) Conserva a influência religiosa sobre certas 
culturas. 
d) Preserva a diversidade cultural e 
comportamental. 
e) Reforça comportamentos e padrões 
culturais. 
 
Resposta: E 
Em ambos os textos, a mulher é retratada 
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como figura inferior e submissa ao homem. 
Assim sendo, fica perceptível o reforço aos 
padrões da época. 
 
13. Ninguém nasce mulher: torna-se 
mulher. Nenhum destino biológico, 
psíquico, econômico define a forma que a 
fêmea humana assume no seio da 
sociedade; é o conjunto da civilização que 
elabora esse produto intermediário entre o 
macho e o castrado que qualificam o 
feminino. 
BEAUVOIR, S. O segundo sexo. Rio de 
Janeiro: Nova Fronteira, 1980 
 
Na década de 1960, a proposição de Simone 
de Beauvoir contribuiu para estruturar um 
movimento social que teve como marca o(a) 
a) Ação do Poder Judiciário para criminalizar a 
violência sexual. 
b) Pressão do Poder Legislativo para impedir a 
dupla jornada de trabalho. 
c) Organização de protestos púbicos para 
garantir a igualdade de gênero. 
d) Oposição de grupos religiosos para impedir 
os casamento homoafetivos. 
e) Estabelecimento de políticas 
governamentais para promover ações 
afirmativas. 
 
Resposta: C 
Simone apresenta uma diferença conceitual 
acerca de “ser mulher” (biológica) e do “ser 
mulher” (cultural), bem como empoderando 
o gênero feminino, colocando-o em pé de 
igualdade com os homens. 
 
14. O trecho “Ninguém nasce mulher: 
Torna-se mulher” pode confundir alguns 
dos leitores mais distraídos. Em tal 
passagem, há claramente uma divergência 
quanto ao sentido do termo que se repete. O 
fenômeno que nomeia e explica esta 
permeabilidade semântica é: 
 
a) Polissemia; 
b) Monossemia; 
c) Ambiguidade; 
d) Variação linguística; 
e) Coerência. 
 
Resposta: A 
Ainda que o sentido não seja o mesmo, não 
há ocorrência de ambiguidade – visto que é 
possível identificar corretamente o 
significado do vocábulo em ambas as 
colocações. A polissemia é o fenômeno que 
explica a associação de um mesmo 
significante a vários significados. 
 
15. A ironia, fenômeno linguístico que 
explora a conotatividade da língua, faz parte 
das figuras de linguagem arroladas no 
estudo da estilística. Entre os subgrupos, é 
classificada como: 
 
a) Figura de pensamento, pois linka o 
enunciado à realidade extratextual; 
b) Figura de sintaxe, pois trabalha a 
construção da sentença ao explorar o sentido 
figurado da palavra; 
c) Figura de palavra, pois explora unicamente o 
significado de um vocábulo/expressão; 
d) Figura fônica, pois ocorreu na variação 
falada da língua; 
e) Figura fônica, pois trabalha o potencial 
expressivo do foema. 
 
Resposta: C 
Figuras de palavras são as figuras de 
linguagem que manipulam o signo 
linguístico, inferindo novos sentidos; 
variações de significados. 
 
Mas assim que penetramos no universo da 
web, descobrimos que ele constitui não 
apenas um imenso “território” em expansão 
acelerada, mas que também oferece 
inúmeros “mapas”, filtros, seleções para 
ajudar o navegante a orientar-se. O melhor 
guia para a web é a própria web. Ainda que 
seja preciso ter a paciência de explorá-la. 
Ainda que seja preciso arriscar-se a ficar 
perdido, aceitar “a perda de tempo” para 
familiarizar-se com esta terra estranha. 
Talvez seja preciso ceder por um instante a 
seu aspecto lúdico para descobrir, no 
desvio de um link, os sites que mais se 
aproximam de nossos interesses 
profissionais ou de 
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nossas paixões e que poderão, portanto, 
alimentar da melhor maneira possível 
nossa jornada pessoal. 
 
16. O usuário iniciante sente-se não 
raramente desorientado no oceano de 
informações e possibilidades disponíveis na 
rede mundial de computadores. Nesse 
sentido, Pierre Lévy destaca como um dos 
principais aspectos da internet o(a) 
 
a) espaço aberto para a aprendizagem. 
b) grande número de ferramentas de 
pesquisa. 
c) ausência de mapas ou guias explicativos. 
d) infinito número de páginas virtuais 
e) dificuldade de acesso aos sites de 
pesquisa. 
 
Resposta: A 
O autor aponta as dificuldades em adaptar- 
se ao mundo online como desafio a ser 
superado pelos navegadores, citando 
inclusive o quão compensatório podem ser 
os resultados. Tudo, é claro, na base da 
paciência e do aprendizado. 
 
17. Em se tratando do meio online, temos 
que as novas ferramentas tecnológicas e 
possibilidades que a internet oferece 
alteram a forma como nos comunicamos em 
sociedade. Não faz sentido falar de e- mail 
antes dos computadores, bem como de 
carta antes do papel... 
No entanto, se pudermos os associar uns 
aos outros, a carta estaria para o e-mail, 
bem como as bibliotecas estariam para os 
links. 
Segundo Lévy, os links: 
 
a) São ferramentas exclusivamente didáticas; 
b) São recursos lúdicos da internet que 
distraem o navegador de seus objetivos; 
c) Não devem ser utilizados por navegantes 
com pouca experiência; 
d) São ferramentas lúdicas e proveitosas; 
e) Não possuem qualquer utilidade para o 
mundo virtual. 
 
Resposta: D 
O autor alerta para a possibilidade de os 
links distraírem o navegador, mas conota 
um agradável potencial lúdico desta 
distração. No entanto, a existência de tais 
links também é fruto da vastidão do mundo 
cibernético, proveitosa ao aprendizado. 
 
18. Ao se referir a internet como melhor guia 
de si própria, o texto apresenta:a) Função poética, preocupada com a forma 
da mensagem; 
b) Função fática, preocupada em testar o 
entendimento do leitor; 
c) Função metalinguística, tal como usar o 
verbo para explicar uma frase; 
d) Função apelativa, buscando convencer o 
leitor acerca das ideias do autor; 
e) Função referencial, focando-se 
exclusivamente na informação. 
 
Resposta: C 
Quando o processo remete a si próprio, 
ocorre a função metalinguística. É o caso 
da internet guiando seu próprio uso; do 
verbo instruindo acerca de outros verbos, 
sejam eles falados ou escritos. 
 
 
19. O consumidor do século XXI, chamado 
de novo consumidor social, tende a se 
comportar de modo diferente do 
consumidor tradicional. Pela associação 
das características apresentadas no 
diagrama, infere-se que esse novo 
consumidor sofre influência da 
 
a) cultura do comércio eletrônico. 
b) busca constante pelo menor preço. 
c) divulgação de informações pelas empresas. 
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d) necessidade recorrente de consumo. 
e) postura comum aos consumidores 
tradicionais. 
 
Resposta: A 
O infográfico explicita comportamentos 
próprios do meio online, existentes 
somente após a popularização do comércio 
virtual. 
 
20. É visto na imagem acima o uso de 
elementos gráficos, bem como a utilização 
de palavras. Ambos são complementares 
entre si, contribuindo para a composição da 
mensagem. Claramente, é um exemplo de: 
 
a) Linguagem verbal, pois faz uso do verbo; 
b) Linguagem mista, pois faz uso de 
elementos gráficos e não verbais; 
c) Linguagem não verbal, pois faz uso de 
elementos gráficos; 
d) Linguagem coloquial, pois não obedece às 
normas padrões da língua portuguesa; 
e) Linguagem verbal e não verbal, pois faz uso 
do verbo e de elementos gráficos. 
 
Resposta: E 
O verbo, seja ele falado ou escrito, 
representa a variação verbal da lingua. Ao 
mesclar elementos não verbais, temos a 
presença de ambas as linguagens 
(linguagem mista). 
 
21. A língua tupi no Brasil 
Há 300 anos, morar na vila de São Paulo de 
Piratininga (peixe seco, em tupi) era quase 
sinônimo de falar língua de índio. Em cada 
cinco habitantes da cidade, só dois 
conheciam o português. Por isso, em 1698, 
o governador da província, Artur de Sá e 
Meneses, implorou a Portugal que só 
mandasse padres que soubessem “a língua 
geral dos índios”, pois “aquela gente não 
se explica em outro idioma”. 
Derivado do dialeto de São Vicente, o tupi de 
São Paulo se desenvolveu e se espalhou no 
século XVII, graças ao isolamento 
geográfico da cidade e à atividade pouco 
cristã dos mamelucos paulistas: as 
bandeiras, expedições ao 
Sertão em busca de escravos índios. Muitos 
bandeirantes nem sequer falavam o 
português ou se expressavam mal. 
Domingos Jorge Velho, o paulista que 
destruiu o Ouilombo dos Palmares em 1694, 
foi descrito pelo bispo de Pernambuco 
como “um bárbaro que nem falar sabe”. Em 
suas andanças, essa gente batizou lugares 
como Avanhandava (lugar onde o índio 
corre), Pindamonhangaba (lugar de fazer 
anzol) e Itu (cachoeira). E acabou 
inventando uma nova língua. “ 
Os escravos dos bandeirantes vinham de 
mais de 100 tribos diferentes”, conta o 
historiador e antropólogo John Monteiro, da 
Universidade Estadual de Campinas. “Isso 
mudou o tupi paulista, que, além da 
influência do português, ainda recebia 
palavras de outros idiomas.” O resultado da 
mistura ficou conhecido como língua geral 
do sul, uma espécie de tupi facilitado. 
ÂNGELO, C. Disponível em: 
<http://super.abril.com.br>. Acesso em: 8 
ago. 2012. (Adaptado). 
 
O texto trata de aspectos sócio-históricos 
da formação linguística nacional. Ouanto ao 
papel do tupinaformação do português 
brasileiro, depreende-se que essa língua 
indígena 
 
a) Contribuiu efetivamente para o léxico, com 
nomes relativos aos traços característicos dos 
lugares designados. 
b) Originou o português falado em São Paulo 
no século XVII, em cuja base gramatical 
também está a fala de variadas etnias 
indígenas. 
c) Desenvolveu-se sob influência dos 
trabalhos de catequese dos padres 
portugueses, vindos de Lisboa. 
d) Misturou-se aos falares africanos, em razão 
das interações entre portugueses e negros nas 
investidas contra o Ouilombo dos Palmares. 
e) Expandiu-se paralelamente ao português 
falado pelo colonizador, e juntos originaram a 
língua dos bandeirantes paulistas. 
 
Resposta: A 
O referido artigo explicita a herança 
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residual que temos da língua tupi, presente 
em topônimos. Tal ocorrência é referida no 
trecho “[...] Em suas andanças, essa gente 
batizou lugares [...]”. 
 
22. Em 1698, Arthur de Sá e Meneses, 
governador da província, implorou à 
Portugal que os padres enviados ao Brasil 
soubessem “a língua geral dos índios”, 
pois: 
 
a) Era a língua preferida dos habitantes, visto 
que o período colonial não havia acabado e a 
exploração dos índios estava em alta; 
b) Era o modo mais eficaz para estabelecer 
comunicação, visto que os nativos da floresta 
não queriam ser letrados em português; 
c) Poucos eram os conhecedores do 
português. Logo, não faria sentido haver padres 
fluentes em tal idioma; 
d) Apenas uma parcela diminuta da população 
local era conhecedora do português. Assim 
sendo, conhecer a língua geral dos índios 
facilitaria a comunicação; 
e) Portugal não desejava impor seu idioma, 
bem como seus hábitos culturais sobre os 
povos oriundos das terras brasileiras. 
 
Resposta: D 
No início do texto, quando o autor afirma 
que “morar na vila de São Paulo de 
Piratininga (peixe seco, em tupi) era quase 
sinônimo de falar língua de índio”, deixa 
claro a pouca familiaridade dos locais para 
com o idioma português. 
 
23. O farrista 
Quando o almirante Cabral 
Pôs as patas no Brasil 
O anjo da guarda dos índios 
Estava passeando em Paris. 
Quando ele voltou de viagem 
O holandês já está aqui. 
O anjo respira alegre: 
“Não faz mal, isto é boa gente, 
Vou arejar outra vez”. 
O anjo transpôs a barra, 
Diz adeus a Pernambuco, 
Faz barulho, vuco-vuco, 
Tal e qual o zepelim 
Mas deu um vento no anjo, 
Ele perdeu a memória. 
E não voltou nunca mais. 
MENDES, M. História do Brasil. Rio de 
Janeiro: Nova Fronteira, 1992 
 
A Obra de Murilo Mendes situa-se na fase 
inicial do Modernismo, cujas propostas 
estéticas transparecem, no poema, por um 
eu lírico que 
 
a) Configura um ideal de nacionalidade pela 
integração regional. 
b) Remonta ao colonialismo assente sob um 
viés iconoclasta. 
c) Repercute as manifestações do sincretismo 
religioso. 
d) Descreve a gênese da formação do povo 
brasileiro. 
e) Promove inovações no repertório 
linguístico. 
 
Reposta: B 
Ao valorizar a linguagem coloquial – típica 
da primeira fase modernista –, utilizando 
expressões como “vuco-vuco” e “zepelim”, 
o poema desmistifica o colonizador, 
retirando dele o carácter divino. 
 
24. PROPAGANDA – O exame dos textos e 
mensagens de Propaganda revela que ele 
apresenta posições parciais, que refletem 
apenas o pensamento de uma minoria, 
como se exprimissem, em vez disso a 
convicção de uma população; trata-se, no 
fundo, de convencer o ouvinte ou leitor de 
que, em termos de opinião, está fora do 
caminho certo, e de induzi-lo a aderir às 
teses que lhes são apresentadas, por um 
mecanismo bem conhecido da psicologia 
social, o do conformismo induzido por 
pressões do grupo sobre o indivíduo 
isolado. 
BOBBIP, N.; MATTEUCCI, N.; PASQUINO, 
G. Dicionário de política. Brasília: UnB, 1998 
(adaptado). 
 
De acordo com o texto, as estratégias 
argumentativas e o uso da linguagem na 
produção da propaganda favorecem a 
 
a) Reflexão da sociedade sobre os produtos 
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anunciados. 
b) Difusão do pensamento e das preferências 
das grandes massas. 
c) Imposição das ideias e posições de grupos 
específicos. 
d) Decisão consciente do consumidor a 
respeito de sua compra. 
e) Identificação dos interesses do responsável 
pelo produto divulgado. 
 
Resposta: C 
Nada melhor que as últimas orações do 
próprio texto para justificar esta resposta: 
“[...] induzido por pressões do grupo sobre 
o indivíduo isolado”. 
 
25. Por mais que a marca, produto ou o 
anunciante varie, as propagandas tendem a 
conservar como característica geral: 
 
a) A intenção de induzir o consumidor a 
comprar, adotar determinada postura ou mudar 
suas convicções acerca do exposto; 
b) A necessidade de expor algum produto, 
forçando seus valores sobre o consumidor; 
c) A necessidade de expor um valor, forçando 
sobre o consumidor seus produtos; 
d) A carência de atenção, pois a boa 
propaganda sempre é aquela que cativa um 
público maior; 
e) A necessidade de informar o consumidor 
acerca dos benefícios do produto. 
 
Resposta: A 
Toda propaganda tem a intenção de inferir 
no leitor um comportamento, visão ou 
necessidade de compra – aspectos 
próprios da função apelativa. 
 
26. Sítio Gerimum 
Este é o meu lugar (…) 
Meu Gerimum é com g 
Você pode ter estranhado 
Gerimum em abundância 
Aqui era plantado 
E com a letra g 
Meu lugar foi registrado. 
OLIVEIRA, H. D. Língua Portuguesa, n. 88, 
fev. 2013 (fragmento) 
 
Nos versos de um menino de 12 anos, o 
emprego da palavra “Gerimum” grafada 
com a letra “g” tem por objetivo 
 
a) Valorizar usos informais caracterizadores 
da norma nacional. 
b) Confirmar o uso da norma-padrão em 
contexto da linguagem poética. 
c) Enfatizar um processo recorrente na 
transformação da língua portuguesa. 
d) Registrar a diversidade étnica e linguística 
presente no território brasileiro. 
e) Reafirmar discursivamente a forte relação 
do falante com seu lugar de origem. 
 
Resposta: E 
Ainda que jerimum não seja escrito com “g”, 
estando, portanto, gramaticalmente errado, 
a mudança na grafia ocorre devido a 
variação da língua em função da localidade 
(variação regional). 
 
27. Quando o menino se refere ao leitor, 
dizendo “você pode ter estranhado”, ele 
reflete acerca do preconceito que seu 
“gerimum com g” pode provocar. No 
entanto, o interlocutor não deixa de 
compreender a mensagem. Logo, o 
preconceito linguístico (estranhamento) é 
causado: 
 
a) Pela ignorância das normas gramaticais; 
b) Por se tratar de uma forma minoritária do 
vocábulo, se quer previsto na gramática, 
presente apenas naquela região; 
c) Porque o interlocutor desconhece o local de 
origem do menino; 
d) Para gerar um recurso gráfico no texto e 
atrair a atenção do leitor; 
e) Apenas pelo leitor, visto que não há 
interlocutor incomodado na obra. 
 
Resposta: B 
Ainda que possua variações, a língua segue 
uma norma padrão. Ao desviar-se do senso 
comum, o emissor pode provocar 
estranhamentos no interlocutor, ainda que 
estes não impossibilitem o processo 
comunicativo. 
 
TEXTO I 
Criatividade em publicidade: teorias e 
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reflexões 
Resumo: O presente artigo aborda uma 
questão primordial na publicidade: a 
criatividade. Apesar de aclamada pelos 
departamentos de Criação das agências, 
devemos ter a consciência de que nem todo 
anúncio é, de fato, criativo. A partir do 
resgate teórico, no qual os Conceitos são 
tratados à luz da publicidade, busca-se 
estabelecer a compreensão dos temas. Para 
elucidar tais questões, é analisada uma 
campanha impressa da marca XXXX. As 
reflexões apontam que a publicidade 
criativa é essencialmente simples e 
apresenta uma releitura do cotidiano. 
Depexe, S D. Travessias: Pesquisas em 
Educação, Cultura, Linguagem e Artes, n. 2, 
2008. 
 
 
28. Os dois textos apresentados versam 
sobre o tema Criatividade. O Texto I é um 
resumo de Caráter Científico e o Texto II, 
uma homenagem promovida por um site de 
publicidade. De que maneira O Texto II 
exemplifica o conceito de criatividade em 
publicidade apresentado no Texto I? 
 
a) Fazendo menção ao difícil trabalho das 
mães em criar seus filhos. 
b) Promovendo uma leitura simplista do papel 
materno em seu trabalho de criar os filhos. 
c) Explorando a polissemia do termo ―criação‖. 
d) Recorrendo a uma estrutura linguística 
simples. 
e) Utilizando recursos gráficos diversificados. 
 
Resposta: C 
O signo linguístico, composição artificial 
que associa significantes a significados, 
permite a variação dos sentidos ao alterar as 
relações semânticas dentro dos contextos. 
A este fenômeno, é dado o nome de 
polissemia. 
 
29. Observando o texto II, é possível notar 
uma preocupação no tocante a forma da 
mensagem, ao variar o tamanho da fonte e 
a cor do vocábulo “criação”. Logo, nota-se 
a presença da função: 
 
a) Fática; 
b) Emotiva; 
c) Poética; 
d) Apelativa; 
e) Metalinguística. 
 
R: C 
A preocupação com a forma é característica 
própria da função poética, onde a forma da 
mensagem tem relevância perante sua 
criação. 
 
30. Textos e hipertextos: Procurando o 
equilíbrio 
Há um medo por parte dos pais e de alguns 
professores de as crianças desaprenderem 
quando navegam, medo de elas viciarem, de 
obterem informação não confiável, de elas 
se isolarem do mundo real, como se o 
computador fosse um agente do mal, um 
vilão. Esse medo é reforçado pela mídia, que 
costuma apresentar o computador como um 
agente negativo na aprendizagem e na 
socialização dos usuários. Nós sabemos 
que ninguém corre o risco de desaprender 
quando navega, seja em ambientes digitais 
ou em materiais impressos, mas é preciso 
ver o que se está aprendendo e algumas 
vezes interferir nesse processo a fim de 
otimizar ou orientar a aprendizagem, 
mostrando aos usuários outros temas, 
outros caminhos, outras possibilidades 
diferentes daquelas que eles encontraram 
sozinhos ou 
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daquelas que eles costumam usar. É 
preciso, algumas vezes, negociar o uso para 
que ele não seja exclusivo, uma vez que há 
outros meios de comunicação, outros 
meios de informação e outras alternativas 
de lazer. É uma questão de equilibrar e não 
de culpar. 
COSCARELLI, C. V. Linguagem em 
(Dis)curso, n. 3, set.-dez. 2009. 
 
A autora incentiva o uso da internet pelos 
estudantes, ponderando sobre a 
necessidade de orientação a esse uso, pois 
essa tecnologia 
 
a) Está repleta de informações confiáveis que 
constituem fonte única para a aprendizagem 
dos alunos. 
b) Exige dos pais e professores que proíbam 
seu uso abusivo para evitar que se torne um 
vício. 
c) Tende a se tomar um agente negativo na 
aprendizagem e na socialização de crianças e 
jovens. 
d) Possibilita maior ampliação do 
conhecimento de mundo quando a 
aprendizagem é direcionada. 
e) Leva ao isolamento do mundo real e ao uso 
exclusivo do computador se a navegação for 
desmedida. 
 
Resposta: D 
De forma ponderada, a autora não se vez 
avessa à internet como ferramenta de 
estudo. Muito pelo contrário, ela se 
posiciona a favor e critica a forma 
amplamente negativa como a ferramenta é 
tratada. 
 
31. No título, a autora faz referência aos 
hipertextos, explorando seu uso como 
ferramenta contribuinte ao aprendizado no 
texto mais abaixo. Segundo o que se observa 
nas palavras da autora, o item que melhor 
descreve o hipertexto é: 
 
a) A utilização ponderada de diversas fontes de 
informação, de tal modo que se façam 
complementares e otimizem o estudo; 
b) Uma nova e superior modalidade de 
texto, advinda das novidadesdo meio online; 
c) Uma nova forma de estudar, onde o 
aluno pode usar a internet para se comunicar 
com seus colegas e professores; 
d) A utilização da internet como ferramenta 
complementar aos livros escolares; 
e) A utilização da internet para aprender a 
estudar, assim otimizando o tempo de estudo 
e aumentando a eficiência. 
Resposta: A 
A autora alerta para o uso ponderado e explicita 
a forma negativa como a internet é retratada 
pela mídia em se tratando de ferramenta para 
estudos, mas aponta as possibilidades e novas 
formas de estudar por hiperlink – utilizando os 
meios como ferramentas complementares, 
buscando informações em fontes variadas. 
 
32. O mundo revivido 
 
Sobre esta casa e as árvores que o tempo 
esqueceu de levar. 
 
Sobre o curral de pedra e paz e de outras vacas 
tristes chorando a lua e a noite sem bezerros. 
 
Sobre a parede larga deste açude onde outras 
cobras verdes se arrastavam, e pondo o sol nos 
seus olhos parados iam colhendo sua safra de 
sapos. 
 
Sob as constelações do sul que a noite armava 
e desarmava: as Três Marias, o Cruzeiro 
distante e o Sete-Estrelo. 
 
Sobre este mundo revivido em vão, a 
lembrança de primos, de cavalos, de silêncio 
perdido para sempre. 
DOBAL, H. A província deserta . Rio de 
Janeiro: Artenova, 1974. 
 
No processo de reconstituição do tempo vivido, 
o eu lírico projeta um conjunto de imagens cujo 
lirismo se fundamenta no 
 
a) Inventário das memórias evocadas 
afetivamente. 
b) Reflexo da saudade no desejo de voltar à 
infância. 
c) Sentimento de inadequação com o presente 
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vivido. 
d) Ressentimento com as perdas materiais e 
humanas. 
e) Lapso no fluxo temporal dos eventos 
trazidos à cena. 
 
Resposta: A 
Arrolando memórias passadas, o eu lírico 
resgata memórias. 
33. A ascensão social por meio do esporte 
mexe com o imaginário das pessoas, pois em 
poucos anos um adolescente pode se tornar 
milionário caso tenha um bom desempenho 
esportivo. Muitos meninos de famílias pobres 
jogam com o objetivo de conseguir dinheiro para 
oferecer uma boa qualidade de vida à família. 
Isso aproximou mais ainda o futebol das 
camadas mais pobres da sociedade, tornando-
o cada vez mais popular. 
Acontece que esses jovens sonham com fama 
e dinheiro, enxergando no futebol o único 
caminho possível para o sucesso. No entanto, 
eles não sabem da grande dificuldade que 
existe no início dessa jornada em que a minoria 
alcança a carreira profissional. Esses garotos 
abandonam a escola pela ilusão de vencer no 
futebol, à qual a maioria sucumbe. 
O caminho até o profissionalismo acontece por 
meio de um longo processo seletivo que os 
jovens têm de percorrer. Caso não seja 
selecionado, esse atleta poderá ter que 
abandonar a carreira involuntariamente por 
falta de uma equipe que o acolha. Alguns 
podem acabar em subempregos, à margem da 
sociedade, ou até mesmo em vícios de 
correntes desse fracasso e dessa desilusão. 
Isso acontece porque no auge da sua formação 
escolar e na Condição juvenil de 
desenvolvimento, eles não se preparam e não 
são devidamente orientados para buscar 
alternativas de experiências mais amplas de 
ocupação fora e além do futebol. 
BALZANO, O N MORAIS, J. S. A formação 
do jogador de futebol e sua relação Com a 
escola EFDeportes, n. 172, set 2012 
(adaptado) 
 
Ao abordar o fato de, no Brasil, muitos jovens 
depositarem suas esperanças de futuro no 
futebol, o texto critica o(a) 
a) Despreparo dos jogadores de futebol para 
ajudarem suas famílias a superar a miséria. 
b) Garantia de ascensão social dos jovens 
pela carreira de jogador de futebol. 
c) Falta de investimento dos clubes para que os 
atletas possam atuar profissionalmente e viver 
do futebol. 
d) Investimento reduzido dos atletas 
profissionais em sua formação escolar, 
gerando frustração e desilusão profissional no 
esporte. 
e) Despreocupação dos sujeitos com uma 
formação paralela à esportiva, para habilitá-los 
a atuar em Outros setores da vida. 
 
Resposta: E 
O texto aponta que os garotos são iludidos 
pelo futebol e abandonam a escola. 
 
34. Declaração de amor 
Esta é uma confissão de amor: amo a língua 
portuguesa. Ela não é fácil. Não é maleável. 
[…] A língua portuguesa é um verdadeiro 
desafio para quem escreve. Sobretudo para 
quem escreve tirando das coisas e das 
pessoas a primeira capa de superficialismo. 
Às vezes ela reage diante de um pensamento 
mais c omplicado. As vezes se assusta com o 
imprevisível de uma frase. Eu gosto de manejá-
la – Como gostava de estar montada num 
cavalo e guiá-lo pelas rédeas, às vezes a 
galope. Eu queria que a língua portuguesa 
chegasse ao máximo em minhas mãos. E este 
desejo todos os que escrevem têm. Um Camões 
e outros iguais não bastaram para nos dar para 
sempre uma herança de língua já feita. Todos 
nós que escrevemos estamos fazendo do 
túmulo do pensamento alguma coisa que lhe dê 
vida. 
Essas dificuldades, nós as temos. Mas não fale 
do encantamento de lidar com uma língua que 
não foi aprofundada. O que recebi de herança 
não me chega. 
Se eu fosse muda e também não pudesse 
escrever, e me perguntassem a que língua eu 
queria pertencer, eu diria. inglês, que é preciso 
e belo. Mas, como não nasci muda e pude 
escrever, tornou-se absolutamente claro para 
mim que eu queria mesmo era escrever em 
português. Eu até queria não ter aprendido 
outras línguas: só para que a minha 
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abordagem do português fosse virgem e 
límpida. 
LISPECTOR, C. A descoberta do mundo Rio 
de Janeiro Rocco, 1999 (adaptado). 
 
O trecho em que Clarice Lispector declara seu 
amor pela língua portuguesa, acentuando seu 
caráter patrimonial e sua capacidade de 
renovação, é 
 
a) ―A língua portuguesa é um verdadeiro 
desafio para quem escreve‖. 
b) ―Um Camões e outros iguais não bastaram 
para nos dar para sempre uma herança de 
língua já feita‖. 
c) ―Todos nós que escrevemos estamos 
fazendo do túmulo do pensamento alguma 
coisa que lhe dê Vida‖. 
d) ―Mas não falei do encantamento de lidar 
com uma língua que não foi aprofundada‖. 
e) ―Eu até queria não ter aprendido outras 
línguas: só para que a minha abordagem do 
português fosse Virgem e límpida‖. 
 
Resposta: B 
A passagem afirma que “um Camões e 
outros iguais {uma só forma de escrever; 
de pensar} não bastaram para nos dar para 
sempre uma herança de língua já feita {que 
a língua não é herdada pronta. Ou seja: que 
está em constante transformação}”. 
 
35. 
 
 
TEXTO II 
Na sua produção, Goeldi buscou refletir seu 
caminho pessoal e político, sua melancolia e 
paixão sobre os intensos aspectos mais 
latentes em sua obra, como: cidades, peixes, 
urubus, caveiras, abandono, solidão, drama e 
medo. 
ZULIETTI, L. F. Goeldi: da melancolia ao 
inevitável. Revista de Arte, Mídia e Política. 
Acesso em: 24 abr. 2017 (adaptado). 
 
O gravador Oswaldo Goeldi recebeu influências 
de um movimento artístico europeu do início do 
século XX, que apresenta as características 
reveladas nos traços da obra de: 
 
 
 
 
 
 
 
 
A) 
 
 
 
 
 
B) 
 
 
 
 
 
 
C) 
 
D) 
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E) 
 
 
Resposta: A 
A assertiva em questão aponta para as 
características que o enunciado traz, como 
a melancolia e o drama. 
 
36. TEXTO I 
A língua ticuna é o idioma mais falado entre os 
indígenas brasileiros. De acordo com o 
pesquisador Aryon Rodrigues, há 40 mil índios 
que falam o idioma. A maioria mora ao longo do 
Rio Solimões, no Alto Amazonas. É a maior 
nação indígena do Brasil, sendo também 
encontrada noPeru e na Colômbia. Os ticunas 
falam uma língua considerada isolada, que não 
mantém semelhança com nenhuma outra 
língua indígena e apresenta complexidades em 
sua fonologia e sintaxe. 
Sua característica principal é o uso de 
diferentes alturas na voz. 
O uso intensivo da língua não chega a ser 
ameaçado pela proximidade de cidades ou 
mesmo pela convivência com falantes de 
outras línguas no interior da própria área ticuna: 
nas aldeias, esses outros falantes são 
minoritários e acabam por se submeter à 
realidade ticuna, razão pela qual, talvez, não 
representem uma ameaça linguística. 
Lingua Portuguesa, n. 52, few 2010 
(adaptado) 
 
TEXTO II 
Riqueza da língua 
―O inglês está destinado a ser uma língua 
mundial em sentido mais amplo do que o latim 
foi na era passada e o francês é na presente‖, 
dizia o presidente americano John Adams no 
século XVIII. A profecia se cumpriu o inglês é 
hoje a língua franca da globalização. No 
extremo oposto da economia linguística 
mundial, estão as línguas de pequenas 
comunidades declinantes. Calcula-se que hoje 
se falem de 6 000 a 7 000 línguas no mundo 
todo. Quase metade delas deve desaparecer 
nos próximos 100 anos, A última edição do 
Ethnologue – o mais abrangente estudo sobre 
as línguas mundiais -, de 2005, listava 516 
línguas em risco de extinção. 
Veja, n. 36, set 2007 (adaptado). 
 
Os textos tratam de línguas de culturas 
completamente diferentes, cujas realidades se 
aproximam em função do(a) 
a) Semelhança no modo de expansão. 
b) Preferência de uso na modalidade falada. 
c) Modo de organização das regras sintáticas. 
d) Predomínio em relação às outras línguas de 
contato. 
e) Fato de motivarem o desaparecimento de 
línguas minoritárias. 
 
Resposta: D 
O texto em questão evidencia como a língua 
ticuna, juntamente com o inglês, 
assemelham-se por sobrepor as demais 
línguas de contato. 
 
37. A atrizes 
Naturalmente 
Ela sorria 
Mas não me dava trela 
Trocava a roupa 
Na minha frente 
E ia bailar sem mais aquela 
Escolhia qualquer um 
Lançava olhares 
Debaixo do meu nariz 
Dançava colada 
Em novos pares 
Com um pé atrás 
Com um pé a fim 
– 
Surgiram outras 
Naturalmente 
Sem nem olhar a minha Cara 
Tomavam banho 
Na minha frente 
Para Sair com outro cara 
Porém nunca me importei 
Com tais amantes 
(…) 
com tantos filmes 
Na minha mente 
É natural que toda atriz 
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Presentemente represente 
Muito para mim 
CHICOBUARQUE Carioca, Rio de Janeiro 
Biscoito Fino, 2006 (fragmento) 
 
Na Canção, Chico Buarque trabalha uma 
determinada função da linguagem para marcar 
a subjetividade do eu lírico ante as atrizes que 
ele admira. A intensidade dessa admiração 
está marcada em 
a) ―Naturalmente. Ela sorria/ Mas não me dava 
trela‖ 
b) ―Tomavam banho/ Na minha frente/ Para 
sair com outro Cara‖. 
c) ―Surgiram outras Naturalmente/ Sem nem 
olhar a minha Cara‖. 
d) ―Escolhia qualquer um/Lançava olhares / 
Debaixo do meu nariz‖. 
e) ―É natural que toda atriz Presentemente 
represente/ Muito para mim‖. 
 
Resposta: E 
A presença da 1ª pessoa do discurso – o 
locutor –, fator que inclui o eu-lírico na 
história, bem como a acentuada 
caracterização emotiva dele apontam para 
a presnça da função emotiva. 
 
38. E aqui, antes de continuar este espetáculo, 
é necessário que façamos uma advertência a 
todos e a cada um. Neste momento, achamos 
fundamental que cada um tome uma posição 
definida. Sem que cada um tome uma posição 
definida, não é possível continuarmos. É 
fundamental que cada um tome uma posição, 
seja para a esquerda, seja para a direita. 
Admitimos mesmo que alguns tomem uma 
posição neutra, fiquem de braços cruzados. 
Mas é preciso que cada um, uma vez tomada 
sua posição, fique nela! Porque senão, 
companheiros, as cadeiras do teatro rangem 
muito e ninguém ouve nada. 
FERNANDES, M.; RANGEL, F. Liberdade, 
liberdade. Porto Alegre: L&PM, 2009, 
 
A peça Liberdade, liberdade, encenada em 
1964, apresenta o impasse vivido pela 
sociedade brasileira em face do regime vigente. 
Esse impasse é representado no fragmento 
pelo(a) 
a) barulho excessivo produzido pelo ranger 
das cadeiras do teatro. 
b) indicação da neutralidade como a melhor 
opção ideológica naquele momento. 
c) constatação da censura em função do 
engajamento social do texto dramático. 
d) correlação entre o alinhamento politico e a 
posição corporal dos espectadores. 
e) interrupção do espetáculo em virtude do 
comportamento inadequado do público. 
Resposta: D 
O texto brinca com os vocábulos 
“esquerda” e “direita”, relacionando-os ao 
posicionamento político, bem como a 
posição das cadeiras no teatro. 
 
39. Uma noite em 67, de Renato Tera e 
Ricardo Calil. 
Editora Planeta, 296 páginas. 
Mas foi um noite, aquela noite de sábado 21 de 
outubro de 1967, que parou o nosso país. Parou 
pra ver a finalíssima do III Festival da Record, 
quando um jovem de 24 anos chamado 
Eduardo Lobo, o Edu Lobo, saiu carregado do 
Teatro Paramount em São Paulo depois de 
ganhar o prêmio máximo do festival com 
Ponteio, que cantou acompanhado da 
charmosa e iniciante Marília Medalha. 
Foi naquele noite que Chico Buarque entoou 
sua Roda viva ao lado do MPB-4 de Magro, o 
arranjador. Que Caetano Veloso brilhou 
cantando Alegria, alegria com a plateia ao com 
das guitarras dos Beat Boys, que Gilberto Gil 
apresentou a tropicalista Domingo no parque 
com os Mutantes. 
Aquela noite que acabou virando filme, em 
2010, nas mãos de Renato Terra e Ricardo 
Calil, agora virou livro. O livro que está sendo 
lançado agora é a história daquela noite, 
ampliada e em estado que no jargão 
jornalístico chamamos de matéria bruta. Quem 
viu o filme vai se deliciar com as histórias – e 
algumas fofocas – que cada um tem para 
contar, agora sem os contes necessários que 
um filme exige. E quem não viu o filme tem 
diante de si um livro de histórias, pensando 
bem, de História. 
VILLAS, A. Disponível em: 
www.cartacapital.com.br. Acessado em: 18 
jun. 2014 (adaptado). 
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http://www.cartacapital.com.br/
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Considerando os elementos constitutivos dos 
gêneros textuais circulantes na sociedade, 
nesse fragmento de resenha predominam 
 
a) caracterização de personalidades do 
contexto musical brasileiro dos anos 1960. 
b) questões polêmicas direcionadas à 
produção musical brasileira nos anos 1960. 
c) relatos de experiências de artistas sobre os 
festivais de música de 1967. 
d) explicação sobre o quadro cultural do Brasil 
durante a década de 1960. 
e) opinião a respeito de uma obra sobre cena 
musical de 1967. 
 
Resposta: E 
A resenha crítica, gênero textual derivado 
dos textos dissertativos e com carácter 
opinativo. 
 
40. Analisando o texto anterior, a mais correta 
classificação acerca de seu gênero textual é: 
 
a) Resumo, pois sintetiza as informações de 
outro texto; 
b) Resumo, pois opina acerca de outro texto; 
c) Resumo, pois sintetiza e opina a respeito de 
outro texto; 
d) Resenha, pois o autor sintetiza outro texto e 
opina sobre ele; 
e) Resenha, pois o autor opina sobre outro 
texto. 
 
Resposta: D 
Idem explicação do item anterior: A resenha 
consiste em uma modalidade de resumo 
que apresenta a opinião do autor. 
 
41. Apesar de muitas crianças e adolescentes 
terem a Barbie como um exemplo de beleza, 
um infográfico feito pelo site Rehabs.com 
comprovou que, caso uma mulher tivesse as 
medidas da boneca de plástico, ela nem estaria 
viva. 
Não é exatamente uma novidade que as 
proporções da boneca mais famosa do mundo 
são absurdas para o mundo real. Ativistas que 
lutam pela construção de uma autoimagem 
mais saudável, pesquisadores de distúrbios 
alimentares e pessoas que se preocupam com 
o impacto da indústria culturalna psique 
humana apontam, há anos, a influência de 
modelos como a Barbie na distorção do corpo 
feminino. 
Pescoço 
Com um pescoço duas vezes mais longo e 15 
centímetros mais fino do que o de uma mulher, 
a Barbie seria incapaz de manter sua cabeça 
levantada. 
Cintura 
Com uma cintura de 40 centímetros (menor do 
que a sua cabeça), a Barbie da vida real só teria 
espaço em seu corpo para acomodar metade 
de um rim e alguns centímetros de intestino. 
Quadril 
O índice que mede a relação entre a cintura e 
o quadril da Barbie é de 0,56, o que significa 
que a medida da sua cintura representa 56% da 
circunferência de seu quadril. Esse mesmo 
índice, em uma mulher americana média, é de 
0,8. 
Disponivel em: http://oglobo.globo.com. 
Acesso em: 2 maio 2015. 
 
Ao abordar as possíveis influências da indústria 
de brinquedos sobre a representação do corpo 
feminino, o texto analisa a 
 
a) Noção de beleza globalizada veiculada pela 
indústria cultural. 
b) Influência da mídia para a adoção de um 
estilo de vida salutar pelas mulheres. 
c) Relação entre a alimentação saudável e o 
padrão de corpo instituído pela boneca. 
d) Proporcionalidade entre a representação do 
corpo da boneca e a do corpo humano. 
e) Influência mercadológica na construção de 
uma autoimagem positiva do corpo feminino 
 
Resposta: D 
O texto revisa as proporções corporais da 
boneca, estabelecendo comparações 
diretas entre ela e o corpo humano, 
evidenciando os padrões impossíveis que o 
brinquedo estabelece. 
 
42. Nuances 
Euforia: alegria barulhenta. Felicidade: alegria 
silenciosa. 
Gravar: quando o ator é de televisão. Filmar: 
quando ele quer deixar claro que não é de 
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televisão. 
Grávida: em qualquer ocasião. Gestante: em 
filas e assentos preferenciais. 
Guardar: na gaveta. Salvar: no Computador. 
Salvaguardar: no Exército. 
Menta: no sorvete, na bala ou no xarope. 
Hortelã: na horta ou no suco de abacaxi. 
Peça: quando você vai assistir. Espetáculo: 
quando você está em cartaz com ele. 
DUVIVIER, G. Folha de S. Paulo, 24 mar. 
2014 (adaptado) 
 
O texto trata da diferença de sentido entre 
vocábulos muito próximos. Essa diferença é 
apresentada considerando-se a(s) 
a) Alternâncias na sonoridade. 
b) Adequação às situações de uso. 
c) Marcação flexional das palavras. 
d) Grafia na norma-padrão da língua. 
e) Categorias gramaticais das palavras. 
 
Resposta: B 
O texto aproxima vocábulos próximos, mas 
estabelece distinções entre eles, 
destacando as situações onde suas 
devidas utilizações são cabíveis. 
 
43. 
 
 
Campanhas publicitárias podem evidenciar 
problemas sociais. O Cartaz tem como 
finalidade 
 
a) Alertar os homens agressores sobre as 
consequências de seus atos, 
b) Conscientizar a população sobre a 
necessidade de denunciar a violência 
doméstica. 
c) Instruir as mulheres sobre o que fazer em 
casos de agressão. 
d) Despertar nas crianças a capacidade de 
reconhecer atos de violência doméstica. 
e) Exigir das autoridades ações preventivas 
contra a Violência doméstica. 
Resposta: B 
Ao aproximar os conceitos de “mulher” e 
de “família”, o texto aborda não a violência 
de gênero, mas a violência familiar. 
 
44. TEXTO I 
Fundamentam-se as regras da Gramática 
Normativa nas obras dos grandes escritores, 
em cuja linguagem as classes ilustradas põem 
o seu ideal de perfeição, porque nela é que se 
espelha o que o uso idiomático estabilizou e 
consagrou. 
LIMA, C. H. R. Gramática normativa da 
língua portuguesa, Rio de Janeiro José 
Olympio, 1989 
 
TEXTO II 
Gosto de dizer. Direi melhor: gosto de palavrar. 
As palavras são para mim corpos tocáveis, 
sereias visíveis, sensualidades incorporadas. 
Talvez porque a sensualidade real não tem para 
mim interesse de nenhuma espécie – nem 
sequer mental ou de sonho -, transmudou-se-
me o desejo para aquilo que em mim Cria ritmos 
Verbais, ou os escuta de Outros. Estremeço se 
dizem bem. Tal página de Fialho, tal página de 
Chateaubriand, fazem formigar toda a minha 
vida em todas as veias, fazem-me raivar 
tremulamente quieto de um prazer inatingível 
que estou tendo. Tal página, até, de Vieira, na 
sua fria perfeição de engenharia sintáctica, me 
faz tremer como um ramo ao vento, num delírio 
passivo de coisa movida. 
PESSOA, F. O livro do desassossego São 
Paulo Brasiliense, 1986 
 
A linguagem cumpre diferentes funções no 
processo de comunicação. A função que 
predomina nos textos I e II 
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a) Destaca o ―como‖ se elabora a mensagem, 
considerando-se a seleção, Combinação e 
sonoridade do texto. 
b) Coloca o foco no ―Com o quê‖ se constrói a 
mensagem, sendo o código utilizado o seu 
próprio objeto. 
c) Focaliza o ―quem‖ produz a mensagem, 
mostrando seu posicionamento e suas 
impressões pessoais. 
d) O orienta-se no ―para quem‖ se dirige a 
mensagem, estimulando a mudança de seu 
comportamento. 
e) Enfatiza sobre ―o quê‖ versa a mensagem, 
apresentada com palavras precisas e 
objetivas. 
 
Resposta: B 
Os textos utilizam o código como referência 
a si próprio, denotando acentuada utilização 
da função metalinguística. 
 
45. Contranarciso 
em mim 
eu vejo o outro 
e outro 
e outro 
enfim dezenas 
trens passando 
vagões cheios de gente 
centenas 
o outro 
que há em mim 
é você 
você 
e você 
assim como 
eu estou em você 
eu estou nele 
em nós 
e só quando 
estamos em nós 
estamos em paz 
mesmo que estejamos a sós 
Leminsky P. Toda poesia. São Paulo: Cia. 
das Letras, 2013. 
 
A busca pela identidade constitui uma faceta da 
tradição literária, redimensionada pelo olhar 
contemporâneo. No poema, essa nova 
dimensão revela a 
 
a) ausência de traços identitários. 
b) angústia com a solidão em público. 
c) valorização da descoberta do ―eu‖ autêntico. 
d) percepção da empatia como fator de 
autoconhecimento. 
e) impossibilidade de vivenciar experiências 
de pertencimento. 
 
Resposta: D 
Passagens como “em mim eu vejo o outro” 
e “o que há em mim é você” demarcam a 
empatia (colocar-se no lugar do outro) do eu 
lírico. 
 
―Não existe essa coisa de um ano sem Senna, 
dois anos sem Senna... Não há calendário para 
a saudade‖ 
 
46. Segundo o texto, a saudade: 
 
a) Aumenta a cada ano; 
b) É bem maior no primeiro ano; 
c) É maior na data do falecimento; 
d) É constante; 
e) Incomoda muito. 
 
Resposta: D 
O texto não especifica um prazo para a 
saudade. Logo, ela é atemporal; a mesma o 
tempo todo. 
 
47. A segunda oração do texto tem um claro 
valor: 
 
a) Concessivo; 
b) Temporal; 
c) Causal; 
d) Condicional; 
e) Proporcional; 
 
Resposta: C 
Não haver um calendário para a saudade é 
a causa de não existir isso de um ano sem 
Senna. 
 
48. A repetição da palavra ―não‖ exprime: 
 
a) Dúvida; 
b) Convicção; 
c) Tristeza; 
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d) Confiança; 
e) Esperança. 
 
Resposta: B 
O eu lírico repete o advérbio de negação 
(não) para correlacionar as orações, 
apontando que tem ampla certeza de que 
não há tempo para a tristeza. 
 
49. A figura de linguagem que consiste na 
repetição estrutural de um termo/expressão no 
início dos períodos, a qual ocorre no caso da 
palavra não, denomina-se: 
 
a) Anáfora; 
b) Silepse; 
c) Sinestesia; 
d) Pleonasmo; 
e) Metonímia. 
 
Resposta: A 
Anáfora = Repetição no início dos períodos. 
 
50. No esporte-participação ou esporte 
popular, a manifestação ocorre no princípio do 
prazer lúdico, que tem como finalidade o bem- 
estar social dos seus praticantes. Está 
associado intimamente com o lazer e o tempo 
livre e ocorre em espaços não comprometidos

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